Repositório RCAAP
Indicadores de qualidade assistencial na cirurgia de revascularização miocárdica isolada em centro cardiológico terciário
FUNDAMENTO: Indicadores de qualidade (IQ) em cirurgia cardíaca são importantes instrumentos de avaliação da assistência médica em centros hospitalares. OBJETIVO: Avaliar os IQ da cirurgia de revascularização miocárdica (CRVM) isolada em centro terciário cardiológico. MÉTODOS: Foram avaliados 144 pacientes consecutivos submetidos a CRVM isolada entre outubro de 2005 e março de 2007: 108 pacientes eram do sexo masculino (75%), com média de idade de 65±11 anos e EuroSCORE de 4±3. Os IQ avaliados foram: intervalo de tempo entre a marcação e a realização da cirurgia (TMC); taxa de cancelamento (TxC) decorrentes de problemas ligados à infra-estrutura hospitalar; tempo de permanência hospitalar (TPH); mortalidade operatória (MO) e taxa de reinternação hospitalar por infecção em ferida cirúrgica (TxRH). RESULTADOS: O TMC (n=98) foi de 4±3 dias (mediana de 4 dias) e a TxC foi zero. A MO observada de 4,9% (Intervalo de Confiança [IC] 95% = 2,2 - 9,87%) foi menor do que a MO esperada de 5,1% (IC 95% = 1,4% a 14,37%), mas sem significância estatística (p=0,65). A área sob a curva ROC do EuroSCORE para MO observada foi de 0,702 (IC 95% = 0,485 - 0,919). O TPH foi de 11±9 dias. A área sob a curva ROC do EuroSCORE para TPH foi de 0,764 (IC 95% = 0,675 - 0,852). A TxRH observada foi de 2,1%. CONCLUSÃO: A avaliação dos IQ demonstrou que, em um centro com baixo número anual de CRVM, os resultados alcançados foram compatíveis com o perfil de risco da população envolvida.
2022-12-06T14:00:48Z
Mesquita,Evandro Tinoco Ribeiro,Ary Araújo,Mônica Peres de Campos,Luiz Antonio de Almeida Fernandes,Marco Aurélio Colafranceschi,Alexandre Siciliano Silveira,Celso Garcia da Nunes,Edson Rocha,Antônio Sérgio Cordeiro da
Partial left ventriculectomy: a retrospective study
OBJECTIVE: To identify useful predictive data on chance mechanisms of postoperative outcome, the impact on symptoms of terminal heart failure - after partial left ventriculectomies (PLV) - was critically evaluated through the analysis of results, on accumulated descriptive data on reports, between 1995 and 1998. METHOD: Available routine clinical data on surgical aspects and clinical outcomes were gathered and, when possible, validated for comparative analysis. RESULTS: PLV can provide a significant short to medium term amelioration in the quality-of-life in event-free survivors, but it was also watched out that in important proportion of them - as an evolutive sequence - PLV was incapable of changing the myocardial fibers leading tendency to conservatism of the preoperative vicious geometric dynamic pattern in late evolution. Importantly, the LV end-diastolic echocardiographic diameter of 7.5 cm (± 1.4 cm) was the steadiest quantitative significant numerical appeal to heart reduction surgery, in a setting of 465 patients, aged two to 74 years. And in a succession of individual reports of PLV results, whose mortality varied from 0 a 60%, survival after PLV showed a significant relationship with morphologic evolution of cardiomyocytes, in postoperative, and augmented in absolute values in patients with progressive ventricular dysfunction, treated with the insertion of LVAD (Left Ventricular Assist Devices). CONCLUSION: The material impossibility of identifying useful qualified predictors on chance mechanisms of postoperative outcome emerged as the crucial limitation for current usage of surgical reversal of left ventricular structural chamber dilation - to treat dilated cardiomyopathies - despite accumulated numerical values and clinical experiences.
