Repositório RCAAP
Relação entre os aspectos sócio cognitivos e perfil funcional da comunicação em um grupo de adolescentes do espectro autístico
TEMA: questões referentes ao desenvolvimento de linguagem e suas relações com os aspectos sociocognitivos norteiam a prática clinica no atendimento a população com diagnóstico dentro do espectro autístico. As alterações ou diferenças neste desenvolvimento podem resultar em uma maneira diferenciada de analise e orientação para essa população. A adolescência passa a ser um ponto de interrogação dentro desta analise pois, na grande maioria, as pesquisas estão destinadas à primeira infância. O profissional de Fonoaudiologia deve avaliar a relação entre as habilidades de linguagem e a competência comunicativa. As habilidades de linguagem referem-se à competência para compreender e formular os sistemas simbólicos falados ou escritos, enquanto a competência comunicativa refere-se à habilidade em fazer uso da linguagem como um instrumento efetivamente interativo com outras pessoas, em diversos contextos sociais. OBJETIVO: verificar a evolução do perfil funcional da comunicação e do desempenho sociocognitivo de adolescentes com diagnóstico psiquiátrico incluído no espectro autístico, atendidos em instituição especializada, em três situações comunicativas diversas, durante um período de 12 meses e as relações entre essas variáveis nas mesmas situações, durante o mesmo período de tempo. MÉTODO: foram acompanhados cinco adolescentes, com idades entre 12 e 17 anos, em três situações comunicativas. Durante um período de 12 meses foram realizados dois conjuntos de gravações, inicial e final, para cada sujeito. Cada conjunto de gravações foi realizado em três situações diferentes, com duração de 30 minutos cada: Situação I - terapia de linguagem individual; Situação II - criança em grupo com coordenador e Situação III - criança em grupo sem coordenador. RESULTADOS: existem diferenças entre os sujeitos nas três situações comunicativos, quanto ao desempenho sociocognitivo e o perfil funcional da comunicação. CONCLUSÃO: existe uma relação entre a evolução do desempenho sociocognitivo e o perfil funcional da comunicação nas três situações comunicativas, no período estudado.
2022-12-06T15:50:03Z
Cardoso,Carla Fernandes,Fernanda Dreux Miranda
Periódicos nacionais em fonoaudiologia: caracterização de indicador de impacto
TEMA: valor global dos artigos científicos publicados em periódicos nacionais da Fonoaudiologia brasileira por meio do cálculo de Fator de Impacto (FI). OBJETIVO: conhecer parte da Fonoaudiologia brasileira à luz de seus periódicos científicos: caracterização de indicador de impacto - aqui, o FI. Foram analisados os sete periódicos nacionais de Fonoaudiologia (1986/2001) registrados no Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) e, portanto, já possuidores do International Standard Serial Number (ISSN). Para se calcular o FI dos periódicos, as listas de referências bibliográficas dos artigos publicados foram consultadas e a fórmula original de Garfield foi aplicada nos sete periódicos pesquisados. Foram consideradas para esta contagem as referências bibliográficas constantes nos artigos de pesquisa, de relato de caso, de revisão de literatura e de atualização. Foram excluídos os trabalhos descritos nos sumários dos periódicos como cartas ao editor; editorial; resumos; comentários e outros. Desta forma, foram analisadas as 9.334 referências bibliográficas dos 549 artigos analisados nos sete periódicos, excluindo-se as autocitações de autores. Pela análise dos dados, observou-se que os FIs resultantes mostraram valores praticamente nulos. CONCLUSÕES: os resultados apresentados demonstram que a Fonoaudiologia brasileira precisa desenvolver alguns aspectos em seus processos de difusão científica - as pesquisas da Fonoaudiologia brasileira estão se perdendo, sendo necessário que os editores aumentem o acesso e a visibilidade de seus periódicos e os fonoaudiólogos brasileiros citem os trabalhos de seus antecessores e parceiros nacionais. De acordo com os dados encontrados, para a Fonoaudiologia brasileira faz-se necessária a publicação de 11,9 artigos para a citação de apenas um destes artigos. Observa-se que os FIs da Fonoaudiologia brasileira, entre estes sete periódicos, aumentaram a partir do ano de 1999, sugerindo um amadurecimento desta Ciência. A continuação desta pesquisa nos anos subseqüentes a 2001 é necessária para a possível verificação do real aumento do impacto destes artigos.
