Repositório RCAAP

Fauna do Distrito Federal: X. redescrição de Blennius cristatus Linnaeus, 1758 (Perciformes - Blennidae)

A redescription of Blennius cristatus L. is made on the basis of 21 specimens collected in the same locality as the Linnaeus' type specimen of the group, in the Distrito Federal, Brazil, and belonging to the collections of the Museu Nacional, Rio de Janeiro. This is the author's first paper of a projected series on the Brazilian representatives of the family Blennidae. The present description is based especially on the skeleton, and is accompanied by a bibliographic analysis and considerations on the synonymy of B.cristatus. New morphological details are presented, bringing a better understanding of the species, and clearing up some nomenclatura! confusions due to insufficient descriptions in previous works on the same group. A table of measurements and 11 text figures complete the paper.

Ano

1954

Creators

Pinto, Sérgio Ypiranga

Nota sôbre os depósitos arenosos recentes do litoral sul-brasileiro

In this paper the author studies some sand samples from the coastal plain and beaches of south Brazil. He modifies the former opinion about the origin of the hard and brown layers of sand, before named by him mangrovito. He suggests the action of the underground water rich in organic matter as being responsible for the hardening of the ancient shore sands.

Ano

1954

Creators

Bigarella, João José

Nótulas Ictiológicas: III. sôbre a ocorrência de Xenomelaniris brasiliensis (Quoy & Gaimard) no litoral do E. de S. Paulo (Brasil) (Pisces - Mugiloidei - Atherinidae)

Gathering regular samples of "Peixe-rei" from the southern coast of the State of S.Paulo (Brazil), the author examined 374 specimens distributed as follows: 805 specimens caught monthly from March 20, 1952, to February 19, 1963; 39 caught in December 18, 1961, all at the same place and 30 collected at the mouth of the Santo Amaro River, in Santos. Sohultz (1949, p. 107) referring to specimens from Venezuela, in consequence of the enormous variation and small series of specimens at his disposal, had written: "...it is not possible to separate the Lago de Maracaibo population from that of the Gulf of Venezuela or of Brazil. Perhaps when an adequate number of specimens has been studied throughout the range of this species, it may be possible to break it up into subspecies. " This is the problem that the author has been trying to solve. Receiving regular samples of different age groups the author studied them carefully and concluded that he was dealing with the same species described by Quoy & Gaimard under the name of Atherina brasiliens is and, at present, included by Schultz in the genus Xenomelaniris. A comparison with 30 specimens from Santos, an harbour located in the central portion of the State coast, was made. Beginning his paper with a few considerations about the research made in relation to the South American representatives of the family Atherinidae, the author follows with an analysis of the biometrioal data obtained from the specimens collected. These data were confronted with the ones given by other authors and only slight differences in relation to number of scales and vertebrae were observed. For the time being the author believes in the existence of a mixture of genotypioal and phenotypioal characters interfering with the perfect distinction between the population of Lago de Maracaibo, Gulf of Venezuela and Brazil. Due to the difficulties of interpretation and the small differences observed in the confrontation of data, the author sees no convenience, at least for the moment, in separating the population of the State of S.Paulo into a new subspeoifioal unit. The information available concerning this species being rather poor, the author thought it useful to give the diagnosis of the specimen studied and presents a photo for illustration. A few complementary considerations are also made pointing out small osteological divergences between the material studied by the author and some diagrammatic drawings from Schultz (1948, p. 35). TheBe divergences may be attributed to the scarcity of material with which the North American author had worked. Summing up his work the author makes a reference to the presence of teeth of substitution in the maxila and mandibula of the Peixe-rei, and mentions some of the frequent anomalies found in the branchial lamelae or gill rakers of the specimen examined.

