Repositório RCAAP

Diferença entre hospitais privado e universitário na taxa de linfonodos de peça cirúrgica de câncer colorretal: o papel do patologista

Tem sido demonstrado que o número de linfonodos obtidos em peças cirúrgicas de câncer colorretal é fundamental para o adequado estadiamento da doença e, consequentemente, para a obtenção de melhores resultados oncológicos. A percepção de diferenças no número de linfonodos dissecados em peças cirúrgicas de câncer colorretal pelos mesmos cirurgiões em hospitais diferentes motivou este estudo. O objetivo do presente estudo foi avaliar se há diferença no número de linfonodos e em determinados parâmetros histopatológicos em peça cirúrgica de pacientes com câncer colorretal operados por dois cirurgiões que atuam tanto em hospital universitário, como em hospital privado. MÉTODO: Foram avaliados retrospectivamente 122 pacientes, obtendo-se dados relativos a tipo de instituição (universitária versus privada), aspectos demográficos, estadiamento, localização do tumor, tipo de operação, via de acesso (aberta versus laparoscópica ), indicação de radioterapia, número de linfonodos dissecados, número de linfonodos positivos e negativos, assim como o tipo histológico, presença de invasões vascular, linfática e perineural e resposta linfocítica). RESULTADOS: Sessenta e cinco pacientes foram operados em instituição universitária e 57, em instituição privada. Não houve diferença entre os grupos quanto à idade, gênero, estadiamento, localização do tumor, indicação de radioterapia e tipo de operação. A via laparoscópica foi mais comum na instituição universitária. A mediana de linfonodos dissecados foi de 25 (P25-75: 15-34) na instituição universitária versus 15 (P25-75;12-17) (p<.0001). A média de linfonodos positivos foi de três na instituição universitária e de um na privada. O achado de 12 ou mais linfonodos foi mais comum em instituição universitária (55/64 versus 40/58; p=.024). A presença da informação de invasões linfática, vascular e perineural foi mais comum na instituição universitária. CONCLUSÃO: Mantendo a mesma técnica cirúrgica e com população comparável de pacientes, observou-se considerável diferença no número de linfonodos dissecados entre instituições universitária e privada e na apresentação de outros dados histopatológicos importantes para o estadiamento da doença e para a indicação de terapia sistêmica. O entrosamento entre a equipe cirúrgica e o patologista deve ocorrer em todos os tipos de instituições, sendo que a melhora da qualidade do exame anátomo-patológico deve ocorrer em instituições não-universitárias.

Ano

2010

Creators

Silva,Rodrigo Gomes da Lacerda-Filho,Antônio Côrtes,Bruno Giusti Werneck Sousa,Priscila Sedassari Santos,Carlos Renato Maulais Cabral,Mônica Maria Demas Álvares

Invasão do reto por carcinoma prostático avançado com disseminação linfática simulando câncer retal: relato de caso

O carcinoma da próstata é uma doença freqüente em idosos e em casos avançados pode invadir o reto, simulando um carcinoma primário deste órgão. Nestas situações, a maioria dos pacientes apresenta sintomas retais exuberantes e sintomas urinários leves ou ausentes. É relatado um caso de um paciente com diagnóstico de tumor de próstata localmente agressivo, concomitante a um tumor viloso retal, que foi diagnosticado e tratado erroneamente como um tumor primário do reto. Tal lesão, curiosamente, apresentava comportamento biológico compatível com câncer retal, inclusive com disseminação linfática típica desta doença. A incidência relatada de invasão do reto por tumores de próstata avançados varia entre 1 e 11% em diferentes séries. O aspecto do tumor de próstata com envolvimento retal traz dificuldades em diferenciá-lo de um tumor primário. Exames radiológicos e ou endoscópicos podem não esclarecer o diagnóstico, enquanto o exame histopatológico em ambos os tumores costuma revelar adenocarcinoma pouco diferenciado. A diferenciação diagnóstica entre estes dois tumores é essencial, uma vez que o tratamento é absolutamente diferente para as duas doenças. A alta incidência do carcinoma prostático o torna importante para que todos os médicos estejam atentos à possibilidade deste tumor invadir o reto e simular um tumor primário deste órgão.

