Repositório RCAAP

Desempenho mastigatório em adultos relacionado com a desordem temporomandibular e com a oclusão

TEMA: desordem temporomandibular e mastigação. OBJETIVO: comparar sujeitos com desordem temporomandibular a um grupo controle quanto à mastigação e analisar as variáveis relacionadas. MÉTODO: 20 sujeitos com desordem temporomandibular (grupo com DTM) e 10 do grupo controle, ambos selecionados de acordo com o exame clínico e anamnese, responderam sobre a sua auto-percepção de severidade de dor e sons nas articulações temporomandibulares, dor nos músculos, sintomas otológicos, cefaléia e dificuldade para abrir a boca. Foram também submetidos ao exame clínico, considerando o número de elementos dentários presentes e a análise funcional da oclusão - medidas de abertura bucal, excursão lateral da mandíbula, interferências oclusais e contatos oclusais do lado de trabalho e balanceio. A mastigação foi avaliada quanto ao tempo para ingerir, ao número de golpes mastigatórios e ao tipo mastigatório (unilateral ou bilateral), usando um biscoito recheado, cuja força máxima para quebrá-lo no primeiro momento foi de 4341,8g, como verificado com o auxílio do Texture Analyser TA-XT2 (Stable Micro Systems). Os grupos foram comparados por análise de variância e as correlações entre as variáveis foram calculadas pelo teste produto-momento de Pearson. RESULTADOS: a maioria dos sujeitos do grupo controle apresentou tipo mastigatório bilateral, enquanto que no grupo com DTM houve tendência ao tipo mastigatório unilateral. No grupo controle foram estatisticamente maiores os escores do tipo mastigatório e as medidas de lateralidade. No grupo com DTM foram maiores as médias de idade, o tempo de mastigação, o número de golpes mastigatórios e a severidade da DTM. O tempo e o tipo mastigatório foram correlacionados, respectivamente de modo positivo e negativo, à severidade da DTM e ao número de interferências oclusais. CONCLUSÃO: no grupo com DTM a mastigação diferiu do padrão fisiológico normal. O número de interferências oclusais e a severidade da DTM foram as variáveis correlacionadas à mastigação.

Ano

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Felício,Cláudia Maria de Melchior,Melissa de Oliveira Silva,Marco Antônio Moreira Rodrigues da Celeghini,Renata Maria dos Santos

Amostra de filmagem e análise da pragmática na síndrome de Down

TEMA: avaliar o desenvolvimento da linguagem é uma tarefa complexa que exige conhecimentos teóricos e práticos a respeito dos aspectos que se deseja investigar, considerando-se a metodologia a ser utilizada na coleta e na análise dos dados, a fim de serem obtidos resultados consistentes e confiáveis, que reflitam a realidade do sujeito. OBJETIVO: considerando-se a obtenção do maior número de dados em menor tempo possível, sem prejuízo da qualidade e efetividade dos dados obtidos, nosso objetivo é identificar o momento e o tempo de filmagem de situação de interação, mais adequados para realizar a análise da pragmática de crianças com síndrome de Down. MÉTODO: foi traçado o perfil comunicativo de 25 crianças com síndrome de Down, de dois a sete anos de idade, utilizando-se a proposta de avaliação elaborada por Fernandes (2004), comparando-se os dados obtidos na análise de amostras de 30 e 15 minutos de filmagem. A situação analisada foi a de interação entre terapeuta e criança em brincadeira lúdica. Para verificar a significância dos dados, foi realizada análise estatística, utilizando os testes de Friedman e Wilcoxon e a técnica de Intervalo de Confiança, com nível de significância igual a 0,05 (5%). CONCLUSÃO: não foram encontradas diferenças significativas relacionadas às amostras obtidas com diferentes durações de filmagem para a análise da pragmática da comunicação de crianças com síndrome de Down.

Ano

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Porto,Eliza Limongi,Suelly Cecilia Olivan Santos,Irlaine Guedes dos Fernandes,Fernanda Dreux Miranda

Linguagem oral de crianças com cinco anos de uso do implante coclear

TEMA: implante coclear (IC) em crianças. Objetivo: traçar um perfil de linguagem oral receptiva e expressiva de crianças usuárias de implante coclear há cinco anos a cinco anos e onze meses; verificar a influência do tempo de privação sensorial na linguagem oral receptiva e expressiva dessas crianças. MÉTODO: 19 crianças deficientes auditivas usuárias de IC com deficiência auditiva pré-lingual, com tempo de uso do IC variando de 5a a 5a11m e média do tempo de privação sensorial de 3a (desvio padrão um ano) foram avaliadas por meio da Reynell Developmental Language Scales (RDLS) (Reynell e Gruber, 1990) que é composta pela Escala de Compreensão (C), Escala de Expressão (E) e suas Sub-Escalas Estrutura (Ee), Vocabulário (Ev) e Conteúdo (Ec). RESULTADOS: a mediana e os valores do quartil 75 e quartil 25 encontrados foram: 44, 57 e 54 para C; 48, 60 e 55 para E; 20, 21 e 20 para Ee; 15, 19 e 17 para Ev; 15, 22 e 18 para Ec; 96, 116 e 108 para a pontuação total. Houve correlação estatística entre o tempo de privação sensorial e a pontuação de C (p = - 0,62; R = 0,0044) e Ec (p = - 0,48; R = 0,0348) tornando o tempo de privação influente na pontuação total (p = - 0,53; R = 0,0174). CONCLUSÃO: o perfil de linguagem das crianças usuárias de implante coclear há cinco anos é desviante e semelhante ao perfil das crianças ouvintes de cinco anos para a Expressão e ao das crianças ouvintes de quatro anos para a Compreensão; a influência do tempo de privação sensorial foi estatisticamente significante na pontuação da C - linguagem receptiva - e na pontuação de uma seção (Ec) da E - linguagem expressiva, sendo significante na pontuação total da RDLS.

