RCAAP Repository
A codificação do dolo eventual no movimento para a reforma do Código Penal italiano
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A educação popular em saúde: estudo integrativo da literatura
O presente estudo visa delimitar melhor o campo de produção teórica da educação popular em saúde, considerada como produto de formulações teóricas da educação aplicadas à saúde e, principalmente, como ferramenta para a participação social dos sujeitos organizados em movimentos sociais, disputando os rumos das políticas sociais no país. Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, que abrangeu as publicações nacionais no período de 2000 a 2012. Foram identificados 209 artigos. Contudo, 27 foram considerados de maior interesse por estarem relacionados ao tema da educação popular em saúde. Após adquirir as cópias e termos realizado a leitura dos artigos, foram selecionados apenas 11 artigos científicos produzidos pela comunidade acadêmica científica, publicados em território nacional sobre a educação popular em saúde. Os resultados apontaram que o periódico que publicou o maior número de artigos sobre a educação popular em saúde foi a Revista Atenção Primária à Saúde. Após o ano 2000, houve um crescente aumento de publicações. Os delineamentos de pesquisa mais frequentes foram abordagem metodológica qualitativa e quantitativa, estudos reflexivos e pesquisa-ação. O estudo indica por meio dos trabalhos publicados nos periódicos analisados que a educação popular em saúde é um processo dinâmico e complexo que é alterado por um conjunto de diversos fatores, fatores esses que influenciam diretamente na saúde da população. Pode-se dizer ainda, que a pesquisa nacional em saúde é recente e ainda está em construção, porém é necessário que as publicações em forma de artigo recebam mais atenção dos autores, editores, analistas e veículos de publicação para que o rigor evidencie a melhoria da qualidade das publicações. De forma geral, as reflexões que surgem no constante esforço de conhecer, aprender e poder serão sempre consideradas como temporárias e inacabadas.
Ação e contingência em A condição humana de Hannah Arendt
O objetivo deste artigo é examinar alguns aspectos da teoria da ação de Hannah Arendt à luz da noção de contingência. Centrando nossa análise no conceito de natalidade, mas também dando atenção ao conceito de imprevisibilidade da ação, pretendemos trilhar uma via que nos permita apreender certos traços distintivos de seu pensamento político.
Análise tribológica de conjugados (CrAl)N depositados por PAPVD sobre ferramentas de metal duro com diferentes rugosidades superficiais
Ferramentas de metal duro recobertas com CrAlN são usadas na indústria para usinagem de peças com alta dureza. A resposta ao desgaste destas ferramentas e suas implicações tribológicas quando alterado o perfil de rugosidade do substrato são objeto de estudo deste trabalho. Substratos de metal duro WC-Co (5%) foram lixados de modo a se obter três sistemas com rugosidades diferentes. Filme fino de revestimento de CrAlN foi depositado por PAPVD a uma espessura aproximada de 2,5mm. Foram feitos testes de desgaste pino sobre disco a uma velocidade linear de 0,21m/s (500rpm), carga de 40N e distância de deslizamento de 3.000m, usando como contracorpo esferas de Si3N4 de 6mm de diâmetro. Foi utilizada a técnica de perfilometria para caracterizar a rugosidade das amostras antes e depois do recobrimento. A mesma técnica foi utilizada para calcular o volume desgastado na trilha. Os resultados mostraram que o processo de desgaste é comandado por efeitos triboquímicos, envolvendo oxidação. Não foi evidenciada diferença significativa das taxas de desgaste entre os sistemas com rugosidade maior e menor, tanto para caso onde a severidade do ensaio foi maior quanto para condições menos severas de ensaio (carga de 15N e velocidade de 200rpm). O desgaste para o sistema polido foi associado ao perfil do tipo platô com alta densidade de picos por unidade de área superficial, que favorece a adesão de asperezas e um conseqüente mecanismo de desgaste severo, com surgimento de desgaste abrasivo devido a presença de partículas duras arrancadas do corpo de prova por fratura frágil. Foi constatada, por análises química e por microscopia óptica, a adesão de material da esfera na trilha e do corpo de prova na esfera.
