RCAAP Repository

Exogenous hormonal manipulation to increase reproductive efficiency in dairy cows

In recent years, in dairy cattle, while it was observed a gradual increase in productivity, a decrease occurred in the reproductive efficiency. Several factors, such as increased incidence of diseases, higher susceptibility to heat stress and increase of dry matter intake, have been awarded as possible causes for the decrease in fertility. Increased dry matter intake is associated with increased liver blood flow, which is associated with an increase in liver metabolism of steroid hormones. Given the high metabolism of steroid hormones in high producing dairy cows, six studies were carried out, which in this thesis are divided in three chapters, involving hormone supplementation in lactating dairy cows. The first study aimed to increase the synchronization rate of dairy cows submitted to a fixed time artificial insemination (FTAI) estradiol (E2)/progesterone (P4)-based protocol. For this purpose, two experiments were performed, the first (n = 44 cows) compared a 2.0 vs 3.0 mg of estradiol benzoate (EB) associated to a P4 implant at the beginning of the protocol. The second experiment (n = 82 cows) performed presynchronization with GnRH prior to the onset of a FTAI protocol to produced different follicular development stages at the time of E2/P4: emergence vs. dominance. Daily ultrasound and hormone evaluations were performed. Other four experiments are described in the second (n = 1070 cows) and third (n = 1498 cows) chapter, which have been developed to evaluate the effect of P4 supplementation after ovulation in lactating dairy cows. In general, these studies evaluated the effect of supplementation on the corpus luteum (CL) development and function, mRNA abundance for interferon stimulated genes (ISG), on fertility of cows subjected to AI after estrus detection or FTAI protocol, or to embryo transfer. Increasing the EB dose from 2.0 for 3.0 mg did not improve emergence wave synchronization. In fact, it induced luteolysis in a larger number of cows. Altering the stage of the estrous cycle of the cows at the beginning of the E2/P4-based FTAI protocol did not improve synchronization of wave emergence. Post ovulation P4 supplementation did not affect CL development and function, and did not increase the mRNA abundance for ISG. Cows subjected to AI after estrus detection or after an E2/P4-based FTAI protocol did not have increased fertility. However when P4-supplemented cows were subjected to a GnRH-based FTAI protocol there was an improvement in the fertility of about 8%. Thus, we can concluded that regardless of the EB dose or stage of the estrous cycle at beginning of the E2/P4-based FTAI protocol, still there are cows that fail to have a synchronized emergence of a new wave and/or to ovulate at the end protocol. Additionally, depending on the protocol used, P4 supplementation may increase the fertility of dairy cows, but compromises the fertility when embryos are transferred.

Year

2015

Creators

Pedro Leopoldo Jerônimo Monteiro Junior

Respostas morfogênicas e dinâmica da população de perfilhos e touceiras em Brachiaria brizantha cv Piatã submetida a regimes de sombra em área de integração lavoura-pecuária-floresta

Os sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta estão sendo difundidos por todo o território nacional como medida de atenuação dos impactos causados pelo monocultivo e como estratégia de recuperação de pastagens degradadas. Inúmeras vantagens do sistema são apontadas, no entanto, a inclusão de espécies arbóreas modifica a qualidade e a quantidade da luz disponível para o pasto, provocando alteração no seu padrão de crescimento (vertical e horizontal) e produção de forragem. Partindo da hipótese que em um sistema silvipastoril o dossel arbóreo irá determinar a quantidade e a qualidade de luz disponível para o sub-bosque e, assim, influenciar a dinâmica de crescimento e ocupação da área pelo capim-piatã manejado sob pastejo rotativo utilizando metas de interceptação luminosa (IL) prépastejo, o objetivo deste trabalho foi quantificar e descrever as respostas morfogênicas, o padrão de perfilhamento e os processos de ocupação horizontal de Brachiaria brizantha cv BRS Piatã [(Hochst. ex A. Rich.) Stapf. syn. Urochloa brizantha cv. BRS Piatã (Hochst. ex A. Rich.) R.D. Webster] em sistema ILPF de dezembro de 2013 a julho de 2014. O estudo foi desenvolvido por meio de três experimentos realizados de forma concomitante para avaliar três regimes de luz: (1) capim-piatã cultivado em área livre de árvores (pleno sol; PS); (2) sombreamento gerado por meio de fileiras duplas de Eucalipto nas bordaduras dos piquetes (S1); e (3) sombreamento gerado por meio de quatro renques de fileiras triplas de Eucalipto dispostos dentro dos piquetes de forma alternada com porções de pasto (S2). Os regimes de luz S1 e S2 foram divididos em duas faixas de sombra (central e lateral) para descrição da variação da luz dentro dos piquetes. O período experimental foi dividido em três períodos de avaliação em função do índice pluviométrico registrado. Para estudar a influência das árvores sobre a medição de IL, o regime S2 foi manejado utilizando-se dois métodos de tomada da leitura de referência da luz incidente: leitura dentro (sob a copa das árvores) e fora (ausência de árvores) da área experimental. O aumento na densidade de árvores provocou redução na radiação fotossinteticamente ativa (RFA) de 37 e 12% nas faixas lateral e central em S1 (181 árvores.ha-1) e de 53 e 49% para as faixas lateral e central em S2 (718 árvores. ha-1). O sombreamento influenciou praticamente todas as variáveis-resposta avaliadas, resultando em redução do perímetro médios das touceiras (50%), aumento da frequência de touceiras pequenas (perímetro < 30 cm), diminuição da frequência de touceiras grandes (perímetro > 61 cm), diminuição da densidade populacional (35%) e estabilidade da população de perfilhos (6%), aumento das taxas de alongamento de folhas (16%) e de colmos (594%) e em área foliar específica (40%). O método da leitura de referência para avaliação de IL resultou em maior comprimento de folhas (14%) e de colmos (37%) quando as leituras foram feitas dentro comparativamente a fora da área experimental. Pastos sombreados alteram seu padrão de crescimento e ocupação da área como medida para evitar o sombreamento e maximizar a captação de luz, modificações essas importantes para planejar e definir metas de manejo do pastejo em áreas de ILPF.

Year

2015

Creators

Steben Crestani

Custo e rentabilidade da produção de tilápias em áreas não onerosas, período 2001 a 2015

Produtores e empresários estão sujeitos a situações de risco de mercado como, por exemplo, o impacto da variação de preços de insumos e produtos na rentabilidade da sua produção. Este estudo avaliou a rentabilidade de um modelo simulado de produção de tilápias em tanques-rede de pequeno volume, implantado no reservatório da Usina Hidroelétrica de Ilha Solteira sob condições de áreas não onerosas, considerando as variações mensais de preços entre os anos de 2001 a 2015. A partir dos parâmetros da licitação da área aquícola foi dimensionado um sistema de produção para atender as condições impostas às áreas não onerosas. Em função da inexistência de séries históricas de preços de ração de tilápia, foram elaboradas três rações comerciais baseadas na composição das dietas dos preços dos insumos deflacionados encontrados na literatura, e estimados os preços mensais das rações; o preço de venda do pescado fresco foi determinado a partir da série de preços mensais fornecida pelo CEAGESP. A atividade não se mostrou rentável mesmo após 2006 quando houve valorização no preço de venda da tilápia. A licitação para áreas em Ilha Solteira ocorreu em 2010, quando o preço do peixe seguia valorizado mas não tornou a produção na escala considerada viável, com 100% de operações negativas e prejuízo acumulado de R$-36.767,89. Entre 2001 e 2015, a atividade teve 100% de operações negativas e prejuízo acumulado de -R$887.248,02. Uma eventual queda no preço de venda poderia piorar ainda mais a rentabilidade e mostra a necessidade do produtor em ser eficiente e adotar estratégias que minimizem seu risco e que os parâmetros técnicos dispostos na licitação sejam revisados.

