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Utilização de endoprótese auto expansível ("stent") posicionada na aorta torácica do cão
Este trabalho tem como objetivo a análise histológica de segmentos de aorta de cães submetidos ao implante de endopróteses ("stents" recobertos com Dacron). Para este fim, abordamos a aorta abdominal infra-renal por laparotomia paramediana esquerda. Após a heparinização, introduzimos neste segmento de aorta o cateter contendo o "stent" até a aorta torácica, onde procedemos à sua expansão. Todos os cães sobreviveram e foram sacrificados com 30, 60, 90 e 180 dias. A análise histológica demonstrou a perfeita integração da prótese com a parede da aorta e formação de uma neoíntima recobrindo a gaiola metálica. Acreditamos que a utilização dos "stents" deva contribuir para melhorar os resultados da correção cirúrgica das doenças da aorta.
2022-12-06T14:00:36Z
PAULA,Ivan Antônio Machado de PALMA,José Honório BRANCO,João Nelson R. GOLDENBERG,Saul MARCELINO,Márcia GEISTHOVEL,Nikolaus BUFFOLO,Ênio
Cardioplegia sangüínea normotérmica intermitente anterógrada: estudo experimental em coelhos
Objetivos: Investigar a proteção miocárdica proporcionada pela infusão anterógrada intermitente, durante 60 minutos, de solução cardioplégica sangüínea a 37°C, em corações normais isolados de coelhos. Material e Métodos: Foram estudados 32 coelhos da raça Nova Zelândia, divididos em grupos, Experimental e Controle. O estudo foi realizado em 2 fases: Fase I: Estudo metabólico após isquemia sem reperfusão, Fase II: Estudo metabólico e funcional após reperfusão. A reperfusão foi realizada utilizando-se um sistema de perfusão parabiótica. Determinou-se o glicogênio miocárdico e a respiração mitocondrial no miocárdio ventricular, imediatamente ao final do período de infusão intermitente da solução cardioplégica (Fase I) e após reperfusão sangüínea (Fase II), durante a qual analisou-se, também, a função ventricular esquerda (dP/dtmax). Resultados: Detectou-se queda significativa nos níveis de glicogênio miocárdico de 58% em relação ao controle, ao final do período de infusão (Fase I). Na fase com reperfusão (Fase II), as diferenças no glicogênio miocárdico entre o grupo experimental e seu controle não foram significativas. A análise da respiração mitocondrial não mostrou diferenças significativas entre os grupos experimentais e seus controles, quer seja nas fases com ou sem reperfusão. Os valores da dP/dtmax, na Fase II foram de 903,39 ± 113,46 mmHg/s e 1.043 ± 256,94 mmHg/s, para o grupo experimental e controle, respectivamente. A diferença entre os valores não foi significativa. Conclusões: A infusão anterógrada intermitente a cada 20 minutos, durante 60 minutos, de solução cardioplégica sangüínea a 37°C, mostrou-se um método eficaz de proteção miocárdica em corações normais de coelhos.
2022-12-06T14:00:36Z
RODRIGUES,Alfredo José SADER,Albert Amin VICENTE,Walter V. A. BASSETTO,Solange
Contratura isquêmica do miocárdio: estudo experimental em ratos
A contratura isquêmica do miocárdio (CIM) tem sido muito utilizada na investigação da fisiopatologia da isquemia global do coração. Este trabalho descreve um modelo experimental adequado ao estudo da CIM, em ratos. Foram empregados 8 animais da raça Wistar, anestesiados com éter sulfúrico. O coração, removido rapidamente por toracotomia, foi imerso em solução de NaCl 0,9% a 37°C. Por meio de um cateter-balão de látex introduzido na cavidade ventricular esquerda, insuflado sob pressão de 20 mmHg e conectado a um eletrofisiógrafo, registrou-se o início da CIM (TCI) e sua intensidade (IC). A dP/dT do fenômeno foi calculada. Definiu-se uma elevação de 5 mmHg na linha de base do traçado como indicativa do início da contratura. O ponto de inflexão da curva representou a intensidade da contratura (IC). A dP/dT foi calculada. Os resultados (média ± desvio padrão) obtidos foram semelhantes aos da literatura: TCI (min) = 15,5 ± 0,59; IC (mmHg) = 62,0 ± 5,81; dP/dT (mmHg/min) = 14,2 ± 3,05.