2022-12-06T14:00:48Z
Christo,Marcelo Campos Christo,Sérgio Figueiredo Campos Di Dio,Liberato John Alphonse
Current treatment of the persistent arterial duct
No summary/description provided
2022-12-06T14:00:48Z
Jacob,José Luiz Balthazar Braile,Domingo Marcolino
Perspective of clinical application of pumpless extracorporeal lung assist (ECMO) in newborn
Extracorporeal lung assist (ECLA) has been proposed as an invasive alternative to conventional treatment when oxygenation is not possible by rigorous mechanical ventilation alone. Usually, ECLA is carried out by establishing a venovenous or venoarterial shunt consisting of a roller or centrifugal pump, a membrane oxygenator, and a heat exchanger. However, the extracorporeal membrane oxygenation (ECMO) with circulatory support lead hemolysis, coagulation disorders, inflammatory response, and specific technical complications inherent to a procedure of high risk and cost. To reduce the drawbacks of mechanical blood trauma during prolonged ECLA, the patient´s arteriovenous pressure gradient as the driving force for the blood flow through for the extracorporeal circuit can be used. In this article are analysed the main contributions of pumpless ECMO, used experimentally and in children and adults with respiratory failure, with perspective of clinical application in newborn.
2022-12-06T14:00:48Z
Gandolfi,José Francisco Braile,Domingo Marcolino
Reconstructive surgery of the aortic valve
OBJECTIVE: Lacking an ideal valve substitute and motivated by the good results of mitral valve repair since 1990, we faced with determination aortic valve reconstruction surgery. The objective of this paper is to show our experience with this procedure. METHOD: Between January of 1990 and December of 2001; 136 aortic valve repair surgeries were performed. Seventy-five (55.1%) of the patients were female and the ages ranged from 4 to 70 years (mean 23.3 ± 1.2 years). Every patient had rheumatic valve disease and insufficiency was the most prevalent type (108 patients - 79.4%), followed by double aortic lesion in 16 (11.7%) patients and stenosis in 12 (8.8%). The surgical techniques used were: subcommissural annuloplasty in 74 (54.4%) patients, commissurotomy in 38 (27.9%), cusp extension with pericardium in 17 (12.5%), substitution of one cusp in 2 (1.4%), cusp suspension by annuloplasty in 37 (27.2%) and Valsalva sinus remodeling in 27 (19.8%). The surgery exclusively involved the aortic valve in 57 (41.9%) patients and was associated in 79 (mitral valve replacement in 12, mitral repair in 65, coronary artery bypass grafting in 1 and pulmonary commissurotomy in 1). RESULTS: Hospital mortality was 2.2% and 22 (16.2%) patients underwent a new surgery during the follow-up period (57.7 ± 3.5 months). CONCLUSIONS: Aortic valve repair is a safe surgical procedure that can be used in an increasing number of patients with promising results.
2022-12-06T14:00:48Z
Mendonça,José Teles de Carvalho,Marcos Ramos Costa,Rika Kakuda da Barroso,Roberto Cardoso Santos,José Edivaldo dos Tavares Filho,Sérgio Costa
Coronary fistula resembling patent ductus arteriosus
A 14-year-old girl, presenting with heart failure and a continuous murmur, similar to that of a patent arterial duct, was investigated using echocardiogram and cardiac catheterization revealing a left to right shunt throught a coronary artery fistulae between the first septal branch and the right ventricular outflow tract. The patient was submitted to surgery, occluding the anomalous branch by the suturing of its orifice in the right ventricular outflow tract, under cardiopulmonary bypass. After the operation, cardiac catheterization revealed complete occlusion of the fistula without any residual shunt or compromise to the coronary circulation. In seven years of follow-up the patient is completely free of symptoms.
2022-12-06T14:00:48Z
Sgarbieri,Ricardo Nilsson Moreira Neto,Francisco F. Vieira,Fabiano Ferreira Barbosa,Tatiana Maia J. U.