Year

2016

Creators

Eduardo Dervazi França

Hidrolisados proteicos na alimentação de juvenis de dourado Salminus brasiliensis

A exigência de alimento proteico palatável e de alto valor nutricional torna a dieta dos peixes carnívoros altamente dependente de farinha de peixe [FP], alimento de alto custo e já escasso no mercado. Hidrolisados de subprodutos da indústria animal são alimentos de alta qualidade que podem ser usados para substituir a FP nas dietas para peixes. Este trabalho foi realizado em dois ensaios: o primeiro avaliou a digestibilidade de hidrolisados de resíduos de tilápia [RTI], cabeças de atum [CAT], fígados de suínos [FSU] e de aves [FAV] e a influência da inclusão dos hidrolisados nas dietas no perfil de enzimas digestivas nos estômagos, cecos pilóricos e intestinos de juvenis (39,73 ± 5,30 g) do Characiforme carnívoro dourado, Salminus brasiliensis; o segundo ensaio avaliou o desempenho de juvenis de dourados (4,57 ± 1,25 g) alimentados com níveis crescentes de inclusão de FSU (0, 70, 140, 210 e 280 g kg-1) na dieta. A inclusão dos hidrolisados na formulação das dietas diminuiu o pH das rações mas não interferiu no consumo pelos peixes. Os maiores coeficientes de digestibilidades dos nutrientes foram registrados em peixes alimentados com as dietas contendo RTI e FSU, enquanto os menores foram encontrados para aqueles alimentados com as dietas contendo CAT. A atividade da protease e da lipase foi maior nos estômagos dos animais, em especial aqueles que foram alimentados com a dieta contendo FSU. A atividade de amilase foi maior nos cecos pilóricos, enquanto nos intestinos foi registrada maior atividade nas dietas controle e RTI. Hidrolisados de subprodutos da indústria animal foram altamente digestíveis para dourados e o perfil enzimático dos peixes foi dependente dos nutrientes da dieta. No segundo ensaio os menores valores de ingestão diária foram registrados nos peixes alimentados com a dieta sem inclusão de hidrolisado, mas os menores valores de ganho de peso, peso final e das taxas de crescimento específico, de eficiência proteica e energética, e de retenção proteica foram registrados nos peixes alimentados com a dieta contendo 280 g kg-1 de hidrolisado suíno. A grande proporção de aminoácidos livres e pequenos peptídeos nas dietas com inclusões acima de 140 g kg-1 do produto aparentemente reduziu a síntese de proteínas dos animais. A saúde dos peixes não foi afetada significativamente pela inclusão de hidrolisados na dieta, porém, aparentemente, os peixes alimentados com dietas contendo até 140 g kg-1 de hidrolisado tiveram melhores índices imuno-hematológicos.

Year

2017

Creators

Evandro Kleber Lorenz

Ontogenetic development of Pennisetum purpureum cv. Napier: consequences for grazing management

Characterization of the ontogenic program is essential to infer about palnts adaptation strategies. Frequently, morphogenesis of tropical forage grasses is reported to be analogous to that of temperate forage grasses. However, tropical grasses show stem development still during the vegetative phase of growth and under high light availability conditions. Stem elongation potentially impacts plants growth, with implications for grazing management. In tropical conditions, elephantgrass cv. Napier is considered one of the most productive grass species under grazing. The objective of this study was to characterize the ontogenic development of elephantgrass, coordination between phytomers, stem elongation and leaf and internode coordination in main and primary axes, using an isolated plant protocol. The experiment was conducted in Piracicaba, SP, during the Spring (2015), Summer (2016) and Autumn (2016), using a complete randomized block design, with 4 replicates. Eighty fiber cement tanks (0.343 m3) were used. Each block was composed of 20 tanks, 10 used to evaluate the morphogenic and developmental characteristics and 10 for the destructive evaluations. Measurements of leaf and stem elongation were performed every two days to determine the following variables: leaf appearance rate (LAR), leaf elongation rate (LER), leaf elongation duration (LED) and final leaf length (FLL). From day 10 of the evaluation period in Summer and Autumn and day 25 in Spring, 10 cuts were performed for destructive assessments every 5 days. At the time of the destructive evaluations, the following variables were measured: apical meristem heigth (AMH); sheath tube length (STL); number of expanding leaves (NEL); number of expanded leaves (NEXL). Measurements of sheath length (SL) and internode length (IL) were performed only on the main axis. On the main axis LAR (0.02 leaves degree-days-1) and LER (0.26 cm degree-days-1) were constant, whereas LED and FLL increased with leaf rank on the axis. LED ranged from 150 to 280 degree-days from phytomer 10 to 20. In Autumn, due to flowering, LED decreased with leaf rank. SL increased until reaching a maximum value of approximately 10-12 cm from the phytomer 12-13 onwards. When evaluated in phyllochronic units, similar pattern was observed across seasons of the year for a common leaf rank group. However, in all seasons, higher leaf ranks presented greater LED. Higher LAR were reported for topmost primary axes and LER increased with leaf rank until reaching a maximum, remaining constant afterwards. The LED increased with leaf rank in main and primary axes. The stem elongation began from phytomer 8 on the main axis in all seasons of the year, and in earlier phytomers for the other primary axes. In the main axis, internode length ranged from 0.5-2.0 cm for phytomer 8 until reaching a maximum value of 8-10 cm for phytomers 12-13 onwards, in Spring and Summer. During Autumn, maximum values of internode length were approximately 20 cm. Internode elongation begins concomitantly with the cessation of leaf elongation, and after 5 phyllochronic units from leaf appearance. In all axes, STL increased until reaching a maximum value of approximately 12-13 cm in Summer and 11-12 cm in Spring, coinciding with the beginning of stem elongation. The ontogenic development described for elephantgrass differs from that reported for temperate forage grasses. There was a seasonality effect. Axes development presents a hierarchical and synchronized organization. However, for the upper axes and topmost phytomers behavior is different and needs to be investigated. The stem elongation process can be described by the number of produced leaves. This study provides a key element for understanding phenotypic plasticity and corresponds to an useful information to identify the onset of stem elongation in field conditons. This result can potentially be used for functional-structural plant modelling.

Year

2018

Creators

Guilherme Portes Silva

Características estruturais do dossel forrageiro, valor nutritivo e produção de forragem em pastos de capim-mombaça submetidos a regimes de lotação intermitente.

