RCAAP Repository
Melhorar sempre, o nosso desafio!: our challenge!
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2010
Braile,Domingo M
Artigo do futuro
Os avanços tecnológicos e a Internet contribuíram para o aumento da divulgação e atualização do conhecimento e da ciência. Os artigos científicos considerados a forma de divulgação dessas informações estão passando por varias modificações, não em sua forma de desenvolvimento, mas sim na estrutura de publicação. O artigo do Futuro, nome dado a essa nova estrutura, utiliza os recursos hipermidiáticos, permitindo um acesso rápido, fácil e organizado destes artigos online. A troca de informações, comentários e críticas, pode ser feita em tempo real, proporcionando agilidade na divulgação da ciência. A tendência para o futuro dos documentos tanto de profissionais quanto das empresas, é o "cloud computing" - nuvem computacional, no qual todos os documentos poderão ser desenvolvidos e atualizados com a utilização de vários equipamentos: computador, palm, netbook, ipad, sem necessidade de possuir o programa instalado em seu computador, necessitando somente de conexão à Internet.
2010
Souza,Eliana Pereira Salles de Cabrera,Eliana Márcia Sotello Braile,Domingo Marcolino
Cardiogenic shock due to citomegalovirus myocarditis: successful clinical treatment
OBJECTIVE: Cytomegalovirus (CMV) systemic disease and myocarditis in healthy persons is infrequently reported in the literature, although in increasing numbers in recent years. The importance of the recognition of the syndrome that usually has an initial picture of a mononucleosis like infection in an otherwise healthy person, is the available therapeutic agent, ganciclovir, that can cure the infectious disease. METHODS: We analyzed the clinical result of pulsotherapy with steroids in a patient with CMV myocarditis after 7 days of etiological treatment, with ganciclovir, intravenous vasodilators, and the conventional treatment for congestive heart failure. RESULTS: The clinical condition of the patient improved accordingly to the better function of the left ventricle, and the ganciclovir was kept for 21 days, most of it in an out patient basis. The patient was dismissed from the hospital, with normal myocardial function. CONCLUSION: Potentially curable forms of myocarditis, like M pneumoniae and CMV, for example, can have an initial disproportionate aggression to the myocardium, by the acute inflammatory reaction, that can by itself make worse the damage to the LV function. In our opinion, the blockade of this process by pulsotherapy with steroids can help in the treatment of these patients. We understand that the different scenario of immunosuppressive treatments for the possible auto immunity of the more chronic forms of the presumably post viral cardiomyopathy has been in dispute in the literature, and has stolen the focus from the truly acute cases.
2010
Baumgratz,José Francisco Vila,José Henrique Andrade Silva,José Pedro da Fonseca,Luciana da Rodrigues,Edwal A. Campos Knobel,Elias
Elaboração de escore de risco para mediastinite pós-cirurgia de revascularização do miocárdio
INTRODUÇÃO: A mediastinite é uma grave complicação do pós-operatório de cirurgia cardíaca, com prevalência de 0,4 a 5% e mortalidade entre 14 e 47%. Vários modelos foram propostos para avaliar risco de mediastinite após cirurgia cardíaca. OBJETIVO: Desenvolver um modelo de escore de risco para prever mediastinite em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio. MÉTODOS: A amostra do estudo inclui dados de 2.809 pacientes adultos que realizaram cirurgia de revascularização do miocárdio, entre janeiro de 1996 e dezembro de 2007, no Hospital São Lucas da PUCRS. Regressão logística foi usada para examinar a relação entre fatores de risco e o desenvolvimento de mediastinite. Dados de 1.889 pacientes foram usados para desenvolver o modelo e seu desempenho foi avaliado nos dados restantes (n=920). O modelo final foi criado com a análise dos dados de 2.809 pacientes. RESULTADOS: O índice de mediastinite foi de 3,3%, com mortalidade de 26,6%. Na análise multivariada, cinco variáveis permaneceram preditores independentes para o desfecho: doença pulmonar obstrutiva crônica, obesidade, reintervenção cirúrgica, politransfusão no pós-operatório e angina estável classe IV ou instável. A área sob a curva ROC foi 0,72 (IC 95%, 0,67-0,78) e P = 0,61. CONCLUSÃO: O escore de risco foi construído para uso na prática diária para calcular o índice de mediastinite após cirurgia de revascularização do miocárdio. O escore inclui variáveis coletadas rotineiramente e de fácil utilização.
