RCAAP Repository

Revascularização cirúrgica do miocárdio em pacientes com stents coronários

OBJETIVO: Analisar as características cirúrgicas de pacientes operados após a intervenção coronária percutânea (ICP). MÉTODO: Cinqüenta e seis pacientes (41 H e 15 M), no momento da revascularização cirúrgica do miocárdio, já tinham sido manejados com o implante de stents coronarianos. Foram implantados 116 stents em 101 intervenções. Trinta e dois pacientes tinham três ou mais vasos com estenose significativa. Seis pacientes com lesões graves no tronco da artéria coronária esquerda (TCE) foram tratados com stents. Desde a colocação do primeiro stent, 12 pacientes desenvolveram lesões de novo graves no TCE. Em seis (50%), a estenose grave se desenvolveu em até seis meses da colocação do stent. Vinte (35,7%) pacientes eram diabéticos. Em 22 (39,2%) doentes, no momento da cirurgia, havia diminuição significativa da fração de ejeção do VE (p< 0,001), quando comparada à da primeira ICP. A revascularização cirúrgica constou do implante de 160 enxertos coronarianos. A análise transoperatória incluiu biópsia da parede coronária e do músculo adjacente. RESULTADOS: Achados transoperatórios evidenciaram tecidos adjacentes à área do stent mais endurecidos e inflamados quando comparados a outros sítios coronarianos. Dezessete pacientes operados sem descontinuidade dos antiadesivos plaquetários necessitaram de maior reposição sangüínea. Não houve mortalidade hospitalar pós-cirúrgica. CONCLUSÃO: Nos pacientes operados após a colocação de stents, questões como perda da função ventricular, arterite ou lesões de novo adicionam complexidade ao ato cirúrgico. Em razão da disfunção endotelial causada pelos stents, enxertos poderão ocluir mais cedo. Em adição, a eficiência do tratamento clínico associado poderá não ser a mesma.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Fragomeni,Luis Sérgio de Moura Falleiro,Roque Paulo Hoppen,Gustavo Krahl,Guilherme

Miniesternotomia na cirurgia de revascularização miocárdica sem circulação extracorpórea

OBJETIVO: Os pacientes com lesão isolada da artéria coronária descendente anterior (ADA) se beneficiam mais do tratamento cirúrgico do que com intervenção percutânea. Entretanto, com a menor invasividade da intervenção percutânea, a maioria dos pacientes tem sido direcionada para este procedimento. Relatamos a utilização da miniesternotomia inferior como abordagem para o tratamento de pacientes com lesão única de ADA, com anastomose do enxerto de artéria torácica interna esquerda (ATIE), sem uso de circulação extracorpórea (CEC). MÉTODO: Foram estudados 14 pacientes operados consecutivamente utilizando esta técnica, na qual o enxerto de ATIE foi anastomosado à ADA. A idade média dos pacientes foi 56,7±10,1 anos. A incisão cutânea tinha entre 7 e 9 cm e a porção inferior do esterno foi aberta longitudinalmente. A anastomose foi facilitada com o uso de estabilizadores Octopus-3® (Medtronic). RESULTADOS: Todos os pacientes tiveram boa evolução pós-operatória, com alta hospitalar entre 2 e 6 dias de PO (mediana 3 dias). Não houve alteração de ECG ou elevação enzimática neste grupo. Um paciente foi reinternado por infecção de ferida operatória. CONCLUSÃO: A miniesternotomia permite a realização segura do procedimento cirúrgico de revascularização miocárdica da ADA, sem CEC, com benefício em longo-termo do uso da ATIE.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Gomes,Walter J. Pereira,Rogério A. Morés,Fernando Alves,Francisco A.

O impacto de mudanças nas medidas de prevenção e no tratamento de infecções incisionais em cirurgia de revascularização do miocárdio

