Repositório RCAAP
Perfil imunoistoquímico das proteínas p53 e Ki67 em pacientes com retocolite ulcerativa inespecífica
Objetivos: O presente estudo avaliou, através da imunohistoquímica e estudo histopatológico, as principais alterações na mucosa intestinal de pacientes acometidos pela retocolite ulcerativa crônica idiopática (RCUI) apenas tratada clinicamente (n=30) ou subseqüentemente tratada com Proctocolectomia total e construção de bolsa ileal (n=30). Métodos: Desta forma, foram selecionados fragmentos de tecido intestinal submetidos à imunomarcação para as proteínas p53 e Ki67 e coloração por hematoxilina-eosina para análise histopatológica comparativa. Resultados: Os resultados obtidos indicam importantes diferenças no perfil inflamatório e presença de áreas de erosão/desgate da mucosa colônica de ambos os grupos estudados. Quanto a imunoexpressão, observou-se uma maior reatividade de padrão nuclear principalmente nos tecidos inflamados dos pacientes com RCUI tratados clinicamente. Conclusões: Estes resultados sugerem que, de acordo com o perfil histopatológico e imunohistoquímico, a mucosa colônica de pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico apresenta menos alterações que os pacientes tratados clinicamente. Assim, os dados sugerem que estes métodos podem auxiliar no diagnóstico e monitoramento de pacientes sob diferentes rotinas terapêuticas.
2010
Machado,Marcos Cezar de Paula Melo-Júnior,Mario Ribeiro Pontes-Filho,Nicodemos Teles de Lins,Consuelo Antunes Barreto Lima,Francisco Eduardo de Alburquerque Telles,Adriana Maria da Silva
Existe a constipação após histerectomia? Avaliação clínica e manométrica
A histerectomia é procedimento cirúrgico ginecológico de grande porte mais comum, sendo a maioria das indicações por doença benigna. Dentre as complicações desse procedimento cirúrgico estão a constipação, dispareunia, incontinência para gases e fezes, urgência evacuatória, escapes fecais e distensão abdominal. A constipação tem sido encontrada freqüentemente após a histerectomia principalmente em trabalhos retrospectivos. Objetivo: estudar a incidência de constipação após a histerectomia e as alterações manométricas a ela relacionadas. Métodos: Estudo prospectivo em nove pacientes submetidas à histerectomia total abdominal por mioma. Foi realizado estudo manométrico e aplicação do escore de constipação adotado pela sociedade brasileira de motilidade digestiva no pré e sessenta dias de pós-operatório. Resultados: Os autores encontraram a presença de evacuação incompleta que não ocorria no pós-operatório. Não foram encontradas alterações manométricas e duas pacientes apresentaram dor abdominal à distensão da ampola retal na aferição do volume máximo tolerável. Conclusões: Os achados deste estudo sugerem que alterações intestinais ocorrem após a histerectomia e são principalmente relacionadas ao reto.
2010
Cesar,Maria Auxiliadora Prolungatti Antunes,Lilian Borghetti Aguiar,Renata Martinuzzo de
Índice de massa corpórea, obesidade abdominal e risco de neoplasia de cólon: estudo prospectivo
Objetivo: Investigar a associação do excesso de peso e da obesidade abdominal como fator de risco para câncer colorretal/adenoma CCR/Ad. Pacientes e Métodos: De janeiro de 2007 a dezembro de 2008, 1287 pacientes com idade igual ou superior a 50 anos, sem fatores de risco para CCR, foram submetidos a colonoscopia total e avaliados quanto ao índice de massa corpórea IMC e razão cintura quadril RCQ. Teste t de Student foi usado para estudo da média e qui-quadrado para análise de números absolutos. P menor que 0,05 foi considerado significativo. Resultados: Neoplasia foi encontrada em 542 (42,1%), sendo 231 (50,7%) homens e 311 (37,3%) mulheres. IMC > 30 ocorreu em 43 (18,6%) de CCR/Ad masculino e 84 (27%) feminino P> 0,05. Em 188 (49,4%) homens com IMC < que 30 ocorreu CCR/Ad, nas mulheres em 227 (36%) P> 0,05. RCQ foi de 0,96±0,05 cm para homens com tumor e 0,94±0,07 sem tumor P< 0,01. Nas mulheres RCQ foi de 0,89±0,06 com tumor para 0,88±0,06 sem tumor P< 0,05. Conclusões: IMC não está associado a neoplasia de cólon, porem a obesidade abdominal seria fator de risco.
