Repositório RCAAP
Análise direcional do fluxo sangüíneo miocárdico após revascularização transmiocárdica com laser de CO2: estudo através da ressonância magnética com imagens de gradiente ultra-rápido
OBJETIVO: Avaliar a direção do fluxo sangüíneo miocárdico de pacientes submetidos à revascularização transmiocárdica com laser de CO2 (RTML), através de estudos de imagem por ressonância magnética. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Dez pacientes submetidos a RTML com laser de CO2 (potência de 800 W) foram estudados através da ressonância magnética de gradiente ultra-rápido (Gradiente eco-EPI de seqüência híbrida), visando avaliar o direcionamento da perfusão miocárdica após o procedimento. Gadolínio - DTPA (0,1 mmol/kg) foi injetado "em bolus" através de veia periférica em velocidade de 5 ml/seg em repouso durante o pico de "stress" induzido por dipiridamol. Foi avaliada sua distribuição miocárdica através da obtenção de curvas de intensidade de sinal no tempo para as diversas sub-regiões do miocárdio, em modelo de 24 segmentos. RESULTADOS: Após período médio de 14,7 meses, pudemos detectar isquemia em ao menos uma das paredes ventriculares em 6 (60%) pacientes. Em 1 (10%) paciente pode-se notar que o fluxo sangüíneo miocárdico dirigia-se do subendocárdio para o subepicárdio, ao contrário dos demais. CONCLUSÃO: A ressonância magnética, usando a técnica de perfusão miocárdica de primeira passagem, permitiu observar o direcionamento do fluxo sangüíneo miocárdico. Em um dos pacientes, a presença de fluxo miocárdico invertido (do endocárdio para o epicárdio) sugeriu a patência dos canais realizados através da RTML.
2022-12-06T14:00:36Z
DALLAN,Luís A. LISBOA,Luiz A. ABREU FILHO,Carlos A. C. CABRAL,Richard H. PLATANIA,Fernando DALLAN,Luís A. P. IGLÉSIAS,José C. CHAVANTES,Maria C. ROCHITTE,Carlos E. OLIVEIRA,Sérgio A.
Revascularização do miocárdio em pacientes após a oitava década de vida
OBJETIVO: Avaliar a morbi-mortalidade hospitalar e a qualidade de vida de pacientes, acima de 70 anos de vida, submetidos à operação de revascularização do miocárdio (CRM). CASUÍSTICA E MÉTODOS: No período de julho de 1992 a fevereiro de 2000, foram realizadas 507 CRM, no Serviço de Cirurgia Cardiovascular do Instituto de Moléstias Cardiovasculares de Cascavel. Em 70 destes casos os pacientes tinham idade igual ou superior a 70 anos. Neste grupo predominou o sexo masculino, em 57% dos casos, e a idade média foi de 72,9 anos (70-85 anos). Vinte e seis pacientes apresentavam hipertensão arterial sistêmica, 25 doença pulmonar obstrutiva crônica importante, 17 diabete melito e 8 insuficiência renal crônica, no pré-operatório. Trinta e sete pacientes apresentavam infarto agudo do miocárdio (IAM) pré-operatório, sete haviam sido submetidos à angioplastia transluminal percutânea, sete apresentavam lesão de tronco de artéria coronária esquerda e um havia sido submetido à CRM anteriormente. Foram realizados 2,8 enxertos/ paciente, sendo usados condutos arteriais em 53% dos casos. Foi realizada endarterectomia em sete artérias, aneurismectomia de ventrículo esquerdo em sete pacientes e ventriculectomia parcial esquerda em um. A operação foi realizada em caráter de emergência em nove casos. Houve necessidade de contrapulsação aórtica em quatro pacientes. RESULTADOS: O tempo médio de permanência na UTI e no hospital foi de 4 (1-24) e 12,2 (3-34) dias, respectivamente. A mortalidade hospitalar geral foi de 7,1%. Quando analisada por subgrupos, a mortalidade dos pacientes de 70 a 74 anos (57 casos) foi de 5,3%, e a dos últimos 35 casos de 2,8%. No pós-operatório imediato, as complicações mais freqüentes foram: insuficiência respiratória (10), arritmia atrial (7), alteração de conduta (6), infecção pulmonar (6), embolia pulmonar (5), síndrome de baixo débito (4), IAM (3), AVC (3), insuficiência renal aguda (4) e mediastinite (1). No seguimento tardio, quatro (6,1%) pacientes foram a óbito, dois deles por causas não cardíacas. CONCLUSÃO: Diante destes resultados, os autores acreditam que a CRM pode ser realizada em indivíduos com idade superior a 70 anos, com mortalidade semelhante ao grupo total de pacientes submetidos à operação de revascularização do miocárdio. Entretanto, considerando-se as altas taxas de morbidade, há necessidade de indicação criteriosa e de preparo rigoroso para diminuir as complicações pós-operatórias.
