RCAAP Repository

Implante de stents farmacológicos na artéria descendente anterior: indicadores de eventos tardios

FUNDAMENTO: A eficácia dos stents farmacológicos em reduzir os índices de eventos cardíacos não é uniforme a todos os subgrupos de lesões ou pacientes. OBJETIVO: Avaliar a evolução clínica tardia dos pacientes submetidos a implante de stents farmacológicos nas lesões ateroscleróticas da artéria descendente anterior e identificar, entre as características clínicas, angiográficas e do ultra-som intravascular, quais as que permitem predizer risco de eventos cardíacos. MÉTODOS: De maio de 2002 a agosto de 2005, foram tratados 205 pacientes com implante de 236 stents farmacológicos guiados pelo ultra-som intravascular. RESULTADOS: Com um acompanhamento médio de 711 dias, a taxa de trombose do stent foi de 0,48%, a mesma observada para infarto agudo do miocárdio ou cirurgia de revascularização. A taxa de revascularização da lesão tratada foi de 7,31% e a taxa global de eventos de 10,24%. Os indicadores de eventos, conforme análise multivariada, foram o implante de mais de um stent na mesma artéria, lesões concêntricas e área mínima intra-stent medida pelo ultra-som intravascular menor que 3,88 mm². CONCLUSÃO: Baseados nos dados obtidos, concluímos que a revascularização da artéria descendente anterior com implante de stents farmacológicos escolhidos e otimizados pelo ultra-som intravascular apresenta baixo índice de eventos tardios. O implante de dois stents farmacológicos para o tratamento das lesões longas foi o principal fator independente para a ocorrência de eventos tardios. A área luminal final maior que 3,88 mm² obtidos nos segmentos de pequenos diâmetros de referência é um indicador independente de evolução livre de eventos.

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2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Santos,Marcelo de Freitas Tarbine,Sergio Gustavo Costantini,Costantino Ortiz Oliveira,Maria do Rocio Peixoto Bubna,Marcos Henrique Guarita-Souza,Luiz Cesar Braga,Chiu Yun Yu Stella,Francisco de Paula Costantini,Costantino Roberto Rivetti,Luiz Antonio

Validação do monitor de medida de pressão arterial Omron HEM 742 em adolescentes

FUNDAMENTO: A medida precisa da pressão arterial é fundamental para a investigação científica ou decisão clínica. Nesse sentido, é importante verificar valores fornecidos por equipamentos eletrônicos. OBJETIVO: Validar o monitor Omron HEM 742 de medida de pressão arterial em adolescentes, segundo os critérios sugeridos pela British Hypertension Society. MÉTODOS: Participaram do estudo 150 adolescentes com idades entre 10 e 16 anos. O monitor automático Omron HEM 742 foi conectado em Y com equipamento auscultatório de coluna de mercúrio, e realizaram-se três avaliações simultâneas, calculando-se as diferenças entre os dois equipamentos. Para verificar a relação entre ambos, utilizaram-se o coeficiente de correlação intraclasse e a plotagem de Bland-Altman (concordância). A especificidade e a sensibilidade do aparelho foram determinadas pela curva ROC. RESULTADOS: A comparação entre as medidas acusou uma diferença menor ou igual a 5 mmHg em 67,3% dos valores sistólicos e 69,3% dos valores diastólicos; uma diferença menor ou igual a 10 mmHg ocorreu em 87,3% e 90,6% dos valores sistólicos e diastólicos, respectivamente; e uma diferença menor ou igual a 15 mmHg em 96,6% dos valores sistólicos e 97,3% dos diastólicos. Esses resultados indicam grau A segundo o protocolo da British Hypertension Society. Observou-se ainda elevada concordância nos valores obtidos por meio do monitor automático, e verificou-se que esse equipamento é capaz de identificar a presença ou a ausência da pressão arterial elevada. CONCLUSÃO: O monitor Omron HEM 742 mostrou-se válido para medidas de pressão arterial em adolescentes, conforme os critérios sugeridos pela British Hypertension Society.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Christofaro,Diego Giulliano Destro Fernandes,Rômulo Araújo Gerage,Aline Mendes Alves,Marcelo José Polito,Marcos Doederlein Oliveira,Arli Ramos de

Prevalência de fatores de risco cardiovascular em trabalhadores de uma indústria brasileira

FUNDAMENTO: Determinar os fatores de risco cardiovascular é essencial para a prevenção primária e secundária das doenças do aparelho circulatório. OBJETIVO: Obter a prevalência de fatores de risco cardiovascular em uma população de industriários no Brasil. MÉTODOS: Estudo transversal em uma coorte com entrevista sociodemográfica para identificação de fatores de risco cardiovascular, medidas antropométricas e de pressão arterial e coleta de sangue capilar para dosagem de glicose, colesterol e triglicérides em funcionários de ambos os sexos de indústria alimentícia. RESULTADOS: Avaliaram-se 1.047 funcionários, sendo 913 (87%) do sexo masculino, com idade média de 36 ± 8 anos. A freqüência de sedentarismo foi de 83% e de sobrepeso de 63%. Hipertensão arterial foi identificada em 28% dos indivíduos e 45% estavam na faixa de pré-hipertensão. Alteração de glicose capilar foi detectada em 49% dos participantes, colesterol elevado em 7% e triglicérides em 11% da população. Os valores de índice de massa corpórea não se associaram à renda, mas houve relação inversa com nível de escolaridade. CONCLUSÃO: Sobrepeso e sedentarismo são os principais fatores de risco cardiovascular em população de industriários.