2022-12-06T15:50:03Z
Campanatti-Ostiz,Heliane Andrade,Claudia Regina Furquim de
O espectro médio de longo termo na pesquisa e na clínica fonoaudiológica
TEMA: uma das maiores dificuldades que encontramos ao avaliar uma voz é julgar a sua qualidade por meio da análise perceptivo-auditiva que - ainda que soberana - envolve desde aspectos sócio-econômicos e culturais até preferências individuais. Muitos são os adjetivos usados nesta avaliação e os métodos empregados, pela subjetividade envolvida neste processo, acabam gerando discordâncias entre os ouvintes e dificuldades de assumir um consenso em torno do uso desta ou daquela terminologia. Neste contexto, o laboratório de voz e, mais especificamente, a análise acústica computadorizada, trouxe a possibilidade de orientar e complementar a conduta fonoaudiológica. Entre as várias possibilidades de análise espectrográfica, o espectro médio de longo termo (Long-Term Average Spectrum - LTAS) oferece a possibilidade de "quantificar" a qualidade de uma voz, marcando as diferenças entre gênero, idade, vozes profissionais - falada e cantada - e vozes disfônicas. O LTAS vem sendo muito utilizado em pesquisas na área de voz pois, ao evidenciar a contribuição da fonte glótica e da ressonância para a sua qualidade, fornece subsídios objetivos para a avaliação deste parâmetro que depende basicamente da nossa percepção auditiva. OBJETIVO: trazer o conhecimento sobre a aplicação do LTAS na pesquisa e na clínica fonoaudiológica, descrevendo tanto os aspectos técnicos necessários à sua execução e à interpretação dos seus resultados, bem como as limitações no seu uso. CONCLUSÃO: a área de voz tem se desenvolvido muito nestas duas últimas décadas graças ao advento do laboratório de voz e fala. Assim sendo, conhecer a aplicabilidade de mais uma ferramenta de análise, o LTAS, considerando ainda a demanda existente de estudos nesta área, certamente vai contribuir para a criação de novas linhas de pesquisa tanto em voz profissional quanto na reeducação de alterações vocais.
2022-12-06T15:50:03Z
Master,Suely Biase,Noemi de Pedrosa,Vanessa Chiari,Brasília Maria
Tipologia das rupturas de fala e classes gramaticais em crianças gagas e fluentes
TEMA: a gagueira de desenvolvimento é aquela cujo surgimento se dá na infância, durante a fase de aquisição e desenvolvimento da linguagem, e que se caracteriza como uma desordem crônica. OBJETIVO: verificar a influência da tipologia e classe gramatical na ocorrência de rupturas na fala de crianças gagas e fluentes. MÉTODO: Participaram desse estudo 80 crianças, com idades entre 4.0 a 11.11 anos, residentes no município de São Paulo e Grande São Paulo. Os participantes foram divididos em dois grupos: GI (grupo de pesquisa) foi composto por 40 crianças, (29 do sexo masculino e 11 do sexo feminino) com diagnóstico de gagueira, sem qualquer outro déficit comunicativo, neurológico e cognitivo associado; GII (grupo controle) foi composto por 40 crianças fluentes, pareadas por idade e sexo aos participantes de GI. RESULTADOS: os dados indicaram que os grupos não se diferenciaram quanto à ocorrência de rupturas comuns. As rupturas gagas ocorreram predominantemente para GI. Em relação à classe gramatical, as rupturas foram mais freqüentes nas palavras funcionais, para ambos os grupos. CONCLUSÃO: Esses resultados mostram que a análise das rupturas da fala, tanto em termos de tipologia quanto em termos gramaticais trazem um grande número de informações necessárias para a avaliação e diagnóstico da gagueira infantil, uma vez que aponta diferenças e semelhanças entre crianças gagas e fluentes.
2022-12-06T15:50:03Z
Juste,Fabiola Andrade,Claudia Regina Furquim de
Sucção em recém-nascidos pré-termo e estimulação da sucção
TEMA: a estimulação da sucção não-nutritiva pode antecipar o início da alimentação por via oral e influenciar a evolução da sucção em recém-nascidos pré-termo. OBJETIVO: descrever a evolução do padrão de sucção e os efeitos da estimulação da sucção não-nutritiva (SNN). MÉTODO: foram estudados 95 recém-nascidos pré-termo (RNPT) adequados para a idade gestacional (IG), com IG ao nascer menor ou igual a 33 semanas, distribuídos de forma aleatória em três grupos: Grupo 1 (G1), grupo controle, sem estimulação da SNN; Grupo 2 (G2), com estimulação da SNN com chupeta ortodôntica para prematuros NUK® e Grupo 3 (G3), com estimulação da SNN através do dedo enluvado. Os três grupos foram submetidos a avaliação semanal da SNN com dedo enluvado e, após o início da alimentação por via oral (VO), avaliação da SNN e da sucção nutritiva (SN) com mini-mamadeira. RESULTADOS: nos três grupos, com o aumento da IG corrigida, elevou-se a probabilidade de ocorrência de todas as características da sucção estudadas (SNN e SN), exceto sinais de estresse na SNN e coordenação sucção-deglutição-respiração na SN. Na SNN: sucção iniciada facilmente (SIF), ritmo, força e coordenação lábios, língua e mandíbula, sem diferenças entre os grupos; probabilidade maior de vedamento labial, acanolamento, peristaltismo no G3 e de sinais de estresse no G2 (> 37 semanas). Na sucção nutritiva (SN): SIF, coordenação movimentos de lábios-língua e mandíbula, volume de leite ingerido pelo tempo total sem diferenças entre os grupos; ritmo e coordenação sucção-deglutição-respiração superior no G3; vedamento labial superior nos G1 e 3 (< 34 semanas) e sinais de estresse superior no G2 (> 33 semanas). CONCLUSÃO: o padrão de sucção de RNPT evoluiu em função da IG corrigida, tendo a estimulação da SNN aumentado a probabilidade de ocorrência de vedamento labial, ritmo, acanolamento, peristaltismo e coordenação sucção-deglutição-respiração, sendo o dedo enluvado a forma mais eficaz de estimulação da SNN.