2010
Magedanz,Ellen Hettwer Bodanese,Luiz Carlos Guaragna,João Carlos Vieira da Costa Albuquerque,Luciano Cabral Martins,Valério Minossi,Silvia Daniela Piccoli,Jacqueline da Costa Escobar Goldani,Marco Antônio
Correlação entre gasometria atrial direita e índice cardíaco no pós-operatório de cirurgia cardíaca
OBJETIVO: Determinar a confiabilidade em se correlacionar o índice cardíaco com os dados fornecidos pela gasometria do sangue venoso atrial direito em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca, durante o período pós-operatório. MÉTODOS: A partir das amostras de sangue arterial e venoso do átrio direito, colhidas no pós-operatório de cirurgia cardíaca, foram determinados os parâmetros de oxigênio do sangue venoso do átrio direito. Estes parâmetros foram então comparados com o índice cardíaco determinado pela termodiluição. RESULTADOS: Houve boa correlação entre a saturação de oxigênio do sangue venoso do átrio direito (SvO2), diferença artério-venosa do conteúdo de oxigênio do sangue colhido no átrio direito e o índice cardíaco aferido pela termodiluição, com boa sensibilidade e especificidade e alto valor preditivo positivo e negativo. A pressão do sangue do átrio direito (PvO2) apresentou baixa sensibilidade na estimativa de baixo débito cardíaco. CONCLUSÃO: No pós-operatório de cirurgia cardíaca, a SvO2e a diferença artério-venosa do conteúdo de oxigênio (C(av)O2) apresentaram-se como parâmetros confiáveis correlacionados a baixo débito cardíaco. A PvO2 foi pouco sensível no diagnóstico de baixo débito no pós-operatório de cirurgia cardíaca.
2010
Duarte,João Jackson Pontes,José Carlos Dorsa Vieira Gomes,Otoni Moreira Silva,Guilherme Viotto Rodrigues da Gardenal,Neimar Silva,Arino Faria da Viola,Marcos Douglas Zamboni
Complicações que aumentam o tempo de permanência na unidade de terapia intensiva na cirurgia cardíaca
OBJETIVO: Apresentar as complicações que aumentam a permanência na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) dos pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. MÉTODOS: Foram analisados, retrospectivamente, 85 prontuários de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca, no período de março a maio de 2009, na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora (MG) e, destes pacientes, foram estudados 14 (16,47%) que permaneceram por mais de 5 dias na UTI. Dentre os 85 pacientes, houve três óbitos, sendo dois pacientes operados em caráter de urgência, o que aumenta a morbidade, e um paciente que permaneceu internado e em ventilação mecânica (VM) por 21 dias. RESULTADOS: O estudo demonstrou que as complicações que aumentaram o tempo de internação na UTI foram respiratórias e metabólicas, de acordo com a literatura. CONCLUSÃO: As complicações que aumentam o tempo de permanência na UTI são as relacionadas à função respiratória, doença pulmonar obstrutiva crônica, tabagismo, congestão pulmonar, desmame da VM prolongado, diabetes, infecções, insuficiência renal, acidente vascular encefálico e instabilidade hemodinâmica.