2010
Silva,Edson Jurado da Pelosi,Alexandre Almeida,Eleodoro Carlos de
Prevalência de constipação intestinal entre estudantes de medicina de uma instituição no Noroeste Paulista
Introdução: A constipação intestinal (CI) é uma doença altamente prevalente em países ocidentais, apresenta etiologia complexa e multifatorial, e cursa com importantes impactos do ponto de vista médico e socioeconômico; é possível que profissionais da saúde e estudantes de medicina, dada a natureza de suas atividades profissionais e hábitos de vida, apresentem taxas de prevalência mais elevadas da doença, se comparados à população geral. Objetivos: Determinar a taxa de prevalência de CI entre estudantes de medicina de uma instituição de ensino segundo critérios diagnósticos estabelecidos na literatura e compará-la às taxas relatadas entre a população geral. Pacientes e Métodos: Realizou-se estudo transversal através da aplicação de questionários individuais a 360 estudantes de medicina de uma instituição do noroeste paulista, dos quais 150 (42%) responderam; a definição de CI se deu através dos critérios de Roma III. Resultados: A taxa geral de prevalência de CI foi de 35%; houve predominância da doença entre o sexo feminino (55%; p<0,0001); estudantes do sexo feminino também apresentaram menor frequência de evacuações diárias e maior frequência de uso de laxativos (p< 0,05). Conclusões: A prevalência de CI entre a população estudada foi superior à relatada entre a população geral em diversos estudos, e uma investigação mais complexa quanto às causas desse fato deverá ser objeto de novos estudos.
2010
Trisóglio,Caren Marchi,Cíntia Maria Garcia Torres,Ulysses dos Santos Netinho,João Gomes
Pênfigo vegetante: relato de caso
Pênfigo é uma doença bolhosa auto-imune. É uma doença rara, mas potencialmente fatal. Existem quatro variantes clínicas e patológicas: o pênfigo vulgar (PV), o pênfigo vegetante (PVg), o pênfigo foliáceo (PF), o pênfigo eritematoso. Ao exame histo-patológico o achado comum a todos os tipos de pênfigo é a acantólise. Relatamos o caso de um paciente de 43 anos com lesões ano-perineais cujo diagnóstico final foi de pênfigo vegetante, associado à HPV (Papiloma Vírus Humano), com revisão da literatura.
2010
Torres Neto,Juvenal da Rocha Santiago,Rodrigo R. Prudente,Ana Carolina Lisboa Mariano,Dan Rodrigues Torres,Júlio Augusto do Prado Torres,Felipe Augusto do Prado Santana,Raquel Matos de Ramos,Fernanda Mendonça Araújo,Mônica de
Doença de Crohn e farmacobezoar intestinal: relato de caso
Bezoares são concreções de materiais diversos, parcialmente ou não digeridos, que podem ser encontrados em qualquer porção do tubo digestivo. Raramente são compostos por fármacos, nestes casos denominados farmacobezoares. Este artigo visa relatar o caso de um paciente com Doença de Crohn complicada por fístula entero-cutânea e áreas de estenoses no íleo terminal apresentando bezoar de mesalazina. Foi enfatizado o caráter multifatorial da gênese dos farmacobezoares, assim como a variada gama de apresentações clínicas e exames diagnósticos úteis no esclarecimento dos casos. Devemos ainda salientar a necessidade de individualização do tratamento para melhor eficácia do mesmo.
