Repositório RCAAP
Avaliação da carcaça de cordeiros da raça Texel sob diferentes métodos de alimentação e pesos de abate
O trabalho objetivou avaliar o efeito do sexo, peso de abate e métodos de alimentação sobre as características qualitativas e quantitativas da carcaça de cordeiro (as) da raça Texel. O experimento utilizou 38 animais (20 cordeiros machos não castrados e 18 cordeiras), os quais foram aleatoriamente distribuídos, 24 horas após o nascimento, com suas respectivas mães, em três métodos de alimentação (M1= ovelhas alimentadas com silagem de milho, cordeiros com acesso a "creep feeding" e desmamados aos 60 dias de idade; M2= ovelhas alimentadas com silagem de milho, cordeiros com acesso ao "creep feeding" e desmamados aos 45 dias; M3= ovelhas alimentadas com silagem de milho e concentrado e cordeiros desmamados aos 60 dias). Os cordeiros(as) em cada método e sexo foram abatidos com 25 ou 33kg de peso vivo. Houve influência significativa (P<0,05) do método de alimentação e peso de abate sobre o peso de carcaça, não ocorrendo entre sexo. Ocorreu interação significativa (P<0,05) entre métodos de alimentação, sexo e peso de abate para a variável rendimento de carcaça quente, e quanto as características quantitativas da carcaça, o comprimento de carcaça demonstrou diferença significativa (P<0,05) entre os métodos de alimentação, sendo que a área de lombo, comprimento de carcaça, comprimento de perna e espessura de coxão foram significativamente (P<0,05) mais pesados a um maior peso ao abate, sem que houvesse diferença significativa (P> > ou = 0,05) entre sexo. O método de alimentação não influenciou significativamente (P > ou = 0,05) a espessura de gordura, marmoreio e a gordura de cobertura, no entanto estas variáveis foram influenciadas a (P<0,05) pelo sexo e peso ao abate, sendo que para gordura de cobertura não houve diferença significativa (P > ou = 0,05) nos diferentes pesos. Os resultados mostram que um alto rendimento de carcaça de cordeiros machos não castrados abatidos aos 25kg é obtido quando os mesmos são submetidos a um alto nível nutricional no período de cria e terminação.
2001
Motta,Otacílio Silva da Pires,Cleber Cassol Silva,José Henrique Souza da Rosa,Gilberto Teixeira da Fülber,Márcio
Rebrotamento de capim caninha (Andropogon lateralis Nees) sob o efeito do fogo
O presente trabalho foi conduzido com o objetivo de determinar o efeito de disponibilidade de matéria seca de uma pastagem natural, no momento da queima, na posterior taxa de crescimento foliar de Andropogon lateralis Nees. Foi realizado de 1995 a 1996, em área pertencente ao Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Santa Maria. O delineamento experimental utilizado foi o blocos completamente casualisados, com 40 plantas por tratamento. A queima foi realizada em agosto de 1995. Em maio de 1996, na área experimental, foram simulados níveis de disponibilidade de matéria seca através de roçadas com segadeira. Os tratamentos de pastagem foram testemunha sem queima (2.860kg de matéria seca (MS)/ha) e tratamentos de queima com disponibilidades de 2.580, 5.000, 5.690 e 6.480kg MS/ha. A avaliação do crescimento foliar foi feita em 600 afilhos marcados de A. lateralis e a metodologia utilizada para determinar o crescimento foliar foi o índice Haun. Houve efeito de queima na forma do aumento da taxa de alongamento de lâminas foliares (TA) de A. lateralis quando a disponibilidade de matéria seca foi de 6.480kg MS/ha. Os demais tratamentos proporcionaram TA semelhantes aos de área não queimada. A. lateralis demonstrou ser uma espécie adaptada ao manejo com fogo, com rápido crescimento após a queima. A escala decimal de Haun demonstrou ser metodologia útil no estudo do rebrotamento de plantas.