Ano

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Stuchi,Raquel Franco Nascimento,Leandra Tabanez do Bevilacqua,Maria Cecília Brito Neto,Rubens Vuono de

Reabilitação vestibular em idosos com tontura

TEMA: o envelhecimento populacional é um processo natural, manifesta-se por um declínio das funções de diversos órgãos. A reabilitação vestibular (RV) é um processo terapêutico que visa promover a redução significativa dos sintomas labirínticos. OBJETIVO: verificar os benefícios dos exercícios de RV por meio da avaliação pré e pós-aplicação do questionário Dizziness Handicap Inventory (DHI) - adaptação brasileira. MÉTODO: participaram deste estudo oito idosos com queixa de tontura, na faixa etária de 63 a 82 anos, três do sexo masculino e cinco do sexo feminino. Realizaram-se os seguintes procedimentos: anamnese, inspeção otológica, avaliação vestibular por meio da vectoeletronistagmografia (VENG), aplicação do questionário DHI e dos exercícios de RV de Cawthorne (1944) e Cooksey (1946). RESULTADOS: com relação as queixas auditivas e vestibulares, observou-se a incidência do zumbido, da hipoacusia, da vertigem postural e do desequilíbrio; na avaliação da função vestibular, constataram-se alterações em todos os idosos; as alterações foram na sua maioria na prova calórica com predomínio da hiporreflexia uni e bilateral; constataram-se, no exame vestibular, três casos de síndrome vestibular periférica deficitária unilateral, três casos de síndrome vestibular periférica deficitária bilateral, um caso de síndrome vestibular central deficitária bilateral e um caso de síndrome vestibular central irritativa bilateral; houve melhora significativa dos aspectos físico (p = 0,00413), funcional (p = 0,00006) e emocional (p = 0,03268) após a realização dos exercícios de RV. CONCLUSÃO: o protocolo utilizado de RV promoveu melhora na qualidade de vida dos idosos e auxiliou no processo de compensação vestibular.

Ano

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Zanardini,Francisco Halilla Zeigelboim,Bianca Simone Jurkiewicz,Ari Leon Marques,Jair Mendes Martins-Bassetto,Jackeline

Audiometria de reforço visual com diferentes estímulos sonoros em crianças

TEMA: avaliação auditiva infantil. OBJETIVO: verificar os Níveis Mínimos de Resposta (NMR) por meio de Audiometria de Reforço Visual (ARV) em campo livre, em 50 crianças ouvintes e 25 deficientes auditivas, considerando as variáveis: lado de apresentação sonora, sexo, idade e tipo de estímulo. MÉTODO: realizou-se ARV com tons puros modulados em freqüência (warble) e com estímulos do Sistema Sonar nas crianças selecionadas. Os tons modulados foram produzidos pelo Audiômetro Pediátrico, nas freqüências de 500, 1000, 2000 e 4000Hz e nas intensidades de 80, 60, 40 e 20dBNA. Sendo estes apresentados em ordem decrescente de intensidade e utilizando o condicionamento estímulo-resposta-reforço visual. Utilizando os estímulos Sistema Sonar, o procedimento de avaliação e a apreciação das respostas foram os mesmos, porém para a apresentação destes foi utilizada uma caixa de amplificação sonora. Cada alto-falante com o reforço visual foi posicionado a aproximadamente a 90 azimute à direita e à esquerda da criança, em uma distância de aproximadamente 50cm. O reforço visual usado foi um palhaço iluminado. RESULTADOS: não houve diferença estatisticamente significante entre MNR em relação ao lado de apresentação. Os NMRs em 500 e 2000Hz do Sistema Sonar, foram menores no sexo masculino nos ouvintes. Neste grupo houve diminuição dos NMR com aumento da idade, para ambos estímulos. Ao comparar NMRs com dois estímulos houve diferença estatisticamente significante a favor do Sistema Sonar apenas para ouvintes com menos de dois anos. CONCLUSÃO: em ouvintes os NMRs reduzem com avanço da idade independente do estímulo e são inferiores com o Sistema Sonar. Nas deficientes auditivas não houve diferença significativa em relação a nenhuma variável estudada.