2010
Trece,Adriana Santos Neves Peixoto Netto,Luciana Paes Trece,Rafael Lima Bravo,Fernando Pinto Castro Júnior,Paulo Cesar Paulo,Francisco Lopes
Polipose juvenil: relato de 2 casos
A Polipose Juvenil é uma afecção rara e faz parte do grupo das poliposes hamartomatosas familiares (PHF). É uma síndrome autossômica dominante que pode ser desencadeada por mutações no gene SMAD4/DPC4 (que codifica um sinalizador intermediário de TGF-b). Caracteriza-se pelo aparecimento de 10 ou mais pólipos hamartomatosos (juvenis) no trato gastrintestinal, predominando no cólon. Costuma manifestar-se entre 4 e 14 anos de idade. Alguns pólipos adquirem focos adenomatosos apesar da natureza hamartomatosa das lesões e há chance de malignização. Relato de 2 casos de pacientes portadores de Polipose Juvenil colônica associada a focos de adenoma com displasia e revisão da literatura.
2010
Torres Neto,Juvenal da Rocha Santiago,Rodrigo Rocha Prudente,Ana Carolina Lisboa Mariano,Dan Rodrigues Brito,Hugo Leite de Farias Torres,Felipe Augusto do Prado Torres,Júlio Augusto do Prado Ramos,Fernanda Mendonça Santana,Raquel Matos de
Síndrome de Fournier secundária a adenocarcinoma de próstata avançado: relato de caso
A Síndrome de Fournier é uma fasciite necrotizante rapidamente progressiva que acomete a genitália e região perineal. Mesmo com os avanços na terapêutica, a morbidade e a mortalidade desta afecção permanecem elevadas. É relatado caso de paciente masculino, 70 anos, com diagnóstico de adenocarcinoma de próstata avançado. Há um dia com dor e aumento de volume escrotal associado a febre. Ao exame físico, paciente séptico com gangrena gasosa do pênis e escroto; ao toque retal, lesão ulcero-vegetante em parede anterior do reto estendendo-se de 3 a 7 cm da borda anal. Realizado desbridamento cirúrgico, com identificação de fístula reto-escrotal transtumoral. Estudo histo-patológico da lesão retal confirmou infiltração por adenocarcinoma de próstata. Recebeu alta hospitalar no vigésimo dia de internação, atualmente em acompanhamento oncológico ambulatorial.
2010
Batista,Rodrigo Rocha Ramacciotti Filho,Paulo Roberto Castro,Carlos Alberto Torres de Fonseca,Marcus Fábio Magalhães Albuquerque,Idblan Carvalho de Formiga,Galdino José Sitonio
Hepatectomia direita ampliada com ressecção parcial da veia cava para metástase colorretal: relato de caso
Introdução: A hepatectomia tem sido o tratamento padrão para metástase de origem colorretal (CR). Metástase com invasão da veia cava inferior (VCI) pode requerer ressecção combinada do fígado e VCI. Esta abordagem pode apresentar alto risco cirúrgico. Sangramento profuso e embolia gasosa são complicações intra-operatorias letais. Relato de Caso: Os autores relatam um caso de metástase colorretal única tratada com hepatectomia direita ampliada e ressecção parcial da veia cava com reconstrução primaria. Paciente apresentou boa evolução pós-operatória sem recidiva (um ano de seguimento). Conclusão: Ressecção da VCI e reconstrução combinada com hepatectomia pode ser satisfatoriamente realizada em casos selecionados. A falta de tratamentos alternativos e o prognostico reservado nos casos não operados justificam esta conduta agressiva. No entanto, esta abordagem deve ser realizada por equipe especializada em cirurgia hepática.