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2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Cassani,Roberta Soares Lara Nobre,Fernando Pazin Filho,Antônio Schmidt,André

Efeito da freqüência do exercício físico no controle glicêmico e composição corporal de diabéticos tipo 2

FUNDAMENTO: O diabete e a doença cardiovascular emergiram como ameaças principais à saúde humana, e o risco está aumentado nos indivíduos com obesidade visceral. É consenso que o exercício físico deve fazer parte do tratamento do diabete melito (DM). OBJETIVO: Comparar a influência de programas de exercício físico orientados e estruturados (PEOE) com freqüência de três e cinco vezes por semana, no período de 20 semanas, no controle glicêmico e composição corporal de diabéticos tipo 2 (DM2). MÉTODOS: A pesquisa realizou-se na Universidade Federal de São Paulo. Grupo Controle (GC), n=17, idade (Mi: 55,8 anos), recebeu incentivo, na consulta médica, para o exercício físico. Grupo 3x (G3), n=14, idade (Mi: 57,4 anos), uma hora de exercício físico, 3x\semana. Grupo 5x (G5), n=9, idade (Mi: 58,8 anos), mesmo protocolo, mas 5x\semana. Tempo de diagnóstico: Mi: 5 anos, em todos os grupos. Aula constava de 5 min aquecimento, 30 min caminhada (esteira) a 70% da freqüência cardíaca máxima e 10 min relaxamento. IMC, cintura, porcentual de gordura (PG), glicemia capilar (Gcap), glicemia de jejum (GJ), hemoglobina glicada (HbA1c) foram avaliados. RESULTADOS: Realizou-se uma comparação entre o instante Basal (B) e 20ª semana (20ª). IMC no G3(B: 29,5±2,9 vs 20ª: 28,3±2,2 kg/m², p=0,005) e G5 (B: 29,7±4,4 vs 20ª: 29,1±4,3 kg/m², p=0,025); cintura G5 (B: 100,5±11,9 vs 20ª: 933±11,7 cm, p=0,001); PG no G3 (B: 31±5,1 vs 20ª: 26±5%, p=0,001) e G5 (B: 32,4±5,4 vs 20ª: 30,3±6,9%, p=0,001); GJ, G5 (B: 150,8±47,5 vs 20ª: 109,2±30,5 mg/dl, p=0,034), apresentaram diferenças estatisticamente significativas. GC não apresentou diferenças estatisticamente significativas, nessas variáveis. Gcap apresentou uma tendência de queda no pós-exercício físico no G5. HbA1c não apresentou diferenças estatisticamente significativas nos três grupos. CONCLUSÃO: O G5 foi melhor que o G3, na maioria dos parâmetros avaliados. Porém, os resultados não apresentaram uma diminuição na HbA1c nos pacientes com DM2.

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2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Vancea,Denise Maria Martins Vancea,José Nelson Pires,Maria Izabel Fernandes Reis,Marco Antonio Moura,Rafael Brandão Dib,Sergio Atala

O exercício físico atenua o déficit autonômico cardíaco induzido pelo bloqueio da síntese do óxido nítrico

FUNDAMENTO: O bloqueio da síntese do óxido nítrico (NO) é caracterizado pelo aumento da atividade simpática cardíaca, e o treinamento físico promove a redução da atividade simpática. OBJETIVO: Investigamos o efeito do bloqueio da síntese do NO sobre o controle autonômico cardiovascular em ratos submetidos ao exercício aeróbio durante dez semanas. MÉTODOS: Ratos wistar foram divididos em quatro grupos: controle tratados com ração e água ad libitum durante dez semanas (RC); controle tratados com N G-nitro-L-arginine methyl ester (L-NAME) na última semana (RCL); treinados durante dez semanas em esteira motorizada (RT); treinados por dez semanas e tratados com L-NAME na última semana (RTL). O controle autonômico cardiovascular foi investigado em todos os grupos com a utilização de duplo bloqueio com metilatropina e propranolol, e análise da variabilidade. RESULTADOS: Os grupos RCL e RTL apresentaram hipertensão. O grupo RCL apresentou taquicardia e predomínio do tônus simpático na determinação da FC após o bloqueio autonômico farmacológico. O grupo RT apresentou bradicardia e menor freqüência cardíaca (FC) intrínseca em relação aos demais. A avaliação da variabilidade da FC mostrou menores valores absolutos e normalizados na banda de baixa freqüência (BF) no grupo RCL. Por sua vez, o grupo RTL apresentou elevação na banda de BF em valores absolutos. A análise da variabilidade da PAS mostrou que os grupos RCL e RTL apresentaram maiores valores na banda de BF. CONCLUSÃO: O exercício físico prévio impediu o déficit no controle autonômico cardíaco induzido pelo tratamento com L-NAME, no entanto não impediu o aumento na variabilidade da PAS.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Rossi,Bruno Rafael Orsini Mazer,Denise Silveira,Larissa Christina Rossit Jacinto,Cynthia Pelegrino Di Sacco,Thaísa Helena Roseli Blanco,João Henrique Dutra Cesarino,Evandro José Souza,Hugo Celso Dutra de