OBJETIVO: Avaliar o impacto de novas medidas de prevenção e tratamento para infecções incisionais em cirurgia de revascularização do miocárdio (RM). MÉTODO: Estudo retrospectivo incluindo 468 pacientes submetidos a RM com circulação extracorpórea, distribuídos em Grupo A (n=224) e Grupo B (n=244), de pacientes operados antes e após a adoção do novo protocolo, respectivamente. Análise comparativa entre os grupos procurou detectar a incidência de infecções superficiais e profundas na incisão para esternotomia, de recorrências e reinternações. RESULTADOS: Quanto aos fatores de risco relacionados a hábitos e doenças dos pacientes, aspectos cirúrgicos e hospitalares, ocorreram diferenças entre os grupos quanto a maior utilização da artéria mamária (p=0,003) e menor tempo de intubação orotraqueal (p=0,001) no Grupo B. Infecções incisionais - no Grupo A foram 44 (19,6%) casos, sendo 33 (14,7%) superficiais e 11 (4,9%) profundas; no Grupo B foram 13 (5,3%) casos com 10 (4,1%) superficiais e três (1,2%) profundas, sendo significativa a diferença quanto ao número total de infecções incisionais (p<0,001), superficiais (p<0,001) e profundas (p=0,037). As recorrências foram de 36,3% e 7,7%, respectivamente para os Grupos A e B (p=0,102). Ocorreram 21 reinternações relacionadas à infecção incisional no Grupo A e 3, no Grupo B (p<0,001). CONCLUSÃO: Para este grupo de pacientes, as mudanças adotadas resultaram em redução nas infecções incisionais e também diminuíram as reinternações relacionadas a este aspecto.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Antoniali,Fernando Costa,Cledicyon Eloy da Tarelho,Luciano dos Santos Lopes,Maurício Marson Albuquerque,Ana Paula Nunes de Reinert,Gleice Agnes Almeida Ribeiro,Gustavo Calado de Aguiar

Marca-passo cardíaco definitivo em crianças com bradicardia pós-operatória: resultados tardios

OBJETIVO: Avaliar a evolução tardia de crianças com marca-passo definitivo por bradicardia pós-operatória, e identificar fatores de risco para a mortalidade. MÉTODO: De 1980 a 2004, 120 crianças receberam implante de marca-passo definitivo por bradicardia pós-operatória. O intervalo médio entre a correção do defeito e o implante foi de 1,2 ± 2,8 anos, com mediana de 21 dias. Bloqueio atrioventricular esteve presente em 94,2% dos pacientes. A via de acesso transvenosa (78,3%) e marca-passos (MP) definitivos ventriculares (79,2%) foram os mais utilizados. Empregou-se o método de Kaplan-Meier e o teste de Log-Rank para a análise de sobrevivência. RESULTADOS: Após 5,7 ± 5,9 anos de seguimento (máximo= 22,5 anos), 97 pacientes estavam vivos e 11 haviam sido perdidos para o seguimento. As principais causas de morte foram insuficiência cardíaca (10), infecção não relacionada ao marca-passo (seis) e morte súbita (três). A expectativa de sobrevida aos cinco, 10 e 15 anos de seguimento mostrou, respectivamente, índices de 80,9 ± 4,1%, 75,4 ± 5,5% e 67,2 ± 7,4%. A persistência de problemas hemodinâmicos após a correção (correções paliativas, uso de próteses valvares ou defeitos residuais) foi identificada como única variável preditora independente de risco para mortalidade, alterando significativamente as curvas de sobrevivência (p = 0,0123). CONCLUSÕES: O implante de marca-passo em casos de bradicardia pós-operatória possibilitou boa expectativa de sobrevida. A realização de correções paliativas, assim como a presença de defeitos residuais ou de próteses valvares, foram os únicos fatores preditores de mau prognóstico para essas crianças.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Costa,Roberto Silva,Kátia Regina da Martinelli Filho,Martino Tamaki,Wagner Tetsuji Crevelari,Elizabeth Sartori Moreira,Luiz Felipe Pinho

Análise das atividades dos oito anos iniciais do Banco de Valvas Cardíacas Humanas do Hospital de Caridade da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba

OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi avaliar, retrospectivamente, os primeiros oito anos de funcionamento do Banco de Valvas Cardíacas Humanas do Hospital de Caridade da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba (BVCHSC), analisando aspectos relacionados às atividades de captação, processamento, armazenamento e distribuição de enxertos homólogos cardiovasculares. MÉTODO: A seleção inicial dos doadores seguiu as diretrizes nacionais para captação de órgãos humanos, além de critérios específicos do BVCHSC. Os corações foram obtidos de doadores de múltiplos órgãos, doadores em parada cardíaca e receptores de transplante cardíaco, com somatória dos tempos de isquemia inferior a 48 horas. A idade dos doadores variou desde recém-nascidos até 60 anos para as valvas aórticas e 65 para as pulmonares. Os enxertos dissecados tiveram suas dimensões mensuradas e sua morfologia avaliada, sendo classificados como categoria 0 (descartados), 1 (alterações morfológicas mínimas) ou 2 (perfeitos). Foram determinados a incidência e os germes responsáveis pela contaminação nos enxertos recebidos, assim como a eficiência da solução de descontaminação. Foram também avaliados aspectos relacionados à distribuição dos enxertos. RESULTADOS: De setembro de 1996 a fevereiro de 2005, 1059 corações provenientes de 19 Estados foram recebidos no BVCHSC. Destes, 977 (92,3%) eram de doadores de morte encefálica. Foram processados 2105 enxertos, e dentre os aórticos e pulmonares analisados, 783 eram da categoria 2, 697 pertenciam à categoria 1 e 186 foram descartados por alterações morfológicas. No total, 433 enxertos recebidos estavam contaminados, sendo a solução de antibióticos eficiente na esterilização de 330 destes casos. Quinhentos e setenta e um (27,1%) enxertos foram rejeitados em alguma fase do processo, sendo a contaminação e as alterações morfológicas as causas mais freqüentes. Foram distribuídos 1338 enxertos para 74 instituições de saúde do país, sendo mais comumente empregados na substituição da valva aórtica (529), na correção de cardiopatias congênitas (478) e durante operações de Ross (272). CONCLUSÕES: As atividades do BVCHSC durante estes oito anos de funcionamento foram satisfatórias, atingindo os objetivos propostos.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Costa,Marise Teresinha Brenner Affonso da Costa,Francisco Diniz Affonso da Nazareno,Luciana Cristina Ferreti de Domchoski,Juliana Peruzzo,Ângela Maria Colatusso,Claudinei Gomes,Carlos Henrique Gori Costa,Iseu Affonso da

Aspectos da função pulmonar após revascularização do miocárdio relacionados com risco pré-operatório

OBJETIVOS: Comparar os valores das complacências dinâmica e estática, da resistência de vias aéreas (Cdin, Cest e Raw) e do índice de troca gasosa (PaO2/FiO2), no pós-operatório de cirurgia de revascularização miocárdica (RM) com os parâmetros de normalidade e comparar os valores destas variáveis entre grupos com e sem fatores de risco no pré-operatório. MÉTODO: Questionamento aos doentes a respeito de antecedentes pulmonares, sintomas respiratórios, tabagismo e comorbidades. Após cirurgia de RM, foram feitas as medidas de Cdin, Cest, Raw e do PaO2/FiO2. As variáveis foram comparadas com a normalidade e relacionadas às variáveis pré e pós-operatórias pelo Teste não-paramétrico de Mann-Whitney e pelo Teste para uma proporção (p<0,05). RESULTADO: Foram avaliados 70 doentes (61% homens), com idade entre 26 e 77 anos. Em relação à normalidade, apresentaram diminuição da Cdin e da Cest, 64 e 66 pacientes, respectivamente, e 24 apresentaram aumento da Raw. Aproximadamente 50% apresentaram redução do PaO2/FiO2. Não houve diferença significante das variáveis pós-operatórias com respeito aos antecedentes pulmonares, sintomas respiratórios e tabagismo. Nos pacientes com comorbidades, o PaO2/FiO2 foi significativamente menor e, nos homens, a Cdin e a Cest foram maiores que nas mulheres. CONCLUSÃO: As complacências pulmonares estão diminuídas na maioria dos pacientes, e a resistência das vias aéreas está aumentada em um terço deles. O índice de troca gasosa encontra-se diminuído em metade deles. A presença de antecedentes pulmonares, sintomas respiratórios e tabagismo não influencia as variáveis mecânicas, mas o índice de troca gasosa é influenciado pela presença de comorbidades.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Ambrozin,Alexandre Ricardo Pepe Cataneo,Antônio José Maria

Metabolismo miocárdico após cardioplegia sangüínea hipotérmica retrógrada contínua com indução anterógrada normotérmica

