Repositório RCAAP

Monitorização ambulatorial da pressão arterial e risco cardiovascular em mulheres com hipertensão resistente

FUNDAMENTO: Poucos estudos exploraram o valor prognóstico da monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) em pacientes hipertensos resistentes, um grupo que apresenta alto risco. OBJETIVO: Investigar o valor prognóstico da pressão arterial (PA) de vigília, em mulheres hipertensas resistentes. MÉTODOS: Foram acompanhadas por até 8,9 anos (média 3,9), 382 mulheres hipertensas resistentes com idade entre 24-92 anos, atendidas em uma unidade de hipertensão de um hospital universitário. As pacientes foram classificadas como controladas (PA de consultório > 140/90 mmHg e PA de vigília<135/85 mmHg) ou não-controladas (PA de consultório > 140/90 mmHg e PA de vigília > 135/85 mmHg). Analisou-se uma combinação de mortalidade cardiovascular, cardiopatia isquêmica, acidente vascular encefálico e nefropatia. Utilizou-se o modelo proporcional de Cox para estimar o risco de eventos cardiovasculares ajustado para potenciais confundidores. RESULTADOS: A taxa total de eventos foi de 5,0 por 100 mulheres-ano. No grupo de controladas esse valor foi de 3,7 e entre as não-controladas, de 5,8, com p=0.06. Os riscos relativos associados ao aumento de 10 mmHg na PA sistólica, ajustando para idade e tabagismo atual, foram maiores que os associados a aumentos de 5 mmHg na PA diastólica. Pacientes com descenso noturno<10% tiveram risco para evento cardiovascular maior que os com descenso noturno > 10%, embora essa associação não tenha sido estatisticamente significante. A pressão de vigília não controlada (sim/não) foi um forte fator de risco independente, 1,67 (1,00-2,78). CONCLUSÃO: O aumento de 67% no risco de evento cardiovascular quando a PA de vigília não estava controlada é indicador de que o uso da MAPA é essencial na avaliação do controle e como guia das decisões terapêuticas na hipertensão resistente.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Magnanini,Monica Maria Ferreira Nogueira,Armando da Rocha Carvalho,Marilia Sá Bloch,Katia Vergetti

Impacto da consulta de enfermagem na frequência de internações em pacientes com insuficiência cardíaca em Curitiba - Paraná

FUNDAMENTO: A insuficiência cardíaca (IC) tornou-se um problema de saúde pública com incidência e prevalência aumentadas na última década, consequência do envelhecimento da população e melhoria das terapias farmacológicas e intervencionistas. Esta promove altas taxas de mortalidade e morbidade, refletidas em altas taxas de internações e readmissões hospitalares mesmo em pacientes submetidos às novas terapias, sobretudo o uso de IECA e β - bloqueadores. OBJETIVO: Este estudo é uma análise do impacto que a consulta de enfermagem promove na frequência de internações de pacientes com IC, residentes em Curitiba e região metropolitana - Paraná. MÉTODOS: Diagnóstico de IC e classificação funcional pela NYHA, acesso telefônico, residência em Curitiba ou região metropolitana, expectativa de sobrevida maior que 3 meses de doenças não cardíacas, idade superior a 18 anos, não usuário de drogas ilícitas. Os grupos foram formados por meio de amostragem aleatória simples (sorteio), em que um grupo recebeu atendimento médico usual, consulta de enfermagem e monitoração telefônica quinzenal de caráter educativo, grupo intervenção (GI) e o outro, atendimento médico usual, monitoração telefônica mensal de caráter administrativo e epidemiológico, grupo controle (GC). O acompanhamento se deu durante o período de 6 meses. RESULTADOS: O GI necessitou de 0,25±0,79 internamentos e o GC 1,10 ±1,41; p = 0,037. CONCLUSÃO: A consulta de enfermagem promove redução da frequência de internações hospitalares dos pacientes com IC em tratamento, residentes em Curitiba e região metropolitana.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Bento,Vivian Freitas Rezende Brofman,Paulo Roberto Slud