Ano

2010

Creators

Fonseca,Leonardo Maciel da Nogueira,Ana Margarida Miguel F. Hanan,Bernardo Luz,Magda Maria Profeta da Silva,Rodrigo Gomes da Lacerda-Filho,Antônio

Carcinoma espinocelular de reto: relato de caso

O Carcinoma Espinocelular de Reto é entidade extremamente rara e seu comportamento biológico permanece desconhecido. O tratamento pode variar entre radio e quimioterapia isoladamente ou complementar ao tratamento cirúrgico. Relatamos caso de carcinoma espinocelular de reto superior, tratado com radio e quimioterapia, com regressão total da lesão.

Ano

2010

Creators

Lopes,Juliana Magalhães Salem,Juliana Barreto Balsamo,Flávia Sobral,Hernán Augusto Centurión Sarmanho,Letícia Formiga,Galdino José Sitonio

Técnica de delorme como opção para o tratamento da procidência retal recidivada: relato de Caso

O prolapso retal é uma protrusão de todas as camadas do reto no sentido anal caracterizando um aspecto clínico de um tumor anal, inicialmente ele resulta de um esforço intenso com uma redução espontânea e posteriormente ele resulta de um esforço menor com dificuldade na redução. A incidência é maior em mulheres. O diagnóstico é essencialmente clínico e o tratamento é cirúrgico. Relato de caso: NM, 65 anos, diabético e hipertenso, submetido a sacropromontofixação associada a técnica de Moscowicz com recidiva após um mês, então a técnica de Delorme foi utilizada com sucesso. Discussão: os procedimentos abdominais são indicados para pacientes com menor risco cirúrgico devido a grande complexidade e menor taxa de recidiva. Dentre os procedimentos perineais, a técnica de Delorme possui uma aplicação simples, contudo com uma alta taxa de recidiva. A técnica de Delorme possui uma menor taxa de mortalidade e foi a melhor conduta para este paciente.

Ano

2010

Creators

César,Maria Auxiliadora Prolungatti Vasconcellos,Bruna Moratore Soares,Carla Beatriz Carneiro da Cunha Campos,Carolina Calafiori de Salera,Camila Bortman,Daniela Sansoni,Gabriel Contreira Leite,Júlia Mota Gomes,Luciana Vendramel Tenório Silva,Nina Rosa Konichi da Muniz,Rafaela Cristina Coelho Coradini,Renata Martins

Colangiocarcinoma associado a Retocolite Ulcerativa: relato de caso e revisão de literatura

A Retocolite Ulcerativa (RCU) é uma doença inflamatória intestinal crônica, que acomete a camada mucosa do intestino grosso, e que pode estar associada a manifestações extra-intestinais, como a colangite esclerosante que pode malignizar para colangiocarcinoma. Relatamos um caso de paciente do gênero masculino, 21 anos, procedente de Poço Redondo-SE, natural de Cubatão-SP, admitido no Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe em 23 de maio de 2008, com RCU associada à colangite esclerosante e colangiocarcinoma.

Ano

2010

Creators

Torres Neto,Juvenal da Rocha Santiago,Rodrigo R. Prudente,Ana Carolina Lisboa Mariano,Dan Rodrigues Ramos,Fernanda Mendonça Torres,Felipe Augusto do Prado Torres,Júlio Augusto do Prado Santana,Raquel Matos de

Uso de imiquimode tópico no tratamento da infecção anal pelo papilomavírus humano

Dos diversos tratamentos da infecção anal pelo papilomavírus humano, uma opção é o imunomodulador imiquimode. Derivado da família imidazoquinolina, o imiquimode é quimioterápico e imuno-estimulante com atividade antitumoral e antiviral. A medicação é aplicada em esquema domiciliar, três vezes por semana em noites alternadas, por oito a 16 semanas. Os efeitos adversos locais são comuns, mas bem tolerados. A droga atinge remissão de 74 a 84%, sendo completa entre 25 e 77% dos doentes, com menor taxa de remissão completa e maior índice de recidiva em imunodeprimidos. Aguardamos estudos com grandes casuísticas para avaliar melhor a eficácia dessa medicação, incluindo a incidência de recidivas e o tempo livre de novas lesões.

