Repositório RCAAP

Enxerto ósseo de olécrano para aumento do dorso nasal

INTRODUÇÃO: O planejamento cirúrgico nas rinoplastias para tratamento do "dorso em sela" apresentou grande avanço nas últimas décadas, em decorrência do melhor manejo de enxertos e implantes. Porém, a escolha desses materiais é tema de controvérsia e debates. As forças da cicatriz no nariz com deformidades tendem a subjugar qualquer tipo de reconstrução que não seja rígida ou semirrígida. Assim, o enxerto ósseo é uma boa opção, pois é estável, apresentando boa disponibilidade e confiabilidade nos resultados estéticos. O enxerto ósseo de olécrano é de fácil coleta, tem uma única espessura do córtex, característica importante para resistir à reabsorção, além de proporcionar resultado estético estável. Este trabalho tem como objetivo discutir as vantagens da utilização do enxerto ósseo de olécrano em rinoplastias e demonstrar a experiência com esse tipo de procedimento. MÉTODO: Estudo descritivo e retrospectivo, sendo realizada revisão dos prontuários de pacientes submetidos a enxerto ósseo de olécrano para aumento de dorso nasal, no período de janeiro de 2000 a janeiro de 2010, com acompanhamento por igual período, no Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Daher Lago Sul (Brasília, DF, Brasil). O controle de possível reabsorção do enxerto foi realizado com medidas antropométricas do nariz em documentação fotográfica, além de controle radiológico do enxerto. RESULTADOS: Foram operados 9 pacientes, sendo obtidos bons resultados estéticos. Em nenhum dos métodos para controle de possível reabsorção do enxerto ficou evidenciada alguma perda de projeção ou sinais de reabsorção óssea no acompanhamento com até 6 anos de pós-operatório. CONCLUSÕES: O enxerto de olécrano demonstrou ser uma boa opção para rinoplastias primárias ou secundárias, no tratamento do "dorso em sela", não tendo sido demonstrada reabsorção a longo prazo ou morbidade da área doadora, com bons resultados estéticos, previsíveis e duradouros.

Ano

2012

Creators

Cosac,Ognev Meireles Pedroso,Diogo Borges Vasconcelos,Flavia Roberta Paes Souza,Renato Sérgio de Medeiros Amaral,Giuliano Trombetta

Uso de retalho cutâneo para reconstrução nasal após ressecção neoplásica

INTRODUÇÃO: A reconstrução nasal é sempre desafiadora para o cirurgião plástico. As perdas de substância nasal são causadas principalmente por ressecção de neoplasias de pele. Existem muitas alternativas para cobertura cutânea e os retalhos cutâneos constituem a melhor opção, tanto cosmética como funcional. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Porto Alegre, RS, Brasil) na reconstrução de perdas de substância do nariz secundárias a ressecção oncológica, descrevendo os retalhos cutâneos mais utilizados para cobertura dos defeitos segundo a subunidade anatômica. MÉTODO: Foi realizada análise de 103 retalhos cutâneos nasais utilizados para reconstrução de 102 perdas de substância secundárias a neoplasia, em 96 pacientes operadosno período de dezembro de 2008 a dezembro de 2011. As perdas de substância foram mapeadas de acordo com as subunidades anatômicas descritas por Burget & Menick, sendo registrado o número de vezes em que cada opção de reconstrução foi utilizada em cada subunidade. RESULTADOS: A maioria dos pacientes era do sexo masculino (51%) e a média de idade do grupo estudado foi de 64,7 anos. Dentre os tumores cutâneos, o carcinoma basocelular foi o mais frequente (85,3%), seguido de carcinoma espinocelular (5,9%). Na asa nasal, o retalho mais utilizado foi o bilobado (44%); na região lateral, o retalho de avançamento em V-Y (72%); no dorso nasal, o retalho glabelar estendido (59,2%); na ponta, o retalho bilobado (46,2%); e no teto nasal, o retalho glabelar, utilizado em todos os casos. CONCLUSÕES: São múltiplas as opções cirúrgicas para reconstrução do nariz após cirurgia oncológica, devendo-se escolher a mais adequada para cada caso, respeitando-se os contornos e a anatomia nasal, de acordo com os princípios de Burget & Menick.