2010
Laizo,Artur Delgado,Francisco Eduardo da Fonseca Rocha,Glauco Mendonça
Qualidade do serviço prestado aos pacientes decirurgia cardíaca do Sistema Único de Saúde-SUS
OBJETIVO: Avaliar qualidade do serviço prestado aos pacientes de cirurgia cardíaca no período hospitalar, em serviço do SUS, identificando as expectativas e percepções dos pacientes. Relacionar qualidade de serviço com gênero, faixa etária e circulação extracorpórea. MÉTODOS: Estudaram-se 82 pacientes (52,4% do sexo feminino e 47,6% do masculino) submetidos a cirurgia cardíaca eletiva, operados por toracotomia médio-esternal, idade: 31 a 83 anos (média 60,4 ± 13,2 anos), período: março a setembro de 2006. Avaliou-se a qualidade do serviço em dois momentos: expectativas no pré-operatório e percepções do atendimento recebido no 6º dia de pós-operatório; mediante aplicação da escala SERVQUAL modificada (SERVQUAL-Card). O resultado foi obtido pela diferença da somatória das notas das percepções e expectativas por meio de análise estatística. RESULTADOS: A escala SERVQUAL-Card foi validada estatisticamente, apresentando adequado índice de consistência interna. Encontrou-se maior frequência de revascularização do miocárdio 55 (67,0%); primeira cirurgia cardíaca 72 (87,8%) e utilização de CEC 69 (84,1%). Verificaram-se altos valores para expectativas e percepções, com resultados significantes (P<0,05). Observou-se relação significante entre qualidade de serviço com gênero, na empatia (P=0,04) e faixa etária, na confiabilidade (P=0,02). Não se observou significância entre CEC e qualidade de serviço. CONCLUSÃO: A qualidade dos serviços foi satisfatória. O paciente demonstrou expectativa alta ao serviço médicohospitalar. Mulheres apresentaram maior percepção da qualidade na empatia, jovens na confiabilidade. A utilização de CEC não está relacionada com qualidade do serviço nesta amostra. Os dados obtidos sugerem que a qualidade deste serviço de saúde pode ser monitorada pelo emprego periódico da escala SERQUAL.
2010
Borges,Juliana Bassalobre Carvalho Carvalho,Sebastião Marcos Ribeiro de Silva,Marcos Augusto de Moraes
O transplante cardíaco biatrial deve ainda ser realizado? Metanálise
As técnicas de transplante cardíaco bicaval e total apresentam melhores resultados que a biatrial, porém esta ainda é considerada o padrão-ouro. O objetivo é determinar se as técnicas de transplante cardíaco bicaval e total são, de fato, melhores que a técnica biatrial. Realizou-se a revisão sistemática com metanálise. Os estudos foram provenientes das bases de dados da Pubmed®, Lilacs®, Web of Science®, Scirus®, Scopus®, Google Acadêmico® e Scielo®, identificados por estratégia sensível. Elegeram-se, para a inclusão, estudos aleatórios e estudos prospectivos e retrospectivos controlados. Parâmetros intra e pós-operatórios foram avaliados. Foram identificados 11.602 estudos, e 36 foram incluídos na revisão. O número de arritmias atriais, insuficiência valvar tricúspide, mortalidade, eventos embólicos, volume de sangramento, necessidade de marcapasso temporário e permanente e o tempo de estada em unidade de terapia intensiva são significativamente menores nas técnicas bicaval e total do que na biatrial. Além disso, variáveis hemodinâmicas como a pressão capilar pulmonar, pressão média de artéria pulmonar e pressão de átrio direito são menores nos transplantes bicaval e total. Os transplantes cardíacos ortotópicos bicaval e total são melhores, em termos de prognóstico, que o biatrial. Portanto, a indicação da técnica biatrial para transplante deve ser a exceção e não a regra.
2010
Locali,Rafael Fagionato Matsuoka,Priscila Katsumi Cherbo,Tiago Gabriel,Edmo Atique Buffolo,Enio
Os polimorfismos dos receptores adrenérgicos na insuficiência cardíaca: o que a genética explica?
A insuficiência cardíaca (IC) é uma doença complexa, onde diversos mecanismos fisiopatológicos atuam e diferentes polimorfismos genéticos estão envolvidos. O sistema adrenérgico está diretamente relacionado a esta patologia participando da auto-regulação cardiovascular, tendo papel crucial na deteriorização da função cardíaca. Os beta-bloqueadores surgiram como um grande avanço da cardiologia no tratamento da IC, no entanto a resposta medicamentosa varia para cada paciente podendo estar relacionado a diversos fatores, entre eles o genético. A determinação pela genética do desenvolvimento da IC, da resposta medicamentosa e prognóstico são questões que serão abrangidas nesta revisão.
