Repositório RCAAP
Perfil familial da fluência da fala: estudo linguístico, acústico e eletromiográfico
TEMA: fatores genéticos como possíveis responsáveis pela gagueira. OBJETIVO: identificar o perfil familial da fluência da fala - aspectos linguísticos, eletromiográficos e acústicos - em crianças com e sem história familiar próxima para a gagueira. MÉTODO: participaram do estudo 127 indivíduos, 32 crianças (probandos) e 95 membros da família imediata (pai, mãe, irmãs e irmãos) divididos em dois grupos: GI (CCG): 17 probandos com diagnóstico de gagueira; 17 pais, 17 mães, 10 irmãos e 13 irmãs; e GII (CSG): 15 probandos fluentes; 15 pais, 15 mães, 0 irmãos e 8 irmãs. Todos os procedimentos de testagem foram aplicados em todos os participantes: 1. Coleta das tipologias das rupturas; 2. Coleta eletromiográfica; 3. Coleta acústica. RESULTADOS: foi encontrado o percentual de 41,1% de mães afetadas; 35,3% de pais afetados; 16,7% de irmãs afetadas e 40 % de irmãos afetados. Foi observada similaridade na tipologia das rupturas da fala em todos os afetados de uma mesma família, mesmo havendo uma tendência a maior gravidade do distúrbio nos probandos. Foi encontrada similaridade na ativação muscular para as taxas de diadococinesia em todos os afetados de uma mesma família. Sugere-se um padrão motor para a fala, numa relação passível de ser mensurada pala captação da ativação muscular periférica, dentro de uma mesma família. Foi encontrada similaridade na variação acústica para as taxas de diadococinesia em todos os afetados de uma mesma família. CONCLUSÃO: esta pesquisa se caracteriza como uma primeira proposta de estudo endofenotípico da gagueira, em dois aspectos: critérios objetivos de inclusão e tipo de sintomatologia manifesta da gagueira.
2022-12-06T15:50:15Z
Andrade,Claudia Regina Furquim de
Influência da tonicidade e local da ruptura na palavra em adolescentes e adultos gagos e fluentes
TEMA: aspectos linguísticos que podem influenciar a ocorrência de rupturas na fala de indivíduos gagos e fluentes. OBJETIVO : verificar a influência da tonicidade e da posição dentro da palavra na ocorrência de rupturas de fala em adolescentes e adultos gagos e fluentes. MÉTODO : participaram do estudo 120 indivíduos, de ambos os sexos, com idades entre 12.0 a 49.11 anos, divididos em 4 grupos: grupo de pesquisa 1 (GP1) - 30 adolescentes gagos; grupo de pesquisa 2 (GP2) - 30 adultos gagos; grupo controle 1(GC1) - 30 adolescentes fluentes; grupo controle 2 (GC2) - 30 adultos fluentes. Foram coletadas amostras de fala contendo 200 sílabas fluentes. Nas amostras de fala, as sílabas rompidas foram analisadas quanto à sua tonicidade (átona, pré-tônica ou tônica) e quanto ao local da ruptura na palavra (sílaba inicial, medial ou final). RESULTADOS: quanto à tonicidade, para todos os grupos testados, não houve diferença estatisticamente significante no número de rupturas entre as tonicidades avaliadas. Em relação ao local da ruptura na sílaba, para os grupos de falantes gagos, houve predominância de rupturas na sílaba inicial das palavras e para os grupos fluentes, as rupturas foram mais frequentes na sílaba final. CONCLUSÃO: os resultados desse estudo reforçam a teoria de que as rupturas de fala decorrem principalmente da lentidão na codificação fonológica e na habilidade de construir e recuperar o plano fonético.