OBJETIVO: Determinar as alterações sofridas pelo miocárdio durante a cardioplegia sangüínea hipotérmica retrógrada contínua com a adição da indução cardioplégica anterógrada normotérmica. MÉTODO: Análise metabólica da cardioplegia sangüínea hipotérmica retrógrada contínua com indução anterógrada normotérmica em estudo prospectivo de 15 pacientes consecutivos. Amostras de sangue arterial e do seio coronário foram simultaneamente colhidas para análise do conteúdo de oxigênio e da concentração de lactato. Quatro biópsias miocárdicas foram obtidas para análise dos níveis de ATP, ADP, AMP e lactato no miocárdio. A isoenzima CK-MB foi analisada no sangue venoso. RESULTADOS: Não houve mortalidade no grupo. Nenhum paciente necessitou de suporte inotrópico na saída de CEC e não foi detectado IAM per ou pós-operatório. Ocorreu diminuição da extração artério-venosa do lactato e do oxigênio pelo coração durante a reperfusão, havendo uma recuperação parcial ao final de 60 minutos de reperfusão. Os níveis miocárdicos de ATP e de seus nucleotídeos foram mantidos durante o pinçamento aórtico, porém houve redução destes nos primeiros 30 minutos de reperfusão. O lactato acumulou-se no músculo cardíaco durante o pinçamento aórtico, havendo redução durante a reperfusão. CONCLUSÕES: Concluímos por uma análise metabólica que o método não conseguiu evitar o metabolismo anaeróbico durante o período de pinçamento aórtico e que somente com 60 minutos de reperfusão foi observado um grau de recuperação metabólica satisfatória. Provavelmente essas alterações são devido à injúria isquêmica celular ocorrida durante o pinçamento aórtico e parecem ter efeito transitório. Observamos melhora da proteção miocárdica com o acréscimo da indução cardioplégica anterógrada normotérmica.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Sobrosa,Claudio G. Jansson,Eva Kaijser,Lennart Bomfim,Vollmer

Bioprótese valvar de pericárdio bovino St Jude Medical-Biocor: sobrevida tardia

OBJETIVO: Nosso objetivo é apresentar resultados a longo prazo da subsituição valvar por bioprótese de pericárdio bovino SJM-BiocorTM. MÉTODO: Entre 1992 e 2000, tiveram alta hospitalar, após substituição valvar por bioprótese de pericárdio bovino SJM-BiocorTM 304 pacientes. Idades eram de 15 a 83 anos (média: 60,6±14,3), sendo 50,3% do sexo masculino. Pacientes tiveram situação clínica atualizada e análise atuarial foi empregada no cálculo da sobrevida simples e livre de eventos. RESULTADOS: Em um seguimento total de 931,0 pacientes-ano, ocorreram 28 (9,2%) óbitos tardios, sendo cinco (1,6%) relacionados à bioprótese, sete (2,3%) cardíacos, quatro (1,3%) não-cardíacos e 12 (3,9%) de causa desconhecida. Eventos de bioprótese foram: endocardite: 18 (5,9%), degeneração fibrocálcica: 15 (4,9%), tromboembolismo: três (1,0%), hemólise: um (0,3%). Disfunção de bioprótese resultou em 16 (5,2%) reoperações, por degeneração fibrocálcica (nove), endocardite (seis) e tromboembolismo (um). Probabilidade de sobrevida foi 86,3±3,4%, no 5º, e 69,3±9,0%, no 10º ano pós-operatório. Idade jovem (<40 anos, n= 35) mostrou maior sobrevida em relação à mais idosa (>60 anos, n=187): 82,0±13,3% vs 58,8±13,6%, no 9º ano. Sobrevida livre de eventos foi 77,5±3,7%, no 5º, e 40,2±9,0%, no 10º ano. Probabilidade de falência estrutural de bioprótese foi 5%, no 5º ano, e 20%, no 10º; em aórticos, zero e 8%, respectivamente. A classe funcional (NYHA) atual é I para 88,5%, II para 9,1% e III para 2,4% dos pacientes. CONCLUSÃO: Implante de bioprótese de pericárdio bovino SJM-BiocorTM resulta em satisfatória perspectiva de sobrevida dos pacientes com doença valvar e apresenta baixa prevalência de disfunção de prótese.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Bacco,Felipe W. de Sant'anna,João Ricardo M. Sant'anna,Roberto T. Prates,Paulo R. Kalil,Renato A. K. Nesralla,Ivo A.