A produção e o valor nutritivo da forragem em pastagens são função de variações em composição botânica e morfológica do pasto que, por sua vez, são conseqüência do controle e monitoramento da condição e estrutura do dossel forrageiro. Dentro desse contexto, o objetivo deste experimento foi avaliar os efeitos de combinações entre intensidade e intervalo entre pastejos sobre a produção, composição botânica e morfológica e valor nutritivo da forragem ao longo de uma estação de crescimento inteira (janeiro/01 a fevereiro/02) em pastos de capim-Mombaça pastejados por bovinos. Adicionalmente, visou identificar estratégias de manejo do pastejo que permitissem obter alta produtividade e utilização de forragem, mantendo a estrutura do pasto dentro de limites aceitáveis de uso e garantindo, assim, alimento em quantidade e qualidade para os animais. O experimento foi realizado na Universidade Federal de São Carlos, Araras, SP, entre 8 de janeiro de 2001 e 23 de fevereiro de 2002. Os tratamentos corresponderam a combinações entre duas intensidades (30 e 50 cm de resíduo) e dois intervalos de pastejo (pastejo iniciado com 95 e 100 % de interceptação de luz do dossel forrageiro - IL) e foram alocados às unidades experimentais conforme delineamento de blocos completos casualizados, em arranjo fatorial 2 x 2, com 4 repetições. Foram avaliadas as seguintes variáveis-resposta ao longo de todos os ciclos de pastejo: teores de matéria mineral, proteína bruta, fibra insolúvel em detergente neutro e ácido, lignina e digestibilidade in vitro da matéria orgânica. De forma geral, os pastos acumularam forragem de forma contínua durante a rebrotação, sendo a maior produtividade obtida para o tratamento 30/95 (26.910 kg MS.ha -1 ), seguida do 30/100, 50/100 e 50/95 (24.900, 20.280 e 17.910 kg MS.ha -1 , respectivamente). No entanto, a partir de determinada fase de rebrotação o acúmulo foi proveniente de hastes e material morto, componentes que, em altas proporções, são indesejáveis para a alimentação animal e eficiência do pastejo. Pastos com pastejos iniciados com 100% IL do dossel apresentaram maiores proporções de hastes (14,7 x 8,0%) e material morto (9,7 x 6,5%) na forragem em pré-pastejo, o que resultou em redução dos teores de proteína (9,0 x 11,2%) e da digestibilidade (55,0 x 58,1%) comparativamente àqueles de 95% IL do dossel. Adicionalmente, quando períodos de descanso mais longos (100% IL) foram associados com o resíduo de 30 cm, a presença de hastes e material morto impediu que o resíduo planejado fosse mantido ao longo do ano (50,7 cm ao final do inverno). Pastejos mais freqüentes, propiciados pelo pastejo iniciado com 95 % IL do dossel, permitiram também um controle mais efetivo do florescimento das plantas, especialmente quando associados ao resíduo de 30 cm. Conclui-se que o manejo do pastejo em pastos de capim-Mombaça submetidos à lotação intermitente deve ser iniciado com 95 % IL do dossel (90 cm de altura em pré-pastejo) e terminado quando o resíduo atingir 30 cm, sendo o período de descanso função da taxa de acúmulo de massa seca dos pastos.

Year

2003

Creators

Adriana Amaral de Oliveira Bueno

Substituição parcial do milho pela casca de soja na alimentação de cordeiros da raça Santa Inês em confinamento

Foram realizados dois experimentos com o objetivo de avaliar o efeito da substituição parcial do milho pela casca de soja (CS) sobre o desempenho, o comportamento ingestivo, as características da carcaça, a digestibilidade aparente dos nutrientes, o balanço de nitrogênio, os parâmetros ruminais e sangüíneos de cordeiros da raça Santa Inês. O tratamento controle (CS0) foi uma ração contendo 70% de milho (% da MS), sendo o milho substituído em 15%, 30% e 45% pela CS, constituindo os tratamentos CS0, CS15, CS30 e CS45, respectivamente. As rações experimentais foram isonitrogenadas (19,12 ± 0,60% de PB), contendo 90% de concentrado e 10% de feno de \"coastcross\" (Cynodon sp.). No Experimento I (digestibilidade, balanço de nitrogênio, parâmetros ruminais e sangüíneos): foram utilizados 16 cordeiros, canulados no rúmen com peso médio inicial de 44,3 ± 5 kg e aproximadamente 6 meses de idade, distribuídos em delineamento experimental de blocos completos casualizados. O consumo de MS, MO, FDN, FDA e PB em kg/dia e g/kg de PC0,75, bem como o consumo de NDT em kg/dia, de ED em Mcal/dia aumentaram linearmente (P < 0,05) com a inclusão de CS. A retenção de nitrogênio reduziu linearmente (P < 0,05) e a concentração de propionato no fluido ruminal apresentou efeito quadrático (P < 0,05), tendo-se máxima concentração no tratamento CS15. Enquanto que, o consumo de EE g/kg de PC0,75, os valores de NDT em % da MS, a concentração de ED em Mcal/kg de MS, os coeficientes de digestibilidade aparente da MS, CNF, PB e EE, e a concentração total dos AGCC e de amônia no fluido ruminal não foram afetados pelos tratamentos. No experimento II (desempenho, características de carcaça e comportamento ingestivo): foram utilizados 64 cordeiros com peso inicial de 18,3 ± 2,8 kg e idade de 69 ± 5 dias, distribuídos em delineamento experimental de blocos completos casualizados, com dois animais por baia e 8 baias por tratamento. O GMD, as características da carcaça e os tempos gastos com as atividades de ingestão (min/g de MS), ruminação (min/dia e min/g de MS) e mastigação (min/dia) não foram afetados pelos tratamentos. O consumo de MS e de FDN, a CA, e os tempos gastos com ruminação (min/g de FDN) e mastigação (min/g de MS) aumentaram linearmente (P < 0,05) com a inclusão de CS. A inclusão de CS na ração, em substituição parcial ao milho, aumentou o consumo dos nutrientes e de energia digestível, e melhorou o pH ruminal, sem afetar o GMD e as características da carcaça dos cordeiros. Entretanto, reduziu a retenção de nitrogênio e piorou a CA.

Year

2008

Creators

Evandro Maia Ferreira

Estudo das perdas de amido em confinamentos brasileiros e do uso do amido fecal como ferramenta de manejo de bovinos confinados

O número de animais terminados em sistema de confinamento cresce rapidamente no Brasil, concomitante com aumento no teor de amido das dietas utilizadas. A expansão da agricultura e custos mais baixos por unidade de energia digestível proveniente do grão em relação aos volumosos deve acelerar este processo. Os objetivos deste trabalho foram: a) avaliar as perdas de amido em confinamentos comerciais; b) calibrar a metodologia de NIRS para estimativa do teor de amido fecal; c) estudar as relações entre parâmetros fecais (% de amido, MS e pH) com desempenho e eficiência de bovinos Nelore e cruzados recebendo dietas de médio/alto concentrado; d) avaliar o efeito do horário de coleta e da raça dos animais no teor de amido fecal. Foram avaliados os teores de amido fecal de animais de experimentos controlados e de confinamentos comerciais. Resultados de 2.003 amostras para teor de amido fecal foram analisados. Foi observada diferença no teor de amido fecal em função do horário de coleta tanto em experimento quanto em confinamentos comerciais (P < 0,01). Os teores de amido fecal em animais 100% Nelores foram maiores em comparação com o de animais cruzados (P < 0,01). Há necessidade de padronização do horário da coleta e grupo genético para utilizar o teor de amido nas fezes como indicador do uso de amido. Para os dados de experimentos controlados houve efeito de experimento (P < 0,0001), sexo (P = 0,006) e grupo genético (P = 0,0466), sendo maior o teor de amido fecal para machos e animais Nelore, quando comparados com fêmeas e cruzados. A correlação com amido nas fezes foi baixa (r < 0,20) para as variáveis peso médio metabólico (kg0,75), consumo de matéria seca (kg/dia) e eficiência alimentar (kg/kg). Não houve correlação entre teor de amido fecal e consumo alimentar residual (CAR) para novilhas e touros Nelore, demonstrando que talvez o amido nas fezes não seja um boa ferramenta para selecionar os animais mais eficientes em dietas de baixo teor de amido. A correlação entre o teor de amido fecal com pH fecal para animais em confinamentos comerciais apresentou correlação negativa de r = -0,57 e -0,51 quando a fonte de amido foi milho e sorgo, respectivamente. Foi detectada diferença (P =0,0006) no teor de pH fecal em função da fonte de amido da dieta (milho ou sorgo), 6,55 para o milho e 6,04 para o sorgo, sugerindo um menor aproveitamento do amido para os grãos de sorgo, embora o teor de amido fecal para as diferentes fontes avaliadas não tenha sido diferente (P = 0,29). Já para a %MS fecal, houve efeito de fonte de amido (P = 0,06), sendo os teores para milho menores (20,5%) em relação ao sorgo (23,1%). As 1.985 análises de amido nas fezes tanto dos experimentos quanto dos confinamentos comerciais permitiram a obtenção e validação de uma equação de calibração do NIRS para teor de amido fecal. Uma parte dos dados coletados foram utilizados na calibração e outra parte na validação independente da equação. Foram feitas equações para três diferentes conjuntos de amostras: a) todas independente da fonte de amido; b) amostras contendo o milho como principal fonte de amido; c) amostras contendo o sorgo como principal fonte de amido. Todas as equações apresentaram boa habilidade preditiva (R2 > 0,92), alta acurácia (erros sistemático inferior a 2% do teor de amido fecal) sendo que uma única equação pode ser utilizada para estimar o teor de amido fecal independente da fonte de amido da dieta.