2022-12-06T14:00:36Z
ALMEIDA,Rui Manuel Sequeira de LIMA JR.,José Dantas MARTINS,José Fernando LOURES,Danton Richlin Rocha
Termo-coronário-angiografia: padronização do método e primeiras aplicações clínicas no Brasil
Os autores descrevem a experiência com a implantação da metodologia da termo-coronário-angiografia (TCA) nos Serviços de Cirurgia Cardiovascular do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná e Hospital Evangélico de Curitiba. Consiste em um método que permite avaliar o fluxo coronariano à distância e de maneira totalmente não-invasiva, durante a operação de revascularização miocárdica. A TCA possibilitou uma avaliação pré e pós-enxerto, com a visualização e documentação da área isquêmica na parede do miocárdio, a verificação e documentação da patência do enxerto e da anastomose, incluindo estenoses e a análise da perfusão miocárdica através dos ramos colaterais estabelecidos. A TCA é de grande auxílio para aumentar a taxa de sucesso cirúrgico e a qualidade de final de atendimento ao paciente coronariopatia. Em virtude de suas inúmeras vantagens, é forte candidata a se tornar ferramenta indispensável para uma revascularização miocárdica segura. Além disso, com um sistema de TCA instalado (permanentemente) na sala de operação cardíaca, os benefícios deste método podem ser estendidos a outros procedimentos cirúrgicos sobre o coração.
2022-12-06T14:00:36Z
BRIOSCHI,Marcos Leal CIMBALISTA JR.,Mário COLMAN,Daniel MACHUCA,Tiago Noguchi LOURES,Danton Richlin Rocha
Insuficiência mitral: comparação entre o tratamento clínico e cirúrgico a médio prazo de acordo com a classe funcional
CASUÍSTICA E MÉTODOS: Analisamos, retrospectivamente, o índice de mortalidade a médio prazo de 113 doentes portadores de insuficiência mitral, diagnosticados clínica e ecocardiograficamente, e submetidos a tratamento clínico ou cirúrgico. A idade dos pacientes variou de 29 a 67 anos, com média de 47± 4,3 anos, sendo 81 (71,7%) doentes do sexo feminino. De acordo com a classificação de NYHA, 51 (45,1%) doentes encontravam-se em classe funcional I, 24 (21,2%) em classe II, 21 (18,6%) em classe III e 17 (15,1%) em classe IV. RESULTADOS: Após 4 anos, observamos que o taxa de mortalidade global foi de 21,2%. Todos os 75 (66,4%) doentes que se encontravam em classe funcional I e II receberam apenas tratamento clínico e apresentaram taxa de mortalidade de 12%. Dos 38 pacientes que se encontravam em classe funcional III e IV, 18 (47,4%) foram submetidos a tratamento cirúrgico e apresentaram taxa de mortalidade de 22,2%, sendo 5,5% intra-hospitalar e 16,7% no período de 4 anos. Os 20 (52,6%) doentes que recusaram a operação apresentavam condições clínicas semelhantes aos operados e foram submetidos a tratamento clínico, havendo índice de mortalidade de 55%. CONCLUSÃO: Concluímos que a insuficiência mitral apresenta alto índice de mortalidade e que o tratamento cirúrgico para os doentes que se encontram em classe funcional III e IV da NYHA apresenta menor índice de mortalidade a médio prazo quando comparado ao tratamento clínico, devendo ser indicado sempre quando possível.
2022-12-06T14:00:36Z
KASSAB,Kanim Kalil KASSAB,Amer Kalil
Anomalia de Ebstein em paciente adulto: valvuloplastia modificada para correção de insuficiência tricúspide
OBJETIVOS: Avaliar a correção cirúrgica em pacientes adultos portadores de anomalia de Ebstein, utilizando uma variação técnica para correção da insuficiência tricúspide. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Entre janeiro de 1990 e março de 2001, seis pacientes adultos foram submetidos à correção cirúrgica com uma variação da técnica apresentada por Carpentier. A idade variou de 18 a 34 anos. Todos se apresentavam em classe funcional III ou IV (NYHA), com piora da cianose ou arritmias freqüentes. Em quatro pacientes a valva tricúspide era do tipo B e em dois do tipo A (Carpentier), quatro apresentavam comunicação interatrial (CIA) associada. O hematócrito variou de 33% a 68%. O índice cardíaco variou de 0.47 a 0.88. A fração de ejeção do ventrículo esquerdo variou de 50% a 80%. RESULTADOS: Não se registrou óbitos no período hospitalar. Um paciente foi reoperado por sangramento no pós-operatório imediato. Em dois pacientes ocorreram derrames pericárdicos de repetição. Foi registrado um óbito no 14º mês de pós-operatório por morte súbita. Os pacientes foram seguidos por um período de 10 a 108 meses. Quatro encontram-se em classe funcional I e um encontra-se em classe funcional II (NYHA). O ecocardiograma no pós-operatório imediato e na última avaliação mostra insuficiência tricúspide discreta ou moderada em quatro e importante em um paciente. CONCLUSÃO: Apesar do pequeno número de pacientes nesta série, a modificação técnica cumpriu o seu papel, com a melhora clínica e funcional dos pacientes tratados em até nove anos de seguimento.