Avaliação da utilidade diagnóstica da procalcitonina e da proteína C reativa em pacientes críticos com síndrome respiratória aguda grave e suspeita de infecção pelo vírus influenza H1N1 2009
Na vigência de uma pandemia de gripe, existe dificuldade em se diferenciar, à admissão do paciente no centro de terapia intensiva, se o quadro de insuficiência respiratória aguda é causado pelo vírus influenza ou por outros agentes infecciosos, ou ainda se se trata de um processo não infeccioso. O objetivo do presente estudo foi avaliar a utilidade da procalcitonina e da proteína C reativa na identificação etiológica e na caracterização da gravidade em pacientes internados no CTI com síndrome gripal aguda grave e suspeita de infecção pelo vírus influenza A H1N1 pândemico. Adicionalmente, avaliou-se o comportamento de quatro citocinas (fator de necrose tumoral-, interferon-, interleucina-1 e interleucina-10) nesse pacientes. Todos os biomarcadores foram dosados à admissão, e nos dia 3, 5 e 7 da internação em 35 pacientes internados no centro de terapia intensiva de dois hospitais universitários, com infecção suspeita pelo vírus 2009 influenza A H1N1. Três grupos foram constituídos: (i) 12 (34.3%) pacientes com infecção confirmada pelo 2009 influenza A H1N1; (ii) 6 (17.1%) pacientes com influenza sazonal; e (iii) 17 (48.6%) pacientes com swabs negativos para vírus influenza. Os níveis de procalcitonina à admissão (p=0,005) e no terceiro dia (p=0,015), e de proteína C reativa no terceiro dia (0,024), encontravam-se elevados nos pacientes com infecção confirmada pelo 2009 influenza A H1N1 comparados aos dois outros grupos estudados. Considerando-se as citocinas avaliadas, o nível sérico de interleucina-1 à admissão mostrou-se mais elevado nos pacientes com infecção pelo 2009 influenza A H1N1 em relação aos outros grupos (p=0,014). A proteína C reativa nos dias 3, 5 e 7 (p= 0,047, p=0,012 e p=0,008, respectivamente) e a procalcitonina nos dias 5 e 7 (p=0,019 e p=0,001, respectivamente) apresentaram níveis mais baixos nos pacientes que sobreviveram. Em conclusão, observou-se níveis mais altos de procalcitonina, proteína C reativa e interleucina 1 nos pacientes críticos com síndrome respiratória aguda grave causada pelo influenza A H1N1 em comparação aos pacientes com insuficiência respiratória por outra etiologia. Considerando-se toda a população estudada, os níveis de procalcitonina nos dias 5 e 7, e de proteína C reativa nos dias 3, 5 e 7 após a admissão associaram-se à mortalidade intra-hospitalar.
Absenteísmo-doença entre profissionais da enfermagem atuantes na urgência e emergência: estudo transversal em hospital público de Belo Horizonte - MG
Absenteísmo é entendido como a falta do empregado ao trabalho, e na equipe de enfermagem está diretamente ligado às condições de trabalho, refletindo na qualidade da assistência prestada e na saúde destes trabalhadores. Este trabalho teve por objetivo geral estimar a prevalência do absenteísmo-doença entre profissionais da Enfermagem atuantes na urgência e emergência de um hospital público, bem como investigar os fatores associados ao absenteísmo-doença. Trata-se de uma pesquisa descritiva e analítica, documental contemporânea, com abordagem quantitativa e de caráter transversal. A população foi a equipe de enfermagem do setor de urgência/emergência (Pronto Socorro), abordada por meio de censo, e composta por 294 profissionais, sendo 237 de nível fundamental/médio e 57 de nível superior. Os dados foram coletados por meio de prontuários funcionais dos trabalhadores do pronto socorro e analisados com o auxílio do programa Microsoft® Excel e IBM SPSS- Statistical Package for the Social Science - versão 12 e tratados por meio de estatística descritiva, testes estatísticos (Qui-quadrado de Pearson e teste não paramétrico de Mann-Whitney) e modelos de regressão logística. Foram obtidos os resultados: 69% (I.C. 95% = [63%; 74%]) da população estudada teve pelo menos uma solicitação de licença médica no ano de 2016, e os seguintes grupos apresentaram maior chance de absenteísmo, de acordo com o modelo de regressão logística utilizado: técnicos de enfermagem, indivíduos mais jovens na faixa etária 21 a 30 anos, que possuem filhos, os que recebem maior remuneração, vínculo empregatício de estatutário e os que trabalham no subsetor pronto atendimento. Os grupos de doenças mais prevalentes de acordo com o CID 10 foram às doenças do aparelho respiratório, doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo, algumas doenças infecciosas e parasitárias e fatores que influenciam o estado de saúde e o contato com os serviços de saúde, Ao analisar o índice de absenteísmo para equipe de enfermagem no serviço de urgência e emergência em questão, verificou-se que o mesmo foi de 8,0, sendo considerado pela literatura um elevado índice. Os meses que geraram maior número de dias de afastamento foram julho e setembro e, em relação aos dias da semana que mais tiveram afastamentos, foram quintas e sextas-feiras. Os resultados desta pesquisa poderão contribuir para discussão e reflexão acerca do objeto de estudo, visando diminuir os impactos negativos do absenteísmo que incidem sobre os gestores, trabalhadores e usuários dos serviços de saúde. Conclui-se que a análise do absenteísmo pode contribuir para fornecer informações sobre o estado de saúde dos trabalhadores da enfermagem, bem como ser um indicador para gestores no que se refere à satisfação profissional e identificar condições de trabalho que levam ao mesmo.Palavras Chaves: Absenteísmo. Enfermagem. Urgência e Emergência. Serviços Médicos de Urgência.