2022-12-06T15:50:15Z
Juste,Fabiola Staróbole Andrade,Claudia Regina Furquim de
Ensino da Língua Inglesa: contribuições da fonética, fonologia e do processamento auditivo
TEMA: inter-relação da fonética, fonologia e processamento auditivo no ensino da Língua Inglesa. OBJETIVOS: verificar se o contato prévio com o sistema fonético da Língua Inglesa favorece o aprendizado geral desta língua em falantes do Português como segunda língua (L2), e verificar o desempenho dos participantes em um teste do processamento auditivo anterior e posterior ao ensino da L2. MÉTODO: participaram oito estudantes universitários que estudaram a Língua Inglesa somente no ensino médio, divididos em dois grupos: grupo controle - submetido apenas ao curso de Inglês - e grupo experimental - submetido à aulas de fonética da língua inglesa anteriores ao curso de Inglês. Os participantes foram submetidos ao teste de processamento auditivo e a um teste oral em inglês (Oral Test) antes e após as aulas. Foram analisados os dados dos testes anteriores e posteriores às aulas. RESULTADOS: estes foram expressos estatisticamente por meio do teste t student e mostraram que não houve diferença nos testes entre os grupos. Os escores indicaram melhor atuação do grupo controle ao responder as perguntas em Inglês no Oral Test. Houve melhor execução do grupo experimental no processamento auditivo após ser submetido às aulas de fonética e ao curso de Inglês. CONCLUSÃO: o conhecimento prévio básico da língua inglesa não favoreceu o aprendizado geral (melhora na pronúncia) da segunda língua do grupo como um todo, mas melhorou a capacidade de processamento temporal no teste realizado.
2022-12-06T15:50:15Z
Araújo,Letícia Maria Martins Feniman,Mariza Ribeiro Carvalho,Fernanda Ribeiro Pinto de Lopes-Herrera,Simone Aparecida
Competência lexical e metafonológica em pré-escolares com transtorno fonológico
TEMA: competência lexical e metafonológica em pré-escolares com transtorno fonológico OBJETIVO: investigar, em um grupo de pré-escolares a influência do transtorno fonológico sobre as competências lexical e metafonológica e a existência de correlações entre ambas. MÉTODO: a amostra foi composta por 56 pré-escolares, 32 meninos e 24 meninas, entre 4:0 a 6:11 anos, que constituíram dois grupo: o Grupo Pesquisa, composto por 28 pré-escolares com transtorno fonológico e o grupo de comparação, composto por 28 pré-escolares com fala normal e sem quaisquer queixas relacionadas à comunicação oral, pareados aos primeiros por sexo e idade. Todos os 56 pré-escolares foram inicialmente avaliados por meio do Teste ABFW - Fonologia. Após, foram avaliados em suas competências lexical e metafonológica, por meio do Teste ABFW - Vocabulário e do teste consciência fonológica: instrumento de avaliação sequencial, CONFIAS - tarefas de identificação e produção de rima e aliteração, respectivamente. RESULTADOS: em relação à competência lexical, os pré-escolares dos dois grupos apresentaram comportamento semelhante. Os pré-escolares com transtorno mostraram pior desempenho na análise geral da competência metafonológica. A idade influenciou o desempenho na competência lexical em ambos os grupos e na metafonológica apenas no de comparação. Identificaram-se correlações, positivas, em sua maioria, de boas a moderadas, entre as competências lexicais e as metafonológicas. CONCLUSÃO: a influência do transtorno fonológico pôde ser observada somente sobre o desempenho metafonológico. O transtorno fonológico não interferiu no desenvolvimento da competência lexical desse grupo de pré-escolares. Identificaram-se correlações positivas entre ambas as competências na faixa etária estudada.
2022-12-06T15:50:15Z
Costa,Ranilde Cristiane Cavalcante Ávila,Clara Regina Brandão de
Análise do grau global e tensão da voz em cantores de roque
TEMA: análise do grau global e tensão na voz de cantores de roque. OBJETIVO: analisar a voz de cantores de roque em dois parâmetros específicos: grau global de desvio vocal (GGDV) e grau de tensão (GT), comparando esses parâmetros em três trechos de músicas. MÉTODOS: participaram 26 cantores de roque com idade entre 17 e 46 anos (média = 29:08 anos). Todos responderam a um questionário para caracterização da amostra e realizaram a gravação dos trechos selecionados: Hino Nacional Brasileiro (HNB), Satisfaction e música do repertório auto-selecionada (MR). As amostras foram avaliadas por cinco fonoaudiólogas nos parâmetros GGDV e GT. A análise estatística foi realizada pelo programa SPSS versão 13.0. RESULTADOS: foram encontradas diferenças estatisticamente significantes para os valores médios de GGDV e GT na música Satisfaction (GGDV = 32,8 e GT = 45,8 / p = 0,024) e na MR (GGDV = 38,4 e GT = 55,8 / p = 0,010). Os valores de GGDV e GT possuem relação diretamente proporcional nos trechos HNB* e MR**, sendo que quanto maior a tensão maior o GGDV( p = < 0,001*, p = 0,010**). Quando se analisa individualmente os três trechos, encontra-se que o GGDV não varia de forma significante para as músicas, porém seus valores médios apresentam uma tendência crescente do não roque para o roque (24,0 HNB / 32,8 Satisfaction / 38,4 MR), porém a tensão encontrada no HNB apresenta diferença estatisticamente significante da tensão encontrada nas músicas de roque (Satisfaction e MR, p = 0,008 e p = 0,001). CONCLUSÕES: os dados observados sugerem que o estilo roque está relacionado com maior utilização de tensão na voz e que essa tensão não necessariamente impõe uma impressão negativa à voz, mas corresponde a um fator interpretativo comum ao estilo musical.
