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Estudo comparativo do anel valvar mitral e do ventrículo esquerdo na cardiomiopatia dilatada

OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi analisar o comportamento do anel valvar mitral e do ventrículo esquerdo na cardiomiopatia dilatada (CMD). MATERIAL E MÉTODOS: Analisaram-se 68 corações humanos adultos, fixados, sendo 48 portadores de CMD de etiologia isquêmica ou idiopática, e 20 corações sem cardiopatia. Obteve-se imagens digitalizadas do perímetro do anel mitral, inserção da cúspide anterior e posterior e da porção fibrosa e muscular. Obteve-se também o perímetro interno do VE, distância do septo ao músculo papilar anterior e posterior, distância entre os músculos papilares, e extensão do septo interventricular. RESULTADOS: A análise dos resultados demonstrou proporcionalidade, tanto da porção fibrosa (r²= 0.98), quanto da porção muscular (r²= 0.99) do anel em relação ao grau de dilatação da valva mitral. A regressão linear revelou que o perímetro de inserção das cúspides anterior (r²= 0.96) e posterior (r² =0.98) também guardam relação de proporcionalidade. Observou-se que a dilatação do VE ocorre de forma global e esférica em seus segmentos. Não se observou relação de proporcionalidade entre o grau de dilatação do anel mitral e do VE. CONCLUSÃO: Ao contrário do que se pensava, na CMD de etiologia isquêmica ou idiopática, a dilatação do anel mitral ocorre de forma proporcional e não apenas na sua porção posterior. Não é o grau de dilatação do VE que determina o grau de dilatação do anel mitral pois eles ocorrem de forma independente. Estas observações abrem novas perspectivas para as técnicas de correção da insuficiência valvar mitral na CMD.

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2022-12-06T14:00:36Z

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HUEB,Alexandre Ciappina JATENE,Fabio B. MOREIRA,Luiz Felipe P. POMERANTZEFF,Pablo M. A. MIOTO,Bruno Mahler CHABELMANN,Renato Coifman OLIVEIRA,Sérgio Almeida de

Análise da atividade da enzima conversora da angiotensina na hipertrofia aguda do ventrículo direito em modelo experimental de estenose endovascular ajustável do tronco pulmonar

INTRODUÇÃO: A bandagem do tronco pulmonar (TP) tem sido aplicada para treinamento do ventrículo esquerdo (VE) em pacientes portadores de transposição das grandes artérias (TGA) com septo íntegro. Este procedimento, além de apresentar alta morbi-mortalidade, pode ocasionar alterações da função ventricular a longo prazo. Com o objetivo de analisar a hipertrofia aguda do ventrículo direito (VD), foi implantado um cateter balão no TP de seis cabritos jovens. MATERIAL E MÉTODOS: A sobrecarga sistólica foi aplicada através de insuflações progressivas do balão, durante 96 horas. Esta hipertrofia foi acompanhada por medidas hemodinâmicas diárias, através de cateteres implantados na aorta, VD e TP, além de ecocardiogramas seriados a cada 24 horas, com medidas das espessuras do septo interventricular e dos ventrículos. Ao final das 96 horas, os animais foram mortos para remoção dos corações. Os ventrículos e o septo foram pesados separadamente. Foram colhidas biópsias musculares de cada câmara para análise da atividade da enzima conversora da angiotensina (ECA). Oito cabritos (idade e peso semelhantes) foram utilizados como controle para os pesos dos ventrículos e para a atividade da ECA. RESULTADOS: Observou-se um aumento do gradiente VD/TP (p=0,001), com conseqüente aumento da razão VD/VE (p=0,005) durante o tempo de sobrecarga sistólica. Ao fim do protocolo, a parede livre do VD apresentou aumento de espessura (p=0,002) e, conseqüentemente, um aumento do peso indexado (p=0,002). A análise da atividade da ECA revelou aumento somente no músculo do VD hipertrofiado (p=0,002). CONCLUSÃO: O cateter balão foi eficiente em induzir a hipertrofia aguda do VD através do protocolo utilizado. Conseqüentemente, um aumento expressivo da atividade da ECA está associado ao processo de hipertrofia miocárdica induzida por sobrecarga pressórica.

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2022-12-06T14:00:36Z

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RABELLO,Renato Rocha ASSAD,Renato Samy KRIEGER,José Eduardo CARMONA,Renata ABDUCH,Maria Cristina OLIVEIRA,Sérgio Almeida de

Síndrome da resposta inflamatória sistêmica na circulação extracorpórea: papel das interleucinas

A síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS) na cirurgia cardíaca ocorre, com maior freqüência, com o uso da CEC. Isto se deve ao contato do sangue com superfícies não endoteliais e, mais tarde, à reperfusão. Esse contato leva à liberação de componentes moleculares, dos quais as anafilotoxinas ativadas pelo fator de complemento, que estimulam a liberação de citocinas pró-inflamatórias, tais como a IL-1, IL-6, FNT-a. Estas interleucinas são responsáveis por indução de febre, neutrofilia, com aumento da adesividade entre neutrófilos e miócitos e/ou endotélio, e agem de forma sinergética estimulando a produção de outras interleucinas pelos monócitos e leucócitos (IL-6, IL-8). Observa-se que a isquemia intestinal, decorrente do uso da CEC, ocasiona a produção de IL-6, FNT-a, IL-1 no epitélio intestinal, e a reperfusão pós-CEC provoca a expressão de IL-1 e FNT-a no endotélio microvascular e pode gerar uma disfunção que danifica os cardiomiócitos. Seguindo a cascata de reações pós- CEC, a síndrome do distress respiratório do adulto é mediada pela IL-8, encontrada a nível alveolar. Cérebro e fígado também podem ser afetados pelos fenômenos causados pela isquemia/reperfusão e se demonstra que as interlucinas, uma vez mais (IL-8 e IL-13, respectivamente), têm um papel importante na série de eventos que ocorre. As técnicas de CEC bem como a anestesia podem influenciar a atividade das interleucinas. Não há um consenso sobre terapias preventivas ou de tratamento das complicações advindas da SIRS. Intervenção a nível dos mediadores da inflamação, procedimento de descontaminação digestiva, uso de drogas como a indometacina ou esteróides são opções possíveis. A regulação do processo inflamatório, de um modo geral, depende do equilíbrio entre citocinas pró- e anti-inflamatórias. Estas últimas são detectáveis no indivíduo normal, enquanto que as pró-inflamatórias apenas se manifestam localmente ou são quase inexistentes. Conclui-se que, o aumento da concentração das interleucinas pró-inflamatórias no organismo é um fato esperado, em grandes cirurgias, e que trará complicações se este aumento for exacerbado e se o organismo estiver muito debilitado.

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2022-12-06T14:00:36Z

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MOURA,Helmiton Vieira de POMERANTZEFF,Pablo M. A. GOMES,Walter José

Uma proposta para nomenclatura dos defeitos congênitos do sistema cardiovascular

Os autores propõem um sistema de nomenclatura para cardiopatias congênitas baseado no princípio da análise segmentar seqüencial. Apresentam a lista curta de diagnósticos e discutem a importância da uniformização dos nomes para facilitar a troca de informações entre instituições.

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2022-12-06T14:00:36Z

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AIELLO,Vera D. CANÊO,Luiz Fernando JATENE,Marcelo B. RISO,Arlindo A. ATIK,Edmar AFIUNE,Jorge Y. LEAL,Samira M. B. LOPES,Antônio Augusto B. OLIVEIRA,Sérgio Almeida de RAMIRES,José A. F. BARBERO-MARCIAL,Miguel

Tratamento cirúrgico da rotura de parede livre do ventrículo esquerdo após infarto agudo do miocárdio

CASUÍSTICA E METODOS: Entre janeiro de 1983 e maio de 1999, 12.405 pacientes com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio (IAM) foram atendidos no InCor. Destes, 127 (1,02%) apresentaram rotura de parede livre do ventrículo esquerdo como complicação do IAM. A rotura miocárdica aguda ocorreu em 98 (77,1%) pacientes e a subaguda em 29 (22,9%). RESULTADOS: Foram operados 5 pacientes na forma aguda, com 80% de mortalidade e 19 na forma subaguda, com 15,8% de mortalidade. A sobrevida pós-operatória abrangendo os dois grupos foi de 70,8%. CONCLUSÃO: Concluímos que a rotura de parede livre do ventrículo esquerdo é uma grave complicação do IAM, necessitando de atuação imediata. Nas formas agudas, observa-se rápida deterioração hemodinâmica do paciente, muitas vezes sem tempo hábil para tentativa de correção cirúrgica. As formas subagudas podem ser detectadas e monitorizadas através de exames ecocardiográficos seriados após o IAM. Nestes casos a intervenção cirúrgica precoce, muitas vezes sem a necessidade de instalação de circulação extracorpórea, tem contribuído para a sobrevida da maioria dos pacientes.

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2022-12-06T14:00:36Z

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ABREU FILHO,Carlos A. C. DALLAN,Luís Alberto O. LISBOA,Luiz Augusto F. PLATANIA,Fernando IGLÉZIAS,José Carlos. R. CABRAL,Richard H. BORDALLO,Rogério DALLAN,Luís Augusto P. OLIVEIRA,Sérgio Almeida de

Eficiência da correção endoventricular com patch em pacientes com grande área acinética pós-infarto do miocárdio e severa disfunção ventricular

OBJETIVO: Verificar a eficiência da técnica de plastia endoventricular com patch circular nos casos com grande área acinética causada por infarto agudo do miocárdio prévio no ventrículo esquerdo e com severa depressão da função ventricular. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Este estudo evoluiu resultados hemodinâmicos da plastia endoventricular com patch circular em pacientes com grande área acinética (9 casos) e grande área discinética (11 casos) e ambos apresentando severa depressão ventricular (fração de ejeção < 35%). A distinção destes dois grupos foi feita através de ventriculografia radioisotópica. Os grupos foram comparados por ecocardiografia e estudo hemodinâmico através de cateter de Swan-Ganz no pré e pós-operatório. RESULTADOS: Os resultados mostraram uma imediata melhora na classe funcional, melhora estatisticamente significativa (teste T de Student) na fração de ejeção (de 25 ± 0,8% para 39 ± 1,6% nos acinéticos e de 27 ± 0,7% para 41 ± 1,6% nos discinéticos), diminuição do capilar pulmonar (20 ± 1,2 mmHg para 12 ± 1,2 mmHg nos acinéticos e de 17 ± 0,5 mmHg para 11 ± 0,9 mmHg nos discinéticos), diminuição dos índices volumes sistólico (de 176 ± 9,2 ml para 77 ± 6,2 ml no acinéticos e de 160 ± 10 ml para 66 ± 2ml nos discinéticos) e diastólico (de 226 ± 11 ml para 115 ± 8 ml no acinéticos e de 209 ± 11 ml para 96 ± 5,0 ml nos discinéticos) final do ventrículo esquerdo. A pressão arterial pulmonar também diminuiu, embora não significativa. A mortalidade global foi de 10%, sendo 2 óbitos no grupo acinesia (22,2%) e nenhum no outro grupo. CONCLUSÃO: Os resultados imediatos obtidos são comparáveis aos descritos na literatura. Acreditamos que a técnica de reconstrução endoventricular com patch circular seja efetiva e possa ser usada como opção cirúrgica para casos de extensa disfunção cardíaca e grande área acinética.