Notificação de morte encefálica: fatores facilitadores e dificultadores
Introdução: Nos últimos anos, os avanços tecnológicos propiciaram a melhoria do suporte clínico em UTI, levando a manutenção das principais funções vitais por tempo indeterminado, mesmo diante da morte do encéfalo. Tal avanço acarretou uma mudança no conceito de morte, que tradicionalmente significava a parada das funções cardiovascular e respiratória. Porém, de acordo com estudos jádesenvolvidos, a notificação de morte encefálica por parte das equipes hospitalares ainda é falha. Objetivo: Identificar os fatores facilitadores e dificultadores da notificação de morte encefálica Delineamento: Estudo secundário e teórico. Revisão integrativa Método e etapas: População selecionada através de busca bibliográfica na base de dados da BVS e indicação de especialistas. Escolha da amostra após leitura detalhada de todos os trabalhos encontrados na população, sendo eleitos aquelesque responderam ao tema abordado no trabalho. Elaboração de quadros sinópticos, análise e discussão dos resultados. Resultados e discussão: Dos fatores facilitadores da notificação de ME, acapacitação das equipes de saúde foi identificada em 65% dos trabalhos analisados. Os demais fatores facilitadores foram sugeridos pelos autores, sendo que a revisão do currículo escolar e a realização de mais pesquisas área foram identificados em 25% dos trabalhos e a implementação de métodos para a realização do diagnósticode ME precoce, a obrigatoriedade de notificação da suspeita de ME e a realização de auditoria de óbitos foi identificada em 12,5% dos trabalhos. Dentre os fatores dificultadores da realização do diagnóstico de ME, a falha no diagnóstico de ME e o desconhecimento da legislação em transplantes foram identificados em 75% dos estudos analisados. Os fatores pessoais (religiosos e culturais) e o descompromissocom o tema transplantes de órgãos foram identificados em 62,5% dos trabalhos e a sobrecarga de trabalho juntamente com a escassez de recursos nos hospitais foram identificados em 25% dos trabalhos.Considerações Finais: Os fatores dificultadores da notificação de ME foram encontrados em uma maior porcentagem e com maior prevalência entre os estudos do que os fatores facilitadores; os dados indentificados revelam a necessidade de se realizar mais investigações sobre o tema ME, ainda tão recente, obscuro e subjetivo para muitos profissionais de saúde e também para a população em geral.
