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Tratamento clínico de endocardite em prótese valvar complicada por abscesso para-protético
O presente artigo relata o caso de um paciente do sexo masculino, 44 anos, com endocardite em prótese aórtica complicada por abscesso para-protético. Evoluiu com melhora do processo infeccioso apenas com o tratamento clínico. História prévia de doença reumática, submetido a três cirurgias cardíacas para troca valvar por disfunção de prótese e endocardite prévia. Neste relato de caso, discutiremos as características principais do abscesso para-protético como complicação de endocardite
2009
Nunes,Maria do Carmo Pereira Gelape,Claudio Leo Barbosa,Felipe Batista Lima Leduc,Luciano Ribeiro Araújo,Christiano Gonçalves de Chalup,Lucas Fabel Nicoliello,Marcela Ferreira Ferrari,Teresa Cristina Abreu
Correção total de tetralogia de Fallot em criança com agenesia da artéria pulmonar esquerda
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2009
Avona,Fabiana Nakamura Kozak,Ana Carolina Leiroz Ferreira Botelho Maisano Croti,Ulisses Alexandre Braile,Domingo Marcolino
Defeito do septo atrioventricular associado à tetralogia de Fallot em paciente com síndrome de Down
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2009
Jacob,Maria Fernanda Ferrari Balthazar De Marchi,Carlos Henrique Croti,Ulisses Alexandre Braile,Domingo Marcolino
Plastia valvar mitral minimamente invasiva videoassistida: abordagem periareolar
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2009
Poffo,Robinson Pope,Renato Bastos Toschi,Alisson Parrilha Mokross,Cláudio Alexandre
Fatores de risco para lesão renal aguda após cirurgia cardíaca
OBJETIVO: Identificar fatores de risco associados à lesão renal aguda em pacientes com níveis séricos normais de creatinina sérica que foram submetidos à revascularização cirúrgica do miocárdio e/ou cirurgia valvar. MÉTODOS: Os dados de uma coorte de 769 pacientes foram analisados utilizando análise bivariável e regressão logística binária. RESULTADOS: Trezentos e oitenta e um pacientes foram submetidos à revascularização isolada, 339 a cirurgia valvar e 49 a ambas. Quarenta e seis por cento dos pacientes eram do sexo feminino e a idade média foi 57 ± 14 anos. Setenta e oito (10%) pacientes apresentavam disfunção renal no pósoperatório, 23% destes necessitaram hemodiálise. A mortalidade geral foi 10%. A mortalidade para pacientes com disfunção renal pós-operatória foi de 40% (versus 7%, P <0,001), 29% para aqueles que não precisam diálise e 67% para aqueles que necessitaram de diálise (P = 0,004). Os fatores de risco independentes identificados foram: idade (P <0,000, OR: 1,056), insuficiência cardíaca congestiva (P = 0,091, OR: 2,238), DPOC (P = 0,003, OR: 4,111), endocardite (P = 0,001, OR: 12,140, infarto do miocárdio < 30 dias (P = 0,015, OR: 4,205), cirurgia valvar (P = 0,016, OR: 2,137), tempo de circulação extracorpórea > 120 minutos (P = 0,001, OR: 7,040), doença arterial periférica (P = 0,107, 2,296). CONCLUSÃO: A disfunção renal foi a disfunção orgânica pós-operatória mais frequente em pacientes submetidos à revascularização do miocárdio e/ou cirurgia valvar e idade, presença de insuficiência cardíaca, DPOC, endocardite, infarto do miocárdio < 30 dias, doença arterial periférica, cirurgia valvar e tempo de circulação extracorpórea > 120 minutos foram os fatores de risco independentemente associados à lesão renal aguda.