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2022-12-06T14:00:36Z

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RIBEIRO,Gustavo Calado de Aguiar COSTA,Cledicyon Eloy LOPES,Maurício Marson ALBUQUERQUE,Ana Paula Nunes de SILVA,José Pedro da

Seleção da artéria radial para utilização como enxerto aortocoronário: correlação cirúrgica x avaliação pré-operatória com ecocolor Doppler e fotopletismografia digital

OBJETIVO: Com o crescente uso da artéria radial como enxerto aortocoronário, torna-se necessário reavaliar os critérios utilizados para a seleção desse vaso no pré-operatório da cirurgia de revascularização miocárdica. O objetivo deste estudo foi correlacionar a avaliação da viabilidade do vaso pelo cirurgião cardíaco no per-operatório com o estudo de seleção da artéria radial pelos métodos não invasivos, como o ecocolor Doppler e a fotopletismografia digital. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram estudadas, entre julho de 1998 e maio de 2000, 78 artérias radiais e 78 artérias ulnares de 39 pacientes selecionados para cirurgia de revascularização miocárdica. O estudo foi realizado bilateralmente, utilizando aparelhos de ultra-sonografia ATL-HDI 5000 e Acuson-Sequóia 512, e o aparelho de fotopletismografia Parks Vascular Mini-Lab Model 1052-C. A artéria radial foi considerada passível de ser utilizada como enxerto aortocoronário, quando preenchia os seguintes critérios: ausência de ateromatose ou oclusão da artéria radial e ulnar ipsilateral, diâmetro interno da artéria radial maior ou igual a 2,5mm, avaliados pelo ecocolor Doppler, e presença de onda de pulso em dois ou mais dígitos durante a compressão radial, avaliada pela fotopletismografia. RESULTADOS: Dentre as 78 artérias radiais estudadas, 64 (82%) foram consideradas apropriadas para utilização como enxerto aortocoronário e 12 (18,7%) não apropriadas. Dos 39 pacientes selecionados, 24 (61,5%) foram submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica com utilização da artéria radial e a correlação entre a viabilidade da artéria radial avaliada pelo cirurgião durante o per-operatório com a avaliação pré-operatória pelo ecocolor Doppler e pela fotopletismografia para seleção da artéria radial foi de 100%. A contra-indicação da retirada de 12 (18,7%) artérias radiais levou à alteração do planejamento cirúrgico de dois pacientes, devido ao comprometimento bilateral. Em 3 pacientes que, por diferentes motivos, não foram submetidos ao estudo pelo Ecocolor Doppler e pela fotopletismografia, a avaliação clínica da perviedade da artéria radial utilizando a manobra de Allen não foi suficiente para afastar a presença de calcificação da parede arterial encontrada no ato operatório, impossibilitando o uso dessa artéria como enxerto. CONCLUSÃO: Os autores concluem que a seleção da artéria radial para utilização como ponte aortocoronária, avaliada por testes não invasivos, como o ECD e a fotopletismografia, é eficaz, pois a associação desses métodos apresenta excelente correlação com os achados per-operatórios e permite a nós, cirurgiões cardiovasculares, além da segurança, um melhor planejamento cirúrgico para cada paciente.

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2022-12-06T14:00:36Z

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LIMA,Melchior Luis REIS,Fábio José dos TEIXEIRA,Francisco Otávio Gaburro BARROS,Fanilda Souto

Plastia valvar mitral na doença cardíaca reumática e degeneração mixomatosa: estudo comparativo

INTRODUÇÃO: No Brasil, a maioria das intervenções na valva mitral são devidas à doença cardíaca reumática (DR). Algumas vantagens da plastia mitral em relação à troca valvar são menor mortalidade operatória e tardia, manutenção da geometria e função ventricular esquerda e menor número de eventos relacionados à valva. A evolução da DR, porém, interfere negativamente nos resultados de reconstrução. OBJETIVO: Este trabalho tem como objetivo analisar os resultados da plastia mitral na correção da insuficiência mitral pura em pacientes com DR, tendo como referência pacientes com degeneração mixomatosa (DM). CASUÍSTICA E MÉTODO: O estudo foi retrospectivo, baseado em revisão de prontuários de 9 pacientes com DM e 11 com DR submetidos a plastia ou reconstrução valvar mitral entre julho de 1992 e agosto de 1999. Foram realizados 26 procedimentos na valva mitral dos pacientes com DM e 31 naqueles com DR. Anuloplastia com anel maleável de pericárdio bovino foi realizada em 18 (90%) pacientes, e apenas duas com anel rígido (uma em cada grupo). Em relação ao reparo de defeitos nas cúspides, foi realizado um total de 24 procedimentos. As técnicas foram ressecção quadrangular (n = 13), encurtamento por trincheira (n = 5), comissurotomia (n = 4), extensão de folheto posterior (n = 3), transposição de corda (n = 3), reposição de corda (n = 2), papilotomia (n = 2), plicatura de corda (n = 1) e dobramento de folheto (n = 1). RESULTADO: O seguimento médio foi de 3,4 anos, e apenas um paciente com DR não compareceu às consultas. Não houve mortalidade hospitalar ou tardia. Um paciente com DR foi reoperado e nenhum no grupo de DM. A taxa de risco linear para reoperação foi de 2,59% por paciente/ano no grupo com DR. Um paciente com DR apresentou endocardite três meses após a operação. Os diâmetros sistólico e diastólico finais de ventrículo esquerdo de ambos os grupos não apresentaram diferença estatística. CONCLUSÕES: Concluímos que o resultado pós-operatório imediato e a médio prazo (3,4 anos) da reconstrução mitral por insuficiência mitral pura foi satisfatório nos dois grupos. A evolução dos pacientes com doença cardíaca reumática no período de seguimento foi comparável àqueles com degeneração mixomatosa quanto a mortalidade imediata e tardia, endocardite, acidente tromboembólico e sangramento associado a anticoagulante.