Ano

2012

Creators

Laitano,Francisco Felipe Teixeira,Lourenço Frigeri Siqueira,Evandro José Alvarez,Gustavo Steffen Martins,Pedro Djacir Escobar Oliveira,Milton Paulo de

Idade e indicações de osteotomias para avanço frontofacial em pacientes com craniossinostoses sindrômicas

INTRODUÇÃO: Desde o início da Cirurgia Craniofacial, muitos desafios foram ultrapassados. Problemas operatórios técnicos e de infraestrutura básica de atendimento especializado foram solucionados. Agora, 25 anos após as publicações iniciais dos avanços frontofaciais, há ainda algumas dúvidas quanto às indicações precisas da idade e do tipo de cirurgia a ser realizada. O objetivo deste estudo foi avaliar a evolução de pacientes submetidos a tratamento de craniossinostoses sindrômicas operados nos últimos 10 anos em nossa instituição. MÉTODO: Todos os pacientes sindrômicos submetidos a avanço frontofacial em monobloco ou somente facial isolado foram selecionados no período de 2001 a 2011. Foram selecionados 70 pacientes, 56 submetidos a avanço frontofacial em monobloco e 14, a avanço facial após remodelagem frontorbitária prévia. Todos os dados referentes a esses pacientes foram correlacionados, avaliando a idade e o resultado final. Os pacientes foram selecionados de acordo com idade à época da cirurgia, complicações existentes e resultados finais correlacionados com os principais problemas existentes previamente. RESULTADOS: Os pacientes sindrômicos apresentaram graus variados de resultados finais, dependendo da síndrome e da idade de realização do procedimento. Os avanços frontofaciais em monobloco apresentaram baixo índice de complicações pós-operatórias imediatas, porém ficou demonstrada a necessidade de procedimentos futuros ao final do crescimento facial. Nos pacientes submetidos a cirurgias mais tardiamente, o índice de resultados positivos foi maior. CONCLUSÕES: Nos casos de craniossinostoses graves, com problemas funcionais, a indicação de avanço frontofacial em monobloco continua sendo a melhor opção terapêutica.

Ano

2012

Creators

Alonso,Nivaldo Matushita,Hamilton Goldenberg,Dov Charles Bastos,Endrigo Oliveira

Reconstrução de grandes defeitos de couro cabeludo e fronte em oncologia: tática pessoal e experiência - análise de 25 casos

INTRODUÇÃO: Neoplasias malignas extensas em couro cabeludo e fronte tornam-se um desafio para o cirurgião plástico, em decorrência das particularidades anatômicas da região. Apesar da existência de muitas técnicas para o reparo dos defeitos, a reconstrução ideal depende da avaliação criteriosa de cada caso clínico e tem por finalidade alcançar o melhor resultado, tanto funcional como estético, com mínima morbidade no sítio doador. O objetivo deste estudo é avaliar uma série de pacientes submetidos a reconstrução imediata após ressecção oncológica em couro cabeludo e fronte, demonstrando tática pessoal e experiência do autor. MÉTODO: Trata-se de análise retrospectiva de 25 pacientes operados no período de junho de 2009 a junho de 2011, submetidos a reconstrução de couro cabeludo e da fronte após tratamento de câncer de pele avançado dessa região. Foram estudados os seguintes parâmetros: sexo, idade, diagnóstico, estadiamento clínico, localização e dimensão do defeito, tática de reparo, complicações e estado clínico atual. RESULTADOS: Amostra composta de 25 pacientes, sendo 60% homens, com média de idade de 64,8 anos. O estádio clínico III foi o mais frequente (88%), o diagnóstico de maior incidência foi o de carcinoma espinocelular (84%) e a região biparietal foi a localização mais atingida (20%). O tamanho dos defeitos variou de 3,8 cm x 3,5 cm a 22,9 cm x 15 cm. A técnica de reparo mais utilizada (80%) foi a confecção de retalho local. Ocorreram 2 (8%) casos de necrose parcial do retalho e 1 (4%) caso de perda parcial do enxerto. Todos os pacientes estão vivos, dos quais apenas um apresenta sinais de neoplasia maligna em atividade (recidiva tumoral e fora de possibilidade terapêutica). Quanto aos aspectos funcional e estético, tanto o autor como os pacientes consideram o resultado bom. CONCLUSÕES: Na literatura internacional, são descritas várias técnicas de reconstrução do couro cabeludo. Na maioria dos casos com grande perda de tecidos moles, os retalhos microcirúrgicos são as opções mais aceitas. A reconstrução com retalhos locais de avanço constitui opção bastante segura e apresenta resultados favoráveis, com realização técnica mais simples e taticamente ideal para aqueles casos limítrofes de operabilidade.