Os significados de ter o coração transplantado: a experiência dos pacientes

INTRODUÇÃO: O transplante cardíaco representa, para pacientes com falência cardíaca, a possibilidade de sobrevivência e melhorias na qualidade de vida. Para tanto, faz-se necessária a conscientização e a participação do paciente no trabalho de acompanhamento da equipe de saúde, pós-transplante. O objetivo do estudo foi compreender a experiência do transplante cardíaco, partindo da descrição dos pacientes. MÉTODO: Foram entrevistados 26 pacientes, 20 homens e seis mulheres, entre 13 e 71 anos. As convergências dos depoimentos levaram às verdades gerais, que descrevem a experiência vivida. RESULTADOS: Os participantes revivem as fases do transplante. Comparam sintomas da falência cardíaca com os progressos que conseguiram após transplante. Alguns se sentem saudáveis. Outros relatam persistência da rejeição e complicações; e surgimento de outras afecções. Porém, todos comemoram a melhoria na qualidade de vida. Cada um traz sua visão particular sobre o vivido, sobre familiares e profissionais que compartilham a experiência. Expressam-se sobre suas expectativas de realização, no trabalho e na família. CONCLUSÕES: A contribuição deste estudo descritivo reside em desvelar novas perspectivas para a compreensão das necessidades deste paciente, capacitando os profissionais que os acompanham a responder mais efetivamente às suas necessidades individuais.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Stolf,Noedir Antonio Groppo Sadala,Maria Lucia Araújo

Um sistema de ventrículo pulmonar produzindo pressão pulsátil em único ventrículo: modelo experimental

OBJETIVO: Pacientes com ventrículo único funcional têm prognóstico ruim, que resulta em insuficiência cardíaca, mesmo após tratamento cirúrgico. As operações derivação cavo-pulmonar (exceto pelas conexões do átrio direito ao ventrículo direito) não apresentam sistema ventricular pulmonar com pressão pulsátil, além do fluxo reduzido ao ventrículo único. Para resolver o problema, tentamos criar um ventrículo pulmonar que produza pressão pulsátil experimentalmente. MÉTODO: Tentamos criar um sistema ventricular direito que produzisse pressão pulsátil. O modelo experimental foi realizado em seis ovelhas. As pressões do ventrículo pulmonar criado, da artéria pulmonar e do ventrículo esquerdo foram medidas após a saída da circulação extracorpórea. RESULTADOS: A média das pressões arteriais pulmonares sistólica e diastólica foi 15,6 ± 2,0 mmHg e 4,5 ± 1,5 mmHg. A média da pressão sistólica ventricular esquerda foi 76,6 ± 4,4 mmHg. CONCLUSÃO: Um ventrículo que produza pressão pulsátil é necessário para a regulação do fluxo da artéria pulmonar, com pressão venosa central e pressão pulmonar não pulsátil nas anomalias como ventrículos únicos funcionais.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Emrecan,Bilgein Kestelli,Mert Yilik,Levent Lafçi,Banu Özsöyler,Ibrahim Gürbüz,Ali Özbek,Cengiz

Eventos adversos e motivos de descarte relacionados ao reuso de produtos médicos hospitalares em angioplastia coronária