2022-12-06T14:00:36Z
VELUDO,Eduardo Tiveron ARANHA,Alexandre Luiz PACCHIONI,Alexandre OLIVEIRA,Gustavo Ribeiro de SADER,Albert Amin VICENTE,Yvone Avalloni de Moraes V. A. VICENTE,Walter V. A.
Tratamento cirúrgico da artéria coronária direita intra-atrial
A localização intracavitária da artéria coronária é rara. Segundo Ochsner & Mills (1), ela ocorreu com a artéria coronária direita em 0,9% e com o ramo interventricular em 0,2%. A localização da lesão e as condições patológicas relacionadas ao comprimento e diâmetro da coronária podem auxiliar na exposição da coronária intracavitária para uma revascularização apropriada. Freqüentemente os cirurgiões não estão habituados com a posição intracavitária e, durante a dissecção, podem abrir uma câmara cardíaca onde o vaso penetra. Os problemas que podem advir dai são a entrada de ar para a cavidade, a dificuldade na exposição do vaso, o sangramento e a obstrução da artéria durante o fechamento da miotomia. São relatados os casos de 3 pacientes que necessitaram de revascularização cirúrgica do miocárdio e que apresentavam a artéria coronária direita intracavitária. A localização e o comprimento da porção intracavitária da artéria auxiliam no manejo intra-operatório. A técnica utilizada para o fechamento da cavidade variou entre a anastomose na posição intracavitária com o fechamento da miotomia ao redor do enxerto (Figura 1), a liberação da artéria coronária para uma posição superficial (Figura 2), seguida da anastomose e fechamento da cavidade com sutura simples, feita subepicárdica.
2022-12-06T14:00:36Z
IGLÉZIAS,José Carlos R. DALLAN,Luís Alberto OLIVEIRA JÚNIOR,J. L. LOURENÇÃO JÚNIOR,Artur STOLF,Noedir A. G. OLIVEIRA,Sérgio Almeida de VERGINELLI,Geraldo JATENE,Adib D.
Fístula arteriovenosa coronário- pulmonar: tratamento cirúrgico
Fístulas arteriovenosas coronárias pertencem a um grupo de lesões cardíacas de difícil diagnóstico, por não apresentarem sintomas; quando suspeitadas de ocasionar o quadro clínico de um paciente, ou descobertas em exame de rotina, devem ser pesquisadas para o tratamento adequado. É relatado o caso de homem de 65 anos de idade, com história de precordialgia súbita, evoluindo para IAM de parede inferior, cuja investigação revelou a presença de fístulas de artérias coronárias direita e esquerda para tronco pulmonar. Após tratamento clínico seguido da operação, demonstrou resultados satisfatórios.
2022-12-06T14:00:36Z
CÉSAR,Cláudio Albernaz ARAKAKI,Nilo BARBOSA,Carlos Idelmar C. FERREIRA JÚNIOR,Wilson COUTO,Gustavo José Ventura JAZBIK NETO,João
Monitorização de transplante cardíaco usando análises do eletrograma intracavitário
Uma série de registros do eletrograma intracavitário tem sido utilizada para monitorização não invasiva da rejeição em pacientes transplantados usando um marcapasso de dupla câmara e eletrodos endocavitários revestidos com estrutura fractal. Os sinais têm sido avaliados usando o sistema CHARM (Computerized Heart Acute Rejection Monitoring _ sistema computadorizado para monitorização da rejeição cardíaca aguda). Os relatórios obtidos com este sistema contêm curvas com parâmetros sensíveis à rejeição, que demonstram uma boa correlação com a clínica e os resultados das biópsias convencionais. A monitorização a longo prazo, usando estas análises, mostrou ser uma ferramenta valiosa no acompanhamento destes pacientes.