Redução da região frontal com incisão pré-capilar: relato de experiência e indicações

INTRODUÇÃO: A testa longa pode dar uma aparência menos atraente, desproporcional e caracterizar o envelhecimento. O objetivo deste trabalho é demonstrar a experiência dos autores na redução da região frontal com incisão pré-capilar e reforçar as indicações desse procedimento. MÉTODO: Foram estudados, retrospectivamente, pacientes submetidos a redução da região frontal por incisão pré-capilar, no período de 2005 a 2011. As indicações para incisão anterior na linha do cabelo foram ptose da sobrancelha, em pacientes que possuíam cabelos frontais finos e escassos, testa longa congênita ou enrugamento amplo de testa. RESULTADOS: A incisão pré-capilar foi realizada em 31 pacientes, com acompanhamento médio de 1,5 ano. Não houve problemas relacionados à vascularização do retalho. Todos os pacientes relataram parestesia temporária, com recuperação em até 1 ano. Três pacientes apresentaram seromas no pós-operatório, tratados com punção. Todos os pacientes relataram que os benefícios da redução da linha do cabelo ultrapassaram as desvantagens de uma cicatriz possivelmente mais visível. CONCLUSÕES: O procedimento de ritidectomia frontal com incisão pré-capilar é indicado para pacientes com cabelos frontais finos e escassos, com enrugamento amplo da testa ou com testa longa congênita/senil e que desejem reduzi-la.

Ano

2012

Creators

Rodrigues Neto,José Nava Pedroso,Diogo Borges Vasconcelos,Flávia Roberta Paes Cintra Júnior,Ricardo Borgatto,Marina de Souza Câmara Filho,João Pedro Pontes

Reconstrução palpebral com enxerto de cartilagem autóloga de concha de orelha

INTRODUÇÃO: Neste estudo, foram avaliados os resultados alcançados com a técnica de Matsuo para reconstrução palpebral na Clínica de Cirurgia Plástica do Hospital Felício Rocho, entre dezembro de 1992 e maio de 2011. Além disso, foi realizada revisão não-sistemática de artigos publicados sobre reconstrução palpebral com cartilagem de concha de orelha. MÉTODO: Foram estudados 13 pacientes submetidos a reconstrução palpebral após ressecção de neoplasias. RESULTADOS: Em todos os pacientes, os resultados observados foram satisfatórios, com epitelização espontânea da cartilagem de concha de orelha. Na revisão não-sistemática da literatura foram encontrados 10 trabalhos, totalizando 111 pacientes, que utilizaram cartilagem da orelha para reconstrução, com bons resultados. CONCLUSÕES: A técnica de Matsuo mostra-se uma boa opção para a reconstrução palpebral.

Ano

2012

Creators

Alves,José Carlos Ribeiro Resende Liu,Rebeca Paohwa Silva Filho,Aloísio Ferreira da Pereira,Nárlei Amarante Carvalho,Eduardo Eustáquio Salera de

Eficácia do retalho adipofascial retroauricular em otoplastia

INTRODUÇÃO: As técnicas de otoplastia que utilizam suturas permanentes para moldar as cartilagens apresentam elevada taxa (de até 22%) de incidência de problemas granulomatosos no pós-operatório. Para controlar essas complicações, Horlock et al., em 2001, desenvolveram o retalho adipofascial retroauricular. Neste trabalho, são comparados pacientes submetidos a otoplastia com e sem o uso desse retalho, com o objetivo de identificar a incidência de complicações com suturas, avaliar a eficácia do retalho adipofascial retroauricular na prevenção dos problemas com as suturas definitivas aplicadas na cartilagem auricular, e analisar se a confecção desse retalho envolveu aumento da taxa de outras complicações de otoplastia que não as relacionadas às suturas, especialmente deiscência de suturas ou má cicatrização no pós-operatório. MÉTODO: Foram revisados os prontuários de 24 pacientes submetidos a otoplastias realizadas no período de 2007 a 2009 no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Ribeirão Preto, SP, Brasil). Os pacientes foram divididos em 2 grupos, um deles compreendendo a técnica "clássica" (grupo clássico, n = 24 orelhas) e o outro, a técnica de "retalho" (grupo retalho, n = 24 orelhas), de forma retrospectiva e com tempo pós-operatório mínimo de 24 meses. RESULTADOS: A incidência total de complicações graves de suturas foi de zero no grupo retalho e de 20,8% no grupo clássico. Edema mais acentuado nos primeiros 14 dias de pós-operatório também foi identificado no grupo retalho em 41,6% dos pacientes vs. 12,5% dos pacientes do grupo clássico. O passo técnico de confecção do retalho adipofascial retroauricular não aumentou o tempo cirúrgico. É plausível que a cobertura tecidual retroauricular mais robusta sobre as suturas e o fato de que o tecido em contato com essas suturas seja subcutâneo íntegro sejam os possíveis fatores responsáveis pela queda da incidência de problemas granulomatosos significativos nas otoplastias em que se utilizou o retalho. CONCLUSÕES: Após a introdução do retalho adipofascial retroauricular, a incidência de complicações relacionadas a granulomas caiu para zero, demonstrando a eficácia do retalho na prevenção dessas complicações. Esse benefício foi obtido sem que houvesse aumento da incidência de outras complicações ou do tempo cirúrgico. Este estudo sugere que o retalho adipofascial retroauricular pode ser uma importante adição ao armamentário técnico dispensado à otoplastia.