2010
Costa,Sergio Renato Pais Lima,Olímpia Alves Teixeira Cunha,Túlio Marcos Rodrigues da Soares,Aloisio Fernandes
Vacina contra o papilomavirus humano. O que é preciso saber?
As vacinas contra o Papilomavirus Humano (HPV) já estão disponíveis para consumo. Temos dois tipos: a bivalente, que determina imunidade contra os tipos oncogênicos 16 e 18, os mais relacionados com os carcinomas anogenitais e da orofaringe, a quadrivalente, que além desses, imuniza contra os tipos 6 e 11, que provocam as verrugas anogenitais. Estão mais indicadas para mulheres dos 10 aos 25 anos, antes do início da vida sexual ou naquelas que não tiveram contato com os tipos virais envolvidos. As vacinas não têm efeito em quem já possui lesões provocadas pelos tipos virais imunizáveis. Podem ser usadas nas imunodeprimidas por qualquer causa, naquelas que estão amamentando, mas são contra-indicadas durante a gravidez. O uso em homens, guardando as mesmas indicações, foi liberado pelo FDA (Food and Drugs Administration) norte-americano, porém ainda não pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o correspondente brasileiro. Para aqueles que já estão contaminados pelos tipos virais envolvidos, resta esperar pela vacina terapêutica que permanece em avaliação com ensaios clínicos.
2010
Nadal,Sidney Roberto Manzione,Carmen Ruth
Videocirurgia no manejo da doença de Crohn intestinal
A doença de Crohn é uma moléstia com um amplo espectro de manifestações. Seu tratamento é complexo e freqüentemente os pacientes portadores desta afecção necessitam de intervenções cirúrgicas. Com o surgimento da laparoscopia e sua popularização no tratamento das afecções intestinais, demonstrando resultados superiores ao acesso convencional e quebrando paradigmas como sua utilização no tratamento do câncer colorretal, passou-se a cogitar se esse acesso seria indicado também nas doenças inflamatórias intestinais. Ainda hoje, a utilização desta via de acesso na doença de Crohn é tema controverso. Devido à natureza inflamatória desta patologia, o grau de dificuldade cirúrgico está aumentado e muitas dúvidas persistem: há benefício para o paciente? A taxa de conversão não está exageradamente aumentada? É possível indicar esse acesso em casos complicados? Qual o grupo de pacientes que se beneficia da técnica? Nesta revisão apresentamos os dados mais recentes e as evidências científicas que sustentam a indicação da via de acesso laparoscópica no tratamento cirúrgico da doença de Crohn.
2010
Araújo,Sergio Eduardo Alonso Dias,Andre Roncon Seid,Victor Edmond Campos,Fábio Guilherme Nahas,Sergio Carlos
Avaliação dos níveis de peroxidação lipídica em células da mucosa cólica após aplicação de enemas com peróxido de hidrogênio: estudo experimental em ratos
A aplicação de clisteres contendo peróxido de hidrogênio (H2O2) determina o aparecimento de quadros graves de colite, algumas vezes de evolução fatal. É possível que a colite induzida por H2O2 possa ocorrer pela quebra da barreira funcional do epitélio cólico por estresse oxidativo. Objetivo: Avaliar os níveis de peroxidação lipídica em células da mucosa cólica após instilação de H2O2 no reto excluso de trânsito fecal. Método: Vinte seis ratos Wistar machos foram submetidos a colostomia proximal terminal no cólon descendente e fístula mucosa distal. Os animais foram randomizados em dois grupos segundo o sacrifício ter sido realizado duas ou quatro semanas após a derivação intestinal. Cada grupo experimental foi dividido e dois subgrupos segundo aplicação de clisteres, em dias alternados, contendo solução fisiológica a 0,9% ou H2O2 a 3%. O diagnóstico de colite foi estabelecido por estudo histopatológico e os níveis de dano oxidativo tecidual pela dosagem de malondialdeído por espectrofotometria. Os resultados foram analisados com os testes de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis, estabelecendo-se nível de significância de 5% (p<0,05). Resultados: Os níveis de malondialdeído nos irrigados com SF nos cólons com e sem trânsito fecal após duas e quatro semanas de irrigação foram de: 0,05 ± 0,006; 0,06 ± 0,006 e 0,05 ± 0,03, 0,08 ± 0,02, respectivamente. Os níveis de malondialdeído nos irrigados com H2O2, nos cólons com e sem trânsito, após duas e quatro semanas de irrigação foram de 0,070 ± 0,006; 0,077 ± 0,01 e 0,052 ± 0,01, 0,08 ± 0,04, respectivamente. Após duas semanas os níveis de malondialdeído foram maiores nos animais irrigados com H2O2 em relação ao grupo controle (p= 0,007 e p= 0,01, respectivamente). Após quatro semanas não houve diferenças significantes Não ocorreu variação nos níveis de malondialdeído com o decorrer tempo de irrigação. Conclusão: Clisteres com H2O2, podem determinar o aparecimento de colite por ocasionarem estresse oxidativo nas células epiteliais da mucosa intestinal.
