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Perfuração retal incompleta após enema opaco: relato de caso
O enema opaco, apesar de atualmente apresentar indicações restritas, continua útil na propedêutica radiológica do cólon. A perfuração colorretal é a mais grave complicação do enema opaco, ocorrendo em 0,02 a 0,23% dos exames realizados, com taxa de mortalidade de até 50%. É relatado caso de paciente masculino, 40 anos, há dois meses apresentou dor anal intensa e sangramento durante a realização de enema opaco para investigação etiológica de constipação, com melhora espontânea após um mês. Ao exame proctológico constatou-se infiltração da margem anal, submucosa do canal anal e reto extraperitoneal por sulfato de bário, sem locais de perfuração. O enema opaco trazido pelo paciente e a radiografia simples de pelve após dois meses do exame mostravam perfuração retal incompleta por sulfato de bário. Optado por observação clínica e intervenção cirúrgica se houver complicação. Atualmente o paciente segue em acompanhamento ambulatorial, permanecendo assintomático há 15 meses.
2010
Batista,Rodrigo Rocha Castro,Carlos Alberto Torres de Pincinato,André Luigi Albuquerque,Idblan Carvalho de Formiga,Galdino José Sitonio
Leiomiossarcoma perineal: relato de caso e revisão da literatura
Lemiossarcomas são neoplasias malignas que se originam no músculo liso. Quando presentes na região perineal são agressivos e o tratamento cirúrgico mais adequado ainda não está bem definido. Os autores relatam o caso de uma paciente jovem, sexo feminino, com sintomatologia de nodulação perineal há oito meses. Ao exame físico apresentava abaulamento em região perineal esquerda, onde palpava-se massa fibroelástica de aproximadamente 10 cm de diâmetro. Ressonância nuclear magnética mostrava volumosa formação sólida de contornos regulares em região perineal à esquerda sem sinais de infiltração perilesional. O tratamento realizado foi a excisão com margens amplas. A paciente encontra-se em acompanhamento ambulatorial, sem sinais de recidiva local.
2010
Lima,Meyline Andrade Pozzobon,Bárbara Heloisa Zanchetta Fonseca,Marcus Fabio Magalhães Horta,Sérgio Henrique Couto Formiga,Galdino José Sitonio
Linfoma primário de cólon: relato de caso
O linfoma colorretal primário é uma doença rara (0.2 a 0.6% de todas as neoplasias colônicas), apresentando pior prognóstico quando comparado com o linfoma gástrico primário ou com o adenocarcinoma do cólon. É uma doença com sintomatologia inespecífica, o que dificulta o diagnóstico precoce. O objetivo deste relato é mostrar um caso de linfoma primário do cólon, revisar critérios diagnósticos e tratamento.
2010
Luporini,Rafael Luís Roma Júnior,Antonio Carlos Almeida,Elaine Cristina Henrique Marciano,Marcelo Rodolfo Sipriani,Luiz Vagner Gonçalves Filho,Francisco de Assis Carvalho,Alexandre Lopes de Melo,Marcelo Maia Caixeta Ronchi,Luís Sérgio Cunrath,Geni Satomi Netinho,João Gomes
Melanoma de canal anal simulando doença hemorroidária: relato de caso
O Melanoma Anorretal é um tumor maligno raro com a possibilidade de simular uma doença anorretal, tornando o diagnóstico difícil. Tem baixos índices de cura e elevados índices de mortalidade em curto prazo. Os autores descrevem um caso de melanoma de canal anal cuja interpretação por parte do paciente tratava-se de uma doença hemorroidária que exteriorizava às evacuações. Os autores fazem uma extensa revisão da literatura dando ênfase aos sintomas e a melhor opção terapêutica a ser instituída.
