Repositório RCAAP
Análise perceptivo-auditiva da estabilidade vocal de adolescentes em diferentes tarefas fonatórias
TEMA: variabilidade de qualidade e frequência da voz de adolescentes, durante a puberdade, em diferentes tarefas fonatórias. OBJETIVO: analisar, por meio da avaliação perceptivo-auditiva, a estabilidade vocal de adolescentes em três diferentes tarefas fonatórias. MÉTODO: foram sujeitos do estudo 46 adolescentes do sexo masculino, com idade entre 13 e 15 anos, estudantes de uma escola estadual da cidade de Campinas - SP, onde foi realizada a coleta dos dados. As vozes foram gravadas em gravador digital, solicitou-se emissão sustentada da vogal /a/, contagem de 1 a 10 e leitura de parágrafo de um livro pré-estabelecido. A avaliação perceptivo-auditiva da estabilidade vocal foi realizada por três fonoaudiólogas especialistas em voz. Para vozes consideradas instáveis, utilizou-se uma Escala Visual Analógica de 10cm para marcação do grau de instabilidade, em que 0 significava estabilidade e 10 instabilidade máxima, podendo variar de 0 a 10. RESULTADOS: na emissão da vogal sustentada 78,3% (n = 36) dos adolescentes apresentaram instabilidade vocal, em graus que variaram de 1 a 9. Apenas um adolescente apresentou voz instável, classificada como grau 1, durante a contagem de números e todos apresentaram voz estável durante a leitura. A ocorrência de estabilidade variou significativamente de acordo com a tarefa fonatória, havendo maior instabilidade na emissão de vogal sustentada (p < 0,0001; g.l = 2). CONCLUSÃO: as tarefas fonatórias de contagem de números e leitura não permitem inferir sobre a presença de instabilidade na emissão, o que deve ser avaliado na vogal sustentada.
2022-12-06T15:50:15Z
Guimarães,Michelle Ferreira Behlau,Mara Suzana Panhoca,Ivone
Problemas de linguagem oral e enurese em crianças
TEMA: co-ocorrência de problemas de linguagem oral e enurese em crianças. OBJETIVO: Identificar e analisar possíveis relações entre problemas da linguagem oral e enurese em crianças. MÉTODO: pesquisa clínico-quanti-qualitativa de caráter descritivo/interpretativo apresentada em duas situações distintas. A "situação 1" refere-se a um grupo de 120 crianças, entre 3:0 e 10:0 anos, independente das variáveis sexo e idade, que frequentam uma Instituição da Grande São Paulo. A "situação 2" refere-se especificamente à avaliação de crianças que apresentam a co-ocorrência de problemas de linguagem oral e enurese. RESULTADOS: os resultados apontaram que, comparativamente, as crianças enuréticas tendem a ter mais problemas de linguagem oral que as não enuréticas, especialmente desvios fonológicos e o fato de falarem pouco. Tais resultados corroboram os estudos sobre a co-ocorrência de enurese e problemas de linguagem oral, apresentados em trabalhos que atribuem etiologia bio-psíquica a essa co-morbidade. CONCLUSÃO: os resultados indicaram relação entre enurese e problemas de linguagem oral. Considerando-se os efeitos recíprocos entre linguagem, corpo e psiquismo, sugere-se que os fonoaudiólogos que se ocupam dos problemas de linguagem em crianças também investiguem a aquisição do seu controle esfincteriano vesical, numa abordagem bio-psíquica.
2022-12-06T15:50:15Z
Birenbaum,Thelma Kilinsky Cunha,Maria Claudia
Fatores associados ao bruxismo em crianças de 4 a 6 anos
TEMA: o bruxismo tem trazido prejuízos para a qualidade de vida das pessoas. Suas implicações para a motricidade orofacial e fala em crianças ainda não estão bem estabelecidas. OBJETIVO: investigar a ocorrência do bruxismo e fatores associados relativos aos hábitos orais, motricidade orofacial e funções de mastigação, respiração e deglutição em crianças de 4 a 6 anos. MÉTODO: participaram 141 crianças da referida faixa etária que frequentam três centros de educação infantil paulistas. Os pais preencheram protocolo de investigação sobre bruxismo e as crianças passaram por avaliação da motricidade orofacial. O grupo pesquisa foi composto pelas crianças cujos pais indicaram qualquer frequência de ranger ou apertamento de dentes, durante o sono ou não. Para análise estatística utilizou-se Análise de Variância, Teste de Igualdade de Duas Proporções e cálculo da Odds Ratio, nível de significância de 5%. RESULTADOS: observou-se elevada ocorrência de bruxismo entre as crianças (55,3%). Foram fatores associados a esta ocorrência: sialorreia durante o sono, uso de chupeta, hábito de morder lábios e roer unhas, tônus de bochechas e tipo de mordida alterados, além da participação da musculatura perioral durante deglutição de líquidos. Houve alta ocorrência de crianças dos dois grupos com queixa de dor de cabeça frequente (76%) e que dormem menos do que o recomendado para a idade (35%). CONCLUSÃO: os achados comprovaram relação entre bruxismo, hábitos orais e aspectos alterados da motricidade orofacial das crianças da faixa etária estudada reforçando a necessidade de ações fonoaudiológicas junto às instituições e famílias.