Os efeitos da fadiga nos membros inferiores em indivíduos com diferentes níveis de assimetria de força
Entender a cinética da fadiga nos membros inferiores (MMII) frente a um protocolo de fadiga de saltos verticais com contramovimento (SCM), e se esse efeito é comum entre grupos com diferentes níveis de assimetria de força pode fornecer importantes subsídios para o âmbito do treinamento esportivo. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo o objetivo contribuir com a melhor compreensão da cinética da fadiga nos MMII, separadamente e na assimetria, em parâmetros dinâmicos e cinemáticos do SCM e na temperatura da pele. Participaram do presente estudo 27 indivíduos do sexo masculino. Todos os indivíduos foram avaliados na realização do SCM antes e após (imediatamente, 24h e 48h) a realização de um protocolo de fadiga. Foram extraídas do SCM variáveis dinâmicas (pico de força, tempo para atingir o pico de força, pico de impacto, tempo para atingir o pico de impacto, pico de potência, taxa de produção de força, impulso total, impulso positivo e impulso negativo) e cinemáticas para as articulações do quadril, joelho e tornozelo (deslocamento angular até o ponto mais baixo do centro de massa (CM), pico de velocidade de extensão, pico de velocidade de flexão, momento angular no ponto mais baixo do CM e pico de potência angular). A fadiga foi induzida pela realização de um protocolo de 100 SCM, divididos em cinco séries de 20 tentativas com um intervalo de 30 s entre as séries. Para verificar se os indivíduos estavam em fadiga foram coletadas as seguintes variáveis: altura do salto, frequência cardíaca e percepção subjetiva do esforço. Para verificar a cinética da fadiga foram avaliados os danos musculares e seu posterior processo inflamatório pelas seguintes variáveis: concentração sanguínea de creatina quinase ([CK]) e a média da temperatura da pele obtida por imagens termográficas. Os SCM para a extração das variáveis, e posterior cálculo da assimetria foram realizados antes, imediatamente, 24h e 48h após a realização do protocolo de fadiga, assim como as medidas relacionadas aos danos musculares também foram realizadas nesses momentos. As comparações foram feitas entre MMII, grupos e momentos, e entre grupos e momentos para a assimetria. Para o comportamento dos MMII de maneira independente, apenas o pico de potência, impulso, impulso positivo, pico de velocidade de extensão do joelho, deslocamento angular do tornozelo e pico de velocidade de flexão plantar apresentaram interação significativa (p < 0,05). As outras variáveis apresentaram efeito de membro ou momento (p < 0,05), ou não apresentaram nenhum resultado significativo. Em relação à assimetria, apenas o deslocamento angular do quadril apresentou interação significativa (p < 0,05). As outras variáveis apresentaram apenas efeito de grupo ou momento (p < 0,05), ou não apresentaram nenhum resultado significativo. Com os resultados do presente estudo é possível concluir o pico de potência e o impulso total parecem ser as variáveis mais sensíveis para avaliar os efeitos da fadiga nos MMII e nos níveis de assimetria. E que tanto os MMII quanto os grupos com diferentes níveis de assimetria de força não apresentam o mesmo comportamento após a realização do protocolo de fadiga de 100 SCM.
Comparação de medições auditivas entre os dois laboratórios
Este trabalho refere-se a um estudo comparativo entre os resultados das medições audiométricas de 100 trabalhadores realizadas pelo departamento médico de uma empresa do ramo automotivo e os exames realizados em um laboratório certificado pelo SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. De acordo com a norma NR 7 e por meio de análises estatísticas, identificamos falhas nas medições realizadas na empresa. Utilizamos o teste estatístico T de Student para amostras pareadas para comparar os resultados e observamos que os resultados da empresa são sobrestimados em relação ao laboratório.
Avaliação do desempenho de ferramentas de metal duro e cermet no torneamento do aço ABNT 1045
FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais
Validação para o brasil do escore "LARS" de avaliação da síndrome pós-ressecção anterior do reto
INTRODUÇÃO: A população com distúrbios funcionais do intestino emdecorrência das operações para o tratamento do câncer retal tem aumentado nas últimas décadas. Alterações anatômicas e funcionais após a retirada do reto provocam aumento da frequência evacuatória, urgência evacuatória, evacuações múltiplas e incontinência para fezes ou flatos, caracterizando a síndrome da ressecção anterior baixa (SRAB) ou LARS low anterior resection syndrome. Em 2012 foi publicado o escore LARS para a avaliação da função intestinal após as operações para tratamento do câncer retal, ainda não validado no Brasil. OBJETIVOS: Realizar a tradução, adaptação cultural e validação do escore LARS para o Brasil. MÉTODOS: A tradução e adaptaçãocultural do escore LARS para a língua portuguesa brasileira seguiu asrecomendações internacionais da World Health Organization e European Organization for Research and Treatment of Cancer (EORTC). O questionário foi respondido por 127 pacientes. A validade convergente foi verificada por meio da comparação do escore LARS com a versão brasileira do questionário de qualidade de vida EORTC QLQ-C30 e com a qualidade de vida relatada pelos pacientes. A validade discriminativa do escore foi investigada, comparando grupos de pacientes nos quais se espera pior resultado funcional devido aos mecanismos da LARS. As reprodutibilidades intraobservador e interobservadores foram avaliadas em respectivos subgrupos de 36 e 31 pacientes, que responderam ao questionário novamente. RESULTADOS: A versão brasileira do escore LARS evidenciou correlação com cinco dos seis itens do EORTC QLQ-C30 analisados (p < 0,05) e concordância total com a qualidade de vida relatada pelos pacientes em 95,3% dos casos. O escore LARS foi capaz de discriminar sintomas, mostrando piores resultados funcionais nos pacientes com pior qualidade de vida, submetidos a rádio equimioterapia pré-operatórias, com tumores até cinco centímetros da borda anal e quando foi realizada a excisão total do mesorreto (p < 0,001). Na avaliação da reprodutibilidade intraobservardor (p = 0,8) e interobservadores (p = 0,2) não houve diferença entre as duas aplicações do escore, com coeficientes de correlação intraclasse de 0,94 e 0,92, respectivamente. CONCLUSÃO: A versão brasileira do escore LARS é um instrumento de fácil execução para avaliação da função intestinal e possui validade convergente, discriminativa e reprodutibilidade adequadas para sua validação.