Ritidoplastia sem cicatriz periauricular

INTRODUÇÃO: As incisões cutâneas de acesso nas ritidoplastias têm apresentado grande diversidade desde os seus primórdios, nas duas primeiras décadas do século passado, até a atualidade. Numerosas também têm sido as táticas cirúrgicas em busca de refinamentos que pudessem reduzir estigmas cicatriciais, distorções anatômicas da orelha externa e perda de cabelo. No sentido de reduzir as inconveniências das cicatrizes periauriculares e das alterações pilosas ainda frequentes, com aplicabilidade numa ampla gama de pacientes de diferentes faixas etárias, foi proposta a realização da ritidoplastia sem incisão pré e retroauricular, mediante duas vias de acesso: uma no limite piloso da região temporal e outra, submentoniana. Este estudo tem por objetivo apresentar os resultados obtidos com o emprego dessa técnica de ritidoplastia sem cicatriz periauricular. MÉTODO: No período de outubro de 2008 a fevereiro 2012, 228 pacientes, sendo 80% do sexo feminino, foram submetidos a ritidoplastia mediante uma incisão curta e sem incisão coronal, no Centro Médico Imbanaco (Cali, Colômbia). Todos os pacientes receberam tratamento cervical mediante via de acesso submentoniana com ampla dissecção seletiva e interligada com o andar médio da face, para tratamento do platisma, quando necessário, e ressecção dos excessos cutâneos. Smasplastia, lipoaspiração, enxerto de gordura e laser, além de outros procedimentos não-cirúrgicos, foram utilizados concomitante e seletivamente, no mesmo ato ou em atos operatórios distintos. A técnica foi contraindicada a pacientes após grandes perdas ponderais e excessiva flacidez de pele tanto facial como cervical. RESULTADOS: Os resultados estéticos obtidos com a técnica de ritidoplastia sem cicatriz periauricular foram considerados satisfatórios pelos pacientes e pela equipe cirúrgica na totalidade dos pacientes, com manutenção a médio e longo prazos. A incidência de complicações pós-operatórias foi pequena, sendo mais comum a presença de assimetria da região temporal e de cicatrizes não-estéticas em 2,6% e 2,2% dos pacientes, respectivamente. CONCLUSÕES: As ritidoplastias com vias de acesso submentoniana e pré-capilar na região temporal, sem cicatrizes periauriculares, têm oferecido resultados a médio e longo prazos que justificam sua indicação, pelo fato de permitirem tratamento do andar médio da face e da região cervical, evitando-se as possíveis complicações descritas na literatura.

Ano

2012

Creators

Riascos,Alfonso Baroudi,Ricardo

Ritidoplastias: smasplastia cervicofacial mediante sutura de vetores

INTRODUÇÃO: O tratamento do SMAS (do inglês, superficial muscular aponeurotic system) nas ritidoplastias faciais tem apresentado contínua evolução desde sua aplicação nos trabalhos pioneiros, na década de 1970. As várias publicações sobre os diferentes tipos de procedimento registram a diversidade do tempo de eficácia e dos efeitos dessa cirurgia. Neste artigo é apresentada mais uma tática cirúrgica que vem sendo aplicada ao SMAS nos últimos 5 anos, cujos resultados a médio e longo prazos têm sido satisfatórios. MÉTODO: Nos últimos 5 anos, 274 pacientes foram operados e acompanhados, sendo 41 do sexo masculino e 233 do sexo feminino, com idades variando de 35 anos a 84 anos. Em todos os pacientes, a conduta seguiu a mesma sistematização de não dissecar o SMAS, mas realizar sua sutura segundo a direção de 5 vetores, 3 na face e 2 na região cervical. RESULTADOS: A maioria dos casos tem sido avaliada clínica e fotograficamente, uma vez por ano, demonstrando melhor qualidade dos resultados em pacientes pertencentes a diferentes faixas etárias e sem necessidade de indicação de nova cirurgia. CONCLUSÕES: A sutura do SMAS segundo 5 vetores especificamente orientados na face e na região cervical tem determinado melhor qualidade dos resultados a longo prazo nas ritidoplastias em pacientes de diferentes faixas etárias, além de evitar as intercorrências e as complicações registradas na literatura.