Ano

1954

Creators

Carvalho, J. de Paiva

Sea-hares and side: gilled slugs from Brazil

A espécie mais comum de Aplysia, no litoral superior da costa de S.Paulo, é A.brasiliana Rang, 1828, descrita do Rio. A.livida d'Orbigny, 1837, também do Rio, foi expressamente separada de brasiliana por d'Orbigny e, por isso, figura no Manual de Pilsbry (1895-96) como espécie a parte. As diferenças, porém, revelam-se como variações da cor. Há lesmas acastanhadas escuras, cor de chocolate, esverdeadas, oliváceas, e outras quase cor de creme. As mais das vezes, são malhadas. Contribuem para a composição do colorido: 1) a côr geral do corpo, verde garrafa, ora mais clara ora mais escura, acinzentada, ou mais ou menos carregadamente amarelada; 2) o pigmento superficial preto ou sépia, de quantidade muito variável; e 3) o conteúdo de glândulas cutâneas, também extremamente variável e caduco como caráter colorativo nos liquidos de conservação. Areas claras e escuras alternadas no lado interno da orla dos parapódios ocorrem na maioria dos exemplares, mas, são variavelmente nitidas e, ás vezes, faltam. As relações entre as algas alimentares e a idade por um lado e o colorido pelo outro merecem estudo. Rang descreveu material conservado; d'Orbigny, lesmas viventes. O aspecto das figuras difere muito, porque a regiào anterior se contrai especialmente, no momento da conservação, e os animais de d'Orbigny, um em natação e o outro deslizando sobre o substrato, se apresentam maximamente estendidos. Conchas de individues de brasiliana de tamanho semelhante variam menos em comprimento do que em largura. Lesmas adultas foram vistas em todas as estações do ano, quase em todos os meses. Ovipostura ocorre defins de agosto até meados de dezembro; de outras épocas faltam talvez apenas as observações. Lesmas de 0,9mm, ao comprido,, quando vivas, incolores, sem rinóforos, mas com olhos, consideramos como recém-metamorfoseadas. Um animal de 2, 5mm foi o primeiro a produzir secreção purpúrea. Os nervos que suprem os tentáculos desenvolvem-se antes dos rinoforiais; órgãos copuladores, muito mais cedo que as gônadas. Aplysia dactylomeia Rang, 1828, verificada nos dois lados do Atlântico, aproximadamente entre Lat. 35º N e 35º S, vive também na costa de S. Paulo, mas não é comum no eulitoral, na zona das nossas pesquisas. O caráter principal de Aplysia juliana Q. &G. é a sola. Anteriormente, é sub-dividida em dois lóbulos contrécteis; posteriormente, é arredondada e forma um disco sólido, firmemente aderente ao substrato. Os parapódios apresentam-se bastante concrescidos; lesmas desprendidas do substrato e soltadas nágua afundaram-se sem nadar. A secreção da glândula purpúrea é esbranquiçada; a da glândula opalina, viscosa e cheirosa. A espécie, até agora encontrada somente em uma localidade da costa de São Paulo, Ubatuba, foi comparada com as descrições de juliana da Florida (badistes, Pilsbry 1951), da Africa do Sul, e do Indico-Pacifico ocidental. A extensão do sulco nos rinóforos varia; a abertura do manto é grande (badistes, capensis, sibogae do Japão); a concha é bem calcificada (também em badistes); 3-4 placas marginais de rédula não possuem ponta (1-2 no material de Macnae, 1955). Confirmam-se os tubérculos na base da bainha penial (Macnae). Cada plaquinha cuticular da mandíbula de Berthella agassizii (MacFarland 1909) é formada por uma célula muito alta. Os órgãos reprodutivos desta espécie foram descritos. Pleurobranchus (Oscanius) amarillius Mattox 1953 pertence a Berthellina Gardiner 1936 e aproxima-se muito a B. quadridens (Mörch 1863). Em Pleurobranchaea hamva, spec.nov., de Cananéia e Ilhabela, a membrana branquial ocupa três quartos do comprimento do ctenidio; o anus localiza-se ao nivel do centro da branquia; o nefróporo, ao da segunda pinula. P.hamva difere da outra espécie brasileira, P. inconspicua Bergh 1897, da qual se conhece um exemplar de Sergipe, pelo numero das placas da radula e por pormenores dos dutos do sistema reprodutivo. O colar ao redor do orificio genital tem um processo dorsal. Como foi visto por Bergh (1898) e Pruvot-Fol (1926), as lesmas comem, és vezes, outras da mesma espécie. Além de inconspicua, foram comparadas ainda 17 espécies e variedades de Pleurobranchaea.

Ano

1955

Creators

s.n., Eveline Marcus, Ernst

Equinoideos y asteroideos de la colección del Instituto Oceanográfico de la Universidad de San Pablo: primera contribución

The following species of Echinoidea are here described: Eucidaris tribuloides (Lamarck), Arbacia lixula (Linneo), Centrostephanus besnardi Bernasooni, Lytechinus variegatus (Lamarck), Echinometra lucunter(Linneo), Mellita quinquiesperforata latiambulacra H.L.Clark, Encope emarginata (Leske) and Moira atropos (Lamarck). The following species of Asteroidea are also described: Astropecten marginatus Gray, Linckia guildingii Gray, Enoplopatiria marginata (Hupé) and Echinaster antonioensis de Loriol. Special attention has been given to the geographical distribution of these species from the coast of São Paulo State (Ubatuba, S. Sebastião, and Cananéia), comparing them with those from the coast of Africa. A new species is described: Centrostephanus besnardi, collected at the Island of Trindade (20º 30' S - 29º 22' w) which presents an interesting problem as to its distribution since it is quite similar to C.longispinus typical species known from the East Atlantic (coast of Guinea, Cape Verde Is., Azores Is., Morocco). Corresponding plates and bibliography have been added at the end of the paper.