2022-12-06T15:50:15Z
Gonsalves,Aline Amin,Elisabeth Behlau,Mara
Função motora fina de escolares com dislexia, distúrbio e dificuldades de aprendizagem
TEMA: função motora fina em escolares com dislexia, distúrbio e dificuldades de aprendizagem. OBJETIVO: este estudo teve por objetivo caracterizar o desempenho da função motora fina, sensorial e perceptiva em escolares com dislexia, distúrbio e dificuldades de aprendizagem e correlacionar estes achados à escrita destes escolares. MÉTODO: participaram deste estudo 80 escolares da 2ª à 4ª série do ensino fundamental, na faixa etária de 7 a 12 anos de idade, de ambos os gêneros, distribuídos em: GI: formado por 20 escolares com dislexia, GII: formado por 20 escolares com distúrbio de aprendizagem, GIII: formado por 20 escolares com dificuldades de aprendizagem e GIV: formado por 20 escolares sem dificuldades de aprendizagem. Os escolares foram submetidos à avaliação da função motora fina, sensorial e perceptiva e análise da escrita por meio da escala de disgrafia. RESULTADOS: os resultados evidenciaram que a maioria dos grupos apresentou desempenho inferior nas provas de FMF7 (oposição de dedos), S8 (grafoestesia) e P1 (imitar posturas). Os GI e GII foram os grupos que apresentaram desempenho inferior na maioria das provas em relação aos GIII e GIV. Quanto à grafia, observou-se que no GII todos os escolares são disgráficos. CONCLUSÃO: a presença de alterações motora fina, sensorial e perceptiva é característica de escolares com distúrbio de aprendizagem e dislexia, entretanto esta característica pode ou não ser encontrada nos escolares com dificuldades de aprendizagem, sendo, portanto, esta alteração responsável pelo comportamento disgráfico dos escolares com transtornos de aprendizagem deste estudo.
2022-12-06T15:50:15Z
Capellini,Simone Aparecida Coppede,Aline Cirelli Valle,Talita Regina
Avaliação do desempenho escolar e praxias em crianças com Epilepsia Rolândica
TEMA: Epilepsia Rolândica é a forma mais freqüente de epilepsia da infância. Ela é classificada como idiopática, idade-dependente e de evolução benigna. A ausência de comprometimento neuropsicológico faz parte dos critérios de benignidade desta síndrome epiléptica.Entretanto, recentemente têm sido sugeridos vários déficits relacionados à atenção e linguagem. OBJETIVO: o objetivo desse trabalho foi avaliar o desempenho escolar e investigar dificuldades práxicas em pacientes com epilepsia rolândica e comparar a um grupo controle composto por crianças normais com idade, gênero e nível escolar equivalentes. MÉTODO: dezenove pacientes com idade entre 7 e 12 anos foram submetidos a avaliação neurológica clínica, avaliação psicológica, através das Escalas Weschsler de Inteligência e avaliação fonoaudiológica, onde foram avaliados o desempenho escolar e a investigação da presença ou não de dificuldades práxicas. RESULTADOS: os dados mostraram que apesar da eficiência intelectual (medida pelo Quociente Inteligência - QI) estar dentro da média, crianças com epilepsia rolândica mostraram um desempenho significativamente mais pobre do que o grupo controle em provas de escrita, aritmética e leitura. Outro aspecto importante evidenciado foi a ausência de apraxia orofacial nas crianças do grupo afetado. CONCLUSÃO: deve ser ressaltado que a avaliação de crianças com epilepsia é necessária porque isso pode revelar distúrbios específicos que exigem ajuda profissional apropriada. Analisando a ocorrência de distúrbios de linguagem oral e/ou escrita nessas crianças, pode-se evitar um maior prejuízo acadêmico, social e emocional, afinal o prognóstico de uma síndrome epiléptica não depende exclusivamente do controle de crises, pois problemas sociais ou culturais podem interferir tanto quanto as crises na qualidade de vida dos pacientes.