2010
Pereira,Sabrina Bernardez Gava,Isabela Ambrósio Giro,Camila Mesquita,Evandro Tinoco
Dissecção robótica da artéria torácica interna direita por esternotomia mediana
A utilização de sistemas robóticos em cirurgia cardíaca visa à diminuição do trauma operatório. A revascularização do miocárdio totalmente endoscópica, assistida por robô DaVinci (Intuitive Surgical, Sunnyvale, Califórnia) é factível e seu aprendizado deve ser realizado em etapas. O primeiro passo é o preparo da artéria torácica interna esquerda, já por via totalmente endoscópica. O caso apresentado propõe a dissecção da artéria torácica interna direita por esternotomia completa. Propõe um novo passo rumo ao procedimento completamente endoscópico, visando à diminuição de lesões decorrentes da curva de aprendizado.The use of robotic systems in cardiac surgeries aims at decreasing the surgical trauma.
2010
Jatene,Fabio Biscegli Pêgo-Fernandes,Paulo Manuel Anbar,Ramez Gaiotto,Fábio Antonio Barduco,Marcello S. Kalil Filho,Roberto
Origem Anômala da Coronária (ALCAPA) em tomógrafo de 64 canais
A tomografia computadorizada multidetector (TCMD) com 64 canais disponibiliza para a prática clínica um excelente método para detecção de anomalias das artérias coronárias. O diagnóstico da anomalia coronariana consistindo da origem da artéria coronária esquerda no tronco pulmonar em adulto sem história prévia de doença congênita apresenta escassa casuística na literatura. Realizamos um relato de caso em uma paciente feminina de 30 anos de idade, com queixas de cansaço aos grandes esforços e cintilografia positiva para isquemia. O diagnóstico foi realizado pela TCMD de 64 canais e com isso verifica-se que o método pode ser utilizado como de primeira linha.
2010
Nacif,Marcelo Souto Luz,José Hugo Mendes Moreira,Denise Madeira Rochitte,Carlos Eduardo Oliveira Júnior,Amarino Carvalho de
Acometimento cardíaco em Casos de Doença de Chagas Aguda da Amazônia
Descreve-se o acometimento cardíaco em cinco pacientes autóctones da Amazônia com diagnóstico de Doença de Chagas Aguda (DCA). Quatro desses pacientes apresentaram provável transmissão oral. Todos apresentaram algum grau de acometimento cardíaco, não havendo nenhum óbito.
2010
Barbosa-Ferreira,João Marcos Guerra,Jorge Augusto de Oliveira Santana Filho,Franklin Simões de Magalhães,Belisa Maria Lopes Coelho,Leíla I.A.R.C. Barbosa,Maria das Graças Vale
Síndrome metabólica na doença arterial coronariana e vascular oclusiva: uma revisão sistemática
Atualmente, a síndrome metabólica (SM) se mostra altamente prevalente, sendo associada a fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis, tais como diabetes mellitus tipo 2, doenças ateroscleróticas e coronarianas. O objetivo desta revisão sistemática foi descrever os resultados de estudos que investigaram a associação da SM com a doença arterial coronariana e doenças vasculares oclusivas. Foi realizada a revisão sistemática com dados de estudos originais publicados entre 1999 e 2008, escritos em inglês ou português, utilizando-se as bases de dados Medline, Pubmed, Highwire Press e Science Direct. Foram incluídos artigos que fizeram o diagnóstico da SM através do critério do National Cholesterol Education Program - Adult Treatment Panel III (NCEP ATP III, 2001). Foram excluídos estudos realizados com animais, de suplementação e que realizaram administração oral ou endovenosa de qualquer substância, assim como aqueles de baixa qualidade metodológica e com amostra inicialmente heterogênea. Apesar da heterogeneidade entre os estudos, observou-se que indivíduos com SM apresentam maior probabilidade (risco = 2,13) de desenvolverem as doenças vasculares oclusivas, doença coronariana, diabetes mellitus e acidente vascular encefálico. Mudanças no estilo de vida, como práticas alimentares saudáveis, atividade física regular e a cessação do tabagismo devem ser incentivadas pelos profissionais da saúde a fim de minimizar as complicações e a morbimortalidade associada à SM.