2022-12-06T15:50:15Z
Simões-Zenari,Marcia Bitar,Mariangela Lopes
Implante coclear: correlação da recuperação neural, privação auditiva e etiologia
TEMA: a Função de Recuperação do Nervo Auditivo (REC) pode ser extraída do potencial de ação das fibras neurais - ECAP (Eletrically Evoked Compound Action Potential). O ECAP pode ser influenciado pela estimulação recebida pelo nervo e pela etiologia de uma perda auditiva e, consequentemente, afetar a REC. OBJETIVO: verificar se há correlação entre REC e os fatores: etiologia, tempo de surdez e tempo de uso do AASI antes do Implante Coclear (IC). MÉTODO: estudo retrospectivo transversal. Foram coletados dados sobre etiologia, tempo de surdez, tempo de uso do Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI) e REC de 50 indivíduos, 26 crianças e 24 adultos, submetidos à cirurgia de IC e usuários do dispositivo multicanal Nucleus®24. As medidas da função de recuperação do nervo auditivo foram calculadas e os pacientes foram divididos em grupos (GI: recuperação rápida, GII: recuperação intermediária e GIII: recuperação lenta) para posterior análise de relação com os demais dados coletados. RESULTADOS: a análise dos dados não mostrou correlação estatisticamente significante entre a recuperação e os aspectos pré-cirúrgicos estudados. Entretanto, foi possível observar maior concentração de ambos, crianças e adultos, nas REC intermediárias. GI não agrupou indivíduos com surdez de etiologias infecciosas, tais como a meningite, rubéola e citomegalovírus. A média de REC apresentou-se mais lenta para as etiologias infecciosas, tanto para o grupo de crianças, como para o grupo de adultos. CONCLUSÃO: não houve correlação estatisticamente significante entre função de recuperação do nervo auditivo e os fatores: etiologia, tempo de surdez e tempo de uso do AASI antes do IC.
2022-12-06T15:50:15Z
Kutscher,Kellen Goffi-Gomez,Maria Valéria S. Befi-Lopes,Débora Maria Tsuji,Robinson Koji Bento,Ricardo Ferreira
Potencial evocado auditivo de tronco encefálico com estímulo de fala
TEMA: embora o uso clínico do estímulo clique na avaliação da função auditiva no Tronco Encefálico (TE) já esteja bastante difundido, e uma grande variedade de pesquisadores usarem tal estímulo nos estudos da audição humana, pouco se sabe a respeito do processamento auditivo de estímulos complexos como a fala. OBJETIVO: o presente estudo tem como objetivo caracterizar os achados dos Potenciais Evocados Auditivos de Tronco Encefálico (PEATE) realizados com estímulos de fala, em indivíduos adultos com desenvolvimento típico. MÉTODO: 50 indivíduos, sendo 22 do gênero masculino e 28 do feminino, com desenvolvimento típico, foram avaliados quanto aos PEATE, tanto para estímulo clique quanto para estímulo de fala. RESULTADOS: foram identificadas e analisadas as latências e amplitudes das componentes da resposta onset (V, A e complexo VA), a área e slope, que ocorrem antes dos 10ms; essas medidas foram identificadas em todos os indivíduos avaliados, e mostrou valores de latências (ms) para as ondas V, A e Complexo VA: V= 7.18 (DP= 1.08); A = 8.66 (DP=1.13); Complexo VA = 1.49 (DP=0.43). Para as amplitudes (µV) das ondas, os valores foram: V = 0.29 (DP=0.15); A = -0.3 (DP=0.18); Complexo VA = 0.58 (DP=0.25). As medidas de área (µV X ms) e slope (µV/ms) foram 0.27 (DP=0.17) e 0.4 (DP=0.17) respectivamente. CONCLUSÃO: a partir dos dados coletados, pode-se constatar que este potencial surge como uma nova ferramenta para o conhecimento da codificação dos sons em nível de TE.
