Repositório RCAAP

Aneurisma tóraco-abdominal inflamatório

Os autores relatam o caso de um paciente apresentando aneurisma tóraco-abdominal tipo IV de etiologia inflamatória. Esse paciente foi submetido à correção cirúrgica eletiva através de incisão tóraco-abdominal, rotação medial das vísceras, com dificuldade, devido às aderências, e utilização de perfusão visceral durante o pinçamento supracelíaco, com um circuito de circulação extracorpórea modificado.

Ano

2005

Creators

Rocha,Eduardo Faccini Luccas,George Carchedi Baldini Neto,Luis

Lesão contusa de artéria ilíaca comum esquerda por cinto de segurança

Os autores relatam um caso de paciente de 17 anos, vítima de acidente automobilístico com impacto frontal, que apresentava, ao socorro médico, dor abdominal intensa e tatuagem transversa, em região infra-umbilical, causada pelo cinto de segurança. Foi submetida a laparotomia exploradora, que evidenciou pequena lesão lacerante de jejuno terminal, não sendo encontradas outras lesões à inspeção. Ao término da cirurgia, verificou-se cianose moderada em região plantar esquerda, com ausência de pulsos tibiais e poplíteos. O pulso da artéria femoral encontrava-se diminuído. A arteriografia realizada mostrou obstrução do fluxo em artéria ilíaca comum esquerda. A reconstrução foi realizada com interposição de prótese de Dacron de 6 mm.

Ano

2005

Creators

Souza,Fábio Mesquita de Chagas,Wagner Rodrigues Velloso,Luis Roberto Ribas,Jonas Marques

Uma nova opção para contenção no tratamento do linfedema em crianças

Um das principais dificuldades encontradas no tratamento do linfedema em crianças são os mecanismos de contenção. O objetivo do presente estudo é relatar uma experiência inicial com meias de gorgurão em criança. Descrevem-se as dificuldades encontradas no tratamento do linfedema em uma criança e mostra-se uma alternativa de contenção, que é a meia de gorgurão.

Ano

2005

Creators

Artíbale,Maria Elisa Simões Godoy,José Maria Pereira de Godoy,Maria de Fátima Guerreiro Braile,Domingo Marcolino

Ruptured abdominal aortic aneurysm: prognostic factors

OBJECTIVE: To analyze the prognostic factors related to the mortality of ruptured abdominal aortic aneurysm. METHOD: Seventy-two patients who suffered ruptured abdominal aortic aneurysm and were operated in the period between 1976 and 2000 by the Vascular Surgery Unit of the Santa Casa de São Paulo - School of Medical Sciences were retrospectively analyzed. RESULTS: The descriptive analysis of the data shows a mean age of 67.93 years, with a standard deviation of 11.58, 32% female and 68% male. Of the total number, 28% had a previous history of aneurysm and 72% were not aware of the disease. Mean systolic blood pressure during hospital admission was 96.53 mmHg. Pain was present in 100% of the patients, as well as throbbing abdominal mass. In 93% of the cases the location of the aneurysm rupture was the retroperitoneum, 4% in the duodenum, and 2% in the free peritoneum. CONCLUSION: The prognostic factors related to mortality and morbidity that demonstrated statistical significance were: age, initial blood pressure at hospital admission, diuresis during surgery, volume infused, and creatinine levels.

Ano

2005

Creators

Silveira,Denise Rabelo da Santos,Vanessa Prado dos Lamaita,Aline Faria Guedes Neto,Henrique Jorge Razuk Filho,Alvaro Castelli Jr.,Valter Caffaro,Roberto Augusto