2009
Rodrigues,Alfredo José Evora,Paulo Roberto Barbosa Bassetto,Solange Alves Júnior,Lafaiete Scorzoni Filho,Adilson Araújo,Wesley Ferreira Vicente,Walter Vilella Andrade
Nova técnica: operação de Norwood com perfusão regional cerebral e coronariana
OBJETIVO: Avaliar o resultado imediato da operação de Norwood modificado com nova técnica de perfusão regional cerebral (PRCeA) anterógrada associado a perfusão regional coronariana (PRCoR) retrógrada em substituição à parada circulatória total com hipotermia profunda em crianças portadoras da Síndrome da Hipoplasia do Coração Esquerdo (SHCE) com aorta ascendente extremamente hipoplásica (AH). MÉTODOS: No período de dezembro de 2006 a fevereiro de 2008, a operação de Norwood modificado com tubo entre o ventrículo direito e as artérias pulmonares ou shunt tipo Sano foi realizada em oito crianças portadoras de SHCE e aorta ascendente com diâmetro inferior a 3 mm, (quatro do sexo masculino e quatro do sexo feminino) com idade média de 9,2 dias (variando de 1 a 29 dias) e peso médio de 3,3 kg (variando de 2,7 a 3,8 kg). Utilizada CEC e hipotermia a 25ºC com duas cânulas venosas e anastomose de um enxerto de politetrafluoretileno com a artéria inominada utilizado como linha arterial e para PRCeA. A PRCoR foi realizada por meio de um desvio na linha arterial e colocação de um cateter na aorta ascendente. Foram analisados o resultado cirúrgico imediato e a presença de alterações neurológicas nesse período. RESULTADOS: O resultado cirúrgico imediato revelou mortalidade de 25% e ausência de comprometimento neurológico ao exame clínico. CONCLUSÃO: A operação de Norwood modificado pode ser realizada com PRCeA e PRCoR em crianças com SHCE e AH com resultado cirúrgico imediato satisfatório e ausência de complicações neurológicas.
2009
Furlanetto,Gláucio Furlanetto,Beatriz H. S. Henriques,Sandra S Kapins,Carlos Eduardo B. Lopes,Lílian M. Olmos,Mario Carlos C. Cristóvão,Salvador André B. Medeiros,Patrícia M. V. P.
Resistência à proteína C ativada e doença arterial isquêmica em jovem
A avaliação da resistência à ação da proteína C ativada (rPCA), causada por mutação no fator V (fator V de Leiden), é fator de risco importante para tromboembolia venosa, cujo papel como geradora de obstruções arteriais in situ é um tema ainda controverso. O caso clínico de um jovem com história de coronariopatia, múltiplas lesões cerebrovasculares e doença arterial periférica é relatado. A investigação diagnóstica apontou a rPCA como possível etiologia.
2010
Menezes,Igor Alexandre Côrtes de Romani,Rafael Fernandes Aoki,Yuki Schneider Abdo,João Caetano Carvalho,Mauricio
Telangiectasia hereditária hemorrágica: causa rara de hipertensão pulmonar?
Uma mulher de 73 anos foi admitida ao Pronto-Socorro com insuficiência cardíaca predominantemente direita e anemia. Após avaliação clínica e imagenológica, um diagnóstico de hipertensão pulmonar (HP) associado com telangiectasia hemorrágica hereditária (THH) foi confirmado. A resposta inicial à terapia com bosentan mais sildenafil foi boa, incluindo melhora na Classe Funcional e redução do edema, permitindo que ela recebesse alta hospitalar. Infelizmente, a paciente faleceu devido à sua condição básica, antes que o efeito do tratamento combinado pudesse ser completamente avaliado. A HP deve ser considerada em pacientes com THH e o screening para HP deve ser conduzido nesses pacientes e em seus familiares.
2010
Providência,Rui Cachulo,Maria do Carmo Costa,Gisela Veríssimo Silva,Joana Lemos,Carlos Graça Leitão-Marques,A.M.