2022-12-06T15:50:15Z
Rocha,Caroline Nunes Filippini,Renata Moreira,Renata Rodrigues Neves,Ivone Ferreira Schochat,Eliane
Correlação entre voz e fala traqueoesofágica e pressão intraluminal da transição faringoesofágica
TEMA: reabilitação do laringectomizado total. OBJETIVO: correlacionar a proficiência de voz e de fala de laringectomizados totais usuários de prótese traqueoesofágica com a pressão intraluminal da transição faringoesofágica no repouso e durante a fonação. MÉTODO: foram estudados 12 laringectomizados totais com voz traqueoesofágica, usuários de prótese fonatória, submetidos à coleta e registro do material de voz e da fala, que foram avaliados por três expertos, utilizando-se um protocolo de julgamento geral da comunicação traqueoesofágica. Em seguida, os indivíduos foram encaminhados à manometria esofágica para avaliar a pressão intraluminal da transição faringoesofágica durante a fonação e no repouso. RESULTADOS: durante a fonação, os indivíduos caracterizados como bons falantes (16,7%) pelos expertos apresentaram valores médios de amplitude de pressão na transição faringoesofágica de 27,48mmHg. Entre os falantes moderados (52,5%), obteve-se amplitude média de 30,63mmHg e para os piores falantes (30,8%), 38,72mmHg. Durante o repouso, os melhores falantes apresentaram pressão média de 14,72mmHg, os moderados, 13,04mmHg e os piores falantes, 3,54mmHg. CONCLUSÃO: os melhores falantes apresentaram os menores valores de amplitude de pressão durante a fonação. Em contrapartida, a pressão em repouso foi maior para os bons falantes e menor para os piores, sugerindo que a elevação da pressão na transição faringoesofágica durante a fonação prejudica a qualidade da comunicação traqueoesofágica com a prótese fonatória.
2022-12-06T15:50:15Z
Takeshita,Telma Kioko Zozolotto,Henrique Ceretta Ricz,Hilton Dantas,Roberto Oliveira Aguiar-Ricz,Lílian
Parâmetros acústicos das líquidas do Português Brasileiro no transtorno fonológico
TEMA: o transtorno fonológico é uma das alterações de fala e linguagem mais ocorrentes na população infantil e, por isso, pesquisas utilizando medidas de avaliação objetivas devem ser desenvolvidas e aplicadas durante o processo diagnóstico. OBJETIVO: descrever características acústicas dos sons líquidos /l/ e /<img border=0 src="/img/revistas/pfono/v22n4/22s02.jpg">/. MÉTODO: foram coletadas e analisadas acusticamente a produção de 20 crianças com e sem transtorno fonológico. Os seis vocábulos selecionados para repetição foram /se'bola/,/'lama/,/'miλu/,/<img border=0 src="/img/revistas/pfono/v22n4/22s01.jpg" align=absmiddle>aka'<img border=0 src="/img/revistas/pfono/v22n4/22s02.jpg">ε/, /<img border=0 src="/img/revistas/pfono/v22n4/22s01.jpg" align=absmiddle>i'<img border=0 src="/img/revistas/pfono/v22n4/22s02.jpg">afa/, /pa'λasu/. Os parâmetros acústicos analisados foram F1, F2 e F3, duração e o steady-state (porção estável) do som-alvo e a análise do slope. RESULTADOS: para os vocábulos com /l/, o parâmetro duração foi o grande diferenciador entre os dois grupos sendo os valores do grupo controle maiores que do grupo com transtorno. Para os vocábulos com /<img border=0 src="/img/revistas/pfono/v22n4/22s02.jpg">/ produzidos adequadamente pelos sujeitos do controle e de maneira substituída por /l/ pelo grupo transtorno, os parâmetros envolvendo a pista acústica de duração apresentaram valores do grupo transtorno maiores que do controle. Já nos parâmetros de velocidade de transição da líquida para a vogal subseqüente (medida por meio do slope) os valores foram maiores para o controle. CONCLUSÃO: a precisão articulatória do grupo controle é superior, de modo geral, à produção do grupo transtorno mesmo para o som /l/ produzido de forma correta e aceitável para as crianças com transtorno. A análise de outros parâmetros acústicos, bem como a aplicação destes parâmetros para outros sons do Português podem auxiliar de maneira decisiva a avaliação e, consequentemente, o trabalho terapêutico.