Prevalência do hiperaldosteronismo primário em uma liga de hipertensão arterial sistêmica

FUNDAMENTO: Até recentemente, o hiperaldosteronismo primário era considerado uma causa rara de hipertensão secundária. Porém, ao longo dos últimos anos, muitos estudos têm sugerido que essa doença pode afetar até 20% dos hipertensos. OBJETIVO: Determinar a prevalência do hiperaldosteronismo primário em pacientes hipertensos em tratamento na liga de hipertensão de um hospital universitário. MÉTODOS: Foram realizadas dosagens de aldosterona sérica e atividade plasmática da renina em 105 pacientes, em vigência do tratamento anti-hipertensivo usual, excetuando-se aqueles em uso de beta-bloqueadores e espironolactona, em jejum e após repouso na posição deitada por 20 minutos. Aqueles com relação aldosterona/atividade plasmática da renina maior que 25 foram submetidos ao teste de supressão com sobrecarga salina endovenosa e, após a confirmação da autonomia da secreção de aldosterona, foi realizada tomografia computadorizada das adrenais. Os resultados são apresentados como porcentagens, médias e desvios-padrão. RESULTADOS: Dos 105 pacientes, 6,54% eram hipertensos refratários. Nove apresentaram relação aldosterona/atividade plasmática da renina > 25 (8,5% do total). Destes, oito foram submetidos ao teste de supressão e um (hipertenso refratário) teve o diagnóstico confirmado de hiperaldosteronismo primário (0,96% do total). Foi realizada tomografia computadorizada de adrenais, sendo considerada normal. CONCLUSÃO: A prevalência do hiperaldosteronismo primário na amostra estudada foi de 0,96% do total. No entanto, quando avaliados apenas os portadores de hipertensão refratária, a prevalência foi de 14,3%.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Ribeiro,Maria Jacqueline Silva Figueiredo Neto,José Albuquerque de Memória,Edson Viriato Lopes,Maíra de Castro Faria,Manuel dos Santos Salgado Filho,Natalino Oliveira,Thiara Castro de

Perspectivas da evolução clínica de pacientes com cardiomiopatia chagásica listados em prioridade para o transplante cardíaco

INTRODUÇÃO: O choque cardiogênico é responsável por elevados índices de mortalidade na fila de espera para o transplante cardíaco. Na cardiomiopatia chagásica, a alta incidência de disfunção biventricular pode contribuir com a gravidade desta complicação. MÉTODO: Foram estudados 141 pacientes indicados em caráter de prioridade para o transplante. Destes pacientes, 46 eram portadores de cardiomiopatia chagásica e 95 de outras cardiomiopatias. O choque cardiogênico foi tratado farmacologicamente e com o implante ocasional do balão intra-aórtico. Em cinco pacientes chagásicos, foi realizado o implante de dispositivo paracorpóreo de assistência ventricular esquerda. RESULTADOS: Num período médio de 2,8 meses, 58 (41,1%) dos 141 pacientes foram transplantados, 73 (51,7%) faleceram e 10 foram retirados da fila. A mortalidade entre os pacientes chagásicos e não chagásicos foi de 45,6% e 54,7%, respectivamente. No entanto, a expectativa média de vida, sem a realização do transplante cardíaco, dos pacientes chagásicos foi de apenas 1,5 meses, sendo observado risco relativo de mortalidade de 1,6 para estes pacientes em relação aos não chagásicos (p<0,05). Os cinco pacientes chagásicos submetidos ao implante do dispositivo de assistência circulatória foram mantidos por um período médio de 22 dias, sendo que dois foram transplantados, dois faleceram por falência de múltiplos órgãos e um ainda está sob assistência. Nenhum destes pacientes apresentou disfunção do ventrículo direito, não tendo ocorrido qualquer complicação relacionada ao dispositivo. CONCLUSÃO: A evolução do choque cardiogênico parece ser mais rápida na cardiomiopatia chagásica, sendo importante a indicação precoce de dispositivos de assistência mecânica como ponte para a realização do transplante cardíaco.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Moreira,Luiz Felipe P. Galantier,João Benício,Anderson Leirner,Adolfo A. Fiorelli,Alfredo I. Stolf,Noedir A.G. Oliveira,Sérgio A. de