Case 2/2003
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2022-12-06T14:00:48Z
Croti,Ulisses Alexandre Braile,Domingo Marcolino
Um Linux para os Periódicos Científicos. Como encontrar preços justos a pagar pelo acesso ao conhecimento científico?
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2022-12-06T14:00:48Z
Bartholo,Roberto Bursztyn,Marcel
Revascularização miocárdica com enxerto composto de artéria torácica interna esquerda em Y: análise de fluxo sangüíneo
OBJETIVO: Verificar o comportamento do fluxo sangüíneo na artéria torácica interna esquerda (ATIE), quando utilizada para revascularizar a artéria interventricular anterior (AIA) e mais um ramo do sistema coronariano esquerdo (SCE). MÉTODO: No presente estudo, compara-se o fluxo obtido pela ecocardiografia Doppler na ATIE, em repouso e sob estresse com dobutamina, em dois grupos de 20 pacientes cada. No grupo A, foi utilizado enxerto pediculado de ATIE anastomosada unicamente à AIA. No grupo B, a ATIE revasculariza a AIA, e um enxerto de veia safena magna, anastomosado em "Y" à ATIE, revasculariza outro ramo do SCE. O estudo angiográfico demonstrou patência de todos os enxertos em ambos os grupos. Na avaliação pela ecocardiografia Doppler foram realizadas as seguintes medidas: débitos sistólico (DS), diastólico e total, razão entre o débito total em estresse pelo débito total em repouso (DTE/DTR), velocidades de pico sistólico (VPS) e diastólico e razão entre essas velocidades. RESULTADOS: Todos os parâmetros analisados apresentaram diferença estatisticamente significativa, com exceção do DS, DTE/DTR e VPS. CONCLUSÃO: Nas condições e métodos usados neste estudo, pode-se inferir que o fluxo sangüíneo na ATIE no enxerto composto (Grupo B) é maior que no enxerto simples (Grupo A), o que demonstra a grande capacidade da ATIE em adaptar-se à demanda de fluxo.
2022-12-06T14:00:48Z
Lobo Filho,José Glauco Leitão,Maria Cláudia de Azevedo Lobo Filho,Heraldo Guedis Silva,André Albuquerque da Machado,João José Aquino Forte,Antonio Jorge de Vasconcelos Sá,Mauro Paes Leme de Bastos,Eduardo Sérgio Murad,Henrique
Seguimento clínico a médio prazo com uso exclusivo de enxertos arteriais na revascularização completa do miocárdio em pacientes com doença coronária triarterial
OBJETIVO: Avaliar os benefícios a médio prazo do uso exclusivo de enxertos arteriais em pacientes com doença aterosclerótica coronária triarterial submetidos à revascularização completa do miocárdio. MÉTODO: Entre julho/95 e julho/97, 137 pacientes consecutivos foram submetidos à revascularização miocárdica com uso exclusivo de enxertos arteriais. Destes, 112 (81,7%) eram do sexo masculino e a idade variou de 36 a 78 anos (média de 56,5 anos). Foram utilizados 363 enxertos arteriais, sendo realizadas 442 anastomoses coronárias; média de 3,2 anastomoses coronárias por paciente. Os enxertos arteriais utilizados foram a artéria torácica interna esquerda (99,3%), artéria torácica interna direita (56,2%), artéria radial (94,9%), a artéria gastroepiplóica direita (13,9%) e a artéria epigástrica inferior (0,7%). Em 80 (58,4%) pacientes foram construídos enxertos arteriais compostos, com anastomose em "Y" da artéria torácica interna esquerda com outro enxerto arterial. RESULTADOS: Não houve mortalidade operatória. Ocorreram quatro (2,9%) óbitos durante o período de internação hospitalar e apenas um (0,7%) paciente necessitou ser reoperado no seguimento inicial. A probabilidade livre de eventos cardíacos (infarto do miocárdio, angioplastia, reoperação ou óbito) foi de 87,0% e a sobrevida foi de 94,0% com sete anos de seguimento clínico. CONCLUSÕES: O uso exclusivo de enxertos arteriais na revascularização completa do miocárdio em pacientes com doença aterosclerótica coronária triarterial apresenta bons resultados imediatos e a médio prazo. O acompanhamento desses pacientes a longo prazo nos mostrará a influência do uso exclusivo de enxertos arteriais no tratamento cirúrgico da insuficiência coronária.