2022-12-06T14:00:36Z
BROFMAN,Paulo Roberto S. COSTA,Iseu Affonso da LOURES,Danton R. da Rocha SCHREIER,G. KASTNER,P. HUTTEN,H. SCHALDACH,Max
Resultados imediatos e tardios da correção cirúrgica da dissecção aguda da aorta (tipo A)
Realizamos uma análise retrospectiva do tratamento cirúrgico da dissecção aguda da aorta do tipo A no período compreendido entre janeiro de 1986 a dezembro de 1996. Foram tratados 64 pacientes com idade média de 52,6 ± 10,9 anos, sendo a maioria do sexo masculino (64,1%). Em 17 casos (26,6%) havia rotura intrapericárdica da dissecção; a fenda de origem da dissecção encontrava-se na aorta ascendente em 58 pacientes (90,6%) e no arco aórtico nos demais (9,4%). O tratamento básico compreendeu a ressecção da aorta ascendente com substituição por prótese de pericárdio bovino, embora outras técnicas tenham sido empregadas em um pequeno número de pacientes, no início de nossa experiência. A hipotermia profunda com parada cardiocirculatória foi usada em 32,8% dos pacientes, de forma crescente nos últimos anos. A valva aórtica do paciente foi preservada em 76,5% das vezes. A mortalidade global foi de 28,1% (18 pacientes), porém significativamente menor nos últimos 4 anos (17,8%). Na evolução tardia houve 4 óbitos, sendo 2 de causa indeterminada e os outros 2 por AVC e embolia pulmonar, respectivamente. Reoperações foram necessárias em 7 pacientes, sem mortalidade, sendo a causa principal da reoperação a progressão da insuficiência aórtica. Nesse período de observação não houve falência estrutural das biopróteses nem dos enxertos de pericárdio bovino. Esta experiência nos reforça uma tática mais radical no tratamento das dissecções agudas do tipo A, com maior liberdade na substituição da valva aórtica e na utilização da hipotermia profunda em quase todos os pacientes.
2022-12-06T14:00:36Z
GONTIJO FILHO,Bayard COLLUCI,Flávio Coelho FANTINI,Fernando Antônio VRANDECIC,Mário O.
Resultados a longo prazo da reconstrução da via de saída do ventrículo direito com monocúspide porcina
O benefício hemodinâmico e funcionamento tardio das monocúspides implantada na via de saída do ventrículo direito são pontos que continuam controversos na literatura. Com o objetivo de se estudar o comportamento tardio de uma monocúspide porcina montada em remendo de pericárdio bovino, 45 pacientes selecionados, portadores de diversos tipos de cardiopatia congênita operados entre junho de 1989 e abril de 1996, foram acompanhados até dezembro de 1996. A idade variou de 2 semanas a 18 anos (média 4,8 ± 4,7 anos). Ocorreram 5 óbitos hospitalares, diretamente relacionados à condição clínica pré-operatória e à complexidade da doença. Com 3 pacientes não tendo sido encontrados para acompanhamento, 37 foram seguidos por um período que variou de 6 a 90 meses (média 4,8 ± 19,0 meses). Não houve mortalidade tardia. Dois pacientes foram reoperados, sendo o primeiro após 24 meses devido a insuficiência pulmonar grave em criança portadora de síndrome da valva pulmonar ausente e o segundo após 23 meses devido a estenose pulmonar infundibular residual. À reoperação, os enxertos mostravam-se bem conservados e sem sinais de calcificação, o que foi confirmado pelos estudos histológicos das peças retiradas. O segundo paciente recebeu uma nova monocúspide. Os demais 35 pacientes encontram-se assintomáticos. Trinta e seis pacientes têm sido avaliados periodicamente, através de ecocardiogramas seriados. A monocúspide permanece móvel e funcionante em todos os casos, sem sinais de calcificação, estenose ou dilatação. O gradiente sistólico médio de pico através da via de saída do ventrículo direito tem sido de 19,0 ± 5,8 mmHg. Regurgitação pulmonar está ausente em (33%) 12 pacientes, é leve em 15 (42%) e moderada em 9 (25%). Em conclusão, a monocúspide porcina apresenta excelente desempenho hemodinâmico a longo prazo, sem evidências de estenose tardia. Apresenta-se funcional e sincrônica com o ciclo cardíaco até 7 anos após o implante.