2010
Gama,Lorena Reuter Motta Clara,Rafael Coimbra Gama,Pedro Luciano Almeida Nogueira da Zambom,Aline Cruz e Sousa Ribeiro,Flávia Lemos Moura Loureiro,Giovanni José Zucoloto Gama,Luciano Pinto Nogueira da Gama,Rossini Cipriano
Utilidade da citologia anal no rastreamento dos homens heterossexuais portadores do HPV genital
Os papilomavírus humanos (HPV) de alto risco estão fortemente relacionados à etiologia do carcinoma espinocelular (CEC) anogenital e suas lesões precursoras. O HPV-16 é o tipo mais freqüente, estando presente em até 87% dos CEC do canal anal HPV-positivo. Apesar de ser relativamente raro, vem sendo cada vez mais diagnosticado, nas últimas décadas, sobretudo em indivíduos do sexo masculino. A incidência é ainda mais elevada nos grupos considerados de risco, particularmente, os homens e as mulheres HIV-positivo e os homens que fazem sexo com homens (HSH). Grande parte das pesquisas direcionadas à infecção anal pelo HPV e sua relação com neoplasia intraepitelial-anal (NIA) e com o carcinoma esteve focada nos grupos de risco. Pouco interesse vem sendo destinado à investigação dos homens heterossexuais. Estudos epidemiológicos da prevalência da infecção pelo HPV em homens, mostraram que os heterossexuais masculinos apresentavam infecção anal pelo HPV em até 12%. As Sociedades médicas e os especialistas recomendam o rastreamento dos portadores de imunodepressão e dos HSH com citologia do raspado do canal anal. Entretanto, até o momento, não há recomendação de rastreamento para homens que fazem sexo com mulheres.
2010
Marianelli,Raphael Nadal,Sidney Roberto
Preparo do intestino grosso para a coloscopia: usos, abusos e idéias controversas
O uso rotineiro do exame coloscópico para avaliação, diagnóstico e procedimentos terapêutico das doenças dos cólons e do reto, bem como para rastreamento e prevenção do câncer colorretal, seja em pessoas jovens portadores de doenças reconhecidamente pré-malignas ou em pessoas acima do 50 anos de idade, tem sido considerado um dos mais bem sucedidos projetos de saúde pública de extensão mundial. A fácil aceitação se deve a três principais fatores: primeiro, à adequação técnica e evolução dos aparelhos e a segurança do exame; segundo, ao desenvolvimento prático das habilidades do examinador e, terceiro, a magnificência da imagem revelando amplo acesso às finas características da mucosa, com critérios abrangentes para o diagnóstico. Nesse contexto, o preparo necessário para o resultado expressivo que se intenta tornou-se a parte pior ou menos tolerável da coloscopia, razão pela qual o que está em discussão atualmente é a necessária busca com o objetivo de se encontrar um método de preparo, rápido, eficiente, barato, agradável e, principalmente seguro. Nos últimos 40 anos, entre as várias fórmulas - mecânicas e farmacológicas - com diferentes associações de drogas laxativas, tem sido possível destacar três produtos que, pelo menos por algum tempo, foram referências mundiais na limpeza dos cólons que antecede a coloscopia. São eles: primeiro, a solução de manitol a 10% - descartado por causa de acidentes explosivos; segundo, as soluções de polietileno glicol (PEG), depreciado por conta da exigência da ingestão oral de grandes volumes, pelos consequentes distúrbios do equilíbrio hidroeletrolítico e pela rejeição por parte do paciente; e, o terceiro, o fosfato de sódio (NaP) que poderia parecer ideal, mas vem recebendo críticas veementes por causa de seus efeitos colaterais, mormente os nefrotóxicos. Não está em jogo a eficácia desses três produtos, mas a segurança que deveria determinar seus usos indiscriminados para propiciar as melhores condições para os mais adequados exames. Estamos diante de um impasse: o manitol, mundialmente proscrito, continua sendo indicado entre nós, sem causar problemas, num esquema posológico diferente do que foi usado no passado e que influenciou os acidentes. Por outro lado, a industria farmacêutica não conseguiu popularizar o PEG; o NaP, fabricado para uso retal, substituiu os antecessores com limpeza eficiente, mas com ações lesivas significativas, principalmente renais. Assim, o que nos resta é resgatar o manitol - demonstrar por meio de um estudo prospectivo, casualizado, que o manitol a 10% ingerido pelo menos até 4 horas antes da coloscopia é totalmente inócuo para o procedimento de diagnóstico e de terapêutica.