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2022-12-06T14:00:36Z

Creators

PROVENZANO JUNIOR,Sylvio Carvalho SÁ,Mauro Paes Leme de BASTOS,Eduardo Sérgio AZEVEDO,José Augusto Pereira de MURAD,Henrique GOMES,Eliane Carvalho PALHARES,Márcia Salgado

Dupla ampliação anterior e posterior do anel aórtico para substituição valvar

OBJETIVO: Apresentar técnica de dupla ampliação anterior e posterior do anel aórtico, que difere das previamente descritas por utilizar enxertos distintos, para implante de prótese valvar e avaliar os resultados obtidos em 26 pacientes. MÉTODO: O procedimento é realizado com circulação extracorpórea convencional. Para substituição de valva nativa ou prótese aórtica estenótica, ampliação anelar posterior decorre da incisão no ponto médio do seio não coronário, que é estendida ao folheto mitral anterior; ampliação anterior resulta de incisão no anel aórtico anterior, estendida por 2 cm no septo interventricular, não transfixado. Reconstrução aórtica (e ampliação anelar) é realizada mediante enxertos de pericárdio bovino distintos, sendo um triangular para incisão anterior e outro elíptico para incisão posterior. Após a fixação da prótese (mecânica ou biológica), a aorta ascendente é suturada com auxílio destes enxertos. Defeitos cardíacos associados são corrigidos. RESULTADOS: A operação aumentou o diâmetro do anel aórtico de 18,0 + 2,6 mmHg para 24,5 + 2,1 mmHg (p<0,01). Na operação, um paciente (3,8%) requereu revascularização miocárdica por obstrução dos óstios coronários. No período pós-operatório imediato um paciente foi reoperado por sangramento e outro faleceu por choque séptico (morbidade e mortalidade de 3,8%). Durante seguimento médio de 24 meses não ocorreram óbitos ou reoperações, sendo observada melhora na classe funcional em 23 pacientes acompanhados por mais de 3 meses. Nos pacientes com estenose da valva ou prótese aórtica, o gradiente sistólico máximo ao ecocardiograma Doppler mostrou uma redução de 87,3 + 20,8 mmHg, valor pré-operatório, para 25,9 + 10,3 mmHg (p < 0,01). CONCLUSÃO: A ampliação anterior e posterior mediante enxertos distintos resultou em aumento importante do anel aórtico e, estando associada com baixa mortalidade e morbidade, pode ser considerada nas obstruções severas da via de saída do ventrículo esquerdo ou para reconstrução anelar aórtica.

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2022-12-06T14:00:36Z

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SANT´ANNA,João Ricardo KALIL,Renato A. K. PRATES,Paulo R. JUNGBLUT,Carlos NESRALLA,Ivo A.

Estudo comparativo do emprego da aprotinina em baixas doses X placebo, durante a circulação extracorpórea

FUNDAMENTOS: A aprotinina, um antifibrinolítico de natureza protéica, tem sido proposta pela literatura, no intuito de minimizar os efeitos adversos da circulação extracorpórea ao sistema fibrinolítico, permitindo assim uma hemostasia mais adequada. OBJETIVO: Estudar comparativamente o efeito da utilização profilática de baixas doses de aprotinina em pacientes submetidos à circulação extracorpórea. MÉTODO: Dezessete pacientes portadores de valvopatia mitral submetidos a correção cirúrgica utilizando-se circulação extracorpórea foram aleatoriamente divididos em dois grupos: I (controle) -- 9 pacientes nos quais foi administrado placebo no perfusato e a cada hora de CEC; II (aprotinina) -- 8 pacientes nos quais foram administrados 30000 KIU/kg e 7500 KIU/kg de aprotinina adicionados ao volume do perfusato a cada hora de CEC. O volume total de sangramento pós-operatório nas primeiras 24 horas foi monitorado, assim como amostras sangüíneas foram colhidas após indução anestésica e após a neutralização da heparina com sulfato de protamina para que os seguintes parâmetros fossem avaliados: atividade de protrombina (AP), tempo de tromboplastina parcial ativado (TTPA), tempo de trombina (TT), dosagem de fibrinogênio, concentração de antitrombina III (ATIII), tempo de lise da euglobulina (TLE) e dosagem do dímero --D (DDi). RESULTADOS: O volume médio total de sangramento nas primeiras 24 horas no grupo controle foi 690,67 ± 377,12, enquanto que no grupo da aprotinina em baixas doses foi de 248,75 ± 103,13 (p=0,0017). No quadro abaixo estão apresentados os resultados obtidos a partir das análises das amostras sangüíneas pré e pós-operatórias comparativas dos grupos controle (I) e aprotinina (II). <IMG SRC="http:/img/fbpe/rbccv/v17n1/9162q1.gif" WIDTH=[any value] HEIGHT=[any value]> CONCLUSÃO: A utilização da aprotinina, em baixa dose, foi eficaz na redução do sangramento, assim na diminuição da fibrinólise.

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2022-12-06T14:00:36Z

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PONTES,José Carlos D. V. MATOS,Maria de Fátima C. MEDEIROS,Carlos Geraldo S. SILVA,Arino F. DUARTE,João J. GARDENAL,Neimar VIOLA,Marcos Douglas Z.

Avaliação da protamina na neutralização da heparina após circulação extracorpórea

INTRODUÇÃO: A protamina é o antídoto universalmente usado para neutralizar a heparina no final da circulação extracorpórea; porém não existe até o momento consenso sobre uma dose ideal necessária. OBJETIVO: Avaliar a efetividade da neutralização da heparina, com doses variadas de protamina após circulação extracorpórea, com três protocolos diferentes. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram randomizados prospectivamente 45 pacientes, no período de abril a agosto de 2000, e divididos em três protocolos: I, II e III, com 15 pacientes cada. O protocolo I avalia a neutralização da heparina, com dose de protamina calculada pela dose inicial de heparina. O protocolo II avalia a neutralização da dose total de heparina usada durante a circulação extracorpórea. O protocolo III avalia a neutralização da dose total de heparina mais um reforço de 30% dessa dose, administrada em veia periférica durante 4 horas. RESULTADOS: No protocolo I, 60% dos pacientes tiveram necessidade de reforço da dose de protamina e 20% apresentaram complicações hemorrágicas, necessitando de reoperação. Desses 20%, um paciente foi a óbito e outro apresentou acidente vascular cerebral; 53% dos pacientes do protocolo II tiveram necessidade de reforço da dose de protamina. Os pacientes dos protocolos II e III não apresentaram complicações hemorrágicas nem reoperações. CONCLUSÕES: 1- A dose de protamina para neutralizar a heparina na proporção menor que 1:1 não é suficiente. Os pacientes necessitam de doses de reforço, apresentam mais complicações hemorrágicas e maior necessidade de transfusões. 2 - A neutralização da heparina com dose de protamina na proporção de 1:1 não é totalmente eficaz; 53% dos pacientes necessitaram de doses complementares nas primeiras horas do pós-operatório. 3 - Uma dose adicional de 30% da dose de protamina na proporção de 1:1 em infusão contínua nas primeiras horas do pós-operatório reduz a perda sangüínea e a necessidade de transfusões.

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2022-12-06T14:00:36Z

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BARROSO,Roberto Cardoso MENDONÇA,José Teles de CARVALHO,Marcos Ramos COSTA,Rika Kakuda SANTOS,José Edivaldo dos

Estudo comparativo das estimulações ventricular direita e biventricular no pós-operatório de revascularização miocárdica

OBJETIVO: Nos anos recentes, a ressincronização ventricular tem sido proposta como adjuvante no tratamento da insuficiência cardíaca congestiva. O objetivo deste estudo é comparar as alterações eletrocardiográficas e o efeito hemodinâmico imediato das estimulações ventricular direita (EVD) e biventricular (EBV), no pós-operatório de operação de revascularização miocárdica (CRM) com circulação extracorpórea (CEC). CASUÍSTICA E MÉTODOS: Em um ensaio clínico cruzado, 13 pacientes com doença coronária multiarterial, e fração de ejeção inferior a 50%, foram submetidos a estimulação epicárdica temporária univentricular direita e biventricular, no 5° dia de pós-operatório. As variáveis analisadas foram duração do complexo QRS, dimensões do átrio esquerdo (AE) e ventrículo esquerdo (VE), fração de encurtamento do VE (delta D) e fração de ejeção do VE. Os grupos foram comparados através do teste de t de Student para amostras pareadas, considerando-se nível de significância de 0,05. RESULTADOS: A duração média do complexo QRS foi de 185±26 ms durante a EVD, e de 126±37 ms com a EBV (p<0,001). O diâmetro médio do AE com a EVD foi de 40±4 mm, e de 35±4 mm na EBV (p<0,001). As médias dos diâmetros diastólico e sistólico finais do VE foram, respectivamente, de 49±13 mm e 59±11 mm com a EVD, e de 42±12 mm e 52±10 mm durante a EBV (p<0,001). A delta D média do VE determinada pela EVD foi de 18±7%, e de 22±8% com a EBV (p=0,017). A fração de ejeção média do VE com a EVD foi de 33±14%, e de 46±17% durante a EBV (p<0,001). CONCLUSÃO: No modelo estudado, a estimulação biventricular temporária determinou melhora significativa do desempenho hemodinâmico, em comparação à estimulação ventricular direita, e um complexo QRS com duração próxima à fisiológica.