Avaliação in vitro de um novo filtro de veia cava

OBJETIVO: O objetivo do estudo foi avaliar a eficácia de um novo filtro de veia cava, de baixo perfil, na retenção de coágulos em modelo in vitro. MÉTODO: O filtro consiste em dois cones opostos pelo ápice. O cone distal é formado por oito hastes de aço inoxidável, que têm a função de retenção dos êmbolos. O cone proximal é constituído de quatro hastes, cuja função é ancorar e centralizar. Os filtros foram introduzidos e fixados no interior de um tubo de PVC transparente de 25, 30 e 35 mm de diâmetro interno, em posição vertical, e conectados com um sistema pulsátil de fluxo (bomba peristáltica). Foi utilizado, para veículo, um reservatório com solução salina (0,9%) com 40% de glicerina, mantido em temperatura ambiente. Confeccionaram-se trombos com sangue bovino em tubos plásticos de 3, 4,5 e 6 mm de diâmetro e, posteriormente, foram segmentados nas medidas de 10, 15, 20 e 30 mm de comprimento, totalizando 12 diferentes tamanhos. Realizaram-se 100 liberações para cada tipo de êmbolo e tamanho das cânulas, totalizando 3.600 eventos. Foram feitos lançamentos seqüenciais com cinco êmbolos, sendo 10 para cada tamanho de êmbolo e cânulas, totalizando 360 eventos. Fez-se avaliação da capacidade de retenção dinâmica utilizando os três diferentes tamanhos de cânulas com 100 eventos cada, totalizando 300 eventos. RESULTADOS: Detectou-se que o diâmetro e comprimento dos êmbolos, assim como diâmetros da cânula, podem comprometer a eficácia do filtro. A média de captura de êmbolos pelos filtros foi de 80,5% nas cânulas de 35 mm, 88,7% para cânulas de 30 mm e 86,6% para cânulas de 25 mm. CONCLUSÃO: Conclui-se que a eficácia desse filtro sofre interferência relacionada ao tamanho dos êmbolos e diâmetro da cânula.

Ano

2005

Creators

Braile,Domingo Marcolino Godoy,José Maria Pereira de Centola,Marco

Complicações no tratamento com laser endovascular em varizes de membros inferiores

OBJETIVO: O objetivo do presente estudo é relatar as complicações no tratamento de varizes em membros inferiores com laser endovascular. MÉTODOS: Foram levantadas, no período de junho de 1999 a dezembro de 2002, algumas complicações, como queimadura de pele, neurite do nervo safeno, hiperpigmentação e fibrose no local da safena em 250 pacientes submetidos a tratamento endovascular com laser em varizes de membros inferiores. O diagnóstico das complicações foi clínico e baseado nos sinais e sintomas. Avaliou-se 196 pacientes do sexo feminino e 54 do sexo masculino, com idades variando entre 25 e 79 anos, no Hospital Militar de Buenos Aires. Foram tratados com laser de diodo de alta potência de 810 nm de longitude de onda mediante um sistema de fibras óticas semi-rígidas de quartzo de 400 e 600 µm e ponta de contato plana em modo cirúrgico contínuo. Para análise estatística, foram calculadas as percentagens. RESULTADOS: Lesões tipo queimadura foram observadas em 3,2%, hiperpigmentação em 9,6%, fibrose no local da safena por mais de 6 meses em 5,6% e neurite do nervo safeno em 4,8%. CONCLUSÃO: Conclui-se que o tratamento com laser endovascular de varizes de membros inferiores não é desprovido de intercorrências e que os fatores que levaram a essas complicações devem ser identificados e reavaliados.

Ano

2005

Creators

Soracco,Jorge Enrique D'Ámbola,Jorge Lopez Ciucci,José Luis Godoy,José Maria Pereira de Belczak,Cleusa Ema Quilici

Resultados tardios das reconstruções arteriais dos membros inferiores com a utilização de veias portadoras de dilatações varicosas revestidas seletivamente com segmentos protéticos