2022-12-06T15:50:15Z
Oliveira,Ecila Paula dos Mesquita de Neri,Marina Liberalesso Medeiros,Lívia Lucena de Guimarães,Catarina Abraão Guerreiro,Marilisa Mantovani
Fenótipo comportamental e cognitivo de crianças e adolescentes com Síndrome de Williams-Beuren
TEMA: a Síndrome de Williams-Beuren (SWB) é uma aneusomia segmentar devido à deleção de múltiplos genes no braço longo do cromossomo 7 (região 7q11-23) associada a alterações comportamentais e cognitivas. Para que a inclusão escolar dessas crianças seja eficaz são necessárias abordagens multidisciplinares que orientem professores e pais. OBJETIVO: descrever o perfil comportamental, cognitivo e de linguagem e identificar comportamentos autísticos em um grupo de crianças e adolescentes com SWB. MÉTODO: 10 crianças e adolescentes com diagnóstico clínico e/ou citogenético-molecular de SWB na faixa de 5 a 16 anos, e 10 crianças e adolescentes com desenvolvimento típico, pareados por sexo e idade. Instrumentos utilizados: Teste de Inteligência Não Verbal (Leiter-R); Inventário de Comportamentos para Crianças e Adolescentes - Child Behavior Checklist (CBCL/1½-5; CBCL/6-18); Exame de Linguagem (TIPITI) e o Autism Screening Questionaire (ASQ). RESULTADOS: o grupo com SWB demonstrou alterações comportamentais do tipo desatenção e problemas sociais em comparação com o grupo controle (GC). Na escala Leiter-R os escores de inteligência dos participantes com SWB foram abaixo da média para a idade (67,8 pontos) em comparação ao GC (101,2). O ASQ identificou um participante com comportamentos autísticos. O grupo com a síndrome apresentou defasagem na estruturação no nível morfossintático e elevado número de respostas ecolálicas nas provas do TIPITI, quando comparados ao GC. CONCLUSÃO: em função dos problemas comportamentais e cognitivos encontrados nos participantes com SWB confirma-se a necessidade de um acompanhamento multidisciplinar focado na estimulação cognitiva e controle comportamental, devido à interferência destas características na escolarização.
2022-12-06T15:50:15Z
Teixeira,Maria Cristina Triguero Veloz Monteiro,Camila Rondinelli Cobra Velloso,Renata de Lima Kim,Chong Ae Carreiro,Luiz Renato Rodrigues
Índice de desvantagem vocal no canto clássico (IDCC) em cantores eruditos
TEMA: auto-avaliação da alteração vocal na qualidade de vida de cantores eruditos. OBJETIVO: verificar se a presença de queixa vocal em cantores eruditos produz desvantagem na qualidade de vida no que diz respeito ao uso da voz cantada e se tal desvantagem pode estar relacionada ao sexo, à idade, à classificação vocal ou ao tempo de canto. MÉTODO: 59 cantores eruditos profissionais, coralistas, preencheram um questionário com perguntas gerais de identificação, classificação vocal, idade, tempo de estudo e dedicação ao canto lírico. Os coralistas foram categorizados em dois grupos de acordo com a presença ou não de queixa vocal. Todos preencheram o protocolo de índice de desvantagem vocal pra o canto clássico (IDCC), que analisa o impacto da alteração vocal na voz cantada em três subescalas: incapacidade, desvantagem e defeito. RESULTADOS: as subescalas defeito (6,39) e incapacidade (5,39) apresentaram maiores escores que a subescala desvantagem (3,34), para todos os cantores. Além disso, foi observada relação estatisticamente significante entre a presença de queixa vocal e maior escore do IDCC (p < 0,001 para todas as subescalas). No grupo com queixa, mulheres apresentaram na subescala incapacidade maior escore que os homens; no grupo sem queixa, indivíduos com mais idade e mais tempo de canto apresentaram menores escores de IDCC. CONCLUSÃO: cantores líricos com queixa e/ou sintomas vocais apresentam maior índice de desvantagem no canto, com maior expressão nas subescalas de defeito e incapacidade, sem relação com a classificação vocal.