Ano

1955

Creators

Bernasconi, Irene

Las diatomeas del plancton marino de las costas del Brasil

Versa o presente trabalho sobre Diatomáceas do plancton marinho dos Estados de S.Paulo e R.G. do Sul, além de espécimes colhidos na costa brasileira até os rochedos S.Pedro e S.Paulo, pelo Eng. J.Weiher, durante a viagem por ele feita a Europa. Baseou-se o autor, pois, em três coleções das quais logrou determinar 182 Diatomáceas par a o Brasil e em que se encontravam também 126 peculiares as costas uruguaias e 114 frequentadoras das águas argentinas. Foi feita a comparação entre o material brasileiro e o das águas do Uruguai e Argentina. Assinala o autor que nem todas sâo planctónicas, havendo no acervo colhido, representantes neriticos e de água doce. Dentre estes existem espécimes desgarrados que foram parar no plancton marinho. Dentre o material colhido pelo Eng. Weiher figuram também espécies neriticas colhidas mais próximo da costa, sobretudo ao se aproximar o navio de Santos e R. de Janeiro. Comprova-se assim o deslocamento do material neritico, rumo ao mar aberto. Exemplo disso temos em Hemidiscus ovalis, encontrado também no mar largo, proveniente das amostras de S.Francisco do Sul. Do R. de Janeiro para o Norte encontrou o autor Hemidiscus membranáceas e Asterolampra ma rylandica, ambas tipicamente tropicais. Para o sul, no Uruguai, durante o inverno, encontra-se, as vezes, Chaetoceros coarctatus, espécie frequente nas amostras brasileiras, que lá surge repentinamente para desaparecer logo a seguir. Julga o autor que se trate de representante desviado pela corrente equatorial do Brasil, fazendo ver que existem incógnitas que se apresentam a quem se entrega ao estudo do plancton e que precisam ser resolvidas mediante estudo de maior profundidade. Finalizando, lembra o autor que o presente trabalho foi efetuado com o objetivo de servir de guia a futuras investigações, nào tendo, portanto, a pretençào de ser completo. Julga ainda que há necessidade de se estudar sistematicamente o plancton da costa brasileira, compreendendo nesse estudo nao só as Diatomáceas, mas todos os micro-organismos existentes no ambiente marinho.

Ano

1955

Creators

Müller-Melchers, F.C.

Bomolochus xenomelanirisi n. sp. parasito de Peixe-Rei: Xenomelaniris brasiliensis (Quoy & Gaimard) (Copepoda - Cyclopoida - Pisces - Mugiloidei)

This work deals with Bomolochus xenomelanirisi n.sp. - Copepoda Cyclopoida - that was found as parasite on Xenomelaniris brasiliensis (Quoy & Gaimard), a fish inhabiting the south seashore region of São Paulo State (Brazil). On examining 100 fishes, the author found 30 ♀ ♀ and 14 ♂ ♂ , all of which were attached to the internal portion of the posterior region of the opérele. The new species here described is related to Bomolochus nitidus and B.exilipes, both described by Wilson, but differs from them by the shape of the maxilliped, by the greater number of setae of the first maxilla, by the lenght of the second antennae, by the strongest armature of the first antennae and by the shape and number of the eggs contained in the ovigerous sacs. The author describes male and female, illustrating the descriptions with 21 drawings. Some ecological notes are presented. The author is indebted to the National Research Council (Conselho Nacional de Pesquisas) of Rio de Janeiro, for a grant in aid, for which thanks are due.