OBJETIVO: Responder as seguintes questões: 1) o revestimento protético deve ser precedido de uma redução da ectasia? 2) as zonas revestidas apresentam um risco de hiperplasia ou estenose? 3) as zonas não revestidas possuem um risco de dilatação e ruptura? MÉTODOS: Doze pacientes (10 homens e duas mulheres), com idades entre 33 e 77 anos (idade mediana = 68), foram submetidos a pontes em conseqüência de arterite (n = 7), aneurisma poplíteo (n = 4) ou ruptura de prótese (n = 1). As pontes foram fêmoro-poplíteas (n = 8), fêmoro-infra poplíteas (n = 3) e poplíteo-poplítea (n = 1). A safena utilizada foi de forma reversa em nove casos e ex situ devalvuladas em três casos. Os revestimentos foram aplicados em número de um (n = 2), dois (n = 3), três (n = 6) e quatro (n = 1). Todos, exceto um, foram de PTFE. RESULTADOS: Duas pontes ocluíram, uma precocemente por déficit de leito distal e outra 4 anos após a operação. As outras 10 pontes permaneceram pérvias durante o acompanhamento, que variou entre 1 e 11 anos (mediana = 4 anos). Metade dos casos apresentou uma deterioração progressiva do leito distal. No último controle, duas pontes permaneceram pérvias, a despeito de um leito distal desértico. CONCLUSÃO: Os resultados desta série apresentam-se notadamente superiores aos das pontes protéicas descritas na literatura. O revestimento é efetuado facilmente com uma prótese curta de PTFE de parede fina. É inútil reduzir as dilatações antes do revestimento por sutura ou ressecção - anastomose. As zonas situadas sobre a bainha de PTFE não evoluem para estenoses. As zonas intermediárias dilatam-se por vezes moderadamente e sem risco de ruptura.

Ano

2005

Creators

Mellière,Didier Albuquerque,Maria Claudia de Desgranges,Pascal Allaire,Eric Becquemin,Jean Pierre

Fístula arteriovenosa safeno-femoral superficial como acesso à hemodiálise: descrição de técnica operatória e experiência clínica inicial

OBJETIVO: Descrever uma técnica de confecção de fístula arteriovenosa para acesso à hemodiálise, avaliando os aspectos técnicos de sua confecção, eficácia e complicações. MÉTODO: Foram realizadas 16 fístulas arteriovenosas safeno-femoral superficial em 15 pacientes, no período de agosto de 1998 a outubro de 2000. Esses procedimentos foram efetuados em pacientes sem opções de acesso em membros superiores. A técnica utilizada foi a anteriorização e superficialização da veia safena magna, anastomosando-a na artéria femoral superficial distal. As fístulas arteriovenosas safeno-femoral superficial foram avaliadas quanto à facilidade de punção, fluxo adequado, pressão venosa espontânea, adequação de diálise e complicações no intra-operatório. RESULTADOS: Todas as fístulas puderam ser concluídas com sucesso, sem complicações no intra-operatório. Houve um óbito precoce, porém as demais estavam aptas às punções no 30º dia pós-operatório. Quatorze fístulas foram utilizadas e, na evolução, três pacientes foram submetidos a transplante renal, quatro apresentaram trombose, dois apresentaram pseudoaneurisma de punção. CONCLUSÃO: As fístulas arteriovenosas safeno-femoral superficial mostram-se como boa alternativa para pacientes que não possuem outras possibilidades de acesso em membros superiores, permitindo tratamento hemodialítico eficaz, com boa taxa de perviedade em médio prazo.

Ano

2005

Creators

Corrêa,João Antônio Pires,Adilson Casemiro Kafejian,Ohannes Miranda Jr.,Fausto Galego,Sidnei José Yamazaki,Yumiko Regina Fujii,Eliane Yumi Fioretti,Alexandre César

Visualização linfocintigráfica da desembocadura do ducto torácico

OBJETIVO: Avaliar a sensibilidade da linfocintigrafia intersticial na visualização da desembocadura do ducto torácico. MÉTODO: Foram analisados 535 exames linfocintigráficos realizados no Serviço de Medicina Nuclear do Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no período de 1993 a 1999. Todas as linfocintigrafias foram realizadas através da injeção subcutânea, no primeiro espaço interdigital de cada pé, de 1 ml da solução de Dextran 500 marcado com Tecnécio-99 metaestável. RESULTADOS: A desembocadura do ducto torácico foi visualizada em 424 pacientes, que representam 79,3% das linfocintigrafias realizadas. Na avaliação por sexo, a desembocadura do ducto torácico foi visualizada em 191 pacientes do sexo feminino, representando 77% dos casos. Nos pacientes do sexo masculino, a desembocadura foi visualizada em 233 casos (80,9%). CONCLUSÃO: O presente estudo confirma a importância da linfocintigrafia como método de escolha na avaliação da circulação linfática e demonstra que esse exame apresenta uma alta sensibilidade para a visualização da desembocadura do ducto torácico.

