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Identidade, narrativa e desenvolvimento na adolescência: uma revisão crítica
O presente artigo é um estudo teórico que parte da análise da construção histórica da categoria de adolescência como objeto da Psicologia do Desenvolvimento. O argumento central é que a abordagem da adolescência ora como dominada por paixões e tormentas, ora como expressão superior de racionalidade, contribuiu para que a Psicologia do Desenvolvimento se afastasse da problemática dos adolescentes reais, disseminando um visão normativa da adolescência. O objetivo do trabalho é, pois, a reflexão crítica acerca dessa fase da vida, visando à consolidação de uma nova epistemologia da adolescência, no diálogo com perspectivas contemporâneas do enfoque da subjetividade, tais como a psicologia narrativa e a perspectiva do self dialógico.
2022-12-06T15:50:15Z
Oliveira,Maria Claudia Santos Lopes de
A construção da diferença: jovens na cidade e suas relações com o outro
O presente trabalho discute a construção da alteridade entendida como uma elaboração permanente da posição do sujeito ante as demandas de subjetivação contemporâneas. A noção de diferença é evocada para dar conta do movimento subjetivo, aberto e instável, no processo de construção do outro e de si. A cidade contemporânea é trazida aqui através das produções discursivas de jovens num projeto de pesquisa-intervenção em que cerca de 60 adolescentes e jovens da cidade do Rio de Janeiro, de 11 a 23 anos, foram convidados a conversar sobre seus relacionamentos com o outro na cidade, em cinco instituições diferentes. Nesse projeto, chamado de Oficinas da Cidade, os jovens debateram sobre suas dificuldades na convivência com o outro e sobre os conflitos e a estranheza imbricados nessa relação. Através da análise das narrativas dos grupos, pudemos estabelecer as figuras de alteridade mais significativas como "o sozinho", "os pobres" e a "patricinha", as quais, consideradas aqui como "escalas", determinam novas produções de sentido nas relações eu-outro na cidade. Discutimos como essas figuras de alteridade estão relacionadas a conflitos engendrados por demandas contemporâneas, tais como a individualização e a necessidade de inclusão na sociedade de consumo.
2022-12-06T15:50:15Z
Castro,Lucia Rabello de Mattos,Amana Rocha Juncken,Elaine Teixeira Monteiro,Renata Alves de Paula Villela,Helena Antunes Maciel
A estatística para pesquisadores
No summary/description provided
2022-12-06T15:50:15Z
Wachelke,João Fernando Rech
Discursos de pais e alunos sobre o aprender: um estudo no 5º ano de escolaridade
O significado atribuído ao fenómeno "aprender " é influenciado pela inte-relação entre indivíduos, contextos e culturas. A idade do aluno, as concepções familiares e culturais e o contexto de ensino constituem-se como alguns dos aspectos que influenciam as concepções de aprendizagem dos alunos. O estudo apresentado, realizado no marco teórico fenomenográfico, está focalizado na descrição das concepções das pessoas sobre as várias facetas do fenómeno aprender. O principal objectivo centra-se no mapeamento das concepções de aprendizagem de alunos do 5.º ano de escolaridade e dos seus pais (encarregados de educação). Os dados foram obtidos através de entrevistas semi-estruturadas e tratados qualitativa e quantitativamente. Os resultados sugerem que os pais conceptualizam o aprender maioritariamente como algo processual e experiencial, enquanto os filhos o conceptualizam sobretudo desde uma perspectiva processual e instrumental. São discutidas implicações destes dados para o processo de aprendizagem.
2022-12-06T15:50:15Z
Rosário,Pedro Mendes,Maria Teresa Grácio,Maria Luísa Chaleta,Elisa Núñez,José Carlos González-Pienda,Júlio Hernández-Pina,Fuensanta
Concepções de desenvolvimento e de aprendizagem no trabalho do professor
Esta pesquisa teve por objetivo identificar, explicitar e analisar as concepções de desenvolvimento/aprendizagem presentes no trabalho de profissionais de uma escola pública, visando à construção de conhecimentos que permitissem transformar a prática educativa. Elaboraram-se roteiros de entrevista para os professores, o coordenador pedagógico e a direção, um roteiro de observação de aulas e um para consulta ao projeto pedagógico. Os dados foram organizados em categorias que relacionam as concepções de desenvolvimento/aprendizagem apresentadas pela Teoria Histórico-Cultural àquelas encontradas nos dados obtidos na escola. Verificou-se que o trabalho desses profissionais não é fundamentado em uma única concepção de desenvolvimento/aprendizagem, o que pôde ser demonstrado pela coexistência de várias teorias, entre as quais se destacam a de Piaget e a de Vigotski. Constatou-se que as abordagens dos profissionais da escola são permeadas pela cotidianidade, discutindo-se, a partir da Teoria do Cotidiano, de Heller, a invasão de um espaço de produção do conhecimento por ações/reflexões cotidianas.