Ano

1955

Creators

Carvalho, J. de Paiva

Contribuição ao conhecimento dos moluscos da Ilha Fernando de Noronha - Brasil

No summary/description provided

Ano

1955

Creators

Lopes, H. de Souza Alvarenga, Moacir

Sobre quatro tornárias do Atlântico e do Mediterrâneo

Several tornariae were obtained from the plankton collected during the Cruise of the "Baependi" and the "Vega" to Trindade Is. and vicinities on 18th June 195D, also from plankton collected at Fernando de Noronha Is. These larvae were fixed in a solution of formalin at 4%. Those of Trindade Is. were in a very bad state of conservation (Fig. 1) . They proved to be probably Tornari a weldoni Stiasny in a young Krohn stage of progressive development (no coeloma were noticed). The secondary loops and lobes which were 4 to 6 in number, the high oral arch, the very large oral field, the elevated and narrow ventral loop are characteristic of the above mentioned species and were observed in our best preserved specimen. It is only 1,01mm long, therefore smaller than the T.weldoni described by Stiasny & Stiasny-Wijnhoff (1996). Distribution:- Bahamas Is. and New-England. The beautiful large tornariae from Fernando de Noronha Is. (4mm in height)(Figs. 2-6) are all T.chierchiai I Stiasny in the Krohn stage of development. This is a Ptychodera type larva, according to Stiasny and Stiasny-Wijnhoff (1926), with lobate tentacles, no anal ring, not apically pointed, with a narrow oral field and very deep superior lobes with an inferior bifurcation (Fig. 2). The oral arch is very narrow and low (Fig. 5). The inferior dorsal lobes are narrow, long and without lobate tentacles (Fig. 4). The lateral lobe is short, oblique (as in T. morgani) , narrow, with more or less 8-10 lobate tentacles and provided with a lateral loop as in T.morgani (Fig. 4 and 2), the connective belt between the median and the lateral loops of the post-oral and the pre-oral fields is provided with 6-10 lobate tentacles (Fig. 2). There are about 26 lobate tentacles on the loops. There are no lobate tentacles on the apical region, where the eyes are situated (Fig. 3). Hydrocoel has large "spurs". There is a strong pigmentation on the ciliated ring. The trunk and collar coeloma are periferically situated. The larva is in an advanced Krohn stage of development. T. chierchiai I has only been found in the Pacific up to now. It is generally considered to be the larva of Ptychodera flava widely distributed in that Ocean. A species very closely related to P.flav a occurs in the Atlantic - Ptychodera bahamensis - whose larva T.morgani, differs from T.chierchia i I chiefly by the absence of the inferior dorsal lobes. The larva found at Fernando de Noronha Is. is T. chierchiai I or a morphologically intermediate type between T. chierchiai I and T. morgani. Its occurrence in the Atlantic near to the West Indies strongly supports Trewawas' (1931) and Van der Horst's (1939) suggestions that P. flava and P. bahamensis are probably varieties of the same species. Probably their larvae are also very variable. Or else, T.morgani and T. chierchiai I are not the larvae of the mentioned species of Ptychodera , which is not probable. T. morgani has been reared up to a young Ptychodera sp. stage. Dr. K. P. Rao in India is now trying to rear the larva of P. flava and thus to settle all this controversy. Several tornariae were also sent to me from Algiers (Mediterranean Sea) by Prof. A.Hollande. They are beautifully coloured and mounted in Canada balsam by Dr. J. Cachon, who collected them on the 28th March 1949. One of them had been reared to a stage of metamorphosis. These tornariae belong to two different species: T.krohn i Stiasny and T.dubi a Spengel, both already known from the Mediterranean Sea. T. krohni is very similar to T.mielcki (Stiasny & Stiasny-Wijnhoff 1926, p. 160-161) and my specimens in the Krohn stage of development were intermediate in shape and characteristics between the two above mentioned species, thus proving that the two are varieties of the same species. The height of the tornariae were from 1,1mm to 1,3mm (smaller than the first T. krohni described, probably in part due to fixation and mounting). They belong to the Balanoglossus and Glossobalanus type of tornaria, with the anal field in the shape of an inverted cone, the anterior part of the larva bell shaped, a median apical plate, a narrow ventral loop, which is not very elevated (Fig. 7). The lateral lobe with its corresponding lateral loops is like T.krohni's from Messina (Fig. 10). The stomach is balloon shaped. The primary and the secondary dorsal lobes are very large (Fig. 8). The secondary loops are narrow and protruding (Fig. 7). The oral arch is elevated (Fig. 7). The hydroporus is situated slightly to the right of the median line (Fig. 8). Strongly developed primary inferior dorsal lobes. There are 4 to 5 secondary loops ventrally (Fig. 7). Dorsally there are 3 to 4 (Fig. 8) of the same. The hydrocoel has no "spurs" and the pericardium is already developed. Both collar and trunk coeloma are present. The tornaria is therefore an advanced Krohn stage of development. Fig. 11 shows a tornaria of this species in the Spengel stage of development (with greatly developed coeloma and hydrocoel). Fig. 12 shows the same species at a very late Metschnikoff stage of development (with only very poorly developed trunk coeloma and the beginning of the secondary loop formation, the hydrocoel with thin walls). T. krohni i Spengel is here considered a different species of tornaria probably belonging to Balanoglossus clavigerus, as stated in Stiasny & Stiasny-Wijnhoff (1926, p. 66). Tornaria dubia Spengel collected in the same region, in the vicinities of Algiers, (Figs. 13, 14, 15 and 16) belongs to the Glandiceps type of Stiasny and Stiasny-Wijnhoff. The tornaria is double-cone shaped, with pre-oral field in the form of an upside down Y, and with protruding not separate lqops which give it also the shape of a butterfly. Oral arch with not parallel limbs. The ventral loop has two inferior ventral lobes and two corresponding loops (Fig. 13). It is not long, but large and flat. No lateral lobe, nor lateral loop (Fig. 15). Dorsal primary loops partly in the ventral region with one or two secondary lobes (resulting in an S shaped band) with a long narrow horizontal connection to the median field (Fig. 15). The hydrocoel is very large with pericardium and coeloma well developed. This and the great height of the tornaria (1, 23-1,34mm) show that the larvae of Figs. 13, 14 and 15 are in an advanced Krohn stage of progressive development. They are more developed than the larvae figured by Stiasny & Stiasny-Wijnhoff (1926, fig. 36a and 36b) and by Spengel (1893, pi . 22, fig. 17, 18, 19). Fig. 16 shows this larva in the Spengel stage of development with smaller number of loops and lobes and coeloma far more developed as well as larger hydrocoel. Two metamorphosis stages are also figured (Figs. 17 and 18) but have not been described because they were already mounted in Canada balsam. They belong to T. dubia or to T. krohni and were also obtained in Algiers. It would be interesting to rear both larvae and to settle the question as to which adult species they belong.

