Repositório RCAAP

Infarto do miocárdio causado por lesão arterial coronariana após trauma torácico fechado

Relatamos o caso de um indivíduo do sexo masculino de 29 anos de idade, vítima de um acidente de carro no qual sofreu trauma torácico fechado, evoluindo com insuficiência cardíaca congestiva. O paciente apresentava boa saúde previamente, sem sintomas de doença cardiovascular. Na avaliação inicial, o eletrocardiograma mostrou ondas Q nas derivações precordiais e o ecocardiograma mostrou disfunção ventricular esquerda importante. A angiografia coronária mostrou uma lesão na artéria coronária descendente anterior esquerda (ADE), com acinesia da parede anterior na ventriculografia com contraste. A tomografia computadorizada por emissão de fóton único (SPECT) com Tálio-201 não mostrou viabilidade. O paciente foi mantido em tratamento clínico com boa evolução.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Lima,Márcio Silva Miguel Tsutsui,Jeane Mike Issa,Victor Sarli

Síndrome do coração partido (Síndrome de Takotsubo) induzida por ecocardiograma de estresse com dobutamina

Relatamos um caso de síndrome de Takotsubo induzida por ecocardiograma de estresse com dobutamina em uma paciente de 76 anos, hipertensa com queixas clínicas de dor precordial, em consulta cardiológica eletiva. Para exclusão de dor torácica de etiologia coronariana foi solicitado ecocardiograma de estresse com dobutamina. O exame foi realizado e, no pico do esforço máximo, o ecocardiograma mostrou acinesia apical com o eletrocardiograma mostrando supradesnivelamento do segmento ST em D1, AVL e V2. A paciente foi internada e submetida a coronariografia, que mostrou coronárias normais e VE com balonamento apical. A paciente evoluiu estável com reversão do quadro 21 dias após o quadro inicial.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Vasconcelos Filho,Francisco Juarez Cruz de Gomes,Cezario Antonio Martins Queiroz,Oscar Aires de Barreto,José Erirtonio Façanha

Ecocardiografia transesofágica intraoperatória na cardiomiopatia hipertrófica septal

Relatamos caso de paciente portador de cardiomiopatia hipertrófica septal submetido a correção cirúrgica em que o emprego da ecocardiografia transesofágica intraoperatória proporcionou o planejamento da abordagem cirúrgica e o reconhecimento imediato do resultado operatório.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Giannini,Giovanni Grativvol,Petherson S. Vieira,Marcelo L. C. Oliveira,Marcos de Lisboa,Luis A. Oliveira,Sérgio A. de

Os dois Brasis e o tratamento do infarto agudo do miocárdio

No summary/description provided

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Ribeiro,Antonio Luiz Pinho

Prevalência de síndrome metabólica em idosos de uma comunidade: comparação entre três métodos diagnósticos

FUNDAMENTO: A prevalência de síndrome metabólica (SM), encontrada em diferentes estudos, tem apresentado ampla variação dependendo da população e do critério diagnóstico utilizado, havendo uma tendência de maior prevalência da SM com o critério diagnóstico da International Diabetes Federation (IDF). OBJETIVO: Comparar a prevalência da SM com diferentes critérios em idosos de uma comunidade. MÉTODOS: Este é um estudo transversal, de base populacional, realizado na cidade de Novo Hamburgo - RS, Brasil -, do qual participaram 378 idosos com 60 anos ou mais (252 mulheres e 126 homens). A prevalência da SM foi estimada aplicando os critérios diagnósticos do National Cholesterol Education Program - Adult Treatment Panel III (NCEP ATPIII) (2001), do NCEP ATPIII revisado (2005) e da IDF. RESULTADOS: A prevalência de SM aumentou progressivamente com a utilização dos critérios do NCEP ATP III, NCEP ATP III revisado e da IDF, apresentando valores de 50,3%, 53,4% e 56,9%, respectivamente. O aumento progressivo da prevalência de SM com a utilização dos três critérios ocorreu em ambos os sexos, com maior prevalência entre as mulheres, com percentuais de 57,1%, 59,9% e 63,5% com os critérios do NCEP ATP III, NCEP ATP III revisado e da IDF, respectivamente. CONCLUSÃO: Utilizando o critério da IDF, encontrou-se uma maior prevalência de SM em relação à prevalência encontrada com o critério do NCEP ATP III e NCEP ATP III revisado. A prevalência da SM foi maior entre as mulheres, independente do critério utilizado.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Rigo,Julio Cesar Vieira,José Luiz Dalacorte,Roberta Rigo Reichert,César Luis

