Repositório RCAAP

Redução de sílaba em fala espontânea nas alterações específicas de linguagem

TEMA: a redução de sílaba (RS) ocorre frequentemente nas Alterações Específicas de Linguagem (AEL), podendo indicar um fator desviante no processo de aquisição fonológica destes sujeitos. OBJETIVO: verificar a ocorrência de RS na fala espontânea de crianças com AEL e a influência dos fatores extensão das palavras e tonicidade para sua ocorrência. MÉTODO: foram sujeitos 27 crianças com AEL, com idades entre 3:0 e 5:11 anos, em tratamento fonoaudiológico semanal, que apresentaram 50% de acertos em provas específicas de fonologia realizadas ou que apresentaram inteligibilidade de fala passível de análise pela fala espontânea. As amostras de fala foram obtidas a partir de interação lúdica com a pesquisadora e pelo discurso eliciado por figuras. A ocorrência de RS foi analisada considerando-se: extensão das palavras produzidas, preferência por sílabas tônicas ou átonas e posição das sílabas nas palavras em que ocorreu RS. RESULTADOS: houve predomínio na produção de palavras dissílabas (X2 = 72,49; p < 0,001), a ocorrência de redução de sílaba foi significantemente maior nas palavras polissílabas (X2 = 11,22; p < 0,004) e as sílabas iniciais foram mais reduzidas (X2 = 34,99; p < 0,001). As sílabas átonas foram reduzidas com maior frequência (Z = -5,79; p < 0,001). CONCLUSÃO: a preferência pela produção de palavras dissílabas confirma a dificuldade dos sujeitos com estruturas silábicas complexas e justifica parte de sua ininteligibilidade em fala espontânea. A predominância da redução de sílabas átonas indica a preferência pela produção do núcleo das palavras, em que a ênfase é dada na sílaba tônica durante a expressão da linguagem.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Befi-Lopes,Débora Maria Rondon,Silmara

Avaliação do processamento auditivo central em adolescentes expostos ao mercúrio metálico

TEMA: processamento auditivo central e exposição ao mercúrio metálico. OBJETIVO: comparar o desempenho nos testes comportamentais de processamento auditivo central entre adolescentes expostos e não expostos ao mercúrio metálico. MÉTODO: foram avaliados 52 adolescentes de ambos os sexos que apresentavam limiares auditivos dentro dos padrões de normalidade. O grupo de estudo (GE) incluiu 21 adolescentes que referiram trabalhar na queima dos amálgamas de ouro-mercúrio, re-queimar ouro em lojas que comercializam este metal ou residir próximos às áreas de garimpos e às lojas que comercializam ouro. O grupo de comparação (GC) foi composto por 31 adolescentes que não apresentaram história de exposição ao mercúrio. Os procedimentos incluíram um questionário sobre a história clínica, laboral e da exposição ao mercúrio, audiometria tonal liminar e bateria de testes para avaliação do processamento auditivo central. RESULTADOS: As diferenças de desempenho na avaliação do processamento auditivo central entre o GE e o GC foram estatisticamente significantes para o teste de memória seqüencial para sons não verbais (p = 0,001), para os testes de padrão de freqüência (p = 0,000) e de duração (p = 0,000) e para o SSW em Português (p = 0,006). CONCLUSÃO: os adolescentes expostos ao mercúrio metálico apresentaram desempenho significativamente inferior aos não expostos para a maioria dos testes comportamentais do processamento auditivo central e a principal alteração encontrada nessa população foi no processamento de sons breves e sucessivos.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Dutra,Marilene Danieli Simões Monteiro,Marcia Cavadas Câmara,Volney de Magalhães

Desempenho de crianças com fenilcetonúria no Teste de Screening de Desenvolvimento Denver - II