2022-12-06T14:00:36Z
Fantini,Fernando Antônio Gontijo Filho,Bayard Martins,Cristiane Lopes,Roberto Max Silva,João Alfredo Paula Horta,Maria da Glória Castro,Marcelo Frederigue de Drumond,Leonardo Ferber Ferrufino,Arturo Vrandecic,Mário O.
Fatores prognósticos na revascularização do miocárdio em pacientes idosos
O receio em nosso meio, em se retardar, erroneamente, a revascularização do miocárdio (RM) em pacientes idosos determinou a realização deste estudo. Um total de 361 pacientes foram, consecutivamente, submetidos a RM entre 1992 e 1995, no InCór, dos quais 30,7% eram mulheres, 69,3% homens; 36,7% encontravam-se em classe funcional III/IV. Foi realizada análise univariada com 19 fatores perioperatórios e, a seguir, multivariada (regressão logística) com as variáveis que mostraram associação significativa (p < 0,005). Os fatores prognósticos da morbidade operatória foram: diabete melito, ICC, angina instável. Os pós-operatórios foram: acidente vascular cerebral, insuficiência renal, infecção e suporte respiratório prolongado. Concluímos que a revascularização do miocárdio pode ser realizada em pacientes com idade avançada, acompanhada de excelentes resultados (baixa mortalidade operatória) especialmente pacientes em classe funcional de ICC não muito avançada, propiciando melhora significativa da qualidade de vida.
2022-12-06T14:00:36Z
IGLÉZIAS,José Carlos R. OLIVEIRA JÚNIOR,José de Lima FELS,Klaus Werner DALLAN,Luís Alberto STOLF,Noedir A. G. OLIVEIRA,Sérgio Almeida de VERGINELLI,Geraldo JATENE,Adib D.
Miniesternotomia: um acesso seguro para a cirurgia cardíaca
Atualmente, na constante busca de minimizar o tempo de intemação hospitalar e melhorar a recuperação no pós-operatório, várias altemativas cirúrgicas têm sido aventadas. Iniciamos o uso da estemotomia parcial como acesso para diversos tipos de operações cardíacas. O presente trabalho tem como objetivo apresentar a evolução hospitalar dos pacientes operados através desta técnica. No período de novembro de 1996 a março de 1997, estudamos 51 pacientes operados através da esternotomia parcial. A idade média foi de 46,8 anos, sendo 26 pacientes do sexo feminino. Os procedimentos mais realizados foram o tratamento cirúrgico valvar e as revascularizações miocárdicas. O acesso utilizado para os pacientes com lesões valvares foi a esternotomia parcial em "T" invertido no segmento superior do esterno; para outras lesões, uma esternotomia em "T" no segmento inferior e, pela dificuldade técnica imposta nas re-operações e nos procedimentos múltiplos, utilizou-se uma terceira variação, que foi a esternotomia parcial em "H" deitado, estendendo-se no corpo esternal do primeiro ao quarto espaço intercostal. O comprimento médio da incisão de pele foi de 9,9 cm. Foram realizadas 19 incisões em "T", 17 em "T" invertido e 15 em "H" deitado. O tempo médio de ventilação mecânica foi de 2,8 horas, de permanência na UTI de 31,5 horas e de internação hospitalar de 5,9 dias. Não houve complicação diretamente relacionada com o acesso e em apenas 1 caso foi necessária a conversão para a esternotomia total. Analisando a evolução destes 51 pacientes, pudemos concluir que a esternotomia parcial é um acesso seguro para o tratamento cirúrgico de diversas cardiopatias, isoladas, associadas ou re-operações. Traz um resultado estético favorável e facilita a recuperação no pós- operatório, devendo fazer parte do repertório de todo o cirurgião cardiovascular.
