RCAAP Repository
Aspectos fenológicos, ecológicos e de produtividade do biribá (Rollinia mucosa (Jacq.) Baill.)
Resumo São apresentados dados sobre fenologia, ecologia e produtividade do Biribá (Rollinia mucosa (Jacq.) Baill.). A floração e início de frutificação ocorrem, na região de Manaus, na época de menos precipitação. Foram encontradas quatro espécies de besouros da família Chrysomelidae visitando as flores. A produção de frutos foi equivalente, em média, a aproximadamente. 32% da produção de flores, apresentando correlações significativas entre o número de flores e os outros parâmetros de produção.
1981
Falcão,Martha de Aguiar LIeras,Eduardo Kerr,Warwick Estevam Carreira,Léa Maria Medeiros
A note on Nectandra (Lauraceae), with the description of a new species
Abstract The author describes a new species of Lauraceae from Amazonia, Nectandra spumea Kubitzki sp. n., and gives critical comments on the possible distinctions among the genera Ocotea, Nectandra and Pleurothyrium, especially between the first two.
1981
Kubitzki,Klaus
Ecologia de sementes de Pithecolobium racemosum Ducke. ()
Resumo Observações da frutificação, predação e germinação de sementes, levando em consideração a luminosidade e a alelopatia, bem como o crescimento inicial de Pithecolobium racemosum Ducke, são aqui expostos. A produção de frutos mostra um padrão bienal, com predação de sementes por "periquito" (Aratinga sp.) variando de moderada a grande nos anos de safra, a severa nos anos de contra-safra. A alta percentagem de germinação de sementes dentro dos frutos quando estes se encontram ainda na árvore assim como a produção rápida e sincrônica de plântulas podem ser explicados como adaptações para evitar predação de sementes no chão da floresta. Todos estes passos têm eventualmente uma forte influência na dinâmica da população de plântulas de P. racemosum. Não foi encontrada evidência de efeitos aleopáticos em P. racemosum, seja de adultos sobre as plântulas, seja de plântulas entre si. Qualidade e quantidade de luz não afetam a germinação, podendo, porém, ter um papel importante no crescimento das plântulas.
1981
Leite,Angela M. C. Rankin,Judy M.
Efeito da presença e do número de indivíduos de Pontoscolex corethurus (Glossoscolecidae, Oligochaeta) sobre a população total de microorganismos do solo.
Resumo Para verificar se. na Amazônia, as minhocas exercem a mesma influência sobre os microorganismos do solo constatada em outras regiões tropicais e temperadas, foi feita a contagem do número total de microorganismos do solo em cubas contendo diferentes números de minhocas. Foi observado que a presença de minhocas, independente do seu número, fez aumentar a população microbiana no decorrer do tempo. Este aumento deve-se ao fornecimento de um substrato (matéria orgânica) que proporciona energia e principalmente, ao aparecimento dos excrementos das minhocas em todo o perfil das cubas.
1981
Guerra,Rafael Torquemada Asakawa,Neuza
O ciclo hidrológico em áreas cobertas pela floresta tropical. A propósito do processo de formação das nuvens tipo "Cumulus esfarrapadus"
Resumo A formação das nuvens do tipo "cumulus esfarrapadus" nas áreas cobertas pela floresta tropical, na Amazônia, é a evidência observável da interferência deste tipo de cobertura vegetal no comportamento do ciclo hidrológico. A partir da observação direta e sensível do fenômeno, concluiu-se que certa percentagem da água da chuva é evaporada antes que esta atinja o solo: sendo, portanto, a transpiração foliar e a evaporação da água da chuva antes que atinja o solo, formas normais de adição de umidade para a atmosfera que envolve a floresta trcpical. O processo de formação das nuvens do tipo "cumulus esfarrapadus" é deduzido teoricamente, à espera de informações quantitativas que lhe garanta a validade.
1981
Ribeiro,Antonio Giacomini
Hidroquímica da Amazônia Central III. Química da água de lavagem da floresta no ecossistema Campina Amazônica (Stemflow)
Resumo No periodo de junho de 1974 a maio de 1975, foi estudada, através de análises químicas, a água de lavagem da floresta em três agrupamentos florísticos na Reserva Biológica de Campina. Esta abordagem procurou quantificar a entrada de íons e compostos orgânicos nutritivos usados por macro e micropopulações como fonte de energia e alimento, lixiviados através das precipitações do dossel da floresta. Os resultados das determinações químicas e físico-químicas (médias mensais) mostraram que nos três agrupamentos existem pequenas diferenças individuais nas quantidades carreadas de P-total N-NO-3 e Ca2+, enquanto que N-NH2+4, N-Orgânico, N-total e Mg2* apresentaram diferenças quantitativas apreciáveis. Entretanto as maiores quantidades lixiviadas foram de material orgânico. Os compostos nitrogenados mostraram ser mais facilmente carreados, seguidos em ordem decrescente do cálcio, magnésio e fósforo total em todo o sistema, exceção feita à campina onde a concentração de magnésio superou a do cálcio. As variações sazonais observadas com a liberação e transporte de nutrientes do dossel da floresta para o solo, estão intimamente ligadas à duração, à intensidade e à distribuição da precipitação pluvial, na área estudada.