Ano

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Vieira,Eliara Pinto Azevedo,Marisa Frasson de

Emissões otoacústicas: produto de distorção em lactentes até dois meses de idade

TEMA: na Audiologia clínica há uma necessidade de se estabelecer parâmetros para análise da emissão otoacústica - produto de distorção (EOAPD) em lactentes, com a finalidade de utilizá-los como critério clínico na avaliação audiológica. OBJETIVO: descrever os achados do registro das EOAPD em lactentes até dois meses de idade por meio da análise do nível de resposta, do nível de ruído e da relação sinal/ruído em todas as bandas de freqüências; da análise do nível de resposta em relação às variáveis: gênero, pico de pressão na timpanometria e estado do lactente durante o exame e da distribuição do percentil do nível de resposta. MÉTODO: foram avaliados 138 lactentes sem indicadores de risco para perda auditiva e que passaram na triagem auditiva. Os parâmetros foram: L1 = 65dBNPS e L2 = 50dBNPS no equipamento ILO292 - Otodynamics. RESULTADOS: Foram avaliados 70 lactentes do gênero masculino e 68 do feminino. As medianas do nível de resposta das EOAPD por freqüência (f2) variaram entre 6,0dB NPS e 16,3dBNPS. As medianas do nível de ruído das EOAPD por freqüência (f2) variaram entre -12,5dB NPS e -2,1dBNPS. As medianas da relação sinal/ruído das EOAPD por freqüência (f2) variaram entre 10,5dBNPS e 25,5dBNPS. CONCLUSÕES: Não houve diferença estatisticamente significante entre gêneros e entre orelhas para o nível de resposta. O pico de pressão na timpanometria definido por três grupos (entre -50 e +50daPa; < -50daPa e > +50daPa) não influenciou no registro do nível de resposta. Para uma interpretação clínica, o percentil 5 pode sugerir perda auditiva e o percentil 95 pode sugerir audição dentro da normalidade. É importante a realização de estudos com lactentes com perda auditiva para que se possa complementar o critério clínico no caso de presença de EOAPD e perda auditiva.

Ano

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Pinto,Vanessa Sinelli Lewis,Doris Ruthy

Problemas de linguagem e alimentares em crianças: co-ocorrências ou coincidências?

TEMA: relações entre problemas de linguagem oral e transtornos alimentares em crianças. OBJETIVO: analisar a possível co-ocorrência desses distúrbios postos numa relação de implicação estrutural, pressupostas as influências recíprocas entre linguagem, corpo e psiquismo. MÉTODO: clínico quanti-qualitativo, a partir da observação livre de amostragem não intencional de 35 crianças (entre 1:4 e 7:0 anos de idade) com queixas de problemas de linguagem oral e atendidas numa clínica-escola durante o período de um ano. Dessa população foi destacado um estudo de caso (J., 4:0 anos), com importância de cenário emblemático em relação ao paradigma teórico utilizado na discussão dos resultados. O procedimento de avaliação de cada sujeito consistiu em entrevistas familiares, análise da linguagem oral no contexto dialógico e em situações lúdicas e avaliação da motricidade oral. RESULTADOS: problemas de linguagem e distúrbios alimentares co-ocorreram em 100% dos casos, que foram sub-categorizados por faixas etáreas em função de similaridades sintomatológicas. Na categoria A (1:4 a 3:0 anos) encontram-se 10 sujeitos (28,57%) e aparecem: atraso no desenvolvimento da linguagem oral, restrições interacionais, disfagia ou hipofagia. Na B (3:1 a 5:0 anos) 20 sujeitos (57,14%), temos: da ausência de linguagem oral à precariedade discursiva, distúrbios articulatórios, problemas de mastigação e deglutição, idiossincrasias alimentares e obesidade. Na C (5:1 a 7:0 anos) 5 sujeitos (14,28%), surgem: alterações discursivas severas, distúrbios articulatórios, problemas de mastigação e deglutição e recusa a determinados alimentos. RESULTADOS: a co-ocorrência de problemas de linguagem oral e transtornos alimentares não é mera coincidência, mas ambos os distúrbios configuraram-se como transtornos da oralidade. Sugere-se, portanto, que os fonoaudiólogos investiguem dificuldades alimentares nos processos diagnósticos de pacientes cuja queixa e/ou os sintomas manifestos incidam na linguagem oral.

Ano

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Palladino,Ruth Ramalho Ruivo Cunha,Maria Claudia Souza,Luiz Augusto de Paula

Botulismo e disfagia

TEMA: o botulismo é uma doença neuroparalítica grave, de caráter agudo, afebril e causada pela ação de uma toxina produzida pelo Clostridium botulinum. Essa toxina se liga aos receptores da membrana do axônio dos neurônios motores, impedindo a liberação de acetilcolina na junção neuromuscular, o que causa paralisia flácida dos nervos cranianos e da musculatura esquelética, estruturas responsáveis pela adequada funcionalidade da deglutição nos indivíduos. OBJETIVO: apresentar o trabalho fonoaudiológico realizado junto a um paciente com quadro clínico de botulismo com queixa de disfagia. MÉTODO: paciente adulto, gênero masculino, com quadro clínico de botulismo, encaminhado para avaliação fonoaudiológica por apresentar dificuldades em deglutir saliva. Durante avaliação observou-se: alteração na mobilidade, tonicidade e sensibilidade dos órgãos do Sistema Miofuncional Orofacial (OMSs); redução dos movimentos laríngeos; estase de saliva em cavidade oral; ausência do reflexo de deglutição; ausência da função de deglutição. Foram realizadas nove sessões de fonoterapia, nas quais se abordou: estimulação dos OMSs - mobilidade, tonicidade e sensibilidade; estimulação dos reflexos orais e faríngeos; testes e treinos de deglutição com diferentes consistências alimentares e com auxilio de manobras de proteção e de limpeza de vias aéreas. RESULTADOS: melhora da mobilidade, tonicidade e sensibilidade dos OMSs; presença do reflexo de deglutição; melhora da elevação laríngea; restabelecimento da função de deglutição sem necessidade de assistência de qualquer profissional ou de manobras clínicas; qualidade vocal próxima aos parâmetros de normalidade (hipernasalidade e incoordenação pneumofonoarticulatória leves). Paciente recebeu alta fonoaudiológica e hospitalar, sendo indicado atendimento clínico para adequação e aperfeiçoamento dos OMSs. CONCLUSÃO: o trabalho fonoaudiológico mostrou-se eficiente no restabelecimento dos OMSs e da função da deglutição, possibilitando que o paciente restabelecesse a funcionalidade adequada de seu sistema miofuncional orofacial.

