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Fibrilação atrial no pós-operatório de cirurgia cardíaca: quem deve receber quimioprofilaxia?
Avaliar fatores de risco arritmogênicos associados à maior incidência de fibrilação atrial (FA) no pós-operatório (PO) de cirurgia cardíaca (revascularização miocárdica e/ou cirurgia valvar), com o intuito de selecionar os mais propensos ao desenvolvimento dessa arritmia para possível quimioprofilaxia. Avaliarem-se 66 pacientes submetidos à cirurgia cardíaca eletiva. Correlacionaram-se os principais fatores de risco (idade avançada, doença valvar (DV), aumento atrial esquerdo (AE), disfunção ventricular (DVE), distúrbio eletrolítico (DHE), cirurgia cardíaca prévia (CCP), uso prévio e suspensão de betabloqueador (B-Bloq) e/ou digital 24 horas antes da cirurgia) para o desenvolvimento de FA no PO. A incidência de FA foi elevada (47%) em nossa casuística e mais freqüente no primeiro dia de PO. Dos pacientes pesquisados, 64% eram do sexo masculino com idade média de 62 anos. Entre os pacientes com dois ou menos fatores de risco para FA, apenas 24% desenvolveram a arritmia, enquanto a presença de três ou mais desses fatores esteve associada à sua maior incidência no PO (69%), (p = 0,04). Em ordem de maior freqüência, idade > 65 anos (em 58% dos pacientes) foi o fator de risco mais prevalente, seguido de aumento do AE em 45% (p = 0,001) e DV em 38% (p = 0,02). A presença de três ou mais fatores de risco aumenta consideravelmente a incidência dessa arritmia no PO de cirurgia cardíaca. Entre os principais fatores, destacaram-se idade avançada, aumento do AE e doença valvar.
2022-12-06T14:00:48Z
Geovanini,Glaucylara Reis Alves,Renato Jorge Brito,Gisele de Miguel,Gabriel A. S. Glauser,Valéria A. Nakiri,Kenji
Caso 1/2009 - homem de 33 anos com dispnéia e síncopes aos esforços que apresentou piora súbita da dispnéia
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2022-12-06T14:00:48Z
Rezende,João Paulo Cheroto de Rached,Fabiana Castelli,Jussara Bianchi
Correção biventricular em defeito do septo atrioventricular desbalanceado
É apresentada a evolução favorável, após correção operatória biventricular, de criança com 2,5 anos de idade, com defeito do septo atrioventricular desbalanceado, com ventrículo esquerdo (VE) pequeno (anel mitral de 10 mm em relação de 0,4 com o anel tricúspide, DDVE de 17 mm, Vd2 VE de 15 ml/m² e relação do índice longitudinal VE/VD de 0,71). Houve desenvolvimento normal do VE, verificado três meses após a operação (anel mitral de 22 mm, em relação de 0,84 com o da valva tricúspide e DDVE de 30 mm). Discutem-se os parâmetros atuais de utilização do ventrículo hipoplásico.
2022-12-06T14:00:48Z
Atik,Edmar Marques,Patrícia O. Miranda,Rogério A. Guerra,Vitor C. Faria,Lucília Santana Jatene,Marcelo
Fístula aortobroncopulmonar em pós-operatório tardio de coarctação da aorta
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Em pacientes com hemoptise e história de cirurgia aórtica, a possibilidade de fístula aortobroncopulmonar deve sempre ser considerada. O objetivo deste estudo foi relatar um caso raro de hemoptise por fístula aortobroncopulmonar em pós-operatório tardio de cirurgia aórtica. RELATO DE CASO: Mulher, 34 anos, correção cirúrgica de coarctação de aorta na infância, apresentando hemoptise maciça. Ecocardiograma evidenciou pseudoaneurisma. Foi realizada a cirurgia e implantado tubo de dacron no segmento aórtico envolvido com sucesso. CONCLUSÕES: Fístula aortobroncopulmonar deve ser lembrada em pacientes com cirurgia aórtica prévia, principalmente pela elevada morbimortalidade se não diagnosticada e tratada precocemente.