Ano

2005

Creators

Marques,Silvio Romero Barros Lins,Esdras Marques Marchetti,Fernanda Sohsten,Walter V.

Modelo experimental de aneurisma sacular de artéria ilíaca comum com pericárdio bovino em suínos

OBJETIVO: Desenvolver um novo modelo experimental de pseudoaneurisma sacular de artéria ilíaca comum com o uso de remendo de pericárdio bovino em suínos. MÉTODO: Foram utilizados dois suínos da raça Landrace, com peso de 30 kg e do sexo feminino. Os animais foram submetidos a anestesia geral e a laparotomia com acesso extraperitoneal da aorta infra-renal e artérias ilíacas. Após heparinização sistêmica e pinçamento, foram efetuadas arteriotomia longitudinal e sutura do pericárdio bovino em formato de bolsa previamente confeccionada. Os animais permaneceram confinados por 3 semanas e então foram submetidos a arteriografia para avaliação da perviedade do aneurisma e, posteriormente, sacrificados. RESULTADO: Os animais sobreviveram ao experimento e apresentaram aneurismas pérvios no momento do sacrifício. Não houve ocorrência de ruptura de aneurismas. CONCLUSÃO: O modelo proposto é viável e tem potencial para ser utilizado no estudo e desenvolvimento de novas próteses endovasculares.

Ano

2005

Creators

França,Luís Henrique Gil Pereira,Adamastor Humberto Perini,Sílvio César Argenta,Rodrigo Aveline,Celso Curcio Mollerke,Roseli de Oliveira Soares,Marcos Eugenio Nóbrega,Fernanda Ferreira,Márcio Poletto

A terapia celular no tratamento da isquemia crítica dos membros inferiores

Os autores fazem um histórico sobre as pesquisas com células-tronco embrionárias e do cordão umbilical, suas respectivas vantagens e desvantagens. Seguem com as discussões sobre células-tronco adultas, sua definição, histórico, fontes e participação nos processos de regeneração tecidual, particularmente no endotélio. Ressaltam a importância de fatores que mobilizam as células-tronco adultas a partir da medula óssea: citocinas, angiopoietinas e outros fatores de crescimento. As células-tronco adultas mobilizam-se sob a forma de células endoteliais progenitoras, que têm origem comum com as células endoteliais a partir dos hemangioblastos. Os fatores de mobilização manifestam-se em condições de hipoxia e fazem com que as células endoteliais progenitoras se localizem nos locais de isquemia para produzir a neovasculogênese, que se faz por três possíveis mecanismos: a angiogênese (formação de novos capilares a partir de brotos de capilares já existentes), a arteriogênese (relacionada à circulação colateral) e a vasculogênese (vasos realmente novos). Fazem, a seguir, uma análise da literatura relativa à experimentação animal e aos estudos clínicos. Concluem ressaltando que as células-tronco adultas, embora tenham um grande potencial de uso, ainda demandam muito estudo e pesquisa para se firmar como método terapêutico.

Ano

2005

Creators

Araújo,José Dalmo de Araújo Filho,José Dalmo de Ciorlin,Emerson Ruiz,Milton Artur Ruiz,Lílian Piron Greco,Oswaldo Tadeu Lago,Mario Roberto Ardito,Roberto Vito

Bone marrow stem cells and their role in angiogenesis

The degree of symptomatology of a patient with peripheral arterial disease dictates the kind of treatment. Despite the known therapies, some patients continue to have pain with ambulation, which affects their quality of life. The therapeutic implications of the angiogenic growth factors were identified by the pioneering studies of Folkman et al. 2 decades ago. Further investigations established the possibility of the use of formulations of recombinant angiogenic growth factors, with the objective of developing or increasing the network of collaterals in animal models of chronic myocardial or limb ischemia. Researches suggest that primitive stem cells with whole bone marrow possess greater functional plasticity, capable of contributing to regeneration of ischemic limb muscle and vascular endothelium by adult stem cells. Local autologous marrow stromal cells implantation induces a neovascular response resulting in a significant increase in blood flow to the ischemic limb. In this article we review the studies that have established how the implantation of bone marrow cells into ischemic limbs increases collateral vessel formation.

