Repositório RCAAP

Laserlipólise com diodo 980 nm: experiência com 400 casos

INTRODUÇÃO: A técnica de lipoaspiração recebeu várias contribuições desde sua primeira descrição, como modificações nas cânulas, variação na concentração da solução de infiltração e uso de aparelhos com tecnologias variadas. A utilização de aparelhos com tecnologia laser vem contribuir com o procedimento por meio da lipólise e com o estímulo de retração cutânea. Neste artigo é apresentada a experiência dos autores com a laserlipólise em 400 pacientes, no intervalo de 5 anos, sendo discutidos aspectos dos princípios da tecnologia e sua ação sobre os tecidos. MÉTODO: Estudo realizado entre julho de 2007 e julho de 2012, que incluiu 400 pacientes submetidos a procedimento de laserlipólise. Os procedimentos foram realizados seguindo protocolo original, com infiltração de soro gelado, passagem da cânula com fibra óptica para a condução da energia laser visando à laserlipólise, retração cutânea e, por último, lipoaspiração convencional. RESULTADOS: O período de internação variou de cirurgia em regime ambulatorial a pernoite. Cerca de 45% (180/400 pacientes) dos pacientes evoluíram com equimoses mínimas, com acometimento de 2% ou mais da superfície corporal comprometida. Os casos de hematoma, seroma e deiscência totalizaram 9% (36/400 pacientes). Em nenhum caso foi constatada queimadura por lesão térmica na pele. CONCLUSÕES: O procedimento de laserlipólise realizado com a técnica descrita demonstrou segurança e reprodutibilidade.

Ano

2013

Creators

Dornelles,Rodrigo de Faria Valle Silva,Adriano de Lima e Missel,Juarez Centurión,Patrício

Sindactilia pós-queimadura da mão

INTRODUÇÃO: A sindactilia por queimadura é uma sequela grave e incapacitante, e limita a função preensora da mão. Na maioria dos casos, é decorrente de má orientação cicatricial na fase aguda da queimadura. O objetivo deste artigo é descrever sistematização técnica adotada em nossa instituição, estabelecendo parâmetros de normalidade a serem buscados e técnicas cirúrgicas que auxiliem no tratamento. MÉTODO: No período de janeiro de 2009 a dezembro de 2012, 150 pacientes portadores de sindactilia decorrente de queimadura da mão foram submetidos a cirurgia reparadora. Em todos os pacientes, foram adotadas 4 etapas cirúrgicas: confecção do retalho dorsal; liberação da sindactilia; migração e sutura do retalho dorsal para sua nova posição interdigital; enxertia dos gaps com pele total, preenchendo os espaços remanescentes. RESULTADOS: Em 100% dos casos houve total sobrevivência dos retalhos, com perda parcial de enxerto em 20 pacientes e nenhum caso de infecção local. Em todos os pacientes dessa série foi observada recuperação da função da mão, com capacidade de preensão e de abdução digital restauradas. CONCLUSÕES: A sindactilia pós-queimadura é uma deformidade extremamente limitante ao paciente. O emprego de técnicas básicas de retalhos e enxertos proporcionou sucesso no tratamento, com restauração da função da mão, comprometida pela lesão.

Ano

2013

Creators

Ribeiro,Luiz Mário Bonfatti Morais,Vicente Scopel de Fachinelli,Flávio Amoretti

Uso da ferramenta Pressure Ulcer Scale for Healing para avaliar a cicatrização de úlcera crônica de perna

INTRODUÇÃO: O objetivo deste estudo é descrever a evolução da cicatrização de úlcera crônica de perna, utilizando o instrumento Pressure Ulcer Scale for Healing (PUSH). MÉTODO: Os dados foram coletados no período de julho de 2010 a maio de 2011. A inclusão dos pacientes no estudo obedeceu à ordem de chegada. A lesão foi avaliada semanalmente, sendo aplicada a escala PUSH. RESULTADOS: Foram incluídos no estudo 15 (30%) pacientes diabéticos com pé ulcerado e 35 (70%) pacientes com úlcera venosa. No início da coleta dos dados, a média do comprimento e da largura foi de 9,26, caracterizando que a lesão mensurava de 12,1 cm² a 24 cm². Com 9 meses de tratamento, a úlcera apresentou média de comprimento e de largura de 2,04, caracterizando que a lesão mensurava de 0,3 cm² a 0,6 cm². Com relação à quantidade do exsudato, no início da coleta de dados a média foi de 1,71, caracterizando que a lesão apresentava quantidade moderada e, 9 meses após o início do tratamento, houve redução do exsudato, com média de 0,14, significando ausência de exsudato. Aos 9 meses de tratamento, 19 (38%) pacientes apresentavam úlcera fechada; 17 (34%), úlceras com tecido de granulação; e 14 (28%), tecido epitelizado. CONCLUSÕES: O instrumento PUSH possibilitou acompanhar o processo de cicatrização da lesão por meio da avaliação de comprimento versus largura, quantidade do exsudato e tipo de tecido existente na ferida, favorecendo, assim, a escolha da cobertura ideal para cada fase da cicatrização.