Ano

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Mangilli,Laura Davison Andrade,Claudia Regina Furquim de

Testes de rastreamento x testes de diagnóstico: atualidades no contexto da atuação fonoaudiológica

TEMA: instrumentos diagnósticos, propriedades e uso de indicadores para seleção, aplicação e validação de instrumentos de diagnóstico e de rastreamento. OBJETIVO: apresentar conceitos ligados aos instrumentos de avaliação e sua aplicação de acordo com o objetivo, seja rastreamento ou diagnóstico. Também são apresentados alguns exemplos práticos de aplicação de instrumentos de avaliação ligados à comunicação humana, bem como critérios de validação de testes na população e critérios utilizados para sua escolha e aplicação racional em serviços e programas de saúde a partir de pressupostos epidemiológicos pesquisados em artigos indexados nas bases de dados Scielo, Lilacs ou Medline até janeiro de 2007. CONCLUSÃO: instrumentos de avaliação e diagnóstico clínico diferem dos instrumentos de rastreamento em relação a seus objetivos e critérios de elegibilidade. São indicativos da precisão de um instrumento de avaliação, seja para rastreamento ou diagnóstico, a sensibilidade e a especificidade de tal instrumento. Questões como reprodutibilidade, tempo para realização do teste ou exame e preparação prévia do paciente também devem ser considerados quando da seleção de instrumentos de avaliação clínica. O conhecimento e disseminação de informações ligadas às propriedades dos instrumentos de avaliação ligados a Fonoaudiologia devem ser incentivados sistematicamente. Além disso, a ampliação da gama de conhecimentos acerca das diferentes perspectivas ligadas às metodologias e instrumentos diagnósticos contribuem com a melhor racionalização de recursos humanos e financeiros. A elaboração de estudos que promovam a validação dos instrumentos correntemente utilizados para rastreamento e diagnóstico dos distúrbios da comunicação humana colabora com o avanço do conhecimento ligado a Fonoaudiologia e, indiretamente, para com o reconhecimento da ciência fonoaudiológica, baseada em evidências técnico-científicas, na promoção da saúde.

Ano

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Goulart,Bárbara Niegia Garcia de Chiari,Brasília Maria

Evolução do ritmo de sucção e influência da estimulação em prematuros

TEMA: o desenvolvimento do padrão de sucção em recém-nascido pré-termo no período neonatal é importante não só para o estabelecimento de uma sucção eficiente, mas também para o desenvolvimento motor-oral. A alimentação segura e eficiente do recém-nascido pré-termo está relacionada a uma sucção com ritmo e coordenação. A estimulação da sucção não-nutritiva pode influenciar a evolução do padrão de sucção e o desenvolvimento do ritmo de sucção nos recém-nascidos pré-termo. OBJETIVO: analisar a evolução do ritmo de sucção, na sucção não-nutritiva e na sucção nutritiva, em função da estimulação da sucção não-nutritiva e do avanço da idade gestacional corrigida. MÉTODO: foram envolvidos 95 recém-nascidos pré-termo (RNPT) distribuídos de forma aleatória em três grupos: Grupo 1, grupo controle (35 RNPT), sem estimulação da sucção não-nutritiva; Grupo 2 (30 RNPT), com estimulação da sucção não-nutritiva com chupeta ortodôntica para prematuros Nuk® e Grupo 3 (30 RNPT), com estimulação da sucção não-nutritiva por meio do dedo enluvado. RESULTADOS: os recém-nascidos tinham idade gestacional de nascimento média de 30,5 semanas (± 1,57), idade gestacional corrigida ao entrar no estudo média de 31,6 semanas (± 1,31) e peso de nascimento médio de 1.390 gramas, sem diferenças estatísticas entre os grupos. O número de eclosões e pausas por minuto aumentou 0,16 a cada semana e a duração das eclosões 0,81 segundos; a duração das pausas diminuiu 3,8 segundos a cada semana e o número de sucções/segundo foi constante, na sucção não-nutritiva 1,15 e na sucção nutritiva 0,95. Não foram encontradas diferenças estatísticas entre os três grupos em nenhuma das variáveis estudadas. CONCLUSÃO: a estimulação da sucção não-nutritiva em recém-nascido pré-termo não modificou a evolução do ritmo de sucção, tendo sido o processo de maturação, representada pela idade gestacional corrigida, o maior determinante desse processo.