2022-12-06T14:00:36Z
ARRUDA FILHO,Mauro Barbosa MAIA JR.,Heraldo RAYOL,Sérgio SANTOS,Flávia Arruda ARRUDA,Ana Paola Morais GUSMÃO,Claudia Arruda Buarque de ARRUDA,Mauro Barbosa
Correção cirúrgica da coartação da aorta nos primeiros seis meses de vida
OBJETIVO: Avaliar os resultados imediatos e tardios da correção cirúrgica da coartação da aorta torácica (CoAo) nos primeiros seis meses de vida. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Entre janeiro de 1994 e maio de 2001, 89 pacientes foram submetidos à correção de CoAo pelas técnicas de aortoplastia com flap de subclávia (Grupo 1 / n=49), e resseção com anastomose término-terminal (Grupo 2 / n=40). Foram analisadas e comparadas as seguintes variáveis: idade no momento da operação, presença de anomalias intracardíacas, gradiente de pressão pré e pós-operatório, complicações e mortalidade cirúrgicas, bem como sobrevida tardia livre de eventos. RESULTADOS: Houve predomínio do sexo masculino (n=60 - 68%) e a grande maioria dos casos foram operados no primeiro mês de vida, por insuficiência cardíaca (IC) refratária (n=62 - 70%). A CoAo apresentou-se isolada em 23 (26%) pacientes, e associada a defeitos intracardíacos em 66 (74%). O gradiente médio pré e pós-operatório foi, respectivamente, de 42 mmHg e 4,5 mmHg, não havendo diferença entre os grupos. As complicações cirúrgicas mais freqüentes foram hipertensão arterial persistente (n=27), estenose residual (n=5) e sangramento (n=3), e a mortalidade operatória foi de 10,2% (n=9), sendo significativamente maior nos casos com cardiopatias associadas (12% vs. 4% - p<0,05). Não houve diferença na incidência de complicações e mortalidade entre os grupos. A ocorrência de recoartação tardia foi de 16% no grupo 1 e 15% no grupo 2 (p=NS), e a taxa de sobrevida livre de eventos em 60 meses foi de 76% e 81%, respectivamente (p=NS). CONCLUSÕES: A maioria dos casos de CoAo manifesta nos primeiros meses de vida requer correção ainda precocemente, por IC refratária. A mortalidade cirúrgica é significativa naqueles pacientes com defeitos intracardíacos; não houve diferenças na morbi-mortalidade e na incidência de recoartação, entre as técnicas cirúrgicas empregadas.
2022-12-06T14:00:36Z
ALBUQUERQUE,Luciano Cabral GOLDANI,Marco Antônio GOLDANI,Juremir João ARAÚJO,Rubens Lorentz PIANTÁ,Ricardo Medeiros NARVAES,Luciane Barreneche MACHADO,Júlia de Barros AITA,Jeferson PETRACCO,João Batista
Mediastinite no Hospital de Base do Distrito Federal: incidência em seis anos
Realizada análise dos prontuários de pacientes adultos submetidos à operação cardíaca com esternotomia no Hospital de Base do Distrito Federal no período de seis anos. Determinou-se incidência de mediastinite em 15 (1,09%) pacientes, dentre 1388 operações cardíacas consecutivas com esternotomia, realizadas no período de janeiro de 1995 e março de 2001. Diversas variáveis foram consideradas, como sexo, idade, tipo de operação, tempo de permanência em respirador, tempo de permanência em Unidade de Terapia Intensiva, uso de antibióticos e germes isolados em culturas de ferida operatória.
2022-12-06T14:00:36Z
SCHIMIN,Luiz Carlos BATISTA,Raelson de Lima MENDONÇA,Frederico Carlos Cordeiro de
Estudo comparativo da eficácia do etanol e do ácido L-glutâmico na prevenção da calcificação das cúspides e parede aórtica porcina: estudo experimental em ratos
INTRODUÇÃO: As cúspides porcinas tratadas com glutaraldeído (GDA) são um dos tecidos biológicos mais utilizados em biopróteses, porém a calcificação tardia pós-implante constitui a causa predominante de sua falência. OBJETIVO: Analisar comparativamente dois métodos de prevenção da calcificação (etanol 80% e ácido L-glutâmico 0,8%) em cúspide e parede aórtica porcina implantadas no subcutâneo em ratos, tendo como grupo controle as cúspides e os segmentos de parede aórtica fixadas em glutaraldeído (GDA), num período de 15, 30 e 60 dias após implante. MATERIAL E MÉTODOS: Foram utilizados 45 ratos jovens, distribuídos em 3 grupos contendo 15 animais cada, que por sua vez foram subdivididos em 3 subgrupos de 5 animais, nos quais foram implantados, em 2 bolsas no subcutâneo, uma cúspide e um segmento de parede aórtica em cada. Em cada grupo assim nominados: GDA (grupo controle), E80% (grupo cujas estruturas foram pré-tratadas com etanol 80%) e o AG 0,8% (grupo cujas estruturas foram pré-tratadas com ácido L-glutâmico 0,8%) foram realizadas a mensuração do cálcio e análise microscópica quanto à presença de calcificação (localização e intensidade da mesma) e de Infiltrado inflamatório (localização e tipo), no período de 15, 30 e 60 dias após implante. RESULTADOS: Na mensuração do cálcio na cúspide aórtica