2022-12-06T14:00:36Z
MULINARI,Leonardo Andrade Tyszka,André Luiz COSTA,Francisco Diniz Affonso da CARVALHO,Roberto Gomes de SILVA Jr,Arlindo Zacarias GIUBLIN,Roberto MULASKI,José Carlos COSTA,Iseu Affonso da LOURES,Danton R. da Rocha
Cardioplegia sangüínea normotérmica intermitente anterógrada: II. Com e sem aminoácidos: estudo comparativo em coelhos
0bjetivos: Investigar se a adição de aspartato e glutamato à solução cardioplégica sangüínea normotérmica, infundida de forma intermitente, acrescentaria benefício a esta técnica de proteção miocárdica. Material e Métodos: Estudaram-se 32 coelhos da raça Nova Zelândia, divididos em grupos Experimental e Controle. O estudo constou de 2 fases: Fase I: Estudo metabólico após isquemia sem reperfusão, Fase II: Estudo metabólico e funcional após reperfusão. A reperfusão foi realizada utilizando-se um sistema de perfusão parabiótica. Determinou-se o glicogênio miocárdico e a respiração mitocondrial no miocárdio ventricular, imediatamente ao final do período de infusão intermitente das soluções cardioplégicas (Fase I) e após reperfusão (Fase II), durante a qual analisou-se, também, a função ventricular esquerda (dP/dtmax). Resultados: Detectou-se queda significativa nos níveis de glicogênio miocárdico, de 53% e 58%, nos grupos com e sem aminoácidos, respectivamente, na fase sem reperfusão. Após reperfusão, não houve diferenças significativas nos níveis de glicogênio miocárdico entre os grupos experimentais e entre estes e seus respectivos controles. A análise da respiração mitocondrial não mostrou diferença significativa entre os grupos experimentais, nem entre cada grupo experimental e seu controle, quer seja com ou sem reperfusão. Quanto à função ventricular, os resultados da dP/dtmax não mostraram diferença significativa em relação aos controles, nem entre os grupos experimentais. Conclusões: A adição de aspartato e glutamato à solução cardioplégica sangüínea a 37°C, infundida anterogradamente e de forma intermitente, não acrescentou benefícios a este método de proteção miocárdica em corações normais de coelhos.
2022-12-06T14:00:36Z
Rodrigues,Alfredo José Sader,Albert Amin Vicente,Valter Villela de Andrade Bassetto,Solange
Fatores de risco em operações valvares: análise de 412 casos
O tratamento cirúrgico das valvopatias é muito freqüente e sua mortalidade ainda não se aproxima de zero. Neste estudo, procuramos identificar diversos fatores que poderiam aumentar o risco cirúrgico nestes procedimentos. Para isso, foram analisadas, retrospectivamente, 412 operações valvares realizadas no período de janeiro de 1994 a dezembro de 1995. A média de idade dos pacientes foi de 48,3 anos, com predomínio do sexo feminino (59,3%). Consistiam em reoperação 154 (37,4%) casos e 24 (5,8%) pacientes necessitaram revascularização miocárdica (RM) associada. As valvas acometidas foram: mitral isolada (55,1%), aórtica isolada (27,2%), mitral e aórtica (11,4%), mitral e tricúspide (4,4%), tricúspide (0,7%), mitral aórtica e tricúspide (1,2%). A mortalidade hospitalar geral foi de 8,3%. Apresentaram-se como fatores de risco, relacionados à maior mortalidade, os seguintes: idade superior a 60 anos, presença de fibrilação atrial (FA) no pré-operatório, necessidade de troca valvar (impossibilidade de preservação), classe funcional IV da NYHA no pré-operatório, redução da função ventricular (FE menor que 0,50), tempo de anôxia miocárdica superior a 75 minutos e tempo de circulação extracorpórea (CEC) superior a 120 minutos. Pacientes submetidos a reoperação valvar e aqueles com RM associada apresentaram mortalidade mais elevada (11,7% e 20,8%, respectivamente), mas sem significância estatística. Por outro lado, a valva acometida, sexo, tipo de prótese utilizada nas trocas valvares (biológica ou metálica), número de operações valvares realizadas previamente (nas reoperações), intervalo de tempo entre a última operação e a atual (nas reoperações), e também nas reoperações o fato de ter sido submetido à troca valvar ou cirurgia conservadora previamente não alteram a mortalidade. Indicação cirúrgica precisa e no momento adequado, controle de arritmias pré-operatórias, novos medicamentos para controle da ICC e melhora da função ventricular, aprimoramento e surgimento de novas técnicas para preservação valvar, e novos mecanismos para suporte hemodinâmico pré, per e pós-operatório são medidas que podem reduzir ainda mais a mortalidade.
