Repositório RCAAP
Relação das pressões atriais com o peptídio natriurético atrial e seus efeitos na diurese e natriurese durante operação cardíaca com circulação extracorpórea
OBJETIVO: Estudar as variações do peptídio natriurético atrial (PNA) introduzidas pela circulação extracorpórea (CEC) durante operação cardíaca e testar a hipótese de que existe correlação entre os níveis plasmáticos de PNA, pressão atrial direita (PAD) pressão atrial esquerda (PAE), diurese e natriurese. MÉTODO: Estudo de coorte de 15 pacientes submetidos a revascularização do miocárdio com CEC. Os intervalos de tempo de observação foram: t0 = 10 minutos antes da CEC (valor controle); t1 = 10 minutos depois de fluxo total em CEC; t2 30 minutos em fluxo total em CEC; t3 = fase final da CEC em temperatura nasofaringeana de 36° C; e t4 = 30 minutos após o término da CEC. RESULTADOS: Os valores do PNA, PAE e PAD variaram significativamente (p<0,001). O PNA diminuiu de t0 para t1 (NS) e após elevou-se progressivamente até t4 (p<0,001). A PAE e a PAD reduziram (p<0,001) entre t0 e t1, elevando-se progressivamente até t4 (p<0,001). O Na+ urinário aumentou entre t0 e t3 (p<0,001), com queda em t4. A diurese aumentou progressivamente em todos os tempos considerados (p<0,001). Foi encontrada correlação significativa entre PNA e o volume de diurese no t0, coeficiente de correlação de 0,535 (p=0,040), e no tempo igual a t2 entre PNA e PAD, coeficiente de correlação de 0,590 (p=0,021). CONCLUSÃO: As concentrações do PNA apresentam variações durante a operação de revascularização com CEC, o que favorece o conceito de estar relacionadas com as pressões atriais, e ao término da CEC, têm uma importante função na excreção de sódio e no volume da diurese.
2022-12-06T14:00:36Z
FRANÇOIS,Lísia Maria Galant KALIL,Renato A.K. PEREIRA,João Batista SANT'ANNA,João R.M. NESRALLA,Ivo A.
Mediastinite pós-esternotomia longitudinal para cirurgia cardíaca: 10 anos de análise
INTRODUÇÃO: mediastinites pós-esternotomia para cirurgia cardíaca não são freqüentes (0,2% a 5,0%), porém, quando surgem, se tornam potencialmente graves. Mesmo com o diagnóstico e tratamento precoces, o prognóstico não é bom, sobretudo se houver sepse e outros agravos à saúde associados. OBJETIVO: rever a casuística de casos de mediastinite. MÉTODO: foram analisados os prontuários de 2.272 pacientes submetidos à cirurgia cardíaca entre 1991 e 2000. Todas as operações foram realizadas através de esternotomia mediana longitudinal e circulação extracorpórea no Hospital João XXIII / Instituto de Cirurgia Cardiovascular da Paraíba de Campina Grande (Paraíba). RESULTADOS: a mediastinite ocorreu, em média, 10 dias após a cirurgia, num total de 37 (1,6%) casos, com taxa de letalidade 21,6% (n=8). A maioria (n=19; 51,4%) dos casos foi em pacientes submetidos a revascularização do miocárdio, seguidos pelos procedimentos valvares (n=13; 35,1%), correções de cardiopatias congênitas (n=4; 10,8%) e aneurisma de aorta ascendente (n=1; 2,7%). Vários fatores de risco foram identificados (obesidade, tempo de permanência hospitalar prolongado, diabetes mellitus, tabagismo, reoperações e cirurgias de emergência), especialmente a permanência (por mais de 72 horas no pré-operatório) em unidade de terapia intensiva. A cultura do exsudato foi positiva em 35 (94,6%) dos 37 pacientes, sendo o Staphylococcus aureus o patógeno mais observado em 17 (48,6%). CONCLUSÕES: a freqüência de mediastinite pós-cirurgias cardíaca, com esternotomia associada, é semelhante à descrita na literatura, não tem diminuído no decorrer dos anos, por isto continua representando um desafio para os cirurgiões e equipes, apesar do arsenal diagnóstico e terapêutico atuais.