A comparação entre o transplante de células tronco mononucleares e mesenquimais no infarto do miocárdio

INTRODUÇÃO: O transplante de células no miocárdio tem se mostrado tecnicamente reprodutível, entretanto, existem dúvidas em relação a melhor fração das células da medula óssea a ser utilizada. Desta forma, o objetivo deste estudo é analisar o resultado do transplante de células tronco mononucleares (MO) e mesenquimais (ME) no infarto do miocárdio. MÉTODO: Quarenta e dois ratos Wistar foram induzidos ao infarto do miocárdio. Após uma semana, os animais foram submetidos à ecocardiografia para avaliação da fração de ejeção (FE) e dos volumes diastólico (VDFVE) e sistólico (VSFVE) finais do ventrículo esquerdo. Após dois dias, os animais foram reoperados e divididos em grupos: 1) controle (n=21), que recebeu 0,15 ml de meio de cultura, 2) MO (n=8) e 3) ME (n=13), que receberam 3x10(6) células mononucleares e mesenquimais, respectivamente, no infarto. As MO foram obtidas a partir de uma punção da medula e isoladas pelo método Ficoll-Hypaque, as ME, após o mesmo processo, foram cultivadas por 14 dias. Os animais foram submetidos à ecocardiografia após um mês. A histologia foi realizada pelo método Tricrômio de Gomery. RESULTADOS: Não houve diferença entre os grupos na ecocardiografia de base. Entretanto, um mês após o transplante, observou-se uma diminuição da FE no grupo controle e uma estabilização nos demais grupos. Os três grupos apresentaram dilatação ventricular. A análise histológica do infarto identificou, no grupo ME, células endoteliais e musculares lisas, no grupo MO, apenas células endoteliais. CONCLUSÕES: Tanto o grupo MO, como o ME, apresentaram uma estabilização da FE após o infarto do miocárdio, uma regeneração vascular, entretanto, com remodelamento ventricular.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Guarita-Souza,Luiz Cesar Carvalho,Katherine Atahyde Teixeira de Rebelatto,Carmen Senegaglia,Alexandra Hansen,Paula Furuta,Marcos Miyague,Nelson Francisco,Julio César Olandoski,Márcia Woitowicz,Vinícius Simeoni,Rossana Faria-Neto,José Rocha Brofman,Paulo

Padronização da dose de heparina sódica utilizada na cirurgia de revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea

OBJETIVO: Propor uma metodologia de anticoagulação com heparina sódica monitorizada pelo Tempo de Coagulação Ativada (TCA) nos pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica (RM) sem circulação extracorpórea (CEC), que promova uma anticoagulação segura (TCA >200 segundos), utilizando uma dose inicial de 1mg heparina sódica/kg de peso. MÉTODO: Quarenta pacientes (30 homens e 10 mulheres), entre 41 e 85 anos, foram submetidos à cirurgia de RM sem CEC, utilizando uma dose inicial de 1mg heparina sódica/kg de peso. Dez minutos após a administração da droga, quando TCA > 200 segundos, iniciava-se a confecção das anastomoses coronarianas. Caso contrário, administrava-se 0,5mg/kg de heparina suplementar. Durante a cirurgia, a cada 30 minutos, novos valores de TCA foram obtidos. Concluídas as anastomoses coronarianas, a heparina foi revertida na proporção de 1:1 utilizando cloridrato de protamina. RESULTADOS: O valor médio de TCA dez minutos pós-heparinização foi de 372,2(+/-104,31) segundos, sem variação estatisticamente significante entre os sexos ou grupos etários (p>0,05). Os valores de TCA, 30 e 60 minutos pós-heparinização, mantiveram-se acima de 200 segundos. Aos 30 minutos, verificou-se diferença estatisticamente significante dos valores do TCA entre os sexos e diferentes idades (p<0,05). Após reversão com protamina, todos os pacientes retornaram aos seus níveis basais de hemostasia (TCA < 200s). CONCLUSÕES: Os resultados apresentados demonstram a segurança e eficácia da anticoagulação monitorizada pelo TCA nos pacientes submetidos à RM sem CEC, utilizando doses de 1mg heparina sódica/kg de peso, capaz de manter-se efetiva durante todo o procedimento cirúrgico, independentemente de variáveis como sexo ou idade.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Lobo Filho,José Glauco Leitão,Maria Cláudia Lobo,Roberto Augusto Mesquita Lima Júnior,José Mário de Ribeiro,João Paulo Aguiar Cavalcante,Fernanda Rebouças,Glício Borges,Allison Sales,Dadson Leandro Teles Júnior,Newton

Impacto da troponina I cardíaca sérica na evolução tardia de pacientes submetidos a ressincronização com estimulação biventricular: seguimento de até 59 meses