Year

2008

Creators

Mariana Caetano

Produção embrionária, perfil endócrino, metabólico e molecular de vacas holandesas não-lactantes recebendo dieta à base de milho ou polpa cítrica

A nutrição é um dos principais fatores que afetam a eficiência reprodutiva por influenciar o crescimento, maturação e capacidade ovulatória do folículo bem como o perfil e estado metabólico do animal, gerando cenários que prejudicam ou corroboram o desenvolvimento e estabelecimento da prenhez. Diferentes fontes energéticas utilizadas na nutrição são capazes de alterar os padrões de fermentação ruminal e causar respostas endócrinas distintas. A partir disso, os objetivos desse estudo foram avaliar de que forma duas fontes energéticas da dieta influenciam a produção embrionária, a expressão gênica de enzimas hepáticas que metabolizam progesterona (P4) e a insulinemia. Em um delineamento em crossover, 22 vacas holandesas não lactantes e não gestantes foram distribuídas em dois grupos: um recebendo milho e outro polpa cítrica como fonte de energia da dieta. A quantidade de alimento fornecida foi de 1,3% do peso corporal em matéria seca por dia. O estudo foi composto por dois períodos de 71 dias de duração e em cada um deles foram realizadas duas superovulações (aos 35 e aos 70 dias) e uma biópsia hepática (aos 71 dias). Amostras sanguíneas foram colhidas imediatamente antes do fornecimento do alimento e 4 horas após, em dias pré-determinados, para dosagem de glicose, insulina e P4. Ao final do estudo as vacas passaram por teste de tolerância à glicose (TTG). Foi quantificada a expressão gênica de enzimas que metabolizam a P4 por RT-qPCR. A análise estatística foi realizada por meio de regressão logística pelo Proc MIXED do SAS 9.3. Os dados de expressão gênica foram avaliados por meio de delta CT. Imediatamente antes do fornecimento do alimento, a insulina circulante foi maior para o grupo milho (P < 0,01) e a P4 circulante foi maior para o grupo polpa cítrica (P < 0,01). Quatro horas após a alimentação, a P4 foi igual entre os tratamentos. A relação da P4 circulante na hora 4 e 0 foi maior para o grupo milho (P < 0,01). Tanto a glicose basal como o Homa-IR (Homeostasis model assessment of insulin resistance) foram maiores para o grupo milho. No TTG, o grupo milho apresentou maior pico de glicose no momento 5 minutos, maior taxa de decaimento da glicose (P = 0,01) e menor tempo de meia vida da glicose (P = 0,05). Não houve efeito de tratamento na resposta superestimulatoria, superovulatória, produção de embriões e na expressão gênica das enzimas que metabolizam a P4, mas as superovulações realizadas aos 70 dias produziram embriões de qualidade inferior em relação às realizadas aos 35 dias, independente de tratamento. Conclui-se que, embora tenha sido possível alterar a insulina circulante através da dieta, a quantidade e qualidade de embriões produzidos não foram alteradas. O aumento pós-prandial da P4 circulante não foi relacionado a menor expressão gênica das enzimas hepáticas que metabolizam a P4.

O ovo em pó na alimentação de leitões recém-desmamados.

Foram realizados dois experimentos para determinar a composição química, os coeficientes de digestibilidade de nutrientes e os valores de energia e proteína digestíveis do ovo em pó (OP) e avaliar o desempenho e os componentes sanguíneos e plasmáticos de leitões recém-desmamados alimentados com dietas contendo níveis crescentes de proteína do OP em substituição à proteína do plasma sanguíneo. O Experimento I consistiu de um ensaio de digestibilidade, sendo utilizados oito leitões (quatro machos castrados e quatro fêmeas), mestiços Landrace x Large White com 15,9 kg de peso médio. Os tratamentos consistiram de uma dieta basal e uma dieta teste (70% dieta basal + 30% OP) com quatro repetições cada. Utilizou-se a metodologia da coleta parcial de fezes com o uso de 0,5% de óxido crômico (Cr2O3) adicionado às dietas como indicador. Os coeficientes de digestibilidade aparente do OP foram de 87,18, 80,76, 81,99 e 70, 54%, respectivamente, para a matéria seca, energia bruta, proteína bruta e extrato etéreo. A partir dos coeficientes de digestibilidade determinados e os valores de proteína bruta (56,53%) e energia bruta (5.897 kcal/kg) foram calculados os valores de 43,91% de proteína digestível e 5.139 kcal/kg de energia digestível do OP para leitões em fase de creche. No Experimento II, foram utilizados 90 animais (machos castrados e fêmeas), mestiços Landrace x Large White, desmamados com 24 dias e 5,6 kg de peso médio. O período experimental compreendeu duas fases, a pré-inicial (1 a 14 dias) e inicial (15 a 28 dias pós-desmame), onde os tratamentos consistiram de cinco rações isonutritivas com níveis crescentes (0, 25, 50, 75 e 100%) de substituição protéica do plasma sanguíneo da dieta pelo OP. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, com nove repetições por tratamento e dois animais por unidade experimental (baia). Os animais e a ração foram pesados para o cálculo do ganho diário de peso (GDP), consumo diário de ração (CDR) e conversão alimentar (CA) em cada fase e período total. Ao final do ensaio de desempenho foi retirada uma amostra de sangue de cada animal para a determinação dos componentes plasmáticos (uréia, proteína total, albumina, globulina, relação albumina/globulina, triglicérides e colesterol) e sanguíneos (hematócrito e hemoglobina). Não houve diferença entre os tratamentos (P > 0,05) para as variáveis de desempenho na fase de 1 a 14 dias pós-desmame. Para a segunda fase experimental e para o período total, foi observada uma redução linear (P < 0,01) do GDP e CDR, à medida que aumentava o nível de substituição do PS pelo OP. Para as variáveis dos componentes plasmáticos e sanguíneos não foram observadas diferenças significativas (P > 0,05) entre os tratamentos. Concluiu-se que o ovo em pó pode substituir completamente o plasma sanguíneo sem afetar o desempenho dos animais na fase de 1 a 14 dias pós-desmame, enquanto que na fase de 15 a 28 dias essa substituição prejudicou o desempenho dos animais, refletindo assim, em um pior desempenho no período total (1 a 28 dias). A inclusão crescente do ovo em pó nas dietas não alterou os componentes plasmáticos e sanguíneos.