2022-12-06T14:00:36Z
Souza,Valdir Cesarino de Freire,André Ney Menezes Tavares-Neto,José
Fístula da artéria coronária: relato de três casos operados e revisão da literatura
Fístulas das artérias coronárias têm incidência baixa entre as cardiopatias congênitas, muitas vezes assintomáticas, devendo ser suspeitadas quando há presença de sopro contínuo no precórdio. Podem apresentar sintomas de precordialgia ou insuficiência cardíaca e devem ser estudadas adequadamente para tratamento seguro, tanto cirúrgico como por cateterismo ou acompanhamento clínico. No presente trabalho são relatados três casos tratados por operação com resultado satisfatório e a literatura é revisada.
2022-12-06T14:00:36Z
GROPPO,Antônio Amauri COIMBRA,Luiz Fernando SANTOS,Marcus Vinícius Nascimento dos
Coronary artery and myocardial inflammatory reaction induced by intracoronary stent
BACKGROUND: Intra-coronary stents have been extensively employed in percutaneous coronary revascularization. However, despite breakthroughs and developments associated to this new technology, novel complications and findings have emerged compelling the cardiac surgeon to cope with this new scenario. The presence of an intra-coronary foreign body (stent) might induce an inflammatory reaction carrying functional and structural repercussions of the coronary artery and surrounding cardiac muscle. METHOD:Patients, who had previously undergone stent implantation (6 to 18 months) and were submitted to coronary artery bypass surgery, had biopsies taken from the grafted coronary artery distal to the stent and from the adjacent muscle. The collected samples were processed and stained with hematoxylin-eosin and histologically studied. RESULTS:The histology of the coronary artery distal to the stent revealed chronic inflammatory processes and an intimal acute inflammatory infiltrate, with polymorphonuclear leukocytes even at long term follow-up, 12 months after stent implantation, disclosing an ongoing inflammatory process. The myocardium adjacent to the stent implantation site exhibited a significant chronic inflammatory infiltrate and fibrosis compatible with myocarditis. CONCLUSION:The presence of an intra-coronary stent induces an acute and chronic inflammatory reaction, even over the long term, with involvement of the distal coronary artery and surrounding myocardium. Further studies are necessary to assess the inflammatory process extension and its consequences.
2022-12-06T14:00:36Z
Gomes,Walter J. Giannotti Filho,Osvaldo Catani,Roberto Paez,Rodrigo P. Hossne Jr,Nelson A. Buffolo,Enio
Surgical treatment of mitral valve insufficiency by valve repair
OBJECTIVE: To analyze the short term results of mitral valve repair in a consecutive series of mitral insufficiency patients from different ethiologies. METHODS: A retrospective study was made of 86 patients with mitral insufficiency operated on between May 1992 and May 2001 for mitral valve repair. Mitral insufficiency was severe in 77 patients and moderate in 9. The functional class of the patients was I in 4, II in 48, III in 29 and IV in 5 patients. The etiology was rheumatic in 47 (54.6%) cases. RESULTS: Mitral valve repair was performed by only one procedure on the mitral valve in 6 patients, two procedures in 29, and three or more procedures in 51 (59.3%) patients. Mitral annuloplasty was performedin 81 patients, with the Braile posterior pericardial ring being the mostcommonly used (87.2%). Hospital mortality was 3.5%. There was improvement in the funcional class in 79 (91.8%) patients. Mitral valve function was normal in 80 (93%) patients and moderate mitral insufficiency occurred in 6 patients. CONCLUSION: Mitral valve repair can be performed with low mortality (3.5%) and high probability of valve function recovery (93%). It should be the procedure of choice in patients with mitral insufficiency.