Ano

2012

Creators

Letizio,Nelson Augusto Anger,Jaime Baroudi,Ricardo

Análise dos resultados estéticos na reconstrução mamária com TRAM ipsilateral vs. contralateral

INTRODUÇÃO: A reconstrução mamária com retalho do músculo reto abdominal (TRAM, do inglês transverse rectus abdominis myocutaneous) tem se tornado um procedimento comumente realizado desde a década de 1990. O TRAM ipsilateral vem demonstrando ser tão seguro quanto o retalho contralateral na reconstrução mamária. Entretanto, estudos avaliando o resultado estético com as duas técnicas são escassos na literatura. A proposta deste estudo é comparar os resultados cosméticos entre os retalhos pediculados ipsilateral e contralateral. MÉTODO: Foi realizada avaliação prospectiva de 29 pacientes submetidas a reconstrução imediata com TRAM ipsilateral e contralateral. Os grupos foram comparados entre si, analisando-se os resultados estéticos. RESULTADOS: O estudo incluiu 29 pacientes, com média de idade foi 43 + 7 anos. O grupo 1 (TRAM ipsilateral) apresentou o sulco inframamário bem definido em 91,7% dos casos, comparativamente a 52,9% no grupo 2 (TRAM contralateral). Observou-se abaulamento na região xifoide em 8,3% dos pacientes do grupo 1 e em 23,5% dos pacientes do grupo 2. A diferença na forma global da mama reconstruída não foi importante, com 66,7% e 70,6% de simetria nos grupos 1 e 2, respectivamente. CONCLUSÕES: O TRAM ipsilateral demonstrou melhor manutenção do sulco inframamário e menor abaulamento na região xifoide. Entretanto, a forma global da mama e a projeção do polo inferior da mama foram similares entre os dois grupos.

Ano

2012

Creators

Matos,Juliana Régia Furtado Dias,Iana Silva Pessoa,Breno Bezerra Gomes de Pinho Pessoa,Salustiano Gomes de Pinho

Abordagem cirúrgica para o tratamento da ginecomastia conforme sua classificação

INTRODUÇÃO: A ginecomastia é a proliferação benigna mais comum do tecido glandular da mama masculina, causada pela alteração do equilíbrio entre as concentrações de estrógeno e andrógeno. Na maioria dos casos, o principal tratamento é a cirurgia. O objetivo deste trabalho foi demonstrar a aplicabilidade das técnicas cirúrgicas consagradas para a correção da ginecomastia, de acordo com a classificação de Simon, e apresentar uma nova contribuição. MÉTODO: Este trabalho foi realizado no período de março de 2009 a março de 2011, sendo incluídos 32 pacientes do sexo masculino, com idades entre 13 anos e 45 anos. A escolha da incisão foi relacionada à necessidade ou não de ressecção de pele. Foram utilizadas quatro técnicas da literatura e uma modificação da técnica por incisão circular com prolongamentos inferior, superior, lateral e medial, quando havia excesso de pele também no polo inferior da mama. RESULTADOS: A principal causa da ginecomastia identificada entre os pacientes foi idiopática, seguida pela obesidade e pelo uso de esteroides anabolizantes. CONCLUSÕES: A técnica mais utilizada foi a incisão periareolar inferior proposta por Webster, quando não houve necessidade de ressecção de pele. Na presença de excesso de pele, a técnica escolhida variou de acordo com a quantidade do tecido a ser ressecado. A nova técnica proposta permitiu maior remoção do tecido dermocutâneo glandular e gorduroso da mama, quando comparada às demais técnicas utilizadas na experiência do cirurgião.

Mastopexia após perda ponderal maciça: suspensão dérmica, remodelação do parênquima e aumento com tecido autógeno

INTRODUÇÃO: Pacientes com perda ponderal significativa podem apresentar mamas com ptose acentuada, perda de projeção do polo superior e excesso de tecido na porção toracolateral. Rubin & Khachi descreveram técnica de mastopexia com suspensão dérmica e remodelação do parênquima associada a aumento com tecido autógeno, tratando a deformidade mamária e o excesso toracolateral em um só estágio. Neste trabalho, é ilustrada essa técnica cirúrgica e demonstradas sua reprodutibilidade e suas complicações. MÉTODO: Foram operadas 14 pacientes com deformidade graus 2 e 3 pela Escala de Pittsburgh, no Hospital Estadual de Sapopemba (São Paulo, SP, Brasil), no período de dezembro de 2008 a dezembro de 2009, utilizando a técnica referida. Foram analisados os seguintes dados: tipos de deformidade das mamas, translocação do complexo areolopapilar (CAP), dimensões dos retalhos, tempo cirúrgico, tempo de permanência do dreno e incidência de complicações. RESULTADOS: A média de idade das pacientes foi de 41,21 + 7,67 anos e o índice de massa corporal médio foi de 29,30 + 2,77. O tempo de seguimento das pacientes variou de 3 meses a 18 meses, com média de 8 meses. Dentre as 14 pacientes operadas, 4 (28,6%) apresentavam deformidade grau 3 e 10 (71,4%), grau 2. A média de translocação do CAP foi de 6,38 cm. As dimensões médias do retalho foram de 25,21 cm x 6,92 cm. O tempo cirúrgico médio foi de 188,57 minutos. Os drenos permaneceram, em média, por 6,21 dias. Foram observadas as seguintes complicações: epiteliose de CAP, deiscência na junção do T, hematoma pequeno e linfedema toracolateral. CONCLUSÕES: A mastopexia com suspensão dérmica, remodelação do parênquima e aumento com tecido autólogo é uma técnica reprodutível, rápida e com baixo índice de complicações.