Ano

2013

Creators

Espírito Santo,Patrícia Ferreira do Almeida,Sérgio Aguinaldo de Silveira,Maiko Moura Salomé,Geraldo Magela Ferreira,Lydia Masako

Avaliação da qualidade de vida em pacientes com diabetes mellitus e pé ulcerado

INTRODUÇÃO: O pé diabético é uma das mais devastadoras complicações crônicas do diabetes mellitus, em função do grande número de casos que evoluem para amputação. O objetivo deste estudo é avaliar a qualidade de vida de pessoas diabéticas com pé ulcerado comparativamente às pessoas diabéticas sem úlceras. MÉTODO: Realizado estudo analítico, transversal, controlado e comparativo, com pacientes atendidos em 2 centros de tratamento de feridas de São Paulo. Foram selecionadas 50 pessoas para compor o grupo controle, com diabetes mellitus sem pé ulcerado, e 50 para o grupo estudo, composto de pacientes diabéticos com pé ulcerado. O instrumento usado para avaliar a qualidade de vida foi o questionário Short Form-36 Health Survey (SF-36). A inclusão dos pacientes no estudo obedeceu à ordem de chegada. RESULTADOS: Na avaliação dos pacientes do grupo controle, o escore médio do SF-36 foi 69,38 ± 21,90 e do grupo estudo, 30,34 ± 14,45 (P < 0,001). A média dos escores em todos os domínios do SF-36 do grupo estudo foi mais baixa em relação ao grupo controle (P < 0,001). CONCLUSÕES: Os pacientes diabéticos com pé ulcerado apresentam alterações na qualidade de vida, repercutindo nos domínios físico, social e psicoemocional.

Ano

2013

Creators

Almeida,Sérgio Aguinaldo de Silveira,Maiko Moura Espírito Santo,Patrícia Ferreira do Pereira,Rita de Cássia Salomé,Geraldo Magela

Uso da estereofotogrametria nas deformidades craniofaciais: revisão sistemática

O desenvolvimento de modelos tridimensionais digitais da face foi uma das formas de contornar as limitações dos métodos tradicionais de avaliação de tecidos moles. Para tanto, o método com maior aplicabilidade clínica atualmente é a estereofotogrametria digital. Esta revisão sistemática objetiva abordar o uso dessa técnica em anormalidades craniofaciais, com foco em sua aplicação prática. Foram realizadas buscas sobre o tema nas bases de dados Medline, Cochrane Library, LILACS e SciELO. A partir de critérios de inclusão preestabelecidos, 19 artigos foram selecionados. Extraíram-se dados sobre: sistemas utilizados, ano de publicação, doenças abordadas, pontos de referência usados para cada doença, vantagens e desvantagens da estereofotogrametria por sistema utilizado e qualidade dos artigos. O sistema 3dMD® foi o equipamento empregado em 11 artigos. O ano de publicação mais frequente foi 2010, com 6 trabalhos. Doze estudos abordaram fissuras labiopalatinas e 17 trabalhos utilizaram pontos de referência antropométricos. O caráter não-invasivo, a rápida aquisição de imagens e a acurácia foram as vantagens referidas em 70% dos artigos que aplicaram o sistema 3dMD®. A desvantagem desse mesmo equipamento apontada com maior frequência foi o alto custo. Doze artigos possuíam bom nível de evidência científica. A estereofotogrametria digital é uma tecnologia capaz de aperfeiçoar o modo de avaliação dos tratamentos e quantificação das deformidades craniofaciais. Entretanto, há necessidade de realização de mais estudos com acompanhamento a longo prazo e associação de maior variedade de sistemas.