2001
Trindade,José Pedro Pereira Rocha,Marta Gomes da
Microbiologia de queijo tipo Minas Frescal produzido artesanalmente
Com o objetivo de avaliar as condições higiênico-sanitárias do queijo Minas Frescal produzido artesanalmente em Cuiabá - MT, foi realizada análise microbiológica de trinta amostras obtidas em dois pontos de comercialização. A análise microbiológica consistiu da contagem em placas de Staphylococcus aureus e da contagem estimativa de coliformes totais, fecais e Escherichia coli pela técnica do NMP-3 tubos. Na determinação de coliformes fecais, 28 amostras (93,33%) apresentaram número mais provável (NMP) > 10² NMP/g e somente duas amostras (6,67%) estavam dentro dos padrões legais exigidos. Na contagem de S. aureus, em 29 amostras (96,67%) obteve-se valores superiores a 10³ufc/g, estando apenas 1 amostra (3,33%) em conformidade com o padrão legal. Conclui-se que uma maior atenção deve ser dada pelas autoridades sanitárias em relação à permissão de fabricar e comercializar esse produto, uma vez que ele representa risco à saúde dos consumidores.
2001
Loguercio,Andrea Pinto Aleixo,José Antônio Guimarães
Fixação esquelética externa para artrodese de joelho em papagaio (Amazona aestiva)
Foi atendido no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Santa Maria um psitacídeo da espécie Amazona aestiva, com cinco meses de idade, 320 gramas, que apresentava desvio rotacional do membro direito na sua porção distal ao joelho. Ao exame radiográfico identificou-se luxação do joelho. Como tratamento, foi realizada artrodese dessa articulação, utilizando-se um fixador esquelético externo transarticular. Após 60 dias do procedimento cirúrgico, houve completa união (artrodese) entre o fêmur e o tibiotarso, e a ave utilizava adequadamente o membro.
2001
Alievi,Marcelo Meller Hippler,Ricardo Alexandre Giacomelli,Luiz Guimarães,Luciana Schossler,João Eduardo
Muscidifurax raptor Girault & Sanders, 1910 e Pachycrepoideus vindemiae Rondani, 1875 (Hymenoptera: Pteromalidae) em pupas de Sarcophagula occidua Fabricius, 1794 (Diptera: Sarcophagidae) em fezes bovinas no Brasil
A primeira ocorrência dos parasitóides Muscidifurax raptor Girault & Sanders, 1910 e Pachycrepoideus vindemiae Rondani, 1875 em pupários de Sarcophagula occidua Fabricius, 1794 em fezes bovinas no Brasil é relatada. O monitoramento foi realizado na Chácara Vilela, em Itumbiara-GO. Quinzenalmente, 10 amostras de esterco bovino foram colhidas aleatoriamente nas pastagens e transportadas para o laboratório do Instituto Luterano de Ensino Superior de Itumbiara-GO. Artrópodes foram extraídos dessas amostras cinco dias após a coleta no campo, submergindo as amostras em baldes contendo água. As pupas muscóides foram retiradas com peneira e acondicionadas, individualmente, em cápsulas de gelatina até sua emergência ou a de parasitóides. A porcentagem de parasitoidismo foi de 0,47%.
2001
Marchiori,Carlos Henrique Teixeira,Fábio Fernandes Silva,Cláudio Gonçalves da Vieira,Cristiane Isabel da Silva Penteado-Dias,Angélica Maria
Arranjo de plantas em milho: análise do estado-da-arte
A interceptação da radiação fotossinteticamente ativa pelas plantas exerce grande influência sobre a sua performance quando outros fatores ambientais são favoráveis. A eficiência de utilização da radiação solar a campo é muito baixa. A escolha adequada do arranjo de plantas pode aumentar a interceptação da radiação, a eficiência de seu uso e o rendimento de grãos das culturas, por influenciar o índice de área foliar, ângulo da folha e a distribuição de folhas no dossel. Esta revisão tem por objetivos analisar os principais fatores que afetam a escolha do arranjo de plantas em milho, a evolução da sua recomendação e as modificações introduzidas nas características de planta que a determinaram. A escolha do arranjo de plantas é influenciada pela cultivar, forma de uso do milho pelo produtor, nível tecnológico, época de semeadura e comprimento da estação de crescimento. As principais alterações no arranjo de plantas ocorreram após a introdução dos híbridos simples, que foi acompanhada pelo aumento do uso de fertilizantes e controle mais eficiente de plantas daninhas e de pragas. O aprimoramento do manejo da cultura, associado ao uso de híbridos de alto potencial produtivo, contribuiu para o aumento da densidade de plantas e a redução do espaçamento entre linhas. Tais mudanças também foram viabilizadas por algumas modificações verificadas nas plantas, como os decréscimos no tamanho de pendão, número de plantas estéreis sob altas densidades, taxa de senescência foliar durante o enchimento de grãos, maior sincronia entre pendoamento e espigamento sob condições de estresse, menor estatura, número de folhas e acamamento de colmos e raízes e redução no ângulo de inserção das folhas no colmo. Estas modificações aumentaram a tolerância da cultura ao estresse devido ao uso de altas densidades e possibilitaram alterações no arranjo de plantas. O aumento no potencial de grãos de milho será possível através de incrementos na tolerância ao estresse e na uniformidade de emergência das plantas.