Avaliação ecocardiográfica de pacientes submetidos à cirurgia mitral com papilopexia cruzada

FUNDAMENTO: As técnicas de substituição mitral com preservação do aparelho subvalvar têm reafirmado sua superioridade, sendo a papilopexia cruzada uma nova opção técnica que além de permitir preservação de estruturas anatômicas, oferece suporte na contração e protege o miocárdio na diástole ventricular, necessitando de estudos que documentem seus resultados. OBJETIVO: Avaliar as funções atrial e ventricular esquerdas, através de ecodopplercardiografia, em pacientes submetidos à substituição da valva mitral com papilopexia cruzada. MÉTODOS: Foram submetidos à substituição valvar mitral 15 pacientes, sendo nove (60%) do sexo masculino, com idade média de 45,7 anos. Quanto à etiologia, nove (60%) casos eram degenerativos, três (20%) reumáticos, dois (13,3%) isquêmicos e um (6,7%) com endocardite infecciosa. Após atriotomia e avaliação anatômica do aparelho valvar o folheto anterior foi desinserido do anel e centralmente dividido, sendo cada metade com seu complexo de cordas tendíneas fixada à comissura oposta por sua extremidade medial. Foi Implantada a prótese valvar biológica (em 13 casos) ou mecânica, fixada por pontos separados, com redução do anel valvar nos casos com miocardiopatia dilatada. Foram tomadas avaliações clinicas e ecodopplercardiográficas no pré-operatório, e sexto mês de pós-operatório. RESULTADOS: Todos os pacientes receberam alta em condições clínicas estáveis. Foi demonstrada redução significativa dos diâmetros ventriculares e dos diâmetros atriais (p< 0,001) sem comprometimento das vias de entrada e saída do ventrículo esquerdo. CONCLUSÃO: As substituições da valva mitral realizadas com a técnica de papilopexia cruzada apresentaram resultados favoráveis, com efeito positivo na recuperação morfológica atrial e ventricular esquerdas.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Santana Filho,Geraldo Paulino Gomes,Otoni Moreira Oliveira,Gilson José de Rodrigues,Débora Nogueira,Ana Cláudia Sales,Rômulo Pinheiro,Delzirene Botelho Machado,Antonio Calzada Oliveira,Nivaldo Gomes

Maior letalidade e morbidade por infarto agudo do miocárdio em hospital público, em Feira de Santana - Bahia

FUNDAMENTO: Fatores relacionados ao nível sócio-econômico, à qualidade e à gestão assistencial podem influenciar na letalidade e morbidade por infarto agudo do miocárdio (IAM). OBJETIVO: Comparar letalidade e morbidade por IAM entre hospital público e privado. MÉTODOS: Estudo observacional, com grupos de comparação. Avaliação clínica na admissão e registro de dados diagnósticos, terapêuticos e evolutivos até a alta ou o óbito. Comparação das características clínicas por análise univariada seguida de análise bivariada, avaliando a associação de preditores com óbito e morbidade (Killip >I), SPSS, versão 13,0. RESULTADOS: Avaliados 150 pacientes, 63 (42,0%) privados e 87 (58,0%) públicos, com 63,1% e 62,1% de homens e idades de 61,1±13,8 e 60,0±11,6 anos, respectivamente. A letalidade por IAM foi de 19,5% nos públicos vs 4,8% nos privados (p=0,001) e a morbidade (Killip classe >1) de 34,3% nos públicos vs 15,0% nos privados (p=0,012). Houve diferença significativa nos públicos devido à menor renda familiar e escolaridade (70,1% com um a dois salários vs 19,0%, p<0,001, e 49,4% de analfabetos vs 6,3%, p<0,001, respectivamente), maior tempo de chegada ao hospital (TDH>1 hora: 76,9% vs 48,6%; p=0,003) e maior tempo para ser medicado (THM>15 minutos: 47,1% vs 8,0%, p<0,001), UTI para 8% vs 94% nos privados e trombólise para 20,6% vs 54,0%, respectivamente (p<0,001). CONCLUSÃO: Letalidade e morbidade maior no paciente público, que se apresentou mais grave, mais tardiamente e recebeu tratamento de menor qualidade.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Ferreira,Graça Maria Tavares de Melo Correia,Luis Cláudio Reis,Helena Ferreira Filho,Carlos Brandão Freitas,Francisco Ferreira,Guilherme Melo Júnior,Ivan Oliveira,Nelson Guimarães,Armênio Costa