Ano

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Neiva,Flávia Cristina Brisque Leone,Cléa Rodrigues

Análise da produção científica nacional fonoaudiológica acerca da linguagem escrita

TEMA: a produção científica nacional sobre a linguagem escrita no âmbito da Fonoaudiologia. OBJETIVO: analisar parte da produção fonoaudiológica brasileira acerca da linguagem escrita, entre os anos de 1980 a 2004, levando em conta o período da publicação; a distribuição de freqüência por período; os tipos de publicações; as sub-temáticas abordadas e a autoria. MÉTODO: a pesquisa de caráter documental configurou a opção metodológica selecionada para a realização desse estudo. Foram analisados livros, capítulos de livros e artigos publicados em sete periódicos nacionais de Fonoaudiologia (1980 a 2004). RESULTADOS: as produções científicas em torno da linguagem escrita, no período considerado, perfazem um total de 236 publicações. Desse total, 3,39% foram publicadas na década de 1980; 44,1% na década de 1990; e 52,5% durante o período de 2000-2004. Quanto ao tipo das publicações, 18,5% foram publicadas em forma de livro, 39% de capítulo de livro e 42,5% de artigo em periódico. Quanto à autoria das publicações, 42 autores (76,36%), são vinculados a instituições de ensino superior, como docentes ou discentes, com maior concentração no Estado de São Paulo e menor no Rio de Janeiro. As produções analisadas versaram sobre cinco sub-temáticas: "distúrbios de linguagem escrita" (52%); "processo de apropriação da linguagem escrita" (23,5%); "surdez e linguagem escrita" (8,90%); "alterações neurológicas e linguagem escrita" (8,22%) e "escola e linguagem escrita" (7,53%). CONCLUSÃO: a pesquisa permitiu recuperar parte da memória acerca da construção de um campo de atuação e de conhecimento da área fonoaudiológica: a linguagem escrita. O ascendente crescimento de publicações em torno dessa temática aponta para o implemento de pesquisas nesse campo da Fonoaudiologia e, portanto, a pertinência de estudos que objetivem analisar os rumos da produção científica relativa ao mesmo.

Ano

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Munhoz,Cíntia Mara Affornalli Massi,Giselle Berberian,Ana Paula Giroto,Claudia Regina Mosca Guarinello,Ana Cristina

Influência de paradigmas temporais em testes de processamento temporal auditivo

TEMA: processamento temporal auditivo. OBJETIVO: comparar o desempenho de crianças, em testes de processamento temporal auditivo de acordo com diferentes paradigmas temporais como intervalo inter-estímulos, duração do estímulo e tipo de tarefa solicitada (discriminação ou ordenação). MÉTODO: foram avaliadas 27 crianças de 9 a 12 anos. Para analisar o efeito de cada variável temporal, foi desenvolvida e aplicada uma adaptação do teste americano "Repetition Test", contendo quatro testes de discriminação e de ordenação de frequência, e quatro testes de discriminação e de ordenação de duração. Para investigar a variável "tipo de tarefa solicitada", foram elaborados testes envolvendo discriminação e ordenação de frequência e discriminação e ordenação de duração. Para investigar a variável "duração do estímulo", foram elaborados testes de discriminação e ordenação de freqüência com estímulos de 200ms e 100ms e testes de discriminação e ordenação de duração com estímulos de 200/400ms e 300/600ms. Para investigar a variável "intervalo inter-estímulos", foram elaborados testes com intervalos inter-estímulos variáveis aleatoriamente entre 50ms e 250ms. RESULTADOS: em relação à variável intervalo inter-estímulos, não houve diferença estatisticamente significante entre a média de acertos quando os intervalos variavam de 50 a 250 ms, em todos os testes realizados; em relação à duração do estímulo, o grupo apresentou pior desempenho para estímulos com menor duração (100ms) em comparação com estímulos maiores, mas apenas nos testes envolvendo freqüência; em relação à ordem solicitada, o grupo apresentou pior desempenho nas tarefas de ordenação, se comparada com discriminação. CONCLUSÃO: variáveis temporais como duração do estímulo e tipo de ordem solicitada (discriminação e ordenação) podem interferir no desempenho de crianças em testes de processamento temporal auditivo.

Ano

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Murphy,Cristina Ferraz Borges Schochat,Eliane

Programa de triagem auditiva neonatal: associação entre perda auditiva e fatores de risco