Avaliação da perfusão e função miocárdicas em vítimas de escorpionismo utilizando o Gated-SPECT
FUNDAMENTO: O choque cardiogênico e o edema agudo de pulmão são as principais causas de óbito em pacientes com escorpionismo, cujo mecanismo fisiopatológico ainda é controverso. OBJETIVOS: Investigar a correlação entre os distúrbios da perfusão miocárdica e a função contrátil do ventrículo esquerdo, em vítimas de escorpionismo. MÉTODOS: Quinze pacientes submeteram-se à cintilografia de perfusão miocárdica sincronizada com ECG (Gated SPECT), dentro de 72 horas e 15 dias após o acidente escorpiônico. As imagens foram analisadas visualmente por escore semiquantitativo de perfusão (0 = normal, 4 = ausente) e mobilidade (0 = normal, 4 = acinético), utilizando modelo de 17 segmentos. Para cada paciente foram calculados escores somados de perfusão (ESP) e mobilidade (ESM). A fração de ejeção (FEVE) foi calculada por software comercialmente disponível. RESULTADOS: Na avaliação inicial, 12 dos 15 pacientes apresentaram alterações da contratilidade e da perfusão miocárdica. O ESP foi de 12,5 ± 7,3, o ESM de 17,0 ± 12, 8 e a FEVE de 44,6 ± 16,0%. Houve correlação positiva entre o ESP e o ESM (r = 0,68; p = 0,005) e negativa entre o ESP e a FEVE (r = -0,75; p = 0,0021). Os estudos de seguimento mostraram recuperação da contratilidade global (FEVE de 68,9 ± 9,5, p = 0,0002), segmentar (ESM 2,6 ± 3,1, p = 0,0009) e da perfusão (ESP 3,7 ± 3,3, p = 0,0003). A melhora da FEVE correlacionou-se positivamente com a melhora do ESP (r = 0,72; p = 0,0035). CONCLUSÕES: Alterações perfusionais miocárdicas são comuns no envenenamento escorpiônico e correlacionam-se topograficamente com a disfunção contrátil. A recuperação da contratilidade correlaciona-se com a reversibilidade dos defeitos perfusionais. Estes achados sugerem a participação de alterações perfusionais miocárdicas na fisiopatologia desta forma de insuficiência ventricular aguda. (Arq Bras Cardiol 2010;94(4): 444-451)
2010
Figueiredo,Alexandre Baldini de Cupo,Palmira Pintya,Antônio O Caligaris,Fábio Marin-Neto,José A Hering,Sylvia E Simões,Marcus Vinicius
Doença arterial coronariana, exercício físico e estresse oxidativo
As doenças cardiovasculares (DCV) lideram os índices de morbidade e mortalidade no Brasil e no mundo, sendo a doença arterial coronariana (DAC) a causa de um grande número de mortes e de gastos em assistência médica. Inúmeros fatores de risco para a DAC estão diretamente relacionados à disfunção endotelial. A presença desses fatores de risco induz a diminuição da biodisponibilidade de óxido nítrico (NO), o aumento da formação de radicais livres (RL) e o aumento da atividade endotelial. Essas mudanças podem levar a uma capacidade vasodilatadora prejudicada. Inúmeras intervenções são realizadas no tratamento da DAC, incluindo agentes farmacológicos, mudança nos hábitos alimentares, suplementação nutricional e exercício físico regular, cujos efeitos benéficos sobre a função endotelial vêm sendo demonstrados em experimentos com animais e humanos. Entretanto, a literatura ainda é controversa quanto à intensidade de esforço necessária para provocar alterações protetoras significativas na função endotelial. Da mesma forma, exercícios intensos estão também relacionados ao aumento no consumo de oxigênio e ao consequente aumento na formação de radicais livres de oxigênio (RLO).
2010
Pinho,Ricardo Aurino de Araújo,Marília Costa de Ghisi,Gabriela Lima de Melo Benetti,Magnus
Anti-inflamatórios não esteroides: Efeitos cardiovasculares, cérebro-vasculares e renais
Os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) encontram-se entre os medicamentos mais prescritos em todo o mundo. Essa classe heterogênea de fármacos inclui a aspirina e vários outros agentes inibidores da ciclo-oxigenase (COX), seletivos ou não. Os AINEs não seletivos são os mais antigos, e designados como tradicionais ou convencionais. Os AINEs seletivos para a COX-2 são designados COXIBEs. Nos últimos anos, tem sido questionada a segurança do uso dos AINEs na prática clínica, particularmente dos inibidores seletivos da COX-2. As evidências sobre o aumento do risco cardiovascular com o uso de AINEs são ainda incompletos, pela ausência de ensaios randomizados e controlados com poder para avaliar desfechos cardiovasculares relevantes. Entretanto, os resultados de estudos clínicos prospectivos e de meta-análises indicam que os inibidores seletivos da COX-2 exercem importantes efeitos cardiovasculares adversos, que incluem aumento do risco de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, insuficiência renal e hipertensão arterial. O risco desses efeitos adversos é maior em pacientes com história prévia de doença cardiovascular ou com alto risco para desenvolvê-la. Nesses pacientes, o uso de inibidores da COX-2 deve ser limitado àqueles para os quais não há alternativa apropriada e, mesmo assim, somente em doses baixas e pelo menor tempo necessário. Embora os efeitos adversos mais frequentes tenham sido relacionados à inibição seletiva da COX-2, a ausência de seletividade para essa isoenzima não elimina completamente o risco de eventos cardiovasculares, de modo que todos os fármacos do largo espectro dos AINEs somente devem ser prescritos após consideração do balanço risco/benefício.