Ano

2012

Creators

Okada,Alberto Saito,Fabio Lopes Hiraki,Patricia Yuko Orpheu,Simone Nakamoto,Hugo Gemperli,Rolf Ferreira,Marcus Castro

Implantes complementares na reconstrução mamária

INTRODUÇÃO: A depressão na parede anterior da axila pós-mastectomia gera insatisfação das pacientes ao vestirem roupas mais decotadas; além disso, pode haver dificuldade na elevação do braço quando há aderências e retrações nessa região. Nessas pacientes, utilizamos implantes complementares, que reconstituem a anatomia local de forma satisfatória, oferecendo benefícios funcionais ao remover bridas cicatriciais. Esses implantes estão disponíveis em variados tamanhos e volumes, podendo ser empregada mais de uma prótese no mesmo local, se necessário. O objetivo deste estudo é demonstrar a experiência da Disciplina de Cirurgia Plástica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, RJ, Brasil) com o emprego de implantes complementares na reconstrução mamária pós-mastectomia, buscando melhorar os aspectos estético e funcional da região axilar. MÉTODO: A inclusão de implantes de silicone complementares para reconstrução mamária pós-mastectomia foi realizada em 6 pacientes do sexo feminino, com idade entre 34 anos e 75 anos. O volume dos implantes variou de 20 ml a 120 ml. Largura, comprimento e profundidade da área da axila a ser preenchida foram mensurados, para definir volume, dimensões e número de implantes que seriam utilizados. A via de acesso utilizada para inserção dos implantes foi a cicatriz da reconstrução mamária. RESULTADOS: O seguimento pós-operatório variou de 6 meses a 8 anos, não sendo observada contratura capsular em nenhum caso. Todas as pacientes referiram melhora funcional na movimentação do braço, bem como satisfação com o resultado estético pela possibilidade de uso de roupas mais decotadas. CONCLUSÕES: A inclusão de implantes de silicone de formato semilunar no refinamento da reconstrução mamária é um método simples e de fácil realização, com resultados bastante previsíveis, necessitando apenas de uma cirurgia. Os implantes podem ser substituídos, aumentados ou removidos, se necessário.

Ano

2012

Creators

Tavares Filho,João Medeiros Belerique,Manoel Franco,Diogo Arbex,Guilherme Arnaut Junior,Marcio Franco,Talita

Mastopexia associada a implante de silicone submuscular ou subglandular: sistematização das escolhas e dificuldades

INTRODUÇÃO: Ao longo dos tempos tem sido reportado o papel fundamental das mamas na feminilidade. Na mamoplastia de aumento deve-se buscar preservar a funcionalidade do órgão. As indicações do melhor plano tecidual de cobertura e a associação com a mastopexia podem tornar-se um grande desafio. O objetivo deste trabalho é avaliar uma série de casos de mastopexia associada a implantes. MÉTODO: Estudo descritivo retrospectivo de pacientes submetidas a mamoplastia de aumento e mastopexia no Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Daher Lago Sul (Brasília, DF, Brasil). No período de julho de 2008 a julho de 2011, 243 pacientes foram operadas, com média de idade de 31,4 anos, sendo 149 operadas pela técnica subglandular e 94, pela submuscular. Os volumes dos implantes variaram de 150 ml a 400 ml. RESULTADOS: Houve 174 casos de procedimentos combinados. Quatro pacientes submetidas à técnica subglandular desenvolveram contratura capsular (grau II). Foram observados 7 casos de pseudoptose pela técnica submuscular e 14 de ptose mamária pela técnica subglandular. Oito pacientes apresentaram mobilidade do implante pela ação do músculo. A taxa de reoperação total foi de 6,58%. CONCLUSÕES: O tratamento da ptose mamária associado a mamoplastia de aumento exige combinações técnicas complexas e cuidadosa análise pré-operatória, para definição das melhores técnicas a serem utilizadas, diminuindo a necessidade de revisões cirúrgicas e permitindo a obtenção de resultados harmônicos, duradouros e estáveis.