2022-12-06T14:00:36Z
Murad,Henrique Gomes,Eliane Carvalho Pinheiro,Adriana Alves Azevedo,José Augusto de Sá,Mauro Paes Leme de Noronha,André Prado Bastos,Eduardo Sergio Giambroni Filho,Rubens
Technical modification for composite grafts in myocardial revascularization surgery
OBJECTIVE: In the last decade, the coronary artery bypass grafts (CABG) with arterial grafting had been remarkable, mainly the combined ones in Y or T form, which start from the left internal thoracic artery (LITA). Elaborating this kind of grafting, we identified a certain worry related to the anastomoses of the radial artery in LITA, principally when realized in T, since any small traction, angulations or spasms of the radial artery might impaired the flow of the distal anastomoses of LITA to the anterior interventricular artery. METHOD: We modified the combined graft technique, by making anastomoses of the radial artery to the anterior interventricular artery, and, consequently the LITA is sewed above the anastomoses of the radial artery to the anterior interventricular artery, favoring therefore, the revascularization of the anterior interventricular artery with the LITA, transforming the radial artery into almost an extension of the LITA to the remaining branches of the left coronary artery. CONCLUSIONS: This technical modification for these composite grafts is simple, safer and effective, and it will enable a larger number of surgeons to routinelyuse composite grafts in coronary artery bypass grafting.
2022-12-06T14:00:36Z
Chaccur,Paulo Neves,Josué V. Castro Escóssio,Eliévia Maria Oliveira Portugal,Luís Fernando Mussi,José Carlos
The transplant of cardiac cells and myoblast skeletal cells in myocardial infarction
OBJECTIVE: To analyze the functional results of adult skeletal muscle cell and cardiac cell transplantations in the hearts of rats that have suffered an infarct. METHOD: An infarct of the anterolateral wall of the left ventricle was provoked, by left lateral thoracotomy and posterior legation of the left coronary artery. After five days the animals were submitted to a transthoracic echocardiography to evaluate the systolic (LVFSV) and diastolic volumes (LVFDV) of the left ventricle and the left ventricle ejection fraction (LVEF). After that, the animals were divided in three groups: 1) control (n=10), 2) adult cardiac cells (n=8) and 3) adult skeletal muscle cells (n=8). Seven days after the myocardium infarct, all the animals were operated on again by median sternotomy, identifying the region with fibrosis and conducting the injection of 0.15 ml of a culture in group I, 8.5x10(6)/0.15 ml, of heterologous skeletal muscle cells in group III, and 8.5x10(6)/0.15 ml of heterologous adult cardiac cells in group II. All animals received cyclosporin (15mg/kg/day). After two months, an echocardiography was conducted on all mice, assessing the same parameters. RESULTS: Two months after transplantation, group I presented a decrease in the LVEF (48.18% + 9.95% vs. 33.25% + 12.41% p=0.0003), with an increase of the LVFSV and the LVFDV (0.308 ml + 0.072 ml vs. 0.536 ml + 0.228 ml p=0.0026 and 0.597 ml + 0.098 ml vs. 0.776 ml + 0.187 ml p=0.0540, respectively). In group II, there was an stabilization of the LVEF (42.48% + 7.83% vs. 41.31% + 8,46% p=0.4968, respectively) an increase in the LVFDV and LVFSV (0.602 ml + 0.203 ml vs. 0.771 ml + 0.110 ml p=0.0711 and 0.358 ml vs. 0.450 ml p=0.0400, respectively). Group III presented an increase on the LVEF, LVFSV and LVFDV (40% + 5.69% vs. 47.35% + 6.89% p=0.0142, 0.643 ml + 0.103 vs. 0.931 ml + 0.226 p=0.0026 and 0.388 ml + 0.082 vs. 0.491 ml + 0.149 ml p=0.0557, respectively). CONCLUSION: Two months after cell transplantation, there was a significant improvement in the LVEF in group III, when compared to group I, and there was a preservation of the ventricular contractility and a stabilization of LVEF in group II.