2022-12-06T14:00:48Z
Lisboa,Luiz Augusto F. Dallan,Luís Alberto O. Puig,Luiz Boro Abreu Filho,Carlos Leca,Ricardo Cerquinho Dallan,Luís Augusto P. Oliveira,Sérgio Almeida de
Efeito do azul de metileno na resposta inflamatória e hemodinâmica em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica com circulação extracorpórea
OBJETIVO: Estudar em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica com circulação extracorpórea os efeitos da infusão de azul de metileno na reação inflamatória sistêmica e nas condições hemodinâmica e laboratorial. MÉTODO: Foram estudados 60 pacientes randomizados em dois grupos, utilizando-se a infusão de azul de metileno em um dos dois grupos. Amostras de sangue foram colhidas antes da indução anestésica, 3, 6, 24 e 48 horas após o término da circulação extracorpórea para dosagens dos marcadores de inflamação (IL-1b, IL-6, IL-8, IL-10, IL-12p40 e TNFa), NO, gasometria e outras dosagens de rotina. RESULTADOS: O grupo que utilizou azul de metileno mostrou, em diferentes momentos das coletas, maior resistência vascular sistêmica, menor concentração de TNFa, menor número de leucócitos e neutrófilos e menor nível de óxido nítrico. Não ocorreram efeitos adversos importantes. CONCLUSÕES: A infusão de azul de metileno não evidenciou alterações clínicas ou pulmonares adversas, mostrando uma tendência menor à resposta inflamatória sistêmica, menores níveis de óxido nítrico e melhor estabilidade hemodinâmica.
2022-12-06T14:00:48Z
Ribeiro,Nilzo Augusto Mendes Stolf,Noedir Antônio Groppo Silva Junior,Augusto Ferreira da Viana,Valcellos José da Cruz Carvalho,Eduardo Novaes de Athanázio,Rodrigo Reis,Mitermayer Galvão Oliveira,Sérgio Almeida de
Anuloplastia concêntrica do anel mitral, isolada ou associada à ressecção quadrangular, em crianças e jovens
OBJETIVO: Descrever procedimento cirúrgico de anuloplastia concêntrica do anel mitral sem prótese, isolada ou associada à ressecção quadrangular com plicatura póstero-medial do anel mitral, e analisar os resultados imediatos e tardios obtidos. MÉTODO: Entre fevereiro de 1986 e fevereiro de 2001, realizamos 790 procedimentos abordando a valva mitral, 41 foram realizados em crianças e adolescentes menores de 20 anos (média de 9,7 anos). Vinte (48,7%) pacientes eram do sexo feminino e 21 (51,3%) do masculino. A doença reumática foi responsável pelas lesões em 92,6% dos casos e a degeneração mixomatosa em apenas 7,4%. No período pré-operatório, 22 (53,6%) pacientes estavam em classe funcional III e 19 (46,4%) em classe funcional IV, advindos de repetidos surtos de febre reumática, agravados pela desnutrição. A técnica cirúrgica utilizada foi a anuloplastia concêntrica, aplicada isoladamente ou em associação à ressecção quadrangular com plicatura póstero-medial. O curso do seguimento pós-operatório foi de 7 meses a 15 anos (3/2/1986 a 12/2/2001). RESULTADOS: A mortalidade hospitalar foi de 2,4%. Os pacientes receberam alta sem sopro sistólico de regurgitação mitral. Dois pacientes apresentaram, ao longo dos anos (4 e 11 anos), estenose mitral e necessitaram reoperação, um deles operado com dois anos de idade. Dois doentes foram reoperados para corrigir disfunção aórtica previamente abordada por plastia (12 e 18 meses após a primeira operação), morrendo e contribuindo para mortalidade tardia de 5%. CONCLUSÃO: Consideramos a técnica empregada um procedimento alternativo, válido, de aplicação preferencial em crianças e adolescentes, de fácil reprodução e de baixíssimo custo.