2010
Santos Jr,Julio César M
Ligasure Hemorrhoidectomy, Versus Stapled Hemorrhoidopexy: a prospective, randomized Clinical Trial
No summary/description provided
2010
Pandini,Luis Cláudio
Single-Port laparoscopic total colectomy for medically uncontrolled colitis
No summary/description provided
2010
Pandini,Luis Cláudio
Tract Length predicts successful closure with anal Fistula plug in Cryptoglandular Fístulas
No summary/description provided
2010
Pandini,Luis Cláudio
MRI afher chemoradiotherapy of rectal câncer: a useful tool to select patients for local excision
No summary/description provided
2010
Pandini,Luis Cláudio
Perfil da clientela estomizada residente no município de Ponte Nova, Minas Gerais
Um estoma pode ser um sério limitador da qualidade de vida de pessoas obrigadas a conviver com essa condição. Conhecer os aspectos demográficos e clínicos de pessoas assistidas por programas de atenção ao estomizado é essencial para o estabelecimento de protocolos assistenciais visando à melhoria do cuidado prestado. Trata-se de estudo descritivo, visando caracterizar os pacientes estomizados residentes em uma cidade de Minas Gerais e inseridos no Programa de Atenção à Pessoa Ostomizada do local, no período de 1994 a 2006. A amostra foi constituída por 12 pacientes, todos colostomizados, com diagnóstico inicial, em ordem de ocorrência, de câncer de reto, de fístula vesicorretal e de câncer pélvico com acometimento das alças intestinais. Complicações no estoma ou na pele ao redor deste foram observadas em 66,1% da amostra, e 58,30% dos pacientes estavam estomizados há dois anos ou mais. Os pacientes relataram alterações nos aspectos físicos e emocionais após a realização do estoma, interferindo em sua qualidade de vida. Constatou-se, porém, que para a maioria dos pacientes, o programa é considerado apenas um centro de concessão de dispositivos. Os mesmos desconhecem o papel da equipe multidisciplinar na recuperação e reabilitação precoces.
2010
Fernandes,Rafaela Magalhães Miguir,Eline Lima Borges Donoso,Terezinha Vieccelli
Indicação da anuscopia de alta resolução e citologia anal na prevenção de HPV e câncer colorretal em pacientes portadores de HIV
OBJETIVO: Rastreamento do papilomavírus humano (HPV) assim como sua correlação com a neoplasia anorretal nos pacientes portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV) por meio da anuscopia de alta resolução (AAR) e da citologia anal. MÉTODOS: Desenvolvemos um estudo observacional, transversal e duplo-cego em que participaram 31 pacientes portadores do HIV independente de queixas proctológicas. Os pacientes foram submetidos à AAR e citologia anal cujas lâminas foram enviadas ao setor de anatomia patológica para coloração e posterior análise. RESULTADOS: Verificamos 22 pacientes do sexo masculino e 9 do sexo feminino entre 20 e 67 anos. Dos 31 analisados, quatro encontravam-se em estágio de imunodepressão, 23 utilizavam terapia antirretroviral, 16 com passado de sexo anal receptivo e 12 com passado de condiloma acuminado. À AAR 11 pacientes tinham alterações e 7 foram confirmados pela citologia. Verificamos ainda oito pacientes com alterações à citologia os quais possuíam ausência de alterações à AAR. À citologia apresentaram três células escamosas atípicas de significância (Ascus, do inglês atypical squamous cells of undetermined significance), cinco com paraceratose e/ou hiperceratose, seis lesões intraepiteliais de baixo grau e uma lesão intraepitelial de alto grau. CONCLUSÃO: Sugerimos a utilização da AAR aliada à citologia anal para rastreamento nos pacientes portadores do HIV, visto que esses exames complementam-se para a detecção de lesões que estejam relacionadas ao câncer anorretal.