2022-12-06T15:50:15Z
Lara,Aline Frollini Lunardelli Tanamachi,Elenita de Ricio Lopes Junior,Jair
Tensões que afetam os espaços de educação a distância
Os sujeitos envolvidos na educação mediada pelas tecnologias da informação e da comunicação, sejam alunos, professores, tutores ou monitores, vivenciam situações críticas que afetam e tensionam os processos de aprendizagem, interferindo nas práticas educacionais. Este artigo identifica zonas de tensão nos espaços de educação a distância do Instituto VIAS-SC/Brasil. A pesquisa usa análise de conteúdo para investigar as percepções de profissionais sobre suas experiências no desenvolvimento de cursos a distância entre 2004 e 2005. Três zonas de tensão foram caracterizadas por situações que apresentam rebatimentos no desenvolvimento dos programas de educação a distância: a autonomia do aluno adulto, as posições de aprendente e ensinante e a aliança do aluno com o curso. A análise é fundamentada nos conceitos de movimentos molares e moleculares de Deleuze e Guattari (1996), permitindo reflexões sobre processos educacionais em educação a distância e a possibilidade de criação de novos espaços de produção de conhecimento pelos sujeitos.
2022-12-06T15:50:15Z
Saraiva,Luciana Martins Pernigotti,Joyce Munarski Barcia,Ricardo Miranda Lapolli,Edis Mafra
Adaptação da AMPS-escolar para crianças brasileiras de 4 a 8 anos
O objetivo desse estudo foi traduzir, adaptar e analisar a validade dos itens da Avaliação das Habilidades Motoras e de Processo-Versão Escolar (School-AMPS). A metodologia incluiu tradução, simplificação dos critérios de escore e seleção de tarefas motoras relevantes para o desempenho na sala de aula. Trinta crianças com desenvolvimento típico, nas idades de 4, 6 e 8 anos, foram observadas, individualmente, fazendo as atividades selecionadas. Resultados de análise Rasch indicam que os itens foram fáceis para a amostragem e dois itens da escala motora e três itens da escala de processo apresentaram padrão errático de escores, comprometendo a validade de constructo do teste. As crianças apresentaram padrões válidos de resposta e houve correlação significativa (Pearson r) entre as medidas de habilidade motora (0,59) e de processo (0,53) e a idade. Conclui-se que alguns itens necessitam de ajuste, mas o instrumento pode ser útil para avaliar a competência funcional em crianças brasileiras com necessidades especiais.
2022-12-06T15:50:15Z
Faria,Maria das Graças Abreu de Magalhães,Lívia de Castro
Atividades em pequenos grupos na Educação Física: jogos de significações
O objetivo deste estudo foi analisar a forma de organização de uma atividade em pequenos grupos, a partir das significações produzidas/veiculadas no contexto de aulas de Educação Física. Foram utilizadas como ferramentas metodológicas a videografia e a análise microgenética, ambas pautadas nos aportes da perspectiva histórico-cultural. A atividade analisada constitui-se da elaboração de um jogo desenvolvido por um grupo de alunos. Na apreensão do fluxo das interações, evidenciou-se um movimento de disputa entre os membros do grupo pelo direito de voz, na tentativa de ocupar um lugar social de destaque diante dos demais, episódio em que houve pouca mediação por parte da professora. Assim, constatou-se que a atividade em pequenos grupos é um importante espaço de interação entre os sujeitos que dela participaram e como locus de produção de significações, pela possibilidade de confrontos/oposições/alianças de pontos de vista entre esses sujeitos.