2022-12-06T15:50:03Z
Neiva,Flávia Cristina Brisque Leone,Cléa Rodrigues
O aspecto familial e o transtorno fonológico
TEMA: transtorno fonológico. OBJETIVO: verificar: os processos fonológicos apresentados por crianças com diagnóstico de transtorno fonológico com e sem história de transtorno de fala e linguagem no núcleo familiar; a associação entre os processos fonológicos; a diferença do índice de gravidade Porcentagem de Consoantes Corretas-Revisado (PCC-R) em relação ao histórico familial. MÉTODO: participaram da pesquisa 104 sujeitos - sendo 25 crianças com transtorno fonológico, sem terapia fonoaudiológica prévia e deveriam morar com os pais biológicos e seus irmãos. O material utilizado foi anamnese, questionário específico e as provas de fonologia do Teste de Linguagem Infantil ABFW. RESULTADOS: a simplificação de líquidas foi o processo fonológico mais ocorrente independentemente do histórico familial; os processos fonológicos de ensurdecimento foram mais observados quando os familiares apresentavam diagnóstico de transtorno fonológico atual; os processos fonológicos observados nas crianças são, em geral, diferentes daqueles presentes no núcleo familiar, e os que são iguais não determinam características próprias de histórico familial, na medida em que são os mais freqüentemente presentes em sujeitos com transtorno fonológico; houve associação entre os processos fonológicos quando considerado o histórico familial; o índice de gravidade PCC-R não diferenciou o transtorno em relação ao histórico familial. CONCLUSÃO: a pesquisa mostrou fatores que indicam que o histórico familial de transtorno de fala e linguagem está associado ao transtorno fonológico. O conhecimento do histórico familial da criança facilita o planejamento e execução de medidas de intervenção precoce podendo prevenir os agravamentos do transtorno fonológico. O índice de gravidade PCC-R não diferencia o transtorno fonológico em relação ao histórico familial.
2022-12-06T15:50:03Z
Papp,Ana Carolina Camargo Salvatti Wertzner,Haydée Fiszbein
Efeito da prática musical no reconhecimento da fala no silêncio e no ruído
TEMA: o treinamento auditivo melhora a percepção de sinais acústicos complexos como a fala. OBJETIVO: verificar se o treinamento auditivo proporcionado pela prática musical é um fator que exerce influência na habilidade de reconhecer a fala no silêncio e no ruído. MÉTODO: participaram do estudo 55 indivíduos sem experiência musical (não músicos) e 45 indivíduos que atuavam como músicos profissionais em bandas militares há, no mínimo, 5 anos (músicos). Todos os voluntários eram militares, do sexo masculino, destros, normo-ouvintes e com idades variando entre 25 e 40 anos. Utilizando o teste Listas de Sentenças em Português (LSP), realizou-se a pesquisa do limiar de reconhecimento de sentenças no silêncio (LRSS) e do limiar de reconhecimento de sentenças no ruído (LRSR), a partir do qual foi calculada a relação sinal/ruído (S/R). As sentenças e o ruído (fixo a 65 dB NA) foram apresentados monoauralmente, por fones auriculares. RESULTADOS: ao serem comparados os desempenhos dos grupos estudados, a análise estatística dos resultados não evidenciou diferença significante entre os valores médios obtidos para os LRSS. No entanto, foi constatada diferença estatisticamente significante entre os valores médios obtidos para as relações S/R. CONCLUSÃO: no silêncio, músicos e não músicos apresentaram desempenhos semelhantes, porém, em tarefas de reconhecimento de sentenças apresentadas diante de ruído competitivo, músicos apresentaram melhores desempenhos, indicando que a prática musical é uma atividade que melhora a habilidade de reconhecimento da fala, quando esta ocorre diante de ruído.
2022-12-06T15:50:03Z
Soncini,Fabiana Costa,Maristela Júlio
Potenciais evocados auditivos de média e longa latências em adultos com AIDS
TEMA: potenciais evocados auditivos de média e longa latências. OBJETIVO: verificar a ocorrência de alterações nos potenciais evocados auditivos de média e longa latências em indivíduos adultos portadores da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). MÉTODO: foram obtidos os potenciais evocados auditivos de média e longa latências em oito indivíduos com AIDS, de 10 a 51 anos de idade, que apresentavam audição normal ou até perda auditiva neurossensorial de grau moderado e resultados normais na Audiometria de Tronco Encefálico, comparando os resultados com os obtidos no grupo controle constituído por 25 indivíduos, de 19 a 24 anos de idade, sem queixas auditivas e com audição dentro da normalidade, bem como com resultados normais na Audiometria de Tronco Encefálico. RESULTADOS: foram analisadas as médias das latências e amplitudes da onda Pa, nas modalidades contralaterais C3/A2 e C4/A1, e da latência da onda P300. Não foram observadas diferenças estatisticamente significantes com relação às médias da amplitude e latência da onda Pa entre os grupos, embora tenha sido observado um aumento da latência e diminuição da amplitude de tal onda, ainda que não estatisticamente significante, para o grupo estudo na modalidade C3/A2. A latência da onda P300 mostrou-se significantemente aumentada para o lado esquerdo no grupo estudo, sendo também possível observar um aumento da latência, embora não estatisticamente significante, para o lado direito. CONCLUSÃO: indivíduos adultos com AIDS não apresentam alterações no potencial evocado auditivo de média latência e apresentam alterações no potencial cognitivo sugerindo, desta forma, comprometimento da via auditiva em regiões corticais e déficit no processamento cognitivo das informações auditivas nesta população. Tais achados reforçam a importância de uma investigação minuciosa da função auditiva em indivíduos com AIDS auxiliando, desta forma, no delineamento da conduta terapêutica junto a estes pacientes.
