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O surgimento das séries de animação infantil remonta um período importante da história da animação e da mídia televisiva. Embora tenham passado por diversas transformações, as animações jamais perderam popularidade e ainda hoje representam grande parte da produção audiovisual voltada para o público infantil. O presente trabalho de dissertação tem por objetivo analisar o percurso e a consolidação das séries de animação infantil em 3 países — Estados Unidos da América, Brasil e Portugal — bem como avaliar o potencial pedagógico e a influência que essas séries podem vir a ter nas escolhas alimentares de jovens e crianças. Na primeira etapa deste trabalho, verificou-se a oferta de séries de animação infantil nos 3 países entre os meses de abril e maio de 2020. A pesquisa esteve restrita a três canais de televisão por assinatura (Disney Channel, Nickelodeon e Cartoon Network) e um serviço de vídeo streaming (Netflix). Em seguida, foi selecionada uma amostra de séries de animação infantil para a realização de uma análise quantitativa e qualitativa sobre os grupos de alimentos representados com maior frequência e as interações mais comuns entre as personagens e esses mesmos alimentos. Os resultados obtidos visam contribuir para o projeto “Célia Celíaca - Gluten Free Lifestyle” de Eve Ferreti e Pedro Mota Teixeira e no desenvolvimento de uma nova série de animação infantil com foco na alimentação, saúde e bem-estar.

Introdução: As cinases de adesão focal (CAF) são tirosina-cinases citoplasmáticas, não receto- ras, importantes e no processo oncogénico. O objetivo deste estudo é avaliar o nível de expressão das CAF no retinoblastoma e correlacioná-la com fatores prognósticos histopatológicos. Material e Métodos: a expressão de CAF e da sua forma ativa fosforilada - CAF [pY397] - foi avaliada em vinte espécimes de retinoblastomas por imuno-histoquímica. A imunorreatividade foi correlacionada com a idade, grau de diferenciação do tumor e com a presença ou ausência de invasão da câmara anterior, coroideia, vítreo e nervo ótico. Resultados: A avaliação histopatológica revelou 55% de tumores pouco diferenciados, 30% moderadamente diferenciados e 15% bem diferenciados. A invasão da câmara anterior foi obser- vada em 80% dos casos, da coróide em 35%, do vítreo em 25% e do nervo ótico em 70%. Vinte e cinco por cento dos tumores apresentaram uma forte expressão de CAF [pY397], 60% expressão moderada e 15% expressão fraca. Relativamente à imunorreatividade para CAF não fosforilada, 20% dos tumores revelaram-se fortemente positivos, 75% moderadamente positivos e 5% fraca- mente positivos. Não houve correlação significativa entre a expressão destas moléculas e a idade ou fatores de prognóstico histopatológicos. Conclusão: Este estudo foi o primeiro a avaliar a expressão desta molécula no retinoblastoma. Todos os espécimes apresentaram expressão de CAF ou CAF [pY397], tendo mais de 80% exi- bido expressão moderada ou forte de ambas. Os resultados sugerem uma potencial relação destas moléculas com o processo oncogénico, abrindo perspetivas relativamente a novas estratégias de intervenção terapêutica no retinoblastoma.

Purpose: The purpose of this study was to evaluate corneal biomechanics and structure in asymptomatic individuals with Collagen Vascular Diseases (CVD), and compare with an age- -matched control group. Methods: In this prospective study 23 patients with the diagnosis of CVD (46 eyes) and 17 healthy age and gender-matched controls (34 eyes) underwent Ocular Response Analyzer and Specular Microscopy measurements. CH and CRF were recorded for each eye using the ORA, pachymetry and endothelial cell count were measured through Specular Microscopy. Results: Mean CH was 10.1 +/- 1.3 mmHg in the study group and 10.0 +/- 1.2 mmHg in the control group. Mean CRF was 10.2 +/- 1.5 and 9.9 +/- 2.5 mmHg in the study and control groups respectively. These differences weren’t statistically significant (p=0,75 and p=0,47 respective- ly). CH was significantly higher in patients treated with hydroxychloroquine (10.4) compared with those who had no treatment (9.4) (p=0.006). Likewise the average CH was significantly lower in patients with five or more years of disease 9.6 vs 10.7 mmHg (p=0.01). Conclusions: Our results suggest no difference in the biomechanical properties of the cornea of individuals with CVD and a normal control population. However, there seems to be an inverse association between time since diagnosis and the value of CH. Additionally, there seems to be a relationship between the value of CH and treatment with hydroxychloroquine. Further studies are needed to help clarify the impact of CVD on corneal biomechanics, and possible implications on the risk of glaucoma and evaluation for refractive surgery.