2022-12-06T14:00:48Z
Arruda Filho,Mauro B. Silva JR.,Heraldo Maia e Rayol,Sérgio C. Santos,Flávia A. G. Gusmão,Claudia A. B. Arruda,Ana Paola M. Feitosa,Audes D. M. Arruda,Mauro B.
Acesso transeptal vertical ampliado em reoperações valvares mitrais com átrio esquerdo pequeno
OBJETIVO: Avaliar a abordagem transeptal vertical ampliada em reoperações da valva mitral com átrio esquerdo pequeno. MÉTODO: De janeiro de 2001 a dezembro de 2002, 15 pacientes portadores de doença valvar mitral com indicação de reintervenção cirúrgica, átrio esquerdo pequeno (menor ou igual a 4,0 cm) e fibrilação atrial crônica, foram submetidos à abordagem transeptal vertical ampliada da valva mitral. Nove pacientes (pt) eram do sexo feminino. A idade variou de 22 a 48 anos. As indicações cirúrgicas foram: disfunção de prótese mitral (seis pt); insuficiência mitral (cinco pt) e dupla lesão mitral (quatro pt). Três pacientes apresentavam insuficiência aórtica associada e um pt, insuficiência tricúspide. Nove (60%) pacientes encontravam-se em ICC CF III da NYHA e seis (40%), em CF IV. RESULTADOS: A exposição do aparelho valvar mitral foi excelente. O tempo de circulação extracorpórea variou de 65 a 150 min (média = 95min). Foram implantadas próteses em todos os pacientes (15 mitrais, três aórticas e um tricúspide). A mortalidade hospitalar foi de 6,7%, com um óbito devido a baixo débito cardíaco e falência de múltiplos órgãos. Um (6,7%) paciente apresentou broncopneumonia na fase hospitalar. Dez pacientes permaneceram com fibrilação atrial, três pt reverteram para ritmo sinusal e um evoluiu com ritmo juncional. A permanência hospitalar média foi de 8,2 dias. Doze (85,7%) pacientes encontram-se em CF I e dois (14,3%) em CF II. A curva atuarial de sobrevida é de 92,5 % em 22 meses de seguimento. CONCLUSÃO: A técnica cirúrgica empregada proporciona excelente visibilização do aparelho valvar mitral, com baixo índice de complicações.
2022-12-06T14:00:48Z
Fagundes,Walter Vosgrau Pinheiro,Bruno Botelho
Acesso minimamente invasivo para troca da valva aórtica: resultados operatórios imediatos comparativos com a técnica tradicional
OBJETIVO: As cirurgias cardíacas minimamente invasivas foram desenvolvidas para proporcionarem, através de acessos limitados, menores traumas, melhores resultados estéticos e diminuição nos custos hospitalares com a mesma segurança das cirurgias tradicionais. O estudo teve como objetivo comparar os resultados peri-operatórios dos pacientes submetidos à troca de valva aórtica por meio dos acessos minimamente invasivo e convencional. MÉTODO: Doze pacientes consecutivamente submetidos à troca de valva aórtica isolada por acesso minimamente invasivo, a partir de junho de 2002, tiveram seus dados pré-operatórios, operatórios e pós-operatórios imediatos comparados com os 12 pacientes anteriormente operados na mesma instituição submetidos ao mesmo tipo de operação, porém com acesso convencional. O acesso minimamente invasivo utilizado foi a hemiesternotomia mediana superior e a instalação da CEC foi através da canulação da aorta ascendente e do átrio direito, semelhante à técnica tradicional. RESULTADOS: Os dados demográficos foram semelhantes nos dois grupos de pacientes. Não houve diferença significativa entre os tempos de isquemia, de CEC e do tempo total do procedimento. O tamanho da incisão da pele foi significativamente menor no grupo minimamente invasivo. No pós-operatório, embora tenham sido menores os tempos de ventilação mecânica e o tempo total de permanência hospitalar, estes dados não mostraram diferença significativa. A morbidade pós-cirúrgica foi semelhante entre os dois grupos. CONCLUSÕES: Esta abordagem oferece adequada exposição das estruturas necessárias para uma segura troca valvar e com o mesmo instrumental utilizado na cirurgia tradicional podemos oferecer as vantagens de um acesso menos invasivo com a mesma eficiência da cirurgia tradicional sem acrescentar riscos aos nossos pacientes.