Efeito do exercício físico na capacidade funcional de idosos acima de 75 anos
Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos terapêuticos do exercício físico sobre a capacidade funcional de idosos com idade ou média de idade igual ou superior a 75 anos residentes na comunidade. Foi realizada uma revisão sistemática nos bancos de dados MEDLINE, PEDro, Lilacs e Sciello, dos estudos publicados até agosto de 2010. Foram excluídos estudos conduzidos com idosos hospitalizados ou institucionalizados e que envolvessem grupos de indivíduos com doenças específicas. Foram encontrados 218 artigos nas bases de dados MEDLINE, desses, apenas 3 cumpriram todos os critérios de inclusão e exclusão; na base de dados PEDro, foram encontrados um total de 138 artigos, sendo que apenas 5 foram selecionados e um deles já havia sido selecionado pelo MEDLINE. Não foi encontrado nenhum artigo nas demais bases de dados pesquisadas. Houve uma grande variabilidade em relação ao tipo de intervenção utilizada e aos desfechos de capacidade funcional analisados. Foi verificado um total de nove diferentes tipos de intervenções. São poucos os estudos que investigam os efeitos de atividades físicas na capacidade funcional de idosos em idade mais avançada e que apresentem boa qualidade metodológica dificultando estabelecer consenso ou conclusões sobre a eficácia das propostas terapêuticas.
Protocolo de organização do Serviço de Saúde Bucal do município de Pirapora - MG
A construção do presente protocolo visa padronizar as rotinas de trabalho, procedimentos clínicos e os fluxos de trabalho em unidades básicas de saúde. O objetivo deste trabalho é melhorar as condições de saúde bucal da população, através da expansão do acesso e organização da demanda. O planejamento das ações está voltado para os ciclos de vida, buscando a obedecer e respeitar os princípios da atenção primária à saúde, capacitando profissionais para prestar atenção a todos os usuários ao longo das suas vidas, estar ciente das especificidades de cada fase ou condição sistêmica, não esquecendo as especificidades de cada indivíduo. Apoio ao autocuidado será o foco principal de todas as ações, sempre buscando aumentar o vínculo entre o pessoal de saúde, usuários e familiares, além de prestar atenção integral em saúde. Este protocolo é dinâmico e pode ser alterado sempre que necessário.
The Kurosh Subgroup Theorem for profinite groups
A profinite graph is a profinite space with a graph structure, i.e., a closed set named the vertex set and two continuous incidence maps d0; d1 V (). A profinite group G can act on a profinite graph and G is called the quotient graph by the action of G. If G acts freely, the map G is called a Galois covering of the profinite graph and the group G the associated group of this Galois covering. We can also define a universal Galois covering, where the associated group with this covering is the fundamental group of the profinite graph , denoted by C1 . We give an original proof of the Nielsen-Schreier Theorem for free profinite groups over a finite space, which states that every open profinite subgroup of a free profinite group on a finite space is a free profinite subgroup on a finite space using these aforementioned structures. We also define a sheaf of pro-C groups, the free pro-C product of a sheaf and use it to define a graph of pro-C groups and the fundamental group of a graph of pro-C groups in a similar manner we did previously. The analogue of the universal Galois covering is named the standard graph, denoted by SC(G;). Finally we show that the free product of pro-C groups can be seen as the fundamental group of a graph of pro-C groups and use this fact to prove the Kurosh Subgroup Theorem for profinite groups, the main result of this thesis.