Trombose venosa dos membros superiores

Foi realizada uma revisão da evolução clínica de 52 pacientes portadores de trombose venosa axilar e/ou subclávia. Na opinião do autor, até o presente não se tem evidência do esforço na patogenia dessa forma topográfica de trombose venosa. A terminologia síndrome de Paget-Schrötter pode ser usada quando existe um trombo, conforme sugeriram esses autores. No que diz respeito aos pacientes cujo quadro clínico têm como fator preponderante uma compressão extrínseca dos troncos venosos, deve-se levar em consideração uma outra síndrome, como a do desfiladeiro torácico. Para a confirmação de uma suspeita clínica de trombose venosa profunda, a flebografia é o padrão-ouro. O tratamento ideal da oclusão venosa axilo-subclávia não foi ainda estabelecido, mas o anticoagulante tem a preferência. A eficácia do efeito trombolítico in situ é contestada em publicações da literatura médica. O acesso cirúrgico direto para a trombectomia pode ser feito somente em condições especiais.

Fatores associados com a ocorrência de hipoxemia no período pós-anestésico imediato

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A hipoxemia pós-anestésica é um evento respiratório crítico que aumenta a morbidade pós-operatória. Este estudo visou identificar fatores relacionados à ocorrência de hipoxemia no período pós-operatório imediato. MÉTODO: Foram incluídos 204 pacientes admitidos à sala de recuperação pós-anestésica respirando ar ambiente. A saturação periférica da oxi-hemoglobina (SpO2), as pressões arteriais sistólica (PAS) e diastólica (PAD) e a freqüência cardíaca (FC) foram medidas a intervalos de 5 minutos desde a admissão do paciente até 20 minutos após. Escores de sedação, de dor e de adequação da ventilação foram atribuídos nos mesmos momentos. SpO2 menor que 92% foi definida como hipoxemia e indicação para oxigenioterapia. Foram registrados: idade, sexo, peso, altura, história de fumo, de DPOC e de diabete melito, SpO2 na chegada à sala de cirurgia, tipo de anestesia, região operada, duração da anestesia, uso de opióides neuro-axiais e drogas utilizadas no período peri-operatório e respectivas doses. A associação destes fatores com hipoxemia foi definida por regressão logística. RESULTADOS: Quarenta e nove pacientes (24,01%) apresentaram SpO2 menor que 92% durante o período de observação. Foram indicadores de hipoxemia [relação de chances (limites de 95% de confiança)]: idade maior que 55 anos [4,32 (1,70; 10,95)], SpO2 pré-operatória menor que 95% [7,47 (1,50;37,11)], anestesia geral com enflurano [14,53 (2,54;82,93)], hipoventilação detectada clinicamente [34,82 (11,46;105,84)]. A PAS e a FC foram significativamente mais elevadas nos pacientes hipoxêmicos. CONCLUSÕES: Existem fatores significativamente associados à ocorrência de hipoxemia pós-operatória, enquanto o uso do oxímetro de pulso permite a utilização seletiva de oxigenioterapia no período pós-anestésico imediato.

