Repositório RCAAP
Predação de morcegos por Chrotopterus auritus (Peters) (Mammalia, Chiroptera) no pantanal de Mato Grosso do Sul, Brasil
Foi registrada a predação de Carollia perspiscillata (Linnaeus, 1758) e Peropterix macrotis (Wagner, 1843) por Chrotopterus autitus (Peters, 1856) em uma caverna na morraria do Urucum em Corumbá, centro-oeste do Brasil. Os fragmentos de asas e um crânio encontrados sob o local de pouso de C. auritus junto às fezes, após comparados com material de coleção, mostraram que este morcego alimenta-se oportunamente de outras espécies de morcegos ocupantes do mesmo abrigo.
2005
Bordignon,Marcelo Oscar
Revalidation of Ceresa terminalis walker and its placement in Stictocephala Stål (Hemiptera, Membracidae)
Ceresa terminalis Walker, 1851 is reinstated and transferred to Stictocephala Stål, 1869: Stictocephala terminalis (Walker, 1851) sp. rev., comb. nov.
2005
Andrade,Gabriel S. de
Brachymeria pandora (Crawford) (Hymenoptera, Chalcididae): a new parasitoid of Historis odius (Fabricius) (Lepidoptera, Nymphalidae)
The first record of parasitism of Brachymeria pandora (Crawford, 1914) (Hymenoptera, Chalcididae) on Historis odius (Fabricius, 1775) (Lepidoptera, Nymphalidae) in the State of Rio de Janeiro, Brazil is presented.
2005
Gil-Santana,Hélcio R. Tavares,Marcelo T.
A brief note on the sleeping habits of the giant anteater - Myrmecophaga tridactyla Linnaeus (Xenarthra, Myrmecophagidae)
The scientific literature on giant anteaters states that the animal sleeps with its tail folded over its body to conserve body temperature. However, observations of this species in natural habitats indicate variations in this behavior, depending on the ambient temperature.
2005
Medri,Ísis Meri Mourão,Guilherme
Homonymy within Osbornellus Ball (Hemiptera, Cicadellidae)
Osbornellus candaceae nom. nov., is proposed for Osbornellus capitatus DeLong & Martinson, 1976, pre-occupied by DeLong & Knull, 1941.
2005
Zanol,Keti Maria Rocha
Geographic distribution's ampliation of Chiroderma doriae Thomas (Mammalia, Chiroptera) in Brazil
The geographic distribution ampliation of Chiroderma doriae Thomas, 1891 is related in this note with a new record from Corumba City, in pantanal ecossistem of Mato Grosso do Sul State. This record extend the geographic range of C. doriae over 630 km westward in Brazil from literature last reccord.
2005
Bordignon,Marcelo O.
Sebastião José de Oliveira (1918-2005)
No summary/description provided
2005
Jurberg,José
Catálogo bibliográfico dos taxa superiores da ordem Lepidoptera
No summary/description provided
2006
Mielke,Olaf H. H. Casagrande,Mirna M.
Feeding behavior of hummingbirds and perching birds on Erythrina speciosa Andrews (Fabaceae) flowers in an urban area, Londrina, Paraná, Brazil
Nine species of birds - seven hummingbirds (Trochilidae) and two Passeriformes - were observed visiting the flowers of Erythrina speciosa Andrews (Fabaceae), a hummingbird-pollinated species present on the campus of Londrina State University, Paraná State, Brazil. Nectar in bagged flowers bore little relationship with nectar in flowers opened to foragers either regarding quantity or diurnal pattern of availability. Birds were more frequent early in the morning and their activity on flowers further declined, apparently following the pattern of nectar availability. The manner to which birds probed the flowers and, in consequence, their role on pollination were greatly determined by morphological traits and approaching behavior of birds. E. speciosa seemed best suited for pollination by long-billed hummingbirds but some short to medium-billed species may play some role on its pollination.