2010
Batlouni,Michel
Caso 2 - homem de 70 anos de idade. Portador de estenose mitral e fibrose pulmonar, que desenvolveu sepse após valvoplastia mitral por balão
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2010
Ribeiro,Frederico de Morais Gonçalves,Luis Flávio Galvão Stelmach,Rafael Gutierrez,Paulo Sampaio
Endocardite infecciosa com apresentação inicial de abdome agudo
Paciente de 35 anos de idade foi atendido em Serviço de Emergência com seis horas de dor em fossa ilíaca direita e febre. Feita hipótese diagnóstica de apendicite aguda e realizada laparotomia exploradora. com apendicectomia. O paciente retornou ao hospital três dias após alta hospitalar. prostrado. febril. com alteração de fala. diminuição de nível de consciência e com hemiparesia completa à esquerda. CT scan de crânio e punção de líquor normal. RMN de encéfalo revelou aspectos compatíveis com AVC isquêmico vertebro-basilar. Ecocardiograma transesofágico demonstrou vegetação em valva aórtica e insuficiência aórtica moderada e hemoculturas foram positivas para Enterococcus bovis.
2010
Freitas,Humberto F. G Chizzola,Paulo R Pinha,Flavio C Velloso,Luiz G
Associação de bronquite plástica com enteropatia perdedora de proteínas após operação de Fontan
Relatamos um caso incomum de associação de bronquite plástica (BP) com enteropatia perdedora de proteínas (EPP) em menina de 4 anos e 9 meses de idade. com dupla via de entrada de ventrículo único tipo esquerdo e concordância ventrículo-arterial submetida à cirurgia cavopulmonar total. com túnel lateral intracardíaco aos três anos. Tornaram-se chamativas a eliminação de molde brônquico de fibrina de 10 cm (BP) e a elevação de alfa-1-antitripsina de 52 mg/g de fezes. Em uso de sildenafila. programou-se. em caso de continuidade do processo. a ligadura do ducto torácico e transplante cardíaco.
2010
Guimarães,Vanessa Alves Atik,Edmar Castelli,Jussara Bianchi Ikari,Nana Miura Thomaz,Ana Maria Lopes,Antonio Augusto Barbosa
Tratamento ambulatorial da endocardite bacteriana estreptocócica
A endocardite bacteriana é uma grave doença infecciosa cujo tratamento é tradicionalmente feito com o paciente internado. recebendo medicação intravenosa. A possibilidade de tratamento domiciliar ou ambulatorial. em casos estritamente selecionados. é atraente tanto do ponto de vista social quanto do econômico. Apresentamos o relato de 6 pacientes com diagnóstico de endocardite bacteriana por Streptococcus. tratados parcial ou integralmente em regime ambulatorial. Todos evoluíram sem complicações e com resolução completa do quadro infeccioso.
2010
Hassem Sobrinho,Sirio Marchi,Carlos Henrique de Croti,Ulisses Alexandre Souza,Cristiane Girotto de Silva,Érico Vinícius Campos Moreira da Godoy,Moacir Fernandes de
Síndrome de Wellens
A avaliação de dor torácica é prática de rotina em serviços de emergência. Embora seja queixa comum e com amplo diagnóstico diferencial. é na suspeita de síndrome coronariana aguda (SCA) que a preocupação é maior. Eletrocardiograma e dosagem de enzimas cardíacas são ferramentas importantes na investigação dos pacientes. mas. quando negativos. podem não identificar algumas doenças. Relatamos o caso de uma paciente com angina. cujos exames iniciais na emergência não apresentavam alterações sugestivas de cardiopatia isquêmica. Doença de conhecimento recente. a síndrome de Wellens consiste em uma variante da angina instável. que. quando não reconhecida. pode acarretar em significativa morbidade e mortalidade.
2010
Appel-da-Silva,Marcelo Campos Zago,Gabriel Abelin,Aníbal Pereira Pin,Walter Otávio Dutra,Oscar Pereira Vaz,Renato
A doença coronária aumenta a mortalidade hospitalar de portadores de estenose aórtica submetidos à substituição valvar?