2022-12-06T14:00:48Z
Coelho Júnior,Antônio Fernando Araújo Filho,Antônio Amorim de Leitão,João Paulo de Vasconcelos Cabral Júnior,Francisco
Comportamento atípico da doença reumática no decurso da gravidez. A propósito de um caso
Descreve-se o caso de uma mulher de 31 anos de idade que, no decurso da segunda gestação, apresentou quadro atípico de doença reumática na 28ª semana. Aspectos relacionados à prevenção da moléstia e ao tratamento no ciclo gravídico-puerperal são discutidos.
2022-12-06T14:00:48Z
Saraiva,Lurildo Cleano Ribeiro Macedo,Aluísio Batista,Ana Elizabeth M.
Sucesso de Joint Symposium com ACC traz reconhecimento mundial à cardiologia nacional
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2022-12-06T14:00:48Z
Chagas,Antonio Carlos Palandri
Origem das artérias dos nós sinoatrial e atrioventricular em população do sul da Índia: um estudo angiográfico
FUNDAMENTO: Estudar o suprimento arterial do sistema condutor e sua correlação com a dominância das artérias coronárias em população do sul da Índia. OBJETIVO: Determinar angiograficamente as origens da artéria do nó sinoatrial (AnSA) e artéria do nó atrioventricular (AnAV) em indianos. MÉTODOS: O ESTudo incluiu 300 pacientes consecutivos (114 do sexo feminino e 186 do sexo masculino; idade média, 55 anos), habitantes da região costeira ao sul da Índia, submetidos a cineangiocoronariografia devido a sintomas como dor no peito, angina pectoris ou teste ergométrico positivo. As angiografias incluíram ambas as artérias coronárias (direita e esquerda) em posição oblíqua anterior direita e esquerda. A origem da AnSA e AnAV a partir das artérias coronárias foi observada e correlacionada à dominância arterial. RESULTADOS: O nó SA (sinoatrial) recebeu suprimento pela artéria coronária direita (ACD) em 53% dos casos, pelo ramo circunflexo (Cx) da artéria coronária esquerda (ACE) em 42,66% dos casos, e em 4,33% dos casos esse nó foi irrigado por ambas as artérias coronárias. O nó AV (atrioventricular) também recebeu suprimento sanguíneo com mais frequência da ACD (72,33% dos casos) do que do ramo Cx da ACE (27,66%). Surpreendentemente, em nenhum caso este nó recebeu suprimento de ambas as artérias coronárias. CONCLUSÃO: Os Resultados do presente estudo podem auxiliar os cirurgiões cardíacos, sobretudo em cirurgias relacionadas a valvopatias, devido à franca proximidade entre os ramos nodais e o complexo valvar.
2022-12-06T14:00:48Z
Ramanathan,Lakshmi Shetty,Prakash Nayak,Soubhagya R. Krishnamurthy,Ashwin Chettiar,Ganesh K. Chockalingam,Annamalai
Vulnerabilidade da doença aterosclerótica de carótidas: do laboratório à sala de cirurgia - parte 1
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2022-12-06T14:00:48Z
Albuquerque,Luciano Cabral Narvaes,Luciane Barreneche Hoefel Filho,João Rubião Anes,Maurício Maciel,Aluísio Antunes Staub,Henrique Friedrich,Maurício Rohde,Luis Eduardo
Efeitos do óxido nítrico inalatório na hipertensão pulmonar de pacientes após cirurgia valvar mitral
OBJETIVO: O estudo consiste em verificar os efeitos da utilização do óxido nítrico inalatório (NOi) em pacientes no pós-operatório de cirurgia valvar mitral. MÉTODO: Os efeitos do NOi foram medidos principalmente por meio da verificação de alterações na pressão arterial pulmonar (PAP). Outras medidas realizadas incluíram: pressão arterial média (PAM), pressão venosa central média (PVC), pressão média de átrio esquerdo (PAE), saturação de oxigênio por oximetria de pulso, complacência pulmonar estática e gradiente transpulmonar (GTP). RESULTADOS: Nos 20 pacientes estudados, obteve-se tempo mediano de utilização do NOi de 19,1 horas. A PAP média reduziu significativamente de 33,8 ± 6,17 mmHg (pré-NOi) para 29,1 ± 6,46 mmHg, nos 30 minutos iniciais e para 28,4 ± 5,22 mmHg, considerando a média de todas as medidas pós-NOi (p< 0,05). O GTP também apresentou redução estatisticamente significativa. Não houve alterações significativas nas demais medidas hemodinâmicas. CONCLUSÃO: Os achados indicam que a utilização do NOi reduz a PAP sem efeitos sistêmicos, demonstrando efeito vasodilatador seletivo no sistema vascular pulmonar.