encontrou-se no grupo E80% 15 dias (1,30±0,21 mg cálcio/mg tecido), E80% 30 dias (1,05±0,22 mg cálcio/mg tecido) e E80% 60 dias (0,53±0,42 mg cálcio/mg tecido); no grupo AG 0,8% 15 dias (12,17±0,66 mg cálcio/mg tecido), AG 0,8% 30 dias (15,31±2,82 mg cálcio/mg tecido) e AG 0,8% 60 dias (34,24±16,28 mg cálcio/mg tecido) com o grupo controle GDA 15 dias (12,44±2,26 mg cálcio/mg tecido), GDA 30 dias (13,44±3,34 mg cálcio/mg tecido) e GDA 60 dias (50,85±8,71 mg cálcio/mg tecido). Em relação à mensuração do cálcio na parede aórtica, encontrou-se no grupo de E80% 15 dias (4,62±0,68 mg cálcio/ mg tecido), E80% 30 dias (9,47 ± 2,59mg cálcio/mg tecido) e E80% 60 dias (23,56±7,75 mg cálcio/mg tecido) no grupo de AG 0,8% 15 dias (4,31±0,85 mg cálcio/mg tecido), AG 0,8% 30 dias (7,69±1,48 mg cálcio/mg tecido) e AG 0,8% 60 dias (20,50± 1,22 mg cálcio/mg tecido) com o grupo controle GDA 15 dias (7,34±1,32 mg cálcio/mg tecido), GDA 30 dias (9,28±0,76 mg cálcio/mg tecido) e GDA 60 dias (27,60±1,08 mg cálcio/mg tecido). Na avaliação microscópica da cúspide aórtica houve uma progressiva calcificação naquelas submetidas à fixação com GDA. Este processo foi parcialmente encontrado com o AG 0,8% e totalmente ausente com o E80%. Quanto à avaliação referente aos segmentos da parede aórtica, também evidenciou-se progressiva calcificação, não sendo inibida pelos tratamentos com AG 0,8% e E80%. CONCLUSÕES: O pré-tratamento com etanol a 80% inibiu a calcificação nas cúspides aórticas porcinas, entretanto, não teve a mesma eficácia na parede aórtica. Contudo, o ácido L-glutâmico a 0,8% demonstrou minimizar a calcificação na parede aórtica. Estudos devem ser feitos para evidenciar se a ação anticalcificante do etanol a 80% mantém-se nas biopróteses aórticas porcinas se estas forem implantadas no sistema circulatório.
2022-12-06T14:00:36Z
ROSA,George Ronald Soncini da COSTA,Francisco Diniz Affonso da MESQUITA,Lismari COSTA,Iseu de Santo Elias Affonso da
Um circuito simples com bomba única para circulação extracorpórea com oxigenação autógena
MATERIAL E MÉTODOS: Foi testado em 30 cães um circuito capaz de promover circulação extracorpórea (CEC) com oxigenação autógena (OA) do sangue, usando apenas uma bomba centrífuga. Esta montagem dispensou bombeamento para o lado direito: o gradiente de pressão bastante para vencer a resistência arterial pulmonar foi vencido aumentando-se a pressão nas artérias pulmonares pela expansão da volemia e diminuindo-se a pressão do átrio esquerdo pela drenagem dessa câmara mediante um sifão. O coração foi mantido em ritmo de fibrilação ventricular durante o período de perfusão e ao seu término, o ritmo próprio foi recuperado mediante cardioversão elétrica. RESULTADOS: Este circuito permitiu a manutenção de parâmetros hemodinâmicos e gases sangüíneos adequados durante a perfusão. O campo operatório e a mobilidade do coração foram similares aos proporcionados pela CEC convencional. CONCLUSÃO: Concluímos que o uso de bomba centrífuga única simplifica a OA, podendo tornar-se uma escolha prática nos procedimentos de revascularização do miocárdio.
2022-12-06T14:00:36Z
MARQUES,Euclydes CESTARI,Ismar N. CESTARI,Idágene A. LEIRNER,Adolfo A.
Trombocitopenia adquirida e cirurgia cardíaca: relato de caso
Trombocitopenia é um grande problema hemostático em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. Relataremos dois casos de pacientes com diminuição adquirida das plaquetas: um devido a uremia e outro por disfunção valvar (disfunção de prótese em posição mitral). Estes pacientes tiveram períodos de transoperatório e pós-operatório imediato sem intercorrência. A perda sangüínea não foi maior do que a esperada. A transfusão de plaquetas realizada durante a operação pode prevenir futuras complicações na recuperação do paciente.
2022-12-06T14:00:36Z
GIFFHORN,Hélcio RAMPINELLI,Amândio BONATELLI FILHO,Lourival COLLAÇO,Jauro
Aneurisma luético de arco aórtico roto, complicado pela oclusão de vasos braquiocefálicos e acidente vascular encefálico isquêmico: relato de caso tratado cirurgicamente
Homem de 44 anos, com dor torácica crônica há um ano, apresentou dois episódios de acidentes vasculares encefálicos isquêmicos, desencadeados pela oclusão e trombose das artérias carótida e subclávia esquerdas, em aneurisma sifilítico gigante de arco aórtico roto. O paciente foi submetido à correção cirúrgica com sucesso via esternotomia mediana, utilizando-se proteção cerebral anterógrada e perfusão corporal distal contínuas. Aspectos referentes à técnica operatória utilizada e ampla revisão bibliográfica das diferentes formas de apresentação do comprometimento cardiovascular na sífilis terciária são discutidos.