Ano

1955

Creators

Björnberg, Tagea K. S.

Ergasilus xenomelanirisi n. sp. parasito de Peixe-Rei: Xenomelaniris brasiliensis (Quoy & Gaimard) (Copepoda - Cyclopoida - Pisces - Mugiloidei)

During 1952-53, while studying the parasitic copepods of some brazilian fishes, at the laboratory of the Research Station of the Oceanographie Institute (Cananéia, southern coast of S. Paulo State. Brazil), the author found 87 copepods of the genus Lernaeenicus, 176 of the genus Fomolochus and 2.093 of the genus Ereasilus. These copepods were obtained from the gills of the mugilid fish Xenomelaniris brasiliensis (Q & G.). In this paper the author deals only with specimens of the genus Ergasilus since the other two genera, Lernaeenicus (Carvalho 1953, p. 191-190) and Bomolochus (Carvalho 1955, p. 143-151) were already studied previously. The species now described, according to the key of Wilson (1911, p.327) is related to sieboldii, lizae, nanus and versicolor, but differs from them by various important characters. A diagnosis of the new species is presented and comparisons are made with the related ones. Some considerations concerning the parasitism of the young fishes by leaches probably belonging to the family Ichthyobdellidae are presented, as well as references about two cases of parasitism by isopods and a few laboratory experiments related to the study of the nauplius stages of Lernaeenicus. The author is indebted, with due thanks, to the National Research Council (Conselho Nacional de Fesquisas) of Rio de Janeiro, for a grant in aid.

Ano

1955

Creators

Carvalho, J. de Paiva

On some Prosobranchia from the coast of São Paulo

Ao gênero Paraseptaria Risbec, 1942, baseado em P. parva Risb. da Nova Caledônia, foi atribuída P. panqueca, sp. n., do litoral de São Paulo. O gênero, sem área parietal (columelar) e com opérculo, externo em parva, interno em panqueca, reúne caracteres das Phenacolepadidae e Neritidae, concordando o aparelho feminino mais com o das últimas. O opérculo interno da nova espécie sugere a possibilidade de terem sido atribuídas a Phenacolepas espécies não examinadas a respeito, p. e., Acmaea hamillei e Scutellina antillarum. Lamellaria perspicua mopsicolor, f. n., da costa de São Paulo e do Cabo Frio, é a primeira espécie da subordem Lamellariacea verificada no litoral brasileiro. O ctenídio da fêmea é três vezes maior que o do macho. Em seis exemplares, cuja rádula foi preparada, o dente central de todas as séries possui dentículos somente no lado direito da cúspide. Isto constitui o caráter principal da forma mopsicolor. Na praia de Ilhabela as 4 espécies de Ianthina conhecidas do Atlântico meridional (Laursen 1953) são ocasionalmente arrastadas à praia: janthina, exigua, prolongata e umbilicata. Ultimamente muitas conchas relativamente baixas de I. janthina foram encontradas, cujas protoconchas diferem, quanto à escultura, do material de Laursen. Nesta espécie e em I. exigua ocorrem olhos e estatocistos. I. janthina tem 3 pares de glândulas faríngeas, cujos dutos se abrem separadamente. O aspecto dos dentes da rádula difere dentro da mesma série transversal, de maneira que a diferença não pode provir do gasto. As lâminas externas e internas das cartilagens bucais de I. janthina e I. exigua são unidas atrás da faringe; as mandíbulas homogêneas e incolores são estruturas independentes das cartilagens. Uma nova figura da balsa de I. janthina é apresentada (Fig. 23).