Year

2002

Creators

Adriana Nogueira Figueiredo

Desempenho, metabolismo e emissão de metano de bovinos Nelore em terminação recebendo óleos funcionais em substituição ou combinação com monensina sódica na dieta

O surgimento de mercados consumidores cada vez mais exigentes quanto a segurança alimentar é uma realidade crescente. A proibição do uso de antibióticos promotores de crescimento, como a monensina, pela União Europeia é um indicativo disto. Em busca de alternativas aos antibióticos, intensificou-se na última década os trabalhos de pesquisa que visam explorar e desenvolver alternativas economicamente interessantes para a produção animal. Neste sentido, objetivou-se neste trabalho, avaliar o uso de princípios ativos extraídos dos óleos de caju e mamona como moduladores da fermentação ruminal alternativos à monensina sódica. Foram realizados seis experimentos. Um experimento de desempenho, com animais confinados a fim de mensurar o GPD, CMS, eficiência alimentar, características de carcaça. Outro experimento para avaliação de características metabólicas, com a avaliação de CMS, digestibilidade da MS, características da fermentação ruminal, consumo de oxigênio, produção de calor e de metano. Também foi realizado um experimento in vitro para a avaliação da produção de gás e tempo de colonização. Este conjunto de três experimentos foi realizado em uma a base de coprodutos e outra a base de milho moído. A dieta a base de coprodutos foi composta por 5% de bagaço de cana, 50 % de farelo úmido de glutem de milho, 43,5% de casca de soja, 1,5% de núcleo mineral, sendo avaliados os seguintes tratamentos: T1 - Controle, que consistiu em dieta base, sem aditivos; T2 - dieta base com adição de monensina sódica na dose de 25 mg/kg MS; T3 - dieta base com adição de Essential&reg; na dose de 300 mg/kg MS e T4 - dieta base com adição de monensina sódica (25 mg/kg MS) e Essential&reg; (300 mg/kg MS). A dieta a base de milho moído foi constituída de 12% de feno de tyfton, 80 % de milho moído, 4% de farelo de soja, 2,5% de núcleo mineral e 1,5% de uréia e foram avaliados os seguintes tratamentos: T1 - Controle, que consistiu em uma dieta base, sem aditivos; T2 - dieta base com adição de monensina sódica na dose de 30 mg/kg MS; T3 - dieta base com adição de Essential&reg; na dose de 300 mg/kg MS; e T4 - dieta base com adição de Essential&reg; na dose de 500 mg/kg MS. Para o experimento de metabolismo com a dieta a base de milho, foi utilizado bagaço de cana como volumoso e os tratamentos foram os os mesmos aplicados na dieta a base de coprodutos: Os tratamentos foram: T1 - Controle, que consistiu em dieta base, sem aditivos; T2 - dieta base com adição de monensina sódica na dose de 25 mg/kg MS; T3 - dieta base com adição de Essential&reg; na dose de 300 mg/kg MS; e T4 - dieta base com adição de monensina sódica (25 mg/kg MS) e Essential&reg; (300 mg/kg MS). A suplementação com OF melhora o desempenho de bovinos na fase inicial do confinamento em relação ao não uso de aditivos ou ao uso de monensina sódica, porém essa vantagem não se mantêm ao longo do período total de confinamento. Ao contrário do esperado, no presente estudo os aditivos testados não contribuíram para o aumento da eficiência de produção de bovinos em confinamento e para a redução do seu impacto ambiental.

Year

2015

Creators

Lucas Jado Chagas

Impacto da mentalidade do produtor e do engajamento dos funcionários sobre a qualidade do leite

A mastite é uma das principais doenças enfrentadas por produtores de leite do mundo todo. Um dos indicadores que está diretamente relacionado com a doença no rebanho é a contagem de células somáticas (CCS). Estudos recentes mostram que um dos fatores de risco associados à mastite é o homem. Isto é, fatores relacionados às práticas de manejo, gestão da propriedade e às características pessoais do produtor, como personalidade, atitude, crenças, intenções, habilidades, conhecimentos e outras são importantes, além do engajamento dos funcionários. Dessa forma, entender a influência do homem é fundamental para o controle e a prevenção da mastite. O objetivo deste trabalho foi i) verificar se as motivações e barreiras percebidas pelo produtor rural podem explicar a variação da (CCS) do tanque em fazendas de leite, ii) avaliar a mentalidade do produtor de leite com relação ao futuro do próprio negócio e, iii) se as necessidades dos funcionários de fazendas produtoras de leite estão sendo atendidas. Para isso, um estudo foi conduzido em 75 propriedades de leite da região sul do Brasil. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas com os produtores e funcionários, utilizando um questionário composto por perguntas abertas e com respostas na escala Likert. Todos os questionários foram aplicados pelo mesmo pesquisador. Para o estudo da mentalidade do produtor foi utilizado o Modelo Comportamental Fogg (MCF) e, para o estudo do engajamento dos funcionários, foi utilizada a Teoria de Motivação de Maslow. Na análise estatística foram utilizados os modelos de equações estruturais e análises descritivas. Pelos resultados encontrados é possível concluir que a variação da CCS do tanque é explicada pelas motivações e barreiras percebidas pelos produtores, ou ainda, que o Modelo Comportamental Fogg (MCF) pode ser usado para explicar a influência do homem sobre a mastite. Além disso, é possível concluir que os produtores de leite não possuem mentalidade positiva com relação ao futuro do negócio e estão desmotivados com a atividade leiteira. Com relação aos funcionários, estes não estão engajados e existe uma grande barreira de comunicação entre produtor e funcionário, pois o produtor de leite não sabe o que o seu funcionário valoriza. Por fim, este estudo permite concluir que, empresas de consultoria que trabalham com a melhoria da qualidade do leite, deveriam focar também no fator humano através do estudo da mentalidade do produtor e do engajamento dos funcionários.

Year

2016

Creators

Larissa Nazareth de Freitas

Influência da dureza da carne de cordeiros Santa Inês na avaliação de consumidores

A maciez é um importante atributo de qualidade para os consumidores de carne. No entanto, não há dados específicos do impacto da maciez da carne ovina de Santa Inês sobre a percepção dos consumidores brasileiros. Portanto, o objetivo foi verificar a avaliação do consumidor de carne ovina apresentando diferentes forças de cisalhamento. Foram utilizados oito cordeiros da raça Santa Inês, que receberam a mesma dieta de terminação. Estes animais tinham 5 a 6 meses de idade e pesavam de 30 a 35 kg quando foram abatidos e suas meias carcaças foram utilizadas para obtenção de 16 amostras de Longissimus dorsi (LD). Estas foram distribuídas aleatoriamente entre quatro diferentes processamentos pós-abate (PA). Os LD usados para a obtenção da Carne Endurecida (CE) foram retirados logo após o abate (0h) e as amostras para os demais tratamentos foram retiradas na desossa às 24h PA. O tratamento para CE consistia em embalar o LD e mergulhá-lo em água a 0° C por duas horas, e logo após congelá-la. Para a obtenção da Carne Fresca (CF), o LD foi retirado na desossa (24h PA), embalado e congelado. E alguns dos bifes obtidos às 24 horas foram embalados a vácuo e maturados a 1°C durante três ou sete dias, que compõem a condição de Carne Maturada (CM) pós-morte, CM3 e CM7, respectivamente. Os principais dados obtidos foram de comprimento do sarcômero (CS), força de cisalhamento (FC), índice de fragmentação miofibrilar (IFM), bem como a aceitação de maciez, suculência e qualidade global por parte de 50 consumidores não treinados, usando escala hedônica de nove pontos. O CS foi de 1,44 &mu;m para CE, significativamente (p<0,05) mais curto que observado para CF, CM3 e CM7, que não diferiram entre si, com valores de 1,84, 1,89, 1,85 &mu;m (SEM=0,09), respectivamente. A CE alcançou FC média de 7,2 kgf, significativamente (P<0,05) mais alta que os três valores similares de 3,3, 3,1, 2,4 (SEM=0,44) observados para CF, CM3 e CM7, respectivamente. Quanto à IFM, os processos pós-abate tiveram diferença entre CE e CM7 (p<0,05), com IFM de 76,2 e 130,5, enquanto a CF e CM3 não diferiram entre os processos com valores de 97,9; 115,6; (SEM= 11,41), respectivamente. As amostras de CE receberam pontuação significativamente mais baixa (P<0,01) para todos os quesitos avaliados na análise sensorial, sendo textura 5,43, suculência 6,51 e qualidade global 5,92, os demais tratamentos tiveram notas acima de 7 para todas as características, mas não diferiram entre si (P<0,01). Os consumidores foram capazes de perceber e avaliaram negativamente a maciez da carne de cordeiro que apresentou alta força de cisalhamento quando comparada com carnes com valores que as caracterizariam como macias. As avaliações de suculência e qualidade global acompanharam a percepção da maciez. Concluiu-se que os consumidores percebem e avaliam negativamente carne de cordeiro com alto valor de força de cisalhamento. No entanto, os dados obtidos não foram capazes de elucidar impacto de diferenças menores na força de cisalhamento entre amostras duras e macias sobre a aceitação do consumidor não treinado.