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2022-12-06T14:00:36Z

Creators

ALBUQUERQUE,Luciano C. SANT'ANNA,João R. ZAGO,Alcides J. VELHO,Flávio J.P. PETRACCO,João Batista

Estimulação cardíaca com variação de freqüência em sistema de alça fechada e sensor de contractilidade miocárdica: avaliação tardia em estudo multicêntrico

INTRODUÇÃO:O tratamento das bradicardias com o emprego de marcapassos (MP) de dupla câmara com resposta de freqüência (DDD,R) tem incentivado a procura de um sensor ideal. Reavaliamos tardiamente (3 anos) a resposta de freqüência desses MP com sensor de contractilidade miocárdica em sistema de alça fechada. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Do estudo inicial feito em 1997 foram reavaliados 30 pacientes que possuíam doença binodal e 3 anos de implante, sendo 60% do sexo masculino, com idades de 17-87 anos (média = 61). A freqüência cardíaca (FC) foi observada através do Holter de 24h e do histograma de freqüência do MP nas atividades diárias e testes de caminhada de 6 minutos e de subir/descer escadas. Determinaram-se os limiares crônicos de estimulação e sensibilidade atriais (A) e ventriculares (V), cotejando-os com os obtidos no implante e no pós-operatório imediato. RESULTADOS: As médias dos limiares no intra-operatório, 30 dias e 3 anos foram as seguintes: estimulação A (0,8, 1,4 e 1,1V) e V (0,5, 1,1 e 1,0V), sensibilidade A (2,3, 2,8 e 2,6mV) e V (10,6,6,3 e 6,3mV). A FC aos 3 anos aumentou nas atividades diárias (físicas e mentais) de 33 a 91% e nos testes de esforço físico de 21 a 130%, à semelhança dos resultados em 30 dias (teste t de Student e análise de variância). Esse sensor de contractilidade manteve aos 3 anos os bons resultados obtidos aos 30 dias, observando-se, como efeitos adversos: o alto consumo energético em 2 pacientes e a dificuldade de ajuste do sensor em outros dois.

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2022-12-06T14:00:36Z

Creators

ANDRADE,José Carlos S. de ANDRADE,Veridiana Silva de AZAMBUJA,Paulo Ceratti BARBOSA,Gilberto Venossi BENEDETTI,Humberto FALLEIRO,Roque Paulo Torres FRAGOMENI,Luis Sérgio JAZBIK,José MOTTA,Newton José Martins TOMAS,Aldo Aller

Estudo experimental em cães da ação protetora de solução cardioplégica de lidocaína e potássio

OBJETIVO: Os autores estudam experimentalmente em cães a ação cardioplégica de solução sangüínea normotérmica contendo lidocaína e potássio. MATERIAL E MÉTODO: Foram operados 14 animais, de cerca de 25kg, sob anestesia geral e intubação traqueal. Os cães foram submetidos a esternotomia mediana, sendo canulados a aorta ascendente e o átrio direito, para colocação em perfusão extracorpórea. Durante o procedimento, foram feitas dosagens gasométricas e de eletrólitos, visando à manutenção de boas condições cardiocirculatórias. Em 5 cães, os quais compõem grupo designado não protegido (NP), foi feita a parada cardíaca anóxica, através de pinçamento da raiz da aorta, durante 120 minutos. Nesses animais não foi tomada nenhuma medida visando à proteção miocárdica. No outro grupo, designado grupo protegido (P), o procedimento foi semelhante, sendo que, após o pinçamento da aorta, foi feita proteção cardioplégica. A técnica de cardioplegia consistiu em indução com injeção de 100 mg de lidocaína e 2,5 mEq de potássio, diluídos em 60 ml de sangue da linha arterial, após o que infundiu-se sangue durante 30 segundos. A parada cardíaca foi imediata. A fase de manutenção consistiu em infusões de sangue da linha arterial, por 30 segundos, de 20 em 20 minutos. RESULTADOS: Todos os animais desse grupo protegido sobreviveram enquanto que no grupo não protegido, após o restabelecimento da circulação coronariana pelo desclampeamento aórtico, todos vieram a falecer. Em todos os 14 animais foram feitas determinações ecocardiográficas de fração de ejeção e delta D, sendo esses valores normais. Verificamos que, no grupo protegido, houve queda desses valores de cerca de 30% na primeira hora pós suspensão da perfusão. Esses valores foram determinados novamente cerca de 5 horas pós suspensão da perfusão e revelaram-se normais. Após essa segunda avaliação ecocardiográfica, os animais foram sacrificados para estudo anatomopatológico à microscopia óptica e eletrônica. Estes estudos revelaram intensas alterações morfológicas compatíveis com necrose celular no grupo não protegido. No grupo de animais em que se utilizou a cardioplegia, as alterações microscópicas e utramicroscópicas foram inexpressivas. CONCLUSÃO: A técnica de cardioplegia apresentada garantiu a sobrevida dos animais, após 120 minutos de parada cardíaca anóxica, com boa performance ecocardiográfica e morfológica, dentro da metodologia utilizada.

Year

2022-12-06T14:00:36Z

Creators

DIAS,Altamiro Ribeiro GUTIERREZ,Paulo Sampaio HIGUCHI,Maria de Lourdes LOURENÇÃO,Rodrigo MIRANDA,Everaldo SANTOS,Benedito dos ABDUCH,Maria Cristina Donadio DIAS,Ricardo Ribeiro STOLF,Noedir A. G. OLIVEIRA,Sergio Almeida de

Implante de tubo valvulado bioprótese "stentless" em posição aórtica: estudo experimental em ovinos