2010
Farias,Daniela Reis Elbert Pereira,Avany Fernandes Rosa,Glorimar
II Diretriz Brasileira de Transplante Cardíaco
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2010
Bacal,Fernando Souza Neto,João David de Fiorelli,Alfredo Inácio Mejia,Juan Marcondes-Braga,Fabiana Goulart Mangini,Sandrigo Oliveira Jr,José de Lima Almeida,Dirceu Rodrigues de Azeka,Estela Dinkhuysen,Jarbas Jakson Moreira,Maria da Consolação Vieira Rossi Neto,João Manoel Bestetti,Reinaldo Bulgarelli Fernandes,Juliana Rolim Cruz,Fátima das Dores Ferreira,Lucinei Paz Costa,Helenice Moreira da Pereira,Ana Augusta Maria Panajotopoulos,Nicolas Benvenuti,Luiz Alberto Moura,Lídia Zytynski Vasconcelos,Glauber Gean Branco,João Nelson Rodrigues Gelape,Claudio Leo Uchoa,Ricardo Barreira Ayub-Ferreira,Silvia Moreira Camargo,Luis Fernando Aranha Colafranceschi,Alexandre Siciliano Bordignon,Solange Cipullo,Reginaldo Horowitz,Estela Suzana Kleiman Branco,Klébia Castelo Jatene,Marcelo Veiga,Sergio Lopes Marcelino,Cesar Augusto Guimarães Teixeira Filho,Guaracy Fernandes Vila,José Henrique Montera,Marcelo Westerlund
Proposta de escore de risco para predição de fibrilação atrial após cirurgia cardíaca
OBJETIVO: A fibrilação atrial (FA) é uma complicação frequente após cirurgia cardíaca e está associada ao aumento na morbidade e mortalidade dos pacientes. O objetivo deste estudo foi desenvolver uma proposta de escore de risco para FA após cirurgia cardíaca. MÉTODOS: Estudo prospectivo observacional, no qual 452 pacientes foram selecionados para avaliação da incidência e fatores de risco associados com FA pós-operatória. Foram selecionados somente pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. A avaliação utilizou monitoramento cardíaco contínuo e eletrocardiograma diário. Os fatores com maior associação em modelo de regressão logística multivariável foram selecionados para o escore de risco. RESULTADOS: A incidência média de FA foi de 22,1%. Os fatores mais associados com FA foram: pacientes com mais de 75 anos de idade, doença valvar mitral, não utilização de betabloqueador, interrupção do uso de betabloqueador e balanço hídrico positivo. A ausência fator de risco determinou 4,6% de chance de FA pós-operatória e para um, dois e três ou mais fatores de risco a chance foi, respectivamente, de 16,6%, 25,9% e 46,3%. CONCLUSÃO: Em modelo de regressão logística multivariada foi possível estabelecer uma proposta para escore de risco para predição de FA pós-operatória, com um risco máximo de 46,3% na presença de três ou mais fatores de risco.
2010
Silva,Rogério Gomes da Lima,Gustavo Glotz de Guerra,Nelma Bigolin,André Vicente Petersen,Lucas Celia
Variáveis perioperatórias de função ventilatória e capacidade física em indivíduos submetidos a transplante cardíaco
INTRODUÇÃO: O transplante cardíaco é atualmente a única alternativa cirúrgica amplamente aceita para tratar pacientes com insuficiência cardíaca (IC) grave que a terapia medicamentosa otimizada não consiga manter qualidade de vida adequada. OBJETIVO: Descrever e comparar os valores entre pré e pós-operatório, das capacidades física e pulmonar de pacientes que realizaram transplante cardíaco. MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectivo composto por indivíduos submetidos ao transplante cardíaco, entre janeiro de 2001 a março de 2005, no IC-FUC/RS. RESULTADOS: Foram incluídos na análise 21 indivíduos. Observou-se redução dos valores de volumes e capacidades pulmonares (VEF1 e CVF) no 1º dia de pós-operatório em relação ao pré-operatório (P<0,001) e recuperação destes valores no 14º dia de pós-operatório (P<0,001). Os valores de força muscular inspiratória demonstraram tendências semelhantes, reduzindo no 1º dia de pós-operatório em relação ao pré-operatório (P< 0,001) e recuperando no 14º pós-operatório (P< 0,001). A capacidade funcional útil, mensurada por meio do teste de caminhada de 6 minutos (T6') mostrou melhora no 14º pós-operatório em relação ao pré-operatório (P< 0,001). CONCLUSÃO: Alterações na função ventilatória de indivíduos submetidos a transplante cardíaco são previsíveis, porém estes recuperam a força de músculos ventilatórios e capacidades pulmonares dentro de duas semanas, além de melhorar a capacidade funcional útil em relação ao préoperatório, sendo o transplante, quando indicado, associado à reabilitação funcional boa estratégia terapêutica.