2022-12-06T14:00:36Z
Souza,Luiz César Guarita Carvalho,Roberto G. de Pouzet,Bruno Vilquin,Jean Thomas Garcin,Isabelle Menasché,Philippe Brofman,Paulo S. Scorsin,Marcio
Padrão Ecocardiográfico do fluxo da artéria torácica interna esquerda após revascularização do miocárdio com enxerto composto
No summary/description provided
2022-12-06T14:00:36Z
Forte,Antonio Jorge de Vasconcelos Lobo Filho,José Glauco Leitão,Maria Cláudia A
Perfil de uso dos stents farmacológicos no Brasil: dados da Central Nacional de Intervenções Cardiovasculares (CENIC)
FUNDAMENTO: Os stents farmacológicos (SF) foram um grande avanço no tratamento da cardiopatia isquêmica, mas críticas têm sido feitas à extrapolação dos resultados favoráveis de ensaios clínicos para a prática clínica diária. OBJETIVO: Avaliar o uso dos stents farmacológicos (SF) no Brasil, entre os anos de 2000 e 2005. MÉTODOS: Por meio do banco de dados da Central Nacional de Intervenções Cardiovasculares (CENIC), da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, foram analisados todos os procedimentos com uso de SF entre os anos de 2000-2005. Os grupos foram divididos nos biênios (2000-2001(A), 2002-2003 (B) e 2004-2005(C)), e as características clínicas, angiográficas e os desfechos foram comparados. Análise estatística foi realizada com teste quiquadrado ou ANOVA, sendo significativo p<0,05. RESULTADOS: No período estudado foram avaliados 154.406 procedimentos, e os SF foram utilizados em 10.426 intervenções (7% do total). Observou-se progressivo e estatisticamente significativo aumento uso dos SF no período analisado: 0,14% em 2000-2001, 5% em 2002-2003, e 14% em 2004-2005 (p<0,0001). Após 2001, observou-se aumento dos índices de sucesso (96,58% em 2000-2001 (A), 99,69% em 2002-2003 (B) e 99,56 em 2004-2005 (C), A x B com p<0,001; B x C com p=0,015) e redução nas taxas de óbito hospitalar (1,59% no grupo A, 0,38% no grupo B, 0,66% no grupo C, p=0,59 para A x B; e p<0,0001 para B x C). CONCLUSÃO: O uso dos SF no Brasil cresceu significativamente nos últimos anos, com melhora dos índices de sucesso e diminuição do óbito hospitalar.
2022-12-06T14:00:36Z
Cardoso,Cristiano O. Quadros,Alexandre S. de Mattos,Luiz A. Gottschall,Carlos A. Sarmento-Leite,Rogério E. Marin-Neto,José A.
Avaliação da adequação do controle de fatores de risco cardiovascular após cirurgia de revascularização miocárdica
FUNDAMENTO: Os fatores de risco cardiovascular (FR) são responsáveis pela ocorrência de eventos cardiovasculares. OBJETIVO: Estimar o porcentual de pacientes submetidos a cirurgia de revascularização miocárdica (RM) que conseguem controle adequado de fatores de risco (FR) modificáveis, pelo menos seis meses após o procedimento. MÉTODOS: O estudo incluiu 88 pacientes, no qual se realizaram análise de prontuários e entrevista clínica, entre seis e 12 meses após a realização de cirurgia de RM em hospital de referência para doenças cardiovasculares, no período de janeiro a dezembro de 2004. RESULTADOS: A média de idade foi 63,1±9,9 anos: 51 (58%) eram do sexo masculino, 86 (97,7%), hipertensos, 38 (43,2%), diabéticos, 85 (96,6%), dislipidêmicos e 10 (11,4%), tabagistas. O controle da hipertensão (PA < 140x90 mmHg) foi atingido em 24,4% dos pacientes. Para o colesterol (colesterol LDL < 100 mg/dl) e para o diabete melito (glicemia < 110), os níveis de controle foram, respectivamente, 30,6% e 31,6%. O uso de anti-hipertensivos, agentes hipoglicemiantes (orais ou insulina) e estatinas, quando indicado, foi, respectivamente, 96,5%, 92,1%, 78,8%. Entretanto, analisando-se a tríade hipertensão, diabete e hipercolesterolemia, apenas 14,8% do total de pacientes apresentavam níveis de pressão arterial, glicemia e colesterol LDL dentro dos limites aceitáveis. CONCLUSÃO: Apesar do uso freqüente de medicações para controle da hipertensão, diabete e hipercolesterolemia, o controle de fatores de risco ainda é realizado de forma insuficiente nos pacientes revascularizados, o que sugere grande potencial para a melhoria da prática clínica.