INTRODUÇÃO: O tratamento das lesões valvares representa um grande desafio dentro da cirurgia cardiovascular, pois, até os dias atuais, não temos um substituto ideal para as valvas do coração. As próteses atualmente disponíveis apresentam vantagens e desvantagens; as mecânicas exigem anticoagulação definitiva e as biológicas apresentam baixa durabilidade. Para se chegar a um substituto ideal, são necessárias várias fases, desde a escolha e o preparo do material até o implante em animal de grande porte. Esta última é muito importante, pois a escolha do animal deve ser criteriosa. Ovinos juvenís são animais dóceis de fácil manipulação e suas características anatômicas e biológicas se assemelham muito ao que ocorre com o ser humano e as próteses "stentless" são substitutos mais próximos dos homoenxertos. MATERIAL E MÉTODO: Foram operados 30 ovinos juvenís com idade variando de 4,4 a 6,3 meses, peso de 25 a 37 kg, sendo 28 machos. Todos os animais foram submetidos a circulação extracorpórea para implante de bioprótese "stentless" montada em tubo de aorta porcina, com reimplante de artérias coronárias. A operação foi realizada com hipotermia moderada e cardioplegia gelada. O período de seguimento foi de 30 dias e, ao final, realizado ecocardiograma. RESULTADOS: Houve 8 (26,6%) óbitos no intra-operatório e 6 (27,7%) óbitos no seguimento. O tempo médio de CEC foi de 98 min. Foi realizado ecocardiograma em 16 animais e em nenhum caso foram vistos sinais de endocardite ou outras alterações; a fração média de ejeção foi de 74%. CONCLUSÃO: Este modelo experimental utilizando ovinos para o estudo de biopróteses "stentless" em posição aórtica mostrou-se bem reprodutível e a performance do enxerto bastante factível de ser avaliada, pois ovinos são animais dóceis e de fácil manipulação no seguimento tardio.

Year

2022-12-06T14:00:36Z

Creators

SANTOS,Paulo César GEROLA,Luís Roberto PESSA,Clodualdo J.N. BRANCO,João Nelson R. CASAGRANDE,Ivan BUFFOLO,Ênio

Insuficiência valvar aórtica por valva quadricúspide

Valva aórtica quadricúspide (VAQ) é uma anomalia rara com incidência entre 0,003% e 0,043%. Pode ser achado ocasional em pacientes assintomáticos, mas, freqüentemente, está associada com regurgitação aórtica. O ecocardiograma é método ideal de determinação e acompanhamento dessa anomalia e suas repercussões. É relatado caso de paciente do sexo masculino, 56 anos, hipertenso, que apresentou dispnéia súbita, tosse seca, sopro diastólico grau III/VI focos aórtico e aórtico acessório, crepitações pulmonares nas bases, sugerindo insuficiência cardíaca. Ecocardiograma transtorácico mostrou VAQ com regurgitação moderada. Houve melhora com tratamento clínico. Após um ano, novo ecocardiograma revelou regurgitação aórtica importante, hipertensão pulmonar, hipertrofia moderada e dilatação leve de ventrículo esquerdo. Diante da deterioração da fração de ejeção e demais achados ecocardiográficos, indicou-se a troca valvar. A valva nativa apresentava três cúspides de mesmo tamanho e uma pouco menor. O paciente evoluiu com remissão dos sintomas. Insuficiência aórtica por valva quadricúspide geralmente é detectada em adultos; nas crianças a função cardíaca é normal. Defeitos cardíacos associados são raros e incluem defeitos óstio coronário. A anatomia valvar varia com o tamanho das cúspides, sendo que em 60% dos casos a VAQ possui três cúspides de igual tamanho e uma cúspide menor. A definição ecocardiográfica característica de VAQ é a forma de 'X' durante a diástole e abertura livre das cúspides com configuração retangular durante a sístole. Os achados clínicos e anatômicos da valva do paciente descrito condizem com a literatura.

Year

2022-12-06T14:00:36Z

Creators

SALUM,Marco Antônio WANDECK,Karina Santos KALIL,Márcio OLIVEIRA,Renato N. F. VIEIRA,Gilberto Lino

Tradução e validação para o português do Medication Regimen Complexity Index

FUNDAMENTO: A complexidade da farmacoterapia consiste de múltiplas características do regime prescrito, incluindo o número de diferentes medicações no esquema, o número de unidades de dosagem por dose, o número total de doses por dia e os cuidados na administração dos medicamentos. O Medication Regimen Complexity Index (MRCI) é um instrumento específico, validado e utilizado para medir a complexidade da farmacoterapia, desenvolvido originalmente em língua inglesa. OBJETIVO: Tradução transcultural e validação desse instrumento para o português do Brasil. MÉTODOS: Foi desenvolvido um estudo transversal envolvendo 95 pacientes com diabete do tipo 2 utilizando múltiplas medicações. O processo de validação teve início pela tradução, retrotradução e pré-teste do instrumento, gerando uma versão adaptada chamada Índice de Complexidade da Farmacoterapia (ICFT). Em seguida foram analisados parâmetros psicométricos, incluindo validade convergente, validade divergente, confiabilidade entre avaliadores e teste-reteste. RESULTADOS: A complexidade da farmacoterapia medida pelo ICFT obteve média de 15,7 pontos (desvio padrão = 8,36). O ICFT mostrou correlação significativa com o número de medicamentos em uso (r = 0,86; p < 0,001) e a idade dos pacientes (r = 0,28; p = 0,005). A confiabilidade entre avaliadores obteve correlação intraclasse igual a 0,99 (p < 0,001) e a confiabilidade teste-reteste obteve correlação de 0,997 (p < 0,001). CONCLUSÃO: Os resultados demonstraram que o ICFT apresenta bom desempenho de validade e confiabilidade, podendo ser utilizado como ferramenta útil na prática clínica e em pesquisas envolvendo análise da complexidade da terapia.