OBJETIVO: Analisar evolução e a influência prognóstica dos níveis séricos da troponina I cardíaca nos pacientes com insuficiência cardíaca congestiva (ICC) submetidos a ressincronização interventricular (RV), com seguimento de até 59 meses. MÉTODOS: Foram analisados 33 pacientes com miocardiopatia dilatada idiopática em classe funcional III/IV da NYHA, submetidos a RV. A qualidade de vida (QV) foi analisada pré e pós-operatoriamente com o Minnesota Code e a função ventricular através da ecocardiografia. Os níveis séricos da troponina I foram dosados em 23 pacientes, utilizando o teste exato de Fischer para avaliar sua relação com o evento óbito, e a curva de Kaplan-Meier para análise da taxa de sobrevivência. RESULTADOS: A QV foi significantemente melhor após a RV, com mediana de 73 pontos, no pré e 36, no pós (p<0,0001). O diâmetro diastólico do VE (DDVE) apresentou redução de 65mm, no pré para 60mm, no pós (p=0,0014), com aumento da fração de ejeção (FEVE) de 37 para 47% (p=0,0004). Nos 15 pacientes com valores normais de troponina, não ocorreram óbitos e dos oito pacientes com valores elevados, seis faleceram (p=0,0003). A curva atuarial de livres de óbitos mostrou uma taxa de sobrevivência de 47,1±13,3%, ao final de 59 meses. CONCLUSÕES: A RV em pacientes com ICC melhora a QV e os parâmetros ecocardiográficos. Constitui uma boa alternativa para os pacientes em classe funcional III/IV NYHA. Os níveis séricos elevados da troponina I cardíaca foram preditores de risco para óbito.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Leal,João Carlos F. Braile,Valéria Abelaira Filho,Achilles Avanci,Luis Ernesto Gogoy,Moacir F. Braile,Domingo M.

Fatores preditores de infarto do miocárdio no período perioperatório de cirurgia de revascularização miocárdica

OBJETIVOS: Determinar quais variáveis pré e transoperatórias são preditoras independentes de infarto do miocárdio (IAM) no período perioperatório de Cirurgia de Revascularização do Miocárdio (CRM), em um hospital geral da cidade de Porto Alegre, RS, Brasil. MÉTODO: Estudo de coorte retrospectivo com análise do banco de dados de cirurgia cardíaca do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, com 1471 pacientes consecutivos que realizaram CRM com circulação extracorpórea (CEC), entre janeiro de 1998 e dezembro de 2002. RESULTADOS: Quatorze por cento dos pacientes da amostra apresentaram IAM perioperatório. As variáveis que se mostraram preditoras independentes para IAM perioperatório nesta amostra foram: reoperação (RC: 2,070 - p=0,036), lesão de tronco de coronária esquerda (TCE) (RC: 1,692 - p=0,006), sexo feminino (RC: 1,572 - p=0,034), angina instável pré-operatória (RC: 1,533 - p=0,011), maior número de enxertos (RC: 1,336 - p=0,001) e tempo de CEC prolongado (RC: 1,013 - p<0,001). CONCLUSÕES: As variáveis reoperação, lesão de TCE, sexo feminino, angina instável pré-operatória, maior número de enxertos e tempo de CEC prolongado mostraram-se preditoras independentes para a ocorrência de IAM no período perioperatório de CRM, nesta amostra de pacientes operados em um hospital geral da cidade de Porto Alegre, RS, Brasil.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Jaeger,Cristiano Pederneiras Kalil,Renato A.K. Guaragna,João Carlos Vieira da Costa Petrascco,João Batista

Revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea com enxertos arteriais: análise de 300 casos

OBJETIVO: Recentemente, o uso de múltiplos enxertos arteriais nas cirurgias coronarianas vem conquistando grande interesse da comunidade médica diante da perspectiva de melhores resultados a longo prazo em relação às veias safenas. O presente estudo tem por objetivo analisar os resultados imediatos da associação da operação de revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea, com o uso exclusivo de enxertos arteriais. MÉTODO: Entre junho de 2000 a dezembro de 2004, 300 pacientes foram submetidos a operação para revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea, usando-se apenas enxertos arteriais. A artéria torácica interna esquerda foi o enxerto de primeira escolha, seguida da artéria radial do membro superior não-dominante, artéria torácica interna direita e artéria radial do membro dominante. RESULTADO: A idade dos pacientes variou entre 33 e 77 anos. Duzentos e trinta e quatro pacientes eram do sexo masculino e 66 do sexo feminino. Com relação a fatores de risco coronarianos, 77% tinham história de hipertensão arterial, 66% história de tabagismo, 53% níveis elevados de colesterol e 21% eram diabéticos. Oitenta e quatro (28%) pacientes apresentavam antecedente de infarto do miocárdio e 77 (25,6%) necessitaram de nitroglicerina endovenosa no período pré-operatório. A fração de ejeção era inferior a 30% em 77 (25,6%) pacientes e a cineangiocoronariografia mostrou lesão em três ou mais vasos em 63% dos casos. O EuroSCORE variou de 0 a 12 pontos, com uma mortalidade esperada para este grupo de 3,7%. O número total de anastomoses distais foi de 838, com média de 2,79±0,97 por paciente. Houve seis (2%) óbitos nesta série, sendo dois por mediastinite, um por insuficiência renal após choque séptico, um por causas metabólicas, um por sangramento e um por broncopneumonia. Diabetes foi o único fator associado com aumento na mortalidade. CONCLUSÃO: A utilização de enxertos arteriais nas operações para revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea não acarretou aumento da morbi-mortalidade imediata nesta série. Os resultados obtidos estão dentro do previsto através do EuroSCORE. O uso de enxertos arteriais em diabéticos deve ser realizado de maneira bastante criteriosa.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Milani,Rodrigo Brofman,Paulo Souza,José Augusto M. Guimarães,Maximiliano Barboza,Laura Barboza,Alexandre Précoma,Dalton Maia,Francisco