Year

2016

Creators

Giuliana Micai de Oliveira

Suplementação de lisolecitina em dietas com diferentes níveis e fontes de gordura para bovinos terminados em confinamento

O experimento 1 teve o objetivo de avaliar o efeito de dietas suplementadas com sais de cálcio de óleo de palma contendo diferentes concentrações (3,8% e 7,0%) de extrato etéreo (EE) e suas interações com níveis crescentes de inclusão de lisolecitina (0, 0,5 e 1 g por unidade percentual do extrato etéreo da ração) para tourinhos da raça nelore em fase de terminação. Um total de 234 tourinhos, previamente adaptados a dietas de alta energia, com peso inicial médio de 297 kg, foram alojados por 106 dias em 30 baias. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso, em arranjo fatorial 3 x 2 (três níveis de lisolecitina e dois níveis de EE). A ingestão de matéria seca, ganho médio diário e peso corporal final foram menores para a dieta de bovinos alimentados com maior concentração de EE (P <0,05). Houve interação (P <0,1) entre o nível dietético de EE e a lisolecitina. A lisolecitina aumentou o ganho médio diário e o peso corporal final de bovinos alimentados com dietas contendo maior concentração de EE, mas não de bovinos alimentados com dietas contendo menor concentração de EE. O objetivo do experimento 2 foi avaliar o efeito de dietas com diferentes fontes de gordura (sais de cálcio de óleo de soja, sais de cálcio de óleo de palma e óleo de soja degomado) e dois níveis de lisolecitina (0 e 7 g / cabeça / dia). sobre a fermentação ruminal e digestibilidade do trato total de nutrientes. Um total de 30 novilhos Nelore foram alojados em 30 baias individuais por 30 dias (23 dias de adaptação e 7 dias de coleta). O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso, em arranjo fatorial 3 x 2 (três fontes de gordura e dois níveis de lisolecitina). Houve interação entre fontes de gordura e lisolecitina para pH ruminal (P = 0.01), proporções molares no rúmen de acetato (P <0.01), propionato (P = 0.02), isobutirato (P <0.01), valerato (P <0.01), isovalerato (P <0,01) e concentração molar de AGV total (P = 0,09). De acordo com os dados, não houve efeito de interação (P> 0,05) entre a fonte de gordura e a lisolecitina para ingestão de matéria seca e a digestibilidade aparente dos nutrientes. A lisolecitina melhorou a fermentação ruminal de dietas com óleo de soja degomado e não teve efeito sobre a digestibilidade da EE independente da fonte de gordura, mas aumentou a digestibilidade aparente de fibra no trato total.

Year

2019

Creators

Fernando Laerte Drago

Substituição do farelo de soja por uréia ou amiréia em dietas de bovinos de corte: I. digestibilidade dos nutrientes, balanço de nitrogênio, parâmetros ruminais e sanguíneos; II. desempenho e III. avaliação de indicadores de digestibilidade.

Com o objetivo de avaliar a substituição de uma fonte de proteína verdadeira (farelo de soja; dieta deficiente em PDR), por uréia ou amiréia (A-150S - fonte de nitrogênio não protéico de suposta liberação gradativa de nitrogênio; dietas adequadas em PDR), foram realizados três experimentos. Experimento I: Seis machos da raça Nelore, não castrados, com peso médio inicial de 420 kg, foram utilizados em quadrado latino 3x3 duplicado, avaliando-se: a digestibilidade, o balanço de nitrogênio, parâmetros ruminais e sanguíneos (capítulo 3); a estimativa da digestibilidade no trato gastrintestinal utilizando indicadores externo e internos comparados com colheita total de fezes (capítulo 6). O volumoso utilizado foi o BIN (20% da MS). A digestibilidade da MS, MO, CNF, EE, PB e o NDT não diferiram (P>0,05) entre os tratamentos. A digestibilidade da FDA e FDN foram superiores (P<0,05) nos tratamentos uréia e amiréia. Não houve efeito de tratamento e da interação tratamento x horários (P>0,05) nos valores de pH, AGV total, acetato, propionato, butirato e relação acetato:propionato do fluido ruminal. A concentração de nitrogênio amoniacal no fluido ruminal foi superior (P<0,05) no tratamento com uréia, comparado ao tratamento com farelo de soja, sendo similar aos dois, o tratamento com amiréia. O tratamento com amiréia apresentou maior (P<0,05) perda de N na urina. A retenção de N e o valor biológico da proteína foram superiores (P<0,05) para o tratamento com uréia, comparado aos demais. A concentração de nitrogênio uréico no plasma e a concentração de glicose plasmática foram similares (P>0,05) entre os tratamentos. A estimativa da digestibilidade utilizando o óxido de cromo apresentou resultados similares (P>0,05) à colheita total de fezes. O mesmo foi observado com a lignina no tratamento deficiente em PDR (FS), mas nos de uréia e amiréia, os coeficientes de digestibilidade foram subestimados (P<0,05). A FDNi subestimou (P<0,05) a estimativa da digestibilidade em todas as frações independente do tratamento. A fluorescência de raios-X demonstrou ser uma técnica promissora de análise do cromo (capítulo 6). Experimento II: oitenta e um machos não castrados em crescimento foram utilizados em um delineamento experimental de blocos ao acaso com três tratamentos, tendo três animais por baia e nove baias por tratamento, com a mesma dieta anterior, para avaliar o desempenho dos animais (capítulo 4). O tratamento FS apresentou menor consumo e ganho de peso (P<0,01) e pior (P<0,01) conversão alimentar. Os tratamentos uréia e A-150S não diferiram (P>0,05) entre si. Experimento III: realizou-se outro experimento de desempenho similar ao anterior, utilizando-se apenas outro volumoso (45% de BTPV e 5% de BIN) e os animais estavam na fase de terminação (capitulo 5). O tratamento FS apresentou maior (P<0,01) consumo e ganho de peso e melhor conversão alimentar do que os tratamentos uréia e A-150S. Os tratamentos uréia e A-150S não diferiram (P>0,05) entre si. A amiréia promoveu resultados similares a uréia convencional no consumo dos nutrientes, digestibilidade, parâmetros ruminais e sanguíneos e no desempenho de bovinos de corte confinados.