2010
Silva,Hugo Leonardo Madeiro Arcanjo Batista,Leandro Valério Costa Moura,Luciane de Lima Tavares Júnior,Luís Carlos Vieira Aroucha,Juliana Belo,Sandra Gico Lins Neto,Manoel Álvaro
Modelo computacional para o gerenciamento de dados e exames de pacientes para o acompanhamento remoto por meio de conferência multimídia
OBJETIVO: Desenvolver um modelo computacional para aquisição, gerenciamento e armazenamento de dados e exames de pacientes, e definir uma arquitetura de conferência multimídia para o acompanhamento remoto de exames. MATERIAIS E MÉTODOS: Definiu-se uma arquitetura computacional para a aquisição de exames a partir de equipamentos hospitalares, e para o armazenamento e gerenciamento de dados e exames de pacientes foram utilizados o servidor de aplicações Jboss, o sistema gerenciador de banco de dados MySQL, o servidor de páginas Apache e o framework Jboss-Seam para o desenvolvimento de aplicações. Para a conferência multimídia, foi aplicado um estudo de caso utilizando a arquitetura Openmeetings. RESULTADOS: Foram definidos modelos computacionais para o gerenciamento consistente e seguro de dados e exames de pacientes e estudou-se uma arquitetura para conferência multimídia. CONCLUSÃO: Os modelos computacionais, o protótipo implementado e a arquitetura de conferência multimídia avaliada poderão ser aplicados em situações reais da área médica, contribuindo para o acompanhamento remoto de pacientes.
2010
Lee,Huei Diana Machado,Renato Bobsin Ferrero,Carlos Andres Coy,Cláudio Saddy Rodrigues Fagundes,João José Wu,Feng Chung
Avaliação do tratamento de fissura anal crônica com isossorbida tópica a 1%
INTRODUÇÃO: Fissuras anais crônicas são úlceras benignas, dolorosas, profundas. Ocorrem devido a trauma das fezes, hipertonia esfincteriana e pobre vascularização. Cirurgia é mais efetiva, porém com efeitos adversos (incontinência anal). Terapia conservadora consegue decréscimo transitório da pressão de repouso, cicatrizando muitas lesões, sem dano muscular. MÉTODOS: Objetivando avaliar tratamento de fissuras crônicas com isossorbida (ISO) a 1% tópica, foi realizado um ensaio clínico, duplo-cego em pacientes do Serviço de Coloproctologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS) - Aracaju, Sergipe, durante um ano. Foram estudados 24 pacientes: 14 no Grupo 1 - creme com ISO, e 10 no Grupo 2 - placebo. Avaliaram-se comportamento da pressão de repouso, melhora da dor e grau de cicatrização das feridas com e sem ISO. RESULTADOS: Resultados mostraram que a fissura acometeu mais mulheres, a constipação foi observada em 58,3%. Quanto à dor, obteve-se menor intensidade no Grupo 2, mas sem significância. A cicatrização ao fim de 60 dias foi igual nos dois grupos (50%). Quanto às médias de pressão de repouso com 30 e 60 dias, houve queda no padrão em ambos os grupos, porém sem significância. Observou-se que pacientes curados foram os de maior redução de pressão de repouso. CONCLUSÃO: Concluiu-se que a ISO não modificou o padrão de resposta manométrica; todavia, houve melhora clínica importante nos dois grupos, cuja taxa de cicatrização foi equivalente.
2010
Prudente,Ana Carolina Lisboa Melo,Valdinaldo Aragão de Torres Neto,Juvenal da Rocha Santiago,Rodrigo Rocha Vidal,Mário Augusto do Nascimento
Avaliação manométrica anal de crianças com encoprese
INTRODUÇÃO: A constipação crônica é doença comum na infância, ocorrendo em 5 a 10% dos pacientes pediátricos, considerada a segunda maior causa de procura nos consultórios de pediatria, sendo a encoprese decorrente de constipação grave associada à impactação fecal no reto. Dentre os exames diagnósticos, a manometria anal é utilizada para a avaliação de pacientes com distúrbios funcionais, como a constipação intestinal e a incontinência fecal, em alguns serviços para a avaliação de pacientes com encoprese, pois pode trazer informações sobre o mecanismo evacuatório e possíveis lesões esfincterianas anais. OBJETIVO: Verificar alterações manométricas em pacientes com encoprese. MÉTODOS: Foi realizado estudo de 40 manometrias anais de crianças constipadas com encoprese (G1) e 12 crianças constipados sem encoprese (G2). Foram obtidos os seguintes dados: pressões de repouso, contração e evacuação do canal anal e ampola retal, ponto de maior pressão, reflexo inibitório anal e sensibilidade retal. As manometrias foram realizadas com o aparelho Alacer de perfusão com 8 canais. RESULTADOS: Não foram encontradas diferenças nas pressões de repouso, contração e evacuação do canal anal entre os grupos. Chamou-nos a atenção a ausência de necessidade de maior volume retal para desencadear o reflexo inibitório anal. Não houve diferença da incidência de anismus entre os dois grupos, demonstrando que não se trata de fator importante na manutenção da encoprese, mas sim da constipação. CONCLUSÃO: Não houve necessidade de maior volume para desencadear o reflexo inibitório anal. O anismus não foi diferente entre os dois grupos, não sendo importante na manutenção da encoprese.