Caracterização e gênese do minério de manganês do depósito da Mina Fazenda dos Penas, borda oeste da Serra do Espinhaço Meridional, MG
O depósito de manganês da Mina Fazenda dos Penas, situado na borda oeste da Serra do Espinhaço (MG), está hospedado em uma unidade filítica do Grupo Macaúbas (localmente Unidade C). Os minérios de manganês do depósito são classificados conforme suas características texturais, mineralógicas e geoquímicas em quatro tipos: minério duro, brecha de minério, minério pulverulento e minério ferro-manganesífero. O minério duro é azul escuro, compacto, maciço, composto por pirolusita, criptolomelana e quartzo, com teor de MnO2 variando entre 47% a 63%. A brecha de minério é composta por quartzo, pirolusita, criptolomelana e muscovita, com teor de MnO2 entre 23% e 47%. O minério pulverulento é azul escuro a preto, com teor de MnO2 entre 47% e 72%, é constituído por pirolusita, criptolomelana e quartzo. O minério ferro-manganesífero é maciço ou pode ser formado por seixos de quartzito, filito, quartzo de veio e minerais de manganês, cimentados por minerais lateríticos, o teor de MnO2 está entre 3% e 30%, os minerais constituintes são quartzo, goethita, pirolusita, criptolotnelana e muscovita. O processo de formação do depósito está relacionado a três sistemas: sedimentar, hidrotermal e supergênico. O sistema sedimentar iniciou-se com a deposição de sedimentos marinhos finos com teores anômalos em manganês. O filito que hoje representa esses sedimentos possui texturas tal como, minerais de manganês envolvidos pela foliação, que sugere o enriquecimento da rocha em manganês antes do metarnorfismo. O sistema hidrotermal está ligado diretamente à evolução das falhas normais oblíquas (relacionadas à fase transtensional regional), que permitiram escape de fluidos para locais de menores pressões. A relação de intercrescimento dos minerais de manganês e quartzo de veio também sugere componente hidrotermal na participação da formação do depósito. O sistema supergênico contribui na formação da jazida concentrando minerais de manganês, que é bem marcada pela textura botrioidal dos minerais indicando precipitação em gel, principalmente em zonas de fraturas e falhas.Dados geoquímicos de minério indicam que o processo mineralizador é resultado da interação entre fluidos hidrotermais e águas meteóricas.
Desafios e estratégias na abordagem do problema da violência pela equipe de saúde da família
A violência é considerada hoje um problema de saúde pública que tem afetado a população brasileira e também a área de saúde. Neste contexto destacam-se os profissionais do Programa de Saúde da Família, que, em sua implantação, privilegiou áreas de maior risco social. Este trabalho teve como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre a temática da violência e saúde, a partir do diagnóstico situacional de uma Equipe de Saúde da Família do Município de Ibirité-MG, além de propor estratégias para o enfrentamento desse problema a fim de viabilizar o processo de trabalho dos profissionais de saúde da família. Os resultados obtidos sugerem estratégias de formação de parcerias da área de saúde com diversos setores, participação comunitária no planejamento em saúde, abordagem multiprofissional e interdisciplinar, criação de vínculo com a comunidade e investimento em capacitação profissional.