Ano

2012

Creators

Daher,José Carlos Amaral,Jefferson Di Lamartini Galdino do Pedroso,Diogo Borges Cintra Júnior,Ricardo Borgatto,Marina de Souza

Lipoabdominoplastia no tratamento estético do abdome: experiência de 5 anos

INTRODUÇÃO: Na abdominoplastia, busca-se reduzir a flacidez e o excesso cutâneo-adiposo, melhorando curvas, cintura e relevo do abdome. Na busca por resultados estéticos mais satisfatórios, técnicas operatórias são associadas, como a lipoaspiração, na tentativa de atingir esses resultados. Este estudo teve por objetivo demonstrar a técnica cirúrgica de lipoabdominoplastia adotada pelo autor sênior ao longo de cinco anos e avaliar resultados e complicações em pacientes com indicação de abdominoplastia clássica. MÉTODO: Foi realizado estudo retrospectivo, por meio da revisão de prontuários, de um grupo de 162 pacientes submetidas a lipoabdominoplastia associada ou não a outros procedimentos, no período de maio de 2006 a maio de 2011, no Núcleo Hermínio Amorim - Cirurgia Plástica e Tratamentos Estéticos (Lavras, SP, Brasil). A idade das pacientes variou entre 33 anos e 62 anos. RESULTADOS: Em todos os casos foi observada redução significativa do tecido cutâneo-adiposo, com expressiva diminuição da flacidez abdominal e melhora do contorno corporal. A incidência de complicações pós-operatórias, como necroses, irregularidades do tecido adiposo infraumbilical, seromas, hematomas, epidermólises e deiscências, encontrada neste estudo é baixa e está de acordo com a literatura. CONCLUSÕES: A técnica de lipoabdominoplastia é um procedimento seguro, com baixo índice de complicações, desde que respeitados os critérios de segurança, que permite a obtenção de retalho bem vascularizado, com preservação das artérias perfurantes. A associação da técnica de lipoaspiração realizada no abdome e no contorno corporal é considerada segura e essencial na busca por melhor harmonia corporal, por melhores resultados estéticos e, consequentemente, por maior satisfação do paciente.

Ano

2012

Creators

Amorim Filho,Hermínio da Cunha Amorim,Camila Camargos Bizzotto

Retalho sural de fluxo reverso: 10 anos de experiência clínica e modificações

INTRODUÇÃO: O retalho sural de fluxo reverso tem se destacado como importante opção para reconstrução da região distal de pernas e pés. Alguns erros, porém, são comuns na fase de aprendizagem de emprego desse retalho. O objetivo deste estudo é analisar 10 anos de experiência com o emprego do retalho, comparando os primeiros 5 anos aos 5 anos subsequentes, buscando identificar se as alterações técnicas introduzidas contribuíram para obtenção de melhores resultados. Este estudo busca, ainda, alertar para os principais cuidados que os cirurgiões que estão em fase de aprendizagem da técnica devem tomar. MÉTODO: Foram estudados os resultados obtidos em 61 retalhos surais de fluxo reverso realizados no período de janeiro de 2002 a dezembro de 2011. Os pacientes foram alocados em dois grupos: grupo 1, constituído por pacientes operados de janeiro de 2002 a dezembro de 2006; e grupo 2, pacientes operados de janeiro de 2007 a dezembro de 2011. No grupo 2, foram realizadas alterações nos retalhos fasciocutâneos, como dissecção de uma borda fasciossubcutânea excedendo a porção cutânea do retalho e preservação de uma faixa de pele sobre o pedículo. RESULTADOS: No grupo 1, a incidência de necrose parcial foi de 18,5% e de necrose total, de 3,7%; no grupo 2, houve 8,8% de necrose parcial e nenhum caso de necrose total. CONCLUSÕES: O retalho sural de fluxo reverso é uma boa opção para o tratamento da região distal de pernas e pé. A experiência com a técnica e os cuidados implementados sugerem obtenção de melhores resultados.

Uso de retalhos microcirúrgicos em pacientes queimados: revisão da literatura

Pacientes com queimaduras graves, em casos de acometimento articular e de exposição de estruturas nobres, necessitam de cobertura local o mais breve possível. Em ambas as situações referidas, faz-se necessária a realização de procedimentos que proporcionem cobertura adequada de tais tecidos e estruturas. Retalhos locais são a primeira escolha, em decorrência da simplicidade de sua confecção e da boa cobertura propiciada por eles. Entretanto, no universo dos pacientes queimados, as áreas contíguas à área lesionada geralmente apresentam-se queimadas ou com tecidos de baixa qualidade, em decorrência de alterações locais, principalmente na circulação. Quando não é possível o emprego de retalhos locais, utilizam-se retalhos à distância e/ou microcirúrgicos. Entretanto, retalhos à distância geralmente necessitam de reconstruções em tempos diversos e, em alguns casos, imobilização prolongada no leito. Com a introdução da técnica microcirúrgica para reparo de grandes perdas de substância em tempo único, há mais de três décadas, em nosso meio, o transplante de tecido passou a ser uma realidade no arsenal técnico do cirurgião para reparo dessas graves sequelas, proporcionando resultados funcionais e estéticos mais aceitáveis, associado ou não a outros métodos consagrados, como expansão tecidual ou enxertia cutânea. Neste trabalho, são discutidos os aspectos relativos a esse arsenal terapêutico, suas indicações e contraindicações, e os aspectos técnicos relativos a cada região.