TEMA: desempenho de crianças com PKU no Teste de Screening de Desenvolvimento Denver - II. Introdução: a fenilcetonúria é uma desordem autossômica recessiva resultante da mutação do gene localizado no cromossomo 12q22.24.1. OBJETIVO: caracterizar o desempenho de crianças com fenilcetonúria diagnosticadas e tratadas precocemente por meio do Teste de Screening de Desenvolvimento Denver II e dos níveis de fenilalanina sanguíneos. MÉTODO: participaram 20 crianças, dez com fenilcetonúria, diagnosticadas e tratadas desde o nascimento, de idade cronológica entre três a seis anos, e dez crianças do grupo típico, pareadas quanto ao sexo, idade e nível socioeconômico. Os níveis sanguíneos e as informações neurológicas, psicológicas e sociais foram obtidas no banco de dados do Programa de Triagem Neonatal para Erros Inatos do Metabolismo. A avaliação constou da aplicação do Teste de Screening de Desenvolvimento Denver-II. Utilizou-se estatística descritiva e aplicação do teste estatístico de Mann Whitney para a caracterização das habilidades. Para as medições dos níveis plasmáticos sanguíneos de fenilalanina considerou-se os valores abaixo de 2mg/dL, acima de 4mg/dL, os valores de referência entre 2 e 4mg/dL, de todos os exames realizados no decorrer da vida dos participantes, os valores mínimos e máximos e o valor obtido na época da avaliação fonoaudiológica. Resultado: A comparação entre os grupos foi estatisticamente significante nas áreas pessoal-social e de linguagem. CONCLUSÃO: crianças com fenilcetonúria diagnosticadas e tratadas precocemente apresentaram prejuízo nas áreas pessoal-social e de linguagem e, mesmo com o acompanhamento periódico, apresentaram dificuldades para manter os níveis de normalidade de fenilalanina, embora realizassem o tratamento recomendado.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Silva,Greyce Kelly da Lamônica,Dionísia Aparecida Cusin

Limiar de resolução temporal auditiva em idosos

TEMA: o Teste de Detecção de Intervalo Aleatório - Random Gap Detection Test (RGDT) avalia o limiar de resolução temporal. Existem dúvidas se à medida que o sujeito envelhece, seu desempenho nesta tarefa se mantém inalterada. Ao mesmo tempo, existe a preocupação do quanto as suas dificuldades de comunicação estariam relacionadas a uma degradação da resolução temporal. OBJETIVO: determinar o limiar de resolução temporal auditiva em idosos com audição periférica normal ou perda do tipo neurossensorial, simétrica de até grau leve, e sua correlação com: gênero, idade, achados audiométricos e pontuação no Questionário de Auto-Avaliação da Comunicação - Self-Assessment of Communication (SAC). MÉTODO: 63 idosos, com idades entre 60 e 80 anos (53 mulheres e 10 homens), foram submetidos ao RGDT e ao SAC. RESULTADOS: a análise estatística da relação entre gênero e limiar do RGDT mostrou que o desempenho dos idosos do gênero feminino foi estatisticamente pior em relação ao masculino. Não houve correlação das variáveis idade e configuração audiométrica entre os sujeitos do gênero feminino e o desempenho do RGDT e no SAC. Os resultados do SAC mostraram que ambos os gêneros não apresentaram queixas significantes de dificuldade de comunicação independente do resultado do RGDT ou da configuração audiométrica. CONCLUSÃO: o limiar médio de resolução temporal para os idosos do gênero feminino foi de 104,81ms. Para o grupo do gênero feminino, não foram observadas correlação entre as variáveis idade e configuração audiométrica, tanto para os resultados do teste RGDT quanto para os resultados do questionário SAC.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Queiroz,Daniela Soares de Momensohn-Santos,Teresa Maria Branco-Barreiro,Fátima Cristina Alves

Disfonia psicogênica associada a outras doenças: desafio para o tratamento fonoaudiológico

TEMA: sucessos e dificuldades no tratamento de disfonia psicogênica. OBJETIVO: discutir as limitações da terapia fonoaudiológica para disfonia psicogênica associada a outras doenças. MÉTODO: foram utilizados protocolos de avaliação e registros de terapia para discussão do caso. RESULTADOS: a paciente chegou com importante alteração vocal e, após avaliação, diagnosticou-se disfonia psicogênica. O tratamento envolveu ativação vocal e modificação do ajuste fixado. Observaram-se mudanças positivas como estabilidade no padrão vocal, redução da rouquidão, aspereza, soprosidade e desconforto laríngeo e na qualidade de vida relacionada à voz, mas que não se sustentaram na medida em que houve piora dos outros problemas de saúde. CONCLUSÃO: o tratamento fonoaudiológico pode ser limitado, contudo desafiador, quando a disfonia psicogênica ocorre de maneira concomitante com outras doenças.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Nemr,Kátia Simões-Zenari,Marcia Marques,Suelen Fernanda Cortez,Juliane Pereira Silva,Andreza Luciane da