Ano

1956

Creators

Marcus, Eveline du Bois-Reymond

Notes on Opisthobranchia

Acteon punctostriatus (C. B. Ad.), ainda não indicado do Brasil, parece ser vastamente distribuído, do Cabo Cod até à região de Bahia Blanca, Argentina. As plaquinhas mandibulares e os dentes da rádula assemelham-se às estruturas correspondentes de A. tornatilis (L.). Haminoea elegans (Gray) tem olhos do tipo de Helix e Gastropteron. O órgão copulador masculino é armado, em oposição às espécies européias. Tornatina candei (d'Orb.) possui rádula e, por isso, não pode continuar no mesmo gênero como Retusa canaliculata (Say). O tipo de Acteocina Gray é uma espécie fóssil. Destarte, não é possível decidir se Acteocina deve substituir Tornatina, como Dall quiz, ou se é um sinônimo de Retusa. A locomoção de T. candei combina o movimento por ondulações da sola com "passos". "Tinteiros" quase pretos da Ilha de Marambaia, ca. de 70 km ao oeste do Rio, pertencem a Aplysia (Tullia) juliana Q. G., apesar da secreção preta da glândula de púrpura. Durante a vasante, numerosos exemplares de Aplysia brasiliana Rang foram encontrados pendurados nas pedras, na posição de morcegos em repouso. Os parapódios envolvem o corpo; a ponta posterior da sola prende-se à pedra. Aplysia párvula Morch, ainda não encontrada no Brasil, foi verificada provinda do Recife da Lixa, diante da costa da Baía. Elysia lobata A. Gd., do atol de Eniwetok, possui somente um receptáculo seminal, a espermateca. A espécie é diáulica. O átrio masculino tem um divertículo como Lobiger souverbiei P. Fisch. Os dentes da rádula são irregularmente amontoados no ascus. Nembrotha divae, sp. n., que pertence a um gênero conhecido, principalmente, do Índico e Pacífico Ocidental, caracteriza-se pela cor escarlate e pelo dente mediano da rádula. Polycera marplatensis Franc. é uma das poucas espécies do nosso litoral até agora somente conhecida da costa argentina. Mandíbula e rádula justificam a separação específica (Odhner 1941) de quadrilineata (O. F. Müll.). Polycera odhneri Mare. tem uma parte glandular no duto masculino e, além disso, uma glândula accessória (próstata). Corambe evelinae, sp. n., difere de G. testu-dinaria H. Fisch., a espécie mais próxima, pelo número (até 7) das lamelas branquiais (testudinaria até 4). O espermatocisto comunica-se com o oviduto internamente à entrada do duto uterino neste. Hancockia ryrea Mare. possui o mesmo divertículo esofágico como H. uncinata (Hesse) e H. californica MacF. As descrições de Polycera aurisula Mare. e Antiopella mucloc Marc. foram completadas pelo exame de novo material. Foi dada uma lista de 12 espécies provindas do Cabo Frio (Dra. Diva Diniz Corrêa leg.).

Ano

1956

Creators

Marcus, Ernesto

A new polyclad from Brazil

Um Polielndido, Chromyella saga, gen. nov., spec. nov. (Figs. 1-4) das Chromoplanidae Bock (1922, p. 29), foi encontrado nura "tidepool", da práia do Forte, etn Cabo Frio. Caracteriza-se pela união dos orificios bucal, masculino e feminino (Fig. 4), aparelfao copulador masculino composto por vesícula espermiducal Impar (s), vesícula seminal (v) e ausencia de vesícula prostática. As duas esiíécies conhecidas das Chromoplanidae. representantes dos gêneros Chromoplana e Amyella Bock 1922. provêem do Japão. Nos dois gêneros japoneses os olhos marginais são menos numerosos que em Ohromyellu e n boca situa-se anteriormente ao orifício masculino. Em Chromoplana ocorre vesícula espemiducal ímpar e sulco longitudinal. Em Amyella os dois poros genitais acham-se muito próximos entre si e a vesícula prostática é reduzida a um canal que atravessa o penis. Chromyella, além de diferir de Chromoplana e Amyella, apresenta caracteres peculiares a cada um deles.