2022-12-06T14:00:48Z
Tyszka,André Luiz Watanabe,Roberto Cabral,Maria Marta de Carvalho Cason,Andresa Marques Hayashi,Ederval Key Nogueira,Geraldo Ângelo Machado,Marcos Borges Machado,Leonardo Monteiro de Castro Progiante,Armando Fucuda,Leila Satomi Mora,Raul D'Áurea
A operação de Norwood modificada para tratamento da síndrome de hipoplasia do coração esquerdo
OBJETIVO: Apresentar os resultados do tratamento da síndrome de hipoplasia do coração esquerdo (SHCE) com técnica de Norwood modificada, na qual somente são usados tecidos autólogos para a reconstrução do arco aórtico. MÉTODO: De janeiro a dezembro de 2002, cinco recém-nascidos com idade variando de dois a nove dias (média 5,0 dias) foram submetidos a operação de Norwood modificada. O diâmetro da aorta ascendente variou de 5 a 8 mm (média 6,2 mm). Foi empregada técnica na qual o arco aórtico e seus ramos foram amplamente dissecados, permitindo a reconstrução de um novo arco aórtico tendo a artéria pulmonar como via de saída, e com a utilização exclusiva de tecidos do próprio paciente. Anastomose sistêmico-pulmonar com politetrafluoretileno expandido de 3,0 mm foi utilizada em três pacientes e de 3,5 mm em dois pacientes. Todos foram operados com parada cardiocirculatória total. RESULTADOS: O tempo de parada cardiocirculatória variou de 41 a 60 minutos (média 52,8 minutos). Todas as crianças sobreviveram ao ato operatório e foram encaminhadas para a unidade de terapia intensiva com o esterno aberto. Ocorreu um óbito no 9: dia de pós-operatório por sepse, o que resultou numa taxa de sobrevivência imediata de 80%. Ocorreu um óbito tardio por pneumonia de aspiração aos dois meses. Uma criança foi submetida ao segundo estágio da operação (cavo pulmonar) e encontra-se bem. Duas crianças estão em acompanhamento aguardando o próximo estágio. Em nenhuma delas existem evidências de obstrução do novo arco aórtico. CONCLUSÃO: A técnica de Norwood modificada mostrou-se eficaz e com risco cirúrgico aceitável para o tratamento da SHCE, sem evidências de obstrução do arco aórtico reconstruído.