2006
Mendonça,Luciana Baza Anjos,Luiz dos
Padrão de atividade e comportamento de forrageamento do morcego-pescador Noctilio leporinus (Linnaeus) (Chiroptera, Noctilionidae) na Baía de Guaratuba, Paraná, Brasil
Entre 18 de janeiro a 16 de dezembro de 1999 foi estudado o comportamento de forrageamento e o padrão de atividade do morcego-pescador Noctilio leporinus (Linnaeus, 1758), em uma área de manguezal na Baía de Guaratuba, Sul do Brasil. Os grupos de N. leporinus observados permaneceram em atividade ao longo de todo o período noturno, mas com um aparente padrão bimodal. Durante os meses de abril a setembro, N. leporinus inicia a sua atividade geralmente às 18:00 h, uma hora mais cedo do que durante os meses de outubro a março, quando inicia sua atividade geralmente às 19:00 h. O comportamento de predação sobre os cardumes de peixes mostrou variações quanto ao local de forrageamento ao longo do período de atividade. Em baixos níveis de maré, os grupos de morcegos pescaram longe da margem em águas mais profundas, mas nos níveis de maré alta os grupos de morcegos permaneceram pescando sempre junto à margem, em águas mais rasas. Este padrão de comportamento em N. leporinus parece ser determinado pelo padrão de deslocamento dos cardumes de peixes na área de estudo.
2006
Bordignon,Marcelo O.
Contribuição da matéria autóctone e alóctone para a dieta de Bryconamericus microcephalus (Miranda-Ribeiro) (Actinopterygii, Characidae), em dois trechos de um riacho de Mata Atlântica, Rio de Janeiro, Brasil
O hábito alimentar de Bryconamericus microcephalus (Miranda-Ribeiro, 1908) foi analisado com o objetivo de se avaliar suas diferenças relacionadas às características ambientais. Coletas bimestrais foram realizadas durante dois ciclos anuais (Agosto/2001 a Setembro/2003), em duas localidades, 80 m de extensão, que diferem pela densidade da cobertura vegetal (LF - localidade fechada) e (LA - localidade aberta). Em cada ocasião de coleta e localidade foram amostrados 15 exemplares de B. microcephalus. O conteúdo estomacal de cada exemplar foi analisado pelos métodos da Freqüência Numérica e Freqüência de Ocorrência. Os itens alimentares foram classificados como autóctone ou alóctone, de acordo com sua origem. Os insetos foram o principal item alimentar consumido pelos indivíduos de ambas as localidades. Considerando-se a análise de LF não foram registradas diferenças no consumo dos itens alóctones e autóctone. Por outro lado, foi detectada predominância de presas autóctones em LA. A análise espaço-temporal da participação dos itens alóctones e autóctones, durante o primeiro ano de estudo, indicaram que as presas autóctones predominaram na estação seca de LF e na estação chuvosa de LA; não foram registradas diferenças significativas durante o segundo ano de estudo. Conclui-se que as variações espaço-temporais do hábito alimentar de B. microcephalus não seguiram um padrão previsível.
2006
Rezende,Carla F. Mazzoni,Rosana
Taxonomia e variação geográfica das espécies do gênero Alouatta Lacépède (Primates, Atelidae) no Brasil
Neste estudo analisou-se a variação geográfica e não-geográfica de táxons de bugios, gênero Alouatta Lacépède, 1799, que ocorrem no Brasil, com o objetivo de esclarecer a taxonomia do grupo. Para a análise morfológica, examinou-se um total de 1.286 espécimes mantidos em cinco museus brasileiros e dois norte-americanos. O material consistiu basicamente de peles, crânios e ossos hióides; esqueletos e espécimes preservados em via úmida foram escassos. O estudo se baseou na análise qualitativa dos complexos morfológicos em adição a 18 morfométicos do crânio e osso hióide. Antes das decisões taxonômicas, elaborou-se um estudo de variação geográfica, sexual, ontogenética e individual. Reconheceu-se 10 espécies de Alouatta ocorrendo no Brasil, sendo a maioria definida por caracteres discretos, porém diagnósticos. São elas: Alouatta caraya (Humboldt, 1812), A. fusca (Geoffroy Saint-Hilaire, 1812), A. clamitans Cabrera, 1940, A. belzebul (Linnaeus, 1766), A. discolor (Spix, 1823), A. ululata Elliot, 1912; A. juara (Linnaeus, 1766), A. macconnelli (Humboldt, 1812), A. puruensis Lönnberg, 1941 e A. nigerrima Lönnberg, 1941. Alouatta macconnelli e A. clamitans mostraram notável variação geográfica na coloração da pelagem e algumas variáveis morfométricas (polimorfismo) o que dificultou as definições e limites dos táxons. Alouatta belzebul apresentou variação em mosaico na coloração da pelagem. Alouatta ululata e A. puruensis foram definidas pela presença de dicromatismo sexual na pelagem, mas este caráter pode ser um artefato e necessita estudos adicionais para corroborar sua validade. Sinonimizou-se Alouatta belzebul mexianae Hagmann, 1908 com A. discolor; e a validade de Alouatta seniculus amazonica Lönnberg 1941, não foi considerada.