Ano

2010

Creators

Manzione,Carmen Ruth Formiga,Fernanda Bellotti Nadal,Sidney Roberto

Análise do número de linfonodos em espécimes de ressecções colorretais por neoplasia entre a cirurgia aberta e videolaparoscópica

Introdução: o estadiamento patológico com a análise do número de linfonodos dissecados é fator importante na determinação da segurança oncológica das ressecções por câncer colorretal, independentemente da via de acesso. Em fase inicial de curva de aprendizado em laparoscopia colorretal, a equivalência entre a cirurgia convencional e laparoscópica pode ser comprometida. O objetivo do presente estudo foi analisar o número de linfonodos dissecados em espécimes de ressecções por câncer colorretal pela via convencional e laparoscópica, e verificar a equivalência oncológica entre ambas. Método: estudo retrospectivo de uma série de casos de pacientes submetidos a ressecções por câncer colorretal por via convencional e laparoscópica. Variáveis analisadas: idade, sexo, via de acesso, tipo de procedimento, estadiamento de Dukes e número de linfonodos dissecados nas peças. Análise estatística pelo método de Mann-Whitney. Resultados: 50 pacientes foram analisados (33 operados por via convencional, 17 por via laparoscópica). Houve maior número de colectomias direitas e retossigmoidectomias altas nos dois grupos. O número médio de linfonodos dissecados foi de 10,35 no grupo laparoscópico e de 10,15 no grupo de acesso convencional (p=0,859). Conclusões: não houve diferença estatística entre o número médio de linfonodos dissecados entre os espécimes ressecados por via convencional e laparoscópica, numa fase inicial de curva de aprendizado.

Ano

2010

Creators

Kotze,Paulo Gustavo Freitas,Cristiano Denoni Froehner Junior,Ilário Steckert,Juliana Stradiotto Ishie,Elissa Steckert Filho,Álvaro Martins,Juliana Ferreira Miranda,Eron Fábio

Trombocitose como fator prognóstico no câncer colorretal

Objetivos - Investigar o significado prognóstico da trombocitose nos pacientes com câncer colorretal. Método - Trata-se de estudo retrospectivo, com análise de 243 prontuários de pacientes submetidos a operações por câncer colorretal. Foram comparados os dados do estadiamento, recidiva tumoral e óbitos por câncer com a ocorrência de trombocitose no pré-operatório. O grupo controle foi composto de 50 pacientes submetidos à herniorrafia. A média da contagem de plaquetas no pré-operatório destes pacientes foi utilizada para dividir os pacientes em dois grupos: grupo 1, pacientes com contagem de plaquetas abaixo dessa média e grupo 2, pacientes com contagem de plaquetas acima dessa média. Resultados - A média da contagem plaquetária foi 317000/ìl entre os pacientes com câncer e de 267000 entre os pacientes do grupo controle. A prevalência da trombocitose no câncer colorretal foi 32,1%. Dentre os óbitos por câncer, 56,7% ocorreram em pacientes com trombocitose e 32% em pacientes com plaquetas normais (p=0,001). Utilizando a média do grupo controle, a diferença foi ainda mais significativa (p=0,0004). Quanto à recidiva tumoral, 40% dos pacientes do grupo 2 tiveram recidiva e 17,9% do grupo 1 (p=0,003). Com relação ao estadiamento T, no grupo 1, 14,1% eram T1 e 8,4% T4. No grupo 2, 2,2% eram T1 e 19,5% T4 (p=0.0005). Metástases à distância foram encontradas em 9,4% dos pacientes do grupo 1 contra 21,8% do grupo 2 (p=0.02). No que diz respeito ao estadiamento TNM, no grupo 1, 24,6% eram estadio 1 e 11% estadio 4. No grupo 2, 9,6% eram estadio 1 e 22,8% estadio 4 (p=0,02). Conclusão - A contagem de plaquetas no pré-operatório parece ser útil em identificar pacientes com prognóstico desfavorável.