2001
Argenta,Gilber Silva,Paulo Regis Ferreira da Sangoi,Luís
Adaptação das plantas ao fogo: enfoque na transição floresta - campo
A presença de campos entremeados pela floresta de araucária, na região do planalto meridional sul brasileiro, surpreende os estudiosos, pois a vigorar o clima atual, de maiores precipitações, a tendência seria o desenvolvimento de vegetação florestal. Os distúrbios, sobretudo a interação fogo-pastejo, e as baixas temperaturas da região, são os grandes responsáveis pelos limites e expansão da floresta latifoliada, e predomínio daquele tipo de vegetação. A vegetação campestre e arbórea submetida por longo período a fogos recorrentes desenvolveu uma série de estratégias no sentido de tolerar, evitar ou responder ao fogo. A resposta individual das plantas ao fogo envolve alterações morfológicas e fisiológicas, enquanto, na comunidade, observam-se mudanças na dinâmica da associação entre espécies. Na vegetação campestre, as gramíneas são o componente da comunidade mais tolerante ao fogo, devido ao contínuo crescimento dos meristemas intercalares e de novos afilhos que crescem protegidos no solo ou na bainha de folhas velhas. O fogo estimula o florescimento em plantas cuja forma de crescimento evita grande perda de material na queima. Também promove a liberação de sementes através do choque térmico ou de substâncias liberadas na fumaça. Na comunidade, os efeitos do fogo sobre as plantas são sentidos em relação ao modo de sobrevivência, natureza e localização dos tecidos regenerados. O comportamento das plantas em relação à queima pode ser como dependentes (estímulo à reprodução), resistentes (estímulo ao rebrote), ou plantas que evitam o fogo (ciclo anual). Portanto, o fogo tem complexos efeitos sobre a estrutura da vegetação, sendo que espécies vegetais sensíveis e tolerantes à queima tem diferentes sítios de preferência no ambiente.
2001
Heringer,Ingrid Jacques,Aino Victor Ávila
Acupuntura: bases científicas e aplicações
A acupuntura visa à terapia e à cura das enfermidades pela aplicação de estímulos através da pele, com a inserção de agulhas em pontos específicos. Essa técnica esteve isolada do mundo ocidental durante milênios, distanciando sua forma de raciocínio e linguagem da cultura ocidental. Isto restringe sua aceitação no Ocidente, sendo considerada mística e sem base científica. Além disso, a prática da acupuntura no Ocidente se depara com deficiências no ensino e difusão científica. Porém, a eficácia dessa terapia levou a Organização Mundial de Saúde a listar enfermidades que podem ser tratadas pela acupuntura e, recentemente, essa técnica foi reconhecida como especialidade médica veterinária no Brasil. A pesquisa da acupuntura reveste-se, portanto, de grande interesse, na medida em que poderá traduzir conhecimentos milenares, contribuindo para sua aceitação e incorporação.