2022-12-06T14:00:36Z
CORSO,Ricardo Barros KRAYCHETE,Nadja NARDELI,Sidnei MOITINHO,Rilson OURIVES,Cristiano BARBOSA,Paulo J. PEREIRA,Ricardo Eloy
Disfunção endotelial após isquemia global e reperfusão em cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea: estudo do papel do magnésio em artérias coronarianas caninas
OBJETIVO: Estudar a disfunção endotelial conseqüente à lesão provocada por isquemia global seguida de reperfusão e a potencial influência protetora do magnésio sobre a integridade funcional do endotélio em coronárias isoladas de cães. MÉTODO: Segmentos de artérias coronárias caninas foram suspensos em banhos orgânicos para medida de força isométrica. A disfunção endotelial foi avaliada pela capacidade destes segmentos produzirem óxido nítrico, alterando a força isométrica inicial. Foram selecionados quatro grupos com seis cães em cada um: SEM CEC (controle), CEC (110 minutos de perfusão sem isquemia), ISQ (45 minutos de isquemia), ISQ/REP (45 minutos de isquemia seguidos de 60 minutos de reperfusão). A ação do magnésio foi avaliada em três fases: I (banho orgânico com magnésio), II (banho orgânico sem magnésio) e III (banho orgânico com magnésio restaurado). Foram utilizados três agonistas farmacológicos que representam os principais passos da via de produção do óxido nítrico: receptor de membrana da célula endotelial - acetilcolina (ACh); transdução do sinal entre o receptor e os processos intracelulares através da G-proteína - fluoreto de sódio (NaF); liberação dos estoques intracelulares de cálcio - cálcio ionóforo (A23187). Ao estudo da função endotelial associou-se a avaliação da atividade da musculatura lisa dependente de GMPc - nitroprussiato de sódio (NPS). RESULTADOS: Os principais achados desta investigação foram: 1) a presença de magnésio no perfusato pareceu atenuar a disfunção endotelial causada por isquemia global seguida de reperfusão; 2) a presença de magnésio no banho orgânico (fase I) associou-se a maior relaxamento em resposta aos agonistas da produção de óxido nítrico; 3) a remoção de magnésio do banho orgânico (fase II) esteve associada à redução na intensidade do relaxamento em resposta aos agonistas da produção de óxido nítrico; 4) a restauração de magnésio ao banho orgânico (fase III) permitiu recuperação do relaxamento observado na fase I, apenas em resposta à estimulação direta das G-proteínas. Para os demais agonistas a restauração esteve associada à redução adicional na intensidade do relaxamento; 5) a musculatura lisa recebeu influência da concentração de magnésio no banho orgânico. CONCLUSÃO: O magnésio influencia favoravelmente na produção de óxido nítrico pelo endotélio coronariano, atenuando a disfunção endotelial causada por isquemia global seguida de reperfusão.
2022-12-06T14:00:36Z
VOLPE,Marco A. CARNEIRO,João J. MAGNA,Luiz Alberto VIARO,Fernanda ORIGUELA,Eliana Aparecida Lopes EVORA,Paulo R. B.
Abordagem supraclavicular da artéria subclávia direita para estabelecimento de circulação extracorpórea nas doenças da aorta
OBJETIVO: Estabelecer a circulação extracorpórea através de canulação da artéria subclávia direita por meio de incisão supraclavicular. MÉTODO: Foram estudados, no período de outubro de 2001 a março de 2002, quatro pacientes com diagnóstico de dissecção aguda de aorta tipo A de Stanford, sendo realizada em todos os casos canulação da artéria subclávia direita por via supraclavicular e realização de perfusão cerebral anterógrada durante o período de parada circulatória total. RESULTADOS: A artéria subclávia direita foi canulada diretamente e não houve nenhuma complicação neurovascular relacionada ao procedimento. A circulação extracorpórea foi mantida com fluxo adequado durante toda a operação. Houve 1 óbito hospitalar, não relacionado ao procedimento. DISCUSSÃO: Um dos passos mais importantes na melhora dos resultados operatórios é a perfusão sistêmica anterógrada, realizada através do sistema arterial e a subclávia para isso permite a perfusão da luz verdadeira. A abordagem supraclavicular nos proporciona um campo operatório adequado e facilidade para a realização da perfusão cerebral anterógrada que também é importante neste arsenal para uma redução da mortalidade operatória. CONCLUSÃO: A incisão supraclavicular nos proporciona um acesso factível com boa exposição da artéria subclávia direita em uma região em que ela apresenta um bom calibre e com poucas estruturas adjacentes que poderiam ser lesadas. Além disso, possibilita a canulação de forma direta e com boa posição da cânula arterial.