2006
Gregorin,Renato
A composição da avifauna do campus da Universidade Estadual de Londrina, norte do Paraná, Brasil
Este estudo analisou a distribuição espacial da avifauna do campus da Universidade Estadual de Londrina em diferentes habitats (florestal, agrupamento de árvores, edificações e adjacências, capoeira, aquático e campo aberto). Também foi desenvolvida uma análise comparativa em relação à riqueza e composição de espécies e à estrutura de guildas entre a comunidade de aves que ocorre em um remanescente florestal que existe no campus com as de um remanescente em área rural, dois remanescentes em área urbana e a de uma área contínua de floresta. Os dados foram coletados em transecções fixas entre janeiro de 2001 e dezembro de 2002 em 48 amostragens. Um total de 174 espécies foi registrado, com os habitats florestal e agrupamento de árvores apresentando maior número de espécies, enquanto os habitats aquático e de campo aberto apresentaram o menor número. A riqueza de espécies registrada no remanescente florestal do campus foi semelhante ao registrado na área contínua e na área rural e superior ao registrado nas duas áreas urbanas. O índice de Sørensen apresentou valores semelhantes e relativamente altos entre o campus e as outras quatro áreas. Por outro lado a estrutura de guildas da comunidade de aves florestais do campus foi mais semelhante o de uma das áreas urbanas e da área rural. Tanto no campus como nas áreas urbanas, houve menor número de espécies de grandes frugívoros e escaladores e um aumento na representatividade de aves de borda de floresta em relação a área contínua de floresta e a área rural.
2006
Lopes,Edson V. Anjos,Luiz dos
Morfologia externa do adulto de Almeidaia aidae Mielke & Casagrande (Lepidoptera, Saturniidae, Arsenurinae, Almeidaiini). III. Abdome
A morfologia externa do abdome do adulto de Almeidaia aidae Mielke & Casagrande, 1981 é descrita e ilustrada pela primeira vez. Os resultados obtidos foram comparados com outras espécies de Saturniidae. É uma espécie rara e endêmica da região do Cerrado. Estudos sobre sua biologia foram publicados pelo quarto autor. Esta é a terceira contribuição sobre a morfologia da espécie tendo sido as anteriores sobre a cabeça e o tórax.
2006
Camargo,Amabílio J. A. de Casagrande,Mirna M. Mielke,Olaf H.H. Furtado,Eurides
Diversidade e ocorrência temporal da anurofauna (Amphibia, Anura) em São José dos Pinhais, Paraná, Brasil
A Floresta Atlântica é o bioma com a maior diversidade e taxa de endemismo de anfíbios anuros do mundo. Entretanto, informações sobre a história natural e os padrões de ocorrência das espécies são, em grande parte, ainda desconhecidas para esse bioma. No presente estudo, a diversidade e a ocorrência temporal de espécies de anuros foram determinadas em área de ecótono entre Floresta Ombrófila Densa e Floresta Ombrófila Mista no estado do Paraná, sul do Brasil. No levantamento, realizado entre janeiro de 2003 e maio de 2004, foram registradas 34 espécies de cinco famílias: Bufonidae (duas espécies), Hylidae (17 espécies), Leptodactylidae (13 espécies), Microhylidae (uma espécie) e Ranidae (uma espécie). A riqueza registrada é uma das maiores do Paraná e oito, dos nove hábitats amostrados, apresentaram alta diversidade de espécies. Isso pode ser decorrente do fato da área estudada estar localizada em região de ecótono, o que favoreceu a ocorrência de espécies típicas de cada formação vegetal. Além disso, uma hipótese adicional é a do distúrbio intermediário, decorrente do desmatamento ocorrido até trinta anos atrás, que possibilitou a ocorrência de algumas espécies típicas de áreas abertas. Machos da maioria das espécies (48%) vocalizaram no período chuvoso e quente do ano, mas a proporção de espécies anuais (25%) foi grande, semelhante à encontrada em regiões com clima tropical úmido (30%). A similaridade na composição de espécies de nove localidades no Paraná foi associada à fisionomia vegetal das áreas amostradas.