A regressão observada no tratamento do desvio fonológico

TEMA: regressão no desempenho fonológico. OBJETIVO: verificar a regressão no desempenho fonológico quanto à produção dos sons no tratamento do desvio fonológico. MÉTODO: três sujeitos com desvios fonológicos, com idade de 6:0, 7:0, 7:0, foram tratados com o /r/ pelo Modelo ABAB-Retirada e Provas Múltiplas. Compararam-se, após um ciclo de tratamento, quais fonemas sofreram processo de regressão no percentual de produção. RESULTADOS: verificou-se que o processo de regressão ocorreu no sistema fonológico de todos os sujeitos. Os traços envolvidos foram, na sua maioria, os de classe principal. CONCLUSÃO: há relação entre os traços do fonema tratado e dos que apresentaram regressão nos casos estudados.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Checalin,Mardônia Alves Ghisleni,Maria Rita Leal Ferreira-Gonçalves,Giovana Keske-Soares,Márcia Mota,Helena Bolli

O uso interativo da comunicação em crianças autistas verbais e não verbais

TEMA: comunicação de crianças autistas. OBJETIVO: avaliar a funcionalidade da comunicação de crianças incluídas no espectro autístico divididas em dois grupos (verbais e não verbais) e identificar as possíveis relações entre os grupos estudados. MÉTODO: foram sujeitos 20 crianças autistas, 10 verbais e 10 não verbais, com idade variando entre 2a e 10 m e 10a e 6m de vida. Todos os sujeitos foram gravados durante 30 minutos, em situação de interação espontânea com a mãe. O corpus das gravações dos dois grupos foi analisado quanto ao desempenho do perfil funcional de comunicação de cada sujeito, de cada grupo e as possíveis relações existentes entre os dois grupos. RESULTADOS: os dados referentes à ocupação do espaço comunicativo sugerem equilíbrio entre a comunicação da criança autista e sua mãe. Quanto ao número de atos comunicativos produzidos por minuto, nota-se que há uma visível divisão entre as crianças, que coincide com a divisão de grupos proposta: crianças autistas verbais e crianças autistas não verbais. Com relação à utilização dos meios comunicativos pelas crianças autistas observa-se que tanto as crianças autistas não verbais como as verbais fazem grande uso do meio gestual para se comunicarem. Os dados correspondentes à utilização das funções comunicativas mais inter-pessoais apontam a dificuldade da criança autista em interagir com o outro CONCLUSÃO: a caracterização do perfil funcional da comunicação realizada neste estudo confirmou a dificuldade destas crianças no estabelecimento de interações comunicativas e como essas dificuldades independem do meio comunicativo utilizado.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Amato,Cibelle Albuquerque de la Higuera Fernandes,Fernanda Dreux Miranda

Práticas de narrativas escritas em estudantes do ensino fundamental

TEMA: promoção de um programa de narrativas escritas na terceira série do ensino fundamental. OBJETIVO: analisar duas propostas de trabalho com práticas de narrativas escritas com a finalidade de verificar quais recursos seriam mais eficientes para beneficiar estudantes de terceira série do Ensino Fundamental na elaboração da produção de textos. MÉTODO: foram selecionados 60 escolares de duas classes da terceira série de uma escola estadual da cidade de São Paulo. Para fins de análise, os escolares foram divididos em dois grupos (Grupo A e Grupo B); foram utilizados 14 livros de histórias infantis. No Grupo A, a história era contada oralmente de modo coloquial pelos pesquisadores, mantendo-se o papel de narrador e a estrutura original do autor. No Grupo B, a história era lida na íntegra. O livro era projetado numa tela por meio de recurso de retroprojeção e lido em voz alta para que os estudantes acompanhassem a leitura e observassem as ilustrações correspondentes. Recursos de mudança de voz nos diálogos dos personagens foram utilizados. RESULTADOS: na comparação geral, encontraram-se resultados estatisticamente significantes para o momento (inicial e final) e para interação entre grupos. Observou-se que em ambos os grupos houve um crescimento substancial entre início e final. CONCLUSÃO: o Programa de Promoção de Narrativas Escritas com base na leitura compartilhada dos livros infantis constitui-se em uma estratégia mais eficiente do que contar das histórias por meio de uma linguagem única.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Romano-Soares,Soraia Soares,Aparecido José Couto Cárnio,Maria Silvia