2022-12-06T15:50:15Z
Peters,Leila Lira
Percepção de alunos do ensino fundamental quanto ao clima de sala de aula para criatividade
O objetivo deste estudo foi examinar a percepção de alunos do ensino fundamental quanto ao clima de sala de aula para a criatividade. Participaram do estudo 644 alunos de 3ª e 4ª séries de escolas públicas e particulares do Distrito Federal. A Escala sobre clima para a criatividade em sala de aula, utilizada neste estudo, avalia cinco fatores: suporte da professora à expressão de idéias do aluno; autopercepção do aluno com relação à criatividade; interesse do aluno pela aprendizagem; autonomia do aluno; e estímulo da professora à produção de idéias do aluno. Os resultados indicaram diferenças de percepção entre os alunos do gênero masculino e os do gênero feminino, entre alunos da 3ª e da 4ª séries e entre alunos de escolas públicas e particulares. Os resultados revelaram ainda interação entre série e tipo de escola.
2022-12-06T15:50:15Z
Fleith,Denise de Souza Alencar,Eunice Maria L. Soriano de
Práticas educativas positivas favorecem o desenvolvimento da empatia em crianças
Esta pesquisa investiga a relação entre as práticas educativas e os níveis de empatia em 77 crianças, com idades entre 6 e 12 anos. Destas, 37 viviam em abrigos: oito, em um abrigo de longa permanência (Abrigo Pq); e 29 viviam em um abrigo de curta permanência (Abrigo Gr). As demais 40 crianças residiam com as próprias famílias (Lar). A empatia foi avaliada com a Escala de Empatia para Crianças e Adolescentes e mediante entrevistas baseadas em cenas de vídeo, selecionadas para eliciar raiva, tristeza, alegria e medo. As práticas educativas foram avaliadas através de entrevistas. As crianças do Abrigo Gr apresentaram escores inferiores aos das crianças do Abrigo Pq e do Lar tanto em termos de empatia quanto de práticas educativas. Este padrão de resultados sugere a existência de uma relação entre as práticas educativas adotadas pelos pais ou responsáveis e o desenvolvimento da empatia em crianças.
2022-12-06T15:50:15Z
Motta,Danielle da Cunha Falcone,Eliane Mary de Oliveira Clark,Cynthia Manhães,Alex C.
Felicidade, bem-estar subjetivo e comportamento acadêmico de estudantes universitários
Este estudo teve como objetivo determinar índices de felicidade e bem-estar e sua relação com o comportamento acadêmico, em uma amostra de 252 estudantes universitários dos últimos períodos de diversos cursos e diferentes instituições de educação superior. Os sujeitos foram solicitados a responder a um questionário composto de perguntas sobre dados biográficos e escalas sobre o sentimento de felicidade, satisfação e bem-estar subjetivo, avaliações de vários aspectos de suas vidas, de sua universidade, de sua formação e comportamento acadêmico. Os resultados mostraram que estes estudantes avaliam sua satisfação, bem-estar e felicidade de modo bastante positivo. De modo geral eles estão satisfeitos com a faculdade e com o próprio rendimento acadêmico, embora se preocupem um pouco com a garantia de sucesso profissional que a formação recebida lhes possa oferecer. A principal hipótese foi confirmada ao se encontrar coeficiente de correlação múltipla significativo entre as medidas de bem-estar subjetivo e o comportamento acadêmico-universitário.
2022-12-06T15:50:15Z
Dela Coleta,José Augusto Dela Coleta,Marilia Ferreira
Habilidades sociais e variáveis sociodemográficas em estudantes do ensino fundamental
As habilidades sociais são consideradas situacionais, mas há poucos estudos no Brasil relacionando-as a variáveis sociodemográficas, especialmente com crianças. Investigou-se a importância e freqüência das habilidades sociais em relação a variáveis sociodemográficas, com 257 estudantes, de 1ª a 4 ª série do ensino fundamental. Para avaliar habilidades sociais, utilizou-se o Sistema de Avaliação de Habilidades Sociais (SSRS) e, para o nível socioeconômico, o Critério Brasil. Participaram, como informantes, 185 pais e 12 professoras. Os resultados mostraram um efeito significativo do sexo, idade e indicadores socioeconômicos. Os melhores escores foram das meninas nas auto-avaliações e avaliação das professoras. A idade se correlacionou negativamente com auto-avaliação das habilidades sociais. Quanto maior a escolaridade dos pais e seu nível socioeconômico, maior o escore das habilidades sociais; quanto menor a importância atribuída pelos pais às habilidades sociais, menores os escores das crianças. O nível de habilidades sociais das crianças variou, portanto, em função de características sociodemográficas e sociais.