TEMA: perda auditiva em neonatos. OBJETIVOS: verificar a prevalência de alterações auditivas em neonatos do Hospital São Paulo, observando se há correlação com as variáveis: peso de nascimento, idade gestacional, relação peso e idade gestacional e fatores de risco para deficiência auditiva. MÉTODO: realizou-se uma análise retrospectiva dos prontuários de 1696 recém nascidos, sendo 648 nascidos pré-termo e 1048 a termo. Todas as crianças foram submetidas à avaliação audiológica constituída por pesquisa das emissões otoacústicas transientes e do reflexo cocleopalpebral e medidas de imitância acústica, estabelecendo-se o diagnóstico do tipo e grau de perda. RESULTADOS: a perda auditiva neurossensorial foi identificada em 0,82% das crianças nascidas a termo, e 3,1% das crianças pré-termo (com diferença estatisticamente significante). A perda auditiva condutiva foi a mais freqüente nas duas populações sendo observada em 14,6% das crianças nascidas a termo e 16,3% das crianças pré-termo. Houve suspeita de alterações do sistema auditivo central em 5,8% das crianças pré-termo e 3,3% das crianças a termo. Na população de crianças nascidas a termo, houve correlação significante entre falha na triagem auditiva e os riscos antecedente familiar e síndrome, sendo 37 vezes maior a chance de uma criança com síndrome falhar na triagem e sete vezes maior a chance de falhar na orelha direita quando esta tiver antecedente familiar de perda auditiva. Quanto menor a idade gestacional (< 30 semanas) e o peso ao nascimento (< 1500g), três vezes mais chance de falhar na triagem auditiva. CONCLUSÕES: houve maior ocorrência de perda auditiva nas crianças pré-termo de UTI neonatal. A idade gestacional e o peso de nascimento foram variáveis importantes relacionadas na probabilidade de falha na triagem auditiva. Houve correlação entre o fator de risco síndrome e a perda auditiva neurossensorial em crianças nascidas a termo.

Ano

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Pereira,Priscila Karla Santana Martins,Adriana de Souza Vieira,Márcia Ribeiro Azevedo,Marisa Frasson de

Relação entre grau de severidade de disfunção temporomandibular e a voz

TEMA: a disfunção temporomandibular é uma das desordens mais complexas do organismo capaz de desencadear alterações nos movimentos mandibulares que provocam prejuízos tanto na articulação da fala como na qualidade da voz. Na literatura a relação entre o grau de severidade da sintomatologia desta disfunção e a influência desta na produção vocal tem sido pouco estudada. OBJETIVO: verificar a relação entre o grau de severidade de sintomatologia da disfunção temporomandibular com a produção vocal. MÉTODO: participaram deste estudo 24 sujeitos, do gênero feminino, com idade variando entre 16 e 56 anos que foram submetidos à aplicação do questionário de índice anamnésico Fonseca et al. (1994), a exame odontológico, exame otorrinolaringológico e avaliação audiológica. Posteriormente os 24 sujeitos da pesquisa foram submetidos à gravação da voz, em gravador digital para posterior análise perceptivo-auditiva dos parâmetros da voz como: tipo vocal, ressonância, qualidade da emissão, pitch e loudness, e para análise dos parâmetros acústicos da espectrografia de banda larga, banda estreita e dos parâmetros acústicos por meio do Multi Dimensional Voice Program (MDVP) da Key Elementrics Real Time. RESULTADOS: verificou-se que de todos os parâmetros da avaliação perceptivo-auditiva da voz o grau de sintomatologia severo apresentou significância estatística para diminuição da loudness (p = 0,013). A qualidade vocal rouca foi a que mais apareceu nos sujeitos com grau leve e severo, seguida pela soprosa. Na espectrografia de banda larga houve significância estatística para o aumento da anti-ressonância (p = 0,013) no grau severo de disfunção temporomandibular. CONCLUSÃO: verificou-se que o grau de severidade ocasiona diminuição da loudness, aumento de ruído e alteração na ressonância da voz interferindo na qualidade vocal desses sujeitos.

Ano

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Silva,Ana Maria Toniolo da Morisso,Marcela Forgiarini Cielo,Carla Aparecida

Desempenho de adultos brasileiros normais na prova semântica: efeito da escolaridade

TEMA: nas modernas visões sobre as bases neuropsicobiológicas da linguagem, aceita-se seu funcionamento em estreita relação com sistemas de suporte, como atenção e memória. A memória semântica constitui a base do conhecimento, comunicação e aprendizado. O conhecimento semântico se consolida com a exposição a informações e a possibilidade de integração dessas informações. Assim sendo, a idade e a escolaridade podem estar associadas ao conhecimento semântico. OBJETIVO: analisar a interferência do nível de escolaridade no desempenho, de adultos brasileiros normais, na prova semântica. MÉTODO: cinqüenta e seis brasileiros normais, vinte do sexo masculino, trinta e seis do feminino, com faixa etária variando entre vinte e sessenta e cinco anos, e escolaridade entre um e vinte anos, foram divididos em dois grupos, de acordo com o nível de escolaridade. O Grupo 1 (N = 31) com um a oito anos de escolaridade; e o Grupo 2 (N = 25) com escolaridade acima de oito anos. A prova semântica consistiu em apresentar questões, em relação a dez figuras, sobre categoria, traço físico, e função, e após as questões solicitar a nomeação dessas figuras. Resultados: o nível de escolaridade influenciou o desempenho dos sujeitos. Houve diferença entre os Grupos em julgamento de traços semânticos e na nomeação, onde o Grupo 2 obteve os melhores escores na maioria das provas. As questões negativas foram as que apresentaram o maior número de erros. A partir da análise qualitativa das respostas na nomeação observou-se que as figuras de seres animados foram as que mais apresentaram respostas desviantes, com maior ocorrência de substituições por itens coordenados. CONCLUSÃO: foi possível observar que o menor nível de escolaridade influenciou o desempenho negativamente, em tarefas de conhecimento semântico, em ambos julgamento de traços e nomeação, particularmente na categoria animados.