Ano

2013

Creators

Ladeira,Pedro Ribeiro Soares de Bastos,Endrigo Oliveira Vanini,Jaqueline Vaz Alonso,Nivaldo

Megassessões de unidades foliculares e fatores de crescimento plaquetário

Queda de cabelo, seja parcial ou completa, é causa de preocupação significativa para homens e mulheres, que a veem como um sinal inestético e visível de envelhecimento. Avanços e refinamentos das técnicas culminaram na introdução de megassessões de microenxertos e minienxertos. Essa técnica se tornou amplamente aceita como um procedimento simples e seguro, que recria as linhas randômicas naturais do cabelo. Os folículos pilosos foram retirados da área cervical posterior, onde 500 a 1.500 unidades foliculares podem ser obtidas. A área calva foi implantada através de incisões de lâmina nº 11. Após o procedimento, gaze umedecida em solução salina foi aplicada sobre a área implantada por 24 horas. Os pontos foram removidos no 7º dia de pós-operatório. O resultado final foi obtido 8 meses a 12 meses após o procedimento, em homens, e 12 meses a 14 meses, em mulheres. Nos pacientes em que um segundo procedimento foi necessário, este foi realizado 1 ano após o transplante inicial. A qualidade e a força do cabelo transplantado permanecem em alguns pacientes por tempo indeterminado, em decorrência de características particulares, como alta qualidade histológica da área doadora, hereditariedade, hormônios e envelhecimento. A cirurgia de transplante capilar demonstra que o uso de fatores de crescimento plaquetário autólogo pode melhorar a densidade capilar. Esse processo oferece uma nova perspectiva ao transplante capilar, representando uma contribuição importante para a cirurgia de implante com megassessões de unidades foliculares.

Ano

2013

Creators

Uebel,Carlos Oscar Martins,Pedro Djacir Escobar Silveira,Jorge Augusto Moojen da Gazzalle,Anajara

Polipose palpebral por hidrocistoma écrino

Os hidrocistomas écrinos são lesões raras, císticas e benignas, que resultam em deformidades nas regiões palpebrais bilateralmente. Vários tratamentos são citados na literatura, porém nenhum deles é considerado padrão de referência. Deve-se somar as impressões obtidas à avaliação clínica e aos recursos disponíveis. Paciente de 73 anos, feminino, apresentando tumorações em regiões palpebrais bilaterais, de crescimento lento, com obstrução parcial do campo de visão e ectrópio. Foi submetida a dois procedimentos cirúrgicos para ressecção, em 2007 e em 2008. Apresentou melhora significativa do contorno palpebral bilateral, com boa simetria entre as regiões. O exame histopatológico concluiu: hidrocistoma écrino. O tratamento cirúrgico para a polipose palpebral bilateral relacionada ao hidrocistoma écrino mostrou-se uma modalidade que pode apresentar bons resultados estéticos e funcionais, sendo reprodutível, e sem causar maiores morbidades pós-operatórias ao paciente.

Ano

2013

Creators

Feijó,Mario Jorge Frassy Sant'Ana,Hermes Willer Olinda Dias,Francisco Odílio de Melo e Salgado Filho,Ivo Viera Barros,Alexandre Câmara Alencar

Reconstrução do lábio inferior pela técnica de Karapandzic

Lesões labiais extensas sempre representaram um desafio para a cirurgia plástica. Não existe técnica ideal para reconstrução labial. Neste artigo são relatados os casos de 2 pacientes que apresentavam grandes defeitos no lábio inferior, acometendo 80% e 60% da superfície dessa estrutura, após traumatismo lacerocontuso e ressecção de tumor epidermoide, respectivamente. Esses pacientes foram submetidos a reconstrução labial pela técnica de Karapandzic¹, descrita em 1974. No primeiro caso, o resultado foi considerado desfavorável, em decorrência da presença de deiscência. No segundo caso, foi obtido bom resultado estético e funcional, sem sofrimento dos retalhos ou hematomas. A técnica de Karapandzic constitui uma opção de fácil execução e reprodutível, apresentando bons resultados estéticos e funcionais.