2022-12-06T14:00:36Z
FABRI,Hélio Antônio CUNHA,Cláudio Ribeiro da SANTOS,Paulo César CARIZZI,Daysi Mabel Pelegrinni
Cirurgia de revascularização coronariana esquerda sem CEC e sem manuseio da aorta em pacientes acima de 75 anos: análise das mortalidades imediata e a médio prazo e das complicações neurológicas no pós-operatório imediato
INTRODUÇÃO: A circulação extracorpórea (CEC) e o manuseio da aorta ascendente (MAA) estão associados a alta incidência de acidente vascular cerebral (AVC) na cirurgia de revascularização do miocárdio (RM) em pacientes idosos. Esta complicação deve-se, sobretudo, ao MAA, por ocasião do pinçamento e despinçamento, quer para isolamento do coração do circuito de CEC, quer para realização das anastomoses dos enxertos na aorta ascendente. OBJETIVOS: Verificar mortalidades imediata e a médio prazo e a ocorrência de AVC no pós-operatório imediato (POI) em pacientes acima de 75 anos submetidos a cirurgia de revascularização do sistema coronariano esquerdo (SCE), sem CEC e sem MAA. MÉTODO: De janeiro de 2000 a abril de 2002, 40 pacientes acima de 75 anos (média 79,1 anos) foram submetidos a cirurgia de revascularização do SCE, com enxerto de artéria torácica interna esquerda (ATIE) para a artéria descendente anterior (DA), e enxerto(s) de veia safena magna oriundo(s) da ATIE para outro(s) ramo(s) da coronária esquerda (enxerto composto), sem CEC e sem MAA. Houve predominância do sexo masculino (67,5%). Foram realizados 89 enxertos (média 2,22 pontes por paciente), sendo 40 (44,94%) de ATIE e 49 (55,06%) de veia safena. A ocorrência de AVC foi avaliada por exames clínico e neurológico. RESULTADOS: Não foi observada ocorrência de AVC no grupo estudado. Não houve óbitos no POI. CONCLUSÃO: A cirurgia de revascularização do SCE em pacientes acima de 75 anos sem CEC e sem MAA pode ser realizada sistematicamente de modo a evitar a ocorrência de AVC, com baixa mortalidade.
2022-12-06T14:00:36Z
LOBO FILHO,José Glauco LEITÃO,Maria Cláudia de Azevedo LOBO FILHO,Heraldo Guedis SOARES,João Paulo Holanda MAGALHÃES,George Araújo LEÃO FILHO,Carmelo Silveira Carneiro FEITOSA,José Acácio OLIVEIRA,Francisco Martins de LAVOR,Arnóbio SOARES FILHO,Odair BORGES,Elita ABREU,José Sebastião de DIÓGENES,Tereza Cristina Pinheiro BARRETO,José Erirtônio Façanha PAES JÚNIOR,José Nogueira
Influência da lidocaína na proteção miocárdica com solução cardioplégica sangüínea
OBJETIVO: Avaliar a eficácia da proteção miocárdica obtida com o acréscimo da lidocaína à solução sangüínea hipercalêmica normotérmica. MÉTODO: Foram estudados 26 cães, divididos em dois grupos de dez animais e um grupo de seis, de forma aleatória, conforme a solução cardioplégica de indução que receberam. O grupo I recebeu a solução composta por lidocaína 5mg/kg, cloreto de potássio 41,6mEq/l em 180ml de sangue normotérmico. O grupo II recebeu a solução anterior sem lidocaína e o grupo III recebeu somente os 180ml de sangue. A solução de manutenção foi a mesma para os 3 grupos composta por 120ml de sangue normotérmico, reinfundidos a cada 20min. Os animais foram submetidos à circulação extracorpórea, a duas horas de isquemia miocárdica e três horas de reperfusão. Foram avaliados mortalidade operatória, dosagens seriadas de troponina I, creatina quinase e lactado, débito cardíaco, fração de ejeção e fração de área das mitocôndrias. A análise estatística foi através dos testes exato de Fisher e a análise de variância de duplo fator complementada com o teste de Bonferroni. RESULTADO: O grupo I apresentou menor mortalidade (p=0,08), menor liberação da creatina quinase (p<0,05) e menor comprometimento mitocondrial (p=0,036). Não houve diferença entre os grupos quanto à liberação de troponina I, lactato e avaliação hemodinâmica. CONCLUSÃO: Pode-se concluir que a lidocaína conferiu efeito protetor adicional ao miocárdio isquêmico e que os animais dos grupos I e II apresentaram alterações significativas, sugestivas de dano celular, com repercussões funcionais, para todos os parâmetros avaliados no decorrer do tempo.
