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In Brazil, the expansion of sugarcane for ethanol production has fundamentally altered the rural landscape and represents a significant change in the trajectory of the country’s rural development and agrarian reform policies. Current policies are highly skewed in favour of agrofuel industries and are denying landless rural workers and peasant families, like those of Brazil’s Landless Workers Movement (MST), access to land. In addition to the heavy social costs, the agrofuel industry threatens the environment by polluting the air, water and land. This paper elucidates the socio-environmental impacts of the burgeoning sugarcane-ethanol industry in the Pontal do Paranapanema, a region in the extreme west of the São Paulo state with a long history of land-related conflicts. While corporations reap astronomical profits from the agrofuel industry, the costs of agrofuel expansion in the Pontal do Paranapanema and in Brazil have been disproportionally borne by the environment and the most impoverished and marginalized members of society.

O presente artigo traz uma análise dos serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) instituído pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para agricultura familiar, sob a perspectiva da abrangência, da educação, da universalidade e perenidade. Com algumas preposições para o desempenho e atuação da ATER junto aos produtores familiares.

Resumen Desde la concepción de territorio propuesta por FERNANDES (2009) se analiza el desarrollo del capitalismo agrario en el Uruguay y las políticas estatales llevadas adelante en respuesta al proceso de globalización. Desde esta perspectiva, la expansión de la soja o “sojización” responde a un proceso de expansión del capital en el marco de un modelo de desarrollo opuesto al modelo de desarrollo propuesto por el Paradigma de la Cuestión Agraria, esta confrontación tiene a la tierra como centro de disputa (en términos de propiedad y formas de uso). El Estado Uruguayo, desde la asunción al gobierno de la coalición de partidos de izquierda, ha propiciado una serie de cambios en las políticas agropecuarias siendo uno de los aspectos más relevantes la generación de ámbitos de participación. Por otro lado ha estimulado la inversión de los grandes capitales (fundamentalmente extranjeros) y el desarrollo del agronegocio sin generar propuestas para el desarrollo de relaciones no capitalistas. Al aumentar la demanda, los precios de la tierra han crecido exponencialmente generando la desterritorialización de la producción familiar ejemplo de quienes han sobrevivido varias crisis y han generado relaciones no capitalistas. Bajo éstos términos la reestructuración agropecuaria pone en jaque la soberanía de todos los uruguayos, por lo tanto desarrollo con justicia social.  

O presente texto objetiva compreender um fenômeno possivelmente ainda não estudado no âmbito da ciência geográfica e das ciências humanas em geral, que é o estudo de práticas agrícolas, pecuárias e extrativistas que ocorrem nas faixas de terras pertencentes à União, as quais separam as rodovias e estradas federais ou estaduais das propriedades privadas rurais ou urbanas. Estas faixas, denominadas popularmente de "beira de estrada" ou institucionalmente como "faixa de domínio" de terras públicas, abrigam plantios de variadas culturas e a utilização da área para pastoreio do gado e coleta de capim. Na BR 235, que liga Aracaju ao interior do estado de Sergipe, localizou-se o recorte espacial da pesquisa, uma vez que apresenta, em muitos pontos do seu traçado, a prática dessas atividades por uma população pobre e sem terra residente nos municípios, povoados e áreas rurais próximos à rodovia. A questão central levantada nessa pesquisa é que essa atividade constitui-se em uma prática por necessidade, isto quer dizer que: planta-se, colhe-se, cria-se e coleta-se nas faixas de domínio público das rodovias, para alimentar, ao menos parcialmente, as famílias que se arriscam sazonalmente nessas explorações.