Ano

2013

Creators

Azevedo,Daniel Melo de Nagassaki,Elisa Carvalho,Alexandre Sanfurgo de Lafayette,Kepler Alessandro Secco Cação,Eugênio Gonzalez Inforzato,Heraldo Carlos Borges Saldanha,Osvaldo Ribeiro Pinto,Ewaldo Bolívar de Souza

Sarcoma pleomórfico em úlcera de Marjolin

Úlcera de Marjolin é uma transformação maligna em tecido cutâneo cronicamente inflamado ou traumatizado, que ocorre especialmente após queimaduras. O carcinoma de células escamosas é o tipo histológico mais encontrado nas úlceras de Marjolin, seguido de carcinoma basocelular e melanoma maligno. Sarcomas em úlcera de Marjolin são raros, correspondendo a aproximadamente 5% dessas degenerações malignas. Neste artigo é descrito o caso de paciente do sexo feminino, vítima de queimadura há 42 anos, com grande ulceração em dorso. A biópsia dessa ulceração evidenciou sarcoma pleomórfico de alto grau em úlcera de Marjolin. A paciente foi submetida a ressecção da ulceração e enxerto de pele no local, seguidos de radioterapia e quimioterapia adjuvantes. Em 3 anos de seguimento, a paciente não apresentou recidiva da neoplasia. Úlceras de Marjolin são neoplasias malignas de comportamento agressivo, com alto índice de metástases regionais. A importância de seu entendimento está na necessidade de prevenção das mesmas, com o tratamento adequado dos pacientes queimados, evitando-se a cicatrização por segunda intenção. Sarcomas em úlcera de Marjolin são considerados raros, com poucos casos relatados na literatura, o que demonstra a importância deste relato.

Ano

2013

Creators

Ritz Filho,Gerson de Mattos Martins,Maria Roberta Cardoso

Reabilitação na paralisia parcial do plexo braquial

Muitas transferências musculares têm sido defendidas para restaurar os movimentos do membro superior após paralisia grave do plexo braquial. A paralisia dos músculos deltoide e supraespinal pode ser tratada por meio de transferência do músculo trapézio. A paralisia dos músculos extensores de punho, mão e dedos, quando o nervo mediano está preservado, pode ser corrigida com emprego dos músculos pronador redondo, flexor ulnar do carpo e palmar longo. Os autores descrevem um caso de reabilitação de paciente portador de lesão parcial antiga do plexo braquial à direita, de predomínio em tronco superior, principalmente da raiz de C6 e de fascículo posterior. Foi evidenciada fraqueza dos músculos deltoide e extensores do punho e dos dedos, sem antecedentes de reparo microcirúrgico do plexo braquial. Foi realizada, inicialmente, cirurgia de transferência tendínea para ganho de extensão de punho, mão e dedos e, após um ano, transferência do músculo trapézio, para estabilização do ombro. O sucesso na transferência para tratamento de paralisia do plexo braquial requereu especialização do cirurgião, motivação do paciente e programa de reabilitação.

Ano

2013

Creators

Batista,Kátia Torres Araújo,Hugo José de

Existe efeito protetor da oxigenação hiperbárica em retalhos cutâneos randômicos?: um estudo imuno-histoquímico de apoptose celular e fator de crescimento vascular endotelial

INTRODUÇÃO: A oxigenação hiperbárica (OHB) tem por objetivo aumentar em pelo menos 10 vezes a pressão tecidual de oxigênio, diminuindo os efeitos deletérios da isquemia. O objetivo deste estudo é investigar o papel da oxigenação hiperbárica na expressão imuno-histoquímica da caspase 3 e do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) em retalhos randômicos em ratos. MÉTODO: Trinta e dois ratos Wistar machos foram divididos aleatoriamente em quatro grupos: grupo sham (GS), grupo N-acetilcisteína (GNAC), grupo OHB (GOHB) e grupo OHB + N-acetilcisteína (GHN). Um retalho de pele retangular (2 cm x 8 cm) foi dissecado a partir da camada muscular dorsal, preservando um pedículo cranial. Uma lâmina de polietileno foi colocada sobre a camada muscular e fixou-se o retalho no local original. No 8º dia, foram coletadas biópsias (2 cm x 1 cm) de espessura total das áreas proximal, média e cranial e de um local fora do retalho, que serviu como área de controle. RESULTADOS: A expressão de VEGF nas camadas da pele e nos vasos não apresentou diferenças significativas entre os grupos. As células apoptóticas estavam significativamente aumentadas na área central do retalho em todos os grupos. O maior aumento ocorreu nos grupos GS e GNAC. A OHB diminuiu significativamente o número de células caspase 3 positivas nas camadas da pele e nos vasos das três áreas. CONCLUSÕES: A OHB foi associada a expressão reduzida de apoptose. A expressão de VEGF em camadas da pele e vasos não demonstrou diferença significativa. Os resultados sugerem que a difusão do oxigênio através do espaço intersticial foi o fator determinante para os resultados mais favoráveis da OHB na diminuição da expressão de apoptose.