2022-12-06T14:00:36Z
Barbosa,Andrea Cristina Costa Passos,Luiz Carlos Santana Lopes,Antônio Alberto Andrade,Wanewman Lins Guedes de Souza,Luciano Rapold Nunes,Maurício Batista
Angina pré-infarto na evolução intra-hospitalar de pacientes idosos com infarto agudo do miocárdio
FUNDAMENTO: A angina pré-infarto (API) pode ser um marcador de pré-condicionamento isquêmico. Foi demonstrada redução da área infartada, do remodelamento ventricular, da incidência de insuficiência cardíaca, choque cardiogênico ou morte, quando a API estava presente. Esses resultados foram mais evidentes em adultos, porém, não em idosos. OBJETIVO: Avaliar a relação entre API e a evolução clínica de pacientes idosos com infarto agudo do miocárdio (IAM). MÉTODOS: Estudo tipo série de casos com grupo de comparação. Foram incluídos 36 pacientes com diagnóstico de IAM com elevação do segmento ST. Os pacientes foram distribuídos em grupo A (21 pacientes com API) e grupo B (15 pacientes sem API). RESULTADOS: A idade média da população estudada foi 70,5 anos. A maioria (73%) dos pacientes era do sexo masculino. O índice de massa corpórea médio foi 25,3 kg/m2. A amostra era constituída por 77,8% de hipertensos, 27,8% de diabéticos e 32,4% de dislipidêmicos. Dor torácica tipo A foi relatada por 71,4% dos estudados. A maioria (72,2%) dos idosos foi classificada em Killip I. Os desfechos clínicos nos grupos A e B foram: angina pós-infarto 9,5% versus 20%, p=0,630; insuficiência cardíaca 23,8% versus 13,3%, p=0,674; revascularização de urgência 4,8% versus 6,7%, p=1; arritmia cardíaca 0% versus 6,7%, p=0,417. Não foi constatado nenhum caso de reinfarto, choque cardiogênico e morte até 30 dias em ambos os grupos. CONCLUSÃO: A presença da angina pré-infarto não se associou com uma melhor evolução clínica em idosos acometidos por IAM nesta série de casos.
2022-12-06T14:00:36Z
Shian,Chiu Wen Lima,Sandro Gonçalves de Markman Filho,Brivaldo
Valor preditivo da mieloperoxidase na identificação de pacientes de alto risco admitidos por dor torácica aguda
FUNDAMENTO: A mieloperoxidase (MPO) é uma enzima intensamente expressa diante da ativação leucocitária, com múltiplas ações aterogênicas, incluindo a oxidação do colesterol (LDL), e relacionada à instabilização da placa aterosclerótica. É preditora de eventos adversos em indivíduos sadios, coronariopatas ou em investigação de dor torácica. OBJETIVO: Analisar a contribuição da MPO na identificação de pacientes com dor torácica aguda, eletrocardiograma (ECG) sem elevação de segmento ST e com alto risco para eventos adversos intra-hospitalares. MÉTODOS: O nível sérico da MPO foi mensurado na admissão de pacientes com dor torácica aguda, ECG sem elevação de segmento ST e submetidos a protocolo estruturado de investigação. RESULTADOS: De uma coorte de 140 pacientes, 49 (35%) receberam o diagnóstico de síndrome coronariana aguda, tendo sido estabelecido diagnóstico de infarto agudo do miocárdio (troponina I > 1,0 ng/ml) sem elevação de ST em 13 pacientes (9,3%). O melhor ponto de discriminação da MPO para infarto agudo do miocárdio foi identificado em > 100 pM pela curva ROC (AUC = 0,662; IC 95% = 0,532-0,793), que demonstrou elevada sensibilidade (92,3%) e elevado valor preditivo negativo (98,1%), embora com baixa especificidade (40,2%). Na análise multivariada, a MPO mostrou-se a única variável independente para o diagnóstico de infarto agudo do miocárdio em evolução, com razão de chance de 8,04 (p = 0,048). CONCLUSÃO: Em pacientes com dor torácica aguda e sem elevação de ST, a MPO admissional elevada é importante ferramenta preditiva de eventos adversos intra-hospitalares, com razão de chance de oito vezes para o diagnóstico de infarto agudo do miocárdio.