2022-12-06T14:00:36Z
DIAS,Ricardo Ribeiro DALVA,Moise SANTOS,Benedito KWASNICKA,Karina Lacava SARRAFF,Ana Paula DIAS,Altamiro Ribeiro MOREIRA,Luis Felipe Pinho STOLF,Noedir Antônio Groppo OLIVEIRA,Sérgio Almeida
A utilização do óxido nítrico inalado em cirurgia cardíaca: atualização e análise crítica
OBJETIVO: Apresentar uma revisão e análise crítica sobre a utilização do óxido nítrico (NO) pela via inalatória em cirurgia cardíaca. MÉTODO: metanálise de artigos publicados e inseridos no banco de dados MEDLINE da National Library of Medicine dos Estados Unidos da América. Foram enfatizados aspectos da biologia do NO, mecanismos de ação seletiva do NO pela via inalatória, aspectos técnicos e éticos, aplicações clínicas em cirurgia cardíaca, além de uma análise crítica procurando demonstrar a atual posição da utilização do NO pela via inalatória. RESULTADO: As principais evidências foram: a) O NO inalado é reconhecido, atualmente, como um valioso recurso farmacológico da medicina intensiva neonatal e pediátrica, e para a cirurgia cardiopulmonar; b) Outras aplicações em adultos, como a doença pulmonar obstrutiva crônica e a síndrome da angústia respiratória do adulto, necessitam de cuidadosa observação; c) A terapêutica com o NO inalado é relativamente barata, mas não deve ser utilizada em todos os pacientes, com base nos paradigmas de sua eficiência e potencial toxicidade; d) As recentes descobertas de seus efeitos antiinflamatórios e extrapulmonares abrem novos horizontes para futuras aplicações. CONCLUSÃO: Embora seja evidente a extrema variabilidade da resposta vasodilatadora pulmonar seletiva do NO inalado, serviços que tratam pacientes portadores de distúrbios respiratórios, principalmente associados à hipertensão pulmonar, devem dispor do NO inalado como recurso terapêutico. Na ausência de ensaios envolvendo grande número de pacientes, e, apesar de seu potencial tóxico, o NO inalado deve ser utilizado com extremo rigor técnico, como uma prova terapêutica que pode salvar vidas.
2022-12-06T14:00:36Z
ÉVORA,Paulo Roberto B. VIARO,Fernanda OSHIRO,Maurício Shigeo SOUZA,Daniel Gonçalves de
Uso do óxido nítrico inalatório no tratamento da crise hipertensiva pulmonar no pós-operatório de transplante cardíaco
OBJETIVO: Este trabalho relata a experiência no manuseio da crise hipertensiva pulmonar (CHP) refratária, com o uso do óxido nítrico inalatório (NOi) no pós-operatório imediato do transplante cardíaco (TC) ortotópico. MÉTODOS: De outubro/1997 a fevereiro/2002 foram realizados 31 TC em adultos, sendo incluídos pacientes com RVP < 6uW, ou < 2,5uW na prova farmacológica. Após o período de circulação extracorpórea (CEC) (M=101±21 minutos), todos fizeram uso de dobutamina, dopamina e milrinona; entretanto, frente à ausência de resposta adequada e CHP, administrou-se NOi em doses crescentes de 20 a 40ppm. Foram utilizados registros das pressões através de cateter no átrio esquerdo e no tronco da artéria pulmonar, gasometria arterial seriada e ecocardiograma transtorácico (ETT). O tempo médio de morte encefálica (ME) do doador foi de 16<FONT FACE=Symbol>±5,1</FONT>horas<FONT FACE=Symbol>.</FONT>RESULTADOS: Cinco pacientes (1 mulher), com idade média de 42 anos, fizeram uso de NOi por apresentarem critérios de CHP, todos com sinais de baixo débito cardíaco. O tempo médio de CEC foi de 150,8±34,3 minutos, a média sistólica arterial pulmonar foi de 87mmHg (75-115) e a PO2 média de 60mmHg (FiO2 100%), sendo evidenciada dilatação moderada a severa do ventrículo direito no ETT. Foi administrado NOi durante uma média 35h (6-96), iniciando-se desmame após estabilização hemodinâmica. O tempo médio de ME do doador foi de 27,6±5,5horas, a internação hospitalar média foi de 63 dias (17-145), uma morte ocorreu por sepse no 17º PO e os demais pacientes estão em CF I (NYHA). CONCLUSÕES: O tempo de CEC superior a 120 minutos e tempo de ME do doador superior a 20 horas sugerem fatores de risco para CHP no período pós-operatório imediato do TC. O NOi é uma ferramenta útil no manuseio desta complicação, refratária ao tratamento convencional no POI de pacientes submetidos ao TC.
2022-12-06T14:00:36Z
MEJIA,Juan Alberto Cosquillo SOUZA NETO,João David de CARVALHO JR,Waldemiro PINTO JR.,Valdester Cavalcante MESQUITA,Fernando Antônio BRASIL,Haroldo Barroso NUNES,Rogean Rodrigues OLIVEIRA,Ítalo Martins de TORRES,João Martins de Souza
Fatores de risco para mortalidade hospitalar nas reoperações valvares
OBJETIVO: Identificar fatores de risco para mortalidade hospitalar em reoperações valvares. MÉTODO: Foi realizada análise prospectiva de 194 pacientes submetidos a reoperações valvares no período entre julho de 1995 e junho de 1999. As variáveis estudadas foram: sexo, idade, classe funcional, número e tipo de operações prévias, intervalo entre as operações, caráter da operação, creatinina sérica, fração de ejeção do ventrículo esquerdo, diâmetros diastólico e sistólico do ventrículo esquerdo, pressão sistólica de ventrículo direito, atividade de protrombina, relação do tempo de tromboplastina parcial ativada, contagem de plaquetas, tempo de circulação extracorpórea, tempo de pinçamento aórtico, posição e número de valvas, tipo de procedimento, operações associadas e volume de sangramento intra-operatório. Análise univariada e multivariada foi realizada para determinar os fatores de risco para mortalidade hospitalar. RESULTADOS: A mortalidade hospitalar foi de 8,8% (17 pacientes). A análise univariada identificou as seguintes variáveis associadas a maior mortalidade: classe funcional avançada, fração de ejeção do ventrículo esquerdo baixa, atividade de protrombina baixa, creatinina elevada, tempo de circulação extracorpórea prolongado, tempo de pinçamento aórtico prolongado, procedimentos associados e volume de sangramento intra-operatório elevado. Na análise multivariada foram significativas: classe funcional IV, creatinina > 1,5 mg/dl e tempo de circulação extracorpórea > 120 minutos. CONCLUSÕES: As variáveis classe funcional IV, creatinina > 1,5 mg/dl e tempo de circulação extracorpórea > 120 minutos são fatores de risco independentes para mortalidade hospitalar nas reoperações valvares.