2022-12-06T14:00:48Z
Fantini,Fernando A. Gontijo Filho,Bayard Martins,Cristiane Lopes,Roberto Max Heiden,Eliane Vrandecic,Ektor Vrandecic,Mário
Efeitos do local de inserção do dreno pleural na função pulmonar no pós-operatório de cirurgia de revascularização do miocárdio
OBJETIVO: Analisar a alteração da função pulmonar e dor em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio (RM) com enxerto da artéria torácica interna esquerda (ATIE), sem circulação extracorpórea (CEC), comparando a inserção do dreno pleural nas regiões intercostal e subxifóide. MÉTODO: Vinte e oito pacientes (média de idade 57,4 ± 8,4 anos) foram alocados em dois grupos, de acordo com a posição do dreno pleural. Grupo IL (n=15) com inserção do dreno no sexto espaço intercostal esquerdo na linha axilar média; e grupo IM (n =13) inserção do dreno na região subxifóide. Todos os pacientes foram submetidos à avaliação da função pulmonar. Registros espirométricos da capacidade vital forçada (CVF) e do volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) foram obtidos no pré, primeiro, terceiro e quinto dia dias pós-operatório (PO) e a gasometria arterial em ar ambiente no pré e primeiro dia de pós-operatório. A sensação de dor foi quantificada por um escore padrão (0 a 10) no primeiro dia de pós-operatório. RESULTADOS: Em ambos os grupos houve queda significativa da CVF e do VEF1 até o quinto pós-operatório (p<0,001). Quando comparados, a diferença entre os grupos se manteve significativa, com maior queda dos valores de CVF e VEF1 no grupo IL (p<0,05). A pressão parcial de oxigênio arterial apresentou queda significativa no primeiro dia de pós-operatório em ambos os grupos, porém com maior decréscimo no grupo IL (p=0,021). A dor referida foi maior no grupo IL (p=0,002). CONCLUSÃO: A cirurgia de RM sem CEC, utilizando a ATIE com pleurotomia esquerda, independente da posição do dreno pleural causa dor e queda significativa na função pulmonar no PO. Porém, a inserção do dreno pleural na região subxifóide demonstrou menor dor subjetiva com melhor preservação da função pulmonar quando comparada à inserção intercostal.
2022-12-06T14:00:48Z
Guizilini,Solange Gomes,Walter J. Faresin,Sonia M. Carvalho,Antonio Carlos C. Jaramillo,Jaime I. Alves,Francisco A. Catani,Roberto Buffolo,Enio
Ecocardiografia sob estresse em coronariopatia
A ecodopplercardiografia é uma metodologia simples, rápida e não invasiva para identificar anormalidades regional e global da função do ventrículo esquerdo, podendo ser considerado o método não invasivo de maior aplicabilidade dentro das técnicas de imagem. A ecocardiografia sob estresse é utilizada para diagnóstico, estratificação de risco, prognóstico e avaliação da viabilidade miocárdica na doença arterial coronariana. Várias são as formas de se submeter o coração ao estresse para o estudo ecocardiográfico. Para indivíduos com capacidade física preservada, utiliza-se o teste com esteira ou bicicleta e para aqueles sem condições de se exercitar, são usados os testes farmacológicos. Apesar da boa acurácia diagnóstica e do valor prognóstico com os dois métodos já referidos, novas técnicas vêm sendo estudadas, como a utilização do contraste ecocardiográfico com microbolhas para avaliação das bordas do endocárdio e o estudo da perfusão miocárdica.
2022-12-06T14:00:48Z
Oliveira,Joselina Luzia Menezes Barreto,Martha Azevedo Silva,Andréa Barbosa Ávila Sousa,Antônio Carlos Sobral
Tumores cardíacos malignos
Os tumores do sistema cardiovascular são afecções raras. Manifestam-se por sinais e sintomas inespecíficos, na maioria das vezes. O tratamento de alterações de ritmo cardíaco, das doenças que acarretam disfunção no sistema de condução Hiss-Purkinje e das síndromes que podem acometer o coração (isquêmica, particularmente) devem levar em consideração a possibilidade de neoplasias cardíacas. Os tumores do músculo cardíaco são os rabdomiossarcomas, que se desenvolvem com maior freqüência nas cavidades cardíacas esquerdas, principalmente no ventrículo esquerdo. Dentre os tumores endovasculares, o mais freqüente é o mixoma de átrio esquerdo e suas possíveis variantes. Os tumores metastáticos do coração, entre eles o melanoma maligno, são descritos com maior freqüência acometendo o ventrículo direito (parede anterior e septal, com invasão do ventrículo esquerdo), nas formas de doença não disseminada. O diagnóstico tardio implica em altas taxas de morbidade e mortalidade, associada ou não ao tratamento cirúrgico. Os autores descrevem caso de paciente com melanoma localizado no ventrículo direito, a abordagem diagnóstica e terapêutica realizada, comparando-as com os dados da literatura. A revisão da literatura é inconclusiva quanto ao tratamento de escolha dos tumores malignos do músculo cardíaco (primários ou metastáticos). Os autores sugerem a realização de estudos retrospectivos com metanálise na tentativa de estabelecer critérios diagnósticos e terapêuticos para os tumores malignos do coração, devido à pequena incidência desta doença.