Avaliação da deglutição de idosos com indicação de revascularização miocárdica

TEMA: avaliação da deglutição de idosos com doença coronária e indicação de cirurgia cardíaca. OBJETIVO: identificar as características da deglutição de idosos indicados à cirurgia de Revascularização Miocárdica (RM), utilizando um protocolo de avaliação composto por um teste de deglutição água, ausculta cervical e registros da oximetria de pulso. MÉTODO: foi utilizado o Protocolo de Avaliação do Risco de Disfagia por Teste Combinado de Deglutição e Monitorização dos Sinais Vitais (PADTC), contendo o registro da FC e SpO2 (frequência cardíaca e saturação de oxigênio), um teste de deglutição de água com 1, 3, 5, 10, 15 e 20ml, medida da frequência respiratória e ausculta cervical. O estetoscópio eletrônico propiciou a análise do número, tempo de resposta e classificação do som da deglutição. No Grupo de Pesquisa (GP) foram incluídos idosos cardiopatas com indicação de RM. No Grupo Controle (GC) foram incluídos idosos saudáveis. RESULTADOS: foram avaliados 38 idosos no GP, com média de idade de 68 anos. No GC foram avaliados 30 idosos, com idade média de 70 anos. Houve diferença significativa no tempo de resposta da deglutição nos cardiopatas com FC abaixo de 60, sendo mais curto em 3ml, 10ml, 15ml e 20ml. A FC permaneceu mais baixa nos cardiopatas. Não houve diferença significativa nos outros parâmetros, ou seja, os dois grupos foram semelhantes. CONCLUSÃO: os idosos cardiopatas apresentaram diferença na função de deglutição em relação aos idosos saudáveis. Os cardiopatas apresentam alterações da coordenação temporal entre respiração e deglutição, revelando risco para a disfagia.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Dantas,Mara de Oliveira Rodrigues Luiz Auler Jr,José Otávio Costa Andrade,Claudia Regina Furquim de

Narrativas orais de crianças com desenvolvimento típico de linguagem

TEMA: desenvolvimento da narrativa oral. OBJETIVO: verificar o tempo de narrativa e de pausa, o número de palavras e de intervenções do interlocutor em narrativas orais de crianças com desenvolvimento típico. MÉTODO: participaram do estudo 31 crianças divididas em quatro grupos etários: GI (3:1 a 4:0 anos), GII (4:1 a 5:0 anos), GIII (5:1 a 6:0 anos) e GIV (6:1 a 7:0 anos). Amostras de narrativa espontânea e narrativa com livro sem palavras foram coletadas em vídeo, transcritas e analisadas estatisticamente por meio de teste exato de Fisher (não-paramétrico) e modelo de regressão linear com efeitos mistos. RESULTADOS: os valores de tempo de pausa, tempo de narrativa, e o número de palavras no contexto de livro foram significativamente maiores em relação à narrativa espontânea (p-valor < 0,01). Quanto ao número de intervenções, houve correlação (p-valor = 0,03) entre idade e intervenção no contexto de livro com diminuição da intervenção na media que aumentou a idade. CONCLUSÃO: as crianças apresentaram uma narrativa mais extensa no contexto de relato com livro sem palavras em relação ao contexto de narrativa espontânea, porém, sem diferenças significativas entre as idades. O estudo permitiu ainda concluir que a participação do interlocutor faz-se menos necessária conforme aumenta a idade do narrador.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Cavalcante,Priscila Artioli Mandrá,Patrícia Pupin

Descritores em Ciências da Saúde na área específica da Fonoaudiologia Brasileira

TEMA: terminologia na Fonoaudiologia. Objetivo: proposição de tesauro específico sobre a Fonoaudiologia, nas Línguas Inglesa, Portuguesa e Espanhola, a partir dos descritores existentes nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). MÉTODO: baseado no estudo piloto de Campanatti-Ostiz e Andrade²; que teve por objetivo a verificação da viabilidade metodológica para a criação da categoria específica da Fonoaudiologia brasileira no DeCS. As revistas científicas selecionadas para análise dos títulos, resumos e palavras-chave foram as de Fonoaudiologia indexadas na SciELO. 1. Recuperação dos Descritores em Língua Inglesa (Medical Subject Headings - MeSH); 2. Recuperação e hierarquização dos descritores em Língua Portuguesa (DeCS). Foram realizadas a análise descritiva dos dados e a análise de relevância relativa das áreas do DeCS. A partir da primeira análise, decidiu-se pela participação de todos os 761 descritores levantados, com todos os seus números hierárquicos, independente de seus números de ocorrência (NO) e, a partir da segunda, optou-se pela exclusão das áreas menos relevantes e exclusivas do DeCS. RESULTADOS: na proposição de tesauro da Fonoaudiologia, foram encontradas 1676 ocorrências de descritores DeCS, distribuídos nas áreas Anatomia; Doenças; Técnicas Analíticas, Diagnósticas e Terapêuticas e Equipamentos; Psiquiatria e Psicologia; Fenômenos e Processos; Assistência à Saúde. CONCLUSÃO: a proposição de tesauro apresentada contém os termos de domínio da Fonoaudiologia brasileira e refletem os descritores da produção científica das publicações pesquisadas. Sendo o DeCS um vocabulário trilingue (Português, Inglês e Espanhol), esta proposição de organização dos descritores poderá ser apresentada nestas três Línguas, propiciando maior intercâmbio cultural entre as diferentes nações.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Campanatti-Ostiz,Heliane Andrade,Claudia Regina Furquim de

Medidas de audição de pais de indivíduos com deficiência auditiva de herança autossômica recessiva

TEMA: avaliação audiológica de pais de indivíduos com perda auditiva de herança autossômica recessiva. OBJETIVO: estudar o perfil audiológico de pais de indivíduos com perda auditiva, de herança autossômica recessiva, inferida pela história familial ou por testes moleculares que detectaram mutação no gene GJB2, responsável por codificar a Conexina 26. MÉTODO: 36 indivíduos entre 30 e 60 anos foram avaliados e divididos em dois grupos: grupo controle, sem queixas auditivas e sem história familiar de deficiência auditiva, e grupo de estudos composto por pais heterozigotos em relação a genes de surdez de herança autossômica recessiva inespecífica ou portadores heterozigotos de mutação no gene da Conexina 26. Todos foram submetidos à audiometria tonal liminar (0,25kHz a 8), audiometria de altas freqüências (9kHz a 20) e emissões otoacústicas produtos de distorção (EOAPD). RESULTADOS: houve diferenças significativas na amplitude das EOAPD nas freqüências 1001 e 1501Hz entre os grupos, sendo maior a amplitude no grupo controle. Não houve diferença significativa entre os grupos para os limiares tonais de 0,25 a 20KHz. CONCLUSÃO: as EOAPD foram mais eficazes, em comparação com a audiometria tonal liminar, para detectar diferenças auditivas entre os grupos. Mais pesquisas são necessárias para verificar a confiabilidade destes dados.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Silva,Larissa Suyama da Netto,Regina Célia Mingroni Sanches,Seisse Gabriela Gandolfi Carvallo,Renata Mota Mamede

Limiar da função de crescimento das emissões otoacústicas: produto de distorção em neonatos