Aspectos técnicos do implante de eletrodo para estimulação ventricular esquerda através do seio coronariano, com a utilização de anatomia radiológica e eletrograma intracavitário, na terapia de ressincronização cardíaca

OBJETIVO: Apresentar a experiência de 157 implantes utilizando uma técnica simplificada para cateterização do seio coronariano, baseada no eletrograma intracavitário e anatomia radiológica, demonstrando o porcentual de sucesso e tempo total de utilização de radioscopia. MÉTODO: De outubro de 2001 a fevereiro de 2005, foram realizados 157 implantes de marcapasso biventricular em pacientes previamente selecionados, utilizando-se anatomia radiológica e observação de eletrograma intracavitário, demonstrando a taxa de sucesso, complicações e tempo total de utilização de radioscopia. RESULTADOS: O implante do sistema, utilizando-se a estimulação do ventrículo esquerdo via seio coronariano, não foi possível em onze procedimentos. Em 20 pacientes foram observadas dificuldades na canulação do óstio coronário e em 39 pacientes observou-se dificuldade de progressão do eletrodo através do seio coronário. O tempo médio de utilização de radioscopia foi 18,27 ± 15,46 min. CONCLUSÃO: A técnica de implante, proposta pelo autor, utilizando o eletrograma intracavitário e anatomia radiológica, demonstrou ser segura e eficaz para canulação do óstio do seio coronário, necessitando de reduzidos tempos de radioscopia.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Souza,Fernando Sérgio Oliva de Braile,Domingo Marcolino Vieira,Reinaldo Wilson Rojas,Salomon Ordinola Mortati,Nicola Luciano Rabelo,Alexandre Caputo Oliveira,Sérgio Almeida de

Avaliação da função pulmonar em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio com e sem circulação extracorpórea

OBJETIVO: Avaliar e comparar a função pulmonar em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio (RM) com e sem circulação extracorpórea (CEC). MÉTODO: Trinta pacientes (média de idade 56,76±10,20 anos) foram alocados em dois grupos, de acordo com a utilização ou não da CEC: grupo A (n=15) sem CEC e grupo B (n =15) com CEC. Todos os pacientes foram submetidos à avaliação da função pulmonar. Registros espirométricos da capacidade vital forçada (CVF) e do volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) foram obtidos no pré, primeiro, terceiro e quinto dias de pós-operatório (PO) e a gasometria arterial em ar ambiente, no pré e primeiro dia de PO. RESULTADOS: Em ambos os grupos, houve queda significativa da CVF e do VEF1 até o quinto dia de PO (p<0,05). Quando comparados, a diferença entre os grupos se manteve significativa, com maior queda dos valores de CVF e VEF1 no grupo B (p<0,05). A PaO2 e a relação PaO2/FiO2 apresentaram queda significativa no primeiro dia de PO em ambos os grupos, porém com maior decréscimo no grupo B (p<0,05). CONCLUSÃO: Pacientes submetidos à cirurgia de RM, independentemente do uso da CEC, apresentaram comprometimento da função pulmonar no PO. Entretanto, os pacientes operados sem uso da CEC demonstraram melhor preservação da função pulmonar, quando comparados àqueles operados com CEC.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Guizilini,Solange Gomes,Walter J. Faresin,Sonia M. Bolzan,Douglas W. Alves,Francisco A. Catani,Roberto Buffolo,Enio

Modificações no perfil do paciente submetido à operação de revascularização do miocárdio