Desde una comprensión de las luchas de los movimientos populares por la defensa del territorio, se realiza un análisis de la cuestión agraria colombiana. Presentando de manera crítica el modelo de desarrollo capitalismo dependiente, instaurado por las clases dirigentes, que determina el ordenamiento territorial de manera hegemónica y las disputas territoriales gestadas en las luchas de los movimientos populares, quienes en sus experiencia histórica se constituyen en sujetos de poder, manifestado en su capacidad organizativa y en la puesta en práctica de los mandatos en los territorios. El trabajo discute sobre la categoría de clases populares, los vínculos existentes entre los diversos movimientos, campesinos, indígenas y comunidades negras en el mundo agrario y las formas en las que hoy la disputa territorial es abordada desde los movimientos, los cuales interpelan y se relacionan con otras formas de expresión de las clases populares en la coyuntura actual de la guerra y el proceso de paz, como son los partidos políticos de izquierda y la insurgencia.

Este artigo pretende ser mais uma contribuição para o debate acerca da temática dos movimentos sociais na Geografia na perspectiva de propor olhares sobre a construção e a ação dos movimentos sociais no Brasil, como também perceber como tais práticas sociais contribuíram para a produção da Geografia brasileira nos últimos trinta anos no que se refere aos seus objetos e práticas teórico-metodológicas.

Este artigo apresenta uma leitura sobre o processo de modernização na região do Sapê do Norte, no norte do Estado do Espírito Santo, onde se contrapõem a racionalidade moderna da empresa Fibria/Aracruz Celulose e a racionalidade historicamente construída dos meios de vida das comunidades negras rurais ali territorializadas. Tecemos, a partir deste caso, algumas considerações sobre os processos de modernização e desenvolvimento e as questões ambientais no contexto atual.

A área rural matogrossense e sul-mato-grossense mantém-se historicamente concentrada, são os conhecidos latifúndios da pecuária e, atualmente, das atividades monocultoras da soja, cana-de-açúcar e eucalipto. Esta situação criou, e cria, dificuldades de acesso à terra por parte dos camponeses. Portanto, objetivamos-se analisar as condições de reprodução camponesa nos projetos de assentamento Corixinha/MT e São Joaquim/MS - uma vez que estes se encontram mais diretamente influenciados pela expansão territorial do agronegócio. Logo, buscar-se-á desvendar se as formas encontradas pelos assentados para continuar na terra, apontam para a subordinação e/ou para a emancipação. A metodologia adotada baseia-se na revisão de obras que tratam em especial da Reforma Agrária; levantamento de dados junto aos órgãos públicos; e entrevista com as famílias dos projetos de assentamento, com o intuito de averiguar os desdobramentos tanto das políticas públicas como do cerco do monocultivo. Em suma, o pressuposto é considerar tanto as formas de subordinação quanto as de resistência como parte das estratégias de flexibilidade da classe camponesa para continuar se reproduzindo no campo.  

Esta pesquisa analisou a formação de grupos de coletores de sementes nativas da Mata Atlântica, na região Sudoeste Paulista e a renda gerada pela atividade entre os anos de 2003 a 2009, por meio da experiência da Rede Comunitária de Produção de Sementes Nativas. As técnicas de pesquisa foram qualitativas, com entrevistas estruturadas e semiestruturadas e observação participante com os agricultores que realizam a atividade e com a Instituição executora do projeto e análise de relatórios. Antes da realização do mesmo, a renda média mensal obtida era de R$ 200,00 por agricultor. Após a realização das capacitações e parcerias, esta passou para R$ 600,00. A ampliação do projeto em anos posteriores promoveu a entrada de novos coletores, porém, não houve capacitações para os mesmos e ampliação de mercado para venda, acarretando na queda da qualidade das sementes e na renda obtida, refletindo na redução do número de pessoas dedicadas à coleta. O maior entrave observado para atividade na região é que a coleta é realizada em áreas privadas, não havendo permissão de georreferenciamento para marcação das árvores matrizes, dificultando o cumprimento da legislação e a venda é realizada com intermédio de outra Instituição, com redução do valor recebido pelos coletores.