Aim: To evaluate the effect of intravitreal anti-vascular endothelial growth factor (anti-VEGF) agents on the development of sustained ocular hypertension (OHT) in patients with neovascular age-related macular degeneration (AMD). Methods: A retrospective study of patients with neo- vascular AMD who received unilateral intravitreal anti-VEGF treatment was performed. Fellow non-injected eyes were used as controls. Initial intraocular pressure (IOP) was measured before the first injection and final IOP was measured 3-4 weeks after the last injection. Eyes that re- quired IOP lowering treatment during follow-up were identified. Results: Seventy-two patients were eligible for the study. Sustained ocular hypertension (OHT) developed in 3 (4.2%) of the injected eyes and in 1 (1.4%) of controls. There was no statistically significant difference be- tween final IOP in the study and control groups. In the study group, patients who received >20 anti-VEGF injections showed a significantly larger variation of IOP during follow-up (p=0.034) Conclusion: Eyes receiving a higher number of injections suffer a significantly larger IOP varia- tion than eyes treated with fewer injections, but larger studies are needed to conclude if treatment with intravitreal anti-VEGF agents increases the risk of developing sustained OHT.

Introdução: As lentes intraoculares multifocais (LIOs MF) têm óticas com vários anéis con- cêntricos com diferentes potências dióptricas, permitindo uma boa acuidade visual em várias distâncias focais. No entanto, tal design associa-se a algumas limitações óticas. O objetivo deste estudo é avaliar o impacto das LIOs MF na precisão e qualidade das imagens de tomografia de coerência ótica (OCT). Material e Métodos: Estudo transversal com 23 olhos de 15 doentes com LIO MF e 27 olhos de 15 doentes com LIO monofocal asférica. Todos os doentes realizaram OCT macular utili- zando o Heidelberg Spectralis®. Avaliaram-se os valores de espessura e volume maculares em 3 áreas concêntricas centradas na fóvea: zona central (1 mm), zona parafoveal (2 mm) e zona perifoveal (3 mm). Estes parâmetros, bem como a qualidade de imagem (fator Q), foram com- parados entre os dois grupos de estudo. Resultados: Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos relativamente à espessura ou volume maculares (p > 0,01). A qualidade média das imagens do OCT macular (fator Q) foi de 23,13 dB no grupo das LIOs MF e 26,84 dB no grupo das LIOs monofocais. Esta diferença foi estatisticamente significativa (p = 0.003). Conclusões: As LIOs MF condicionam uma diminuição significativa na qualidade da imagem de OCT. No entanto, este facto não parece comprometer a precisão das medições retinianas realizadas com este método de imagem.

O objectivo deste estudo é identificar as características epidemiológicas e definir a tendência do perfil epidemiológico do trauma ocular ao longo do tempo, no Norte de Portugal. Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo e comparativo de todos os traumatismos oculares avaliados no Centro Hospitalar do Porto / Hospital de Santo António, no Porto, entre 2004 e 2013: os casos que ocorreram de 2004 a 2008 foram incluídos no grupo 1 enquanto que aqueles que ocorreram de 2009 a 2013 constituiram o grupo 2. A análise estatística foi realizada com SPSS. Resultados: Registaram-se 476 lesões oculares de 468 doentes durante um período de 10 anos. O grupo 1 compreendeu 216 olhos de 212 doentes e o grupo 2 incluiu 260 olhos de 256 doen- tes. A maioria das lesões ocorreu no sexo masculino em proporção semelhante nos grupos 1 e 2 (82,4% vs 81.2%, respectivamente),p=0.795. A maioria dos traumatismos ocorreu em casa: 48.6% e 49.8% dos casos no grupo 1 e 2, respectivamente. Os acidentes laborais foram respon- sáveis por 18.1% e 26.5% dos casos no grupo 1 e no grupo 2 (p=0.031). As rupturas correspon- deram a 27.8% e a 33.1% dos casos no grupo 1 e 2, respectivamente (p=0.004). Conclusões: Verificou-se um aumento significativo das lesões em contexto laboral e nos trau- matismos abertos; no entanto, os traumatismos ocorridos em casa mantiveram-se como os mais frequentes. É essencial alargar as medidas de protecção a actividades que não eram anterior- mente o alvo das estratégias de segurança no sentido de evitar o “fardo” físico, psicológico e socio-económico do trauma ocular.