Reconstituição da vegetação e do clima do Chapadão dos Gerais durante o Holoceno, a partir da análise palinológica da vereda Laçador
A análise palinológica de um testemunho sedimentar coletado em uma vereda, denominada Vereda Laçador, em Buritizeiro (MG), resultou na elaboração de um modelo de evolução paleoambiental para o Holoceno da região do Chapadão dos Gerais, no Bioma Cerrado. As veredas, locais onde há deposição de turfa, constituem ambientes propícios para a preservação de palinomorfos. A análise do testemunho coletado na Vereda Laçador possibilitou a recuperação de cento e trinta e nove tipos de palinomorfos (20 elementos de fungos, 6 zigósporos de algas, 1 palinomorfo Incertae sedis, 9 palinomorfos não identificados, 3 zooclastos, 2 esporos de Briófitas, 16 esporos de Pteridófitas, 1 grão de pólen de Gimnosperma e 79 grãos de pólen de Angiospermas). A análise estatística, feita pelos programas Tilia, Tiliagraph e Coniss, da distribuição dos palinomorfos ao longo do perfil de idade holocênica, revelou a ocorrência de mudanças na vegetação, possibilitando a inferência de modificações no clima da região com base na identificação de quatro palinozonas. Estas palinozonas foram denominadas da base para o topo do perfil: LAÇ1 (11.370 + 70 14C anos AP a 10.134 anos AP (idade interpolada)); LAÇ2 (10.134 anos AP a 8.830 anos AP (idades interpoladas)); LAÇ3 (8.830 anos AP a 6.320 anos AP (idades interpoladas)); LAÇ4 (6.320 anos AP (idade interpolada) a 1.440 + 15 14C anos AP). Na época do início da deposição, em 11.370+70 anos AP, no local da vereda havia uma turfeira com presença da briófita Sphagnum, das ervas Drosera e Xyris e ocorrência restrita de Mauritia flexuosa (a palmeira buriti). Ao redor da turfeira, a vegetação predominante era o Campo Limpo e nas Matas de Galeria, predominavam táxons montanos. Neste período, início do Holoceno, as temperaturas eram mais baixas que as atuais. No entanto, a partir de aproximadamente 11.190 anos AP (idade interpolada) e até 10.130 anos AP (idade interpolada), as temperaturas aumentaram, a umidade também, e houve uma grande expansão na ocorrência do buriti, caracterizando o desenvolvimento da vereda. No chapadão, desenvolveu-se uma vegetação savânica do tipo Cerrado sensu stricto, com o predomínio de táxons arbóreos típicos do Cerrado. Entre aproximadamente 10.130 anos AP (idade interpolada) e 9.428 anos AP (idade interpolada), a vereda se transformou em um pântano devido a uma queda na temperatura e ao início de uma tendência de diminuição da umidade. Matas de Galeria Inundáveis, com táxons adaptados ao clima frio, habitavam as margens do pântano e dos córregos e no entorno, uma vegetação do tipo Cerrado sensu stricto ralo estava presente. As condições climáticas se tornaram ainda mais frias por volta de 9.250 anos AP, levando ao aumento na ocorrência de táxons montanos nas Matas. Depois de 8.900 anos AP, o clima se tornou mais seco, gerando o ressecamento parcial do pântano, e ocasionando uma baixa preservação dos palinomorfos. Entre 8.330 anos AP e 6.320 anos AP (idades interpoladas), a umidade voltou a aumentar no Chapadão dos Gerais e ocorreu uma grande expansão da vereda. Neste período o clima foi provavelmente mais quente e mais úmido que o atual, e a vegetação que se desenvolveu no entorno da vereda era X novamente do tipo Cerrado sensu stricto. Posteriormente, entre 6.320 anos AP (idade interpolada) e 1.440 anos AP, condições mais secas voltaram a predominar. Neste período, a estação seca era provavelmente mais longa, com cerca de seis meses de duração, possibilitando a ocorrência de elementos arbóreos típicos da Caatinga na região do Chapadão dos Gerais. O testemunho sedimentar não abrangeu períodos mais recentes que 1.440 anos AP. As características climáticas apontadas pelas quatro palinozonas do testemunho da Vereda Laçador foram comparadas com outros registros palinógicos do Bioma Cerrado e outros biomas adjacentes: a ocorrência de condições climáticas mais frias que as atuais no início do Holoceno é corroborada por vários outros registros palinológicos; as condições predominantemente semi-úmidas entre 11.190 anos AP e 6.320 anos AP encontradas no estudo da Vereda Laçador diferem de alguns sítios, como as veredas de Águas Emendadas e de Cromínia, onde um clima semi-árido se estabeleceu neste período; na Vereda Laçador, o período de clima seco, associado a um resfriamento, foi bem mais curto que nestas duas localidades e as condições gerais do clima neste período se assemelham mais àquelas encontradas em sítios situados mais ao sul, como a Lagoa de Serra Negra e Salitre, e também com as condições descritas para a região do Rio Icatu, na Bahia. O estabelecimento, na Vereda Laçador, de condições mais secas depois de 6.320 anos AP, e principalmente a partir de 2.140 anos AP, se assemelha ao padrão climático encontrado no Rio Icatu, na região da Caatinga, onde condições semi-áridas se instalaram no final do Holoceno e difere de registros da região de Goiânia e do Distrito Federal, no Cerrado, onde as condições se tornaram mais úmidas neste mesmo período.
Frutos na terra ou a educação pela sensibilidade
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Segregação econômica em um grande centro urbano: disparidades no consumo e no ambiente alimentar
CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico