RCAAP Repository

Treinamento auditivo em oficinas: opção terapêutica grupal

TEMA: treinamento auditivo em grupo. OBJETIVO: verificar a eficácia do treinamento auditivo em grupo de excepcionais no ambiente de oficinas. MÉTODO: estudo longitudinal prospectivo com 13 deficientes mentais da Associação de Pais e Amigos do Exepcional (APAE) de Congonhas, divididos em dois grupos: caso (n = 5) e controle (n = 8), e submetidos a 10 sessões de treinamento auditivo em grupo após verificação de integridade auditiva periférica por meio de emissões otoacústicas evocadas. Os participantes foram avaliados com protocolo específico quanto às habilidades auditivas (localização, identificação, memória, seqüência, discriminação e compreensão auditiva) no início e término do projeto. A entrada, processamento e análise dos dados foram realizados por meio do software Epi-Info 6.04. RESULTADOS: os grupos não diferiram entre si quanto à idade (media = 23,6 anos) e gênero, sendo 40% do masculino. Na avaliação inicial obteve-se desempenho semelhante dos grupos e na avaliação final, observou-se melhora nas habilidades auditivas dos indivíduos do grupo caso. Quando se comparou a média de acertos dos grupos caso e controle nas avaliações inicial e final obteve-se resultado estatisticamente significante nas provas de localização sonora (p = 0,02), seqüência auditiva (p = 0,006) e discriminação auditiva (p = 0,03) CONCLUSÃO: o treinamento auditivo mostrou-se eficaz quando realizado em grupo de excepcionais no ambiente de oficinas, observando-se melhora nas habilidades auditivas dos indivíduos. Estudos com maior casuística são necessários para confirmar os achados deste estudo e para auxiliar os profissionais dos serviços públicos de saúde a repensarem o modelo teórico de atendimentos e a reorganizarem as demandas em seus locais de trabalho, traçando frentes de atuação distintas, vinculadas à realidade da população envolvida, tais como a oficina de estimulação auditiva em grupo.

Year

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Santos,Juliana Nunes Couto,Isabel Cristina Plais do Amorim,Raquel Martins da Costa

Provas de nomeação e imitação como instrumentos de diagnóstico do transtorno fonológico

TEMA: transtorno fonológico. OBJETIVO: verificar a associação entre o desempenho fonológico nas provas de nomeação e de imitação medido pela ocorrência dos processos fonológicos e pelos índices de gravidade Porcentagem de Consoantes Corretas e Densidade de Processos Fonológicos. MÉTODO: participaram da pesquisa 50 crianças com diagnóstico de transtorno fonológico sem terapia fonoaudiológica prévia e com idade entre 4:0 e 12 anos. RESULTADOS: A análise dos processos fonológicos evidenciou que os não-produtivos foram registrados em maior número do que os processos produtivos tanto na prova de nomeação quanto de imitação. Observou-se que em ambas as provas, mais sujeitos apresentaram os processos simplificação do encontro consonantal, simplificação de líquidas e eliminação da consoante final, independentemente da produtividade. Na comparação das duas provas houve associação e concordância quanto ao número de sujeitos que apresentou processos fonológicos bem como correlação para o número total de processos fonológicos; não houve evidências de diferenças nas médias do total de processos fonológicos ocorridos nas provas de nomeação e imitação; observou-se correlação negativa entre os índices de gravidade Porcentagem de Consoantes Corretas e Densidade de Processos Fonológicos estudados, além de que os seus valores nas duas provas apresentaram forte correlação indicando que detectam grau de gravidade semelhante. CONCLUSÃO: verificou-se a associação e a concordância entre as provas de imitação e de nomeação, tanto para o número de sujeitos que apresentou processos fonológicos como para o número de ocorrências de processos fonológicos, evidenciando a importância de provas estruturadas para o diagnóstico do transtorno fonológico. Além disso, para os índices de gravidade Porcentagem de Consoantes Corretas e Densidade de Processos Fonológicos, observou-se alta correlação entre as provas, confirmando que ambas são instrumentos adequados para a detecção do transtorno fonológico.

Year

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Wertzner,Haydée Fiszbein Papp,Ana Carolina Camargo Salvatti Galea,Daniela Evaristo dos Santos

Medidas da dinâmica respiratória em crianças de quatro a dez anos

TEMA: medidas da dinâmica respiratória são freqüentemente utilizadas na clínica fonoaudiológica, mas poucos são os dados científicos destas na população infantil. OBJETIVO: estudar a dinâmica respiratória entre crianças que respiram pelo modo nasal. MÉTODO: o estudo foi realizado com uma amostra aleatória estratificada de 106 crianças respiradoras nasais de escolas da cidade de Marília / SP, entre quatro e dez anos de ambos os sexos. Foram realizadas as medidas de capacidade vital (CV), nas posições em pé e sentada, com e sem oclusão nasal; de tempo máximo de fonação (TMF) de vogais e consoantes sustentadas, além de fala em seqüência com a contagem de números. RESULTADOS: a medida média da CV na posição em pé com e sem oclusão nasal foi 1515,56 ml e 1538,67 ml respectivamente e na posição sentada, 1524 ml e 1539,15 ml respectivamente; o TMF das vogais em segundos foi: /a/ = 8,32 , /i/ = 8,61 e /u/ 8,42; o de consoantes foi: /s/ = 6,64 e /z/ = 7,65 e o de seqüência de números foi de 7,76 segundos. Resultados: observou-se que o tempo médio destas medidas aumentou progressivamente conforme as faixas etárias. Tanto para o TMF das vogais como, para o das consoantes, houve diferença estatística significante (p < 0,05) nas idades mais distantes, ou seja, entre quatro e dez anos, quatro e nove, e quatro e oito anos. Em faixas etárias consecutivas não houve diferença estatística significante nos valores de CV. Houve forte associação entre a CV e o crescimento físico da criança. CONCLUSÃO: esse estudo mostrou medidas de dinâmica respiratória em crianças que podem ser úteis no diagnóstico e terapia fonoaudiológica. Outras pesquisas deveriam ser desenvolvidas para adicionais informações sobre o assunto.

Year

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Fabron,Eliana Maria Gradim Santos,Gisele Rodrigues dos Omote,Sadao Perdoná,Gleici Castro

Potenciais evocados auditivos do tronco encefálico por condução óssea em indivíduos normais

TEMA: potenciais evocados auditivos do tronco encefálico (PEATEs) por condução óssea. OBJETIVO: avaliar a aplicabilidade clínica da pesquisa dos PEATEs por condução óssea, caracterizando a normalidade e determinando um protocolo de avaliação. MÉTODO: participaram deste estudo 22 indivíduos, na faixa etária entre 20 e 30 anos, sendo 14 do sexo feminino e 8 do sexo masculino, com audição normal (20dB NA). Os indivíduos foram avaliados por meio dos PEATEs por condução aérea e óssea (vibrador na fronte e mastóide). Equipamento EP25, Interacoustic; fone de inserção 3A; vibrador ósseo B-71; estímulo click. RESULTADOS: foi possível realizar a pesquisa dos PEATEs por condução óssea em todos os indivíduos avaliados. Os resultados demonstraram que o limiar eletrofisiológico obtido com o vibrador na fronte (32,69 ± 5,63 e 32,5 ± 7,07dB nHL) foi maior do que quando o vibrador foi posicionado na mastóide (25,00 ±7,33 e 30,00 ± 5,34dB nHL), tanto para o sexo feminino quanto para o sexo masculino, respectivamente. Assim, optou-se pelo posicionamento do vibrador na mastóide. O limiar eletrofisiológico obtido por condução óssea foi maior que o limiar por condução áerea, com diferença estatisticamente significante, nos sexos feminino e masculino, e com todos os indivíduos agrupados. Assim, faz-se necessária a utilização do fator de correção, que de acordo com os resultados deve ser de aproximadamente 10dB nHL. Os valores de normalidade para a função latência-intensidade da onda V no registro ipsilataral e contralateral diferem estatisticamente de acordo com o sexo feminino e masculino, devendo ser considerados separadamente. Para a normalidade do limiar eletrofisiológico por condução óssea adotou-se o valor de 26,81 ± 6,99 dB nHL. CONCLUSÃO: é possível realizar os PEATEs por condução óssea na prática clínica e em conjunto com os potenciais por condução aérea aumenta as possibilidades de um diagnóstico mais preciso quanto ao tipo de perda auditiva.

Year

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Freitas,Vanessa Sabino de Alvarenga,Kátia de Freitas Morettin,Marina Souza,Elidiane Fugiwara de Costa Filho,Orozimbo Alves

Genética e linguagem na síndrome de Williams-Beuren: uma condição neuro-cognitiva peculiar

TEMA: aspectos genéticos, cognitivos e de linguagem na Síndrome de Williams-Beuren (SWB). OBJETIVO: revisar a literatura sobre a SWB, destacando aspectos genéticos, cognitivos e de linguagem. CONCLUSÕES: a literatura mostrou que a etiologia da SWB é conhecida, embora o diagnóstico precoce pode ser difícil pela variabilidade de manifestações clínicas dessa condição. O fenótipo variável tem sido atribuído a deleção de vários genes na região 7q11.23. que inclui o gene da elastina. A deleção desse gene é identificada pelo estudo citogenético molecular denominado Hibridização in situ por Fluorescência (FISH). A freqüência populacional desta síndrome é de 1 em 20,000 nascimentos e é resultante de uma alteração genética "de novo". O quadro da SWB é caracterizado principalmente por fácies típica conhecida como face de duende, alterações cardíacas, prejuízos cognitivos e aspectos comportamentais que incluem a linguagem. A característica falante e sociável associada as dificuldades viso-construtivas conferem a esta síndrome um quadro neuro-cognitivo peculiar. A deficiência mental é variável e pode ou não estar presente. Estudos que descreveram as habilidades de linguagem nesta síndrome destacaram que a habilidade sintática pode estar íntegra ou parcialmente íntegra, a produção verbal pode ser precisa e inteligível, mostrando a integridade do sistema fonológico. O vocabulário receptivo-auditivo é citado em alguns estudos como adequado e em outros como prejudicado para a idade mental. Pesquisas na área têm produzido, resultados incongruentes com respeito ao perfil de habilidades cognitivas e lingüísticas nos portadores dessa condição. A correlação entre as habilidades de linguagem e a cognição e a divergência de achados na literatura serão abordadas neste artigo.

Year

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Rossi,Natalia Freitas Moretti-Ferreira,Danilo Giacheti,Célia Maria

Editorial

No summary/description provided

Year

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Andrade,Claudia Regina Furquim de

Movimentos mandibulares na fala: interferência das disfunções temporomandibulares segundo índices de dor

TEMA: as disfunções temporomandibulares podem acarretar alterações gerais nos movimentos mandibulares devido à modificação nas condições musculares e articulares. A eletrognatografia, exame computadorizado utilizado para complementar o diagnóstico dessas disfunções, permite delinear e registrar de maneira objetiva os movimentos mandibulares, determinando sua amplitude e velocidade. OBJETIVO: verificar as características do movimento mandibular na fala em indivíduos com disfunções temporomandibulares e em assintomáticos, por meio de eletrognatografia computadorizada, analisando possíveis interferências dessas disfunções e as implicações de severidade quanto ao índice de dor. MÉTODO: 135 participantes adultos foram divididos em quatro grupos com base nos graus de dor, utilizando-se escala numérica, sendo: zero para ausência de dor, um para dor leve, dois para dor moderada e três para dor grave. Os movimentos mandibulares foram observados na nomeação seqüencial de figuras balanceadas quanto à ocorrência dos fonemas da língua. Os registros foram obtidos com eletrognatografia computadorizada (BioEGN - sistema BioPak). RESULTADOS: a análise dos resultados mostrou que as diferenças apontadas como significantes para amplitude de abertura e para velocidade de fechamento mandibular, ocorrem entre o grau zero e todos os outros graus de dor. Para velocidade de abertura mandibular na fala, foi obtida diferença estatisticamente significante entre grau zero e grau três. Constatou-se que os movimentos mandibulares na fala são discretos, com componente antero-posterior e desvios em lateralidade. CONCLUSÃO: a presença de disfunções temporomandibulares acarreta redução das amplitudes máximas de abertura e redução da velocidade tanto de abertura quanto de fechamento dos movimentos mandibulares durante a fala. Os diferentes graus de dor: leve, moderado e grave, parecem não determinar maior redução desses valores.

Year

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Bianchini,Esther Mandelbaum G. Paiva,Guiovaldo Andrade,Claudia Regina Furquim de

Percepção vocal e qualidade de vida

TEMA: a percepção da disfonia e o impacto que a alteração vocal causa na qualidade de vida. OBJETIVO: verificar se a interferência da disfonia na qualidade de vida relaciona-se à autopercepção vocal do disfônico e à percepção da agradabilidade da voz desses indivíduos por pessoas da comunidade. MÉTODO: 31 adultos disfônicos, antes do processo terapêutico, preencheram o protocolo de Qualidade de Vida e Voz (QVV) que analisa o impacto da disfonia na qualidade de vida e opinaram quanto a autopercepção da qualidade vocal. Foram realizadas as gravações de vogal "a" sustentada e contagem de números de um a dez, utilizando sistema digital e ambiente acusticamente tratado. As emissões gravadas foram apresentadas para 25 juizes sem treinamento quanto à percepção vocal, para que classificassem as vozes segundo a mesma escala que os disfônicos utilizaram para opinar acerca de suas próprias vozes. RESULTADOS: por meio do teste de Spearman, constatou-se que houve correlação estatisticamente significante entre os resultados do QVV e a autopercepção vocal, nos domínios social/emocional (p=0,047), físico (p=0,010) e total (p=0,008), porém não houve correlação entre os resultados do QVV e a percepção dos ouvintes leigos, tanto para vogal sustentada, como para fala encadeada (p=0,475 e p=0,152 respectivamente). CONCLUSÃO: Observou-se que quanto pior a opinião do disfônico sobre o impacto da disfonia em sua qualidade de vida, pior a sua autopercepção vocal, mas não observou-se relação entre a qualidade de vida do disfônico e a percepção vocal pelos ouvintes.

Year

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Kasama,Silvia Tieko Brasolotto,Alcione Ghedini

Desenvolvimento do sistema sensório motor oral e motor global em lactentes pré-termo

TEMA: avaliação do desenvolvimento de lactentes nascidos pré-termo. OBJETIVO: avaliar associação entre a idade gestacional (IG) de lactentes nascidos pré-termo com o desenvolvimento motor global e com sinais precoces de alteração do desenvolvimento do sistema sensório motor oral, verificando uma possível associação entre eles. MÉTODO: estudo exploratório que avaliou o desenvolvimento de 55 lactentes com idade cronológica corrigida entre quatro e cinco meses, nascidos pré-termo no Instituto Materno Infantil Professor Fernando Figueira (IMIP) e acompanhados no Ambulatório de Egressos do Programa Mãe Canguru, no período de março a agosto de 2004. A avaliação do desenvolvimento do sistema sensório motor oral foi realizada através de indicadores pré-selecionados e a do desenvolvimento motor global através da Alberta Infant Motor Scale (AIMS). RESULTADOS: os lactentes com menor IG ao nascer (29 a 34 semanas) apresentaram uma mediana mais elevada do índice de sinais de risco na avaliação do desenvolvimento sensório motor oral, quando comparados com os nascidos com maior IG (35 a 36 semanas). Em relação ao desenvolvimento motor, os lactentes com menor IG ao nascer apresentaram um maior percentual de escore da AIMS abaixo do percentil 10 (26%), quando comparado com os nascidos com maior IG (4%) (p = 0,009). A mediana do índice dos sinais de risco para o desenvolvimento sensório motor oral foi significantemente maior entre os lactentes com escore total da AIMS inferior ao percentil 25, quando comparada com os que apresentaram escore igual ou maior que o percentil 25. CONCLUSÃO: a idade gestacional dos lactentes ao nascer influenciou o desenvolvimento do sistema sensório motor oral e motor global em detrimento dos RN com menor IG. Esses achados sugerem uma possível associação entre ambos aspectos do desenvolvimento infantil.

Year

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Castro,Adriana Guerra de Lima,Marilia de Carvalho Aquino,Rebeca Raposo de Eickmann,Sophie Helena

Estudo do benefício e da aclimatização em novos usuários de próteses auditivas

TEMA: benefício e aclimatização. OBJETIVOS: caracterizar o benefício de curto prazo em adultos novos usuários de próteses auditivas, por meio de procedimentos objetivos (ganho funcional) e subjetivos (questionários de auto avaliação) e estudar o fenômeno de aclimatização, a partir da análise dos índices percentuais de reconhecimento de fala (IPRF) dessa população antes da adaptação e após quatro e 16/18 semanas de uso da amplificação. MÉTODOS: participaram deste estudo 16 indivíduos portadores de perda auditiva bilateral simétrica neurossensorial ou mista de grau moderado a severo, novos usuários de próteses auditivas, na faixa etária entre 17 a 89 anos. Nos três momentos da pesquisa: antes da adaptação das próteses auditivas, após quatro semanas e 16/18 semanas, foi realizada audiometria tonal liminar, o IPRF, o limiar de reconhecimento de fala e a aplicação dos questionários: Hearing Handicap inventory for Elderly Screening Version ou Hearing Handicap Inventory for the Adults Screening Version e Abbreviated Profile of Hearing Aid Benefit. Após a adaptação, foi realizado o ganho funcional. RESULTADOS: revelaram diferenças estatisticamente significantes nas medidas objetivas e subjetivas após o uso das próteses auditivas, indicando benefício de curto prazo. Contudo, ao longo do tempo de uso da amplificação não ocorreu uma melhora significante do benefício, sugerindo que este não aumenta com o tempo. Foi observada melhora da média dos IPRF e das medidas subjetivas do benefício auditivo ao longo do tempo de uso da amplificação, contudo estas diferenças não foram estatisticamente significantes. CONCLUSÃO: ocorreu benefício a curto prazo com o uso das próteses auditivas, contudo não foi possível verificar a ocorrência do fenômeno da aclimatização por meio do IPRF.

Year

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Amorim,Raquel Martins da Costa Almeida,Katia de

Análise do perfil das habilidades pragmáticas em crianças pequenas normais

TEMA: habilidades pragmáticas em crianças. OBJETIVO: analisar o perfil das habilidades pragmáticas em crianças pequenas, sem alterações de linguagem e verificar se há diferenças significantes nestas habilidades, considerando o nível sócio-econômico destas crianças. MÉTODO: participaram do estudo 30 crianças, entre 36 e 47 meses, pertencentes a escolas de educação infantil pública e privada, cuja população que freqüenta é de nível sócio-econômico baixo e médio/alto, respectivamente. Foi registrado, em fita VHS, 30 minutos de conversação semi-estruturada entre a criança e o avaliador, sendo transcritos e analisados 20 minutos. RESULTADOS: há maior ocorrência de turnos verbais em relação aos não verbais e ininteligíveis; turnos simples em relação aos expansivos, coerentes em relação aos incoerentes. Houve baixa ocorrência de turnos de iniciação de conversação. Na análise das funções comunicativas predominou a informativa, muito embora todas as outras (instrumental, heurística, nomeação, narrativa, protesto, interativa) tenham sido utilizadas por todas as crianças. Comparando-se o desempenho das crianças das instituições públicas e privadas, constataram-se diferenças estatisticamente significantes para a ocorrência dos turnos verbais, simples e expansivos, e uso da função narrativa, sendo que a maior ocorrência se deu nas amostras de linguagem das crianças da instituição privada. CONCLUSÃO: a análise do perfil das habilidades conversacionais das crianças revelou que elas mais respondem/mantém do que iniciam a conversação, todavia, seus turnos são verbais, em sua maioria, coerentes e simples. Quanto à funcionalidade, a função predominante é a informativa. Aspectos sóciolingúisticos podem interferir nas habilidades pragmáticas de crianças de diferentes níveis sócio-econômicos.

Year

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Hage,Simone Rocha de Vasconcellos Resegue,Marta Maria Viveiros,Daniele Cristina Sedano de Pacheco,Elaine Florentino

Problemas de alimentação em crianças com doença do refluxo gastroesofágico

TEMA: a queixa de problema alimentar é freqüente na faixa pediátrica, podendo apresentar associação com problemas de motilidade digestiva superior. A doença do refluxo gastro-esofágico (DRGE) é considerada hoje em dia um dos fatores de risco para o desenvolvimento de problemas de alimentação. OBJETIVO: verificar a ocorrência de problemas de alimentação em pacientes com DRGE definida pelo exame de pHmetria esofágica de 24 horas. MÉTODO: estudo analítico observacional transversal da das funções estomatognáticas e do comportamento alimentar em crianças com quadro clínico de DRGE e crianças saudáveis. RESULTADOS: foram avaliadas 25 crianças (45,68 ± 34,22 meses; média e desvio padrão) com diagnóstico de DRGE realizado por meio da pHmetria e 40 crianças (60,65 ± 36,07 meses) sorteadas do grupo escolar. Os critérios para a solicitação do exame de pHmetria foram a presença de manifestações como vômito, regurgitação, chiado e pneumonias de repetição. Não houve diferença significativa entre as médias de idade. Houve ocorrência estatisticamente significante (p < 0,05) de problemas de alimentação (PA) e distúrbio das funções orais (distúrbios de sucção, mastigação e deglutição) no grupo de crianças com DRGE. PA de ordem comportamental esteve presente em 44% dos casos e PA de ordem estomatognática em 80%. Cerca de 64% das crianças apresentaram histórico de queixa de problema alimentar, 36% aumento do tempo de alimentação, 68% problemas no desenvolvimento dos padrões orais de alimentação e 60% alteração do modo respiratório nasal. CONCLUSÃO: Crianças com DRGE apresentam maior prevalência de problemas alimentares de ordem comportamental e estomatognática quando comparadas a crianças saudáveis.

Year

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Drent,Larissa Vieira Pinto,Elizete Aparecida Lomazi da Costa

Análise comparativa da eficiência de três diferentes modelos de terapia fonológica

TEMA: terapia fonológica em crianças com desvios fonológicos. OBJETIVO: comparar as mudanças referentes ao sistema fonológico de crianças com desvio fonológico, com base na comparação do número de fonemas adquiridos, número de sons estabelecidos no inventário fonético e traços distintivos alterados, antes e após a terapia, e verificar se houve diferença em relação a estas mudanças de acordo como o modelo de terapia utilizado - Ciclos Modificado, Oposições Máximas e ABAB - Retirada e Provas Múltiplas. MÉTODO: o grupo pesquisado foi constituído por 21 sujeitos, sendo 15 do sexo masculino e 6 do sexo feminino, com desvios fonológicos que já haviam recebido alta do atendimento fonoaudiológico. Foram comparadas a avaliação fonológica inicial e a avaliação após a terapia em relação ao número de sons estabelecidos nos sistemas fonológicos, o número de sons presentes nos inventários fonéticos e os traços distintivos alterados; também foram comparadas as mudanças fonológicas resultantes da aplicação dos três modelos terapêuticos. RESULTADOS: observou-se diferença estatisticamente significante entre as avaliações iniciais e finais nos três modelos quanto aos fonemas estabelecidos no sistema fonológico e traços distintivos alterados, enquanto que no inventário fonético, houve diferença estatística significante somente entre os modelos ABAB - Retirada e Provas Múltiplas e Oposições Máximas. Não houve diferença estatística entre os modelos terapêuticos. CONCLUSÃO: os modelos de terapia foram efetivos no tratamento das crianças com desvio fonológico, pois estas apresentaram evolução nos seus sistemas fonológicos, inventários fonéticos e traços distintivos alterados, não havendo diferença estatisticamente significante entre os modelos.