Ano

1956

Creators

Corrêa, Diva Diniz

Vallicula multiformis Rankin, 1956, from Brazil

O Ctenóforo Vallicula multiformis Rankin, 1956, da Ordem Platyctenida, descrito da ilha de Jamaica, foi encontrado na costa de São Paulo, no litoral superior de Ilhabela e perto de Ubatuba.

Ano

1956

Creators

Marcus, Eveline du Bois-Reymond

Adenops dissimilis n. sp., de Peixe Rei: (fam. Atherinidae - subfam. Menidiinae)

The study of the brazilian Atherinidae has not yet been developed. Besides Jordan & Hubb's work (1919, p. 187) and Schultz's revision, very little can be found on the matter. This explains the author's preocupation of examining sistematically the shoals he was given. As a result, a specimen of a genus not yet recorded for brazilian waters has been found in Cananéia, South coast of São Paulo State (Brazil), which has been properly named as Adenops by Schultz. The comparative study of this specimen in relation to those from Colombia and Venezuela, as well as the geographic isolation of the species have given the author the conviction of it being a new species not yet described to which he suggests the name of Adenops dissimilis n. sp. Table 1 presents the comparison of the supposed new species with A. analis and A. argenteus; it has been verified that there were divergencies not only on most of the biometric data but there were also divergents characteristics among the three species. Quick comments are made on the ecology; stomach content has been examined as well as the ecto and endo parasites the results compared with those of the Xenomelaniris brasiliensis (Quoy & Gaim.).

Ano

1956

Creators

Carvalho, J. de Paiva

On the uneven distribution of the Copelata of the Fernando de Noronha area

Durante uma viagem à ilha Fernando de Noronha em Janeiro de 1954, a Dra. M. Vannucci e o Dr. E. F. Nonato coletaram amostras de plancton em várias estações ao norte e ao sul da ilha. A tabela 1 mostra o número das estações, sua posição geográfica, outros dados tais como salinidade, hora de coleta, profundidade local e da coleta, tipos de redes usados, etc, assim como o número e a porcentagem de cada espécie de Gopelata encontrada em cada amostra. Comparando a população de Copelatá capturada ao norte e ao sul da ilha verificou-se que havia uma diferença bem marcada nas porcentagens das diferentes espécies por amostra, e que as águas do sul e do norte da ilha mostraram um quadro diferente de freqüências (Fig. 1) assim como foi diferente de cada lado da ilha a porcentagem das Famílias Oikopleuridae e Fritillaridae. Estas predominaram ao sul enquanto aquelas predominaram ao norte da ilha. Para estes fatos existem duas explicações possíveis: - ou a ilha funcionou como obstáculo às águas da Corrente Sul Equatorial provocando no seu lado noroeste uma subida de água das camadas inferiores e modificando assim as condições hidrológicas características da região, ou as diferenças observadas de amostra para amostra (Fig. 2) foram devidas não a diferenças hidrológicas, mas, sim a diferentes "nuvens" de Gopelata que ocorreram ao norte e ao sul da ilha, durante a época em que foi feita a coleta. H. longicauda mostrou ligeiro acréscimo na porcentagem relativa às outras espécies, quando coletada com rede pelágica (A) na superfície, quando comparada com as porcentagens em que ocorre em amostras coletadas por outras redes em profundidades maiores. A ocorrência de espécies neríticas (O. dioica e F. abjörnseni) nas estações mais próximas da costa (2 e 7) ambas situadas sobre a plataforma insular, não vem confirmar a idéia de Lohmann (1896, p. 109) de que haja influência da costa brasileira sobre a ilha, pois a intensidade da corrente Sul Equatorial nessa região em direção NW torná-la-ia muito improvável, e sim confirma a teoria de Ekman (1953, p. 313) de que as pequenas ilhas oceânicas agem como costas. As estações ao norte da ilha mostraram como população de Gopelata característica nestas amostras, em porcentagem decrescente as espécies O. fusiformis, F. borealis; e S. longicauda ou vice-versa, F. pellucida, e F. formica e S. magnum ou vice-versa; as do sul da ilha, freqüências elevadas de F. borealis, H. longicauda e porcentagens menores de O. fusiformis, F. pellucida e F. formica.

Ano

1956

Creators

Björiberg, T. K. S. Forneris, L.