Year

2003

Creators

Reinaldo Cunha de Oliveira Junior

Produção, composição do leite e desempenho reprodutivo de ovelhas Santa Inês alimentadas com rações contendo óleo de canola ou linhaça

O objetivo neste trabalho foi avaliar o efeito da adição de óleo de canola (OC) ou linhaça (OL) na dieta de ovelhas em lactação sobre o consumo, produção e composição química do leite e desempenho reprodutivo com sincronização do estro. No experimento I, 33 ovelhas da raça Santa Inês receberam os óleos que foram adicionados a uma ração base contendo 50% de volumoso (feno de Cynodon dactylon). As dietas experimentais foram: Controle sem adição de óleo; Canola adição de 3% de OC (%MS) e Linhaça - adição de 3% de OL (%MS). Uma vez por semana, as ovelhas foram ordenhadas mecanicamente, num intervalo de 3h e o leite da segunda ordenha foi amostrado para determinação da composição química e do perfil de ácidos graxos (AG). A colheita de sangue para determinação sérica de AG não esterificados (AGNE) foi realizada a cada duas semanas. A produção e composição química do leite não diferiu entre as dietas, porém o consumo de matéria seca (CMS) e nutrientes diminuiu nos animais alimentados com as dietas com óleos e a concentração de AGNE no sangue aumentou. O fornecimento de óleos diminuiu a concentração de AG de cadeia curta e aumentou os de cadeia média e longa, AG insaturados totais, mono e poliinsaturados, a quantidade de ácido linoleico conjugado (CLA) total e AG da família n-3 na gordura do leite. A dieta controle apresentou os maiores valores de AG saturados, indice de aterogenicidade e atividade da enzima 9-dessaturase. A adição de 3% de óleo rico em oleico ou linolênico não afetou a produção de leite e o desempenho das crias. No experimento II, 222 ovelhas foram distribuídas, de acordo com o peso e a condição corporal, em 3 grupos. Os óleos utilizados foram os mesmos do Experimento I, entretanto a dieta basal continha 40% de bagaço de cana-de-açúcar como fonte de volumoso. As dietas experimentais foram fornecidas 45 dias antes da sincronização do estro cujo protocolo consistiu na inserção vaginal de dispositivo com progesterona (D0) por 5 dias, aplicação i.m. de eCG (1,5 mL), prostaglandina (2,0 mL) e colocação dos carneiros no 5o dia. No D0 foram coletados dados de peso corporal das fêmeas. O horário da retirada (D5) foi anotado e a observação de estro teve duração de 72h imediatamente após a retirada do dispositivo vaginal. O repasse iniciou-se no D16 e teve duração de 13 dias. Não houve influência das dietas sobre o peso corporal e no número de crias por fêmea. As taxas de apresentação de estro, de prenhez durante a observação de estro e durante o repasse não sofreram influência das dietas, assim como o tempo (h) para a apresentação de estro. A taxa de prenhez total foi superior nos animais que receberam a dieta controle e inferior naqueles que receberam OL. A suplementação com fontes de óleo rico em ácido oleico ou linolênico não melhorou os índices reprodutivos de ovelhas da raça Santa Inês.

Year

2012

Creators

Cristine Paduan Nolli

Desempenho produtivo, análise de crescimento e características estruturais do dossel de dois capins do gênero Cynodon sob duas estratégias de pastejo intermitente

A pecuária representa um dos setores mais importantes da economia brasileira, com grande participação na geração de divisas para o país, tendo nas pastagens a sua base alimentar, o que a torna altamente competitiva globalmente. Novos materiais forrageiros são constantemente lançados no mercado, o que gera a necessidade de estudos que identifiquem práticas adequadas pare seu manejo. Na tentativa de conhecer novos materiais do gênero Cynodon e seu manejo mais adequado, que atenda às necessidades dos pecuaristas, foi conduzido um experimento em Piracicaba SP com a finalidade de estudar as respostas de dois cultivares, Tifton 85 e Jiggs, sob desfolhação intermitente em duas estratégias de pastejo. O objetivo do presente estudo foi descrever as características estruturais e o desempenho agronômico dos dois capins sob dois regimes distintos de pastejo impostos por técnicas contrastantes de desfolhação baseadas no pastejo rotativo, mas diferindo no referencial para estabelecimento do momento de interrupção do período de descanso. Uma de descanso fixo (28 dias) e outra variável (sempre que a altura média do dossel chegava a 25 cm), sob delineamento experimental inteiramente casualizado em arranjo fatorial (2 x 2) que definiu quatro tratamentos, e três repetições, totalizando 12 unidades experimentais (parcelas), cada uma medindo 12,5 por 9,5 m em um Nitossolo Vermelho eutroférrico com horizonte A moderado e de textura argilosa a muito argilosa. O período experimental teve duração de 180 dias de 28 de outubro de 2010 até 26 de abril de 2011. O Tifton 85 e o Jiggs revelaram características produtivas muito próximas, não diferindo no acúmulo total de forragem, que foi de 16,8 Mg ha-1 na média. Dosséis do capim Jiggs apresentaram em média o mesmo nível de interceptação luminosa pré-pastejo que os de Tifton 85, mas com demais características estruturais diferentes, como por exemplo, menor relação folha:colmo devido à maior quantidade de colmos com mesma quantidade de folhas, maior altura de dossel (nos pastos manejados com dias fixos de descanso) e menor IAF. O capim Jiggs apresentou maior proporção de material verde. As variáveis da análise de crescimento não sofreram efeito de cultivar ou estratégia. O cultivar Jiggs apresentou resultados bastante satisfatórios se igualando em desempenho ao Tifton 85. O uso de descanso fixo se mostrou eficiente como técnica de manejo, para as condições impostas neste estudo, levando em consideração parâmetros de produção e estrutura do dossel, além das variáveis relacionadas ao crescimento das plantas. Mais estudos, que descrevam as características qualitativas desses materiais sob essas estratégias, bem como o potencial de consumo voluntário e de produção animal em pastejo, são necessários para que recomendações possam ser elaboradas para o setor produtivo.

Year

2012

Creators

Murilo Saraiva Guimarães

Desempenho e alterações metabólicas e comportamentais de bezerros leiteiros em função do estresse ao desaleitamento

O estudo avaliou o efeito do nível de consumo e do método de desaleitamento sobre o desempenho, metabolismo e fisiologia de bezerros leiteiros. Em delineamento fatorial 2x2, utilizando-se 36 bezerros leiteiros, os animais foram classificados em grupos com alto (>350 g/d) ou baixo (<350 g/d) consumo de concentrado na quinta semana de e alocados a dois métodos de desaleitamento: abrupto ou gradual. Os animais foram alojados em abrigos individuais, receberam 4L/d de dieta líquida, água e concentrado inicial à vontade (até 2 kg/dia). O desaleitamento abrupto foi realizado na oitava semana de vida. Animais desaleitados de forma gradual, receberam 4L/dia até a sexta semana, 3 L/dia da sexta até a sétima semana, 2L/dia da sétima semana até dois dias antes de completarem 8 semanas e 1L/dia até a 8a semana, quando foram desaleitados. O consumo de concentrado foi avaliado diariamente. Semanalmente foram realizadas pesagens, medidas corporais e coletadas amostras de sangue para análise de glicose, ?-hidroxibutirato (BHBA) e proteína total sérica (PT), até a 10a semana de vida, quando se encerrou o período experimental. Foram realizadas observações de comportamento dos animais nos dias -14, -7, -2, 0, 2, 7 relativos ao desaleitamento. Nestes dias foram colhida amostras de sangue para determinação de cortisol e glicoproteínas solúveis em ácido (GSA). Não houve interação entre os dois fatores estudados para nenhuma das variáveis analisadas. O consumo de concentrado não diferiu (P<0,05) entre os métodos de desaleitamento, havendo efeito da idade (P<0,001) de acordo com o nível de consumo . Animais com alto consumo de concentrado consumiram mais feno na nona semana de vida (P<0,05). O método de desaleitamento não afetou as variáveis: ganho de peso, peso vivo e medidas corporais (P<0,05), porém, houve diferença significativa para estas variáveis em função dos níveis de consumo (P<0,05). Não houve interação entre os fatores estudados para parâmetros sanguíneos; os valores de BHBA para os animais de alto consumo de concentrado foram maiores durante praticamente todo período; os valores de PT e de cortisol não diferiram entre os tratamentos ou com a idade dos animais (P<0,05). Não houve efeito do método de desaleitamento sobre as medidas fisiológicas dos animais. Os níveis de consumo tiverem efeito (P>0,05) sobre as frequências cardíacas as 6:00, 12:00, 18:00; e temperatura retal as 18:00. Animais desaleitados gradualmente passaram mais tempo consumindo concentrado (P>0,05) e o tempo ruminando e o tempo consumindo concentrado aumentaram conforme a idade do animal (P>0,05). O número de vocalizações foi maior (P>0,05) no dia do desaleitamento e no segundo dia subseqüente, normalizando após uma semana. O método de desaleitamento afetou o número de vocalizações no segundo dia pós desaleitamento (P>0,05), de forma que bezerros desaleitados de forma gradual vocalizaram menos que os demais. O método de desaleitamento não teve influência no desempenho, metabolismo ou bem estar dos animais. No entanto, o nível de consumo teve influência no desempenho e parâmetros sanguíneos dos bezerros. O consumo de concentrado é mais importante que o método de desaleitamento no que diz respeito ao desempenho, metabolismo e nível de estresse.