2022-12-06T14:00:36Z
BUENO,Ronaldo Machado ÁVILA NETO,Vicente MELO,Ricardo F. A.
Biopróteses de pericárdio bovino Fisics-Incor: 15 anos
No período de março de 1982 a dezembro de 1995 foram implantadas biopróteses de pericárdio bovino Fisics-Incor em 2259 pacientes. A média de idade foi de 47,2 ± 17,5 anos e 55% eram do sexo masculino. A principal etiologia das lesões foi a febre reumática em 1031 (45,7%) pacientes. Foram realizadas 1073 substituições da valva aórtica, 1085 mitral, 195 mitro-aórtica, 27 tricúspide e 16 substituições combinadas. Cirurgias associadas foram realizadas em 788 (32,9%) pacientes, predominando a plástica da valva tricúspide (9,2%) e a revascularização do miocárdio (7,7%). A mortalidade hospitalar global foi de 194 (8,6%) pacientes, 8,6% na substituição mitral isolada, 4,7% na aórtica e 12,8% na mitro-aórtica. As taxas linearizadas para os eventos calcificação, tromboembolismo, rotura, escape e endocardite são, respectivamente: 1,1%; 0,2%; 0,9%; 0,1% e 0,5% pacientes/ano. A curva actuarial de sobrevida é de 56,7% ± 5,4% em 15 anos. Livre de endocardite foi de 91,9% ± 2%, livre de tromboembolismo de 95 ± 1,7%, livre de rotura de 43,7 ± 19,8%, livre de escape 98,9 ± 4,5% e livre de calcificação de 48,8 ± 7,9% em 15 anos. No pós-operatório tardio 1614 (80,6%) pacientes encontram-se em classe funcional I (NYHA). Podemos concluir que os pacientes submetidos a implante de biopróteses de pericárdio bovino apresentaram evolução satisfatória.
2022-12-06T14:00:36Z
POMERANTZEFF,Pablo M. A. BRANDÃO,Carlos M. A. CAUDURO,Paulo PUIG,Luiz Boro GRINBERG,Max TARASOUTCHI,Flávio CARDOSO,Luís F. LERNER,Adolfo STOLF,Noedir A. G. VERGINELLI,Geraldo JATENE,Adib D.
Defeito do septo atrioventricular forma total associado a tricuspidização da valva atrioventricular esquerda na infância
Entre maio de 1987 e dezembro de 1996, o reparo do defeito do septo atrioventricular, forma total (DSAVT), com duplo retalho de pericárdio bovino e tricuspidização da valva atrioventricular (VAV) esquerda, foi realizado em 34 pacientes consecutivos com mortalidade global de 5 (14,7%) pacientes (pac.). Grupo I: abaixo de 6 meses (m) com 12 pac. (1 óbito; 8,3%); Grupo II: entre 7m e 12m, com 15 pac. (4 óbitos; 26,6%) e Grupo III: entre 1 e 5 anos (a) com 7 pac. sem óbitos. Ocorreram 2 óbitos tardios (1 por Insuficiência mitral residual + insuficiência cardíaca congestiva e outro por pneumonia + insuficiência respiratória). Duas crianças receberam implante de marcapasso definitivo (após 45 dias e 4 anos). Nenhum paciente foi reoperado, apesar de mais 2 apresentarem insuficiência da VAV esquerda e 1 VAV direita, controlada clinicamente, e as restantes encontram-se nos graus I e II da New York Heart Association (NYHA). Apesar de 29 pacientes apresentarem peso abaixo de 10 kg, utilizou-se circulação extracorpórea (CEC) e hipotermia a 25°C sem parada circulatória total. Iniciou-se o reparo pela zona de "aposição" da VAV única com um ou dois pontos em "x", mantendo tricúspide. Sutura-se o primeiro retalho de pericárdio bovino (PB) em forma de "gota", insinuando-o entre as cordas do lado direito do septo; a seguir, sutura-se o segundo retalho, fazendo uma aposição concomitante com a VAV única, septando-se, desta forma, as quatro cavidades. As vantagens desta técnica são: preservação da integridade valvar, maior durabilidade funcional da VAV esquerda, menor possibilidade de reoperação mesmo em pacientes mais jovens e que devem ser preferencialmente operados em torno de 6º mês de vida.