Este artigo analisa diferentes concepções e debates políticos sobre a reforma agrária no Brasil entre 1934 e 1964, particularmente no que se refere à definição dos condicionantes aplicados ao direito à propriedade privada da terra então vigente no Brasil, o que pode ser interpretado, sobretudo no que se refere aos anos 1930 e 1940, como uma contraposição à Lei de Terras de 1850. Com a ampliação dos debates e o fortalecimento dos movimentos populares na década 1950, a reforma agrária passou a ser vinculada à diferentes e antagônicas estratégias de desenvolvimento e se transformou em intensa disputa política no governo João Goulart e no regime militar.

El Instituto Nacional de Colonización creó en 2011 la Colonia Maestro Soler y los grupos beneficiarios son productores familiares. Esta nueva forma de colonización constituye un modelo en experimentación. El problema que nos ocupa en la línea de investigación, es saber si las nuevas formas de colonización son capaces de generar un modelo sustentable de desarrollo rural. Las preguntas que orientan este trabajo son: i) ¿Este modelo de colonización permite superar algunas de las limitaciones de la colonización clásica y tiene impactos positivos en los productores beneficiarios? ii) ¿Este modelo se adapta a las expectativas y requerimientos de los productores familiares de la colonia? El objetivo general del artículo es el análisis del impacto de la nueva colonización, en una perspectiva de Desarrollo Rural, a través de la experiencia de la colonia Maestro Soler. La metodología utilizada es de carácter inductivo y los procedimientos aplicados son de tipo cualitativo. Los procedimientos efectuados fueron entrevistas individuales, semi estructuradas, a los beneficiarios, técnicos y al arrocero, y dos grupos focales. En la actualidad el resultado ha sido sumamente positivo, tanto en incremento de producción, ingresos, organización, participación y relacionamiento institucional.

O presente estudo visa contribuir para o debate teórico entorno dos impactos decorrentes do desenvolvimento de assentamentos de reforma agrária (ARAs) na dinâmica de paisagens. Um pressuposto norteador a este debate é que os resultados dos estudos na Amazônia brasileira implicam numa perda de perspectiva dos aspectos positivos que podem advir do estabelecimento dos ARAs, em paisagens de Mata Atlântica altamente fragmentadas e historicamente dominadas por monoculturas. O objetivo deste estudo foi realizar uma análise espaço-temporal do uso e cobertura da terra em dois ARAs localizados na Região Norte Fluminense. Os resultados apontam impactos positivos após o estabelecimento dos ARAs estudados, principalmente devido ao incremento da área cultivada, redução da exposição dos solos e das queimadas, bem como a ocorrência de processos naturais de recomposição da cobertura vegetal. Esta constatação denota um aumento da complexidade envolvida nos estudos a respeito dos impactos causados pelo desenvolvimento dos ARAs na dinâmica da cobertura e do uso da terra.   

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Com a Constituição Federal do Brasil de 1988, as comunidades remanescentes de quilombos adquiriram direito legal às áreas tradicionalmente ocupadas e o Estado passou a implementar Políticas visando seu desenvolvimento. Considerando que estas comunidades apresentam vínculo com seu território tradicional, relacionando-se com suas práticas produtivas, faz-se necessário sua inserção no desenvolvimento de projetos e políticas. O objetivo deste trabalho foi avaliar os impactos dos projetos de desenvolvimento nas atividades econômicas na comunidade remanescente de quilombo Mandira, município de Cananéia/SP/Brasil. O trabalho foi realizado entre 2011 e 2013 através de técnicas qualitativas, com entrevistas, observação participante e história oral. Observa-se que a principal atividade econômica é o manejo de ostra, a Crassostrea brasiliana, sendo uma atividade iniciada há mais de três décadas, porém a partir de políticas públicas é que se deu início ao manejo sustentável, com agregação de valor ao produto. Outras atividades são o manejo agroflorestal e agricultura de subsistência, desenvolvidas por poucas famílias. Há a especialização da atividade econômica entre as famílias que se dedicam ao cultivo da ostra, diferentemente daquelas que trabalham com sistemas agroflorestais.