1981
Santos,Antonio dos Ribeiro,Maria de Nazaré Góes Ribeiro,Jorge Salomão B. Bringel,Sérgio Roberto B.
Níveis séricos de vitamina "A" em operários de Manaus, Amazonas
Resumo O estado nutricional relacionado à vitamina "A" foi estudado em 382 operários de ambos os sexos, de classe sócio-econômica baixa em quatro fábricas de Manaus, através da utilização dos níveis de Retinol e caroteno séricos e inquérito alimentar nas últimas 24 horas. Pôde-se constatar que os níveis séricos "abaixo de aceitáveis" de retinol em operários de três fábricas foi acima de 15% e o caroteno nos operários das quatro fábricas foi de 51,1%. Os níveis séricos não mostraram diferenças significativas por faixa de renda, mas o consumo de vitamina "A" equivalentes em operários com níveis séricos de retinol alto eram significativamente mais altos do que os com níveis séricos de retinol baixo. A adequação de consumo de vitamina "A" nas duas fábricas que ofereciam alimentação foi superior às necessidades recomendadas, enquanto as outras duas apresentaram um déficit de consumo de, aproximadamente, 45%.
1981
Marinho,Helyde Albuquerque França,Thelma Suely Rebelo,Yolanda Silva Shrimpton,Roger
Desenvolvimento de árvores nativas em ensaios de espécies 2. Jacareúba (Calophyllum angulare A.C. Smith).
Resumo Os autores apresentam o desenvolvimento da Jacareúba (Calophyllum angulare A. C. Smith) Guttiferae, em cinco parcelas experimentais diferentes, sendo duas plantadas em plena abertura, duas sob sombra de floresta primária submetida a cortes do sub-bosque e uma sob sombra de floresta secundária. Analisam o crescimento da espécie em diâmetro, altura total, volume real com casca, incrementos médio anual e periódico anual para duas variáveis (altura e volume), incrementos/ha/ano e a percentagem de sobrevivência anual em cada parcela. Concluem que o maior desenvolvimento da espécie ocorre em plantio feito em plena abertura e a recomendam para futuros projetos de reflorestamento na região amazônica, visando produção de madeira.
1981
Alencar,Jurandyr da Cruz Fernandes,Noeli Paulo Loureiro,Arthur A.
Desempenho de um aquecedor solar de água em Manaus
Resumo Um aquecedor solar de água comercial para fins domésticos foi testado em Manaus tanto no verão quanto no inverno. O desempenho foi medido em função da radiação incidente, observando-se a temperatura da água no reservatório e na entrada e na saída do coletor. A velocidade de termossifonagem foi medida através de uma injeção de tinta em tubulação transparente. A eficiência variou durante o dia. O valor máximo observado foi do 58% e valores de 37% são mostrados nos dados analisados em detalhe. O ângulo de inclinação (de 4 até 25°) não teve influência significativa no desempenho dos coletores. Agua quente (150 l) acima de 45°C seria obtida em pelo menos 93% dos dias do ano.
1981
Harwood,John Harry Almeida,Ronaldo de
Alarma e defesa no ninho de Synoeca surinama (L) (Hymenoptera: Vespidae) ()
Resumo Relaciona-se neste estudo o comportamento social da comunicação durante o alarma e defesa do ninho de S. surinama na presença de vespas S. surinama de colônias diferentes e vespas Polistes canadensis. Incriminam-se aspectos visuais e feromônios como estímulos de excitação e ataque, e relacionam-se os fatores necessários para produzir alarma geral no ninho, como são: golpes sobre o invólucro e tempo de vibração das asas das guardiãs dos ninhos.
1981
Castellón,E. G.
Neuroptera of the Amazon Basin. Part 2. Dilaridae
Abstract Three new species of Nallachius (Neuroptera: Dilaridae) are described from the Amazon Basin.
1981
Penny,Norman D.