Ano

2010

Creators

Bonardi,Renato de Araújo Graciosa,Katia Melchioretto,Eduardo Felipe Furlani,Lizandro Frainer Sartor,Maria Cristina Baldin Jr,Antônio

Reindução da remissão clínica com adalimumabe após interrupção do tratamento: uma alternativa no manejo da doença de Crohn

Introdução: o Adalimumabe (ADA) é um anticorpo monoclonal totalmente humano, utilizado no tratamento da doença de Crohn (DC). Nos casos com necessidade de interrupção desta terapia, o resgate da resposta é controverso, e o papel da reindução da remissão com dose total de ataque pode ser uma alternativa nos casos graves da DC. Não há relatos desta forma de tratamento na literatura. O objetivo deste estudo foi relatar a experiência de dois pacientes tratados com reindução da remissão com ADA, após sua interrupção. Método: análise retrospectiva de dois casos submetidos a reindução em meio a uma coorte de 24 pacientes em uso de ADA para DC. Resultados: são descritos dois casos de pacientes jovens, em tratamento com ADA subcutâneo, que tiveram necessidade de interrupção da terapia (um por abscesso perineal extenso e outro por dificuldade de acesso ao fornecimento da medicação). Ambos foram tratados pela reindução com dose total de ataque do ADA, com bons resultados, sem efeitos adversos. Conclusão: não há na literatura estudos controlados que comparem a reindução com outras formas de resgate da terapia após a parada de qualquer agente anti-TNF. Experiências isoladas mostram bons resultados com esta alternativa terapêutica em casos graves e selecionados.

Ano

2010

Creators

Kotze,Paulo Gustavo Albuquerque,Idblan Carvalho de Kotze,Lorete Maria da Silva Formiga,Galdino José Sitonio

Rana catesbeiana, pólvora e modulação supramolecular cicatrização intestinal e prognóstico no câncer de cólon: uma mesma origem biológica para o insucesso?

A cicatrização e remodelação do cólon resultam das modificações do colágeno na matriz extracelular. Algumas condições desequilibram sua renovação, enfraquecendo a resistência mecânica a cicatriz, como resultado da atividade elevada das metaloproteinases locais, e levando a um alto risco de deiscência. As metaloproteinases da matriz extracelular (matrix metalloproteinases, MMPs) constituem uma família de endopeptidases zinco-dependentes - metzincinas. São reconhecidos atualmente, em humanos, cerca de 24 genes responsáveis por cada uma delas. A colagenase (MMP-1) foi identificada por Gross e Lapière (1962) na cauda do girino da rã-touro americana. No câncer as MMPs tem ocupado um lugar especial. Evidências de que a célula neoplásica é capaz de interferir na modulação desta enzima - um co-fator associado à invasividade local e disseminação metastática. As MMP-2 e -7 são observadas com frequência no câncer de cólon, a MMP-12 parece exercer um efeito protetor (melhor prognóstico) e, ao contrário, a MMP-3 o torna pior. A associação entre alta atividade de MMPs, o pior prognóstico do câncer e o maior risco de deiscência de anastomose intestinal já vem sendo considerada, sugerindo uma trilogia consistente. A terapia farmacológica (inibidores MMPs) tem sido investigada, também para o controle do câncer. O artigo discute as informações mais relevantes e atualizadas sobre o assunto.

Ano

2010

Creators

Delabio-Ferraz,Edna Aguiar Neto,João Pupo de Takiya,Christina Maeda Lacombe,Domingos Penna

É o exame anatomopatológico de rotina indispensável em cirurgias orificiais?

Introdução: O exame anatomopatológico é feito rotineiramente em cirurgias orificiais e é importante para diagnosticar doenças anais concomitantes, lesões malignas e doenças sexualmente transmissíveis não previstas anteriormente no exame clínico. O gasto com estes exames é bastante significativo para o serviço público o que evidencia a necessidade de avaliar o custo/benefício da sua utilização rotineira. Objetivos: Avaliar o tempo decorrido entre a entrega do material e a emissão do laudo, o nível de concordância entre a impressão diagnóstica e a conclusão do anatomopatológico, a importância clínica das patologias diagnosticadas secundariamente, o custo de realização dos exames e a relação custo/benefício dos mesmos. Metodologia: Estudo descritivo e retrospectivo de 173 exames anatomopatológicos de pacientes do Hospital Universitário de Aracaju realizados de 2005 a 2007, que foram submetidos à cirurgias orificiais. Resultados: O nível de concordância entre a impressão diagnóstica e a conclusão do anatomopatológico foi elevada e, dos laudos discordantes, poucos apresentaram relevância clínica, havendo somente um caso de neoplasia anorretal. Houve um atraso significativo na emissão dos laudos, sugerindo sobrecarga do serviço e o custo/benefício para realização dos exames foi desfavorável. Conclusão: Sugerimos triagem para um uso racional e criterioso do exame anatomopatológico em cirurgias orificiais baseada na história clínica e fatores de risco do paciente.