2022-12-06T14:00:36Z
DOBRIANSKYJ,Aleksander GEBRIN,Marta C. RODRIGUES,Maria S. BITENCOURT,Ricardo BRANCO,Rita F. RORIZ,Márcio A. RAPOSO,Railda E. L.
Formato em sela do ânulo valvar mitral: imagem obtida com a ecocardiografia transtorácica tridimensional
No summary/description provided
2022-12-06T14:00:36Z
Vieira,Marcelo Luiz Campos Maddukuri,Prasad Pandian,Natesa G. Mathias Jr.,Wilson Ramires,José Antônio F.
Aspecto evolutivo da repolarização ventricular em bloqueio de ramo esquerdo no miocárdio não-compactado
No summary/description provided
2022-12-06T14:00:36Z
Saraiva,Lurildo Ribeiro Parente,Giordano Bruno Loureiro,Ricardo Leão,Thiago B. Saraiva
Alterações eletrocardiográficas, precedendo extra-sístoles ventriculares
No summary/description provided
2022-12-06T14:00:36Z
Trezza,Eder
Utilidade do ultra-som intracoronariano na decisão do tratamento de pacientes com lesões duvidosas no tronco da coronária esquerda
OBJETIVO: Avaliar a segurança e eficácia da estratégia de tratamento cirúrgico ou conservador em pacientes com de lesões duvidosas de tronco da coronária esquerda (TCE), baseada nos achados do ultra-som intracoronariano (USIC). MÉTODOS: Incluídos 66 pacientes consecutivos com lesões angiograficamente duvidosas no TCE submetidos a avaliação ao USIC. Foram divididos em dois grupos de acordo com os achados do USIC. Grupo I, mantidos em tratamento clínico [área mínima da luz (AML) > 6,0 mm² e/ou diâmetro mínimo da luz (DML) > 2,5 mm] e Grupo II, encaminhados a revascularização (AML < 6,0 mm² e/ou DML < 2,5 mm). Avaliou-se a ocorrência de eventos cardíacos maiores (óbito, infarto agudo do miocárdio e/ou revascularização da lesão alvo) durante a evolução. RESULTADOS: Quarenta e um (62%) pacientes foram alocados no Grupo I e 25 (38%) no Grupo II. A média de seguimento foi de 42,1 meses. A angiografia coronariana não conseguiu diferenciar os dois grupos pela gravidade da lesão (DML 1,98 mm Grupo I versus 1,72 mm Grupo II, p = 0,75) ao contrário do USIC (DML 3,41 mm Grupo I versus 2,01 mm Grupo II, p < 0,001). Não houve óbito ou infarto do miocárdio no Grupo I. A sobrevida livre de eventos cardíacos maiores foi de 95% no grupo I versus 87,5% no Grupo II (p=ns). CONCLUSÃO: A estratégia de decisão de tratamento de pacientes com lesões angiograficamente duvidosas no TCE, guiada pelos achado do USIC, mostrou-se segura e eficaz.
2022-12-06T14:00:36Z
Vaz,Vinicius Daher Abizaid,Andrea Claudia Leão de Souza Abizaid,Alexandre Antonio Cunha Feres,Fausto Staico,Rodolfo Mattos,Luiz Alberto Piva Pinto,Ibraim Tanajura,Luiz Fernando Leite Sousa,Amanda G. M. R. Sousa,José Eduardo M. R.