2001
Scognamillo-Szabó,Márcia Valéria Rizzo Bechara,Gervásio Henrique
Interação cobre, molibdênio e enxofre em ruminantes
O cobre (Cu) é um componente essencial a varias funções no metabolismo animal. A deficiência de Cu em ruminantes é endêmica em varias regiões ao redor do mundo, especialmente quando as pastagens são altas em molibdênio. O Cu, Mo e enxofre podem se combinar no rúmen para formar complexos triplos não absorvíveis denominados cupro-tiomolibdatos (Cu-TMs). O efeito fisiológico importante dos Cu-TMs está na restrição da disponibilidade de Cu para a síntese de ceruloplasmina. Os ruminantes, especialmente ovinos, são muito mais susceptíveis ao inbalanço Cu:Mo que animais não ruminantes pela relação entre as bactérias rumenais com a geração de sulfeto. Os efeitos de um determinado nível de Cu dietéticos são altamente influenciados pelo índice deste cobre com o molibdênio e enxofre dietéticos.
2001
Vásquez,Eduardo Fabián Aragón Herrera,Alexandra del Pilar Naranjo Santiago,Genario Sobreira
UTILIZAÇÃO DE DOIS MÉTODOS DE INOCULAÇÃO NA AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE CULTIVARES E LINHAGENS DE FEIJOEIRO A Fusarium oxysporum F. SP. phaseoli
Este trabalho foi conduzido com o objetivo de comparar a eficiência de dois métodos de inoculação na avaliação da resistência de plantas de feijoeiro a Fusarium oxysporum f. sp. phaseoli. Avaliou-se a reação de 16 cultivares e linhagens, incluindo padrões de resistência e suscetibilidade à doença. Num dos métodos, o plantio foi realizado em solo tratado com brometo de metila (CH3Br). As plantas foram inoculadas através do método de perfuração do solo, que consistiu na aplicação de 10m<img SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n1/a01img01.gif"> de suspensão de conídios ao redor das plantas, previamente feridas. No outro método utilizado, denominado método de imersão de raízes, as plantas obtidas em areia lavada e aquecida (60ºC - 30min) foram retiradas e lavadas em água corrente e cortadas em cerca de 01cm do sistema radicular, o qual foi imerso em suspensão de conídios por 05 minutos. As plantas foram então replantadas em vasos contendo solo tratado com brometo de metila. Em ambos os métodos de inoculação, as plantas estavam com 07 dias de germinação, sendo inoculadas com a suspensão de inóculo a uma concentração de 1 x 10(6) conídios/m<img SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n1/a01img01.gif">. As plantas controle sofreram o mesmo tratamento, referente ao método de inoculação correspondente. O experimento foi delineado inteiramente ao acaso, em parcelas subdivididas, com 04 repetições por tratamento, sendo o método de inoculação locado na parcela principal e as cultivares e linhagens nas subparcelas. Cada repetição foi constituída por 01 vaso com 04 plantas. As avaliações foram realizadas aos 15, 20, 25 e 30 dias após a inoculação, baseadas em escala de notas, com 9 graus de infecção, proposta pelo CIAT. Os dados obtidos foram transformados para índice de doença de Mackinney. Observou-se uma maior eficiência do método de imersão das raízes, na avaliação da resistência do feijoeiro a murcha de Fusarium, evidenciando os genótipos Goiano precoce, RH 3104 e IPA-9 como resistentes, e LM 93204247, LM 93204296 e IPA-1 como suscetíveis.
2002
Cavalcanti,Leonardo Sousa Coêlho,Rildo Sartori Barbosa Perez,Jane Oliveira
NÍVEL DE CONTROLE DE Diloboderus abderus EM AVEIA PRETA, LINHO, MILHO E GIRASSOL
O estudo aqui relatado foi conduzido nas safras agrícolas de 1991 e 1992, em Cruz Alta, no Rio Grande do Sul. O objetivo foi avaliar o efeito de diferentes níveis de infestação de Diloboderus abderus Sturm, 1826 (Coleoptera: Melolonthidae) em aveia preta (Avena strigosa L.), em linho (Linum usitatissimum L.), em milho (Zea mays L.) e em girassol (Helianthus annuus L.), no sistema de plantio direto. O aumento do número de larvas/m² propiciou a ocorrência de danos e, em conseqüência, a diminuição da população de plantas, da massa seca da parte aérea e da produtividade. Os níveis de controle obtidos foram variáveis dependendo da cultura. Com base nos danos produzidos pelo inseto, sugerem-se os níveis de controle de 12 larvas/m² em linho, de 10 larvas/m² em aveia preta, de 0,5 larva/m² em milho e de 0,4 larva/m² em girassol, como indicador para tratamento de sementes destas culturas com inseticidas.