Ano

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Machado,Olivia Correia,Sheilla de Medeiros Mansur,Letícia Lessa

Implante coclear: audição e linguagem em crianças deficientes auditivas pré-linguais

TEMA: implante coclear em crianças, percepção de fala e linguagem oral, desempenho de audição e de linguagem oral em crianças com deficiência auditiva neurossensorial profunda pré-lingual usuárias de implante coclear. OBJETIVO: estudar o desempenho de audição e de linguagem oral de crianças portadoras de deficiência auditiva neurossensorial profunda bilateral pré-lingual, usuárias de implante coclear multicanal, quanto aos seguintes aspectos: idade da criança na época da realização da pesquisa, tempo de privação sensorial auditiva, tempo de uso do implante coclear, tipo de implante coclear, estratégia de codificação de fala utilizada, grau de permeabilidade da família no processo terapêutico e estilo cognitivo da criança. MÉTODO: as 60 crianças estudadas foram avaliadas quanto às categorias de audição e de linguagem. Todas as variáveis foram analisadas estatisticamente. Os aspectos psicossociais, considerando o estilo cognitivo da criança e o grau de permeabilidade da família também foram variáveis investigadas. Resultados: quanto ao desempenho de audição e de linguagem com o uso do implante coclear, as categorias auditivas intermediárias e avançadas foram alcançadas por mais da metade do grupo de crianças. Os aspectos estatisticamente significantes no desempenho de audição e de linguagem oral foram: a idade da criança na avaliação, o tempo de privação sensorial auditiva, o tempo de uso do implante coclear, o tipo de implante, a estratégia de codificação dos sons da fala e a permeabilidade da família. CONCLUSÃO: o implante coclear como tratamento de crianças com deficiência auditiva neurossensorial pré-lingual é altamente efetivo, embora complexo pela interação de variáveis que interferem no desempenho da criança implantada, desafiando novos estudos na compreensão da complexidade da implantação em crianças pequenas.

Ano

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Moret,Adriane Lima Mortari Bevilacqua,Maria Cecilia Costa,Orozimbo Alves

Aspectos indicativos de envelhecimento facial precoce em respiradores orais adultos

TEMA: envelhecimento facial precoce em respiradores orais adultos. OBJETIVO: verificar a presença de aspectos indicativos de envelhecimento facial precoce e caracterizar morfometricamente as medidas da projeção do sulco nasogeniano ao tragus e da largura facial (distância entre os bucinadores) em respiradores orais e nasais adultos. MÉTODO: foi realizada, em 60 indivíduos, observação de aspectos indicativos de envelhecimento facial precoce (presença de olheiras, rugas embaixo dos olhos, rugas mentuais e sulco mentual). Em seguida, foram tomadas medidas da projeção do sulco nasogeniano ao tragus e da largura facial (distância entre os bucinadores) utilizando-se paquímetro eletrônico digital. Posteriormente, os voluntários foram submetidos às avaliações fonoaudiológica (anamnese e avaliação miofuncional orofacial) e otorrinolaringológica (anamnese, avaliação clínica e exame de videonasofaringolaringoscopia) para diagnóstico da respiração oral. Após os dados obtidos serem caracterizados com a utilização de técnicas de estatística descritiva, aplicou-se os testes de aderência de Kolmogorov-Smirnov e Shapiro-Wilk e os testes de hipótese Qui-quadrado, Mann-Withney e o teste T de Student para variáveis independentes. As diferenças foram consideradas significativas para valores de p menores que 0,05 e o erro beta admitido foi de 0,1. RESULTADOS: a amostra foi composta apenas por voluntários do sexo feminino. Verificou-se, no grupo teste (respiradores orais), média de idade de 22,04 ± 2,25 anos e, no grupo controle (respiradores nasais), 21,94 ± 2,03 anos. Observou-se, no grupo de respiradores orais, um percentual mais elevado da presença de aspectos indicativos de envelhecimento facial precoce quando comparado aos respiradores nasais, bem como maiores diferenças entre as projeções dos sulcos nasogenianos nas hemifaces direita e esquerda. Entretanto, foram observados maiores valores de largura facial nos respiradores nasais, configurando faces discretamente mais alargadas na região das bochechas. CONCLUSÃO: no presente estudo foram observados maiores indícios de envelhecimento facial precoce no grupo de respiradores orais.

Ano

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Oliveira,Aline Cabral de Anjos,César Antônio Lira dos Silva,Érika Henriques de Araújo Alves da Menezes,Pedro de Lemos