2022-12-06T15:50:03Z
Matas,Carla Gentile Juan,Kleber Ramos de Nakano,Renata Agnello
Variáveis lingüísticas e de narrativas no distúrbio de linguagem oral e escrita
TEMA: estudo das variáveis lingüísticas e da narrativa no distúrbio da linguagem oral e escrita. OBJETIVO: caracterizar a produtividade lingüística e de narrativa, de narrações orais e escritas de escolares com distúrbio da linguagem oral e da escrita. MÉTODO: compararam-se as narrativas orais e escritas de 30 escolares da rede pública dos sexos masculino e feminino, com idades variando entre 7 e 13 anos, agrupados segundo: Grupo pesquisa (15) e de controle (15). Foram coletadas amostras de narrativa oral e escrita dos trinta escolares, obtidas a partir do reconto história infantil "Chapeuzinho Vermelho". Realizaram-se análises comparativas entre a modalidade oral e a escrita, intragrupos (Teste t de Student e Teste de Wilcoxon) e intergrupos (Teste t de Student e Teste de Mann Whitney), segundo as variáveis lingüísticas: números totais de palavras, de substantivos, de verbos, de verbos no passado, de adjetivos, de marcadores temporais, de enunciados completos, de enunciados incompletos e de episódios relatados, e segundo critérios de análise de narrativa considerando-se as presenças dos episódios. RESULTADOS: foram observadas diferenças entre as modalidades oral e escrita no grupo com distúrbio quando se analisou o número total de palavras (p = 0,018) e o número de verbos (p = 0,030). Além disso, o uso dos marcadores temporais antes (p < 0,001), então (p < 0,001), quando (p < 0,001), e depois (p = 0,003), e o relato de episódios também mostraram diferenças estatísticas na comparação entre os grupos. CONCLUSÃO: maior produtividade lexical oral se comparada à escrita, uso menos freqüente de marcadores temporais e menor número de certos episódios relatados na modalidade escrita, caracterizaram os escolares com distúrbios.
2022-12-06T15:50:03Z
Miilher,Liliane Perroud Ávila,Clara Regina Brandão de
Verificação do desempenho de crianças deficientes auditivas oralizadas em teste de vocabulário
TEMA: vocabulário expressivo de crianças deficientes auditivas oralizadas. OBJETIVO: verificar o desempenho de um grupo de crianças com perda de audição em um teste de vocabulário expressivo. MÉTODO: o Teste de Linguagem Infantil ABFW - Vocabulário foi aplicado em 21 crianças portadoras de deficiência auditiva de grau moderadamente severo a profundo divididas em três grupos, conforme suas idades: 3 anos a 4 anos e 11 meses, 5 anos a 6 anos e 11 meses e 7 anos a 8 anos e 11 meses. Estas crianças utilizavam predominantemente o código lingüístico oral para se comunicar. RESULTADOS: os indivíduos pertencentes aos diferentes grupos etários forneceram mais respostas corretas e processos de substituição ao nomearem as figuras solicitadas do que não designaram. Em geral, as crianças com idades entre 7 anos a 8 anos e 11 meses demonstraram melhor desempenho do que aquelas com idades entre 3 anos a 4 anos e 11 meses e 5 anos a 6 anos e 11 meses, cujos comportamentos foram semelhantes. CONCLUSÃO: as crianças demonstraram melhores desempenhos nos campos conceituais animais, meios de transporte e formas e cores; as crianças mais velhas mostraram maior conhecimento dos vocábulos na maioria dos campos conceituais. Ao verificar o desempenho destas crianças no Teste de Linguagem Infantil ABFW - Vocabulário, foi possível concluir que tal verificação permitiu a identificação dos campos conceituais em que as crianças possuem maior ou menor domínio, assim como o reconhecimento dos recursos que os sujeitos deficientes auditivos utilizam na tentativa de nomear. Estas informações permitem que o fonoaudiólogo enfatize os campos conceituais menos conhecidos pelas crianças e abordem os traços e atributos dos objetos já conhecidos por elas, antes de apresentá-lo.