Ano

2013

Creators

Rocha,Fernando Passos da Fagundes,Djalma José Pires,Jefferson André Rocha,Fernanda Salim Testa da

Bases anatômicas para utilização do músculo fibular terceiro em retalhos miocutâneos

INTRODUÇÃO: A utilização de retalhos miocutâneos é cada dia mais frequente nas cirurgias plásticas reconstrutoras de membros inferiores, tornando-se essencial a utilização de músculos que denotem menor prejuízo tanto funcional como estético. Foram estudados a frequência e os aspectos anatômicos do músculo fibular terceiro, com o intuito de avaliar, sob esses aspectos, a possibilidade de seu uso nesses procedimentos. MÉTODO: Foram dissecados 64 membros inferiores de cadáveres fixados e verificadas as seguintes características: inserção proximal, inserção distal, sintopia, morfologia e morfometria. RESULTADOS: A presença do músculo foi constatada em 96,9% dos casos, sendo analisados os aspectos supracitados. A inserção proximal mais frequente (96,8%) ocorreu na membrana interóssea, na margem anterior da fíbula, e no septo intermuscular anterior. A inserção distal mais comum (77,4%) foi nas faces dorsal e lateral do 5º metatarsiano. O valor médio do comprimento e da largura do ventre muscular foi, respectivamente, de 17,89 cm e 1,95 cm, enquanto a média do comprimento do tendão distal livre de fibras musculares foi de 1,2 cm e a largura média do tendão distal, de 0,45 cm. CONCLUSÕES: O músculo fibular terceiro é frequente, de morfologia distinta, que, sob aspectos morfométricos, se constitui em opção viável para um estudo mais específico de seu uso no reparo de defeitos no segmento distal do membro inferior.

Ano

2013

Creators

Gusmão,Luiz Carlos Buarque de Lima,Jacqueline Silva Brito Duarte,Felipe Henning Gaia Souto,Anderson Gonçalves de Farias Couto,Bruno de Melo Veloso

Carcinoma de células de Merkel: apresentação clínica, fatores prognósticos, tratamento e sobrevida de 32 pacientes

INTRODUÇÃO: O carcinoma de células de Merkel é uma rara neoplasia cutânea primária neuroendócrina agressiva. O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes acometidos com carcinoma de células de Merkel, as características clínicas da neoplasia, o tempo até o início do tratamento, a sobrevida e as causas de morte. MÉTODO: Foram avaliados, retrospectivamente, 32 pacientes portadores de carcinoma de células de Merkel. A história clínica e o estadiamento dos pacientes foram correlacionados em 1 ano e 2 anos de sobrevida. RESULTADOS: A maioria dos pacientes (69%) era do sexo feminino, com média de idade de 72 anos e 93% de pele clara. A localização mais acometida era cabeça e pescoço, seguida de tronco e membros. Outras neoplasias foram encontradas em 6 pacientes. O tempo médio entre o surgimento dos sinais/sintomas e o tratamento especializado foi de 12,2 meses, com acometimento de linfonodos regionais em 13 (40%) pacientes e metástases à distância em 4 (12%). Após o tratamento especializado, observou-se sobrevida em 1 ano de 53% e em 2 anos, de 47%. Tumor < 2 cm foi indicativo de melhor prognóstico. CONCLUSÕES: O diagnóstico tardio contribuiu para a alta taxa de letalidade da doença, em decorrência da rápida progressão local e à distância.