Ano

2010

Creators

Torres Neto,Juvenal da Rocha Santiago,Rodrigo Rocha Prudente,Ana Carolina Lisboa Brito,Hugo Leito de Farias Torres,Felipe Augusto do Prado Torres,Júlio Augusto do Prado Ramos,Fernanda Mendonça Santana,Raquel Matos de

Perfil dos pacientes portadores de câncer colorretal operados em um hospital geral: necessitamos de um programa de rastreamento acessível e efetivo

O objetivo do presente trabalho é demonstrar o panorama atual do câncer colorretal em um hospital geral no estado do Rio de Janeiro, enfocando aspectos relacionados à apresentação clínica e ao diagnóstico tardio. Trata-se de um estudo retrospectivo que incluiu os pacientes em acompanhamento no ambulatório de seguimento de câncer colorretal da II Clínica Cirúrgica do Hospital Federal de Bonsucesso nos últimos 5 anos (2004-2009). Os sintomas mais comuns foram dor abdominal (60,1%), obstrução intestinal (41,1%), emagrecimento (36,7%), sangramento (33.5%), anemia (14,5%), perfuração (6,3%) e fístula (1,2%). Em relação aos pacientes com tumores de cólon direito, os sintomas mais prevalentes foram emagrecimento (54,5%), dor (45,4%), obstrução (45,4%) e anemia (27,2%). Nos pacientes com tumores de cólon esquerdo e sigmóide foram dor (60,5%), obstrução (42,9%), emagrecimento (38,5%), sangramento (32,4%) e anemia (16,6%). Enquanto nos pacientes com tumores de reto foram sangramento (70%), obstrução (60%), dor (60%), emagrecimento (20%) e perfuração (10%). No momento da cirurgia, 53 pacientes apresentavam metástases à distância (33,5%), sendo o fígado o órgão mais acometido, em 36 pacientes (67,9%), seguido pelo peritônio com 11 casos (20,7%) e pelos anexos (ovários) com 4 casos (7,5%). Oitenta e oito pacientes (55,6%) apresentavam metástase linfonodal.Quanto ao estadiamento, observamos que os pacientes operados na emergência apresentavam a seguinte distribuição: 0% Estádio I, 28,2% Estádio II, 30,4% Estádio III e 41,3 % Estádio IV. Os pacientes operados eletivamente foram estratificados como Estádio I 2,7%, Estádio II 27,7 %, Estádio III 25% e Estádio IV 44%. Conclusão: O perfil dos pacientes operados na nossa instituição (e que reflete a realidade nacional) é de doença avançada. Com base nos dados apresentados, fica clara a necessidade de implementação de um programa de rastreamento para câncer colorretal.

Ano

2010

Creators

Valadão,Marcus Leal,Ricardo Ary Barbosa,Luís Cláudio Carneiro,Márcio Muharre,Roberto Jamil

Tratamento com radio e quimioterapia do carcinoma epidermóide do canal anal: experiência do hospital Barão de Lucena

Objetivos: Apresentar os resultados e analisar as variáveis implicadas no tratamento e prognóstico do carcinoma epidermóide do canal anal tratado através da radio e quimioterapia no Hospital Barão de Lucena-SUS-PE. Metodologia: Análise dos prontuários de pacientes com diagnóstico de câncer do canal anal submetidos a tratamento radioquimioterápico. O período de acompanhamento foi de junho de 1989 a junho de 2005. Foram incluídos os pacientes com diagnóstico histológico de câncer de canal anal, enquadrados nos estadios I, II, IIIa e IIIb, submetidos a dois ciclos de quimioterapia com 5-fluorouracil (5-FU) na dose de 1g/m²/dia em infusão contínua de 96 horas e cisplatino na dose de 100mg/m² administrado em 6 horas no segundo dia de infusão de cada ciclo, administrados na primeira e terceira semanas do esquema de tratamento radioterápico. Resultados: Avaliamos 108 prontuários de pacientes que preencheram os critérios do protocolo. O tempo médio de seguimento foi de 51 meses (1-182 meses). Houve predomínio do gênero feminino (81,5% dos pacientes). A idade variou de 33 a 83 anos (média de 59 anos). O tipo histológico mais freqüente foi o carcinoma de células escamosas (80,6% dos casos). Em 21 pacientes, foi diagnosticado carcinoma basalóide. Quanto ao grau de diferenciação, prevaleceu o tipo moderadamente diferenciado (61% dos pacientes com carcinoma de células escamosas). O índice de resposta inicial completa foi de 89,8%. Onze pacientes persistiram com tumor após o tratamento radio e quimioterápico. O índice de resposta inicial completa foi menor nos estadios IIIa e IIIb em relação aos estadios I e II com significância estatística (p<0,05). 14 pacientes evoluíram com recidiva tumoral, oito com recidiva local (7,4%) e seis (5,5%) com recidiva linfática e à distância. CONCLUSÕES: O tratamento radioquimioterápico exclusivo do carcinoma epidermóide do canal anal, tem índice de resposta completo bastante elevado com morbidade aceitável. O tratamento cirúrgico ainda tem seu valor nos casos de persistência da lesão e/ou de recidiva local, com resultados satisfatórios.