Perfil dos hormônios tireoidianos nas síndromes coronarianas agudas
OBJETIVO: Descrever o perfil hormonal tireoidiano em pacientes com síndromes coronarianas agudas (SCA), e nos grupos: 1) angina instável e/ou infarto agudo do miocárdio sem supradesnivelamento de segmento ST (AI/IAM sem supra ST); 2) infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento (IAM com supra ST), e nos pacientes que evoluíram ou não a óbito conforme os grupos. MÉTODOS: Foram estudados prospectivamente setenta pacientes portadores de SCA, internados na unidade coronariana do Hospital dos Servidores do Estado/RJ. As amostras sangüíneas foram coletadas nos primeiro, quarto e sétimo dias de internação. Exame clínico e eletrocardiograma foram realizados no período de internação. RESULTADOS: Dos 70 pacientes admitidos, 13 (18,6%) apresentaram a "síndrome do eutireoidiano doente" (SED), que consiste na queda do hormônio T3 e ou T3 livre, aumento do hormônio T3 reverso (rT3) e inalteração dos hormônios TSH, T4 e T4 livre. Nos pacientes do grupo IAM com supra ST, observaram-se elevação precoce e maiores médias do hormônio tireoidiano T3 reverso (rT3) e menores médias dos hormônios T3 e T3 livre. Nos coronariopatas que evoluíram a óbito, observamos achados hormonais condizentes com os encontrado na SED, com valores médios expressivos dos hormônios rT3 e T3. CONCLUSÃO: Os resultados apresentados neste estudo mostram a importância do reconhecimento da "síndrome do eutireoidiano doente" nos pacientes coronariopatas, sugerindo associação com pior prognóstico nos pacientes com síndrome coronariana aguda.
2022-12-06T14:00:36Z
Pimentel,Rodrigo Caetano Cardoso,Gilberto Perez Escosteguy,Claudia Caminha Abreu,Luiz Maurino
Doenças periodontais em pacientes com doença isquêmica coronariana aterosclerótica, em Hospital Universitário
OBJETIVO: Verificar a freqüência das doenças periodontais (DP) em pacientes com cardiopatia isquêmica. As DP representam grave problema de saúde pública odontológica, com distribuições diferenciadas quanto a gravidade, faixa etária, tipo de infecção, comorbidades e fatores de risco. MÉTODOS: Foram examinados 480 pacientes no Ambulatório de Cardiopatia Isquêmica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, e 154 pacientes sem cardiopatia na mesma instituição. Preencheram os critérios de inclusão para a investigação periodontal, respectivamente, 58 e 62 pacientes, de trinta a 79 anos. Foram utilizados o Índice Periodontal Comunitário (IPC) e o Índice de Perda de Inserção Periodontal (PIP), recomendados pela OMS (1999). RESULTADOS: Houve predomínio de sextantes com DP moderada e grave nos pacientes com cardiopatia (76,3% versus 20,2%; p < 0,00001). Nesses pacientes, 1,1% dos sextantes exibiram saúde periodontal, contra 32,0% nos sem cardiopatia (p < 0,00001). No tocante à história pregressa das DP, 6,0% dos sextantes não exibiram perda de inserção entre os pacientes com cardiopatia, contra 68,0% nos sem cardiopatia (p < 0,00001). Observou-se biofilme dental em 100,0% dos pacientes com cardiopatia e em 82,3% dos sem cardiopatia (p < 0,001). Necessitavam de tratamento de bolsas periodontais > 6 mm, 79,3% dos pacientes com cardiopatia contra 9,7% dos sem cardiopatia (p < 0,0001). CONCLUSÃO: As DP mostraram-se muito prevalentes nos grupos estudados, sendo de maior gravidade naquele com cardiopatia isquêmica. A elevada prevalência de fatores de risco encontrada aponta para a necessidade de adoção de estratégias de intervenção.
2022-12-06T14:00:36Z
Barilli,Ana Lúcia Azevedo Passos,Afonso Dinis Costa Marin-Neto,José Antônio Franco,Laércio Joel