2010
Marques,Letícia Helena Sousa Silva,Camila Morais Gonçalves da Lameiro,Thais Miguel do Monte Almeida,Marcos Gonçalves de Cunha,Fernando Lorenzetti da Pereira,José Aires Martinez,Carlos Augusto Real
Polimorfismos das isoformas M1, T1 e P1 da glutationa S-transferase e associação com os aspectos clínico-patológicas no carcinoma colorretal
As variáveis clínico-patológicas são importantes fatores que possam estar associados à progressão da neoplasia e, conseqüentemente, ao prognóstico da doença. As glutationas S-Transferases GSTM1, GSTT1 e GSTP1 são enzimas da segunda fase de biotransformação que atuam na destoxificação de uma ampla variedade de agentes exógenos incluindo os carcinógenos. Os genes GSTM1, GSTT1 e GSTP1 são polimórficos em humanos e suas variantes têm sido associadas, em algumas populações, ao aumento dos riscos de neoplasia, entre elas o carcinoma colorretal. Neste estudo retrospectivo 50 biópsias de pacientes com carcinoma colorretal do Rio Grande do Sul foram analisadas os polimorfismos nos genes GSTM1, GSTT1 e GSTP1 por PCR multiplex e RFLP, quanto às variáveis clínico-patológicas: localização, estadiamento e diferenciação. Não foram encontrados valores p significativo nas variáveis: estadiamento (p=0,28, p=0,93 e p=0,67), diferenciação (p=0,70 e p=0,37) e localização (p= 0,23. p= 0,58 e p= 0,60 ) respectivamente e o presença do polimorfismos dos genes GSTM1, GSTT1 e GSTP1 nas variáveis estadiamento e localização. A única variável clínico-patológica que apresentou valor significativo na diferenciação do CCR foi o polimorfismo do gene GSTP1 Ile/val e val/val (p= 0,046) entretanto, mais pesquisas são necessárias para confirmar estes achados ,visto que, esses resultados podem ter sido influenciados pelo número reduzido de biópsias analisadas.