2022-12-06T14:00:48Z
Lima,Paulo Ruiz Lucio de Crotti,Pedro Luís Reis
Trombo pedunculado ao nível da transição entre a aorta ascendente e o arco aórtico
Homem, 52 anos de idade, alcoólatra, hipertenso, com história prévia de isquemia cerebral. Admitido no Departamento de Neurocirurgia com sinais e sintomas de acidente vascular cerebral isquêmico. A ecocardiografia transesofágica e tomografia computadorizada evidenciaram imagem sugestiva de trombo pedunculado ao nível da transição entre a aorta ascendente e o arco aórtico. O tratamento de escolha foi procedimento cirúrgico com emprego da circulação extracorpórea associada a hipotermia profunda e parada circulatória total. Foi realizada ressecção do trombo e de parte parede da aorta para evitar reincidência. O paciente não apresentou intercorrências e teve alta hospitalar com uso de anticoagulante oral.
2022-12-06T14:00:48Z
Leal,João Carlos Abelaira,Achilles Sanches,Rita Braile,Domingo M.
Estudo clínico e epidemiológico de pacientes submetidos a implante de marcapasso cardíaco artificial permanente: comparação dos portadores da doença de Chagas com os de doenças degenerativas do sistema de condução
OBJETIVO: Estudar os pacientes portadores de marcapasso cardíaco artificial permanente, comparando as características clínicas e epidemiológicas dos portadores da doença de Chagas com a dos portadores de doenças degenerativas do sistema de condução. MÉTODO: Foram analisados 57.632 procedimentos cadastrados no Registro Brasileiro de Marcapassos, realizados no período de 1995 a 2003, sendo: 25.648 pacientes portadores da doença de Chagas e 31.984, de doenças degenerativas. A comparação das características dessas populações foi feita pelos testes do Qui-quadrado e t-Student com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Houve predomínio da doença de Chagas na região Centro-Oeste, nos implantes iniciais. Nas reoperações, a população chagásica representou maioria também no Sudeste. A idade dos pacientes chagásicos foi 58,6 ± 15,3 e 59,3 ± 14,8 anos, respectivamente para implantes iniciais e reoperações, e, nos não chagásicos, 73,5 ± 12,6 e 73,7 ± 13,5. Não foi notada diferença na distribuição entre os dois sexos. Houve maior ocorrência de síncopes, pré-síncopes e bloqueio atrioventricular com QRS largo nos pacientes chagásicos e de tonturas, insuficiência cardíaca e QRS estreito nos não chagásicos. O modo de estimulação ventricular foi utilizado em 60% e 63% nos implantes iniciais e em 77% e 76% das reoperações, respectivamente para os pacientes chagásicos e não chagásicos. A depleção da bateria por desgaste normal foi o principal motivo para reoperação dos pacientes, tendo ocorrido em 76,1% e 79,6% das reoperações, respectivamente para chagásicos e não chagásicos. CONCLUSÕES: Os dados analisados demonstraram diferenças significativas nas características clínicas e demográficas das populações estudadas.
2022-12-06T14:00:48Z
Costa,Roberto Rassi,Anis Leão,Maria Inês de Paula