2022-12-06T14:00:48Z
Becker,Ana Paula Freire Kalil,Renato A.K. Pereira,Edemar M. Tosetto,Luciana Bueno,André Brodt,Mário Nesralla,Ivo A.
Remodelamento da artéria torácica interna direita: novo método de análise pela área coronariana revascularizada
OBJETIVO: Avaliar os fatores angiográficos no remodelamento da artéria torácica interna (ATI) direita por novo método quantitativo com a área coronariana revascularizada. MÉTODO: No período entre janeiro de 1992 e 2002, 452 pacientes foram submetidos à revascularização do miocárdio (RM) com ATI bilateral. Desta amostra, 32 pacientes com ponte de ATI direita "in situ" pelo seio transverso foram reestudados por meio de cineangiocoronariografia (CATE). Os filmes foram analisados na plataforma CASS II®. Quanto aos critérios angiográficos, foram medidos os diâmetros proximal e distal das ATIs, área coronariana da artéria revascularizada, pontuação pela escala de fluxo de TIMI, diâmetro de estenose proximal, dominância de fluxo e presença de ramos acessórios patentes. RESULTADOS: O período médio de acompanhamento foi de 42 meses, variando de 6 a 204 meses. As medidas da ATID proximal foram de 2,639 mm ± 0,09 e distal de 2,159 mm ± 0,1 (p<0,001). A variável área coronariana correspondente à artéria marginal apresentou um coeficiente de ß de 0,424 (p<0,001) e o diâmetro de estenose da marginal um coeficiente de ß de 0,55 (p<0,0001) ajustados por peso, altura, intervalo cirurgia/CATE, escala de fluxo de TIMI "flow" , classificação de angina e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), com R² ajustado de 0,696 (p<0,0001). CONCLUSÃO: Na amostra estudada, por critérios angiográficos quantitativos, a área coronariana revascularizada e o diâmetro de estenose proximal apresentaram-se como fatores independentes no remodelamento da ATID, no pós-operatório de RM.
2022-12-06T14:00:48Z
Rocha,Bruno da Costa Puig,Luiz Boro Matinez Filho,Eulógio Emílio Oliveira,Sérgio Almeida de
Medicações referentes às complicações após correção de aneurisma da aorta abdominal endovascular
OBJETIVO: Este estudo observacional foi desenvolvido para pesquisar a influência dos medicamentos na ocorrência de complicações após correção endovascular de aneurismas da aorta abdominal. MÉTODO: Foram analisados retrospectivamente os dados clínicos referentes a 70 pacientes consecutivos submetidos à correção endovascular de aneurisma da aorta abdominal em dois centros cirúrgicos vasculares num período de 3 anos. As complicações eram classificadas de acordo com as recomendações do Comitê Designado de Padrões de Tratamento. Foi feita uma distinção entre complicações relacionadas ou não ao stent. Uma análise de regressão foi usada para avaliar a associação entre 12 grupos de medicamentos diferentes e o resultado da correção endovascular. RESULTADOS: Durante um acompanhamento de 70 pacientes-anos, foram relatadas 14 complicações leves (20%), 23 moderadas (33%) e sete graves (10%). Trinta pacientes (43%) que usaram cumarínicos tiveram significantemente menos complicações não relacionadas ao stent (OR. 0,21; 95% CI 0,05-0,90) comparados com os não usuários. Vinte pacientes (29%), tomando medicamentos antieméticos durante internação, mostraram quatro vezes mais complicações relacionadas ao stent (OR. 4,37; 95% CI 1,10-17,3) e o uso de analgésicos no hospital em 25 pacientes foi associado com mais complicações relacionadas ao stent (OR. 3,81; 95% CI 1,32-11,0). CONCLUSÃO: Medicações parecem estar associados com a ocorrência de complicações após terapia endovascular de aneurismas da aorta abdominal. Pacientes que usaram cumarínicos tiveram menos complicações não relacionadas ao stent. Pacientes que usaram agentes antieméticos durante internação mostraram um número quatro vezes maior de complicações não relacionadas ao stent. Pacientes usando analgésicos durante a internação eram associados com maiores complicações relacionadas ao stent.