2010
Ansolin,Poliana L Damin,Daniel C Alexandre,Cláudio O. P
Qualidade de vida e perfil nutricional de pacientes com câncer colorretal colostomizados
INTRODUÇÃO: O câncer colorretal, uma das neoplasias malignas mais frequentes no ocidente, é considerado a quarta causa mais comum de câncer no mundo. OBJETIVO: O estudo teve como objetivo relacionar a qualidade de vida e o perfil nutricional em pacientes com câncer colorretal colostomizados. METODOLOGIA: Os pacientes com idade entre 31 e 70 anos, atendidos no Ambulatório Central da Universidade de Caxias do Sul-RS, foram avaliados através do Índice de Massa Corporal (IMC), Percentual de Perda de Peso (%PP) e Prega Cutânea Tricipital (PCT), e responderam a questões sobre fatores biológicos, familiares, sócioeconômicos, de saúde e atividade física, e para avaliação da qualidade de vida, foi utilizada a escala WHOQOL-bref. RESULTADOS: Observou-se que a média de idade foi de 57,9 anos, 55% dos pacientes eram do sexo feminino e quanto ao IMC 65% eram eutróficos. Quanto às relações sociais, foi o domínio que apresentou pior qualidade de vida, com 63,8%. Tratando-se da correlação IMC x domínio físico, também foi observado pior qualidade de vida (p=0,014). CONCLUSÃO: Os resultados sugerem a necessidade de realizar educação nutricional, com o intuito de orientar os pacientes na melhora da qualidade de vida, relativo aos hábitos alimentares e as relações sociais.
2010
Attolini,Raquel Cozer Gallon,Carin Weirich
Perfil epidemiológico e morbimortalidade dos pacientes submetidos à reconstrução de trânsito intestinal: experiência de um centro secundário do nordeste Brasileiro
Racional- A reconstrução do trânsito intestinal não está isenta de riscos cirúrgicos e apresenta taxas consideráveis de complicações pós-operatórias, sendo que a infecção continua a ser um dos maiores desafios existentes neste procedimento. Métodos- Foram analisados retrospectivamente 86 prontuários de pacientes com colostomia ou ileostomia, através de fatores que tivessem impacto sobre a morbimortalidade após a reconstrução de trânsito intestinal, de janeiro de 2003 a abril de 2009. Resultados- Houve 20 mulheres e 60 homens, com idade média de 43 anos. A colostomia em alça (n: 34) e o trauma abdominal indicando colostomia ou ileostomia foram as condições mais frequentes. O intervalo médio entre a confecção do estoma e a reconstrução de trânsito intestinal foi 15,7 meses. O índice de morbidade foi 56,8%, sendo a infecção incisional a complicação mais comum (27.47%). A permanência hospitalar média foi 7,6 dias. Houve regressão linear positiva entre permanência hospitalar pós-operatória e a idade do paciente. Demonstrou-se associação estatisticamente significativa entre o prolongamento da permanência hospitalar e a ocorrência de complicações (p<0,001). Conclusão- Pode-se inferir que ocorrência de complicações pós-operatórias e idade associam-se a prolongamento da permanência hospitalar.
2010
Silva,Jeany Borges e Costa,Djalma Ribeiro Menezes,Francisco Julimar Correia de Tavares,José Marconi Marques,Adryano Gonçalves Escalante,Rodrigo Dornfeld
Análise das complicações tardias em operações anorretais: experiência de um serviço de referência em coloproctologia
INTRODUÇÃO: as operações anorretais correspondem a 80% do movimento do coloproctologista. O índice de complicações tardias após estas operações é indefinido, e varia de acordo com o tipo de operação e serviço onde estas são realizadas. OBJETIVO: estabelecer a taxa de complicações tardias decorrentes das operações anorretais e fatores de risco que pudessem estar associados a estas complicações. MÉTODO: estudo retrospectivo (série de casos) dos pacientes submetidos a operações anorretais entre janeiro de 2007 e julho de 2009. Variáveis estudadas: sexo, idade, operação, sistema de saúde, técnica de anestesia, complicações tardias, além da taxa de reoperações realizadas. RESULTADOS: foram avaliados 430 pacientes (234 mulheres - 54,4%), submetidos a 453 operações anorretais. A hemorroidectomia foi o mais freqüente procedimento realizado: 50,3% das operações. Encontrou-se 102 complicações tardias pós-operatórias, representando 22,52% dos casos. A fissura anal residual foi a complicação mais freqüente (54%/ n=55). Somente 38 pacientes necessitaram de reintervenção cirúrgica (8,83%). Não houve diferença significativa em relação ao sexo, idade, sistema de saúde e ao tipo de operação realizada com as complicações encontradas. CONCLUSÕES: a taxa de complicações tardias foi de 22,52%, com reintervenções cirúrgicas em 8,83% dos pacientes. Não houve fator de risco para complicações identificado nesta série de casos.