2002
Silva,Mauro Tadeu Braga da Costa,Ervandil Corrêa
METABOLISMO DO NITROGÊNIO ASSOCIADO À DEFICIÊNCIA HÍDRICA E SUA RECUPERAÇÃO EM GENÓTIPOS DE MILHO
O estresse hídrico afeta profundamente o metabolismo celular vegetal. Neste trabalho, objetivou-se quantificar os efeitos da deficiência hídrica e sua recuperação sobre a atividade das enzimas do metabolismo do nitrogênio: redutase do nitrato (RN), glutamina sintetase (GS) e glutamato sintase (GOGAT) e sobre o acúmulo de prolina em plantas dos genótipos de milho BR 2121 e BR 205. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, sob o delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições, utilizando-se vasos que continham 14,3kg de solo. Os tratamentos consistiram da combinação dos dois genótipos e quatro intervalos entre irrigações (1, 3, 5 e 7 dias). No dia da avaliação (49 dias após emergência), os tratamentos com intervalos entre 3 e 7 dias, haviam sido irrigados no dia anterior, caracterizando-se portanto como recuperação da deficiência hídrica leve e severa, respectivamente. As extrações e análises foram realizadas utilizando-se a terceira folha basípeta completamente expandida. As atividades das enzimas estudadas não diferiram entre os tratamentos de estresse hídrico, controle e recuperação do estresse moderado, entretanto as plantas sob recuperação do estresse severo apresentaram atividade enzimática superior à das plantas controle. O acúmulo de prolina livre nas folhas aumentou com o estresse hídrico e respondeu à recuperação do estresse apresentando redução. De modo geral, a atividade enzimática e o acúmulo de prolina apresentaram respostas inversas dentro dos tratamentos.
2002
Ferreira,Vilma Marques Magalhães,Paulo César Durães,Frederico Ozanan Machado Oliveira,Luiz Edson Mota de Purcino,Antonio Álvaro Corsetti
TOLERÂNCIA AO ALUMÍNIO EM PLÂNTULAS DE MILHO
A seleção para tolerância ao alumínio é complicada pela desuniformidade natural dos solos e pela dificuldade de avaliar danos na raiz. Assim sendo, é importante desenvolver métodos eficientes de caracterização da tolerância ao alumínio em condições controladas de ambiente. O presente trabalho teve por objetivo adequar o método de solução mínima para a avaliação da tolerância ao alumínio em genótipos de milho. O trabalho consistiu de dois experimentos. O primeiro foi feito para ajustar o método de avaliação através do emprego de solução mínima, e o segundo, para avaliar um conjunto de 22 genótipos de milho fornecidos pela Empresa Agroeste Sementes Ltda. A avaliação dos genótipos foi realizada com uma solução que continha diferentes concentrações de alumínio e cálcio. As médias para todas as variáveis analisadas mostraram a diferença entre os híbridos e entre as concentrações de alumínio empregadas. As concentrações de 6mg<IMG SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n1/a04img01.gif">-1 de alumínio e 40mg<IMG SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n1/a04img01.gif">-1 de cálcio foram consideradas mais eficientes para a discriminação da tolerância ao alumínio, sendo posteriormente empregadas para o trabalho com as linhagens. No segundo experimento, os resultados possibilitaram identificar linhagens com tolerância ao alumínio.