Escore TIMI no infarto agudo do miocárdio conforme níveis de estratificação de prognóstico

FUNDAMENTO: O escore de risco TIMI (thrombolysis in myocardial infarction) é derivado de ensaio clínico envolvendo pacientes elegíveis para fibrinólise. Como o perfil de risco desses casos difere do encontrado em populações não selecionadas, é importante que se analise a aplicabilidade do escore em condições clínicas habituais. OBJETIVO: Avaliar o manejo e a evolução hospitalar de pacientes internados com infarto agudo do miocárdio conforme estratificação de risco pelo escore TIMI. MÉTODOS: Foram avaliados, retrospectivamente, 103 casos de infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST, admitidos no Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão, nos anos de 2004 e 2005. Os casos foram analisados em três grupos de risco de acordo com o escore TIMI. RESULTADOS: A mortalidade hospitalar pós-infarto foi de 17,5%. No grupo de baixo risco não houve óbito. A mortalidade foi de 8,1% no grupo de médio risco e de 55,6% no de alto risco. O risco de morte para casos de alto risco foi 14,1 vezes maior em relação aos casos de médio e baixo risco (IC95% = 4,4 a 44,1 e p<0,001). A chance de receber fibrinolítico foi 50% menor no grupo de alto risco em relação ao de baixo risco (IC95%= 0,27 - 0,85; p=0,004). CONCLUSÃO: Houve um aumento progressivo na mortalidade e na ocorrência de complicações hospitalares conforme estratificação pelo escore TIMI. Pacientes de alto risco receberam trombolítico menos frequentemente que pacientes de baixo risco.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Pereira,Jaqueline Locks Sakae,Thiago Mamôru Machado,Michele Cardoso Castro,Charles Martins de

Perfil lipídico, fatores de risco cardiovascular e síndrome metabólica em um grupo de pacientes com AIDS

FUNDAMENTO: Desde o advento da AIDS, a terapia antiretroviral desenvolveu-se significantemente, incluindo a terapia antiretroviral altamente ativa (HAART) e a doença adquiriu uma característica crônica. Entretanto, após a introdução da HAART, várias alterações metabólicas foram observadas, principalmente relacionadas ao perfil lipídico. OBJETIVO: Avaliar e comparar os perfis lipídicos, analisar o risco cardiovascular, e descrever a prevalência da síndrome metabólica em pacientes com AIDS tratados ou não com HAART. MÉTODOS: Durante um período de 18 meses, 319 pacientes tratados em ambulatórios na cidade de São Paulo, Brasil, foram selecionados. RESULTADOS: A amostra final incluiu 215 pacientes tratados com HAART e 69 pacientes virgens de tratamento com HAART. A idade média era 39,5 anos, e 60,9% eram do sexo masculino. Os principais fatores de risco cardiovascular eram o fumo (27%), hipertensão (18%) e histórico familiar de aterosclerose (40%). Os valores médios de colesterol total, HDL-colesterol, triglicérides e glicose foram mais altos no grupo HAART do que no grupo não-HAART (205 vs 180 mg/dl, 51 vs 43 mg/dl, 219 vs 164 mg/dl e 101 vs 93 mg/dl respectivamente; p < 0,001 para todos). De acordo com o escore de risco de Framingham, o risco cardiovascular era moderado a alto em 11% dos pacientes tratados com HAART e 4% dos pacientes não-HAART. De acordo com a definição do Adult Treatment Panel III, a síndrome metabólica foi observada em 13% e 12% dos pacientes, respectivamente, com e sem HAART. CONCLUSÃO: Embora os valores médios do colesterol total, HDL-c e triglicérides tenham sido mais altos no grupo HAART, um maior risco cardiovascular não foi identificado no primeiro grupo. A prevalência de síndrome metabólica foi comparável em ambos os grupos.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Silva,Érika Ferrari Rafael da Bassichetto,Katia Cristina Lewi,David Salomão