2022-12-06T15:50:03Z
Costa,Marianni Christina Moreira Chiari,Brasília Maria
Aplicação do teste de lateralização sonora em idosos
TEMA: a habilidade de determinar a direção da fonte sonora está baseada no fato de que os sons chegam às duas orelhas em tempo, fase, intensidade e/ ou freqüência diferentes. A percepção da direção da fonte sonora favorece a inteligibilidade de fala em ambientes ruidosos. OBJETIVO: identificar o menor tempo de atraso interaural, que é capaz de produzir lateralização para a orelha em que o estímulo chegou primeiro, por meio das técnicas ascendente e descendente, utilizando-se o Teste de Lateralização Sonora, em indivíduos idosos, com audição normal nas freqüências mais importantes para a compreensão da fala. MÉTODO: foi aplicado o Teste de Lateralização Sonora em 30 indivíduos acima de 60 anos de idade, que possuíam limiares de audibilidade até 25dBNA nas freqüências de 500, 1000 e 2000Hz, sem gap aéreo-ósseo. RESULTADOS: os tempos médios de atraso interaural de lateralização sonora foram: a) técnica ascendente: 125,56s (sexo feminino) e 83,61 s (sexo masculino); b) técnica descendente: 95,06 s (sexo feminino) e 61,68s (sexo masculino). CONCLUSÃO: não há diferença entre o tempo médio de atraso interaural de lateralização sonora, obtido com a técnica ascendente e descendente segundo a variável lado de início do teste (orelha direita ou orelha esquerda); o tempo médio de atraso interaural de lateralização sonora é menor nos indivíduos do sexo masculino, em ambas as técnicas, descendente e ascendente; o tempo de atraso interaural médio obtido por meio da técnica descendente é menor que o obtido na técnica ascendente; os indivíduos que apresentam perda de audição à partir da freqüência de 3000Hz têm tempo médio de atraso interaural de lateralização sonora menor que os indivíduos com audição normal, tanto na técnica ascendente quanto na técnica descendente.
2022-12-06T15:50:03Z
Fonseca,Carolina Battaglia Frota Iório,Maria Cecília Martinelli
Distonia focal laríngea: investigações no corpo que remetem à mente
TEMA: a descrição sintomática da distonia focal laríngea (DFL) parece ser unânime na literatura, no entanto, o que diz respeito a sua etiologia causa polêmica, uma vez que aponta para aspectos psíquicos e neurológicos. Devido a tal impasse, que se faz presente na literatura e, principalmente na prática clínica, este estudo privilegiou esta patologia, dentre outras que englobam sintomas vocais, pois parece ser o lugar, por excelência, em que a questão voz/psiquismo pode ser tratada. OBJETIVO: relatar o caso de um paciente portador de DFL com ênfase nos efeitos recíprocos entre voz e psiquismo. MÉTODO: trata-se de uma pesquisa de natureza clínico-qualitativa desenvolvida a partir do procedimento de estudo de caso clínico longitudinal de um paciente do sexo masculino, 54 anos, diagnosticado como portador de DFL. Foram elaborados registros sistemáticos dos atendimentos fonoaudiológicos que posteriormente foram analisados a partir de referenciais teóricos advindos da literatura fonoaudiológica, médica e psicanalítica. RESULTADOS: a análise demonstrou que a mescla de procedimentos técnicos específicos, utilizados a partir de um novo olhar, atentando para o fato de que as intervenções no corpo produzem efeitos corporais e psíquicos, com a escuta de conteúdos psíquicos, resultou em progressos terapêuticos e melhora da qualidade vocal. CONCLUSÃO: o sintoma vocal não remete apenas a um corpo doente, mas a um sujeito que sofre e recorre ao sintoma para ser escutado. Sendo assim, o método clínico não investiga o sintoma estritamente no que diz respeito ao funcionamento orgânico, mas também a serviço de quê e porque se manifesta especificamente na voz.
2022-12-06T15:50:03Z
Salfatis,Daniele Guilhermino Cunha,Maria Claudia
Aspectos sobre desenvolvimento de linguagem oral em craniossinostoses sindrômicas
TEMA: aspectos sobre o desenvolvimento de linguagem oral em craniossinostoses sindrômicas. As craniossinostoses (fusão precoce das suturas cranianas) apresentam incidência em torno de 0,4 a 1/1.000 nativivos. Estas podem ocorrer devido a fatores ambientais ou genéticos. Com relação à forma de apresentação, estas podem ocorrer de maneira isolada ou associada a outros defeitos congênitos. Neste último grupo, destacam-se as acrocefalossindactilias, condições geneticamente determinadas, que apresentam similaridade fenotípica, sendo estas as síndromes de Saethre-Chotzen, Apert, Crouzon e Pfeiffer. Diante destas condições complexas que envolvem o arcabouço craniofacial, é possível encontrar interferências anatômicas e funcionais que determinem atrasos e/ou desvios de linguagem. OBJETIVO: revisar a literatura acerca dos aspectos fonoaudiológicos relacionados ao desenvolvimento normal da linguagem oral e descrever as principais características associadas a ela apresentadas por crianças com síndromes de Apert, Crouzon, Pfeiffer e Saethre-Chotzen. Foi realizada revisão sistemática de estudos sobre as craniossinostoses sindrômicas e dados referentes a linguagem oral nestes casos. Para isso, utilizou-se pesquisa na base de dados Medline e Lilacs, assim como outras publicações importantes para a conclusão do artigo. CONCLUSÃO: diversas manifestações relacionadas à audição e linguagem podem estar presentes em craniossinostoses sindrômicas. Destacam-se as alterações do sistema de condução do som, levando à perda auditiva, o que conseqüentemente prejudica a aquisição e desenvolvimento pleno da linguagem. Deste modo, recomenda-se o diagnóstico e tratamento fonoaudiológico adequados e precoces, eliminando ou minimizando os prejuízos para a aquisição e desenvolvimento da linguagem oral.