2022-12-06T15:50:15Z
Pagan-Neves,Luciana de Oliveira Wertzner,Haydée Fiszbein
Processamento auditivo e consciência fonológica em crianças com aquisição de fala normal e desviante
TEMA: processamento auditivo (PA) e consciência fonológica (CF) em crianças com e sem desvio fonológico. OBJETIVO: comparar o desempenho de crianças com e sem desvio fonológico em teste de CF e verificar a possível relação entre os desempenhos nas distintas tarefas deste teste com o desempenho na avaliação do PA. MÉTODO: participaram da pesquisa 44 crianças com e sem diagnóstico de desvio fonológico, com idades entre 5:0 anos e 7:0 anos e de ambos os sexos. Após coleta da amostra de fala os sujeitos foram divididos em grupo estudo (GE), composto por crianças com desvio fonológico, e grupo controlo (GC) com crianças sem desvios fonológicos. Foi feita avaliação da CF por meio do uso do Protocolo de Tarefas de Consciência Fonológica (PTCF), e avaliação simplificada do PA (triagem), Teste de Dissílabos alterados - Staggered Spondaic Word (SSW), Teste Dicótico de Dígitos e o teste de Fusão binaural. RESULTADOS: tanto na avaliação de CF quanto nas avaliações do PA, as crianças do GC obtiveram resultados superiores àqueles obtidos pelas crianças do GE. Ao correlacionar o PA com a CF, houve mais correlações no GE. CONCLUSÃO: há significativa relação entre o desempenho do PA e os êxitos obtidos nas tarefas de CF em crianças com desvios fonológicos.
2022-12-06T15:50:15Z
Quintas,Victor Gandra Attoni,Tiago Mendonça Keske-Soares,Márcia Mezzomo,Carolina Lisbôa
Organização e narração de histórias por escolares em desenvolvimento típico de linguagem
TEMA: habilidades narrativas em escolares com desenvolvimento típico de linguagem. OBJETIVO: analisar tanto a ordenação de figuras que compõem histórias, quanto a classificação do tipo de discurso empregado na narração dessas histórias por escolares em desenvolvimento típico de linguagem. MÉTODO: participaram deste estudo 60 escolares na faixa etária entre sete e dez anos de idade com desenvolvimento típico de linguagem. Foi utilizada uma série de 15 histórias, representadas por figuras, compostas por quatro cenas cada. Essas sequências foram criadas e classificadas em mecânicas, comportamentais e intencionais, segundo as relações envolvidas entre as personagens. Os dados foram transcritos e analisados conforme o tipo de discurso (descritivo, causal e intencional) e, além disso, foi pontuado o tipo de organização das figuras realizadas pelas crianças. RESULTADOS: não foram observadas diferenças entre as faixas etárias em relação à ordenação temporal. Para todas as faixas etárias o discurso predominante foi o do tipo causal e houve diferenças estatisticamente significantes entre as faixas etárias para os tipos de discurso causal e intencional. Também se verificou que com o aumento da complexidade das histórias fornecidas e com o aumento da idade houve aumento do tipo de discurso intencional e diminuição do tipo de discurso descritivo. CONCLUSÕES: a capacidade de ordenação temporal já está desenvolvida aos sete anos e os tipos de discurso realizados sofrem influência da idade e do tipo de história fornecida.