2002
Mazzocato,Ana Cristina Rocha,Paulo Sergio Gomes da Sereno,Maria Jane Cruz de Melo Bohnen,Humberto Grongo,Vanderlise Neto,José Fernandes Barbosa
DOSES DE NITROGÊNIO E DENSIDADES DE PLANTAS COM E SEM UM REGULADOR DE CRESCIMENTO AFETANDO O TRIGO, CULTIVAR OR-1
Doses de nitrogênio e elevadas populações de plantas são utilizadas visando a obtenção de altas produtividades em trigo. Porém, estes fatores podem promover o acamamento das plantas, especialmente para as cultivares de porte médio ou alto. O uso de produtos que reduzem a estatura das plantas pode minimizar este problema. Visando avaliar o efeito do regulador de crescimento trinexapc-ethyl em diferentes populações de plantas e doses de nitrogênio, na cultivar de trigo OR-1, instalou-se um experimento na Fazenda Escola "Capão da Onça", da Universidade Estadual de Ponta Grossa, em Ponta Grossa, PR, no ano de 1999. O delineamento experimental foi blocos ao acaso em esquema fatorial 2 x 3 x 4, em quatro repetições. Os vinte e quatro tratamentos constaram da aplicação de 125 g i.a./ha de trinexapac-ethyl e testemunha; densidades de 55, 75 e 112 plantas/m no espaçamento de 0,17m entre fileiras e doses de 0, 45, 90 e 135kg/ha de nitrogênio em cobertura. A aplicação do trinexapac-ethyl resultou em plantas com entre-nós mais curtos; em aumento do número de espigas/m e da produtividade. Com o aumento da dose de nitrogênio, ocorreu aumento da estatura das plantas, do número de espigas/m e da produtividade. Com o aumento da densidade de plantas, o diâmetro do caule, a massa seca das plantas e o número de grãos por espiga diminuíram mas o número de espigas/m e o peso de mil grãos aumentaram, sem afetarem a produtividade. Não ocorreu acamamento em nenhum dos tratamentos.
2002
Zagonel,Jeferson Venancio,Wilson Story Kunz,Reni Pedro Tanamati,Humberto
APLICAÇÃO FOLIAR DE CÁLCIO E BORO E COMPONENTES DE RENDIMENTO E QUALIDADE DE SEMENTES DE SOJA
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de cálcio (Ca) e boro (B), aplicados em pulverização foliar, nas fases vegetativa e reprodutiva da cultura de soja (Glycine max L. Merril), cvs. FT Cometa e BR 16, nos componentes de rendimento e na qualidade fisiológica de sementes. O trabalho foi conduzido em casa-de-vegetação. O solo usado foi um Planossolo, com as seguintes caracteristicas físico-químicas: K: 1,67 mmo<IMG SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n1/a06img01.gif">c dm-3, P: 3,5mg dm-3, matéria orgânica: 16,6g dm-3; teores de Ca+Mg: 18mmo<IMG SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n1/a06img01.gif">c dm-3 de solo, pH: 4,7 e argila: 11%. As unidades experimentais foram bandejas com capacidade para 20kg de solo, mantidas com umidade próxima da capacidade de campo (20%), durante o experimento. Os tratamentos consistiram da aplicação da solução em quatro épocas: pré-floração, floração, pós-floração, pré-colheita, e com uma testemunha não tratada. A solução foi preparada com cloreto de cálcio (0,5% de Ca) e borato de sódio (0,25% de B), corrigido para pH 7,0, usando-se volume de calda de 100<IMG SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n1/a06img01.gif"> ha-1 Os componentes de rendimento avaliados foram: número de vagens e peso de grãos /planta e número de grãos/vagem. As sementes foram avaliadas através de emergência no campo, velocidade de emergência e peso da matéria seca de plântulas. Com base nos resultados, conclui-se que: a) a aplicação de Ca e B aumentou o peso de grãos por planta; b) Ca e B não afetaram a qualidade fisiológica de sementes; c) as maiores respostas de Ca e B nos componentes de rendimento foram verificadas nas fases de floração e pós-floração.