Year

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Mota,Helena Bolli Keske-Soares,Márcia Bagetti,Tatiana Ceron,Marizete Ilha Filha,Maria das Graças de C. Melo

Efeitos da amplificação sonora sobre as modalidades comunicativas utilizadas pelos pais

TEMA: reabilitação auditiva em crianças surdas usuárias de língua de sinais. OBJETIVO: pesquisar os efeitos da amplificação fornecida pelas próteses auditivas sobre as modalidades comunicativas utilizadas pelos pais, durante a interação com seus filhos surdos. MÉTODO: participaram deste estudo 12 crianças surdas na faixa etária de 50 a 80 meses de idade, cuja modalidade preferencial de comunicação era a viso-espacial (língua de sinais) e seus pais ouvintes. Eram crianças com perda auditiva de grau severo ou profundo na melhor orelha e usuárias de próteses auditivas nas duas orelhas. Foram estudadass a relação de causa-efeito entre o perfil das habilidades auditivas das crianças surdas (medidas de inserção, ganho funcional e a Escala de Integração Auditiva Significativa) e as modalidades comunicativas (auditivo-oral, viso-espacial, bimodal) utilizadas pelos pais. As modalidades comunicativas foram analisadas e comparadas em duas situações diferentes de interação estruturada entre os pais e os filhos, ou seja, quando as crianças não estavam utilizando as próteses auditivas (Situação 1) e quando as crianças estavam utilizando as próteses auditivas (Situação 2). A análise dos dados foi realizada por meio da estatística descritiva. RESULTADOS: o perfil das habilidades auditivas das crianças surdas mostrou-se inferior a 53% (insatisfatório). Predominantemente, os pais utilizaram a modalidade bimodal para ganharem a atenção, transmitirem e finalizarem as tarefas. Evidenciaram-se discretos efeitos positivos da amplificação nas modalidades comunicativas, pois os pais utilizaram mais turnos na modalidade auditivo-oral na Situação 2. CONCLUSÃO: os pais ouvintes tendem a utilizar mais turnos comunicativos na modalidade auditivo-oral para ganharem, transmitirem e finalizarem as tarefas à medida que observam melhora no perfil das habilidades auditivas em seus filhos.

Year

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Couto,Maria Inês Vieira Lichtig,Ida

Resolução temporal: análise em pré-escolares nascidos a termo e pré-termo

TEMA: processamento auditivo. OBJETIVO: verificar o comportamento auditivo de resolução temporal de crianças na faixa etária de cinco a seis anos, nascidas pré-termo, sem evidências de alterações neurológicas e compará-lo com o mesmo comportamento auditivo de crianças na mesma faixa etária, nascidas a termo, com baixo risco para alteração do desenvolvimento, considerando as variáveis: limiar de detecção de intervalo de tempo por freqüência sonora pré-estabelecida apresentada na forma binaural e monoaural por ordem de orelha que iniciou o teste e gênero. MÉTODO: 70 sujeitos: 44 nascidos a termo reunidos em grupos de 20 indivíduos do sexo feminino e 24 do sexo masculino, denominado Grupo 1, e 26 nascidos pré-termo, sendo 12 indivíduos do sexo feminino e 14 do sexo masculino, denominado Grupo 2, foram submetidos a avaliação audiológica composta por audiometria tonal limiar, limiar de reconhecimento de fala, imitânciometria e aplicação do teste de fusão auditiva denominado de Random Gap Detection. RESULTADOS: os nascidos a termo apresentaram menores limiares de detecção de intervalo de tempo no teste de fusão auditiva, nas formas de apresentação binaural e monoaural em todas as freqüências sonoras pré-estabelecidas, do que os nascidos pré-termo com diferença estatisticamente significante. As médias dos limiares de detecção de intervalo de tempo do Grupo 1 aumentaram conforme a freqüência sonora aumentou. No Grupo 2 não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes quanto as médias de limiares de detecção de intervalo de tempo na forma de apresentação binaural e monoaural. CONCLUSÃO: os nascidos pré-termo se diferenciam dos nascidos a termo quanto ao comportamento auditivo de resolução temporal e o teste de fusão auditiva utilizado pode servir como ferramenta para a avaliação do processamento auditivo, uma vez que a detecção precoce de alteração dos processos temporais indica uma intervenção para minimizar ou evitar futuros prejuízos de linguagem.

Year

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Fortes,Ana Beatriz Pereira,Liliane Desgualdo Azevedo,Marisa Frasson de