2010
Cesar,Maria Auxiliadora Prolungatti Moura,Brenda C de Silva,Fernanda Perez Adorno da Barbieri,Dorina Bruno,Rodrigo Ciotolla Bertoli,Ciro João Ortiz,Jorge Alberto
Aspectos epidemiológicos dos pólipos e lesões plano-elevadas colorretais
INTRODUÇÃO: Os pólipos e as lesões plano-elevadas colorretais são importantes na prevenção do câncer colorretal pelo risco de malignização dos adenomas. OBJETIVO: traçar o perfil demográfico dos pacientes com diagnóstico endoscópico de pólipos e/ou lesões plano-elevadas colorretais no Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe e Torres Centro Médico. MÉTODOS: Foram avaliados 6.919 prontuários de 2002 a 2007, enfatizando-se as variáveis: idade, gênero, procedência e indicação; número, tamanho, morfologia, histologia, grau de displasia, topografia, lesões sincrônicas e metacrônicas, e diagnósticos associados. RESULTADOS: Foram encontradas 1.031 (13,51%) lesões em 935 exames, correspondendo a 826 pacientes, 46% masculino e 54% feminino. A idade variou de 3 a 96 anos, com média de 53,64. A distribuição topográfica mais frequente das lesões polipoides foi em reto e sigmoide (58,40%). As lesões eram sésseis em 52,80%, pediculadas em 27,90% e plano-elevadas em 19,30% dos casos. Ocorreram lesões sincrônicas em 23,48% e metacrônicas em 30,10% dos pacientes. Histologicamente, 43,36% eram adenomas, sendo 85,70% tubulares, 9,60% tubulo-vilosos e 4,70% vilosos; 30,64% eram pólipos hiperplásicos, 15,80% inflamatórios e 10,20% possuíam outros tipos histológicos. Os adenomas apresentavam displasia de baixo grau em 83,40% dos casos e alto grau em 16,60%. Sete eram adenocarcinomas, um carcinoide e um tumor gastrointestinal estromal. CONCLUSÕES: A colonoscopia e a polipectomia são importantes no diagnóstico e prevenção do câncer colorretal.
2010
Torres Neto,Juvenal da Rocha Arcieri,Jofrancis Santos Teixeira,Fábio Ramos
Sensibilidade da ecografia endorectal no estadiamento do cancro do recto: correlação com o estadiamento patológico
OBJECTIVO: Avaliar a sensibilidade da ecografia endorectal, em nossa experiência, no estadiamento do cancro do recto comparando com o resultado anatomopatológico. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo retrospectivo, realizado entre Janeiro de 2005 e Agosto de 2009. Calculou-se a sensibilidade, a especificidade, o valor preditivo positivo e negativo para cada estadio T e N. Por meio da elaoração de curvas ROC avaliou-se a precisão do estadiamento ecoendoscópico e por meio do teste de McNemar comparou-se com o resultado anatomopatológico. RESULTADOS: Dos 112 doentes, 76 cumpriram os critérios de inclusão. Obtivemos uma eficácia de 75 a 97% para uT e de 75% para uN. Verificou-se sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo, respectivamente, de 63;98;92 e 89% para uT1; 71;76;54 e 88% para uT2; 67;81;73 e 76% para uT3; 100;97;60 e 100% para uT4; e 39;91;62 e 78% para uN. As curvas ROC indicaram que a ecografia endorectal é um bom teste para o estadiamento do T e razoável para o N. O teste de McNemar revelou que não há diferenças significativas entre o estadiamento ecoendoscópico e anatomopatológico (p>0,05). CONCLUSÕES: Conclui-se que a ecografia endorectal é uma importante ferramenta no estadiamento do cancro do recto, apresentando boa correlação com o resultado anatomopatológico.