OBJETIVO: Descrever os eventos adversos ocorridos durante e após angioplastia coronária (ATC), possivelmente relacionados ao reuso de produtos médico-hospitalares, além de quantificar e identificar os motivos de descarte em relação ao primeiro uso e ao reuso. MÉTODO: Foram estudados 60 pacientes, sendo que 29 (48,3%) apresentavam angina instável, 27 (45%) IAM e quatro (6,7%) outros diagnósticos. Durante o procedimento e na permanência na Unidade Intensiva Coronariana, atentou-se à possibilidade de ocorrência dos eventos adversos febre, hipertensão, hipotensão, calafrios, sudorese, sangramento, náuseas e vômitos. Foram avaliados sete produtos médico-hospitalares: introdutor, cateter-guia, fio-guia 0.35, fio-guia 0.014, cateter- balão para angioplastia, seringa com manômetro para insuflar balão (indeflator) e torneira de três vias (manifold). No total de produtos (76 de primeiro uso e 410 reprocessados), verificou-se se houve descarte e se isto ocorreu antes ou durante o procedimento e quais os motivos para tanto. Utilizou-se o teste Qui Quadrado, admitindo-se erro alfa de 5%. RESULTADOS: Vinte e seis pacientes apresentaram eventos adversos. A hipotensão foi o evento mais prevalente e ocorreu em 11(18,3%) casos. Não houve, porém, significância estatística entre o evento adverso hipotensão e reuso ou não dos produtos médico-hospitalares. Por não estarem íntegros, foram descartados três produtos de primeiro uso e 55 produtos dos reutilizados. CONCLUSÃO: Os eventos adversos apresentados pelos pacientes submetidos à angioplastia não estão associados ao reuso dos produtos médico-hospitalares. A integridade e funcionalidade foram os motivos principais de descarte.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Batista,Margarete Ártico Santos,Márcio Antonio dos Pivatelli,Flávio Correa Lima,Aparecida Rodrigues da Silva Godoy,Moacir Fernandes de

Reprocessamento de cateteres cardíacos: uma revisão

Os cateteres de hemodinâmica são amplamente reprocessados, principalmente em países em desenvolvimento, onde os custos da utilização desses insumos são altos. A literatura científica aponta a ausência de processos validados de limpeza e esterilização e é unânime a afirmação de que o reprocessamento provoca alterações na integridade física, química e funcional desses materiais. Dentro desse contexto, questionam-se quais as evidências publicadas sobre os danos provocados pelo reprocessamento dos cateteres de hemodinâmica? O objetivo é identificar as evidências científicas em relação aos efeitos do reprocessamento dos cateteres, do ponto de vista mecânico, físico, químico e biológico. Foi realizada uma pesquisa na base de dados Medline/Pubmed e LILACS, sem restrições de tempo, em inglês, português e espanhol, usando vocabulário controlado e não-controlado. Um total de 21 publicações foi analisado. Os artigos analisados apontam a ocorrência de alterações físicas, mecânicas e químicas. A limpeza e a esterilização dos cateteres não foi eficiente, tendo sido identificada a presença de debris e microrganismos ao final do processo. Vale ressaltar a importância dessas informações para a tomada de decisão em relação ao reprocessamento e reuso de cateteres de hemodinâmica.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Ribeiro,Silma Maria Cunha Pinheiro Graziano,Kazuko Uchikawa Alfa,Michelle M. Goveia,Vania Regina

Carótida comum como via de estabelecimento da circulação extracorpórea para perfusão sistêmica e cerebral seletiva na correção das doenças da aorta

OBJETIVO: Analisar os resultados da utilização da artéria carótida comum direita no estabelecimento da circulação extracorpórea (CEC) para perfusão sistêmica (PS), bem como na utilização como via anterógrada para proteção cerebral (PC), nos pacientes submetidos à correção das doenças que envolveram a aorta ascendente (AA). MÉTODO: Foram operados 23 pacientes portadores de várias afecções da AA, nos quais a abordagem foi possível por meio do estabelecimento da CEC pela anastomose de um tubo de PTFE (politetrafluoretileno) à artéria carótida comum direita e manutenção de fluxo cerebral anterógrado durante a confecção da anastomose distal. O tempo médio de CEC foi de 195 minutos (152 a 253 minutos), a temperatura média sistêmica foi de 24ºC (18ºC a 25ºC), hipofluxo cerebral anterógrado, com média de 29 minutos (27 a 51 minutos) e o tempo de internação média foi de 18 dias (8 a 30 dias). RESULTADOS: Todos os pacientes despertaram nas primeiras 48 horas sem dano neurológico. Por ocasião da pré-alta, foram submetidos ao teste MINI MENTAL STATE EXAMINATION (MMSE), que demonstrou não haver desordens cognitivas com dano neurológico. Ocorreram dois casos de infecção pulmonar, dois pacientes necessitaram de diálise e ocorreram dois óbitos relacionados à gravidade dos casos. Não houve óbito per-operatório. CONCLUSÃO: Este é um método prático, rápido, seguro, eficaz e reprodutível, tanto no estabelecimento da CEC como da proteção cerebral anterógrada, reduzindo o risco de isquemia cerebral, alterando a história natural da evolução pós-operatória destas correções.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Carvalho,Luiz Henrique Pamplona Corte Real de Barreto,Abner T. Domingues,Manoel A. G. Reis,Nelson A. Bärg,Nelson

Aneurisma do seio de Valsalva esquerdo englobando a parede anterior do ventrículo direito

Relatamos o caso de um homem de 36 anos, portador de aneurisma do seio de Valsalva esquerdo que englobou a parede anterior do ventrículo direito. Apresentava, também, importante insuficiência da valva aórtica. O diagnóstico foi realizado por meio do ecocardiograma transtorácico e cateterismo cardíaco. O paciente foi submetido a tratamento cirúrgico que consistiu em fechamento do orifício aneurismático com placa de pericárdio bovino. Procedida a reconstrução plástica da valva aórtica, conforme a técnica de Trusler

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Brito,João de Deus e Assumpção,Cláudio Roberto C. Jazbik,Antonio de Pádua Gutierrez,Darteson Brito,Paulo Henrique T. de Kruczan,Dany David

Ruptura de aneurisma da aorta toracoabdominal em cavidade pleural direita

É relatado um caso de ruptura de aneurisma aórtico toracoabdominal em cavidade pleural direita, em paciente de 76 anos, com insuficiência renal crônica. Serão discutidas as possibilidades terapêuticas, salientando a importância do diagnóstico e tratamento precoces.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Seidel,Amélia Cristina Miranda Jr,Fausto Marcantonio,João Marcelo

Caso 5/2006: operação de Rastelli com homoenxerto pulmonar decelularizado

No summary/description provided

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Croti,Ulisses Alexandre Braile,Domingo Marcolino Kozak,Ana Carolina Leiroz Ferreiro Botelho Maisano Beani,Lilian

Caso 6/2006: aortoplastia estendida com pericárdio bovino no tratamento da estenose aórtica supravalvar (técnica de Doty)

No summary/description provided

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Croti,Ulisses Alexandre Braile,Domingo Marcolino Kozak,Marcelo Felipe Vieira,Tatiana de Oliveira

Estudo histomorfométrico seqüencial da artéria torácica interna esquerda

OBJETIVO: O uso de enxertos de artéria torácica interna esquerda (ATIE) é atualmente reconhecido como a melhor opção na cirurgia de revascularização miocárdica, proporcionando menor incidência de eventos cardiovasculares e maior sobrevida. Entretanto, com a expansão do uso dos enxertos arteriais, faz se necessário melhor entendimento da estrutura histológica da ATIE. Portanto, o objetivo deste trabalho foi estudar a estrutura histológica da ATIE e a análise histomorfométrica seqüencial e comparativa entre os diferentes segmentos. MÉTODO: Foram estudados espécimes de ATIE retirados de 18 cadáveres, divididos em nove segmentos proporcionais. Cortes de cada segmento foram corados com técnica de Verhoeff-Van Gieson. Foram analisados os seguintes parâmetros: perímetro da luz arterial, espessura da íntima, espessura da camada média, número de fibras elásticas da camada média e a densidade de fibras elásticas. RESULTADOS: Os dados obtidos mostraram que perímetro da ATIE mostra tendência a diminuir ao longo de sua extensão, a espessura da íntima é aumentada nos segmentos proximais, a espessura da camada média diminui ao longo de sua extensão, o número de lâminas elásticas se concentra nos segmentos intermediários, a densidade de lâminas elásticas é diminuída nos segmentos proximais e distais. CONCLUSÃO: Portanto, os achados do presente estudo confirmam a heterogeneidade da estrutura histológica seqüencial da ATIE.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Kneubil,Maximiliano C. Gomes,Walter J. Aquino,Marcelo S. Mazzilli,Paulo Gomes,Guiomar N. Ribeiro,Maria Flavia L. Benatti,Camille D. Buffolo,Enio

Uso da aprotinina na operação da aorta torácica associada à hipotermia profunda e parada circulatória: metanálise

OBJETIVO: Avaliar as complicações decorrentes do uso da aprotinina em pacientes submetidos à cirurgia de aneurisma ou dissecção da aorta torácica, que utilizaram hipotermia profunda e parada circulatória. MÉTODO: Realizou-se uma revisão sistemática da literatura, com uma estratégia de busca de baixa especificidade, nas bases de dados da Medline® e LILACS®. Dois pesquisadores independentes realizaram a seleção de artigos, seguindo os critérios adotados para inclusão de estudos, agrupando-os em dois grupos, um em que foi empregada baixa dose de aprotinina e outro alta dose. Os resultados foram apresentados como risco relativo para as variáveis dicotômicas, e como diferença de média ponderada para as variáveis contínuas, ambos com 95% de intervalo de confiança. RESULTADOS: Sete artigos compuseram a revisão sistemática, selecionados a partir de 2044 estudos revisados. A metanálise do único ensaio clínico controlado e randomizado não evidenciou riscos no uso da aprotinina, e apresentou uma redução significativa no sangramento e requerimento de transfusão de sangue. A metanálise dos estudos que empregaram baixa dose de aprotinina foi similar. Por outro lado, a metanálise dos estudos que adotaram alta dose de aprotinina não apresentou significância estatística em nenhuma variável estudada. CONCLUSÃO: Apesar de os resultados não evidenciarem riscos efetivos do uso da aprotinina, o poder estatístico da metanálise é baixo. Portanto, novos ensaios clínicos controlados e randomizados são requeridos, a fim de detectar possíveis malefícios do uso da aprotinina nesse tipo de operação.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Locali,Rafael Fagionato Buffolo,Enio Palma,José Honório

A dor pós-operatória como contribuinte do prejuízo na função pulmonar em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca

OBJETIVO: Avaliar a dor em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca por esternotomia, verificando a localização e a intensidade da dor durante o período de internação. Também sua influência na função pulmonar e sua correlação com as características do indivíduo e do procedimento cirúrgico. MÉTODO: A amostra foi composta de 30 indivíduos, nos quais foi avaliada a função pulmonar pré-operatória por espirometria e inspirometria de incentivo. Acompanharam-se os pacientes no pós-operatório, por meio de protocolo com informações da cirurgia, função pulmonar e um protocolo de avaliação álgica (escala análoga visual e desenho do corpo humano). Utilizou-se estatística descritiva, o teste de Mann-Whitney e a correlação Spearman. RESULTADOS: A revascularização do miocárdio foi a cirurgia mais freqüente. A intensidade da dor no período de pós-operatório foi moderada e localizava-se inicialmente na esternotomia, persistindo até o 5º pós-operatório. O volume inspiratório máximo teve relação significativa com a dor (r= -0,277; p< 0,05). Não se observou correlação significativa da dor com outras variáveis. CONCLUSÃO: Observou-se prejuízo significativo da função pulmonar, não se restabelecendo completamente até o 5º dia de pós-operatório. Apesar dos achados, a dor não se relacionou significativamente com as características dos indivíduos e do procedimento cirúrgico.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Giacomazzi,Cristiane Mecca Lagni,Verlaine Balzan Monteiro,Mariane Borba

Avaliação da intensidade de dor e da funcionalidade no pós-operatório recente de cirurgia cardíaca

OBJETIVO: Avaliar a intensidade de dor e o nível de funcionalidade em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca nos períodos pré-operatório, 7º pós-operatório e alta hospitalar, relacionando-os entre si. Relacionar funcionalidade com: sexo, faixa etária, primeira cirurgia cardíaca ou reoperação, uso de circulação extracorpórea (CEC), tipo de cirurgia e acompanhamento fisioterapêutico. MÉTODO: Foram estudados 41 pacientes que realizaram cirurgia cardíaca eletiva por toracotomia médio-esternal (TME) no HC da Faculdade de Medicina de Botucatu/UNESP. A intensidade de dor foi avaliada pela escala de VAS e a funcionalidade, pela escala MIF (medida de independência funcional) no domínio físico. RESULTADOS: A intensidade de dor mais elevada foi no 7º pós-operatório comparado com os momentos pré-operatório e alta. No pré-operatório, não houve índice de dor; na alta, a intensidade mediana foi 3 (dor moderada). Os níveis mais elevados de perda funcional ocorreram no 7º pós-operatório, quando comparados com os escores totais do pré-operatório e da alta. Verificou-se correlação significativa entre dor e funcionalidade, demonstrando que o decréscimo do nível de dor entre o 7º pós-operatório e a alta contribuiu para a elevação dos níveis funcionais. CONCLUSÃO: As avaliações realizadas no pré-operatório proporcionaram resultados preditivos a serem alcançados. As avaliações realizadas no 7º pós-operatório e na alta possibilitaram a classificação dos pacientes de acordo com perdas e ganhos, indicando aqueles que necessitavam de maior cuidado e treinamento em suas capacidades.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Borges,Juliana Bassalobre Carvalho Ferreira,Daniele Leandra Mengue de Paula Carvalho,Sebastião Marcos Ribeiro de Martins,Antonio Sérgio Andrade,Rubens Ramos Silva,Marcos Augusto de Moraes

Comparação do efeito da nimodipina e da papaverina como vasodilatadores sobre o fluxo na artéria torácica interna esquerda

OBJETIVO: O objetivo do presente estudo é comparar o fluxo da artéria torácica interna esquerda sob o efeito local farmacológico por embebição e o efeito intraluminal de bloqueador do canal de cálcio com um grupo controle com papaverina. MÉTODO: Foi realizado estudo prospectivo de 73 pacientes submetidos a revascularização do miocárdio, no período de quatro meses, nos quais se utilizou a artéria torácica interna esquerda como parte do grupo de enxertos, operados no período de julho de 2004 e novembro de 2004, para análise de fluxo comparativo entre dois fármacos. Os pacientes foram aleatorizados para receberem os vasodilatadores nimodipina ou papaverina. Foram determinados dois fluxos: o fluxo no Tempo 1, o qual representou o período de ação farmacológica por embebição (extraluminal), e o fluxo no Tempo 2, este representou a ação farmacológica intraluminal. A comparação das médias de fluxo entre os dois grupos de fármacos foi realizada através do teste não paramétrico de Mann-Whitney. RESULTADOS: Não há evidências de que os fluxos médios dos dois fármacos sejam diferentes no Tempo 1 (p=0,534). Os fluxos médios dos dois fármacos são semelhantes no Tempo 2 (p=0,063). CONCLUSÃO: Não há evidências de que os fluxos médios dos dois fármacos sejam diferentes sob ação por embebição (extraluminal), assim como os fluxos médios dos dois fármacos são semelhantes quando por ação farmacológica intraluminal, tornando a nimodipina uma opção como vasodilatador de ação local comparável à papaverina.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Santos Junior,Edhino Cividanes,Gil Vicente Lico Marchiori,Rosangela Cristina Souto,Francisco de Andrade

Eficácia do AlCl3 e etanol na prevenção da calcificação de fragmentos da parede aórtica porcina fixados em GDA

OBJETIVO: Avaliar a eficácia do cloreto de alumínio, isoladamente ou em associação com o etanol, na prevenção da calcificação e da resposta inflamatória de fragmentos de parede aórtica porcina fixada em glutaraldeído (GDA), implantados no tecido subcutâneo de ratos jovens. MÉTODO: Utilizaram-se 15 ratos da linhagem Sprague-Dawley, em cujas telas subcutâneas foram implantados fragmentos de parede aórtica porcina, submetidos a três diferentes métodos de tratamento [grupos: I (GDA), II (GDA+alumínio), III (GDA+etanol+alumínio)]. Os explantes foram realizados com 15, 30 e 60 dias após as operações. Foram realizadas análises histológicas pelas colorações de hematoxilina &amp; eosina (HE) e de alizarina, nos pHs de 4,2 e 7,0, e a dosagem de cálcio feita por espectroscopia de absorção atômica. RESULTADOS: Pelo HE, constatou-se que a matriz extracelular das paredes aórticas ficaram melhor preservadas nos explantes do grupo III. A intensidade da reação inflamatória intensa foi menor nesse grupo. Pela alizarina pH 4,2, o grupo II e III tiveram menores índices de calcificação comparado ao controle. Pela alizarina pH 7,0, o grupo III teve menor índice de calcificação comparado aos grupos I e II. Pela espectroscopia de absorção atômica, os níveis de cálcio foram semelhantes para os grupos II e III, mas significativamente menores do que os do grupo I. CONCLUSÃO: O tratamento com cloreto de alumínio diminuiu a calcificação dos fragmentos de parede aórtica porcina. O uso combinado do etanol com cloreto de alumínio foi ainda mais eficiente em inibir a calcificação, e também em diminuir a reação inflamatória.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Sardeto,Evandro Antonio Costa,Francisco Diniz Affonso da Costa,Iseu do Santo Elias Affonso da Roderjan,João Gabriel Discher,Eduardo Schneider,Ricardo Alexandre Gomes,Carlos Henrique Gori Colattusso,Claudinei Précoma,Daniel Dumsch,Andrea Lopes,Sergio Veiga Leal,Jairo

Bandagem ajustável do tronco pulmonar: comparação de dois métodos de hipertrofia aguda do ventrículo subpulmonar

OBJETIVO: Este estudo compara a sobrecarga contínua versus intermitente do ventrículo direito (VD) de cabritos, para induzir a hipertrofia ventricular. MÉTODO: Foram utilizados três grupos de sete cabritos jovens (controle, contínuo, intermitente). A sobrecarga sistólica foi imposta por 96 horas, no contínuo e por quatro períodos de 12 horas, alternados com 12 horas de descanso, no intermitente. Avaliações ecocardiográficas e hemodinâmicas foram feitas diariamente. Os animais foram, então, mortos para avaliar o conteúdo de água e peso das massas cardíacas. RESULTADOS: O Intermitente mostrou aumento dos pesos de VD e de septo, em relação ao controle (p<0,05), enquanto o contínuo aumentou apenas a massa do VD (p<0,05). Houve maior aumento da espessura do VD no Intermitente (p<0,05). O volume diastólico final do VD mostrou diferença significativa entre os grupos (p=0,01), com maior dilatação do VD do grupo contínuo, no momento 24 horas de sobrecarga sistólica (p<0,03). A fração de ejeção do VD se manteve dentro da normalidade nos dois grupos ao longo do protocolo. Foi observado menor perímetro do VD no intermitente, após 96 horas de treinamento (p<0,05). Não houve diferença significante entre os grupos de estudo e o controle quanto ao conteúdo de água do miocárdio do VD. CONCLUSÃO: A bandagem ajustável do tronco pulmonar permitiu um rápido processo hipertrófico do VD em ambos os grupos, sendo, porém, mais eficiente no intermitente. Nosso estudo sugere que a preparação do ventrículo subpulmonar de forma intermitente poderá proporcionar melhor resultado para a operação de Jatene em dois estágios.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Assad,Renato Samy Rodriguez,Miguel Quintana Abduch,Maria Cristina Valente,Acrísio Sales Andrade,José L. Krieger,José Eduardo Barbero-Marcial,Miguel

A temperatura da pele pode ser um indicador para hemorragia grave no pós-operatório?

OBJETIVO: O objetivo deste estudo é avaliar a hipotermia residual pós-operatória e sua duração, assim como discutir se a hipotermia tardia pode ser um marcador de sangramento excessivo. MÉTODO: Neste estudo retrospectivo, os registros de 12 pacientes que tiveram re-intervenção por causa de sangramento no período pós-operatório foram revisados e suas durações, que foram desde o primeiro minuto em Unidade de Terapia Intensiva até a pele alcançar uma temperatura de 36,5 graus Celsius. O tempo de duração da Circulação Extracorpórea (CEC) foi anotado. Também foi registrado o tempo ativado de coagulação (TCA). A temperatura mais baixa do corpo durante a operação foi medida. Um grupo de controle foi criado (n=16) aleatoriamente, formado por pacientes que não precisariam de re-intervenção e no qual a duração da CEC foi similar à do grupo de estudo. Todos os parâmetros foram comparados entre dois grupos com a versão do software SSPSs. RESULTADOS: As durações desde o primeiro minuto no tratamento intensivo até a temperatura da pele alcançar 36.5 graus Celsius foram significantemente mais longas no grupo de estudo (p=0,0001). TAC pré-operatório e pós-operatório não foram diferentes (p=0,312 e p=0,576 respectivamente). A menor temperatura do corpo não foi diferente (p=0,157). CONCLUSÕES: Nossos achados indicam que a temperatura da pele é importante no sangramento excessivo que leva à re-intervenção. Hipotermia pode ser o motivo ou a causa do sangramento.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Manduz,Sinasi Toktamis,Aydin Sapmaz,Ismail Dogan,Kasim

Procedimento de Lecompte para a correção de transposição das grandes artérias, associada à comunicação interventricular e obstrução de via de saída do ventrículo esquerdo

OBJETIVO: Avaliar o procedimento de Lecompte para a correção da transposição das grandes artérias associada à comunicação interventricular e obstrução da via de saída do ventrículo esquerdo (TGA, CIV e OVSVE) e apresentar os resultados no período pós-operatório intermediário e tardio. MÉTODO: Entre fevereiro de 1994 e julho de 2005, sete pacientes, com idade de 2 a 8 anos (mediana -M-: 3,0), portadores de TGA, CIV e OVSVE, foram submetidos a tratamento cirúrgico corretivo. Em seis casos, foi utilizado o procedimento de Lecompte. Esta técnica consiste na abordagem por ventriculotomia direita, ressecção ampla do septo conal e construção de um túnel ventricular conectando o ventrículo esquerdo à aorta; o caso restante apresentava obstrução da prótese valvulada implantada entre o ventrículo direito e a artéria pulmonar (VD-AP) e falência do VD e foi submetido à conversão no procedimento de Lecompte. RESULTADOS: Os tempos de CEC variaram entre 105 e 194 min (M: 130) e os tempos de anoxia entre 65 e 90 min (M: 78). Houve um óbito no pós-operatório imediato devido a coagulopatia, seguido de insuficiência ventricular direita. Os seis pacientes sobreviventes receberam alta hospitalar no período de 5 a 30 dias (M: 11) e permaneceram em acompanhamento entre 12 a 144 meses (M: 73,6). CONCLUSÃO: O procedimento de Lecompte teve como vantagens: 1 - Indicação cirúrgica em pacientes com menor faixa etária; 2 - Baixa morbi-mortalidade; 3 - Expectativa de acompanhamento a longo prazo, sem reoperação; 4 - Possibilidade de converter o procedimento de Rastelli em Lecompte.

Ano

2022-12-06T14:00:48Z

Creators

Maluf,Miguel Angel Catani,Roberto Silva,Célia Diógenes,Sueli Carvalho,Werther Carvalho,Antonio Buffolo,Enio