2002
Bevilaqua,Gilberto Antonio Peripolli Silva Filho,Pedro Moreira Possenti,Jean Carlo
PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DA MATÉRIA SECA DO PEPINO PARA CONSERVA EM DIFERENTES POPULAÇÕES DE PLANTAS
O trabalho teve como objetivo determinar o efeito da população de plantas na acumulação e distribuição da matéria seca entre as partes vegetativas e os frutos de plantas de pepino tipo conserva. Os experimentos foram realizados em uma estufa de polietileno, em populações de plantio de 2,00; 2,50; 3,33 e 5,00 plantas m-2 na primavera de 1999 e de 4,00; 5,00; 6,66 e 10,00 plantas m-2 no verão-outono de 2000. As plantas foram dispostas em fileiras distanciadas de um metro e tutoradas com fitas plásticas verticais. Determinou-se a evolução semanal da acumulação de matéria seca do caule, folhas e frutos. Os frutos foram colhidos diariamente e a matéria seca diária foi somada para obter o valor semanal acumulado. No primeiro experimento, houve resposta positiva da maior população tanto sobre a produção de matéria seca vegetativa como de frutos. A fração média da matéria seca total alocada para os frutos foi de 49,5%, independente da população de plantas. No segundo experimento, houve efeito significativo da maior população apenas sobre a acumulação de matéria seca do caule e a fração alocada para os frutos decresceu com o aumento da população. No primeiro experimento, o rendimento acumulado de frutos respondeu linearmente ao aumento da população de plantas. No segundo experimento, essa resposta não foi observada. Concluiu-se que não é possível recomendar uma única população de plantas a ser empregada ao longo do ano para o cultivo do pepino para conserva.
2002
Schvambach,Jacques Leandro Andriolo,Jerônimo Luiz Heldwein,Arno Bernardo
ARMAZENAMENTO DE PÊSSEGOS (Prunus persica L.), CULTIVAR CHIRIPÁ, EM ATMOSFERA CONTROLADA
Uma das principais alterações durante o armazenamento refrigerado de pêssegos é a ocorrência de lanosidade. No presente trabalho, foi estudado o efeito da atmosfera controlada sobre a conservação de pêssegos da cultivar Chiripá e, em particular, no controle de lanosidade. Os pêssegos foram colhidos com valores médios de firmeza de polpa (FP) de 50N, 7cmo<IMG SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n1/a08img01.gif">.L-1 de acidez total titulável (ATT), 13,8ºBrix de sólidos solúveis totais (SST) e coloração de fundo verde-esbranquiçada. As frutas foram armazenadas em dois sistemas: 1) ar refrigerado (AR) a 0ºC± 0,5ºC e 90± 5% de umidade relativa (UR); 2) atmosfera controlada (AC) a 0ºC± 0,5ºC e 95± 2%UR, 1,5KPa de O2 e 5KPa de CO2. Na instalação do experimento, aos 30 dias e aos 45 dias, coletaram-se amostras para avaliações de FP, SST, ATT, ocorrência de lanosidade e de escurecimento interno, e análise sensorial. Estas análises foram realizadas 24 horas e 72 horas após a retirada das frutas das câmaras frias, em cujo período foram mantidas a 20ºC± 2ºC. A AC foi eficiente no controle de lanosidade, mantendo os pêssegos da cv. Chiripá em condições de comercialização por, no mínimo, 45 dias. Em AR este período foi inferior a 30 dias e ocorreram perdas significativas na qualidade das frutas.
2002
Rombaldi,Cesar Valmor Silva,Jorge Adolfo Parussolo,Aguinaldo Lucchetta,Luciano Zanuzo,Márcio Roggia Girardi,César Luis Cantillano,Ruffino Fernando Flores
PRODUÇÃO E DECOMPOSIÇÃO DE FITOMASSA DE PLANTAS INVERNAIS DE COBERTURA DE SOLO E MILHO, SOB DIFERENTES MANEJOS DA ADUBAÇÃO NITROGENADA
A qualidade do resíduo vegetal e a disponibilidade de nitrogênio (N) mineral são fatores que afetam a decomposição de resíduos vegetais. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a produção de matéria seca, o acúmulo de nitrogênio de três plantas para cobertura de solo no inverno e a influência de diferentes épocas de aplicação da adubação nitrogenada na cultura do milho sobre a decomposição do resíduo vegetal mantido na superfície. O experimento foi desenvolvido na Universidade Federal de Santa Maria (RS), nos anos agrícolas de 1996/97 e 1997/98, em solo ARGISSOLO VERMELHO Distrófico arênico (Hapludalf), sendo que a avaliação da taxa de decomposição do resíduo superficial foi feita somente no ano agrícola de 1997/98. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com parcelas subdivididas e três repetições. Nas parcelas principais (25 x 5m), durante o inverno foram utilizadas três coberturas de solo: aveia preta (Avena strigosa Schieb), aveia+ervilhaca (Vicia sativa L.) e nabo forrageiro (Raphanus sativus). Nas subparcelas (5 x 5m), diferentes épocas de aplicação de N no milho: (i)00-00-00, (ii)00-30-90, (iii)30-30-60, (iv)60-30-30 e (v)90-30-00, que corresponde a quantidade de N em kg ha-1, aplicado em pré-semeadura (após a dessecação das plantas de cobertura), semeadura, e cobertura do milho (4 a 6 folhas desenroladas), respectivamente. Os resultados mostraram que o cultivo da ervilhaca juntamente com aveia preta não alterou a produção de matéria seca, mas determinou maior teor e acúmulo de nitrogênio na parte aérea das plantas na consorciação. As taxas de decomposição de resíduos de aveia preta, nabo forrageiro e aveia preta+ervilhaca não foram influenciadas pelas épocas de aplicação de nitrogênio para o milho cultivado em sucessão.