TEMA: as medidas das emissões otoacústicas-produto de distorção (EOAPD) possibilitam verificar o surgimento e o crescimento da resposta das EOAPD de acordo com a intensidade do estímulo sonoro apresentado (curva de crescimento). OBJETIVO: estimar o limiar das EOAPD por meio da curva de crescimento das EOAPD nas freqüências de 2kHz e 4kHz, com apresentação do estímulo entre 35 e 70dB NPS em neonatos. MÉTODO: foram estudados 51 neonatos, de 24 a 84 horas de vida sem indicador de risco para deficiência auditiva. Foram registradas as EOAPD na função curva de crescimento em 2kHz e 4kHz. Os neonatos foram avaliados no período de internação após nascimento. Foram considerados três possíveis limiares (LIM 1, LIM 2 e LIM 3) a partir da presença de resposta considerada 3dBNPS na relação sinal/ruído. RESULTADOS: as intensidades médias dos limiares variaram de 47,55 a 49,85dB em 2kHz e de 55,52 a 59,94dB em 4kHz. As médias das amplitudes de resposta nos limiares variaram de 6,67 a 8,27dB para 2kHz e de 6,99 a 11,35dB para 4kHz. Houve diferença estatística entre os três limiares considerados para as duas frequências pesquisadas. CONCLUSÃO: o procedimento foi viável para a população neonatal que revelou limiares médios de até 60dB para as duas frequências estudadas. Para esta população foi evidenciado que mesmo apresentando limiares elevados foram observadas amplitudes de respostas robustas.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Almeida,Patricia Pinheiro de Sanches,Seisse Gabriela Gandolfi Carvallo,Renata Mota Mamede

Recursos de informática na terapia fonoaudiológica de crianças do espectro autístico

TEMA: uso da tecnologia de informática na terapia de linguagem com crianças do espectro autístico. OBJETIVO: verificar a interferência do uso de computadores e programas específicos na terapia fonoaudiológica de crianças autistas em seu perfil comunicativo e desempenho sócio-cognitivo. MÉTODO: 23 crianças entre 3 e 12 anos foram filmadas individualmente, antes e depois de um bloco de dez sessões com o uso de jogos de informática, em situações regulares de terapia fonoaudiológica, brincando com diversos tipos de jogos, à sua escolha, com a terapeuta, totalizando duas filmagens de cada criança. RESULTADOS: as seguintes características foram descritas pelas terapeutas para as situações com o uso do computador: mais atento, mais iniciativas de comunicação, mais contato ocular, mais interativo, mais verbalizações, mais pedidos de informação e de ação. Foi possível identificar progressos qualitativos e quantitativos, embora sem significância estatística. Esses progressos foram observados num período de tempo mais curto do que o usualmente utilizado para esse tipo de comparação, e esse parece um resultado promissor. CONCLUSÃO: não foi possível realizar comparações ou associações mais controladas, pois os grupos estudados foram muito heterogêneos, o que dificulta conclusões mais consistentes. Ficou evidente que os sujeitos apresentaram reações diferentes à proposta de utilização dos recursos de informática durante a terapia fonoaudiológica.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Fernandes,Fernanda Dreux Miranda Santos,Thaís Helena Ferreira Amato,Cibelle Albuquerque de la Higuera Molini-Avejonas,Daniela Regina

Padronização do potencial evocado auditivo de tronco encefálico utilizando um novo equipamento

TEMA: padronização do Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE) utilizando um novo equipamento. OBJETIVO: padronizar as respostas do PEATE utilizando de um novo equipamento desenvolvido (NED) no Brasil. MÉTODOS: análise das latências absolutas, interpicos e das amplitudes das ondas do PEATE, por meio de um novo equipamento desenvolvido para estudar grupos de ouvintes normais (91 adultos) e outro com perda neurossensorial (15 adultos) com perda auditiva neurossensorial bilateral entre o equipamento EP15 / Interacoustis e o NED. Utilizando o clique não filtrado, com duração de 100 microssegundo (µs), totalizando 2.000 estímulos, na polaridade rarefeita, frequência de estimulação de 13,1 cliques/s, intensidade de 80 decibels de nível de audição normalizado (dB NAn), com janela de 10 milissegundos e filtro passa-banda entre 100 e 3000 Hertz (Hz). Nível de significância de 0,05. RESULTADOS: as médias das latências absolutas e interpicos em 76 ouvintes normais no NED foram: onda I=1,50, III=3,57, V=5,53, I-III=2,06, III-V=1,96 e I-V=4,02. Ao separar por gênero houve diferença estatisticamente significante para as latências absolutas das ondas III e V e nos interpicos I-III e I-V. Valor médio da amplitude da onda I=0,384 microvolt (μV) e da onda V=0,825 μV. Não existiu diferença estatisticamente significante ao comparar as latências absolutas e interpicos entre dois equipamentos no mesmo indivíduo. CONCLUSÃO: os componentes do PEATE com o NED em ouvintes normais foram similares quanto às orelhas, com latências menores estatisticamente significantes nas mulheres. As latências do PEATE no mesmo indivíduo com o NED foram semelhantes às obtidas com o EP15 / Interacoustis. Foram obtidos os valores de normalidade para o PEATE em adultos ouvintes normais.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Soares,Ilka do Amaral Menezes,Pedro de Lemos Carnaúba,Aline Tenório Lins Pereira,Liliane Desgualdo