2022-12-06T15:50:03Z
Arduino-Meirelles,Ana Paula Lacerda,Cristina Broglia Feitosa de Gil-da-Silva-Lopes,Vera Lúcia
Análise pragmática das respostas de crianças com e sem distúrbio específico de linguagem
TEMA: a partir dos dois anos de idade a criança passa a diferenciar perguntas de não perguntas e também passa a ajustar suas repostas. Esta participação nas trocas verbais requer habilidades conversacionais básicas, como capacidade para iniciar e interagir e para responder apropriadamente e manter a interação. OBJETIVO: analisar e correlacionar os aspectos pragmáticos da linguagem, referentes aos tipos de respostas, durante interação adulto/criança, em crianças com desenvolvimento normal de linguagem e naquelas com diagnóstico de Distúrbio Específico de Linguagem (DEL). MÉTODO: participaram 16 crianças com DEL (GP) de três a seis anos e 60 crianças em desenvolvimento normal de linguagem (GC) de três a cinco anos, sendo 20 para cada faixa etária, dez por sexo. A coleta de dados aconteceu em dois dias, com díade comunicativa criança/adulto facilitada por brinquedos. Os dados (fala da criança e do adulto) foram transcritos e analisados e passaram por análise de Índice de Confiança com 93,75% de concordância, depois foram submetidos à análise estatística. RESULTADOS: as respostas foram classificadas em categorias e agrupadas em Repostas Adequadas (RA) e Repostas Inadequadas (RI), sempre de acordo com o contexto comunicativo estabelecido. O GC apresentou média significativamente maior do que o GP para o uso de RA e o GP apresentou média significativamente maior que o GC para o uso de RI. O GC diminuiu o uso de RI com o aumento da idade. O GP manteve o uso de RI com o aumento da idade, inclusive para a faixa etária de seis anos. CONCLUSÃO: foi observado que o aumento da idade salientou as diferenças entre GP e GC. O GP foi menos efetivo na comunicação mantendo ininteligibilidade de fala, ao passo que o GC apresentou habilidades conversacionais mais elaboradas. Porém, novos trabalhos com idades mais avançadas precisam ser realizados para melhor compreensão dessas tendências observadas.
2022-12-06T15:50:03Z
Rocha,Lidiane Cristina Befi-Lopes,Débora Maria
Análise das funções comunicativas expressas por terapeutas e pacientes do espectro autístico
TEMA: funções comunicativas utilizadas por terapeutas e pacientes. OBJETIVO: analisar o uso de funções comunicativas por terapeutas de pacientes do espectro autístico. MÉTODO: Foram analisadas as funções comunicativas utilizadas por seis terapeutas em interação com seis pacientes cada, constituindo um corpo de análise de 36 perfis de funções comunicativas por díade terapeuta-paciente. Todas as terapeutas faziam parte do Programa de Aprimoramento em Distúrbios Psiquiátricos da Infância, seus pacientes pertenciam ao espectro autístico. Para a coleta dos dados foram utilizadas as transcrições da gravação de uma sessão de terapia e analisadas segundo Fernandes, (2000). As funções comunicativas foram divididas de duas formas: mais e menos interpessoais e instrumental, regulatória, interacional, pessoal, heurística e imaginativa . RESULTADOS: a comparação entre as funções usadas por terapeutas e paciente revelou que houve diferença estatisticamente significante no uso das funções: pedido de rotina social, de informação e de ação, comentário, reconhecimento do outro, exclamativa, não focalizada, exploratória, exibição, jogo e reativa. Quanto à divisão em funções mais e menos interpessoais ou entre funções instrumental, regulatória, interacional, pessoal, heurística e imaginativa houve diferença estatisticamente significante no uso das funções mais e menos interpessoais e das funções regulatória, interacional, pessoal e heurística. CONCLUSÃO: o perfil funcional da comunicação das terapeutas é bastante distinto do de seus pacientes quando comparamos cada uma das funções e quando analisamos os agrupamentos de funções (mais e menos interpessoais e instrumental, regulatória, interacional, pessoal, heurística e imaginativa). As terapeutas utilizam funções para preencher o espaço comunicativo e realizar pedidos, resultado que concorda com estudos anteriores.