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Introdução: A cistinose é uma doença metabólica autossómica recessiva, resultante do arma- zenamento intralisossómico excessivo do aminoácido cistina. Existe um defeito numa proteína transportadora da membrana com consequente deposição sistémica desse aminoácido. Apesar de os achados mais comuns serem nefrológicos, existem achados oculares patognomónicos que consistem na deposição de cristais na córnea, conjuntiva, corpo ciliar e retina. Métodos: Descrição de caso clínico e revisão bibliográfica. Resultados: Doente do sexo feminino de 25 anos, com antecedentes de HTA não tratada desde a adolescência, internada por hipertensão arterial grave e insuficiência renal durante a gravi- dez, que culminou com aborto espontâneo às 17 semanas. É requerido exame oftalmológico para exclusão de sinais fundoscópicos relacionados com HTA. Na biomicroscopia, destacam- -se múltiplos cristais na córnea alongados, cintilantes e policromáticos bilateralmente. Face à semiologia e história pregressa, realiza-se o diagnóstico de cistinose, posteriormente confir- mado laboratorialmente. A doente iniciou acompanhamento e tratamento multidisciplinares. Conclusão: A integração de uma história clínica e exame objectivos adequados permitiu o diagnóstico de uma patologia sistémica grave. O conhecimento de sinais e sintomas oculares de patologias sistémicas como a cistinose pode permitir ao oftalmologista o diagnóstico pre- coce e terapêuticas atempada.

Introdução: Os drusens do disco ótico são anomalias congénitas do desenvolvimento da cabeça do nervo ótico, correspondendo a depósitos hialinos calcificados, localizados anteriormente à lâmina crivosa. O seu diagnóstico é maioritariamente acidental, em doentes normalmente assin- tomáticos. Material e Métodos: Os autores apresentam 5 casos clínicos de doentes com idades de apre- sentação compreendidas entre 6 e 12 anos, observados na Consulta de Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo, à qual foram referenciados por diferentes motivos. Resultados: Nos casos clínicos apresentados os motivos de consulta foram diminuição da acui- dade visual, estrabismo divergente, cefaleias com suspeita de papiledema e rotina. O exame of- talmológico e os meios complementares de diagnóstico realizados, nomeadamente retinografia, ecografia ocular, tomografia de coerência ótica e campos visuais, contribuíram para o diagnósti- co de drusens do nervo ótico. Foram ainda encontrados erros refrativos em 4 dos casos descritos Conclusão: Salienta-se a importância de uma história clínica e observação detalhadas para o diagnóstico diferencial e despiste de patologias oftalmológicas concomitantes, em doentes com drusens do disco ótico e seus familiares.

Os autores descrevem a utilização terapêutica de anti-vascular endothelial growth factor (VEGF) e terapêutica fotodinâmica (TFD) com verteporfina para o tratamento de uma membrana neo- vascular coroideia, peri-papilar, secundária a drusas do nervo ótico. Uma mulher de 17 anos de idade, com neovascularização da coróide peripapilar, unilateral, associada a drusas do nervo ótico, com queixas de metamorfópsia e hipovisão unilateral, foi tratada com duas injeções intra- vítreas de pegaptanib, sem melhoria. Posteriormente, foi submetida a três sessões de TFD e duas injeções intravítreas de bevacizumab, com melhoria da acuidade visual para 6/10 e resolução da metamorfópsia. A doente permanece estável após 5 anos de follow-up. A terapêutica combinada com TFD e bevacizumab parece ser uma opção útil no tratamento da neovascularização corói- deia secundária a drusas do nervo ótico.

Objective: To report a case of retinal toxicity associated with efavirenz in an adult. Methods: We describe a case of gradual-onset blurry vision in both eyes in a 37-year-old HIV caucasian woman, on antiretroviral therapy (ART), including efavirenz. Results: The patient presented with a best corrected visual acuity of 20/100 for the right eye (RE) and 20/125 for the left eye (LE). Fundoscopy revealed mottled atrophic changes of the macular retinal pigment epi- thelium (RPE) in both eyes. Fluorescein angiography revealed an annular pattern of RPE atrophy in both eyes. Full-field electretinography (ERG) was normal. Conclusions: Based on our patient ́s history and on previous reports, efavirenz seems to be the culprit in this case. Our report provides evidence in support of routine ophthalmological evalua- tion of patients on efavirenz.

A doença de von Hippel-Lindau (VHL) é uma doença multissistémica tumoral rara com fre- quentes, precoces e graves manifestações oftalmológicas. O objectivo deste artigo é apresentar um caso clínico revelador das manifestações oftalmológicas e sistémicas da doença de VHL. Métodos: Doente do sexo feminino de 22 anos, saudável, observada em 1998 por manifestações neurológicas secundárias a dois hemangioblastomas cerebelosos; foi diagnosticada a doença de VHL. Em 2006, detectou-se um descolamento de retina exsudativo secundário a um hemangio- blastoma capilar retiniano (HCR) no olho esquerdo (OE); no mesmo ano, este olho foi enucleado por globo cego doloroso. Em Março de 2011, um HCR foi diagnosticado no olho direito (OD) e tratado com fotocoagulação laser; posteriormente, por ausência de resposta ao laser, realizou-se radioterapia em placas com rutenium. Em Novembro de 2011, apresentava um tumor esbranqui- çado na periferia inferior com algum grau de fibrose e alterações pigmentares sequelares da ra- dioterapia no OD e exposição central do implante de silicone na cavidade orbitária esquerda que foi corrigida com enxerto de esclerótica de dador humano. Alguns meses mais tarde, apresentava nova exposição da prótese; removeu-se o implante de silicone e substituiu-se por um implante de biocerâmica. Em 2014, a doente apresenta uma acuidade visual não corrigida de 9/10, sem evidência de novas lesões tumorais e com uma prótese ocular bem adaptada. Conclusões: A doença de VHL exige uma equipa multidisciplinar para diagnosticar e tratar precocemente as consequências devastadoras desta doença e, assim, optimizar a qualidade de vida destes doentes.