Ano

2012

Creators

Coutinho,Bruno Barros de Azevedo Balbuena,Marina Buainain Silva,Tatyanne Ferreira da Saad,Fábio Tacla Almeida,Kleder Gomes de Almeida,Paulete Yuri Nukariya Gomes de

A Cirurgia Plástica brasileira e o Código de Ética Médica

Os cirurgiões plásticos devem conhecer o Código de Ética Médica que rege sua conduta profissional, pois cresce o número de processos contra esses especialistas. Este estudo é uma revisão do Código de Ética Médica vigente no Brasil, que monitora (controla, normatiza e/ou define) a atividade profissional, associando-o a exemplos da prática cotidiana. As fontes estudadas foram: Código de Ética Médica, PubMed, SciELO, LILACS, Google Acadêmico e Jornal do Cremesp. Foram estudados todos os artigos pertinentes à legislação que diz respeito à prática médica, sendo apresentados exemplos de cada situação. O cirurgião plástico deve estar consciente de seus deveres e obrigações, fundamentados no Código de Ética da especialidade, para evitar problemas jurídicos. Deve, ainda, aprimorar seu atendimento, detectando alterações psiquiátricas e pacientes mal-intencionados.

Ano

2012

Creators

Silva,Dione Batista Vila-Nova da Nahas,Fabio Xerfan Bussolaro,Rodolpho Alberto Ferreira,Lydia Masako

Modelo prático para treinamento de anastomose microvascular

A técnica de anastomose microcirúrgica é desafiadora e requer treinamento extenso, dedicação e tempo. Os autores descrevem um modelo de treinamento acessível, prático e fácil, que utiliza retalho abdominal proveniente de abdominoplastias. O calibre dos vasos epigástricos superficiais encontrados nos retalhos abdominais excisados variou de 1,2 mm a 2 mm, dependendo do índice de massa corporal da paciente no pré-operatório. Esse retalho permitiu o treinamento de anastomoses microcirúrgicas em vasos de diferentes calibres. Esses vasos permaneciam com pequena quantidade de sangue em seu lúmen, o que permitia testar a qualidade e a patência das anastomoses. Esse modelo de treinamento em vasos abdominais humanos, quando comparado aos modelos animais ou inanimados, permite transição mais rápida e real aos pacientes. A prática de dissecção e de anastomoses terminoterminais e terminolaterais de uma maneira efetiva e prática aperfeiçoa a destreza cirúrgica.

Ano

2012

Creators

Fraga,Murillo Francisco Pires Perin,Luis Fernando Green,Alexandra Conde Zacarias,Rafael Faes,José Carlos Tenório,Thiago Helene Jr,Américo

Abdominoplastia reversa estendida

A abdominoplastia reversa estendida é um procedimento que amplia a abdominoplastia reversa, publicada pela primeira vez em 1972. A técnica original é seletiva para a ressecção dos excessos cutâneos localizados no epigástrio, que determina uma única linha cicatricial contínua ao longo do sulco inframamário, cruzando a região esternal. Ainda na técnica original, os excessos cutâneos no hipogástrio são ressecados mediante abdominoplastia tipo transversal pubiana baixa. Essa segunda manobra determina duas cicatrizes transversais, sem mobilização do umbigo. A abdominoplastia reversa estendida tem o propósito de determinar melhoria estética de toda a parede anterior do abdome, mediante ampla dissecção, que atinge o púbis, com mobilização do pedículo do umbigo. O procedimento foi utilizado em uma paciente jovem, pós-cirurgia bariátrica, apresentando flacidez associada a depósitos adiposos, com uma cicatriz vertical na linha média do epigástrio. A ampla dissecção do retalho cutâneo do abdome, com mobilização e reimplante do umbigo, determinou melhoria estética de toda a parede abdominal anterior, com uma única cicatriz transversal ao longo do sulco inframamário e eliminação da cicatriz da cirurgia bariátrica prévia. O ato operatório foi combinado com mastopexia e lipoaspiração do abdome.

Ano

2012

Creators

Yacoub,Cecin Daoud Baroudi,Ricardo Yacoub,Mariane Bernardes