On the uneven distribution of the Copelata of the alcatrazes area

Neste trabalho são estudados os Copelata coletados durante a viagem do "Igaraty" à Ilha de Alcatrazes. A lista das estações, sua localização, as datas e outros dados sobre as águas da área pesquisada, assim como o número e a porcentagem de ocorrência de cada espécie em cada amostra estão na Tabela 1. Todas as coletas foram feitas com uma rede "standard" (Sverdrup et al - 1954, p. 379, fig. 91-d). Comparando os dados hidrográficos, fornecidos por informação pessoal do Dr. I. Emílsson, com os nossos, podemos concluir que, nestas amostras, as águas vindas do norte (vide estações 6, 7 e 9) são caracterizadas pela presença de O. rufescens em grande abundância; as águas costeiras, pela presença de F. pellucida (vide estações 1, 10 e 11) e as águas misturadas (vide estações 5 e 8, Tabela 1 e Figura 1) são caracterizadas pela ocorrência de II. longicauda, O. fusiformis e F. pellucida em freqüências elevadas. Houve ocorrência ainda de "nuvens" de F. haplostoma na estação 10, fato comum em águas costeiras e superficiais do Japão (Tokioka, 1951 e 1955). A influência da termoclina observada nas estações 5 e 9 não foi considerada significativa pois foi pequena a quantidade de água atravessada pela rede abaixo dela, em comparação com a grande quantidade ocorrida acima da mesma. O aparecimento de Tectillaria fertilis aumenta o limite sul de distribuição desta espécie no Atlântico, pois era conhecida apenas nas correntes quentes do hemisfério norte deste oceano (Lohmann, 1896, p. 30).

Ano

1956

Creators

Björnberg, T. K. S. Forneris, L.

Equinoideos y asteroideos de la colección del Instituto Oceanógrafico de la Universidad de San Pablo: segunda contribución

In this second contribution the author refers the equinoids and asteroids of the Oceanographical Institute collection (São Paulo University - Brazil), obtained at the brazilian coast, from Fernando de Noronha island to near Uruguay (Palmas). In this paper there are 14 species pertaining to 9 families. On studying the geographical distribution, the author has observed with special interest, that species like Mellita platensis, Astropecten brasiliensis and A. cingulatus go on to the south in its distribution, reaching the Buenos Aires Provincia.

Ano

1956

Creators

Bernasconi, Irene

Técnica para el estudio de las diatomeas

O presente trabalho foi apresentado à IV Reunião do Grupo de Trabalho de Ciências do Mar, reunido em Montevideo (22 a 24 de maio de 1957) sob o patrocínio do Centro de Cooperación Científica da UNESCO para a América Latina. Versa sôbre técnicas empregadas no estudo das diatomáceas, compreendendo fixação, limpeza e montagem de preparados microscópicos. Contem referências ao tratamento de amostras obtidas do conteúdo estomacal de peixes, crustáceos, equinodermas e outros organismos marinhos, bem como de guano e material fossil.

Ano

1956

Creators

Müller-Melchers, F. C. Ferrando, Hugo J.

Foraminíferos recentes do Brasil: famílias Miliolidae, Peneroplidae e Alveolinellidae

This is the first report of a series on Foraminifera of Brazil. The animals were collected on the Brazilian continental shelf and only the Miliolidae, Peneroplidae and Alveolinellidae were taken into consideration in this paper. Forty one species were described, belonging to the following genera: Quinqueloculina D'Orbigny, Articulina D'Orbigny, Massilina Schlumberger, Pyrgo Defrance, Pyrgoella Cushman & White, Biloculinella Wiesner, Spiroloculina d'Orbigny, Sigmoilina Schlumberger. Ilauerina d'Orbigny, Flintia Schubert, Triloculina d'Orbigny, Peneroplis Montfort, Archaias Montfort, Sorites Ehrenberg, Borelis Montfort. Two regions were established from the observation of the distribution of the Miliolidae, Peneroplidae and Alveolinellidae. The animals collected from 23º S northwards were captured in warm tropical waters and those found on Banco S. Tomé, Barra de S. João, and Trindade Island are the same which occur in the West Indies. According to Ekman (1953, p. 4) the coral regions are not always formed by animals. They may also be formed by algae belonging to the genus lÀtliothamnion. The samples I, II, and III were collected in such coral formations. The following species occurred from this southern limit northwards : Articulina multilocularis, A. sagra, A. sulcata, Hauerina bradyi, H. ornatissima, Quinqueloculina funafutiensis, O. tricarinata, Miliolinella oblonga, Massilina crenata, Spiroloculina antillarum, S. caduca, Triloculina planciana, Peneroplis bradyi, P. carinatus, P. pertusus, P. proteus, Archaias angulatus, Sorites marginalis and Borelis pulchra.

Ano

1956

Creators

Narchi, Walter