Versão brasileira do Dizziness Handicap Inventory

TEMA: impacto da tontura na qualidade de vida (QV). OBJETIVO: adaptar culturalmente o Dizziness Handicap Inventory (DHI) para aplicação na população brasileira, avaliar sua reprodutibilidade e descrever os resultados obtidos à aplicação deste questionário em pacientes com tontura crônica. MÉTODO: o DHI foi aplicado, inicialmente, em 45 pacientes com tontura crônica e hipótese diagnóstica de síndrome vestibular, seguindo as etapas de tradução do idioma Inglês para o Português e adapatação lingüística, revisão da equivalência gramatical e idiomática, adaptação cultural e avaliação da reprodutividade intra e interpesquisadores. A avaliação da reprodutividade foi realizada por intermédio do teste de pesquisadores. A avaliação da reprodutividade foi realizada por intermédio do teste de Wilcoxon para duas amostras dependentes, P < 0,05. O instrumento foi aplicado para um total de 250 pacientes para avaliação do impacto da tontura na qualidade de vida de vestibulopatas crônicos. RESULTADOS: a versão brasileira do DHI (DHI brasileiro) foi bem compreendida pelo população estudada. Não foi verificada diferença estatística significante à avaliação da reprodutibilidade inter-pesquisadores (P = 0,418) e intra-pesquisadores (P = 0,244). Todos pacientes apresentaram prejuízo na QV e os aspectos físicos foram os mais prejudicados, seguidos em ordem decrescente pelos aspectos funcionais e emocionais. Os aspectos funcionais mostraram-se mais comprometidos em indivíduos mais velhos. Nenhuma associação foi verificada entre o gênero e as médias do escore total e de cada um dos aspectos avaliados pelo DHI. CONCLUSÃO: o DHI foi adaptado culturalmente para aplicação na população brasileira (DHI brasileiro), mostrando-se confiável para a avaliação da interferência da tontura na QV. Os pacientes com tontura crônica e hipótese diagnóstica de síndrome vestibular apresentaram prejuízo na QV devido a este sintoma, verificados à aplicação do DHI brasileiro. Os aspectos físicos foram os mais prejudicados.

Year

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Castro,Ana Sílvia Oliveira de Gazzola,Juliana Maria Natour,Jamil Ganança,Fernando Freitas

Avaliação perceptiva e instrumental da função velofaríngea na fissura de palato submucosa assintomática

TEMA: a fissura de palato submucosa (FPSM) pode estar associada, ou não, a sintomas de disfunção velofaríngea (DVF). OBJETIVO: o presente estudo teve por propósito verificar se pacientes com FPSM diagnosticados como assintomáticos em uma avaliação perceptiva da fala apresentam ausência de hipernasalidade e fechamento velofaríngeo adequado em exame instrumental. MÉTODO: vinte pacientes com FPSM e sem sintomas de DVF, de ambos os gêneros, com idade entre 6 e 46 anos, foram submetidos à avaliação acústica da fala (nasometria), para a determinação da nasalância, o correlato acústico da nasalidade, e, à avaliação aerodinâmica da fala (técnica fluxo-pressão), para a determinação do fechamento velofaríngeo. A total concordância entre os resultados aferidos na avaliação perceptiva e nas avaliações instrumentais foi a hipótese de nulidade testada. RESULTADOS: a avaliação aerodinâmica confirmou integralmente as observações da avaliação perceptiva, ou seja, todos os 20 pacientes foram diagnosticados como tendo fechamento velofaríngeo adequado em ambas as modalidades de avaliação. Os resultados da nasometria, por sua vez, concordaram com os da avaliação perceptiva em apenas 15 dos 20 pacientes analisados (75% dos casos). Os 5 pacientes restantes (25%) apresentaram escores de nasalância sugestivos de hipernasalidade na nasometria, não constatada na avaliação perceptiva, levando, neste caso, à rejeição da hipótese de nulidade. CONCLUSÃO: os resultados mostram a importância do uso combinado de avaliação perceptiva e instrumental para o diagnóstico da DVF em casos de FPSM. Com base nos achados recomenda-se o acompanhamento periódico dos casos considerados assintomáticos em avaliação perceptiva da fala e que apresentem evidências de DVF em uma avaliação instrumental, como a nasometria, particularmente em se tratando de crianças, mais sujeitas ao desenvolvimento de sintomas com o avanço da idade.

Year

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Miguel,Haline Coracine Genaro,Kátia Flores Trindade,Inge Elly Kiemle

P300 em sujeitos com perda auditiva

TEMA: as avaliações comportamentais e eletrofisiológicas contribuem para o entendimento do sistema auditivo e do processo de intervenção. OBJETIVO: estudar P300 em sujeitos com perda auditiva neurossensorial congênita, segundo as variáveis gênero, idade e grau da perda auditiva. MÉTODO: a presente investigação consiste em um estudo descritivo, transversal. Foram examinados 29 sujeitos, sendo 15 do gênero masculino e 14 do gênero feminino, com idade entre 11 a 42 anos. Os critérios de elegibilidade para composição da amostra foram: idade superior a 11 anos e inferior a 45 anos; ser portador de deficiência auditiva congênita severa ou profunda; não apresentar outro tipo de distúrbio; não apresentar perda auditiva central e/ou comprometimento condutivo. A primeira etapa caracterizou-se por avaliação comportamental auditiva e fisiológica que incluiu: audiometria tonal limiar (via aérea e via óssea), logoaudiometria - LDV e medidas do ganho funcional para os sujeitos que faziam uso de próteses auditivas, Imitanciometria: curva timpanométrica e pesquisa dos reflexos ipsi e contra-laterais, registro das emissões otoacústicas (EOA) - emissões otoacústicas transitórias (EOAT) e emissões otoacústicas por produto de distorção (EOAPD). A avaliação eletrofisiológica constituiu a quarta etapa do procedimento de coleta de dados e incluiu: potenciais auditivos evocados de tronco encefálico (PEATE) e de longa latência (P300). RESULTADOS: o P300 foi registrado em 17 sujeitos, com latência e amplitude média de 326,97ms e 3,76V, respectivamente. Apresentou diferenças significantes da latência em relação à idade (p < 0,03 para derivação CzA2 e p < 0,02 para derivação CzA1) e da amplitude, segundo o grau da perda auditiva (p < 0,0015). CONCLUSÃO: o P300 pode ser registrado em sujeitos com perda auditiva.