2022-12-06T14:00:48Z
Koning,Giel G. Hobo,Roel Laheij,Robert J. F. Buth,Jacob Van Der Vliet,J. Adam
Dez anos de experiência com a substituição da valva aórtica com homoenxertos valvares aórticos implantados pela técnica da substituição total da raiz
OBJETIVO: Avaliar os resultados imediatos e tardios de 10 anos da substituição da valva aórtica por homoenxertos valvares aórticos implantados pela técnica de substituição total da raiz, e identificar eventuais fatores de risco correlacionados com a degeneração tecidual primária dos enxertos. MÉTODO: Entre maio/1995 e janeiro/2006, 282 pacientes com média de idade de 52,8±16,6 anos foram submetidos à substituição da valva aórtica com homoenxertos valvares. As etiologias prevalentes foram a valva aórtica bicúspide calcificada e a degeneração senil em 49% dos casos. Quarenta e sete pacientes eram reoperações e 26 tinham endocardite bacteriana aguda. Procedimentos associados foram realizados em 113 pacientes. O homoenxerto valvar foi implantado pela técnica de substituição total da raiz em todos os casos. O tempo de seguimento pós-operatório variou de 1 a 129 meses (média = 41±25 meses). RESULTADOS: A mortalidade imediata foi de 7%, sendo de apenas 2,6% nos casos de operação eletiva para a substituição isolada da valva aórtica. Dos 262 que receberam alta hospitalar, foi possível obter avaliação clínica e/ou ecocardiograma em 209 deles, sendo 51 (20%) perdidos durante o seguimento. Houve 17 óbitos tardios, entre o 2º e 81º meses de pós-operatório, o que resultou em curva atuarial de sobrevida global de 90% e 80,1% aos 5 e 10 anos de evolução, respectivamente. Foram observados apenas oito episódios tromboembólicos (quatro imediatos e quatro tardios), durante a evolução para uma incidência linearizada de 0,3%/100 pacientes/ano. Endocardite bacteriana ocorreu em três ocasiões (0,4%/100 pacientes/ano). Nove pacientes foram reoperados, dos quais apenas três por problemas no homoenxerto (uma degeneração tecidual e dois casos de endocardite), o que resultou numa probabilidade de 94% livres dessa complicação aos 10 anos de seguimento. A análise do ecocardiograma tardio demonstrou gradiente máximo variando entre 3 a 47 mmHg (média de 14,5 mmHg), sendo que apenas dois pacientes apresentavam gradiente superior a 40mmHg. Insuficiência valvar moderada foi encontrada em quatro pacientes. CONCLUSÕES: Os resultados imediatos e tardios com a substituição da valva aórtica por homoenxerto valvar criopreservado foram excelentes, com boa capacidade funcional e baixa morbi-mortalidade tardia. O único fator de risco para a degeneração tecidual primária foi a idade do paciente menor que 20 anos. Homoenxertos aórticos representam uma excelente opção para pacientes com idade acima de 40-50 anos, especialmente naqueles com contra-indicação ou que não desejem fazer o uso de anticoagulantes.