Impacto da tontura na qualidade de vida de idosos com vestibulopatia crônica

TEMA: impacto da tontura na qualidade de vida (QV) em idosos vestibulopatas crônicos. OBJETIVO: avaliar a associação entre o impacto da tontura na QV de idosos com disfunção vestibular crônica e variáveis demográficas e clínicas. MÉTODO: estudo prospectivo em que 120 idosos com disfunção vestibular crônica submeteram-se à versão brasileira do Dizziness Handicap Inventory (DHI). Foram utilizados os testes de Mann-Whitney, Kruskal-Wallis e Coeficiente de Correlação de Spearman para verificar a associação de QV e as variáveis demográficas e clínicas. RESULTADOS: ocorreram associações significantes entre a presença de tontura rotatória e não rotatória com o escore total do DHI (p = 0,010) e subescala física (p = 0,049) e funcional (p = 0,009); entre quedas recorrentes com o DHI total (p = 0,004) e subescalas física (p = 0,045), funcional (p = 0,010) e emocional (p = 0,011). Correlações significantes foram encontradas entre incapacidade funcional e o DHI total (ρ = + 0,557; p < 0,001) e subescalas física (ρ = + 0,326; p < 0,001), funcional (ρ = + 0,570; p < 0,001) e emocional (ρ = + 0,521; p(0,001). CONCLUSÕES: o impacto da tontura na QV é maior nos idosos com tontura rotatória e não rotatória, quedas recorrentes e incapacidade funcional.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Santos,Erika Maria dos Gazzola,Juliana Maria Ganança,Cristina Freitas Caovilla,Heloisa Helena Ganança,Fernando Freitas

Controle postural de escolares com respiração oral em relação ao gênero

TEMA: controle postural de escolares com respiração oral. OBJETIVO: comparar postura e equilíbrio corporal entre os grupos de escolares com e sem respiração oral considerando a variável gênero. MÉTODO: o estudo foi realizado em uma escola municipal da cidade de Santa Maria; foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal de Santa Maria. O grupo estudo (com respiração oral) e o grupo controle (sem respiração oral) foram selecionados, baseados na anamnese, na idade (entre 8 a 12 anos), na avaliação do sistema estomatognático e na avaliação auditiva. A amostra final ficou composta por 51 escolares no grupo estudo (20 gênero feminino e 31 gênero masculino) e 58 escolares no grupo controle (34 gênero feminino e 24 gênero masculino). Ambos os grupos foram submetidos à posturografia dinâmica (teste de organização sensorial -TOS - e análise sensorial) e à avaliação postural em vista lateral direita e esquerda. RESULTADO: no gênero feminino encontrou-se diferença estatisticamente significante nos valores obtidos no ângulo que analisa o alinhamento horizontal da cabeça, nos valores do TOS III e no valor médio de todos os TOS. No gênero masculino verificou-se diferença numericamente significante nos valores obtidos no ângulo do joelho, no ângulo do tornozelo, no TOS III, TOS IV e no valor médio de todos os TOS. CONCLUSÃO: escolares com respiração oral apresentam alterações posturais; no gênero feminino no posicionamento cefálico e no masculino em membros inferiores. O equilíbrio corporal dos escolares com respiração oral, em ambos os gêneros, mostrou estar mais prejudicada em relação aos escolares sem respiração oral, principalmente na presença de conflito sensorial.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Roggia,Bruna Correa,Bruna Pranke,Gabriel Ivan Facco,Rudi Rossi,Angela Garcia

Variáveis extralinguísticas, sexo e idade, na consciência do próprio desvio de fala