2002
Ceretta,Carlos Alberto Basso,Claudir José Herbes,Miguel Gustavo Poletto,Naracelis Silveira,Márcio José da
SUSCEPTIBILIDADE DE BOVINOS DAS RAÇAS JERSEY E GIR À ACIDOSE LÁCTICA RUMINAL: I - VARIÁVEIS RUMINAIS E FECAIS
Quatro garrotes Jersey (J) (Bos taurus) e quatro Gir (G) (Bos indicus), providos de cânula ruminal, foram utilizados para comparar a susceptibilidade à acidose láctica ruminal (ALR) aguda. Para a uniformização da microbiota ruminal, os animais receberam uma alimentação padronizada por dois meses antes da indução da ALR. Esta foi realizada com o uso de sacarose administrada diretamente no rúmen, de acordo com peso metabólico corrigido. Amostras de suco ruminal e fezes foram colhidas no decorrer de 24 horas após a indução. Em ambas as amostras, foram determinados o pH e as concentrações de ácido láctico total e dos seus isômeros D e L. Ambas as raças apresentaram marcante e idêntica acidose ruminal, não ocorrendo diferenças no pH e nas concentrações de ácido láctico total, L e D no suco ruminal e nas fezes. Quanto maior foi a concentração de ácido láctico total nas fezes menores foram os valores de pH fecal (r = - 0,65). Devido à grande queda no pH fecal, sugere-se que esse pode ser utilizado para se firmar o diagnóstico de ALR.
2002
Maruta,Celso Akio Ortolani,Enrico Lippi
SUSCEPTIBILIDADE DE BOVINOS DAS RAÇAS JERSEY E GIR À ACIDOSE LÁCTICA RUMINAL: II - ACIDOSE METABÓLICAE METABOLIZAÇÃO DO LACTATO-L
Quatro garrotes Jersey (J) (Bos taurus) e quatro Gir (G) (Bos indicus) foram utilizados para comparar a susceptibilidade de zebuínos e taurinos à acidose láctica ruminal (ALR). Neste trabalho, acompanhou-se o grau da acidose metabólica (AM) e a metabolização do lactato-L. A ALR foi induzida com a administração de sacarose intraruminal. Amostras de sangue foram colhidas nos seguintes momentos: zero, 14, 16, 18, 20, 22 e 24 horas. Foram determinadas as concentrações de lactato total, de seus isômeros L e D e o perfil hemogasométrico. Nos momentos mais críticos observados (14ªh a 18ªh), a AM foi severa em ambas as raças, porém, ao término do experimento, esta passou a grau moderado nos garrotes G, mantendo-se severa nos J. Os animais J absorveram, do rúmen, maiores quantidades de lactato-D, o qual apresentou correlação negativa com o pH sangüíneo (r = - 0,78). Por outro lado, o lactato-L foi mais absorvido e utilizado nos bovinos G, contribuindo para a restauração parcial do equilíbrio ácido-básico e gerando alterações nas pCO2 e pO2. Os garrotes zebuínos da raça Gir apresentaram menor susceptibilidade à AM que os taurinos da raça Jersey.
2002
Maruta,Celso Akio Ortolani,Enrico Lippi