2010
Steckert,Juliana Stradiotto Sartor,Maria Cristina Miranda,Eron Fábio Rocha,Juliana Gonçalves Martins,Juliana Ferreira Wollmann,Maria Cecília Ferraz de Arruda Sarti Freitas,Cristiano Denoni Steckert Filho,Alvaro Kotze,Paulo Gustavo
Complicações da sedação e realização da colonoscopia
A realização da colonoscopia pode acarretar complicações decorrentes do preparo, sedação e dos procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos. Esses eventos, relativamente comuns, possuem taxa de morbidade em torno de 1% e, em geral, são transitórios e subnotificados. Objetivo: Avaliar a incidência de complicações da sedação e realização da colonoscopia, durante e imediatamente após a mesma; relacioná-las às variáveis: gênero, idade, co-morbidades, dose das drogas para sedação/analgesia, hipertensão, hipotensão, hipóxia, taquicardia, bradicardia. Método: Estudo observacional, prospectivo e descritivo, acompanhando-se a colonoscopia de 90 pacientes em clínica privada. Utilizou-se midazolan e meperidina para a sedação. Foi aferida pressão arterial, saturação de oxigênio e freqüência cardíaca durante e imediatamente antes e após o exame. Resultados: Dos pacientes examinados, 53,3% (n=48) eram homens. A média de idade foi 48,4 anos. Para sedação utilizaram-se 2,95mg de midazolan e 29,5mg de meperidina em média. Dos inicialmente hipertensos, 11 (40,7%) permaneceram hipertensos ao final do exame. Observou-se saturação de oxigênio menor que 90% em 16 (17,8%) pacientes; bradicardia em 19 (21,1%) e taquicardia em 13 (14,4%). Náuseas, vômitos e dor abdominal foram alterações presentes em 11 (12,2%) pacientes e foram devido ao preparo do cólon para a colonoscopia. Nenhuma complicação importante foi verificada.
2010
Torres Neto,Juvenal da Rocha Silvino,Cristiane Jesus Prudente,Ana Carolina Lisboa Teixeira,Fábio Ramos Torres,Felipe Augusto do Prado Torres,Júlio Augusto do Prado
Hidradenite supurativa crônica perianal e glútea: tratamento cirúrgico com ressecção ampla e rotação de retalho dermogorduroso
OBJETIVO: Avaliar a utilização de retalho dermogorduroso de vizinhança, numa única etapa, na reparação da área resultante da ressecção de lesões de hidradenite supurativa. PACIENTE E MÉTODOS: Estudo epidemiológico transversal e retrospectivo de prontuários de pacientes com hidradenite supurativa crônica extensa em regiões perianal e glútea submetidos à ressecção ampla e rotação de retalho cutâneo de vizinhança, no período de janeiro de 2000 a novembro de 2008. RESULTADOS: O retalho dermogorduroso permitiu, em única etapa, a cobertura total da área ressecada em oito pacientes. Não houve necrose ou infecção em nenhum dos casos. No seguimento, seis pacientes compareceram a todas as consultas ambulatoriais agendadas. Todos se mostraram satisfeitos com o resultado. CONCLUSÃO: O tratamento da hidroadenite supurtiva perianal e/ou glútea deve ser individualizado segundo a extensão, gravidade e grau de interferência na qualidade de vida. A ressecção cirúrgica com procedimentos plásticos como a rotação de retalho de vizinhança em única etapa é segura e traz resultados satisfatórios e deve ser sempre considerada nos casos crônicos, extensos e refratários ao tratamento clínico e com grandes áreas ressecadas.