OBJETIVOS: Com o aumento da expectativa de vida nas últimas décadas, tem-se um aumento concomitante da prevalência da estenose aórtica degenerativa e da doença aterosclerótica arterial coronária. O presente estudo visa avaliar a influência da doença aterosclerótica arterial coronária crítica em pacientes portadores de estenose aórtica submetidos ao implante isolado de prótese valvar ou combinado à revascularização do miocárdio. MÉTODOS: No período de janeiro de 2001 a março de 2006, foram analisados 448 pacientes submetidos ao implante isolado de prótese valvar aórtica (Grupo I) e 167 pacientes submetidos à substituição valvar aórtica combinada à revascularização do miocárdio (Grupo II). As variáveis pré e intra-operatórias eleitas para análise foram: sexo, idade, índice de massa corpórea, acidente vascular cerebral, diabete melito, doença pulmonar obstrutiva crônica, febre reumática, hipertensão arterial sistêmica, endocardite, infarto agudo do miocárdio e tabagismo, fração de ejeção do ventrículo esquerdo, doença aterosclerótica arterial coronária crítica, fibrilação atrial crônica, operação valvar aórtica prévia (conservadora), classe funcional de insuficiência cardíaca congestiva, valor sérico de creatinina, colesterol total, tamanho da prótese utilizada, extensão e número de anastomoses distais da revascularização do miocárdio realizada, tempos de circulação extracorpórea de pinçamento aórtico. No estudo estatístico empregou-se análise univariada multivariada. RESULTADOS: A mortalidade hospitalar foi 14,3% (64 óbitos) no Grupo I, sendo 14,5% (58 óbitos) nos pacientes sem doença aterosclerótica arterial coronária crítica associada (Grupo IB) e 12,8% (6 óbitos) nos que apresentavam essa associação (Grupo IA). A mortalidade hospitalar no Grupo II foi 17,6% (29 óbitos), sendo 16,1% (20 óbitos) nos pacientes submetidos à substituição valvar aórtica combinada à revascularização completa do miocárdio (Grupo IIA) e 20,9% (nove óbitos) nos com revascularização incompleta do miocárdio (Grupo IIB). CONCLUSÕES: Nos pacientes submetidos à substituição valvar aórtica isolada, a presença de doença aterosclerótica arterial coronária crítica associada, em pelo menos duas artérias, influenciou a mortalidade hospitalar. Nos pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico combinado, o número de artérias coronárias com doença aterosclerótica crítica e a extensão da revascularização do miocárdio (RM completa ou incompleta), não influenciaram a mortalidade hospitalar, mas a realização de mais de três anastomoses distais interferiu.
2009
Oliveira Júnior,José de Lima Fiorelli,Alfredo Inácio Santos,Ronaldo Honorato Barros Pomerantzeff,Pablo Alberto Maria Dallan,Luís Alberto de Oliveira Stolf,Noedir Antonio Groppo
Operação de Fontan: uma técnica em evolução
OBJETIVO: Estudos recentes de fluxo com modelos experimentais de anastomoses cavopulmonares totais (ACPTs) baseados em ressonância magnética e angiografia demonstram que este é um procedimento bem estabelecido para o tratamento de várias cardiopatias, mas o melhor arranjo espacial continua controverso. Nosso intuito é apresentar os resultados imediatos com três diferentes técnicas de ACPTs. MÉTODOS: Ensaio clínico de ACPTs realizadas no período de janeiro de 2005 a julho de 2008 com 40 pacientes, com idade média de 6,4 ± 3,2 anos, com Glenn prévio. Os pacientes foram divididos em três grupos, dependendo da técnica cirúrgica empregada: Grupo 1 (G1) - túnel lateral; Grupo 2 (G2) - conduto extracardíaco; Grupo 3 (G3) - conduto intracardíaco dirigido para o ramo esquerdo de artéria pulmonar, todos com fenestração. Foram avaliadas variáveis pré e pós-operatórias. RESULTADOS: Foram incluídos 11 pacientes no G1, 10 no G2 e 19 no G3. As variáveis pré-operatórias foram semelhantes nos três grupos (P>0,05). A mortalidade foi maior nos Grupos 1 e 2 (9,1% e 10,0%, respectivamente), comparadas ao Grupo 3 (zero), porém sem significância estatística (P=0,3841). Efusão pleural foi ausente no Grupo 3, diferença significativa (P=0,0128) em relação aos outros grupos (40,0% e 33,3%). A mediana do tempo de hospitalização pós-operatória foi menor no Grupo 3 (8 dias), em relação aos grupos 1 e 2 (18 e 13 dias, respectivamente) (P=0,0164). CONCLUSÃO: A técnica de conduto intracardíaco foi associada a menor morbidade pós-operatória, sendo a opção atual do nosso serviço na anastomose cavopulmonar total.