2006
Conte,Carlos E. Rossa-Feres,Denise de C.
Estrutura populacional da Balaenoptera bonaerensis (Burmeister) (Cetacea, Balaenopteridae) nas áreas de reprodução do Oceano Atlântico Sul
Um estudo da composição dos grupos de baleias minke, Balaenoptera bonaerensis (Burmeister, 1867), capturadas nas águas de Costinha, Paraíba, Brasil, na época da caça comercial, foi realizado com o objetivo de conhecer a dinâmica dos principais parâmetros biológicos, assim como aspectos do comportamento reprodutivo desta espécie. Foram analisados dados da caça coletados pela Superintendência para o Desenvolvimento da Pesca e Companhia de Pesca Norte do Brasil acerca do tamanho e composição dos grupos, proporções sexuais e grau de maturidade das baleias capturadas entre os anos de 1975 a 1985. Os grupos encontrados nas águas de Costinha foram em geral de pequeno tamanho e compostos de animais de ambos os sexos, com predominância de fêmeas e animais maturos sexualmente. Os filhotes, as fêmeas lactantes e prenhes foram raramente encontrados. Esta população de baleias encontrava-se em maior número na costa da Paraíba entre os meses de setembro e outubro, principal período de concepção para a espécie, devendo ocorrer grande número de fecundações nesta área e período. A ausência de fêmeas prenhes ou lactantes e filhotes nesta população demonstra que os nascimentos não ocorrem nesta área. O encalhe e a avistagem de filhotes da baleia minke na costa leste da América do Sul (entre 25ºS e 40ºS) sugere o nascimento dos filhotes em médias latitudes desta região, onde a temperatura da água é inferior à encontrada na costa do nordeste brasileiro. Desta forma há indícios de que existam distintas áreas para o nascimento de filhotes e o acasalamento da baleia minke nas águas do Oceano Atlântico Sul Ocidental. A poligamia é um comportamento reprodutivo apresentado pela baleia minke, tendo sido observado através da proporção sexual das capturas e da composição dos grupos formados apenas por animais maturos sexualmente nesta área de acasalamento.
2006
Lucena,Alineide
Behavioural responses of captive-born greater rheas Rhea americana Linnaeus (Rheiformes, Rheidae) submitted to antipredator training
Human activities have been diminishing greater rhea Rhea americana (Linnaeus, 1758) populations throughout their natural distribution. The reintroductions of captive-born greater rheas have been tried but without success; since the individuals reintroduced were killed by predators. Captive-born animals that have been isolated from predators for many generations can lose their predator recognition abilities. To enhance the survival rates of the reintroduced animals, researchers are now using antipredator training techniques. We studied the response of 15 zoo-borne greater rheas to antipredator training. The animals were divided into three groups: two test groups and one control group. We ran 15 antipredator tests and four control testes with each group. Antipredator tests consisted of pairing a taxidermized predator model or a real predator (domestic dog) with a simulation of a capture procedure. Control tests consisted of presenting the predator model (jaguar) to the birds, after training but not associating it with an aversive event and recording behavioural responses. All tests were video-recorded and analysed a posteriori. Results showed that the trained rheas responded appropriately to the predators, becoming more vigilant and that there was considerable individual differences in response to antipredator training. The results demonstrated that antipredator training is effective and therefore an invaluable tool for reintroduction projects involving greater rheas. Furthermore, the methods employed in this research project should be applicable to other species of flightless birds.