Year

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Reis,Ana Cláudia Mirândola Barbosa Iório,Maria Cecília Martinelli

A eficácia da reabilitação em disfagia orofaríngea

TEMA: eficácia da reabilitação em disfagia orofaríngea. A atuação fonoaudiológica com disfagia orofaríngea em nosso País alcançou proporções significativas e merece neste momento atenção para que esta atuação esteja baseada em evidências científicas. As técnicas terapêuticas e a eficácia da reabilitação em disfagia orofaríngea têm sido estudadas desde a década de 70, alcançando seu ápice na década de 80 e 90. Poucos estudos têm relatado a eficácia da reabilitação em disfagia orofaríngea, sendo mais freqüente aqueles que têm se preocupado em provar os efeitos da técnica terapêutica na dinâmica da deglutição. No Brasil, as pesquisas em disfagia orofaríngea têm valorizado os procedimentos de avaliação, sendo poucos os trabalhos que tratam da reabilitação. OBJETIVO: apresentar uma análise crítica sobre a eficácia da reabilitação em disfagia orofaríngea. CONCLUSÃO: este artigo de revisão aponta que estudos não randomizados têm comprometido os resultados, uma vez que a casuística das pesquisas têm utilizado amostras muito heterogêneas, que incluem disfagias orofaríngeas mecânicas e neurogênicas ocasionadas por distintas etiologias. Além disto, os programas terapêuticos empregados são pouco descritivos comprometendo a reprodução por parte de outros pesquisadores. Tais achados sugerem a necessidade de estudos mais randomizados, talvez inicialmente por meio de estudos de casos que possam excluir as variáveis do controle da eficácia terapêutica. Outra sugestão seria empregar, assim como as pesquisas atuais têm proposto, escalas que possam medir o impacto do treinamento de deglutição nas condições nutricionais e pulmonares do indivíduo disfágico. Uma importante área da pesquisa, relacionada ao controle da eficiência e eficácia terapêutica, está nos estudos que objetivam estabelecer o grau de redução de custos hospitalares e em empresas de home care, mediante a atuação do fonoaudiólogo com a disfagia orofaríngea.

Year

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Silva,Roberta Gonçalves da

Confiabilidade do instrumento de avaliação da prontidão do prematuro para alimentação oral

TEMA: a transição da alimentação gástrica para via oral do bebê pré-termo é uma das maiores preocupações da equipe de saúde que assiste a esta população e necessita de um critério objetivo que auxilie o início desta transição. OBJETIVO: testar a confiabilidade de um instrumento de avaliação da prontidão do bebê prematuro em iniciar a transição da alimentação gástrica para via oral. MÉTODO: o instrumento é constituído dos seguintes itens: idade corrigida; estado de consciência; postura e tônus global; postura dos lábios e língua; reflexo de procura, sucção, mordida e vômito; movimentação e canolamento de língua; movimentação de mandíbula; força de sucção; sucções por pausa; manutenção do ritmo de sucção por pausa; manutenção do estado alerta e sinais de estresse. O estudo foi realizado na Unidade de Cuidados Intermediários do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo e a amostra foi constituída de 30 bebês pré-termo que atenderam aos seguintes critérios de inclusão: idade gestacional corrigida menor ou igual a 36 semanas e 6 dias; clinicamente estáveis; ausência de deformidades faciais, distúrbios respiratórios, cardiovasculares, gastrointestinais e neurológicos ou síndromes que impedem ou dificultam a alimentação oral; e não terem recebido alimentação láctea por via oral. A confiabilidade foi determinada através aplicação do teste Kappa para verificar a concordância entre avaliadores. RESULTADOS: os itens cujos valores atingiram concordância excelente foram: estado comportamental, postura e tônus global, postura de lábios e língua, reflexo de vômito e manutenção do estado alerta; os itens que atingiram concordância satisfatória: reflexo de procura, sucção e mordida, movimentação da mandíbula, força de sucção e sucção por pausa; apenas os itens canolamento de língua, manutenção da sucção por pausa e sinais de estresse atingiram concordância insatisfatória. CONCLUSÃO: de forma geral, os itens do instrumento apresentam confiabilidade adequada entre os observadores.

Year

2022-12-06T15:50:03Z

Creators

Fujinaga,Cristina Ide Zamberlan,Nelma Ellen Rodarte,Milena Domingos de Oliveira Scochi,Carmen Gracinda Silvan