INTRODUÇÃO: Indicações da operação de revascularização miocárdica (RM) foram modificadas pela introdução de novas drogas e da angioplastia coronária transluminal percutânea (ACTP), sendo o procedimento cada vez considerado em pacientes com doença multiarterial coronária e de condição clínica mais grave. OBJETIVO: Comparar perfil clínico e cirúrgico entre dois grupos de pacientes submetidos a RM com intervalo de 10 anos, bem como observar sua influência na mortalidade hospitalar. MÉTODO: Estudo de coorte retrospectivo, envolvendo 307 pacientes submetidos a RM em 1991/92 (grupo INICIAL, n=153) ou 2001/02 (grupo ATUAL, n=154). Para cada grupo foram identificadas características demográficas, doenças cardíacas, co-morbidades e eventos operatórios, visando comparação e determinação dos fatores relacionados à mortalidade hospitalar aumentada. RESULTADOS: Grupo recente tinha idade mais avançada, condição cardíaca mais grave(classe funcional, prevalência de insuficiência cardíaca e número de vasos com lesão grave) e maior prevalência de co-morbidades. Pacientes iniciais mostraram maior prevalência na indicação cirúrgica de urgência. Não ocorreu diferença na mortalidade hospitalar (respectivamente 3,3% e 1,9% para grupos INICIAL e ATUAL). CONCLUSÕES: Pacientes atualmente submetidos a RM são mais idosos e de condição clínica mais grave (cardíaca e sistêmica) que os operados há 10 anos, embora isto não tenha influenciado de modo significativo a mortalidade hospitalar, que é menor recentemente.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Feier,Flávia Heinz Sant'Anna,Roberto Tofani Garcia,Eduardo De Bacco,Felipe W Pereira,Edemar Santos,Marisa Fátima dos Costa,Altamiro Reis da Sant'Anna,João Ricardo M Nesralla,Ivo A

Fibrilação atrial e cirurgia cardíaca: uma história sem fim e sempre controversa

No summary/description provided

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Tineli,Rafael Angelo Rosa e Silva Junior,Jairo Luciano,Paula Menezes Rodrigues,Alfredo José Vicente,Walter Vilella de Andrade Evora,Paulo Roberto Barbosa

Cirurgia cardíaca em uma sociedade multiétnica: a experiência do Caribbean Heart Care

OBJETIVO: A população do Caribe constitui uma sociedade multiétnica, incluindo caucasianos, afro-caribenhos, indianos, asiáticos, hispânicos, europeus e nativos, com uma grande variabilidade de padrões socioeconômicos. A incidência e os tipos de doenças cardíacas também variam significativamente entre essas etnias. Relatamos aqui a experiência (em pacientes adultos e pediátricos) em um serviço de cirurgia cardíaca de baixo volume em Trinidad e Tobago, no Caribe. MÉTODO: O programa de cirurgia cardíaca de adultos começou em novembro de 1993, são reportados os dados de 878 pacientes (629 homens, idade entre 18 e 88 anos, com média de 67 anos). Destes, 39,4% eram diabéticos e 46,5% hipertensos. Os procedimentos incluíram cirurgia de revascularização miocárdica (CRM), reparo e substituição de valvas e cirurgias da aorta. O programa de cirurgia cardíaca pediátrica (idades entre duas semanas e 21 anos) começou em setembro de 1998, tendo sido realizado um total de 279 operações. RESULTADOS: Adultos - a mortalidade total foi de 3,8%. A maioria dos procedimentos foi CRM (82,3%) com mortalidade total de 2,8% (0% em 2004). A técnica sem circulação extracorpórea foi empregada em 43% dos procedimentos de CRM (71,2% em 2004). A cirurgia de valva aórtica foi feita em 49 pacientes, e a substituição/reparo da valva mitral em 96 doentes. Pediátricos - a maioria dos procedimentos foi correção de comunicação interventricular (111), comunicação interatrial (57), tetralogia de Fallot (23), e 88 outros (com mortalidade de 1,5%). CONCLUSÃO: Cirurgia cardíaca em um serviço multiétnico de baixo volume pode ser realizada com excelentes resultados, comparáveis com padrões internacionais de qualidade.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Burgos-Irazabal,Jose Rampersad,Risshi D. Gomes,Walter J. Rampersad,Kamal A. Angelini,Gianni D.

Manejo cirúrgico de doença oclusiva aorto-ilíaca na presença de rim em ferradura: relato de um caso

Neste trabalho é apresentado um caso de coexistência de aterosclerose aorto-ilíaca com rim em ferradura, em um homem com 57 anos de idade. O diagnóstico desta combinação rara foi feito pouco antes da cirurgia, com a angio-ressonância magnética constituindo o método diagnóstico pré-operatório mais importante para o planejamento cirúrgico. A abordagem transabdominal proporciona uma exposição excelente da aorta abdominal em pacientes com rim em ferradura, sem risco de lesão das artérias renais acessórias ou de ureter em posição anômala. A reconstrução foi feita com a implantação de uma prótese de Dacron em Y em posição aorto-bifemoral e, por causa da lesão aterosclerótica difusa e na presença do rim em ferradura, foi optado por anastomose proximal término-lateral.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Tezval,Hossein Mirzaie,Masoud Schmitto,Jan Schöndube,Friedrich

Nova abordagem técnica para papilopexia cruzada em operação de substituição valvar mitral: resultados imediatos