Ano

2013

Creators

Carneiro,Coracy Sbalchiero,Juliano Carlos Caiado Neto,Brasil Ramos Graziosi,Guilherme Bracco Dumaresq,Flávio de Paiva

Síndrome de Romberg: uma série de casos

INTRODUÇÃO: A síndrome de Romberg é uma moléstia descrita há mais de um século e, nesse período, recebeu várias denominações. É caracterizada por lenta e progressiva atrofia dos tecidos de uma hemiface, podendo acometer todos os tecidos e apresentar, também, manifestações neurológicas e oculares. O objetivo deste estudo é relatar série de casos de pacientes com atrofia hemifacial progressiva, abordando as opções terapêuticas individualizadas para cada caso. MÉTODO: Foi realizado estudo retrospectivo, descritivo e analítico de pacientes atendidos nos ambulatórios de Cirurgia Plástica no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná e no Centro de Atendimento Integral ao Fissurado Lábio Palatal (CAIF), em Curitiba, PR, Brasil. RESULTADOS: Foram analisados 13 pacientes, sendo 10 (76,9%) do sexo feminino e 3 (23,1%) do sexo masculino. A idade de início dos sintomas variou de 2 anos a 15 anos. A primeira consulta ocorreu, em média, aos 11,7 anos. A hemiface mais frequentemente afetada foi a esquerda. Sete (53,8%) pacientes foram submetidos a cirurgia. CONCLUSÕES: A síndrome de Romberg é uma entidade rara, devastadora na aparência facial, que tem sido muito estudada. Apesar dos grandes avanços da medicina, a definição de sua etiologia e um tratamento direcionado a sua causa ainda são apenas um desejo.

Ano

2013

Creators

Nasser,Isis Juliane Guarezi Balbinot,Priscilla Ascenço,Adriana Sayuri Kurogi Maluf Junior,Ivan Berri,Dirlene Taysa Lopes,Marlon Câmara Bigolin,Patrícia Itikawa,Willian Freitas,Renato da Silva

Avaliação de déficit neurossensorial em pacientes com síndromes craniofaciais submetidos a avanço horizontal do mento

INTRODUÇÃO: Embora os distúrbios neurossensoriais após genioplastias tenham sido avaliados em diferentes estudos, não existe uma padronização de como testar e classificar tais alterações. Por essa razão, a incidência de distúrbios neurossensoriais varia de 0 a 100%, dependendo da definição da lesão dos nervos, da sensibilidade do método diagnóstico e do período de seguimento. Portanto, o propósito deste estudo foi avaliar objetivamente o déficit neurossensorial permanente em pacientes submetidos a avanço horizontal do mento. MÉTODO: Foi realizado estudo retrospectivo de todos os pacientes submetidos a avanço horizontal do mento no Hospital SOBRAPAR, no período de 2009 a 2010. A avaliação neurossensorial objetiva do lábio inferior e do mento foi realizada com dois testes neurológicos (teste dos limiares de pressão de Semmes-Weinstein e teste de sensibilidade térmica). O déficit neurossensorial permanente foi definido como testes clínicos anormais com no mínimo 12 meses de pós-operatório. RESULTADOS: Foram avaliados 13 pacientes, sendo 8 deles portadores de síndromes craniofaciais. Houve predomínio de pacientes com os testes de sensibilidade tátil à pressão e térmica (quente e frio) normal (P < 0,05). A análise dos pacientes sindrômicos revelou que a maioria teve o teste de sensibilidade tátil à pressão normal (P < 0,003), não existindo diferenças no teste de sensibilidade térmica (P = 0,317). Não foram identificadas diferenças entre as regiões anatômicas com testes de sensibilidade anormais (P &gt; 0,05). CONCLUSÕES: A maioria dos pacientes apresenta sensibilidade tátil (pressão e temperatura) do lábio inferior e mento preservada 12 meses após terem sido submetidos a avanço horizontal do mento.