Coexistência de múltiplas complicações mecânicas decorrentes de episódio único de infarto agudo do miocárdio: tratamento cirúrgico com sucesso

Pseudoaneurisma (PsAn) de ventrículo esquerdo (VE) e aneurisma subpericárdico são complicações raras após o infarto agudo do miocárdio (IAM). Apresentamos, no presente trabalho, o caso de um paciente de 68 anos que após IAM desenvolveu comunicação interventricular (CIV). E que, após a cirurgia de correção de CIV, ocorreu a coexistência de PsAn e aneurisma verdadeiro de VE como complicação tardia. O tratamento cirúrgico foi realizado com sucesso e baseou-se na ressecção de ambas as complicações com subseqüente reconstrução geométrica.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Santos,Luis Alberto Saraiva Sobral,Marcelo Luiz Peixoto Santos,Gilmar Geraldo dos Stolf,Noedir Antonio Groppo

Microneurografia e pletismografia de oclusão venosa na insuficiência cardíaca: correlação com prognóstico

FUNDAMENTO: Microneurografia e pletismografia de oclusão venosa podem ser considerados métodos de avaliação da atividade simpática. OBJETIVO: Avaliar a intensidade da atividade simpática através da microneurografia e da pletismografia de oclusão venosa em pacientes com insuficiência cardíaca, e correlacionar essa intensidade com prognóstico. MÉTODOS: 52 pacientes com insuficiência cardíaca (FE <45% ao ecocardiograma), sendo 12 em CFII e quarenta em CFIV. Após compensação avaliou-se a atividade nervosa simpática muscular (ANSM) no nervo peronero (microneurografia), e o fluxo sanguíneo muscular (FSM) no antebraço (pletismografia de oclusão venosa). Após seguimento de 18 meses os pacientes foram divididos em três grupos: 12 em CFII, 19 em CFIV que não morreram e 21 em CFIV que morreram. A intensidade da atividade da simpática foi comparada nos três diferentes grupos. RESULTADOS: CFII apresentaram menor ANSM (Atividade Nervosa Simpática Muscular) (p=0,026) e maior FSM (p=0,045) que os CFIV que não morreram. CFIV que morreram apresentaram maior ANSM (p<0.001) e menor FSM (p=0,002) que os CFIV que não morreram. Curva ROC: valor de corte >53,5 impulsos/min para ANSM (S=90,55. E=73,68%) e <1,81 ml/mn/100gr para FSM (S=90,4%. E=73,7%). Curva Kaplan-Meier: sobrevida maior com ANSM <53,5 impulsos/min (p<0,001), e ou FSM >1,81 ml/min/100gr (P<0,001). Análise de regressão logística: quanto maior a ANSM e menor o FSM, maior é a probabilidade de morte. CONCLUSÃO: A intensidade da ANSM e do FSM podem ser considerados marcadores prognósticos na insuficiência cardíaca avançada.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Munhoz,Robinson Tadeu Negrão,Carlos Eduardo Barretto,Antonio Carlos Pereira Ochiai,Marcelo Eidi Cardoso,Juliano Novaes Morgado,Paulo Cesar Del Carlo,Carlos Henrique Ramires,José Antonio Franchini

Correlação do colágeno intersticial miocárdico do septo do ventrículo direito com a função ventricular em pacientes com cardiomiopatia isquêmica

FUNDAMENTO: O conteúdo de colágeno intersticial (CI) no miocárdio exerce influência no relaxamento e na contração ventricular. A sua relação com a função ventricular em pacientes (pcts) com cardiomiopatia isquêmica (CMPI) não está plenamente estudada em humanos. OBJETIVO: Avaliar a relação da quantidade de CI nas áreas não-infartadas no septo do ventrículo direito com a função ventricular na CMPI. MÉTODOS: 31pcts com doença arterial coronariana foram classificados em quatro grupos: Grupo C (Controle): 7pcts com as frações de ejeção dos ventrículos esquerdo (FEVE) e direito (FEVD) normais; Grupo 1: 5 pcts com FEVD < 40%;Grupo 2: 9 pcts com FEVE < 40%; Grupo 3: 10 pcts com disfunção de ambos os ventrículos. A FEVD e a FEVE foram calculadas por meio da angiocardiografia radionuclídica. As amostras para análise do %CI foram obtidas por meio de biópsia endomiocárdica do ventrículo direito e coradas pela técnica do picrosirius red. RESULTADOS: A média do %CI foi significativamente maior no grupo 3 quando comparada com o grupo-c e com os grupos 1 e 2 (30,2 ± 7,9% vs. 6,8 ± 3,3% vs. 15,8 ± 4,1% vs. 17,5 ± 7,7%, respectivamente; p = 0,0001). O %CI foi também significativamente maior nos pacientes do grupo 2 quando comparado com o controle(17,5 ± 7,7% vs. 6,8 ± 3,3%, p = 0.0001). O %CI apresentou correlação inversa com a FEVD (r = -0,50, p = 0.003) e FEVE (r = -0,70, p = 0,0001). CONCLUSÃO: Na CMPI, o %CI encontra-se elevado nas áreas não-infartadas no septo do ventrículo direito e apresenta correlação inversa com o a função ventricular direita e esquerda.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Montera,Marcelo Westerlund Drumond,Cantídio Takiya,Cristina Mesquita,Cláudio Tinoco Dohmann,Hans Fernando R. Mady,Charles