OBJETIVO: Apresentar a técnica de papilopexia cruzada e seus resultados iniciais na preservação dos músculos papilares em operações de substituição valvar mitral e remodelamento ventricular na insuficiência cardíaca (ICC). MÉTODO: Foram estudados dez pacientes submetidos à cirurgia de troca valvar mitral, sendo sete (70%) do sexo masculino, com idade variável entre 15 e 75 anos (média de 44,4 ± 18,7 anos) portadores de disfunção valvar mitral reumática (50%), prolapso valvar mitral (10%) ou miocardiopatia dilatada e ICC (40%). Após atriotomia e adequada exposição da valva mitral, a cúspide anterior foi desinserida do anel e centralmente dividida, sendo cada metade, com seu complexo de cordas tendíneas, fixada à comissura oposta por sua extremidade medial. Em seguida, foi implantada a prótese valvar mecânica (sete casos) ou bioprótese porcina (três casos) fixada ao anel valvar por meio de pontos separados, com redução do anel valvar mitral, para melhor remodelamento ventricular nos casos com ICC. RESULTADOS: Todos os pacientes receberam alta hospitalar em condições clínicas estáveis, apresentando melhora do desempenho cardíaco no final do primeiro mês de pós-operatório, com redução significativa (p<0,05) do diâmetro sistólico do ventrículo esquerdo e do átrio esquerdo, e fração de ejeção do ventrículo esquerdo aumentando, em média, de 46,7% para 56,4% (p<0,05) no pré e pós-operatório, respectivamente. CONCLUSÃO: A técnica de papilopexia cruzada em operações de tratamento de lesões valvares mitrais e da insuficiência cardíaca permitiu a substituição valvar mitral com recuperação funcional e remodelamento atrial e ventricular favorável e significante.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Gomes,Otoni Moreira Gomes,Eros Silva Santana Filho,Geraldo Paulino Pontes,José Carlos Dorsa Vieira Benfatti,Ricardo Adala

Reposicionamento do músculo papilar: a técnica padrão para plastia do prolapso da cúspide anterior da mitral

OBJETIVO: O propósito deste estudo é demonstrar que o reposicionamento do músculo papilar é uma técnica confiável para o reparo do prolapso da cúspide anterior, portanto, nós descrevemos esta técnica e seus resultados propondo-a como padrão. MÉTODO: Entre 1989 e 2005, 120 plastias da valva mitral foram consecutivamente realizadas por meio do reposicionamento do músculo papilar no prolapso da cúspide anterior. Oitenta e sete pacientes eram do sexo masculino e 33 do feminino, sendo, a média de idade de 59 ± 11,5 anos. Cinqüenta e nove por cento dos pacientes estavam em classe funcional (NYHA) III ou IV, a média da fração de ejeção foi 65,7 ± 8,9%. A etiologia predominante na regurgitação da valva mitral (RM) foi doença degenerativa: Barlow (n=43) e distrofia (n=62). As outras etiologias eram: endocardite cicatrizada (n=5), reumática (n=5), isquêmica (n=4), congênita (n=1). O reposicionamento do músculo papilar posterior foi realizado em 111 (92,5%) casos e do anterior em 38 (31,7%). Procedimentos associados foram realizados em 76 (63,3%) pacientes. RESULTADOS: Não houve óbito hospitalar. Durante o acompanhamento, 14 (11,7%) pacientes foram a óbito, incluindo sete (5,8%) por causas cardíacas. As taxas da curva de sobrevida acumulada em 1, 5, 10 e 15 anos foram 98,3%, 97,2%, 94,1% e 81,4%, respectivamente. Dois (1,7%) pacientes foram reoperados por regurgitação recorrente, eles foram submetidos à troca da valva 1 e 5 anos depois do reparo e morreram 3 e 6 anos após esta troca valvar. Não houve movimento anterior sistólico. As taxas de sobrevida acumulada livre de reoperação envolvendo a valva mitral em 1, 5, 10, e 15 anos foram 97,4%, 97,4%, 92,8% e 86,7%, respectivamente. Nós não achamos nenhum fator de risco de mortalidade e de reoperação. O acompanhamento completo foi realizado em todos os pacientes. Após um tempo de acompanhamento mediano de 5,9 anos (de 0,1 a 15,6 anos), 87 (72,5%) pacientes estavam na classe I - NYHA, o controle ecocardiográfico mostrou nenhuma ou mínima regurgitação em 89 (74,2 %) pacientes, leve regurgitação em oito (6,7%) e moderada regurgitação em nove (7,5%). CONCLUSÃO: O reposicionamento do músculo papilar é uma técnica confiável e segura, com excelentes resultados clínicos e ecocardiográficos a longo prazo. Desta maneira, estamos propondo-a como padrão para o reparo da cúspide anterior prolapsada.

Year

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Souza Neto,Olívio Aubert,Stephane Pawale,Amit Marques,Giltamar Nascimento,Anderson Dreyfus,Gilles D.