2022-12-06T14:00:36Z
BRANDÃO,Carlos Manuel de Almeida POMERANTZEFF,Pablo Maria Alberto SOUZA,Luciano Rapold TARASOUTCHI,Flávio GRIMBERG,Max OLIVEIRA,Sérgio Almeida de
Revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea em pacientes multiarteriais: experiência de 250 casos
MÉTODO: No período de agosto de 1997 a maio de 2001, 250 pacientes multiarteriais, consecutivos, foram submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea. A faixa etária dos pacientes variou de 38 a 83 anos (média de 59,9 anos), dos quais 62% eram do sexo masculino. A principal indicação cirúrgica foi a insuficiência coronariana crônica (82%). Todos os pacientes foram operados por esternotomia mediana. RESULTADOS: Três (1,2%) pacientes necessitaram de instalação de circulação extracorpórea. Nos demais 247 pacientes, realizou-se 592 anastomoses, com uma média de 2,4 pontes/paciente. A artéria torácica interna esquerda foi utilizada em 198 (80,1%) pacientes, a artéria torácica interna direita em 5 (2%) pacientes e a veia safena em 247 (100%) pacientes. As artérias coronárias mais revascularizadas foram o ramo interventricular anterior (89%) e o ramo marginal esquerdo (53%). A mortalidade hospitalar global foi de 4%, sendo a principal causa o infarto pós-operatório (1,2%). Morbidade pós-operatória foi constatada em 23 (9,3%) pacientes. O tempo médio de permanência hospitalar foi de 7,7 dias. CONCLUSÃO: Conclui-se da presente investigação, que a revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea em pacientes multiarteriais é factível, reprodutível e com baixo índice de complicações pós-operatórias.
2022-12-06T14:00:36Z
PINHEIRO,Bruno Botelho FAGUNDES,Walter Vosgrau RAMOS,Maria Cardoso AZEVEDO,Vera Lúcia B. SILVA,Jânio Moreira
A redução do gradiente na via de saída do ventrículo esquerdo pelo marcapasso DDD em pacientes com miocardiopatia hipertrófica obstrutiva
OBJETIVO: A estimulação seqüencial atrioventricular (modo DDD) tem sido aceita como uma terapêutica eficaz para reduzir o gradiente na via de saída do ventrículo esquerdo (GVSVE) em pacientes com miocardiopatia hipertrófica obstrutiva (MHO). O objetivo deste trabalho é avaliar o efeito do marcapasso DDD para redução do GVSVE em pacientes com MHO de má resposta ao tratamento farmacológico e com obstrução na via de saída ventricular esquerda com gradiente crescente ou superior a 50 mmHg. MÉTODO: Um marcapasso de dupla câmara, composto de gerador de pulsos DDD e dos eletrodos atrial e ventricular, foi implantado mediante técnica transvenosa em 42 pacientes no período de fevereiro de 1995 a março de 2001. Foi observada uma redução na sintomatologia e uma melhora na classe funcional na maioria dos pacientes. RESULTADOS: Quanto à classe funcional, na última avaliação, 31 pacientes estavam em classe funcional I, e 10 pacientes na classe funcional II, contrastando com o pré-operatório, quando 30 pacientes estavam na classe funcional III ou IV, e apenas 12 estavam na classe II (p<0,001). A medicação foi ajustada, sendo reduzida ou suspensa em 15 pacientes, substituída em 3 pacientes e aumentada (quanto ao número de fármacos ou sua dose) em 14 pacientes. O GVSVE reduziu significativamente de 96,50±30,55 mmHg para 41,80±22,84 mmHg após ajuste do aparelho (p<0,001). CONCLUSÃO: Após o implante do marcapasso DDD existe uma melhora clínica e ecocardiográfica em pacientes com MHO de má resposta ao tratamento clínico. Os resultados obtidos permitem a continuidade do uso da terapêutica em casos selecionados.
2022-12-06T14:00:36Z
FAES,Farid César SANT'ANNA,João Ricardo PRATES,Paulo Roberto KALIL,Renato A.K. NESRALLA,Ivo A.