2022-12-06T14:00:36Z
Esporcatte,Roberto Rey,Helena Cramer Veiga Rangel,Fernando Oswaldo Dias Rocha,Ricardo Mourilhe Mendonça Filho,Hugo Tannus Furtado de Dohmann,Hans Fernando Rocha Albanesi Filho,Francisco Manes
Disfunção miocárdica em pacientes chagásicos sem cardiopatia aparente
FUNDAMENTO: O índice de Tei avalia simultaneamente as funções sistólica e diastólica dos ventrículos. Apresenta boa correlação com dados hemodinâmicos e tem sido capaz de detectar alterações na função ventricular iniciais de diversas etiologias. OBJETIVO: Estudar alterações iniciais da função biventricular em pacientes chagásicos sem cardiopatia aparente por meio do índice de Tei. MÉTODOS: Foram avaliados 48 indivíduos. Grupo 1, constituído por 25 pacientes com diagnóstico de doença de Chagas, sem cardiopatia aparente e ecocardiograma normal; grupo 2, constituído por 23 indivíduos sadios com sorologia negativa para doença de Chagas. RESULTADOS: O índice de Tei foi significativamente mais elevado no grupo de chagásicos sem cardiopatia aparente, quando comparado aos controles. Índice de Tei do ventrículo esquerdo (0,48±0,11 x 0,36±0,06, p<0,001) , índice de Tei do ventrículo direito (0,34±0,10 x 0,26±0,07, p=0,001). O índice de Tei do ventrículo esquerdo foi considerado alterado em 48% dos chagásicos e o do ventrículo direito em 28%. CONCLUSÃO: Pacientes com doença de Chagas sem cardiopatia aparente apresentam alteração precoce dos ventrículos direito e esquerdo.
2022-12-06T14:00:36Z
Pinto,Airandes de Sousa Oliveira,Braulio Muzzi Ribeiro de Botoni,Fernando Antonio Ribeiro,Antonio Luiz Pinho Rocha,Manoel Otavio da Costa
Teste ergométrico em crianças e adolescentes: maior tolerância ao esforço com o protocolo em rampa
OBJETIVO: Comparar a tolerância ao exercício de crianças e adolescentes submetidos a teste ergométrico (TE) em esteira com os protocolos de Bruce ou em rampa, e descrever a velocidade e a inclinação alcançadas com o protocolo em rampa, para auxiliar na orientação do exercício com esse protocolo. MÉTODOS: Estudo observacional, tipo série de casos, com controle histórico, de 1.006 crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos submetidos a TE entre outubro de 1986 e fevereiro de 2003, que concluíram um dos dois protocolos. Foram excluídos os que tiveram o TE interrompido por outras causas que não cansaço físico, os que estavam em uso de medicações que interferiam na freqüência cardíaca (FC) e aqueles com limitações físicas à realização do exercício. Na análise estatística dos dados foi adotado nível de significância para p < 0,05 e intervalo de confiança de 95%. RESULTADOS: O tempo de exercício próximo a 10 minutos no protocolo em rampa foi significativamente maior no protocolo de Bruce. A FC máxima alcançada foi superior a 180 bpm nos dois protocolos. A inclinação foi pouco maior nas meninas mais jovens com o protocolo de Bruce, e a velocidade e o consumo máximo de oxigênio (VO2 max) foram maiores em todas as faixas etárias nos que realizaram o protocolo em rampa. CONCLUSÃO: A velocidade e a inclinação alcançadas com o protocolo em rampa podem ser utilizadas como referência para auxiliar na orientação do exercício no TE com o protocolo em rampa, que mostrou tolerância ao esforço superior à do protocolo de Bruce.
2022-12-06T14:00:36Z
Silva,Odwaldo Barbosa e Saraiva,Lurildo C. Ribeiro Sobral Filho,Dário C.