Forma inusitada de Pericardite Crônica Constritiva Idiopática

Paciente masculino, 55 anos, com queixa progressiva há 1 ano e 8 meses. Estava com 160kg (habitual 95 kg), extremamente edemaciado, com ortopnéia. Trouxe exames ecocardiográficos normais e eletrocardiograma com inversão de onda T. Biópsia endomiocárdica afastou fibrose endomiocárdica ou cardiomiopatia restritiva, mas as curvas pressóricas eram típicas de processo restritivo. Novo ecocardiograma agora mostrou pericárdio bastante espesso. Indicada pericardiectomia, recebendo alta com remissão completa dos sintomas. O estudo anatomopatológico foi inespecífico, sendo a pericardite classificada como idiopática. O caso alerta para a necessidade de alto grau de suspeição de pericardite constritiva em pacientes com ascite volumosa sem causa aparente.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Godoy,Moacir Fernandes de Francischi,Fábio Barros de Pavarino,Paulo Roberto Oliveira,Marcos Aurélio Barboza de Soares,Marcelo José Ferreira Braile,Domingo Marcolino

Mortalidade relacionada ao tratamento endovascular do aneurisma da aorta abdominal com o uso dos modelos revisados

OBJETIVO: O objetivo do estudo foi avaliar a definição da mortalidade relacionada ao procedimento após tratamento endovascular do aneurisma de aorta abdominal (EVAR) como definido pelo Committee for Standardized Reporting Practices in Vascular Surgery. MÉTODO: Dados de pacientes com aneurisma de aorta abdominal foram analisados do banco de dados EUROSTAR. Os pacientes foram submetidos ao EVAR entre junho de 1996 a fevereiro de 2004 e foram estudados retrospectivamente. A probabilidade explicita da causa de morte foi registrada. O intervalo entre a operação, alta hospitalar ou intervenção secundária até a morte foi registrado. RESULTADOS: De um total de 5612 pacientes, 589 (10,5%) faleceram após o EVAR em acompanhamento total e qualquer causa de morte foi inclusa. Cento e quarenta e um pacientes (12,5%) morreram devido a causa relacionada ao aneurisma, sendo que 28 (4,8%) foram rupturas, 25 (4,2%) infecções do implante e 88 (14,9%) foram pacientes que morreram num prazo de 30 dias após o procedimento inicial (definição atualmente utilizada, também conhecido como resultado clínico a curto prazo). Além disso, 25 pacientes faleceram após 30 dias, mas continuavam ainda hospitalizados (ou transferidos a home-care para reavaliação posterior, ou necessitaram intervenção secundária). Levando em conta a duração da admissão ao hospital e a mortalidade imediata após o procedimento relacionada a intervenções secundárias, 49 mortes tardias também podem ser relacionadas ao EVAR. CONCLUSÃO: Morte tardia compõe uma proporção considerável da mortalidade relacionada ao EVAR dentro do tempo de análise revisado.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Konig,Gosen Gabriel Vallabhneni,S.R. Marrewijk,Corinne J. Van Leurs,Lina J. Laheij,Robert J.F. Buth,Jacob

Estudo comparativo entre o pré-condicionamento isquêmico e a drenagem liquórica como métodos de proteção medular em cães

OBJETIVO: Este estudo compara os efeitos do pré-condicionamento isquêmico imediato, baseado na monitorização do potencial evocado somatossensitivo (PESS), com aqueles da drenagem do líquido cefalorraquidiano, em um modelo de oclusão da aorta torácica descendente em cães. MÉTODO: Dezoito cães foram submetidos à isquemia medular induzida pela oclusão da aorta torácica descendente por 60 minutos. O Grupo Controle foi submetido à oclusão da aorta (n=6), o Grupo Pré-Condicionamento Isquêmico (PCI), ao pré-condicionamento isquêmico (n=6) e o grupo drenagem, à drenagem do líquido cefalorraquidiano (n=6), imediatamente antes da oclusão da aorta. A condição neurológica foi acessada por um observador independente, de acordo com a escala de Tarlov. Os animais foram sacrificados e as medulas retiradas para exame histopatológico. RESULTADOS: Pressões da aorta proximal e distal à oclusão foram semelhantes nos três grupos. Sete dias após o procedimento, o índice de Tarlov foi significativamente maior em comparação ao Grupo Controle, somente no Grupo PCI (p<0,05). Foram observados valores menores no tempo de recuperação do PESS com o uso da drenagem liquórica durante a fase final de reperfusão (p<0,01). Exame histopatológico evidenciou necrose menos grave na substância cinzenta torácica e lombar, nos animais submetidos aos dois métodos de proteção medular, sendo mais pronunciada no Grupo PCI (p<0,001). CONCLUSÃO: A drenagem do líquor e o pré-condicionamento isquêmico parecem proteger a medula espinhal, durante a oclusão da aorta torácica descendente. Entretanto, o nível de proteção medular obtido parece ser mais significativo com a drenagem do líquido cefalorraquidiano.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Benício,Anderson Moreira,Luiz Felipe Pinho Mônaco,Bernardo Assumpção de Castelli,Jussara B. Mingrone,Larissa Eckmann Stolf,Noedir Antônio Groppo