2022-12-06T15:50:03Z
Miilher,Liliane Perroud Fernandes,Fernanda Dreux Miranda
Medidas antropométricas de comprimento de lábio superior e filtro
TEMA: medidas antropométricas faciais indiretas de lábio superior e filtro. OBJETIVO: descrever as medidas de lábio superior e filtro em crianças no período de dentição mista, extraídas de telerradiografias, relacionando-as aos tipos faciais médio e longo, aos padrões de oclusão classe I e II de Angle e à postura habitual de repouso com e sem selamento labial. MÉTODO: verificação de 123 traçados de telerradiografias em norma lateral de crianças, extraídas de arquivos de documentação ortodôntica antes do início do tratamento corretivo. As radiografias são de crianças com idades entre 7:7 anos e 11:10 anos, sendo 56 do gênero masculino e 67 do feminino. RESULTADOS: na análise estatística foi utilizado o Teste-t de Student com significância de 5% e obteve-se os resultados: para lábio superior não foi encontrada diferença estatisticamente significante levando em consideração as variáveis tipos de face, oclusão e sexo. Para as medidas de filtro não houve diferença estatisticamente significante considerando tipo de face e oclusão, porém houve diferença para variável gênero. Obteve-se diferença estatisticamente significante tanto para lábio superior quanto para filtro analisando a variável postura habitual de repouso com e sem selamento labial, sendo assim fator determinante para as medidas. Este fato indica que pode haver direcionamento de modificações estruturais. CONCLUSÃO: média para comprimento do lábio superior em telerradiografia ficou estabelecida em torno de 21mm; a média para filtro em torno de 12mm. É importante considerar postura labial de repouso durante avaliação e processo de terapia ao se realizar as medidas de lábio superior e filtro.
2022-12-06T15:50:03Z
Daenecke,Sibeli Bianchini,Esther Mandelbaum Gonçalves Silva,Ana Paula Berberian V. da
Aclimatização: estudo do reconhecimento de fala em usuários de próteses auditivas
TEMA: a aclimatização refere-se ao período que sucede a adaptação dos amplificadores sonoros, quando ocorre uma melhora progressiva das habilidades auditivas e de reconhecimento de fala decorrente das novas pistas de fala disponíveis ao usuário da amplificação. OBJETIVO: verificar a aclimatização após adaptação de aparelhos de amplificação sonora individual (AASI) por meio de avaliações objetivas (testes de fala) e subjetivas (Questionário). MÉTODO: foram avaliados 16 deficientes auditivos no primeiro dia de adaptação de AASI e reavaliados mensalmente até o terceiro mês. Em todos os meses foram realizados os testes de fala Índice Percentual de Reconhecimento de Fala (IPRF), por meio de monossílabos, e Limiar de Reconhecimento de Sentenças no Ruído (LRSR), por meio de sentenças, determinando assim a relação sinal/ruído (S/R). Também foi aplicado o Questionário Internacional de Avaliação de Aparelhos de Amplificação Sonora Individual (QI - AASI) após um mês e três meses de adaptação das próteses auditivas. RESULTADOS: a comparação realizada entre o primeiro dia, primeiro, segundo e terceiro meses de adaptação das próteses auditivas mostrou uma melhora estatisticamente significante (p < 0,001) entre os resultados obtidos ao longo dos meses, tanto no IPRF, quanto na relação S/R. Não houve diferença estatisticamente significante nos resultados obtidos no questionário aplicado no primeiro e terceiro mês. CONCLUSÃO: a avaliação objetiva, por meio de tarefas de reconhecimento de fala, indica melhores resultados nos meses subseqüentes à adaptação das próteses auditivas evidenciando melhora progressiva das habilidades de fala a partir do primeiro mês de adaptação. A avaliação subjetiva não revela melhora entre o primeiro e o terceiro mês após a adaptação das próteses auditivas.
2022-12-06T15:50:03Z
Prates,Letícia Pimenta Costa Spyer Iório,Maria Cecília Martinelli
Relação entre fala, tônus e praxia não-verbal do sistema estomatognático em pré-escolares
TEMA: relação entre fala, tônus e praxia não-verbal. OBJETIVO: verificar a existência de relação entre fala, tônus e praxia não-verbal do sistema estomatognático em pré-escolares. MÉTODO: avaliamos 120 crianças, de 4:0 a 5:11 de idade. Todas foram submetidas à avaliação que constou de anamnese e avaliação fonoaudiológica. A anamnese foi realizada com a própria criança e complementada por informações obtidas por meio de um questionário, respondido por seus pais ou responsáveis. A avaliação fonoaudiológica constou de: avaliação do tônus (resistência), da mobilidade (realização de movimentos isolados), da praxia (repetição de movimentos seqüenciais) de lábios e de língua e da fala (nomeação de figuras). RESULTADOS: os achados estatisticamente significantes foram: tônus de língua normal nas crianças do grupo de praxia normal (p = 0,003*); tônus de língua alterado nas crianças do grupo de praxia alterada (p = 0,003*) e fala normal nas crianças do grupo com praxia normal (p < 0,001). Observamos tônus de lábios normal nas crianças do grupo de praxia normal (p = 0,058), fala alterada (grupo omissão, substituição e distorção) nas crianças do grupo com tônus de lábios alterado (p = 0,149), fala normal nas crianças do grupo com tônus de língua normal (p = 0,332), fala alterada (grupo omissão, substituição e distorção) nas crianças do grupo com praxia de lábios alterada (p = 0,241). Neste estudo não foram observadas diferenças da fala em relação ao sexo ou a idade. Entretanto, as crianças de 4:0 a 4:11 anos apresentaram alterações de fala em maior proporção que as da faixa etária de 5 anos. CONCLUSÃO: não foi possível comprovar a existência de relação entre o tônus e a praxia de lábios, e entre a praxia de lábios e a fala. Constatamos a existência de relação entre o tônus e a praxia não-verbal de língua e também entre a praxia não-verbal de língua e a fala.