2010
Coronel,Christian Correa Bordignon,Solange Bueno,André Dias Lima,Lidia Lucas Nesralla,Ivo
Comparative study of traditional long incision vein harvesting and multiple incisions with small skin bridges in patients with coronary artery bypass grafting at King Abdullah University Hospital - Jordan
OBJECTIVE: Saphenous vein harvesting can be associated with wound complications, incision pain, infection, and poor cosmetic outcome. The objective of our study is to determine the difference in wound complication and infection rates between two saphenous vein harvesting techniques, long incision versus multiple short interrupted incisions (tunneling) for coronary artery bypass grafting at the King Abdullah University Hospital - Jordan. METHODS: Retrospectively we analyzed data from 1,050 consecutive elective coronary artery bypass procedures performed from May 5, 2003, to December 31, 2007, in our institution. Saphenectomy using traditional Long incision vein harvesting (Group 1) performed in six hundred and fifty patients (n=650), while saphenectomy using multiple incisions with small skin bridges - tunneling (Group 2) performed in four hundred patients (n=400). Saphenectomy performed by the cardiac surgery assistant or main cardiac surgeon. Inflammation, dehiscence, cellulites, lymphangitis, drainage, necrosis, or abscess necessitating dressing, antibiotics or debridement before complete healing without eschar were defined as wound complications. There was no statistical difference in preoperative risk factors in both groups. Test results were considered significant when P<0.05. RESULTS: Leg wound complications observed more in traditional long incision vein harvesting technique (P=0.0005). Female gender, obesity, diabetes are associated with an increased incidence of wound problems (P<0.05). CONCLUSIONS: Saphenous vein harvest using saphenous vein tunneling was associated with fewer wound complications than the traditional longitudinal method.
2010
Hijazi,Emad Mohamed
Táticas e técnicas endovasculares para retirada de corpos estranhos intravenosos
INTRODUÇÃO: A incidência da embolização de cateteres intravenosos, na literatura mundial, é de 1% dentre todas as complicações descritas. Porém, possui taxa de mortalidade podendo variar de 24 a 60%. O não funcionamento do cateter é a suspeita diagnóstica principal da embolização, visto que, habitualmente, os pacientes são assintomáticos. OBJETIVO: Relatar o manejo na extração de corpos estranhos intravenosos, com o uso de táticas e técnicas endovasculares diversas. MÉTODOS: Estudo retrospectivo com 12 pacientes, no período de dois anos. Sete pacientes eram do sexo feminino e cinco do sexo masculino, com média de idade de 29 anos (dois meses a 65 anos). RESULTADOS: Sucesso técnico foi obtido em 100% dos casos. Foram extraídos 10 port-a-caths, um intra-cath e um PICC. Os locais mais frequentes de alojamento de uma das extremidades dos corpos estranhos intravenosos foram o átrio direito (41,6%) e o ventrículo direito (33,3%). Em 100% dos casos se utilizou um único acesso venoso. O acesso femoral foi o mais utilizado, em 91,6% dos casos (11 cateteres). Utilizou-se o laço (loop-snare) em 10 (83,3%) casos. O motivo mais frequente da presença do corpo estranho intravascular foi a fratura do cateter, que ocorreu em 66,6% dos casos (oito pacientes). Houve uma complicação, fibrilação atrial (8,3%), relacionada à extração de corpo estranho intravenoso. A taxa de mortalidade em 30 dias foi igual a zero. CONCLUSÃO: A retirada de corpos estranhos intravenosos por via percutânea é considerada tratamento padrão ouro, por se tratar de procedimento minimamente invasivo, relativamente simples, seguro e com baixas taxas de complicações quando comparada ao tratamento cirúrgico convencional.