Efeitos da espironolactona sobre as alterações miocárdicas induzidas pelo hormônio tireoideano em ratos
FUNDAMENTO: Estudar o papel do sistema renina-angiotensina-aldosterona na hipertrofia miocárdica induzida pelo hormônio tireoideano, utilizando-se a espironolactona. OBJETIVO: Analisar as alterações morfológicas no miocárdio induzidas pelo hormônio tireoideano e os efeitos da espironolactona nesse processo. MÉTODOS: Foram estudados 40 ratos Wistar, divididos em quatro grupos, que receberam: veículo utilizado para a diluição do hormônio tireoideano (C); levotiroxina sódica (50 µg/rato/dia) (H); espironolactona (0,3 mg/kg/dia) (E) e hormônio tireoideano + espironolactona (HE), nas mesmas doses citadas, durante 28 dias consecutivos. Todos os animais foram submetidos a pesagem, coleta de sangue para dosagens hormonais e realização de ECG no início e no final do experimento. Ao final do período de estudo, os animais foram sacrificados para determinação do peso do ventrículo esquerdo (VE) e obtenção de cortes de VE para análise morfológica. RESULTADOS: Houve aumento dos níveis de T3 no plasma, perda de peso corporal e aumento da freqüência cardíaca nos animais que receberam o hormônio. O peso do VE foi maior nos grupos H e HE. A análise histométrica mostrou maiores diâmetros dos miócitos no grupo H, com os valores decrescentes nos grupos HE, E e C, sendo as diferenças estatisticamente significantes entre todos os grupos. A espironolactona associada ao hormônio tireoideano (HT) diminuiu em 14,6% a hipertrofia transversal dos miócitos. CONCLUSÃO: Em ratos tratados com hormônio tireoideano ocorre hipertrofia cardíaca com aumento do peso do VE e do diâmetro do miócito. A associação de espironolactona ao hormônio tireoideano previne parcialmente essa hipertrofia por mecanismos ainda desconhecidos.
2022-12-06T14:00:36Z
Fernandes,Maria Luiza Mendonça Pereira Ferro,Eloísa Amália Vieira Beletti,Marcelo Emilio Resende,Elmiro Santos
Efeitos sedativos e cardiovasculares do midazolam e do diazepam, associados ou não a clonidina, em pacientes submetidos a estudos hemodinâmicos por suspeita de doença arterial coronariana
FUNDAMENTO: A sedação durante a cineangiocoronariografia tem sido pouco estudada e saber qual é a melhor droga para sedar esses pacientes é um questionamento importante. OBJETIVO: Avaliar a qualidade da sedação e os efeitos sobre a freqüência cardíaca (FC) e a pressão arterial (PA) do midazolam e do diazepam, associados ou não a clonidina, em pacientes com suspeita de doença coronariana. MÉTODOS: Foi desenvolvido ensaio clínico prospectivo, duplo-cego, randomizado, controlado, com 160 pacientes divididos em cinco grupos de 32 pacientes cada, de acordo com o fármaco utilizado: grupo C (clonidina 0,5 µg/kg); grupo M (midazolam 40 µg/kg); grupo MC (associação de midazolam 40 µg/kg e clonidina 0,5 µg/kg); grupo D (diazepam 40 µg.kg); e grupo DC (associação de diazepam 40 µg/kg e clonidina 0,5 µg/kg). A sedação foi avaliada com base na escala de Ramsay e no consumo de meperidina 0,04 mg.kg-1. A PA invasiva, a FC e o escore de sedação foram analisados a cada cinco minutos em quatro diferentes momentos. RESULTADOS: Os pacientes que utilizaram midazolam apresentaram maiores escores de sedação e variação da FC e da PA (p < 0,05). Os que utilizaram diazepam ou clonidina tiveram menores escores de sedação e mais satisfatórios para a realização do exame e apresentaram menor variação da PA e da FC (p > 0,05). CONCLUSÃO: O midazolam foi associado a maior efeito sedativo e cardiovascular enquanto o diazepam causou menor efeito sedativo e cardiovascular. A clonidina e o diazepam tiveram efeitos semelhantes na PA, na FC e na sedação.