Efeitos das cardioplegias sangüínea e cristalóide no miocárdio hipertrófico de coelho: avaliação estrutural e ultra-estrutural

OBJETIVO: Comparar e avaliar experimentalmente as alterações estruturais e ultra-estruturais em corações hipertrofiados isolados de coelhos submetidos à parada protegida pela solução de cardioplegia sangüínea e cardioplegia cristalóide. MÉTODO: O estudo compreendeu um grupo controle e dois grupos experimentais. No grupo I, a parada cardíaca foi obtida pela infusão da solução de cardioplegia sangüínea contínua e tépida. No grupo II, a parada cardíaca foi conseguida pela infusão da solução de cardioplegia cristalóide intermitente e fria. No grupo controle, os corações foram submetidos à parada anóxia normotérmica por 45 minutos. Após experimentos, oito amostras da parede lateral do ventrículo esquerdo foram coletadas e fixadas em formaldeído 10% e glutaraldeído 2,5% para análises estrutural e ultra-estrutural. RESULTADOS: Os resultados estruturais e as descrições ultra-estruturais mostraram que os corações submetidos à parada protegida pela cardioplegia sangüínea contínua e tépida (grupo I) estavam mais preservados com alterações celulares menos acentuadas se comparados aos submetidos à parada protegida pela cardioplegia cristalóide intermitente e fria (grupo II) e ao grupo controle. CONCLUSÃO: A cardioplegia sangüínea contínua e tépida (Grupo I) foi mais eficiente na preservação da integridade estrutural e ultra-estrutural do miocárdio, quando comparada à cardioplegia cristalóide intermitente e fria (Grupo II).

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Cressoni,Elthon Silveira Avanci,Luiz Ernesto Braile,Domingo Marcolino Lima-Oliveira,Ana Paula Marques Taboga,Sebastião Roberto Martins,Antonio Sérgio Oyama,Rosa Sayoko Kawasaki Oliveira,Marcos Aurélio Barbosa de

Fatores de risco pré-operatórios para o desenvolvimento de Insuficiência Renal Aguda em cirurgia cardíaca

OBJETIVO:Avaliar os fatores de risco clínicos pré-cirurgicos para o desenvolvimento de Insuficiência Renal Aguda (IRA) em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. MÉTODO: Foram estudados, de modo prospectivo, 150 pacientes submetidos à cirurgia cardíaca, durante 21 meses consecutivos, havendo um leve predomínio de homens (57%), idade média de 56 ± 15 anos, sendo que 66% apresentavam insuficiência coronariana como principal diagnóstico e 34% valvulopatias. A mediana da creatinina sérica no período pré-operatório foi de 1,1 mg/dl. IRA foi definida como elevação de 30% da creatinina sérica basal. O protocolo de variáveis clínicas teve seu preenchimento iniciado 48 horas antes do procedimento cirúrgico e encerrado 48 horas após o mesmo, incluindo variáveis cardiológicas e não-cardiológicas, além de resultados laboratoriais. RESULTADOS: A IRA esteve presente em 34% dos casos. Após análise multivariada, presença de doença vascular periférica foi fator pré-operatório identificado. CONCLUSÃO: Os resultados obtidos nesse estudo permitiram sinalizar alguns fatores contributivos para o desenvolvimento de IRA em cirurgia cardíaca, o que pode possibilitar condutas clínicas simples para evitar a disfunção renal nestas situações e, conseqüentemente, redução da taxa de mortalidade. No presente trabalho, o tamanho da amostra talvez tenha impedido a identificação de outros fatores de risco significativos.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Kochi,Ana Claudia Martins,Antonio Sérgio Balbi,André Luís Moraes e Silva,Marcos Augusto de Lima,Maria Cristina Pereira Martins,Luís Cuadrado Andrade,Rubens Ramos de

Nova bandagem ajustável das artérias pulmonares na Síndrome de Hipoplasia de Câmaras Esquerdas