2022-12-06T15:50:15Z
Bandeira,Marina Rocha,Sandra Silva Freitas,Lucas Cordeiro Del Prette,Zilda Aparecida Pereira Del Prette,Almir
Níveis de maturidade vocacional de alunos de 14 a 18 anos do Rio Grande do Sul
Maturidade vocacional é a capacidade de enfrentar tarefas de desenvolvimento com as quais se é confrontado; como conseqüência do próprio desenvolvimento social e biológico e das necessidades da sociedade em relação às pessoas que alcançam esse estado de desenvolvimento. O estudo explora diferenças nos níveis de maturidade vocacional segundo sexo, idade, ano do ensino médio e tipo de escola. Uma amostra de 860 estudantes do ensino médio, de ambos os sexos e idades de 14 a 18 anos, das redes pública e privada, respondeu o Questionário de Educação à Carreira (QEC). Resultados indicam diferenças significativas (p<0,05) nas respostas quando controladas as variáveis: sexo, tipo de escola e ano do ensino médio. O fato de pertencer a uma das 5 idades em estudo não determina maturidade vocacional estatisticamente maior. Uma das principais conclusões é que os adolescentes da rede pública poderão se ver forçados a aceitar oportunidades profissionais que aparecem, forçando uma"maturidade vocacional prematura".
2022-12-06T15:50:15Z
Balbinotti,Marcos Alencar Abaide Tétreau,Bernard
Ensino de habilidades de vida na escola: uma experiência com adolescentes
Este trabalho tem como objetivo apresentar e analisar o conteúdo de uma intervenção psicológica para o desenvolvimento de habilidades de vida em adolescentes, a partir da descrição detalhada das estratégias utilizadas. A intervenção, realizada em contexto grupal, consistiu em 12 encontros semanais, de duas horas de duração. Discute-se a adequação desta modalidade de atendimento, temas, conteúdos abordados e metodologia adotada para o desenvolvimento dos mesmos. O detalhamento das técnicas de trabalho em grupo pode permitir sua replicação por outros profissionais. Acredita-se que este modelo de atendimento em promoção de saúde se caracteriza como uma importante estratégia para trabalhar com adolescentes, pois pode torná-los mais competentes psicossocialmente, o que influirá na sua qualidade de vida.
2022-12-06T15:50:15Z
Minto,Elaine Cristina Pedro,Cristiane Pereira Netto,Jaqueline Rodrigues da Cunha Bugliani,Maria Aparecida Prioli Gorayeb,Ricardo
Sobrecarga de familiares de usuários de um Centro de Atenção Psicossocial
O presente artigo objetiva identificar a sobrecarga experienciada pelo familiar responsável pelo cuidado direto de usuários de um Centro de Atenção Psicossocial do Interior Paulista, a partir de um roteiro semi-estruturado que abordava dados de caracterização dos familiares, sua história de vida e temas relacionados ao adoecimento psíquico do usuário. Foram realizadas entrevistas com nove familiares, com idades entre 28 e 80 anos, sendo 8 do sexo feminino, no geral, mães de usuários. O material foi submetido à análise qualitativa e houve a formação de categorias temáticas que indicaram a presença de sobrecarga emocional, prática e financeira no cotidiano dos familiares entrevistados. A importância da rede de apoio é destacada no momento da crise. Ressalta-se a idade elevada dos cuidadores como dado a ser considerado pelas equipes de serviços abertos de saúde mental, mediante as atuais políticas públicas que delineiam o cuidado ao portador de sofrimento mental no meio sócio-familiar.
2022-12-06T15:50:15Z
Pegoraro,Renata Fabiana Caldana,Regina Helena de Lima
A participação do pai nos cuidados da criança, segundo a concepção de mães
Este trabalho tem como objetivo investigar a percepção das mães a respeito do cuidado paterno em famílias em situação de risco psicossocial, comparando famílias que mantêm seus filhos na creche e famílias cujas crianças aguardam por vaga. Foram realizadas entrevistas com 30 famílias, gravadas em audiocassete e transcritas, as quais continham dados de identificação e questões abertas referentes à família e ao cuidado. Nas entrevistas, as questões abertas foram analisadas segundo o método de análise de conteúdo temático. Para as perguntas fechadas pontuou-se a freqüência de ocorrência de respostas, com o objetivo de caracterizar os elementos específicos da participação do pai. As mães descreveram as atividades que seus companheiros realizavam com os filhos (sair, brincar, conversar e cantar), mas nem todas consideram-nas como atividades de cuidado. Constatou-se que o pai aproveita diferentemente da mãe o tempo que passa com as crianças.