2022-12-06T15:50:15Z
Bento,Ana Carolina Paiva Befi-Lopes,Debora Maria
Escalas de avaliação da leitura e da escrita: evidências preliminares de confiabilidade
TEMA: confiabilidade de Instrumentos de avaliação da leitura e escrita. Objetivo: investigar a confiabilidade de duas escalas elaboradas para a avaliação da leitura e escrita de crianças de 08 a 11:11 anos. MÉTODO: foram elaboradas duas escalas: de leitura, composta por doze itens de testes organizados em quatro campos de competências (conhecimento de letras e relação fono-grafêmica, decodificação de itens isolados, fluência de leitura de textos, compreensão de leitura), e de escrita com cinco itens organizados em três campos (escrita de letras e relação grafo-fonêmica, codificação de itens isolados, construção escrita). Selecionaram-se 100 escolares (64 meninas) de rede pública com idade de 8 a 11:11 anos. Vinte (12 meninas) participaram do estudo de aplicabilidade, que resultou na versão de estudo das escalas, posteriormente aplicadas aos demais 80 escolares (52 meninas). As respostas obtidas foram analisadas e computadas para atribuição dos escores de itens, escores por campo de competência (ECC) e do escore bruto da escala (EBE). Os dados foram analisados estatisticamente, obtidos o coeficiente alpha de Cronbach e, complementarmente, as correlações entre os itens (coeficiente de correlação de Pearson). Adotou-se nível de significância de 0,05. RESULTADOS: Obtiveram-se α = 0,866 e α = 0,461 para as escalas de leitura e escrita, respectivamente. Correlações entre os itens foram observadas, variando de fracas a fortes e corroboraram os valores de alpha. CONCLUSÃO: a escala de leitura mostrou-se confiável, atingindo níveis admissíveis para instrumentos diagnósticos, enquanto que a escala de escrita não apresentou nível de confiabilidade admissível para mensurar o desempenho das crianças da amostra.
2022-12-06T15:50:15Z
Kida,Adriana de Souza Batista Chiari,Brasília Maria Ávila,Clara Regina Brandão de
Achados espectrais das vogais [a] e [ã] em diferentes aberturas velofaríngeas
TEMA: o controle do tamanho da abertura velofaríngea é uma variável importante na caracterização do perfil acústico da fala hipernasal. OBJETIVO: investigar os aspectos espectrais das frequências de F1, F2, F3, formante nasal(FN) e anti-formante, em Hertz, para as vogais [a] e [ã] na presença de aberturas feitas no bulbo de réplicas da prótese de palato de uma paciente com insuficiência velofaríngea. MÉTODO: gravações de produções de quatro palavras ("pato/mato" e "panto/manto") inseridas em frase veículo foram obtidas em cinco condições de funcionamento velofaríngeo: prótese sem aberturas (condição controle: CC), prótese com abertura de 10mm² no bulbo (condição experimental - CE10), com abertura de 20mm² (condição experimental - CE20), com abertura de 30mm² (condição experimental - CE30), e sem prótese (condição experimental aberta - CEA). Cinco fonoaudiólogos julgaram a nasalidade de fala ao vivo, durante a leitura de um texto oral. As gravações foram usadas para análise espectral. RESULTADOS: valores de F1 foram significativamente mais altos para [a] que para [ã] em todas as condições. Valores de F2 para [a] em CE20 e CE30 foram significantemente mais baixos que nas outras condições, aproximando-se dos valores para [ã]. Valores de F3 não foram significativamente diferentes nas diferentes condições. Houve relação entre os achados de FN e anti-formantes e a percepção de nasalidade para as condições CE10 e CE20. CONCLUSÃO: foram observadas mudanças significativas nos valores espectrais estudados de acordo com alterações no tamanho da abertura velofaríngea.
2022-12-06T15:50:15Z
Lima-Gregio,Aveliny Mantovan Dutka-Souza,Jeniffer de Cássia Rillo Marino,Viviane Cristina de Castro Pegoraro-Krook,Maria Inês Barbosa,Plínio Almeida
Transtorno do processamento auditivo (central) em indivíduos com e sem dislexia
TEMA: comparação do transtorno do processamento auditivo (central) em indivíduos com e sem dislexia. OBJETIVO: comparar o transtorno do processamento auditivo (central) em crianças brasileiras com e sem dislexia, por meio dos testes fala com ruído, dicótico de dígitos e padrão de freqüência. MÉTODO: foram avaliadas 40 crianças de 7:0 a 12:11 anos, sendo 20 pertencentes ao grupo com dislexia e 20 pertencentes ao grupo TPA(C). Os testes aplicados envolveram habilidades de fechamento auditivo, figura-fundo para sons lingüísticos e ordenação temporal. RESULTADOS: os indivíduos do grupo TPA (C) apresentaram maior probabilidade de alteração nos testes de fala com ruído e dicótico de dígitos do que os pertencentes ao grupo dislexia. CONCLUSÃO: os sujeitos do grupo dislexia apresentam padrões diferentes de transtorno de processamento auditivo (central), com alteração maior em testes que avaliam o processamento temporal do que em testes que avaliam outras habilidades auditivas.
2022-12-06T15:50:15Z
Simões,Mariana Buncana Schochat,Eliane
Desenvolvimento cognitivo e da linguagem expressiva: diversidade e complexidade das produções infantis
TEMA: análise objetiva e sistematizada do processo de desenvolvimento cognitivo e da linguagem expressiva. OBJETIVO: caracterizar o desenvolvimento cognitivo e da linguagem expressiva considerando a diversidade e complexidade das produções realizadas por crianças com desenvolvimento típico. MÉTODO: o presente estudo compreendeu 20 sujeitos (10 do gênero masculino e 10 do feminino), com peso e idade gestacional adequados ao nascimento e ausência de intercorrências pré, peri e pós-natais. Os participantes foram submetidos a sessões mensais de observação da cognição e linguagem expressiva, com duração de 30 minutos cada, dos oito aos 18 meses de idade, utilizando-se o material sugerido de acordo com os procedimentos de aplicação do PODCLE-r. RESULTADOS: é apresentada e analisada a quantidade de esquemas, gestos e verbalizações diferentes produzidos pelas crianças (diversidade e complexidade), tanto em uma única sessão de 30 minutos a cada mês de idade, quanto de forma cumulativa, dos oito aos 18 meses. CONCLUSÃO: o PODCLE-r permitiu caracterizar o desenvolvimento cognitivo e da linguagem expressiva por meio da observação objetiva desse processo em termos da diversidade e complexidade das produções das crianças estudadas, considerando-se o período compreendido entre a quarta fase do período sensóriomotor e início do pré-operatório.
2022-12-06T15:50:15Z
Flabiano,Fabíola Custódio Bühler,Karina Elena Bernardis Limongi,Suelly Cecilia Olivan
Contrastes e contrastes encobertos na produção da fala de crianças
TEMA: análise acústica da fala. OBJETIVO: analisar acusticamente as "substituições" envolvendo o contraste entre /t/ e /k/ na fala de crianças em aquisição típica e desviante do contraste acima referido, a fim de identificar e quantificar a existência de contrastes encobertos. MÉTODO: foi elaborado um experimento de produção de fala que envolveu a repetição de palavras, que combinavam /t/ e /k/ com /a/ e /u/ na posição acentuada, por 9 crianças divididas em três grupos: crianças em processo de aquisição do contraste investigado (G1); crianças com transtorno fonológico (G2) e crianças com produções típicas (G3). Com o uso do software Praat, as produções foram editadas e analisadas de acordo com os seguintes parâmetros acústicos: características espectrais do burst; transição CV e características temporais. Os testes estatísticos utilizados foram ANOVA de Friedman e Manova. A significância estatística adotada foi menor que 0,05. RESULTADOS: tanto nas produções das crianças do G2 quanto nas produções das crianças do G1, detectamos, em grande medida (80% e 57,4%, respectivamente), a presença de contrastes encobertos nos erros de substituição das oclusivas investigadas. Adicionalmente, a análise acústica revelou diferenças em como as crianças utilizam as pistas fonético-acústicas para marcarem a distinção entre /t/ e /k/. CONCLUSÃO: muitas das substituições presentes da produção de fala de crianças em processo de aquisição típico e desviante tratam-se na verdade de contrastes fônicos encobertos. Além disso, o uso da análise acústica permitiu a detecção de diferenças sutis da produção da fala das crianças.
2022-12-06T15:50:15Z
Berti,Larissa Cristina
Processamento temporal auditivo: relação com dislexia do desenvolvimento e malformação cortical
TEMA: processamento temporal auditivo e dislexia do desenvolvimento. OBJETIVO: caracterizar o processamento temporal auditivo em escolares com dislexia do desenvolvimento e correlacionar com malformação cortical. MÉTODO: foram avaliados 20 escolares, com idade entre 8 e 14 anos, divididos em grupo experimental (GE) composto por 11 escolares (oito do gênero masculino) com o diagnóstico de dislexia do desenvolvimento e grupo controle (GC) composto por nove escolares (seis do gênero masculino) sem alterações neuropsicolinguísticas. Após avaliações neurológica, neuropsicológica e fonoaudiológica (avaliação de linguagem e leitura e escrita) para obtenção do diagnóstico, os escolares foram submetidos à avaliação audiológica periférica e posteriormente aplicou-se o teste Random Gap Detection Test e/ou Random Gap Detection Test Expanded. RESULTADOS: observou-se diferença estatisticamente significante entre os escolares do GE e GC, com pior desempenho para o GE. A maioria dos escolares do GE apresentou polimicrogiria perisylviana. CONCLUSÃO: escolares com dislexia do desenvolvimento podem apresentar alterações no processamento temporal auditivo com prejuízo no processamento fonológico. Malformação do desenvolvimento cortical pode ser o substrato anatômico dos distúrbios.