Year

2022-12-06T14:00:36Z

Creators

Melchiors,Ana Carolina Correr,Cassyano Januário Fernández-Llimos,Fernando

Avaliação do consumo alimentar de crianças de 0 a 24 meses com cardiopatia congênita

FUNDAMENTO: As crianças com cardiopatia congênita geralmente são desnutridas e apresentam algum grau de comprometimento funcional e/ou estrutural dos orgãos. Existe, ainda, uma deficiência na ingestão de nutrientes, corroborada pelo controle hídrico, que limita o aporte nutricional de alguns cardiopatas. OBJETIVO: Avaliar o consumo alimentar de crianças com cardiopatia congênita internadas na Unidade de Pediatria Cardiológica de hospital-escola público. MÉTODOS: O consumo de alimentos e nutrientes foi calculado pelo consumo alimentar de três dias (método direto de pesagem) e o cálculo das calorias e nutrientes foi feito pelo software Virtual Nutri. RESULTADOS: O consumo de calorias/kg peso, de proteínas diárias, de sódio e de vitamina A esteve dentro do recomendado (p < 0,05). Todavia, as calorias diárias, os lipídios, as fibras, o potássio e o ferro estiveram abaixo do recomendado (p < 0,05) e, as proteínas/kg peso, os carboidratos, o cálcio e a vitamina C estiveram acima do recomendado (p < 0,05). CONCLUSÃO: Crianças com cardiopatia congênita têm dietas inadequadas e, portanto, necessitam de orientação nutricional para haver ingestão dietética adequada e conseqüente melhora do crescimento e do desenvolvimento pondo-estatural, garantindo melhor qualidade de vida aos pacientes.

Year

2022-12-06T14:00:36Z

Creators

Vieira,Tais Cleto Lopes Trigo,Marlene Alonso,Rosiris Roco Ribeiro,Regina Helena Cunha Cardoso,Maria Regina Alves Cardoso,Antonio Carlos Alves Cardoso,Maria Aparecida Alves

Eficácia de uma intervenção psicológica no estilo de vida para redução do risco coronariano

OBJETIVO: Avaliar a eficácia de um programa destinado a promover mudanças no estilo de vida por meio de intervenção psicológica associado à terapia farmacológica para redução do risco coronariano em pacientes com hipertensão não-controlada, sobrepeso e dislipidemia acompanhados durante 11 meses. MÉTODOS: Estudo controlado e aleatório com 74 pacientes distribuídos para três programas de tratamento distintos. Um grupo (TC) recebeu exclusivamente tratamento farmacológico convencional. O grupo de orientação (GO) recebeu tratamento farmacológico e participou de um programa de orientação para controle dos fatores de risco cardiovascular. O terceiro grupo (IPEV) recebeu tratamento farmacológico e participou de um programa de intervenção psicológica breve destinado a reduzir o nível de estresse e mudar o comportamento alimentar. A principal medida de avaliação foi o índice de risco de Framingham. RESULTADOS: Os pacientes do grupo TC obtiveram uma redução média de 18% (p = 0,001) no risco coronariano; os pacientes do grupo GO apresentaram um aumento de risco de 0,8% (NS); e os pacientes do grupo IPEV obtiveram uma redução média de 27% no índice de risco de Framingham (p = 0,001). CONCLUSÃO: O tratamento farmacológico aliado a um programa de intervenção psicológica destinado a reduzir o nível de estresse e mudar o comportamento alimentar resultou em benefícios adicionais na redução de risco coronariano.

Year

2022-12-06T14:00:36Z

Creators

Pugliese,Rita Zanella,Maria Tereza Blay,Sérgio Luís Plavinik,Frida Andrade,Marco Antonio Galvão,Roberto

Influência da adiposidade global e da adiposidade abdominal nos níveis de proteína C-reativa em mulheres idosas

OBJETIVO: Examinar como a adiposidade global e a adiposidade abdominal, expressas pela circunferência da cintura (CC), pelo índice de massa corporal (IMC) e pelo somatório de dobras cutâneas (sigmaDC), influenciam os níveis de proteína C-reativa (PCR) em mulheres idosas. MÉTODOS: A amostra foi composta por 387 mulheres idosas, com idade superior a 60 anos (média, 68,9; desvio padrão, 5,9 anos). Foram avaliados o IMC, a CC, o sigmaDC, e os níveis de PCR. Foi utilizada a análise estatística ANOVA one-way para verificar as diferenças nas variáveis entre as categorias investigadas. Para avaliar a influência das medidas de adiposidade nos níveis de PCR foi utilizada a regressão logística. O nível de significância adotado foi de p < 0,05. RESULTADOS: A análise de variância demonstrou que o valor médio da CC foi menor na categoria normal de PCR, quando comparada aos níveis elevados de PCR. A regressão logística analisou a influência dos quartis do IMC, da CC e do sigmaDC nos níveis de PCR, em que apenas a CC foi preditora de níveis elevados de PCR, tendo o quartil extremo superior (ponto de corte de 94,0 cm) apresentado níveis quase duas vezes maiores que o quartil extremo inferior (risco estimado = 2,23; intervalo de confiança de 95% = 1,92-4,18; p = 0,012). CONCLUSÃO: Os resultados do presente estudo apontam que a adiposidade abdominal é um forte preditor de níveis elevados de PCR.

Year

2022-12-06T14:00:36Z

Creators

Sasaki,Jeffer Eidi Krause,Maressa Priscila Gama,Mirnaluci P. R. Hallage,Tatiane Buzzachera,Cosme Franklin Santos,Maria Gisele dos Silva,Sergio Gregorio da