2006
Azevedo,Cristiano S. de Young,Robert J.
Do captive-born greater rheas Rhea americana Linnaeus (Rheiformes, Rheidae) remember antipredator training?
The antipredator training is a powerful tool now being used to help the reintroduced animals to recognise and escape from their predators. Testing the memory capacity of the animals after antipredator training is important to evaluate if the application of the training is worthwhile. A group of 15 captive-born greater rheas was studied at Belo Horizonte Zoo. Eight birds were antipredator trained and seven birds were not. After the end of the antipredator training sessions, we run four memory tests at 40, 55, 70 and 88 days after training was completed. The memory tests consisted of showing a predator model to the rheas and recording their behavioural responses. It was measured the capacity of antipredator information storage, the influence of the group size on the behaviour of the birds and the influence of the antipredator training on the elicitation of the correct behavioural responses of the birds when confronted by a predator. The results showed that the rheas retained predator recognition for almost three months, that the group size affected the responses of the birds (more defence behaviours expressed when tested alone) and that the antipredator training is essential to elicit the adequate antipredatory responses, since untrained birds behaved in a tranquil manner when confronted by a predator model. We concluded that antipredator training is worthwhile for future reintroduction programs for greater rheas, since their memory capacity is considerable.
2006
Azevedo,Cristiano S. de Young,Robert J.
Shyness and boldness in greater rheas Rhea americana Linnaeus (Rheiformes, Rheidae): the effects of antipredator training on the personality of the birds
The shy-bold continuum is an axis of behavioural variation for some species, but the consequences of shyness and boldness in antipredatory behaviour is unknown. Bold animals have the tendency to be predated first after release in comparison to shy animals, who naturally avoid the predators. Antipredatory training has been used to enhance the defence behaviours of naive animals by various researchers around the world. For greater rheas, Rhea americana (Linnaeus, 1758), this kind of study is pioneer. In this study we have investigated if there are relationships between personality and performance of greater rheas in antipredatory training. We also investigated if the training procedures influenced the behaviour of the birds when presented to novel objects. Fifteen zoo-borne greater rheas were studied and 16 personality tests were run, being eight before the application of antipredator training, and eight after the training. We presented to the birds four novel objects (ball, box, bag and person) and recorded their behaviour and the distance of the birds in relation to the objects. Results showed that the birds behave boldly before training and shyly after it. The antipredator training modified significantly the behaviour of the rheas, making them more careful about novel situations. Personalities affected the behaviour of the birds during antipredator training. The study of the animal personalities can be an useful tool in reintroduction programs since it helps to choose the animals with the highest chance of survival to reintroduce.
2006
Azevedo,Cristiano S. de Young,Robert J.
Taxocenose de serpentes no Planalto Médio do Rio Grande do Sul, Brasil
Este trabalho foi desenvolvido na Fazenda da Brigada (28º14'39"S, 52º14'42"W), Passo Fundo, Planalto Médio do Rio Grande do Sul, e teve como objetivo contribuir com informações sobre riqueza, abundância de serpentes e comparação entre os métodos de amostragem. O estudo foi desenvolvido em duas áreas, floresta e campo, no período de janeiro de 2001 a março de 2003. Para a coleta de dados foram utilizados os seguintes métodos: procura limitada por tempo (PLT), encontros ocasionais por terceiros (EOT), encontros ocasionais pela equipe (EOE) e armadilhas de interceptação e queda (AQ). Com a utilização dos quatro métodos foi possível registrar 19 espécies de serpentes, distribuídas em três famílias (Colubridae, Elapidae e Viperidae) e coletar 284 indivíduos, sendo 128 por EOT, 36 por PLT, 112 por AQ e 8 por EOE. Utilizando todos os métodos, as três espécies mais abundantes foram: Thamnodynastes strigatus (Günther, 1858) (16,9%), Echinanthera cyanopleura (Cope, 1885) (15,2%) e Bothrops alternatus Duméril, Bibron & Duméril, 1854 (13,4%). O estudo dessa taxocenose revela importantes características da ecologia de serpentes e poderá subsidiar futuros estudos de conservação para a área.
2006
Zanella,Noeli Cechin,Sonia Z.