2022-12-06T15:50:15Z
Crepaldi,Maria Aparecida Andreani,Grace Hammes,Patrícia Simone Ristof,Clarissa Dionísio Abreu,Sandra Ribeiro de
Vínculos e redes sociais em contextos familiares e institucionais: uma reflexão conceitual
Propõe-se uma reflexão conceitual sobre os conceitos de vínculo e rede social. São resumidos quatro trabalhos que utilizam esses conceitos e discutidas suas convergências e divergências. Carvalho sintetiza estudos sobre vínculo na interação criança-criança. Sampaio problematiza a vinculação entre crianças de rua e educadores. Rabinovich relata observações de famílias em uma comunidade quilombola. Bastos reflete sobre redes sociais com base no discurso de mães em grupos de encontro. A comparação dessas pesquisas em termos dos conceitos de vínculo e rede social indica a conveniência de explicitação dos seus sentidos em cada caso, para permitir diálogo entre enfoques diversificados sobre as relações humanas.
2022-12-06T15:50:15Z
Carvalho,Ana M. A. Bastos,Ana Cecília S.B. Rabinovich,Elaine P. Sampaio,Sonia M. R.
Desenvolvimento da sensibilidade ao contraste para freqüências espaciais em crianças
O objetivo deste trabalho foi mensurar a função de sensibilidade ao contraste (FSC) para freqüências espaciais na faixa de 0,25 a 2cpg em crianças (4, 5, 6 e 7 anos) e adultos jovens. Foram estimados limiares de contraste para 25 participantes (vinte crianças e cinco adultos jovens), utilizando-se o método psicofísico da escolha forçada e nível baixo de luminância. Todos os participantes apresentavam acuidade visual normal e se encontravam livres de doenças oculares identificáveis. Os resultados mostraram que a FSC de crianças de 4, 5, 6 e 7 anos melhora significativamente com a idade e que a FSC de crianças de 7 anos é mais baixa do que a de adultos jovens. Estes resultados sugerem que o desenvolvimento da percepção visual de contraste para estímulos de grade senoidal aumenta gradualmente, prolongando-se além dos 7 anos.
2022-12-06T15:50:15Z
Santos,Natanael Antonio dos França,Valtenice de Cássia Rodrigues de Matos
Verbalizações de alunos de odontologia sobre a inclusão social de pessoas com deficiência
Com o objetivo de conhecer modos de se expressar de estudantes de Odontologia em relação às pessoas com deficiência, foi aplicado um questionário aberto contendo exemplos de situações inclusivas, antes e após um módulo de ensino sobre pacientes especiais. As respostas foram categorizadas em: polarização positiva (ex: aprovação), negativa (ex: pena) ou sem polarização, fazendo-se distinção entre foco na pessoa e nas ações inclusivas. Os resultados indicaram totais mais altos para categorias com polarização positiva e aumento desses valores após o módulo de ensino, e foco predominante na pessoa. Discute-se a importância da formação dos estudantes de odontologia para atuação com pacientes especiais, assim como a contribuição da área de ciências humanas.
2022-12-06T15:50:15Z
Moraes,Antonio Bento Alves de Batista,Cecilia Guarnieri Lombardo,Ivani Horino,Letícia Enya Rolim,Gustavo Sattolo
Dinâmica das relações em famílias com um membro portador de dermatite atópica: um estudo qualitativo
A dermatite atópica é uma doença alérgica de pele que atinge cada vez mais pessoas a cada ano, o que acaba por exigir mais pesquisas para minimizar seu impacto social. É reconhecida a presença de fatores psicológicos no curso deste quadro, especialmente do estresse e da ansiedade, que agem sobre o funcionamento do sistema imune; esta influência dos aspectos emocionais caracterizaria a dermatite atópica como quadro psicossomático. Investigaram-se qualitativamente, a partir de uma entrevista semi-estruturada, as vivências de três famílias em relação à dermatite atópica e elementos da dinâmica familiar com um membro portador desse quadro, a saber, um dos filhos. As famílias relataram que a dermatite atópica trouxe prejuízos psicológicos e sociais importantes, e a dinâmica familiar influencia e é influenciada pela freqüência e intensidade dos sintomas, pelo acréscimo de estresse, além de interferir nas comunicações familiares e relacionamento entre os membros.
2022-12-06T15:50:15Z
Ferreira,Vinícius Renato Thomé Müller,Marisa Campio Jorge,Hericka Zogbi