2010
Motta-Leal Filho,Joaquim Maurício da Carnevale,Francisco Cesar Nasser,Felipe Santos,Aline Cristine Barbosa Sousa Junior,Wilson de Oliveira Zurstrassen,Charles Edouard Affonso,Breno Boueri Airton Mota,Moreira
Aplicação do EuroSCORE na cirurgia de revascularização miocárdica em hospitais públicos do Rio de Janeiro
FUNDAMENTOS: Modelos de estratificação de risco são utilizados em cirurgia para avaliar risco de morte. OBJETIVO: Fazer análise crítica da aplicação do EuroSCORE (ES) em amostras de prontuários de 2692 pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica em 4 hospitais públicos do município do Rio de Janeiro, no período de 1999 a 2003. MÉTODOS: Foram selecionadas, em quatro hospitais públicos da cidade do Rio de Janeiro, amostras aleatórias de 150 prontuários de pacientes por hospital, sobreviventes e óbitos. Aplicou-se o ES utilizando-se o modelo logístico. A letalidade observada e prevista pelo modelo foi comparada. A aferição do poder discriminante foi estimada pela área sob a curva ROC. RESULTADOS: Localizados 546 dos 600 prontuários selecionados. Observou-se significativa diferença entre prevalências dos fatores de risco entre nossa população e européia. Letalidade prevista foi 3,62% (IC-95%: 3,47-3,78) e observada estimada foi 12,22% (IC-95%- 10,99-13,46). Em todas as faixas de risco, há subestimação da letalidade prevista, com diferenças notáveis entre prevista e observada.Área sob a curva ROC foi estimada em 0,62. CONCLUSÃO: Diferenças das prevalências dos fatores de risco que compõem o ES associado ao baixo poder discriminatório desaconselham a utilização do modelo em nosso meio sem devidos ajustes.
2010
Carvalho,Márcio Roberto Moraes de Silva,Nelson Albuquerque de Souza e Klein,Carlos Henrique Oliveira,Gláucia Maria Moraes de
Comparação da perviedade entre artéria radial e veia safena em pacientes em pós-operatório de cirurgia de revascularização miocárdica com retorno dos sintomas
OBJETIVO: Comparar a perviedade da artéria radial e veia safena em pacientes com retorno dos sintomas após cirurgia de revascularização do miocárdio (CRVM). MÉTODOS: Estudo retrospectivo. No período de janeiro de 1998 a dezembro de 2005, foram realizadas 469 CRVMs com o uso da artéria radial dentre os enxertos, no Hospital Vera Cruz, em Belo Horizonte/MG. Destes, 94 pacientes apresentaram alterações isquêmicas no pós-operatório recente ou tardio e foram reestudados com cineangiocoronariografia. Os enxertos foram divididos em três grupos: artéria torácica interna (ATI), artéria radial (AR) e veia safena (VS), e foram estratificados segundo a gravidade das lesões: sem lesão grave (<70%), obstrução grave (70% a 99%) e oclusão. RESULTADOS: Nos 94 pacientes reestudados, foram utilizados 86 enxertos de ATI, 94 de AR e 111 de VS. Dos 86 enxertos de ATI, 73 (84,88%) se encontravam sem lesões graves; dos 94 enxertos de AR eram 55 (58,51%) e dos 111 enxertos de VS, 73 (65,76%) estavam livre de lesões graves. Houve diferença estatística (P= 0,001) entre os enxertos de AR e VS com maior perviedade da VS. As mulheres apresentaram pior resultado quanto à perviedade da AR (65,7% e 40,7%) com P= 0,006. Quanto à artéria coronária revascularizada, houve diferença entre os enxertos usados para artéria coronária direita, com melhor resultado da VS (P= 0,036). CONCLUSÃO: A AR mostrou-se com pior resultado que a VS como segundo enxerto na CRVM, principalmente em mulheres e quando anastomosada na coronária direita.
2010
Hortmann,Herbert Coelho Oliveira,Homero Geraldo de Rabello,Renato Rocha Rocha,Eduardo Augusto Victor Oliveira,Sérgio Caporali de