Ano

2013

Creators

Sarmento,Geyson Souza Denadai,Rafael Somensi,Renato Salazar Giancolli,André Pecci Junqueira Neto,José Garcia Buzzo,Celso Luiz Raposo-do-Amaral,Cesar Augusto Raposo-do-Amaral,Cassio Eduardo

Uso do retalho médio-frontal na reconstrução do nariz

INTRODUÇÃO: Seiscentos anos antes de Cristo, foi descrito o retalho médio-frontal pelo indiano Sushruta Samhita. Até hoje, esse retalho, chamado ''retalho indiano", é usado na reconstrução do nariz. O objetivo deste trabalho foi analisar os resultados da 38ª Enfermaria da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, Serviço do Professor Ivo Pitanguy, na reconstrução nasal com emprego de retalho médio-frontal. MÉTODO: Foi realizado estudo retrospectivo com 10 casos operados no serviço referido para reconstrução nasal com retalho indiano, no período de 21 anos (1991 a 2012). RESULTADOS: O número de subunidades nasais atingidas variou de 4 a 9, com média de 6,5 subunidades. Em 70% dos pacientes foi realizada expansão prévia do retalho médio-frontal e em 90% foram utilizados enxertos cartilaginosos e/ou ósseos. Cinco pacientes apresentaram distorções pós-operatórias, que foram corrigidas por outras cirurgias. Nenhum caso de infecção pós-operatória, de necrose do retalho ou de extrusão de enxertos foi registrado. CONCLUSÕES: Este trabalho permitiu demonstrar que o retalho médio-frontal tem ainda importante papel na reconstrução nasal de grandes defeitos, com resultados satisfatórios, atribuídos a sua segurança vascular, à quantidade de pele que se obtém, e à semelhança de cor, textura e espessura cutâneas.

Ano

2013

Creators

Cintra,Henrique P. L. Bouchama,Ali Holanda,Thiago Jaimovich,Carlos Alberto Pitanguy,Ivo

Reconstrução nasal complexa: opções cirúrgicas numa série de casos

INTRODUÇÃO: As reconstruções nasais complexas têm alcançado alto nível de sofisticação, enfatizando-se a necessidade de substituir os tecidos nasais por outros similares. O objetivo deste estudo é descrever uma série de casos de pacientes submetidos a reconstrução nasal complexa secundária a ressecções oncológicas ou trauma. MÉTODO: Foi considerado defeito nasal complexo, e, consequentemente, sua reconstrução, aquele que acometia mucosa, suporte cartilaginoso e pele nasal, simultaneamente. O tipo de reconstrução foi definido de acordo com a localização e o tamanho do defeito, mas sempre incluiu reconstrução da mucosa, suporte cartilaginoso e pele nasal simultaneamente. RESULTADOS: Dez pacientes foram submetidos a reconstrução complexa do nariz, sendo 8 do sexo masculino, com média de idade de 53 anos. A reconstrução da mucosa foi feita com retalho septal condromucoso contralateral, mucoso ipsilateral ou retalho cutâneo malar em cambalhota. O suporte cartilaginoso foi realizado com enxerto de cartilagem septal e conchal e a cobertura cutânea, com retalho paramediano frontal. Não foi observado nenhum caso de hematoma, necrose ou infecção. Os pacientes que tiveram a reconstrução da mucosa realizada com retalhos mucosos referiam que respiravam normalmente, ao contrário dos pacientes submetidos a reconstrução com retalho dermogorduroso em cambalhota, que referiam obstrução ao fluxo aéreo. CONCLUSÕES: A reconstrução de defeitos nasais complexos se constitui num desafio para o cirurgião plástico. A substituição dos tecidos nasais por outros similares promove melhor resultado tanto estético como funcional possível e está associado a baixa incidência de complicações.

Ano

2013

Creators

Quintas,Rodrigo Campos Soares Araújo,Gerson Parisio Medeiros Junior,José Helder Gomes de Matos Quintas,Lóren Faae Feitosa Moreira Kitamura,Marco Antônio Pinto Cavalcanti,Ernando Luiz Ferraz Firme,Camila Maria Nascimento Glasner,Romero Antônio de Oliveira

Uso do ácido poli-L-láctico como restaurador de volume facial

INTRODUÇÃO: O ácido poli-L-láctico é usado na Europa, para fins cosméticos, desde 1999, e nos Estados Unidos, para tratamento de lipoatrofia pelo HIV, desde 2004. Este trabalho tem por objetivo apresentar nossa experiência com o emprego do ácido poli-L-láctico para uso cosmético, visando restaurar a perda de volume facial decorrente do processo de envelhecimento. MÉTODO: Doze pacientes foram submetidos ao tratamento no período de 2006 a 2012. O produto foi reconstituído em 5 ml de água destilada e, no momento da injeção, foram acrescentados 2 ml de lidocaína a 2% com adrenalina 1:200.000. O tratamento foi individualizado de acordo com o volume e o contorno faciais dos pacientes. Os resultados foram analisados por meio de fotografias pré e pós-procedimento, e de acordo com a percepção do médico e dos pacientes. RESULTADOS: Todos os pacientes mostraram-se satisfeitos com os resultados obtidos. Foram observados 4 casos de equimose no local da injeção, e 1 paciente apresentou nódulos na região periorbitária. CONCLUSÕES: O ácido poli-L-láctico pode ser utilizado como mais uma ferramenta para restaurar, corrigir e amenizar as deformidades faciais.

Ano

2013

Creators

Silva,Rosangela Maria Santini Ferreira da Cardoso,Gustavo Félix

Escolha do vaso receptor em reconstrução de mama microcirúrgica

INTRODUÇÃO: A transferência microvascular de tecido autógeno se tornou o padrão de referência para a reconstrução da mama. Como em qualquer reconstrução com tecido livre, a escolha do vaso receptor é fundamental para o planejamento adequado na reconstrução mamária. O objetivo do presente estudo é determinar quais dentre os vasos receptores disponíveis (a artéria mamária interna e seus vasos perfurantes ou os vasos circunflexos escapulares) são mais adequados para a reconstrução microvascular da mama. MÉTODO: Foi realizada análise retrospectiva de 117 pacientes consecutivas submetidas a reconstrução da mama microvascular, entre janeiro de 2005 e dezembro de 2007. Foi estabelecido um algoritmo que pode ser aplicado para a seleção do vaso receptor com base em alguns parâmetros, como dissecção axilar, tempo da reconstrução (imediata ou tardia) e presença de radioterapia pré-operatória. Foram avaliadas as complicações relacionadas ao retalho, a taxa de conversão e os resultados clínicos. RESULTADOS: A artéria mamária interna e seus vasos perfurantes e os vasos circunflexos escapulares são adequados para a reconstrução da mama, com taxas semelhantes de complicações e de viabilidade. Observou-se, também, maior risco de perda do retalho com o uso do retalho da artéria epigástrica inferior superficial em comparação ao retalho da artéria epigástrica inferior profunda ou retalho musculocutâneo abdominal transverso de músculo reto do abdome com preservação do músculo. CONCLUSÕES: A reconstrução mamária microcirúrgica é um método seguro e confiável, com alta viabilidade do retalho e baixas taxas de complicação.

Ano

2013

Creators

Ono,Maria Cecília Closs Groth,Anne Karoline Silva,Alfredo Benjamim Duarte da Maluf Junior,Ivan

Reconstrução do complexo areolopapilar com double opposing flap

INTRODUÇÃO: A reconstrução do complexo areolopapilar (CAP) é etapa fundamental na reconstituição mamária nos casos em que há amputação desse complexo durante a mastectomia. Uma técnica muito eficiente é a do double opposing flap, que possibilita reconstruir o CAP, propiciando diâmetro adequado, boa projeção e simetria em relação ao CAP contralateral, com a possibilidade de fechar a área doadora e com todas as cicatrizes contidas na topografia da nova aréola reconstruída. O objetivo deste estudo é demonstrar os resultados obtidos nas reconstruções do CAP com o double opposing flap nas reconstituições mamárias. MÉTODO: Estudo retrospectivo de 24 pacientes, nas quais foram reconstruídos 31 CAPs (17 unilaterais e 7 bilaterais) utilizando a técnica referida, entre julho de 2008 e junho de 2010. Os resultados foram avaliados objetiva e subjetivamente. RESULTADOS: Na análise subjetiva, o grau de satisfação das pacientes foi elevado no que concerne ao resultado cirúrgico final. Na análise objetiva, o diâmetro horizontal areolar e a projeção mamilar dos CAPs reconstruídos demonstraram-se matematicamente semelhantes, com valores de P apresentando significância estatística (P > 0,05). CONCLUSÕES: O double opposing flap é, na atualidade, uma excelente estratégia para reconstrução do CAP, com metodização que propicia curta curva de aprendizado, garantindo mamilos centralizados, simétricos e com resultados duradouros.

Ano

2013

Creators

Di Lamartine,Jefferson Cintra Junior,Ricardo Daher,José Carlos Cammarota,Marcela Caetano Galdino,Juldásio Pedroso,Diogo Borges Cintra,Rebecca Haje