Review of the generic level classification of the New World Ascalaphidae (Neuroptera)
Abstract The higher classification of New World Ascalaphidae is modified to reflect new information and many changes proposed in various papers over the past 70 years. The attempt has been made to retain as much as possible the traditional conceptual structure, whenever warranted. Keys and synoptic descriptions are provided for American subfamilies, tribes and genera. One new synonomy (Episperches Gerstaecker = Amoea Lefèbvre), one new name (Ascalobyas for Byas Rambur) and one new genus (Neohaploglenius) are proposed.
1981
Penny,Norman D.
Especificidade das descargas do órgão elétrico em espécies de Gimnotóides simpátricos do rio Negro
Resumo Descargas do órgão elétrico (EODs) de seis espécies simpátricas, habitantes de lama de gimnotóides do rio Negro ocupam áreas não sobrepostas de picos de freqüência e taxa de repetição. Como os eletrorreceptores são conhecidos como os mais sensíveis dentro do pico de freqüência da espécie, a evolução da EODs com espectros específicos para espécie minimizaria a conversação cruzada das espécies na comunicação social.
1981
Heiligenberg,Walter Bastian,Joseph
Criação e evolução histórica do INPA (1954-1981)
Resumo Retrata a criação, instalação e evolução histórica do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia — INPA. mostrando as atividades cientificas e administrativas dos seus 12 Diretores que vão de 1954 a 1981. Descreve o grande desenvolvimento atingido pelo INPA nos seus 27 anos de existência, sob a direção do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
1981
Rodrigues,William A. Silva,Marlene Freitas da Silva,Algenir Ferraz Suano da Ribeiro,Maria de Nazaré Góes
O Departamento de Ciências Agronômicas
Resumo O Departamento de Ciências Agronômicas foi criado em 1975, pelo ex-Diretor do INPA, Prof. Dr. Warwick E. Kerr. A Divisão de Genética e Melhoramento concentra suas atividades no melhoramento de hortaliças e leguminosas e na coleta, análise, testes de adaptação e desenvolvimento de variedades de espécies indígenas com potencial olerícola. Aproxima-se, no momento, de seus primeiros resultados de real expressão prática, com perspectiva do lançamento de 4 novas variedades. A Divisão de Fruticultura iniciou suas atividades com experimentos de sistemas de produção de frutíferas em consorciação em 1976 e 1977 e com as primeiras coletas de germoplasma de espécies indígenas. Atualmente dedica atenção prioritária às seguintes espécies: pupunha, graviola, cupuaçu, sapota, mapati, araçá-boi, araçá-pera, camu-camu e lucuma. Foram instalados diversos experimentos de adubação e espaçamento e feitas novas introduções de pupunha e sapota. A Divisão de Fitossanidade iniciou suas atividades em meados de 1980, concentrando-se na constatação e confirmação das doenças nas principais culturas estudadas pelo INPA, para posterior estudos de métodos de controle ecologicamente aceitáveis. A Divisão de Agricultura de Sobrevivência tem como objetivo desenvolver uma agricultura mais apropriada para a região, conhecida pela sua ecologia frágil e que sofre os efeitos da agricultura convencional. Assim, estão sendo desenvolvidos vários trabalhos básicos sobre utilização de biomassa, ciclagem de nutrientes, os efeitos do homem sobre essa ciclagem, sistemas agroflorestais e experiências práticas sobre sistemas alternativos de agricultura. A Divisão de Solos realiza no momento pesquisas sobre o comportamento dos solos da Amazônia, conservação dos solos e controle da erosão, levantamento de nodulação de leguminosas florestais e outras, fixação de nitrogênio em plantas aquáticas e cupins e solubilização de fosfatos naturais. A Divisão de Fontes Alternativas de Energia desenvolve projetos de uso de correnteza de rios como fonte de energia, gasogênio com carvão vegetal, estufa solar e biogás.
1981
Weigel,Peter Bueno,Carlos Roberto Clement,Charles R. Alves,María Luiza Ranzanl,Guido Asakawa,Neuza Harwood,John
Departamento de Botânica
Resumo É apresentado um histórico das atividades do Departamento de Botânica desde a sua criação em 1954, quando foi denominado de Serviço de Estudos Florestais, depois (1956) Centro de Pesquisas Florestais, que após extinto passou à 3.ª Divisão até 1975. Desta data até 1979 a botânica fazia parte da Divisão de Biologia, passando então a Departamento, constituído de 5 Divisões: Taxonomia (plantas superiores e inferiores), Anatomia (madeira e foliar). Palinologia (fóssil e recente), Ecofisiologia e Projeto Flora. Fazem parte do Departamento atualmente 5 pesquisadores PhD, 7 MSc, 7 Bacharéis e 28 auxiliares técnicos e de apoio geral.