OBJETIVO: A Síndrome de Hipoplasia de Câmaras Esquerdas representa um grande desafio para cirurgiões do mundo inteiro. Atualmente, tem sido proposto procedimento paliativo alternativo, por meio da bandagem bilateral das artérias pulmonares associada à colocação de stent no canal arterial e atrioseptostomia. No entanto, as bandagens utilizadas são fixas, podendo tornar-se inadequadas após o fechamento do esterno ou com o rápido crescimento somático do paciente. Descrevemos a primeira aplicação clínica do novo dispositivo miniaturizado de bandagem ajustável das artérias pulmonares em neonato portador da síndrome de hipoplasia de câmaras esquerdas, o qual permitiu ajustes percutâneos precisos do fluxo sangüíneo pulmonar. MÉTODO: Através de esternotomia mediana, neonato de 5 dias de vida foi submetido à bandagem pulmonar bilateral, usando este novo dispositivo, combinada com interposição de tubo de PTFE entre o tronco pulmonar e o tronco braquiocefálico. RESULTADOS: O paciente apresentou boa evolução pós-operatória. Três ajustes percutâneos das bandagens foram necessários para manter a saturação arterial de oxigênio entre 75-85%. No 48º dia de vida, o paciente foi submetido a atrioseptostomia com colocação de stent (6 mm) para tratamento de comunicação interatrial restritiva. No 106º dia de vida, realizou-se operação de Norwood associada à anastomose cavopulmonar bilateral. As bandagens foram removidas, sem distorção das artérias pulmonares. CONCLUSÕES: O uso clínico deste sistema inovador de bandagem ajustável das artérias pulmonares mostrou-se factível, seguro e eficaz. Permitiu o ajuste fino do fluxo pulmonar de acordo com as necessidades clínicas, proporcionando um equilíbrio preciso entre as circulações pulmonar e sistêmica.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Assadi,Renato Samy Zamith,Marina M. Silva,Maria Fernanda Thomaz,Petrônio Generoso Miana,Leonardo Augusto Guerra,Vitor Coimbra Pedra,Carlos Augusto Cardoso Barbero-Marcial,Miguel

Doença arterial obstrutiva periférica e índice tornozelo-braço em pacientes submetidos à angiografia coronariana

OBJETIVO: Avaliar a prevalência de doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) em coronariopatas. Avaliar a relação entre Índice Tornozelo-Braço (ITB) e doença coronariana, e sua correlação com fatores de risco cardiovascular. MÉTODO: ITB investigado com ultra-sonografia Doppler. Características clínicas pesquisadas: idade, sexo, diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, etilismo, tabagismo e obesidade. População: 113 pacientes submetidos à angiografia coronariana. Primeira análise: 2 grupos - ausência e presença de coronariopatia. Segunda análise: 3 grupos - Grupo 1 - ausência de lesão coronariana; Grupo 2 - estenose < 70%; e Grupo 3 - estenose > 70%. Terceira análise: 2 grupos - ausência e presença de DAOP. RESULTADOS: 90,76% dos coronariopatas apresentaram DAOP. Houve diferença significante quanto à faixa etária (p<0,001), hipertensão (p<0,001), tabagismo (p<0,001), IMC (p<0,001), pressão sistólica (p<0,001), diastólica (p<0,001) e de pulso (p<0,001) e ITB (p<0,001) entre indivíduos com e sem lesão coronariana. Houve diferença significante quanto à faixa etária (p<0,001), diabetes (p=0,030), hipertensão (p<0,001), tabagismo (p<0,001), IMC (p<0,001), pressão sistólica (p<0,001), diastólica (p<0,001) e de pulso (p<0,001) e ITB (p<0,001) entre os pacientes divididos quanto ao grau da coronariopatia. Houve diferença significante quanto à faixa etária (p<0,001), hipertensão (p<0,001), tabagismo (p<0,001), IMC (p<0,001), pressão sistólica (p<0,001), diastólica (p<0,001) e de pulso (p<0,001) entre pacientes com e sem DAOP. Pela Análise de Regressão Logística, pacientes idosos, obesos e com ITB < 0,90 apresentam probabilidade de lesão coronariana de 98,93%. CONCLUSÃO: ITB < 0,90 constitui um possível marcador de doença arterial coronariana em pacientes com risco de doenças cardiovasculares.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Gabriel,Sthefano Atique Serafim,Pedro Henrique Freitas,Carlos Eduardo Moreira de Tristão,Cristiane Knopp Taniguchi,Rodrigo Seiji Beteli,Camila Baumann Gabriel,Edmo Atique Morad,José Francisco Moron