Introdução: apesar das opções para correcção do astigmatismo corneano aquando da cirurgia de catarata, especialmente o uso de lentes intraoculares tóricas, existem poucos dados relativos à prevalência e magnitude do astigmatismo corneano em doentes portugueses. O objectivo deste estudo foi proceder a essa análise e realçar a importância do reconhecimento e tratamento do astigmatismo durante a cirurgia de catarata. Material e Métodos: foi realizada tomografia corneana com Pentacam HR® a doentes propostos para cirurgia de catarata na consulta geral de oftalmologia do Hospital de Egas Moniz. Foram excluídos doentes com astigmatismos irregulares ou outras patologias oculares importantes associadas. Procedeu-se à análise da queratometria e astigmatismo das faces anterior e posterior da córnea. Resultados: foram avaliados 234 olhos de 117 doentes com idade média de 74.45 ± 7.66 anos. O astigmatismo corneano da face anterior médio foi de 0.98 ± 0.74D (0.1 – 3.4D), com 39% dos olhos com valores superiores a 1.00D e apenas 32% dos olhos com um astigmatismo inferior a 0.50D. O astigmatismo da face anterior foi oblíquo na maioria dos olhos (48%). O astigmatismo da face posterior médio foi de 0.28 ± 0.15D (0.1 – 0.9 D), com o eixo mais curvo alinhado verticalmente em 68% dos olhos. Conclusões: mais de um terço dos casos propostos para cirurgia de catarata apresenta astigmatismo corneano anterior superior a 1.00D. O astigmatismo posterior médio foi de 0.28D. Estes dados devem ser tidos em consideração ao planear a cirurgia de catarata para obtenção dos melhores resultados visuais e refractivos possíveis.

Purpose: To evaluate surgical success rates and complications in patients with acquired nasolacrimal duct obstruction that underwent external dacryocystorhinostomy (DCR) with bicanalicular intubation.  Methods: 63 external DCR’s performed in 58 patients were retrospectively evaluated. The variables analyzed were: age, gender, initial signs and symptoms, complications, surgical success rate and reoperations. Surgical success was defined by the presence of anatomical patency associated with resolution of epiphora (full success) or improvement of epiphora (partial success). All cases with persistent epiphora without anatomical patency or cases of recurrent dacryocystitis were classified as unsuccessful. Results: Patients mean age was 63.13 years, with female predominance (84.5%). Epiphora was the most frequent initial symptoms (71.4%). Of the 63 surgeries, fifty-five were first interventions and 8 were reoperations. Intraoperative and postoperative complications were unusual. In the postoperative complications, we must emphasize those related with silicone tube, with 3 cases of tube prolapse and 2 case of early tube extrusion. Surgery was unsuccessful in 6 cases (9.5%). Conclusions: Surgical success rate (full + partial) with external DCR was 90,5%. This surgical technique is a great option in the treatment of nasolacrimal duct obstructions, with high surgical success rates and low rate of complications. However, intraoperative intubation is not free of complications.

Refractive surgery has undergone an extraordinary growth in recent decades, both in technical sophistication and in its popularity among patients. The goal of this work is to present current concepts on corneal Excimer laser refractive surgery. The authors, based on a comprehensive review of the literature and on their own experience, discuss practical topics regarding patient selection and evaluation, procedure choice, different aspects of surgical technique, and post-operative follow-up recommendations. The discussion is focused on the two most popular Excimer procedures: LASIK and PRK. Clinical good conduct regarding patient evaluation is reviewed, focusing on appropriate patient selection and on rigorous assessment of the patient’s pre-operative status. Contra-indications, absolute and relative, as well as specific advantages of both procedures are discussed. Optimal maximum attempted correction values are proposed. The importance of rigorous screening for post-operative ectasia at-risk patients is acknowledged. New advances in screening devices and concepts are discussed. Long-term follow-up of patients is essential for outcome analysis and improvement: practical guidance is suggested and long-term results available are reviewed.