Fibrose miocárdica e remodelamento ventricular na insuficiência aórtica crônica importante

FUNDAMENTO: A insuficiência aórtica crônica importante sintomática (IAo) leva a grande remodelamento ventricular esquerdo, à custa de hipertrofia de mióciotos e remodelamento da matriz extracelular. A relevância da concentração de fibrose intersticial nos pacientes acometidos é desconhecida. Analisamos o grau de fibrose no ventrículo esquerdo (VE) em pacientes sintomáticos com IAo submetidos a tratamento cirúrgico e sua relação com características funcionais e anatômicas. OBJETIVO: Avaliar a fibrose miocárdica na insuficiência aórtica crônica importante. MÉTODOS: Selecionaram-se 28 pacientes com IAo (16 com função VE normal e 12 com disfunção do VE), os quais foram analisados no pré e pós-operatório por ecodopplercardiografia. A capacidade funcional foi medida pelo teste de esforço cardiopulmonar. Para comparação dos resultados histopatológicos, um grupo-controle de 9 pacientes foi constituído. RESULTADOS: A média etária foi de 39 ± 12 anos, 75% do sexo masculino com 84% de etiologia reumática. Vinte e cinco pacientes permaneceram em classes funcionais I e II ao fim do estudo e apresentaram redução significativa dos diâmetros do VE entre os momentos pré e pós-operatórios. Houve três óbitos não relacionados à disfunção VE. Os parâmetros do teste cardiopulmonar não se modificaram entre o pré e o pós-operatório. O volume de fibrose intersticial em pacientes com IAo foi significativamente quando maior comparado ao grupo controle (3,47 ± 1,9% vs 0,82 ± 0,96%, respectivamente, p = 0,001). Não houve correlação entre o grau de fibrose do VE, parâmetros ecocardiográficos e funcionais. CONCLUSÃO: Em pacientes com IAo, a presença de fibrose miocárdica não se associou às alterações clínicas, ecocardiográficas ou funcionais.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Elias,Nelson Tarasoutchi,Flávio Spina,Guilherme Sobreira Sampaio,Roney O. Pomerantzeff,Pablo M. A. Laurindo,Francisco Rafael Grinberg,Max

Inibidores da glicoproteína IIb/IIIa na prática clínica

No summary/description provided

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Maia,Felipe Sá,Francisco Carleal Feijó de Feres,Fausto

Hematoma subdural de medula espinhal associada ao uso de anticoagulante oral

O hematoma subdural de medula espinhal (HSDME) é uma complicação rara decorrente do uso de antagonistas de vitamina K (AVK) e de diagnostico difícil. Este artigo apresenta um caso com complicação ameaçadora à vida: um paciente octogenário portador de fibrilação atrial de início recente em uso de AVK. A história e o exame físico inicialmente se apresentavam normais, associados com a elevação dos valores de coagulograma supraterapêuticos (INR > 10). Após 24 horas da admissão hospitalar, o paciente apresentou tetraparesia progressiva, evidenciando na ressonância nuclear magnética (RNM) de medula espinhal um HSDME (Figura 1). Após reversão completa da hipocoagulação e intervenção neurocirúrgica o paciente obteve melhora do quadro neurológico.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Flato,Uri Adrian Prync Rheder,Paulo Sérgio Guimarães,Helio Penna Flato,Elias Silva Cretella,Paulo

Abrindo fronteiras para dentro de casa

No summary/description provided

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Chagas,Antonio Carlos Palandri

Incidência de complicações relacionadas à massagem do seio carotídeo em 502 pacientes ambulatoriais