Resultados imediatos da artéria torácica interna direita e artéria radial como segundo enxerto arterial em revascularização do miocárdio

OBJETIVO: Avaliar os resultados imediatos da cirurgia de revascularização miocárdica com o uso de um segundo enxerto arterial, comparando a artéria torácica interna direita e a artéria radial. MÉTODO: No período de janeiro de 2004 a março de 2006, foram estudados 58 pacientes consecutivos submetidos à revascularização do miocárdio que receberam, além da artéria torácica interna esquerda, um segundo enxerto arterial. Vinte receberam a artéria torácica interna direita e 38, a artéria radial. Foram analisados mortalidade hospitalar, tempo de intubação, tempo de internação em UTI e hospitalar, tempo operatório, volume de sangramento, necessidade de transfusão e incidência de complicações pós-operatórias. RESULTADOS: Os grupos não diferiram entre si quanto às características pré-operatórias. Nos pacientes que receberam artéria torácica interna direita, houve incremento no tempo operatório, quando comparados àqueles que receberam radial, com média de 365 minutos contra 309 (p=0,0018). A média de anastomoses distais foi igual nos dois grupos, porém a média de artérias revascularizadas com o segundo enxerto arterial foi maior no grupo radial (1,57 x 1,05; p=0,003). Não houve diferença quanto às variáveis pós-operatórias analisadas. Houve um (1,7%) óbito hospitalar, que ocorreu no grupo revascularizado com artéria radial. Não ocorreu episódio de mediastinite nesta série de pacientes. CONCLUSÃO: Os resultados imediatos não diferiram entre os dois grupos. Observou-se, no entanto, que o uso da artéria torácica interna direita relacionou-se com aumento do tempo operatório, nesta série de pacientes.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Miana,Leonardo Augusto Lima,Diego Silveira Whitaker,Joseph Fredric Passos,Pedro Horácio Cosenza Loures,João Batista Lopes Miana,Antonio Augusto

Substituição da valva mitral com tração dos músculos papilares em pacientes com miocardiopatia dilatada

OBJETIVO: Avaliar a geometria e a função do ventrículo esquerdo (VE) após a troca mitral com tração e fixação dos papilares, em portadores de insuficiência cardíaca terminal com insuficiência mitral secundária. MÉTODO: Dos 20 pacientes avaliados, 70% eram homens, com idade média de 50,2 anos e 55% recebiam inotrópicos. A fração de ejeção (FEVE) foi menor que 30% em todos; 85% estavam em classe funcional (CF) IV. Dezoito receberam próteses de pericárdio bovino e dois, mecânicas. Os períodos considerados foram: 3, 6, 12 e 18 meses. As variáveis consideradas: volume sistólico do VE (VS), a FEVE, os diâmetros sistólico e diastólico finais (DSF e DDF) e os volumes sistólico e diastólico finais (VSF e VDF). No estudo estatístico, empregou-se da análise de variância (AV) e o teste de Friedmann (F). A sobrevida foi aferida pelo método de Kaplan-Meyer. RESULTADOS: Dois (10%) faleceram no período imediato. A sobrevida no primeiro ano foi de 85%, no segundo, 44%, no terceiro, 44%, no quarto, 44% e no quinto, 44%. A comparação entre pré e 3 meses, empregando-se a AV, não revelou alteração significativa para o VS (p=0,086). Houve acréscimo da FEVE (p=0,008) e decréscimo do DDF (p=0,038); do DSF (p=0,008); do VDF (p=0,029) e do VSF (p=0,009). Os momentos pré, 3 e 6 meses, com o teste F, não revelaram alterações. Entre os momentos pré, 3 meses e final, empregando-se a AV, não houve significância. CONCLUSÃO: Há melhora da FEVE, dos VDF, VSF, DDF e DSF; até o terceiro mês. A partir de então, as variáveis permanecem estáveis.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Gaiotto,Fabio Antonio Puig,Luiz Boro Mady,Charles Fernandes,Fábio Tossuniam,Carlos Eduardo Pardi,Miriam Magalhães Dallan,Luis A. O. Oliveira,Sérgio Almeida de Ramires,José F. Pomerantzeff,Pablo M. A.