2022-12-06T15:50:15Z
Boscariol,Mirela Guimarães,Catarina Abraão Hage,Simone Rocha de Vasconcellos Cendes,Fernando Guerreiro,Marilisa Mantovani
Efeito da aclimatização no reconhecimento de fala: avaliação sem as próteses auditivas
TEMA: após a adaptação das próteses auditivas, espera-se que ocorra uma melhora na compreensão de fala, chamada de aclimatização. OBJETIVO: verificar o efeito da aclimatização no limiar reconhecimento de sentenças no silêncio (LRSS) e no ruído (LRSR), em novos usuários de próteses auditivas, avaliados antes e após o período de aclimatização, sem a utilização das mesmas. MÉTODO: foram avaliados 40 indivíduos, com idades entre com 28 e 78 anos, com perda auditiva neurossensorial de grau leve a moderadamente severo. Os testes foram realizados em três sessões: antes da adaptação das próteses auditivas, quatorze dias e três meses após. Foi aplicado o teste Listas de Sentenças em Português, em campo livre, e obtidos os LRSS e os LRSR, este com ruído fixo a 65 dB A e os resultados expressos através das relações S/R. RESULTADOS: os valores médios obtidos para o LRSS na primeira, segunda e terceira sessões foram, respectivamente, 54,43; 51,71 e 52,22 dB A. Já as médias das relações sinal / ruído para a primeira, segunda e terceira sessões foram 1,67; 0,30 e -0,03 dB A. Ao comparar os resultados obtidos entre as sessões, foi verificada diferença estatisticamente significante entre a primeira e a segunda; e entre a primeira e a terceira sessão, para as medidas obtidas no silêncio e no ruído. CONCLUSÃO: Observou-se redução progressiva dos LRSS e relações sinal / ruído, indicando melhorara no desempenho ao longo do uso das próteses auditivas, mesmo avaliando os indivíduos sem as mesmas e que essa melhora pode estar relacionada ao efeito da aclimatização.
2022-12-06T15:50:15Z
Santos,Sinéia Neujahr dos Petry,Tiago Costa,Maristela Julio
Mudanças fonológicas obtidas no tratamento de sujeitos comparando diferentes modelos de terapia
TEMA: há muitas opções de tratamento para o desvio fonológico os quais buscam melhorar a comunicação das crianças. OBJETIVO: este estudo visa analisar o Percentual de Consoantes Corretas-Revisado, o número de fonemas adquiridos no sistema fonológico e os tipos de generalizações obtidas no tratamento, comparando diferentes modelos de terapia em sujeitos com diferentes gravidades do desvio fonológico. MÉTODO: a amostra constou de 21 crianças, com idade média de 5:7 anos. Foram realizadas as avaliações fonoaudiológicas e exames complementares. Após a realização destas avaliações, as crianças foram classificadas em grupos de acordo com o modelo de terapia e gravidade do desvio fonológico. O Percentual de Consoantes Corretas-Revisado, o número de fonemas adquiridos e os tipos de generalizações foram analisados e comparados em cada modelo e entre os modelos terapêuticos, por meio das avaliações inicial e final. RESULTADOS: ao comparar os itens em cada modelo observaram-se evoluções nos três modelos pesquisados. Na comparação entre modelos, os maiores aumentos de percentuais encontram-se nos Modelos ABAB-Retirada e Provas Múltiplas e Oposições Máximas, apesar de a análise estatística mostrar que não há diferença significativa entre eles. CONCLUSÃO: os três modelos aplicados foram eficazes no tratamento destas crianças com desvio fonológico, pois proporcionaram um aumento no Percentual de Consoantes Corretas-Revisado, no número de fonemas adquiridos e nos tipos de generalizações pesquisados.