2022-12-06T14:00:36Z
Nascimento,Jedson dos Santos Modolo,Norma Sueli Pinheiro Silva,Roberto Cruz Rocha Santos,Kleber Pimentel Carvalho,Heitor Ghissoni de
Impacto da perda de peso nas adipocitocinas, na proteína C-reativa e na sensibilidade à insulina em mulheres hipertensas com obesidade central
OBJETIVO: Avaliar o impacto do tratamento da obesidade nas adipocitocinas, na proteína C-reativa (PCR) e na sensibilidade à insulina em pacientes hipertensas com obesidade central. MÉTODOS: O estudo foi realizado a partir do banco de dados e de amostras estocadas de soro de pacientes submetidas previamente a um estudo para tratamento de obesidade. Foram selecionadas 30 mulheres hipertensas, com idade entre 18 e 65 anos, índice de massa corpórea (IMC) > 27 kg/m², com distribuição central de gordura. As pacientes foram aleatoriamente submetidas a dieta hipocalórica e orlistat 120 mg três vezes por dia ou apenas a dieta hipocalórica, durante 16 semanas. As pacientes que apresentaram perda de peso superior a 5% (n = 24) foram avaliadas em relação a níveis pressóricos, valores antropométricos, gordura visceral, índices de resistência (HOMA-R - homeostasis model assessment of insulin resistance) e de sensibilidade à insulina (ISI - Insulin Sensitivity Index), perfil lipídico, e dosagens das adipocitocinas (adiponectina, leptina, IL-6 e TNF-a) e de PCR. RESULTADOS: Após redução do IMC de cerca de 8% em ambos os grupos, foi verificada diminuição de gordura visceral, glicemia de jejum, triglicérides e TNF-a. Apenas o grupo orlistat, que inicialmente era mais resistente à insulina, apresentou redução significativa da glicemia pós-sobrecarga oral de glicose e aumento da sensibilidade à insulina. CONCLUSÃO: Os achados deste estudo indicam que a perda de peso superior a 5% se associa à melhora do perfil inflamatório e à redução da resistência à insulina, a qual ocorreu de maneira independente das variações de adiponectina e de TNF-a. Os maiores benefícios na sensibilidade à insulina obtidos no grupo orlistat não puderam ser atribuídos ao uso do medicamento em virtude da maior concentração de indivíduos resistentes à insulina nesse grupo.
2022-12-06T14:00:36Z
Borges,Rodolfo Leão Ribeiro-Filho,Fernando Flexa Carvalho,Kenia Mara Baiocchi Zanella,Maria Teresa
Hipertensão arterial sistêmica e microalbuminúria
OBJETIVO: Identificar a prevalência de microalbuminúria e de lesões em órgãos-alvo e sua associação, em uma população de hipertensos em tratamento. MÉTODOS: Estudo observacional, descritivo e transversal, realizado no período de abril a agosto de 2006, com 153 pacientes hipertensos em tratamento, atendidos no Ambulatório de Clínica Médica e de Cardiologia de um Hospital Universitário na Região Sul do Brasil. RESULTADOS: A prevalência de microalbuminúria foi de 13,7% (21/153), sendo os grupos com e sem microalbuminúria semelhantes quanto às características demográficas e clínicas. A prevalência de lesões em órgãos-alvo foi de 48,4%, com predomínio de lesões cardíacas. As lesões em órgãos-alvo foram mais freqüentes no grupo com microalbuminúria [76,2% (16/21) versus 43,9% (58/132)], com diferença estatisticamente significante (p=0,006). Isso também foi observado nas lesões cardíacas, tanto na população total (p=0,003) quanto no grupo geriátrico (p=0,006). CONCLUSÃO: A prevalência de microalbuminúria na população estudada é de 13,7% e a de lesões em órgãos-alvo é de 48,4%, havendo associação estatisticamente significante. A microalbuminúria também está associada a lesões cardíacas, inclusive na população geriátrica.
2022-12-06T14:00:36Z
Stamm,Ana Maria Nunes de Faria Meinerz,Gisele Silva,Jacqueline Consuelo da
Caso 6/2007: choque no pós-operatório imediato após aposição de stent em aneurisma de aorta torácica
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2022-12-06T14:00:36Z
Oliveira,André Luís Veiga de Nascimento,Rodrigo Geraldo do Gutierrez,Paulo Sampaio
Sistema renina-angiotensina: é possível identificar genes de suscetibilidade à hipertensão?
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2022-12-06T14:00:36Z
Lima,Sandro Gonçalves de Hatagima,Ana Silva,Norma Lucena Cavalcanti L. da