2010
Paula,Pedro Roberto de Freire,Sueli Terezinha Uemura,Lívia Alkmin Zanlochi,Ana Glenda Santarosa
Cirurgias êntero-colorretais: abordagem cirúrgica de 129 pacientes do SUS no Programa de Pós-Graduação Sensu Lato em coloproctologia
Dentro do Programa de pós-graduação em Coloproctologia, durante o ano 2009, os dois pós-graduandos de segundo ano realizaram, como cirurgiões principais, 129 cirurgias de grande porte, sempre assistidos, efetivamente, por um ou dois preceptores. Todas as cirurgias foram realizadas em pacientes do SUS, na Santa Casa de Belo Horizonte, com absoluta presença dos membros do Grupo de Coloproctologia da Santa Casa e Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (GCP-SCBH-FCMMG). Foi feita uma análise retrospectiva dos 129 prontuários, permitindo várias observações importantes. A média etária dos pacientes foi 56,9 anos, com extremos de 25 e 87 anos, sendo as sexta e sétima décadas a mais representativa, respectivamente com 25,6% e 24,8%, totalizando 50,4% dos 55 pacientes (p<0,05). Dos 129 pacientes, 51,2% eram sexo feminino (51,2%) (p>0,05). A entidade nosológica mais comum foi o câncer colorretal (74 casos; 57,4%), seguindo as ileostomias (16 casos; 12,4%) e as complicações cirúrgicas (11 casos; 8,5%). As cirurgias mais realizadas foram as retossigmoidectomia com anastomose colorretal (35 casos; 27,1%), as hemicolectomias direitas com anastomose ileo-transverso (20 casos; 15,5%) e o restabelecimento de trânsito intestinal de ileostomia (16 casos;12,4%). Das 129 cirurgias 53 (41,1%) não envolveram anastomoses e 76 (58,9%) envolveram ressecções intestinais e anastomoses. Houve oito co-morbidades (6,2%), sendo a caquexia (três casos) a mais comum. Houve 17 complicações (13,2%), 11 envolvendo as 76 ressecções com anastomose (14,5%) e seis as ressecções sem anastomoses (11,3%). As complicações mais comuns entre as 11 provenientes de ressecções e anastomoses foram as deiscências (sete; 9,2%). As anastomoses mecânicas (55) complicaram mais (16,3%) que as manuais (21) (9,5%). Houve 14 óbitos (10,8%), sendo seis (4,6%) devidos à sepse, quatro (3,1%) devido a TEP e quatro (3,1%) devido a falência múltipla de órgãos. Dos 14 óbitos, quatro (3,1%) foram decorrentes de complicações cirúrgicas e dez (7,7%) foram decorrentes de co-morbidades.
2010
Oliveira,Rodrigo Guimarães Faria,Flavia Fontes Lima Junior,Antonio Carlos Barros Rodrigues,Fabio Gontijo Andrade,Mônica Mourthé de Alvim Gomes,Daniel Martins Barbosa Medeiros Neves,Peterson Martins Constantino,José Roberto Monteiro Braga,Áurea Cássia Gualbeto Ferreira,Renata Magali Silluzio Alvarenga,Isabella Mendonça Lanna,David de Teixeira,Ricardo Guimarães Valle Junior,Heraldo Neves Leite,Sinara Mônica Oliveira Costa,Luciana Maria Pyramo Silva,Ilson Geraldo da Cruz,Geraldo Magela Gomes da
Polipose hiperplásica: relato de caso
A polipose hiperplásica é uma condição rara, caracterizada pela presença de pólipos hiperplásicos múltiplos no cólon. Relata-se o caso de um paciente de 29 anos que apresentou polipose hiperplásica associada a pólipos mistos.
2010
Poswar,Fabiano de Oliveira Carneiro,Jair Almeida Monteiro,Vinícius Afonso Freitas,Magno Otávio Salgado de