Year

2013

Creators

Mariana Pompêo de Camargo Gallo

Fator de crescimento semelhante à insulina-I no período de formação e transferência de imunidade passiva para bezerros recém-nascidos.

Quarenta e duas vacas Holandesas, em gestação e multíparas, e os respectivos bezerros recém-nascidos foram utilizados para determinar se as concentrações de IGF-I no colostro e secreções lácteas podem ser alteradas em resposta à mudanças na concentração sérica de IGF-I pré-parto, avaliar comparativamente a flutuação sérica pré-parto de IGF-I em relação a IgG, bem como as flutuações séricas de IGF-I e IgG nos bezerros na primeira semana de vida e, adicionalmente, alterações na mucosa intestinal dos mesmos. As vacas foram distribuídas ao acaso em dois grupos de 21 animais, o grupo tratado recebeu 500 mg de somatotropina bovina recombinante (rbST) e o grupo controle recebeu injeções de vitamina E. Ambos tratamentos iniciaram 35 dias pré-parto e foram administrados em intervalos de 14 dias. Semanalmente, foi observado o escore corporal e foram coletadas amostras de sangue até a data de parição. Foram coletadas amostras do colostro e das secreções lácteas, diariamente, por sete dias pós-parto. Os bezerros recém-nascidos foram distribuídos ao acaso, em um arranjo fatorial 2X3, correspondendo ao tratamento das mães (controle ou rbST) e às datas de abate (ao nascimento, aos dois dias de idade e aos sete dias de idade). Diariamente, foram coletadas amostras de sangue até a data de abate. Para as análises estereológicas amostras foram coletadas de cinco regiões do intestino delgado. O escore corporal e a concentração sérica de ácidos graxos não-esterificados não diferiram entre os grupos durante todo o período experimental (P>0,05). Os grupos rbST e controle apresentaram diferenças significativas quanto às concentrações séricas de IGF-I na segunda e quarta semanas após o início do período experimental (P<0,05), em resposta às aplicações do rbST, no entanto não foram encontradas diferenças entre os tratamentos no parto (P>0,05). A concentração de IGF-I foi superior no colostro das vacas tratadas com rbST (P<0,05), não diferindo nas secreções subseqüentes. As concentrações séricas de IgG não diferiram entre os tratamentos durante todo o período experimental, bem como as concentrações de IgG do colostro e demais secreções lácteas (P>0,05). Não foram encontradas diferenças entre os tratamentos nas concentrações séricas de IGF-I dos bezerros até o sétimo dia de vida, como também não foram encontradas diferenças entre as concentrações séricas de IgG nos bezerros após 24 horas de vida (P>0,05). O peso dos órgãos e o volume parcial (Vv) da mucosa absortiva não diferiram entre os tratamentos nas três datas de abate, observando-se somente diferenças significativas entre as datas de abate. A porção do jejuno médio apresentou maior Vv em relação aos outros segmentos do intestino delgado ao nascimento e aos sete dias de vida. A aplicação de rbST no período seco influenciou somente a concentração de IGF-I no colostro, não alterando as concentrações séricas nos bezerros até o sétimo dia de vida, como também o Vv da mucosa absortiva do intestino delgado.

Year

2004

Creators

Patricia Pauletti

Respostas de Panicum maximum cv. Tanzânia à associações entre adubação e severidade de desfolha

O manejo do pastejo tem grande influência sobre produtividade animal a pasto, resposta à adubação e longevidade da pastagem, seja em sistemas adubados ou não adubados. É necessário conhecer o manejo do pastejo mais adequado para cada sistema. Neste estudo em Piracicaba SP, Brasil, foram analisadas respostas de Panicum maximum cv. Tanzânia adubado (A) e não adubado (NA), à manejos do pastejo com interrupção da rebrota aos 95% de interceptação luminosa (I.L.) e três severidades de desfolha (alturas de resíduo de 20cm, 30cm, e 50cm). As pastagens adubadas receberam 572 kgN.ha-1, 472 kgK2O.ha-1 e 230 kgP2O5.ha-1, e as pastagens não adubadas não receberam nenhum tipo de fertilização. O pastejo foi realizada por bovinos. O delineamento foi o de blocos completos casualizados, com 6 tratamentos (A20, A30, A50, NA20, NA30 e NA50) e 5 repetições, totalizando 30 unidades experimentais (piquetes) de 400 m² cada. O período de avalições foi de julho de 2010 a março de 2011. Não foi possível atingir 95% de I.L. nos tratamentos NA20 e NA30, que tiveram entrada aos 91% e 89% respectivamente, nos demais tratamentos a entrada dos animais ficou entre 94% e 96% de I.L.. O intervalo entre pastejos do tratamento NA50 foi de 130 dias, e dos tratamentos adubados 90d, 29d e 17d, para os períodos de inverno primavera e verão respectivamente. Não houve diferença de alturas de entrada nos tratamentos não adubados (91cm). A altura de entrada do tratamento A50 foi maior que ás dos tratamentos A30 e A20 (74cm x 56cm e 50cm respectivamente). A massa de forragem em pré pastejo variou entre 3596 e 9518 kgMS.ha-1, apresentando maior proporção de material morto e menor proporção de folhas nos resíduos de 50cm. A massa seca total em pós pastejo foi maior quanto maior a altura de resíduo (1224, 1926 e 5556 kgMS.ha-1 para os resíduos de 20cm, 30cm e 50cm respectivamente). A massa seca de folhas verdes em pós pastejo foi maior nos resíduos de 50cm (248, 470 e 1616 kgMS.ha-1 para os resíduos de 20cm, 30cm e 50cm respectivamente). A proporção de folhas no resíduo não variou entre alturas nos tratamentos adubados (28%), mas foi decrescente conforme reduções no resíduo dos não adubados (34%, 22% e 13% nos resíduos de 50cm, 30cm e 20cm respectivamente). O acúmulo total dos tratamentos adubados e não adubados foi de 19514 e 8897 kgMS.ha-1 respectivamente. O acúmulo dos pastos adubados foi de 3204, 7484 e 9703 kgMS.ha-1 no inverno, primavera e verão respectivamente. A proporção de perdas em relação ao cúmulo foi maior nos resíduos de 50cm em relação aos de 20cm e 30cm (46% x 30% e 29% respectivamente). A densidade populacional de perfilhos foi de 672 e 521 perfilhos.m-2 em pastos adubados e não adubados respectivamente. A infestação por plantas invasoras foi maior nos resíduos de 20cm, independentemente da adubação. É possível que o manejo do pastejo mais adequado seja de alturas pré e pós pastejo mais altas sem adubação, e mais baixas com adubação intensiva.

Year

2011

Creators

Pedro Castro de Almeida