Ano

2001

Creators

Oliveira Filho,Getúlio Rodrigues de Garcia,Jorge Hamilton Soares Ghellar,Márcia Regina Nicolodi,Marcos Antônio Boso,Asmir Luiz Dal Mago,Adilson José

Raquianestesia com agulha de Quincke 27G, 29G e Whitacre 27G: análise da dificuldade técnica, incidência de falhas e cefaléia

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A tecnologia tem possibilitado a produção de agulhas de fino calibre, que reduzem a incidência de cefaléia, mas promovem aumento na dificuldade técnica e possibilidades de falhas. O objetivo deste estudo foi avaliar prospectivamente a dificuldade técnica, a incidência de falhas e de cefaléia, em pacientes submetidos a raquianestesia com agulhas de Quincke 27G, 29G e Whitacre 27G. MÉTODO: Participaram do estudo 300 pacientes, com idades abaixo de 50 anos, submetidos à raquianestesia com auxilio de introdutor (20G 1¼) e divididos em três grupos, conforme o tipo e calibre da agulha utilizada: GI (Quincke 27G), GII (Quincke 29G) e GIII (Whitacre 27G). Na sala de operação foram analisadas a dificuldade técnica e a incidência de falhas. No período pós-operatório foi avaliada a incidência de cefaléia até a alta hospitalar. Os pacientes que apresentaram cefaléia seriam tratados com analgésicos, hidratação e, se necessário, tampão sangüíneo peridural. RESULTADOS: Não houve diferença significativa entre os grupos em relação a dificuldade técnica, a incidência de falhas e de cefaléia. A incidência global de cefaléia foi 1,6% de intensidade leve e de curta duração, não sendo necessário o uso do tampão sangüíneo peridural. CONCLUSÕES: Nas condições desse estudo as agulhas Quincke 27G, 29G e Whitacre 27G não influenciaram a incidência de cefaléia ou falhas de bloqueio subaracnóideo e nem a dificuldade da punção.

Ano

2001

Creators

Neves,José Francisco Nunes Pereira das Monteiro,Giovani Alves Almeida,João Rosa de Brun,Ademir Sant'Anna,Roberto Silva Duarte,Evandro Soldate

Bloqueio peribulbar com ropivacaína: influência da hialuronidase sobre a qualidade do bloqueio e a pressão intra-ocular

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Alguns estudos têm relatado melhoria da qualidade do bloqueio peribulbar com o emprego de hialuronidase, enquanto outros concluem pela ausência de efeito. O objetivo deste estudo foi investigar a influência da hialuronidase sobre a pressão intra-ocular (PIO) e a qualidade do bloqueio peribulbar com ropivacaína a 1%. MÉTODO: Quarenta pacientes submetidos à cirurgia de catarata foram distribuídos de forma aleatória em dois grupos e submetidos a bloqueio peribulbar com 7 ml de ropivacaína a 1% em técnica de dupla punção, com hialuronidase 50 UI.ml-1 no Grupo A (n = 20) e sem hialuronidase no Grupo B (n = 20). As medidas de PIO foram realizadas com tonômetro de aplanação de Perkins em quatro momentos: M0 = antes do bloqueio (controle); M1 = 1 min após o bloqueio; M2 = 5 min após o bloqueio; M3 = 15 min após o bloqueio. A qualidade foi avaliada pelo método de Nicoll, baseado na redução da motilidade do globo ocular. RESULTADOS: As médias de PIO (mmHg) antes do bloqueio foram semelhantes nos dois grupos: 16,1 + 2,1 (A) vs 16,4 + 3,3 (B). Após o bloqueio, as médias de PIO foram significativamente menores no Grupo A em relação ao Grupo B nos três momentos: M1 = 11,7 + 2,4 vs 17,9 + 3,6; M2 = 8,2 + 1,9 vs 14,1 + 4,0; M3 = 5,3 + 2,1 vs 10,2 + 3,1. O comportamento intragrupos também foi diferente. No Grupo A, as médias de PIO foram significativamente menores em relação ao controle nos três momentos após o bloqueio; no Grupo B a média de PIO elevou-se em M1 e foi significativamente inferior ao controle em M2 e M3. As médias para os índices de motilidade do globo ocular (Nicoll) foram significativamente menores no Grupo A em relação ao B nos três momentos: M1 = 2,55 vs 3,65; M2 = 0,25 vs 2,2; M3 = 0,00 vs 1,00. CONCLUSÕES: Quando se emprega solução de ropivacaína a 1% adicionada de hialuronidase 50 UI.ml-1 em bloqueio peribulbar, os valores da PIO são menores e a qualidade do bloqueio é melhor do que quando se utiliza ropivacaína a 1% sem hialuronidase.