TEMA: a consciência do próprio desvio de fala de acordo com as variáveis extralinguísticas, sexo e idade. OBJETIVO: investigar a influência das variáveis sexo e idade no desempenho em consciência do próprio desvio de fala. MÉTODO: o grupo pesquisado constitui-se de 24 crianças com diagnóstico de desvio fonológico, 15 meninos e 9 meninas, na faixa etária de 5:0 a 7:7. Neste grupo, foi realizado a avaliação da consciência do próprio desvio de fala. RESULTADOS: observou-se que 45,83% das crianças do grupo pesquisado apresentaram consciência do próprio desvio de fala estabelecida. Não houve diferenças estatisticamente significantes entre as variáveis extralinguísticas pesquisadas e a consciência do próprio desvio de fala. Contudo, notou-se maiores escores de consciência do próprio desvio de fala no desempenho das crianças representantes da faixa etária de 6 anos e do sexo masculino. CONCLUSÃO: crianças com desvio fonológico podem ter consciência do próprio desvio de fala e as variáveis extralinguísticas sexo e idade não são fatores intervenientes no desenvolvimento dessa habilidade.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Dias,Roberta Freitas Melo,Roberta Michelon Mezzomo,Carolina Lisbôa Mota,Helena Bolli

Perfil da fluência de indivíduos com taquifemia

TEMA: fluência na taquifemia. OBJETIVO: caracterizar e comparar a fluência de indivíduos com taquifemia com indivíduos fluentes. MÉTODOS: participaram dessa investigação 14 indivíduos na faixa etária de 8.0 a 40.11 anos de idade, de ambos os gêneros divididos em dois grupos, pareados por idade e gênero. GI foi composto por 7 indivíduos com taquifemia e GII por 7 indivíduos controles. Um protocolo de avaliação da fluência da fala foi utilizado para obter e analisar a amostra de fala, que considera a tipologia, a freqüência das disfluências e a velocidade de fala. RESULTADOS: os dados indicaram que os grupos se diferenciaram em relação às disfluências comuns e gagas, número de sílabas e de palavras por minuto. CONCLUSÃO: o perfil da fluência de indivíduos com taquifemia é muito distinto do perfil de falantes fluentes.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Oliveira,Cristiane Moço Canhetti de Bernardes,Ana Paula Lazarin Broglio,Gabriela Aparecida Fabbri Capellini,Simone Aparecida

Tempos máximos de fonação de vogais em mulheres adultas com nódulos vocais

TEMA: tempos máximos de fonação (TMF) de vogais em mulheres adultas com presença de nódulos vocais. OBJETIVO: verificar e correlacionar os valores de TMF de vogais em mulheres adultas jovens e de meia-idade com presença de nódulos vocais. MÉTODO: utilizaram-se os registros do Banco de dados de uma clínica-escola de Fonoaudiologia, totalizando um grupo de 38 sujeitos. Critérios de inclusão: adultos do sexo feminino com idades entre 20 e 53 anos e diagnóstico otorrinolaringológico de nódulos vocais. Critérios de exclusão: apresentar outra patologia laríngea além dos nódulos vocais; comprometimento auditivo; respiração oral; histórico de doenças neurológicas, psiquiátricas, endocrinológicas ou gástricas; gripe ou quadros de alergias; hábitos de etilismo e/ou tabagismo; tratamento fonoaudiológico e/ou otorrinolaringológico prévios. Foram coletados os dados de anamnese, o diagnóstico otorrinolaringológico, e as medidas de TMF das vogais /a, i, u/ de cada sujeito da amostra. A avaliação dos TMF se deu pela medida da duração de três emissões de cada vogal em estudo, em tom e intensidade habituais, até o final da expiração, com o paciente em pé, considerando-se o maior valor de cada vogal. Os resultados foram analisados estatisticamente ao nível de significância de 5%. RESULTADOS: faixa de idade representativa; TMF e média menos representativos, abaixo da normalidade e com forte correlação positiva e significativa entre si; correlação moderada, positiva e significativa entre os TMF entre si e sua média. CONCLUSÃO: na presença de nódulos vocais em um grupo de mulheres adultas, os TMF encontraram-se reduzidos e positivamente correlacionados, o TMF da vogal /a/ apresentou menor valor quando comparado às demais vogais.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Kurtz,Laura Oliveira Cielo,Carla Aparecida