2022-12-06T14:00:48Z
Costa,Francisco Fornazari,Daniele de Fátima Matsuda,Camila Naomi Torres,Rafael de Almeida Sardetto,Evandro Ferreira,Andreia Dumsch de Aragon Colatusso,Claudinei Gomes,Carlos Henrique Gori Costa,Marise Brenner Affonso da
Incidência de aterosclerose em artérias radiais de cadáveres
OBJETIVO: Determinar a incidência de lesões ateroscleróticas obstrutivas e também lesões ateroscleróticas microscópicas em cadáveres acima de 35 anos, pesquisando toda a extensão da artéria radial. MÉTODO: Foram dissecadas ambas as artérias radiais de 29 cadáveres, em toda sua extensão, como se fossem ser utilizadas para cirurgia de revascularização do miocárdio. Foi realizada uma angiografia com contraste nessas artérias, a fim de detectar lesões ateroscleróticas obstrutivas. Após isso, cada artéria teve três fragmentos preparados em parafina, para se detectar histologicamente lesões ateroscleróticas e pré-ateroscleróticas. Os resultados foram confrontados com os fatores de risco para aterosclerose encontrados nesses cadáveres. RESULTADOS: Não foram encontradas lesões obstrutivas à angiografia. Quatro cadáveres apresentaram lesões ateroscleróticas à microscopia. Dos fatores de risco estudados, a idade mostrou associação significante para o aparecimento de lesões ateroscleróticas microscópicas. As artérias mediram, em média, 19,22 cm, nos homens, 17,45 cm, nas mulheres. Seu diâmetro médio foi 1,87 mm, nos homens e 1,72 mm, nas mulheres. CONCLUSÃO: Não foram encontradas lesões obstrutivas nas artérias radiais dos cadáveres estudados. A idade é fator que aumenta a incidência de lesão ateromatosa microscópica.
2022-12-06T14:00:48Z
Sampaio,João Augusto Ferraz de Braile,Domingo Marcolino Ferro,Maria Cecília Magna,Luis Alberto Silva Junior,Décio Cardoso da Alcoléa,André Portella
Preditores de disfunção neurológica maior após cirurgia de revascularização miocárdica isolada
OBJETIVO: Avaliar a incidência e os fatores preditores de disfunção neurológica maior pós-operatória e a evolução clínica precoce em uma coorte não selecionada. MÉTODO: Um total de 1760 pacientes consecutivos submetidos a CRM isolada, no Hospital São Lucas da PUCRS, entre janeiro de 1997 e fevereiro de 2004, foram incluídos. Dados demográficos, informações do procedimento e desfechos perioperatórios foram coletados usando-se o protocolo do registro de dados da Unidade de Pós-Operatório de Cirurgia Cardíaca do nosso hospital. As variáveis consideradas estatisticamente significativas foram aquelas com p <0,05 e intervalo de confiança de 95%. RESULTADOS: Na nossa amostra, 52 (3%) pacientes evoluíram com disfunção neurológica maior (AVC). Na análise univariada, idade avançada, maior prevalência de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), doença cerebrovascular (DCV) prévia, média de fibrinogênio elevada, desenvolvimento de choque ou hipotensão grave, presença de taquicardia supraventricular (fibrilação atrial ou flutter), ocorrência de síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS) e ventilação mecânica prolongada estiveram associados ao desenvolvimento de AVC. Na análise multivariada, a história prévia de DCV e DPOC demonstraram ser preditores independentes para a ocorrência de disfunção neurológica maior. Ventilação mecânica prolongada também apresentou associação independente com o desfecho. Além disso, a ocorrência de AVC aumentou significativamente o tempo de internação hospitalar e a mortalidade intra-hospitalar. CONCLUSÃO: A disfunção neurológica permanece sendo relevante causa de morbidade hospitalar, no pós-operatório de CRM com circulação extracorpórea.