1981
Absy,Maria Lúcia Silva,Marlene F. da Rodrigues,William A. Loureiro,Arthur A. Lleras,Eduardo
Departamento de Ciências Médicas
Resumo O Departamento Médico do INPA nasceu com o Instituto, em 27 de julho de 1954. Desde aquela data tem se dirigido a estudo dos problemas de saúde do homem da Amazônia. O histórico do Departamento é relatado, destacando três fases de atuação nas épocas dos Diretores: Djalma Batista, Paulo de Almeida Machado e Warwick Estevan Kerr. Os trabalhos são revisados em três áreas: estudos sobre os agentes das doenças da Amazônia: estudos sobre os vetores dos parasitas (sendo destacados os trabalhos de Nelson Cerqueira, sobre a transmissão da Mansonella ozzardi); e estudos relacionados ao homem. Conclui com a contribuição do Departamento ao desenvolvimento da Medicina Tropical e Saúde da Amazônia.
1981
Alencar,Fernando Helio Shrimpton,Roger
O Departamento de Ecologia
Resumo O Departamento de Ecologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, teve início no ano de 1970 com o nome de Secção de Fatores Ambientais, que compreendia os laboratórios de Climatologia, Hidrologia, Limnologia e Pedobiologia. Em 1971, o Sr. Diretor do INPA, Dr. Paulo de Almeida Machado, dando nova estrutura à Instituição, transformou a Secção de Fatores Ambientais em Divisão de Ciências do Ambiente. Em 1975, foi estruturado o Departamento de Ecologia que funcionou com 3 Divisões: Ciências do Ambiente, Limnologia e Pedobiologia. A partir de 1979, o Departamento de Ecologia vem funcionando com 4 Divisões de Pesquisas: Ciências do Ambiente, Bioecologia, Limnologia e Entomologia. duas atividades de pesquisas estão voltadas para o estudo do ambiente físico e químico dos organismos: enfatizando os grandes ciclos da água, do carbono, dos nutrientes minerais, bem como o balanço de energia, nos grandes ecossistemas da Amazônia: para o estudo da ecologia de populações e comunidades biológicas incluindo o Homem: dedicando-se ao estudo dos processos ecológicos nos rios e lagos da Amazônia; e o estudo da sistemática e ecologia dos insetos. O Departamento conta com a colaboração de 31 pesquisadores sendo 14 Ph.D (3 visitantes), 9 M.Sc (1 visitante) e 8 graduados.
1981
Ribeiro,Maria de Nazaré Góes
O Departamento Peixe/Pesca
Resumo Este artigo relata o histórico da formação do atual Departamento Peixe/Pesca do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Atualmente o Departamento é formado por seis divisões. A Divisão de Pesca efetua a avaliação dos recursos pesqueiros através dos dados de captura e desembarque, de observações em campo dos métodos de captura, do comportamento da frota pesqueira, etc. A Divisão de Biologia de Peixes realiza a caracterização sistemática das espécies de peixes da Amazônia, o estudo da alimentação e da reprodução das espécies relacionadas com o ciclo anual das águas, bem como de parasitas e ictiopatologia. A Divisão de Ecologia Aquática encarrega-se da obtenção de dados limnológicos de lagos e rios da região amazônica, abrangendo a caracterização dos diferentes tipos de água encontrados (preta, branca, clara) e o estudo das macrófitas aquáticas e suas possibilidades de utilização na agropecuária. A Divisão de Tecnologia do Pescado efetua estudos da composição química do pescado regional, desenvolve métodos de preservação como salga, secagem, defumação, etc., bem como a análise dos padrões de controle da qualidade. A Divisão de Piscicultura desenvolve métodos de cultivo intensivo e semi-intensivo das espécies regionais, de técnicas de reprodução natural e artificial e a experimentação de rações naturais e artificiais. A Divisão de Mamíferos Aquáticos estuda a biologia, a ecologia e a fisiologia do peixe-boi da Amazônia e de duas espécies de golfinhos de água doce.
1981
Resende,Emiko Kawakami de Carvalho,Francisco Martinho Castelo,Francisco Pereira Soares,Maria Gercília Mota Almeida,Raimunda Gonçalves de Annibal,Sérgio Roberto Pereira Best,Robin Christopher Thatcher,Vernon Everet
A pesquisa em Química no INPA
Resumo O autor, a título de divulgação e reconhecimento pelo esforço que o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e seus pesquisadores fizeram pelo desenvolvimento da química de produtos naturais na região, ao longo de 25 anos, relata um breve histórico desta Jornada.
1981
Maia,J. G. Soares