FUNDAMENTO: A massagem do seio carotídeo (MSC) é uma técnica simples, de baixo custo e com muitas indicações. OBJETIVO: Determinar a segurança da MSC em pacientes ambulatoriais com alta prevalência de doença aterosclerótica e de cardiopatia. MÉTODOS: Estudo transversal. Critérios de inclusão: pacientes ambulatoriais com idade > 50 anos, encaminhados para realização de eletrocardiograma (ECG). Critérios de exclusão: indivíduos que não aceitaram participar de um estudo sobre a prevalência da resposta cardioinibitória à MSC, pacientes com demência, portadores de marca-passo, indivíduos com sopro carotídeo ou com história de AVC ou IAM nos últimos 3 meses. A MSC foi realizada na posição supina durante 10 segundos. Foram consideradas complicações da MSC a ocorrência de arritmias sustentadas e o aparecimento de déficit neurológico durante a MSC ou nas primeiras 24 horas após o seu término. RESULTADOS: Foram selecionados aleatoriamente 562 pacientes de um total de 1.686 indivíduos com critérios de inclusão. Sessenta indivíduos apresentaram critérios de exclusão. Os 502 pacientes restantes (52% homens, idade média de 65 anos, 69% cardiopatas e 50% com doença aterosclerótica) foram submetidos a 1.053 MSC. Dois pacientes apresentaram complicações (0,4%; IC95%:0%-0,9%). Um homem de 71 anos apresentou monoparesia do braço esquerdo com regressão completa em 30 minutos. Outro homem, de 56 anos, apresentou hemianopsia homônima à esquerda que regrediu em 7 dias. CONCLUSÃO: A incidência de complicações relacionadas à MSC foi pequena, particularmente quando se considerou que a população submetida à manobra era idosa e com alta prevalência de cardiopatia estrutural e de doença aterosclerótica.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Lacerda,Gustavo de Castro Pedrosa,Roberto Coury Lacerda,Renato Côrtes de Santos,Marcela Cedenilla dos Brasil,Alfredo Teixeira Siqueira-Filho,Aristarco Gonçalves de

Influência de leucócitos e glicemia no prognóstico de pacientes com infarto agudo do miocárdio

FUNDAMENTO: Estudos prévios demonstraram que a leucocitose e a hiperglicemia verificadas à admissão de pacientes com IAM (infarto agudo do miocárdio), estão correlacionadas com a mortalidade intra-hospitalar. Entretanto, pouco é sabido sobre o impacto desses marcadores a longo prazo. OBJETIVO: Avaliar a curto e longo prazos, a influência dos níveis de glicose e leucócitos no prognóstico de pacientes com IAM. MÉTODOS: Foram analisados, retrospectivamente, 809 pacientes (idade média 63,2 ± 12,87 anos) com IAM, incluídos de forma prospectiva e consecutiva em banco de dados específico. RESULTADOS: a) Na fase intra-hospitalar os valores médios aferidos foram comparados entre pacientes que morreram ou sobreviveram: Leucocitose 12156±5977 vs 10337±3528 (p=0.004, 95% IC= 976-2663); Glicose 176±105 mg/dl vs 140±72 mg/dl (p<0.001, 95% IC= 19.4 - 52.6), respectivamente. b) No modo ajustado, o mesmo padrão foi verificado [valores de p: 0.002 (t-ratio 3.05), 0.04 (t-ratio 2.06), respectivamente]. c) Seguimento a longo prazo: a análise univariada revelou valores de P de 0.001 (t-ratio 3.3), <0.001 (t-ratio 4.16), respectivamente. Pela análise multivariada; P=0.001 (t-ratio 3,35), 0.08 (t-ratio 1,75), respectivamente. d) Após exclusão das mortes intra-hospitalares, os níveis leucocitários (P=0.989) e a glicemia (P=0.144) não permaneceram correlacionadas significativamente com mortalidade. O mesmo resultado foi verificado na análise multivariada. CONCLUSÃO: Níveis de leucócitos e glicemia à admissão de pacientes com IAM são excelentes preditores de mortalidade intra-hospitalar, e pobres preditores de óbitos a longo prazo.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Pesaro,Antonio Eduardo P. Nicolau,Jose Carlos Serrano Jr.,Carlos V. Truffa,Rodrigo Gaz,Marcus Vinicius B. Karbstein,Ralf Giraldez,Roberto R. Kalil Filho,Roberto Ramires,José A.