2022-12-06T14:00:48Z
Guaragna,João Carlos Vieira da Costa Bolsi,Daniela Cecília Jaeger,Cristiano Pederneiras Melchior,Raquel Petracco,João Batista Facchi,Luciane Maria Albuquerque,Luciano Cabral
Tratamentos anticalcificantes do pericárdio bovino fixado com glutaraldeído: comparação e avaliação de possíveis efeitos sinérgicos
OBJETIVO: Avaliar possível efeito sinérgico dos agentes anticalcificantes mais promissores investigados na literatura, por meio de tratamento seqüencial. MÉTODO: Pericárdios bovinos fixados com glutaraldeído foram tratados com: aquecimento a 50ºC, éter dietílico 80%, quitosana 0,125%, heparina, NaBH4 e formaldeído 4%. Amostras foram avaliadas pela microscopia óptica, determinação da temperatura de desnaturação do colágeno e ensaio mecânico de tração e implantadas subcutaneamente em ratos. Após quatro meses do implante, as amostras foram explantadas e o conteúdo de Ca2+ determinado pela espectrometria de absorção atômica. RESULTADOS: Níveis de Ca2+ (em µg/mg): Controle -194,45; aquecimento a 50ºC - 6,87; éter dietílico - 3,69; quitosana - 68,89; quitosana+heparina - 6,81; formaldeído - 107,34; tratamento seqüencial - 0,17. O comportamento mecânico variou de acordo com os tratamentos empregados. CONCLUSÃO: O tratamento seqüencial foi efetivo na inibição da calcificação e o tecido apresentou comportamento mecânico adequado à confecção de biopróteses.
2022-12-06T14:00:48Z
Baucia,José Augusto Leal Neto,Ricardo Mendes Rogero,José Roberto Nascimento,Nanci do
A importância de medidas preventivas na profilaxia de infecções em pacientes submetidos a transplante cardíaco nos primeiros 30 dias de pós-operatório
OBJETIVO: Descrever a incidência de infecções apresentadas pelos pacientes submetidos a transplante cardíaco, durante os primeiros 30 dias da cirurgia, quanto à topografia e agente etiológico e, comparar a incidência de infecções no pós-operatório imediato ao transplante cardíaco com as medidas preventivas adotadas no controle de infecções. MÉTODO: Estudo descritivo de séries históricas numa população de 125 pacientes submetidos a transplante cardíaco, de junho de 1984 a janeiro de 2004. A coleta de dados foi realizada mediante a análise dos prontuários dos pacientes submetidos a transplante, com o auxílio de um roteiro investigativo específico. A idade da população variou de 9 dias a 71 anos, com mediana de 47 anos. A predominância foi do sexo masculino (75,2%). RESULTADOS: Apresentaram infecção, nos primeiros 30 dias pós-cirurgia, 32,8% dos pacientes. Houve predominância das infecções bacterianas (32%), seguindo as fúngicas (5,6%) e as causadas por vírus (4%). Não se observou diferença na incidência de infecção, quando comparadas em duas situações: (1) na assistência de enfermagem ao paciente com uso de isolamento protetor (29,9%); e (2) sem isolamento protetor (36,2%) - p= 0,835. CONCLUSÃO: As infecções bacterianas predominaram nesta população, seguidas das fúngicas e virais. Observou-se que não houve diferença na incidência de infecções, quando comparadas as distintas medidas preventivas, com e sem uso de isolamento protetor, confirmando pesquisas norte-americanas. Esses dados mostram-se úteis para orientação de protocolos, visto que apresentam particularidades do nosso meio.