Ano

2001

Creators

Serzedo,Paulo Sérgio Mateus Nociti,José Roberto Zuccolotto,Eduardo Barbin Scalco,Tatiana Lúcia Ferreira,Sérgio Borges

Uso da soma cumulativa dos desvios para avaliação da proficiência no ensino do bloqueio subaracnóideo

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Medidas objetivas de desempenho são necessárias para o ensino de técnicas anestésicas. Este estudo teve por objetivos aplicar e descrever o método da soma cumulativa dos desvios para a construção de curvas de aprendizado da punção subaracnóidea. MÉTODO: O sucesso da punção subaracnóidea na primeira tentativa, no primeiro espaço abordado, e o sucesso da anestesia de 275 bloqueios subaracnóideos realizados por médicos em especialização (ME) durante os primeiros seis meses de treinamento foram utilizados para a construção de curvas de aprendizado, utilizando o método das somas cumulativas de desvios. As taxas aceitáveis de falha foram derivadas de uma amostra de 264 bloqueios subaracnóideos realizados por anestesiologistas. O número necessário de bloqueios para se obter proficiência foi calculado, para cada ME, para cada atributo. RESULTADOS: Houve uma grande variabilidade em relação ao número de bloqueios necessários para se atingir a proficiência, dependendo do atributo e do ME. Contudo, a maioria dos ME atingiu proficiência para os atributos de sucesso durante a primeira tentativa ou no primeiro espaço inter-espinhoso abordado, após 50 bloqueios. Uma taxa de sucesso da anestesia de 90% foi obtida por todos os ME após 30 bloqueios. CONCLUSÕES: O método da soma cumulativa de desvios pode ser utilizado para medir objetivamente o desempenho de médicos em especialização, durante a fase de aprendizado de anestesia subaracnóidea. Um número mínimo de 50 bloqueios é necessário para se obter proficiência em identificar o espaço subaracnóideo.

Ano

2001

Creators

Oliveira Filho,Getúlio Rodrigues de Pederneiras,Sérgio Galluf Garcia,Jorge Hamilton Soares

Dificuldade de intubação traqueal em paciente com craniossinostose: relato de caso

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Existem formas complexas de craniossinostose acompanhadas de malformações da face e das vias aéreas, que podem levar a dificuldade de intubação traqueal (IOT). O objetivo deste relato é apresentar um caso de intubação traqueal difícil, em criança submetida à cirurgia para correção da craniossinostose. RELATO DO CASO: Criança com 57 dias, 3700 gramas, perímetro cefálico 39 cm, ASA II, com craniossinostose, retrognatia, macroglosia e exoftalmo bilateral, dificuldade inspiratória e retração intercostal leve. Após decúbito dorsal, coxim sob os ombros, pré-oxigenação e infusão de propofol (10 mg) e succinilcolina (5 mg), realizou-se laringoscopia (lâmina nº 1 reta), sem visualização da epiglote. Foi feita ventilação assistida seguida de novas tentativas (4) de IOT, sem sucesso. Optou-se pela ventilação espontânea assistida e IOT, novamente sem sucesso. Pela capnografia não havia CO2 exalado. Com auxílio de fibroscópio intubou-se a traquéia, porém a sonda era estreita e foi trocada por outra com balonete. A SpO2 era de 98%, porém com instabilidades, ás vezes com 60%. A P ET CO2 apresentava hipocapnia com morfologia irregular. À ausculta mostrava ventilação pulmonar bilateral, porém com entrada de ar no estômago. Suspeitou-se de fístula tráqueo-esofágica traumática. Com endoscopia esofágica constatou-se que a sonda de intubação estava no esôfago; como o balonete foi insuflado na cavidade oral posterior, que estava edemaciada, impedia o vazamento de gás. O volume corrente ventilava o estômago e os pulmões simultaneamente. A sonda foi introduzida corretamente na traquéia com fibroscópio e realizou-se a cirurgia. CONCLUSÕES: É necessário distinguir craniossinostose simples daquelas acompanhadas de malformações faciais e de vias aéreas. É fundamental que se tenha equipamentos adequados para IOT e além da monitorização básica, a capnografia é de grande valor na confirmação da intubação traqueal.