Perfil glicometabólico inicial em pacientes com síndrome coronariana aguda e síndrome metabólica

FUNDAMENTO: Pacientes com síndrome metabólica (SM) têm alto risco coronariano e a disfunção da célula beta ou resistência à insulina pode prever um risco adicional de eventos cardiovasculares precoces. OBJETIVO: Avaliar as alterações glicometabólicas precoces em pacientes com SM, mas sem diagnóstico de diabete tipo 2, após síndrome coronariana aguda. MÉTODOS: Um total de 114 pacientes foi submetido ao teste oral de tolerância à glicose (TOTG), 1-3 dias da alta hospitalar, após infarto agudo do miocárdio ou angina instável. Baseado no TOTG, definimos três grupos de pacientes: tolerância normal à glicose (TNG; n=26), tolerância alterada à glicose (TAG; n=39) ou diabetes mellitus (DM; n=49). O Modelo de Avaliação da Homeostase (HOMA-IR) foi usado para estimar a resistência à insulina; a responsividade da célula beta foi avaliada através do índice insulinogênico de 30 minutos (ΔI30/ΔG30). RESULTADOS: Baseado no HOMA-IR, os pacientes com DM eram mais insulino-resistentes do que aqueles com TNG ou TAG (p<0,001). De acordo com o índice insulinogênico, a responsividade da célula beta também estava alterada em indivíduos com DM (p<0,001 vs TNG ou TAG). CONCLUSÃO: Altas taxas de alterações glicometabólicas foram encontradas após síndrome coronariana aguda em pacientes com SM. Como essas anormalidades acentuadamente aumentam o risco de desfechos adversos, o TOTG precoce pode ser utilizado em pacientes com SM para identificar aqueles que apresentam maior risco coronariano.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Monteiro,Carlos M. C. Oliveira,Luciene Izar,Maria C. O. Helfenstein,Tatiana Santos,Andreza O. Fischer,Simone M. Barros,Sahana W. Pinheiro,Luiz F. M. Carvalho,Antonio C. C. Fonseca,Francisco A. H.

Transferências lipídicas para HDL em diabéticos tipo 2: associações com microalbuminúria, estatina e insulina

FUNDAMENTO: O diabete melito tipo 2 (DM2) é um fator de risco isolado para coronariopatia, principalmente quando associado à microalbuminúria (MA). Alterações estruturais e funcionais das lipoproteínas não são totalmente esclarecidas nesse contexto. OBJETIVO: Avaliar a transferência de lípides para HDL (T) em pacientes DM2 e a associação com a presença da MA e com o tratamento com estatina ou insulina. MÉTODOS: Estudamos 33 pacientes com DM2 e 34 controles pareados para idade. Uma nanoemulsão lipídica artificial radiomarcada com ³H-Triglicéride (TG) e 14C-colesterol livre (CL) ou ³H-colesterol éster (CE) e 14C-fosfolípide (FL) foi incubada com plasma. A nanoemulsão e as lipoproteínas foram precipitadas, exceto a HDL, que teve sua radioatividade contada. RESULTADOS: A TFL (%) foi maior no grupo com DM2 que no grupo-controle (25,2±3,2 e 19,7±3,2 respectivamente; p < 0,001), assim como a TCL (%): 9,1±2,7 e 6,3±1,5 respectivamente; p < 0,001. O diagnóstico de MA não se associou a mudanças da propriedade de transferência. O uso da insulina associou-se à menor TFL (%): 23,5±2,1 contra 26,1±3,3; p = 0,018. Já o uso da estatina associou-se à queda de todas - TCE (%): 3,5±0,9; TFL (%):23,8±2,0; TTG (%): 3,9±0,8; TCL (%):7,4±1,3 - quando comparado ao grupo que não usava estatina (TCE (%):5,9±2,4; TFL (%):26,9±3,6; TTG (%):6,4±2,2; TCL (%):11,1±2,6). CONCLUSÃO: O DM2 aumentou a transferência de lípides de superfície para HDL, enquanto o uso de estatina diminuiu todas as transferências de lípides. A presença de MA não se associou às alterações das transferências de lípides.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Feitosa-Filho,Gilson Soares Seydell,Talita de Mattos Feitosa,Alina Coutinho Rodrigues Maranhão,Raul Cavalcante Ramires,José Antônio Franchini