2022-12-06T14:00:48Z
Boaz,Marta Regina Bordignon,Solange Nesralla,Ivo A
Experiência clínica inicial na desmineralização química da valva aórtica: potencial aplicação como procedimento minimamente invasivo
OBJETIVO: Utilização de nova tecnologia na desmineralização química da valva aórtica, em cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea, avaliação de suas alterações hemodinâmicas e reportar eventos relacionados à técnica. MÉTODO: Cinco pacientes, submetidos à revascularização miocárdica e portadores de estenose aórtica leve a moderada, receberam tratamento químico na valva aórtica. A idade dos pacientes variou de 65 a 81 anos, com média de 73 anos; sendo todos do sexo masculino. Um paciente tinha doença uniarterial e quatro, multiarterial (quatro vasos). O gradiente médio variou de 13 a 49 mmHg, com média de 25 mmHg. A área média do orifício aórtico variou de 0,8 a 1,3 cm², com média de 1,1cm². Os antecedentes observados foram: hipertensão arterial, hipercolesterolemia, diabete melito e fumo. RESULTADOS: O período de pinçamento aórtico variou de 94 a 126 minutos, com média de 107 minutos. O tempo de "bypass" variou de 134 a 171 minutos, com média de 152 minutos. O tempo de tratamento variou de 13 a 33 minutos, com média de 28 minutos. Não foi observado nenhum óbito. Complicações pós-operatórias observadas foram: bloqueio atrioventricular total em três pacientes. Não foram observados eventos que comprometessem a integridade da valva aórtica ou provocassem insuficiência aórtica pós-tratamento. Também não se observaram eventos neurológicos, sistêmicos, metabólicos ou hematológicos. O gradiente transvalvar pós-operatório, determinado pelo ecocardiograma, demonstrou melhora no gradiente sistólico e médio. CONCLUSÕES: O tratamento demonstrou ser efetivo e seguro, não causando lesão à valva ou algum evento sistêmico. As alterações do sistema de condução parecem relacionadas com o equipamento e seu sistema de liberação da substância de lavagem. A utilização desta tecnologia poderá ser, no futuro, um importante coadjuvante na substituição da valva aórtica por via transcutânea.
2022-12-06T14:00:48Z
Lima,Ricardo Carvalho Wimmer-Greinecker,Gerhard Costa,Mário Gesteira Escobar,Mozart Augusto Soares de Diniz,Roberto Césio,Antônio Vasconcelos,Frederico Menezes,Alexandre Poser,Robert Riebman,Jerry
Reação histopatológica da parede da aorta abdominal ao stent não recoberto
OBJETIVO: Avaliar a reação histopatológica da parede aorta abdominal, em suínos, no nível das artérias renais, na presença de stent metálico não recoberto. MÉTODO: Foi estudada histopatologicamente a aorta abdominal de 10 suínos, com peso médio de 86,6 quilos e idade média de 6 meses, submetidos a implante de stent metálico posicionado na aorta, no nível das artérias renais, após 100 dias do implante. Os stents foram liberados por auto-expansão com laparotomia. Os cortes histológicos foram realizados nos seguintes locais: 1) transição entre a aorta normal e aorta contendo stent; 2) aorta contendo o stent; 3) porção contendo os óstios das artérias renais, 4) linfonodos periaórticos e, 5) parênquima renal. As lâminas foram coradas pela técnica da hematoxilina e eosina. RESULTADOS: Os achados macroscópicos revelaram: linfonodomegalia periaórtica; espessamento da parede aórtica; artérias lombares e renais pérvias; estrutura anatômica renal normal. Análises microscópicas, próximas aos stents, evidenciaram espessamento da parede vascular, secundário à fibrose intimal e camada média comprometida com fibrose intersticial. Medidas micrométricas da parede aórtica com o stent, comparada à aorta sem o stent, apresentaram aumento da espessura da parede (75,9%) por hiperplasia da camada íntima secundária à proliferação de fibroblastos; depósitos de colágeno com infiltrado inflamatório e granulomas do tipo corpo estranho. CONCLUSÃO: O stent de aço inoxidável descoberto, implantado na aorta de suínos, produziu importante reação inflamatória, com fibrose nas camadas média e íntima, evidenciada pelas análises histopatológicas e a sua presença não comprometeu o estado pérvio da aorta e dos ramos lombares e renais.