2022-12-06T15:50:03Z
Farias,Samira Raquel de Ávila,Clara Regina Brandão de Vieira,Marilena Manno
Potenciais evocados auditivos em indivíduos acima de 50 anos de idade
TEMA: potenciais evocados auditivos. OBJETIVO: descrever os resultados dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico (PEATE), potenciais evocados auditivos de média latência (PEAML) e potencial cognitivo (P300) em indivíduos acima de 50 anos de idade. MÉTODO: este estudo foi desenvolvido no Laboratório de Investigação Fonoaudiológica em Potenciais Evocados Auditivos do Curso de Fonoaudiologia, do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da FMUSP. Foram avaliados 24 pacientes (45 orelhas) por meio do PEATE e do P300, sendo que apenas 18 destes pacientes (36 orelhas) foram avaliados por meio do PEAML. Todos os indivíduos encontravam-se na faixa etária de 51 a 74 anos de idade, divididos em três grupos:GI (50 - 59 anos), GII (60 - 69 anos) e GIII (70 a 79 anos) e apresentavam audição normal ou até perda auditiva neurossensorial de grau moderadamente severo no PEATE e de grau moderado no PEAML e no P300. A faixa de frequências avaliadas no PEATE e no PEAML abrangeu 3000 a 6000 Hz, enquanto que no P300 a faixa foi de 1000 a 1500Hz. Para a análise estatística dos dados foram utilizados os testes estatísticos de Kruskal-Wallis, Mann-Whitney e igualdade de duas proporções. RESULTADOS: observaram-se diferenças estatisticamente significantes entre os grupos simultaneamente para o interpico I -V no PEATE e para a latência da onda Na no PEAML, sendo que no PEATE foi o GIII que provocou a diferença e no PEAML foi o GI. Evidenciou-se diferença estatisticamente significante entre os grupos simultaneamente para a latência do componente P300. Verificou-se, também, alterações consideráveis em relação à qualidade dos traçados dos potenciais evocados auditivos, indicando uma forte correlação entre piora na qualidade do traçado e aumento da idade. CONCLUSÃO: o processo de envelhecimento do sistema auditivo afeta progressivamente as vias auditivas ao longo do tronco encefálico e lobo temporal.
2022-12-06T15:50:03Z
Matas,Carla Gentile Santos Filha,Valdete Alves Valentins dos Okada,Melissa Mitsue Cunha Pires Resque,Juliana Reis
Ordenação e resolução temporal em cantores profissionais e amadores afinados e desafinados
TEMA: ordenação e resolução temporal. OBJETIVO: comparar o desempenho de cantores que recebem orientação profissional, cantores amadores independentes e cantores amadores desafinados nos testes de padrão de freqüência sonora e teste de detecção de gap (Random Gap Detection Test). MÉTODO: participaram 78 indivíduos, de ambos os gêneros, com idade variando entre 18 e 55 anos. Foram incluídos cantores com audição normal, comprovada por meio de exame audiológico e com ausência de queixas de linguagem, fala, voz ou audição. Cada indivíduo respondeu a um questionário fornecendo várias informações, entre elas, a sua própria percepção auditiva sobre sua voz cantada; o tempo de canto com orientação profissional, dificuldade para cantar novas músicas e o de estudo de teoria musical. Para a avaliação foram utilizados o Teste de Padrão de Freqüência Sonora (TPF) e o Teste de Detecção de Gap Randomizado (RGDT) a fim de avaliar as habilidades de ordenação temporal e a resolução temporal respectivamente. RESULTADOS: no que se refere ao teste de detecção de gap randomizado (RGDT) não houve diferença estatisticamente significante entre as respostas por grupo e por variável. Em relação ao desempenho do TPF foi observado que o grupo que recebe orientação profissional possui desempenho superior e estatisticamente significante em relação ao grupo de amadores independentes e estes melhor do que o grupo de amadores desafinados. O desempenho no teste de padrão de freqüência teve relação com o treinamento especializado e com o estudo de teoria musical. CONCLUSÃO: o teste de detecção de gap (RGDT) não se mostrou sensível para distinguir cantores com orientação profissional de amadores, ao contrário do teste de padrão de freqüência sonora. O desempenho no teste de padrão de freqüência reflete o maior treinamento auditivo especializado e de estudo de teoria musical.
2022-12-06T15:50:03Z
Ishii,Cintia Arashiro,Priscila Midori Pereira,Liliane Desgualdo