2009
Fantini,Fernando Antonio Gontijo,Bayard Martins,Cristiane Lopes,Roberto Max Vrandecic,Erika Correa Goulart,Eugênio Lazarini,Luiz Ferber,Leonardo Vrandecic,Ektor Vrandecic,Mario
Remodelamento reverso cirúrgico do ventrículo esquerdo: seguimento de 111 meses
OBJETIVO: Apresentar a experiência do Instituto de Cirurgia Cardiovascular do Oeste do Paraná (ICCOP) com o tratamento de aneurismas de ventrículo esquerdo, com a técnica de endoventriculoplastia com exclusão septal (EVES), imediata e o seguimento por 111 meses. MÉTODOS: No período de abril de 1999 a 2006, 28 pacientes foram submetidos a EVES, pelo autor. Foram analisadas, retrospectivamente, variáveis clínicas e ecocardiográficas pré, trans e pós-operatórias tardias. A idade média era de 59,0 ± 9,5 anos, sendo 23 pacientes do sexo masculino. Dezessete pacientes estavam em classe funcional IV e o EuroScore médio foi 8,2 ± 2,3. Os valores pré-operatórios de fração de ejeção, volumes sistólico e diastólico finais do ventrículo esquerdo foram, respectivamente, 32,3 ± 9,2%, 113,9 ± 36,0 ml e 179,2 ± 48,4 ml. Foi aplicada a versão brasileira do questionário de qualidade de vida SF36 no pós-operatório tardio. RESULTADOS: A mortalidade imediata foi de quatro pacientes por síndrome de baixo débito e arritmia. O tempo médio de seguimento pós-operatório foi 5,6 ± 3,2 anos. A fração de ejeção de ventrículo esquerdo foi fator significativo na mortalidade imediata (P=0,0222) e o tempo de parada cardíaca anóxica na tardia (P=0,0123). A análise atuarial de sobrevivência demonstrou uma sobrevida de 82,1 ± 7,2%, e 54,7 ± 22,9%, respectivamente, antes e depois de 107 meses, de seguimento. CONCLUSÕES: A cirurgia da EVES é efetiva no tratamento desse grupo de pacientes, com melhora da função ventricular esquerda (de 32,3 para 46,4%) e da qualidade de vida dos pacientes.
2009
Almeida,Rui M. S.
Relação do teste de caminhada pós-operatório e função pulmonar com o tempo de internação da cirurgia cardíaca
OBJETIVO: A função pulmonar é apontada como preditora do tempo de hospitalização na cirurgia cardíaca. E o teste de caminhada de seis minutos (TC6') tem sido utilizado para caracterizar a capacidade funcional em pacientes cardiopatas, porém há poucos estudos que o correlacione com tempo de internação hospitalar. O objetivo desta pesquisa foi verificar se há correlação da função pulmonar pré e pós-operatória e da capacidade da deambulação pósoperatória com tempo de internação pós-operatória. MÉTODOS: Foi realizada uma coorte prospectiva com 18 pacientes, sendo 8 do gênero masculino e 10 do gênero feminino, com idade acima de 40 anos (média 64,89 ± 6,95 anos), internados para a submissão de cirurgias de revascularização do miocárdio e/ou troca valvar. Para caracterizar a função pulmonar, os pacientes foram submetidos a uma espirometria no pré-operatório e ao 5º dia pós-operatório. Neste último período também foi realizado um teste de caminhada de 6 minutos (TC6') para caracterizar a capacidade de deambulação. RESULTADO: Não houve correlação significativa da função pulmonar pré e pós-operatória com o tempo de internação pós-operatória. Somente a distância percorrida no TC6' apresentou correlação negativa significativa (rho=-0,62) com o tempo de internação pós-operatória. A distância no TC6' obteve correlação positiva significativa com a capacidade vital forçada (r=0,59) e volume expiratório forçado no 1º segundo (r=0,52). CONCLUSÃO: Esses resultados sugerem que os pacientes com maior capacidade de deambulação no pós-operatório apresentam menor tempo de internação e sugere-se também que a distância no TC6' pode representar melhor a capacidade funcional desses pacientes do que a função pulmonar isoladamente.
2009
Oliveira,Elayne Kelen de Silva,Vinicius Zacarias Maldaner da Turquetto,Aída Luiza Ribeiro