Memória de trabalho, consciência fonológica e hipótese de escrita

TEMA: memória de trabalho, consciência fonológica e hipótese de escrita. OBJETIVO: verificar a relação entre a memória de trabalho, a consciência fonológica e a hipótese de escrita em alunos de pré-escola e primeira série. MÉTODO: a amostra foi composta de 90 alunos da rede estadual de ensino que apresentavam desenvolvimento lingüístico típico. Destes, 40 alunos eram da pré-escola, com idade média de seis anos e cinco meses, e 50 eram da primeira série, com idade média de sete anos e dois meses. A amostra selecionada foi submetida à avaliação das habilidades de memória de trabalho com base no Modelo de Memória de Trabalho de Baddeley (2000), envolvendo o componente fonológico. O componente fonológico foi avaliado através do subteste cinco, Memória Seqüencial Auditiva, do Teste Illinois de Habilidades Psicolinguísticas (ITPA), adaptação brasileira realizada por Bogossian e Santos (1977), e da Prova de Repetição de Palavras sem Significado, elaborado por Kessler (1997). As habilidades de consciência fonológica foram estudadas a partir do teste Consciência Fonológica: Instrumento de Avaliação Seqüencial (CONFIAS), elaborado por Moojen et al. (2003), considerando tarefas de consciência silábica e fonêmica. A escrita foi caracterizada conforme a proposta de Ferreiro e Teberosky (1999). RESULTADOS: os pré-escolares apresentaram capacidade de repetir seqüências de 4,80 dígitos e 4,30 sílabas; em consciência fonológica, o desempenho em nível de sílabas foi de 19,68 e 8,58, em nível de fonemas; e hipótese de escrita pré-silábica, em sua maioria. Os alunos de primeira série repetiram, em média, seqüências de 5,06 dígitos e 4,56 sílabas, apresentaram desempenho de 31,32, em consciência fonológica em nível de sílabas, e 16,18, em nível de fonemas; e hipótese alfabética de escrita. CONCLUSÃO: o desempenho em memória de trabalho, consciência fonológica e nível de escrita se inter-relacionam, bem como estão relacionados com a idade cronológica, a maturidade e a escolaridade.

Ano

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Gindri,Gigiane Keske-Soares,Márcia Mota,Helena Bolli

Realimentação auditiva atrasada e tratamento de gagueira: evidências a serem consideradas

TEMA: a realimentação auditiva atrasada (RAA) é ao que parece, uma técnica que tem sido utilizada no tratamento da gagueira com bons resultados. Muitos aparelhos de RAA são comercializados. No entanto, nem todas as pessoas que gaguejam experimentam melhora na fluência da fala ao utilizar a RAA e quando os efeitos são positivos observam-se diferenças consideráveis em relação ao grau e às condições em que a melhora na fala ocorreu. Neste sentido, a decisão de utilizar ou não a RAA no tratamento de um cliente nem sempre é óbvia. OBJETIVO: o presente artigo se propõe a discutir e ilustrar fatores a serem considerados, no que se refere à utilização da RAA em terapia individual, com base em uma revisão de literatura. Quatro tipos de fatores são apresentados: fatores inerentes ao cliente, tais como sexo, idade, severidade de gagueira, tipologia da disfluência, origem da gagueira e tipo biológico; fatores externos ao cliente, como o tempo de retorno da informação auditiva, intensidade, modo de apresentação, modalidade e situação de fala; possíveis efeitos colaterais como redução da velocidade de fala, aumento da freqüência fundamental e da intensidade vocal, prolongamento de vogais e um possível efeito na naturalidade fala; outros fatores como questões estéticas, questões financeiras e duração do efeito na fala. CONCLUSÃO: a revisão aponta a influência de fatores múltiplos, mas com os dados existentes é difícil predizer se o indivíduo será ou não beneficiado pelo uso da RAA. Em suma, além das evidências em relação à influência de diferentes fatores serem ainda pobres, alguns estudos apresentam dados de pouca qualidade que não podem ser considerados "evidência".

Ano

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Van Borsel,John Sierens,Sarah Pereira,Mônica Medeiros de Britto

Características do sistema estomatognático de crianças respiradoras orais: enfoque antroposcópico

TEMA: a utilização da antroposcopia na avaliação das características posturais e morfológicas do sistema estomatognático de crianças respiradoras orais. OBJETIVO: descrever as características posturais e morfológicas do sistema estomatognático de crianças respiradoras orais, segundo a idade. MÉTODO: Participaram 100 crianças, de ambos os sexos, com idades entre 7 anos e 11 anos e 11 meses, leucodermas, em dentição mista e com diagnóstico de respiração oral. As características posturais e morfológicas do sistema estomatognático pesquisadas foram posição habitual de lábios e de língua, possibilidade de vedamento labial, hiperfunção do músculo mentual durante a oclusão labial, mordida e morfologia do lábio inferior, das bochechas e do palato duro, por meio da antroposcopia. RESULTADOS: no que se refere à caracterização da população do estudo segundo o diagnóstico otorrinolaringológico principal, tem-se que foi mais freqüente o aumento de tonsila faríngea e de tonsilas palatinas. Não foi encontrada diferença estatisticamente significativa entre as porcentagens de cada diagnóstico otorrinolaringológico, de acordo com a idade. Os resultados relativos às características do sistema estomatognático indicaram que os aspectos mais comuns na amostra foram posição habitual de lábios entreaberta, posição habitual de língua no assoalho oral, possibilidade de vedamento labial, hiperfunção do músculo mentual durante a oclusão dos lábios, mordida alterada, lábio inferior com eversão, simetria de bochechas e palato duro alterado, sendo que todas as características estudadas apresentaram a mesma freqüência com o avançar da idade, não havendo diferença estatisticamente significativa de acordo com essa variável. CONCLUSÃO: as crianças respiradoras orais apresentaram adaptações patológicas das características posturais e morfológicas do sistema estomatognático, sugerindo a importância do diagnóstico precoce como forma de evitar alterações orofaciais.

Ano

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Cattoni,Débora Martins Fernandes,Fernanda Dreux Miranda Di Francesco,Renata Cantisani Latorre,Maria do Rosário Dias de Oliveira