2010
Carriço,Luís Filipe Carvalho Martins,Sandra Fátima Fernandes
Tratamento cirúrgico do câncer colorretal: série histórica de três anos de um serviço em Salvador, Bahia
O reduzido número de registro de câncer colorretal no Brasil tem demonstrado a dificuldade para o conhecimento da epidemiologia dessa patologia, levando a um mau planejamento dos governos para o diagnóstico precoce. O objetivo desse trabalho foi relatar a casuística de um serviço, em Salvador (BA), durante um período de três anos e compará-la com a literatura nacional. Os dados obtidos foram analisados, sendo observada semelhança com a literatura brasileira. Ocorreu maior incidência dessa neoplasia entre indivíduos do sexo feminino (53,7%), com média de idade de 57 anos ao diagnóstico. Nota-se estádio III em 40,4% dos pacientes, sendo a retossigmoidectomia a cirurgia mais realizada (54%). Este estudo demonstrou um conhecimento epidemiológico da poplação baiana, na qual foi observado um atraso do diagnóstico da doença, bem como a necessidade de investimentos na descoberta precoce.
2010
Mendes,Carlos Ramon Silveira Sapucaia,Ricardo Aguiar Ferreira,Luciano Santana de Miranda
Tratamento do câncer colorretal em idosos extremos: relato de caso e revisão da literatura
Com o envelhecimento da população brasileira, cada vez mais o cirurgião colorretal se defrontará com pacientes chamados de idosos extremos, com idade superior a 75 ou 85 anos e apresentando diagnóstico de câncer colorretal (CaCR). A conduta é controversa diante desses casos. Este trabalho relata a abordagem de uma paciente de 97 anos com diagnóstico de adenocarcinoma de reto alto e faz uma revisão da literatura sobre o assunto. Esta paciente foi submetida à retossigmoidectomia paliativa vídeo-assistida, com incisão suprapúbica transversa para confecção da anastomose colorretal primária e retirada do espécime cirúrgico. Foi incluída no programa de reabilitação multimodal pós-operatória (fast-trac) para cirurgia colorretal, apresentou boa evolução e recebeu alta hospitalar no terceiro dia de pós-operatório. O estudo anatomopatológico da peça mostrou tratar-se de adenocarcinoma moderadamente diferenciado, invasor até a muscular própria e metastático em 2 de 12 linfonodos dissecados. De acordo com a literatura, em pacientes selecionados com mais de 75 anos, a cirurgia colorretal eletiva para CaCR pode ser realizada com taxa de morbimortalidade semelhante àquela de pacientes jovens, obtendo-se sobrevidas geral e livre de doença favoráveis. Comorbidades não definem isoladamente o prognóstico e nem contraindicam o procedimento.
2010
Fonseca,Leonardo Maciel da Hanan,Bernardo Neiva,Augusto Motta Silva,Rodrigo Gomes da
Carcinoma epidermoide de canal anal estádio IV: complicações clínicas de doença avançada
O carcinoma anal é uma entidade rara que representa 4% dos tumores malignos da região anorretal, dentro os quais o carcinoma epidermoide constitui o tipo histológico mais comum. É relatado o caso de um paciente masculino, 54 anos, com carcinoma epidermoide de canal anal localmente avançado e com metástases ósseas no diagnóstico, feito após complicação infecciosa local com repercussão sistêmica. Descrevemos a evolução do paciente após o diagnóstico da neoplasia e as dificuldades de manejo clínico enconradas neste caso que são secundárias às complicações inerentes à doença de base.
2010
Formiga,Fernanda Bellotti Credidio,Alessandra Vicentini Rosa,Daltro Lemos Assef,José César Fang,Chia Bin Capelhuchnik,Peretz Klug,Wilmar Artur