Ano

2010

Creators

Lucena,Maurilio Toscano de Barros,Adauto Booz,Antônio Loyo,Carlos Uchôa,Carlos Roesler,Ernesto Monteiro,Fernando Sarmento,Francisco Herbênio,Joaquim Santos,José Edson dos Padilha,Marcelo Matos,Maurício Lobo,Paula Gomes Regis,Roberto Torreão,Roberta Araújo,Romildo Leal,Rogério

Análise retrospectiva de 504 colonoscopias

Os autores analisaram, retrospectivamente, uma análise de 504 colonoscopias ambulatoriais, realizadas no período de junho de 2008 a maio de 2009, no Centro de Especialidades Médicas da Santa Casa de Belo Horizonte, pelo Grupo de Coloproctologia da Santa Casa de Belo Horizonte e Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (CPG). Dentre as observações retiradas do estudo, merecem destaques especiais as análises de sexo, faixas etárias, especialidade dos médicos solicitantes, indicações de colonoscopias, preparo intestinal utilizado, altura atingida pela colonoscopia, achados colonoscópicos e complicações do exame. Quanto ao sexo, 67% (337) eram mulheres e 33% (167) homens, e quanto às faixas etárias, sobressaiu a sexta (130 pacientes; 26%) e a sétima (113 pacientes; 22%). O exame foi autogerado pelo próprio grupo em 79,56% (401 colonoscopias), sendo as indicações mais comuns o sangramento baixo (76 casos; 13,0%) e controle de pacientes submetidos à cirurgias para abordagem de câncer colorretal (70 casos; 12,0%). O preparo intestinal foi feito com manitol, lactulose e picossulfato de sódio, de acordo com o estado clínico do paciente, ensejando 71% (359 casos) de resultados excelentes. A colonoscopia atingiu o ceco em 445 pacientes (88,0%), tendo chegado ao íleo terminal em 293 casos (58,0%). Os achados colonoscópicos principais foram os pólipos (163 casos; 28,0%), seguidos pelo exame normal (149 casos; 26,0%) e doença diverticular dos cólons (141 casos; 24,0%). Dos 151 pólipos que tiveram suas dimensões assinaladas, 130 pólipos tinham o maior diâmetro menor que 10 mm (86,0%). Dos 207 exames histopatológicos realizados, seja em ressecções seja em biópsias, o pólipo foi o achado mais comum (163 casos; 78,8%), e dos 163 pólipos ressecados o achado mais comum foram os adenomas com displasia de baixo grau (116 casos; 71,2%). Não foram verificadas complicações. Os dados foram comparados com alguns relatos da literatura, estando dentro dos padrões habituais.

Ano

2010

Creators

Oliveira,Rodrigo Guimarães Faria,Flávia Fontes Lima Júnior,Antônio Carlos Barros Rodrigues,Fábio Gontijo Braga,Áurea Cássia Gualberto Lanna,David de Valle Júnior,Heraldo Neves Teixeira,Ricardo Guimarães Neves,Peterson Martins Alvarenga,Isabella Mendonça Constantino,José Roberto Monteiro Ferreira,Renata Magali Ribeiro Silluzio Silva,Ilson Geraldo da Cruz,Geraldo Magela Gomes da