Ano

2001

Creators

Gifoni,Cláudia Luisa Nascimento,Henrique S Mizumoto,Nelson

Anticoagulantes e bloqueios espinhais

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Com o uso de anticoagulantes para tromboprofilaxia, a incidência de hematomas em anestesias espinhais aumentou. O objetivo desta revisão é verificar a ocorrência de casos de hematomas espinhais e sua correlação com o uso de drogas utilizadas na tromboprofilaxia. CONTEÚDO: São feitas algumas considerações clínicas e farmacológicas sobre as drogas utilizadas em tromboprofilaxia (cumarínicos, aspirina e heparina). São ressaltados os fatores de risco, particularmente aos relatos de casos de pacientes que desenvolveram hematoma peridural decorrente do uso simultâneo de heparina de baixo peso molecular e anestesia peridural. CONCLUSÕES: Existe importante associação entre hematoma peridural e distúrbios hemorrágicos, principalmente em pacientes em tratamento com anticoagulantes. O reconhecimento do aumento do risco da associação da anestesia peridural, da anestesia subaracnóidea, a continuada vigilância e a educação são fundamentais para evitar futuros casos.

Ano

2001

Creators

Chaves,Itagyba Martins Miranda Chaves,Leandro Fellet Miranda

Bloqueio do plexo braquial por via infraclavicular: abordagem ântero-posterior

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O bloqueio do plexo braquial é a técnica preferida pelos anestesiologistas para cirurgias nos membros superiores. Embora o acesso infraclavicular seja menos utilizado, ele pode oferecer algumas vantagens. O objetivo deste estudo prospectivo é mostrar os resultados observados em 50 pacientes submetidos a bloqueio do plexo braquial pela via infraclavicular, usando estimulador de nervo periférico e abordagem ântero-posterior. MÉTODO: Cinqüenta pacientes, com idades entre 17 e 87 anos, estado físico ASA I e II, escalados para cirurgias ortopédicas da extremidade superior foram anestesiados com bloqueio do plexo braquial pela via infraclavicular. Todos os bloqueios foram realizados com estimulador de nervo periférico, a partir de 1 mA. Quando se obtinha uma adequada contração muscular na mão, no antebraço ou músculos do braço, a amperagem era diminuída até desaparecimento da resposta. Se a resposta desaparecesse com estímulo superior a 0,6 mA, a agulha poderia ser movimentada a procura de melhor resposta. Se a resposta não desaparecesse com estímulo menor que 0,5 mA, injetavam-se 50 ml de lidocaína a 1,6% com epinefrina 1:200.000. Foram avaliados o tempo de latência, duração da cirurgia, tolerância ao uso do torniquete, duração dos bloqueios sensitivo e motor, complicações e efeitos adversos. RESULTADOS: O bloqueio foi efetivo em 94% dos pacientes, o tempo médio da latência foi de 8,78 min, a duração média da cirurgia foi de 65,52 min e a tolerância ao torniquete foi observada em todos os pacientes. A média de duração do bloqueio sensitivo foi de 195,56 min e do bloqueio motor de 198,86 min. Ocorreu uma punção vascular. Não foram observados sinais e sintomas clínicos de toxicidade do anestésico local ou do vasoconstritor. Nenhum paciente apresentou efeitos adversos do bloqueio. CONCLUSÕES: O bloqueio infraclavicular do plexo braquial proporciona uma anestesia efetiva para cirurgias dos membros superiores. Acreditamos que a técnica utilizando o estimulador de nervos periféricos proporciona um alto índice de sucesso e demonstrou ser segura. Não foi observado nenhum caso de pneumotórax ou qualquer outro tipo de complicação. A solução do anestésico utilizada proporcionou uma anestesia adequada e segura.

Ano

2001

Creators

Imbelloni,Luiz Eduardo Beato,Lúcia Gouveia,M. A