2022-12-06T14:00:48Z
Bombonato,Rubio Palma,José Honório Marcondes,José Augusto Moraes,Aury Nunes de Rocha,João Luiz da Martins,Márcio Rodrigo Tchaick,Rodrigo Mezzalira Domingos,Júlio Buffolo,Enio
Bronquiectasia e fisioterapia desobstrutiva: ênfase em drenagem postural e percussão
Bronquiectasia consiste em dilatação anormal, permanente e irreversível de brônquios e bronquíolos, com infecções recorrentes, inflamações, hipersecreção e redução da limpeza mucociliar. Acomete predominantemente o sexo feminino, entre 28 e 48 anos de idade e afeta com maior freqüência os lobos inferiores bilateralmente. Manifestações clínicas da doença são a tosse crônica, febre e expectoração volumosa, purulenta, com odor fétido. Etiologia é inespecífica e representada pelo estádio final de diversos processos patológicos. Pode ser classificada em cilíndrica, varicosa e sacular, e ainda, em localizada e multissegmentar. Drenagem postural e percussão são técnicas desobstrutivas usuais na prática clínica diária, no entanto, há escassez de estudos comparativos enfatizando-as com amostras populacionais e recursos metodológicos. Tomando por base as considerações, teve-se como objetivo verificar a eficácia da drenagem postural e da percussão na higiene brônquica de pacientes bronquiectásicos, bem como seus efeitos e associação com outras técnicas apontadas pela literatura atual. Os principais achados comprovaram que a drenagem postural e a percussão são efetivas na mobilização da secreção pulmonar, uma vez que aumentam a velocidade do muco transportado, melhoram a função pulmonar e as trocas gasosas. A efetividade requer ajuda de um profissional, o que pode dificultar a prática clínica diária. Por esta razão, fisioterapeutas têm selecionado técnicas que propiciem independência ao paciente.
2022-12-06T14:00:48Z
Lamari,Neuseli Marino Martins,Ana Leticia Quinalha Oliveira,Janine Vieira Marino,Laís Carvalho Valério,Nelson
Tratamento endovascular dos aneurismas de aorta abdominal: experiência inicial e resultados a curto e médio prazo
OBJETIVO: O estudo visa a apresentar os resultados a curto e médio prazo do tratamento endovascular dos aneurismas de aorta abdominal (AAA). Trata-se de uma experiência inicial com uma equipe multidisciplinar. MÉTODO: No período entre julho de 2003 e outubro de 2005, 42 pacientes foram submetidos a tratamento endovascular de doenças da aorta, sendo 25 por aneurismas de aorta abdominal (AAA). A idade média foi de 74 ± 10,2 anos e 92% dos pacientes eram do sexo masculino. Os procedimentos foram realizados por uma equipe multidisciplinar, no Hospital de Clínicas de Porto Alegre e Hospital Luterano (ULBRA). Vinte e quatro pacientes foram submetidos à colocação de endoprótese bifurcada e um, reta. Em todos os pacientes, o procedimento foi realizado por dissecção das artérias femorais, em laboratório de hemodinâmica. Em nenhum caso houve necessidade de conversão para cirurgia aberta. RESULTADOS: Não houve óbito nesta série. Até 2 anos e 3 meses de acompanhamento, todos os pacientes estão vivos e 24 (96%) livres de reintervenção relacionada ao aneurisma. Um (4%) paciente necessitou novo procedimento endovascular por vazamento tipo I, um ano após, sendo colocadas três extensões. Dois outros necessitaram derivação femoro-femoral cruzada, um no momento do procedimento endovascular e o outro, 24 horas após, por apresentar isquemia de membro inferior direito. CONCLUSÃO: O tratamento endovascular dos AAA representa uma nova alternativa à cirurgia convencional, menos invasiva, principalmente para pacientes com alto risco cirúrgico. Como o procedimento é relativamente novo, estudos prospectivos e randomizados são necessários para avaliar resultados a longo prazo. Excelentes resultados a curto e médio prazo podem ser obtidos em nosso meio.
2022-12-06T14:00:48Z
Saadi,Eduardo Keller Gastaldo,Fernando Dussin,Luiz Henrique Zago,Alcides José Barbosa,Gilberto Moura,Leandro de