2022-12-06T15:50:15Z
Ceron,Marizete Ilha Keske-Soares,Márcia Freitas,Giséli Pereira de Gubiani,Marileda Barichello
Desempenho de escolares na adaptação brasileira da avaliação dos processos de leitura
TEMA: adaptação brasileira da avaliação dos processos de leitura (Prolec). OBJETIVO: caracterizar e comparar o desempenho de escolares do ensino básico público e privado de 1ª a 4ª séries na adaptação brasileira da avaliação dos Processos de Leitura (Prolec). MÉTODO: participaram deste estudo 262 escolares da 1ª à 4ª série do ensino básico, distribuídos em: Grupo I (GI), composto por 122 escolares de escola pública municipal e Grupo II (GII), composto por 140 escolares de escola particular. Como procedimento, aplicou-se a adaptação brasileira das provas de avaliação do Prolec. RESULTADOS: os resultados revelaram que o GII apresentou desempenho superior em provas de identificação de som, decisão lexical, leitura de palavras, leitura de palavras de baixa frequência, leitura de pseudo-palavras, compreensão de orações e compreensão de textos. Tanto os escolares do GI como do GII apresentaram desempenho abaixo da pontuação esperada nas provas do PROLEC na versão espanhola. CONCLUSÃO: a adaptação do Prolec para a realidade brasileira mostrou-se adequada para o estabelecimento de perfil de leitura nos escolares de ensino público e particular em fase inicial de alfabetização.
2022-12-06T15:50:15Z
Oliveira,Adriana Marques de Capellini,Simone Aparecida
Potenciais evocados auditivos de longa latência em crianças com transtorno fonológico
TEMA: potenciais evocados auditivos em crianças com transtorno fonológico. OBJETIVO: caracterizar os resultados dos Potenciais Evocados Auditivos de Longa Latência (PEALL) N1, P2, N2 e P300 obtidos em crianças com transtorno fonológico, e verificar a evolução dos resultados destes potenciais frente à terapia fonoaudiológica. MÉTODO: foram avaliadas, por meio da avaliação audiológica básica e dos PEALL, 25 crianças sem transtorno fonológico (grupo controle) e 41 com transtorno fonológico (grupo estudo), estas divididas em dois subgrupos: 22 formaram o subgrupo estudo A, que foram submetidas a 12 sessões de terapia fonoaudiológica e reavaliadas audiologicamente após este período e 19 o subgrupo estudo B, que foram reavaliadas após três meses da avaliação inicial. RESULTADOS: observaram-se diferenças estatisticamente significantes entre os grupos controle e estudo para as latências de P2 e P300 e amplitude do P300. Na comparação entre as duas avaliações audiológicas, não foram observadas diferenças significantes para as latências em ambos os subgrupos, e verificou-se diferença significante para as amplitudes do P300 (subgrupo estudo A) e do P2/N2 (subgrupo estudo B). O P300 apresentou maior porcentagem de resultados alterados no grupo estudo, com predomínio do aumento de latência. Após terapia, observou-se melhora nos resultados para todos os componentes. Não existiu associação entre a evolução dos resultados dos PEALL e o histórico de otite, bem como correlação com o Percentage of Consonants Correct-Revised. CONCLUSÃO: crianças com transtorno fonológico apresentam alterações no P300, sugerindo alteração no processamento auditivo, apresentando melhora nos resultados de todos os componentes dos PEALL frente à terapia fonoaudiológica.
2022-12-06T15:50:15Z
Leite,Renata Aparecida Wertzner,Haydée Fiszbein Matas,Carla Gentile
The impact of stuttering on quality of life of children and adolescents
BACKGROUND: understanding the experience of people who stutter, both in and out treatment, will lead to improved outcomes. AIM: to investigate how stuttering affects the quality of life of children and adolescents who stutter. METHOD: the Overall Assessment of the Speaker's Experience of Stuttering - School-Age (OASES-S) was used to assess the impact of stuttering and the Fluency Profile Protocol was used to stuttering severity. RESULTS: these age groups do experience moderate negative impact as measured by the OASES-S. The results showed a tendency toward a positive correlation between severity and the impact of stuttering on quality of life. CONCLUSION: a better understanding of the impact of stuttering in these age groups provides a needed guide for the development of stuttering treatments and treatment outcomes research.
2022-12-06T15:50:15Z
Chun,Regina Yu Shon Mendes,Carina Dantas Yaruss,J Scott Quesal,Robert W