2022-12-06T15:50:15Z
Ávila,Maria Emília Barros de Oliveira,Gisele Behlau,Mara
Habilidades de leitura de legendas de filmes em escolares do ensino fundamental
TEMA: as habilidades de leitura de textos fixos em escolares são amplamente conhecidas, no entanto ainda não se sabe como os escolares realizam a leitura de textos móveis e quais habilidades são necessárias para este tipo de leitura. OBJETIVO : avaliar as habilidades de leitura de legendas de filmes em escolares de segunda e quarta série do ensino fundamental de uma escola pública. MÉTODO: análise do nível e habilidades de leitura de legenda de filmes, por meio da recontagem de um trecho de filme assistido, de forma individual, sem som e com legenda, por 60 escolares, sendo 30 de segunda série e 30 de quarta série, pareados quanto ao gênero e idade. RESULTADOS: não foram encontradas diferenças significantes quanto aos níveis de letramento escolar entre as duas séries. Quanto às habilidades e ao nível de leitura de legenda de filmes os escolares de quarta série obtiveram desempenho significativamente superior aos de segunda série, uma vez que apresentaram habilidades referentes aos níveis de compreensão literal e compreensão independente, enquanto os de segunda série, em média ficaram no nível de decodificação. CONCLUSÃO: os escolares de segunda série estão em nível de decodificação, enquanto os de quarta série encontram-se em nível de compreensão literal de leitura de legenda de filmes, demonstrando que a escolaridade influencia a leitura de legenda de filmes. Entretanto, o grau de letramento escolar não foi um fator significante para a leitura de legenda de filmes.
2022-12-06T15:50:15Z
Minucci,Michele Viana Cárnio,Maria Silvia
Resolução temporal e atenção seletiva de indivíduos com zumbido
TEMA: é comum a queixa de dificuldade de compreensão da fala em indivíduos que apresentam zumbido com ou sem perda auditiva. Para conhecer se o zumbido interfere no processamento auditivo e compreensão da fala em sujeitos com audiometria normal, foi realizado este trabalho. OBJETIVO: foi avaliar e comparar o comportamento auditivo de resolução temporal e de atenção seletiva de indivíduos adultos com audiometria normal, com e sem zumbido. MÉTODO: 45 indivíduos, 15 com zumbido constante e 30 sem zumbido, foram selecionados e avaliados por meio de três testes de processamento auditivo: Teste de Fala com Ruído Branco, Teste Dicótico de Dígitos e Gaps In Noise. Em seguida os resultados de cada grupo foram comparados entre si, utilizando testes estatísticos apropriados, dentre eles o ANOVA. RESULTADOS: não foi observada diferença estatisticamente significante entre os grupos em ambas as orelhas. CONCLUSÃO: o zumbido não interferiu nas habilidades auditivas de atenção seletiva e resolução temporal.
2022-12-06T15:50:15Z
Acrani,Isabela Olszanski Pereira,Liliane Desgualdo
Desempenho de escolares em consciência fonológica, nomeação rápida, leitura e escrita
TEMA: consciência fonológica, nomeação rápida, leitura e escrita em escolares de ensino público com dificuldades de aprendizagem. OBJETIVO: caracterizar e comparar o desempenho de escolares com e sem dificuldades de aprendizagem do ensino público municipal em consciência fonológica, nomeação rápida, leitura e escrita. MÉTODO: participaram deste estudo 60 escolares de 2ª a 4ª séries de escola de ensino público municipal, distribuídos em 6 grupos, sendo cada grupo composto por 10 escolares, divididos em 3 subgrupos de escolares sem dificuldades de aprendizagem e 3 subgrupos de escolares com dificuldades de aprendizagem. Como procedimentos, foram realizadas provas de: nomeação automática rápida, consciência fonológica e leitura oral e escrita sob ditado. RESULTADOS: os resultados deste estudo evidenciaram desempenho superior dos escolares sem dificuldades de aprendizagem em relação àqueles com dificuldades. Os escolares com dificuldades de aprendizagem apresentaram maior relação velocidade/tempo em tarefas de nomeação e, consequentemente, desempenho inferior em tarefas de consciência fonológica e leitura e escrita de palavras isoladas quando comparados aos sem dificuldades de aprendizagem. CONCLUSÃO: os escolares com dificuldades de aprendizagem apresentaram comprometimento na relação entre as capacidades de nomeação e automatização dos estímulos apresentados com a capacidade de acesso lexical, discriminação visual, frequência de uso dos estímulos e competição para a apresentação do menor tempo possível na nomeação dos códigos necessários para o estabelecimento do mecanismo de conversão fonema-grafema, exigido para a realização da leitura e escrita em um sistema alfabético como o Português.
2022-12-06T15:50:15Z
Capellini,Simone Aparecida Lanza,Simone Cristina
Perda auditiva leve: desempenho no Teste da Habilidade de Atenção Auditiva Sustentada
TEMA: a perda auditiva na infância é um fator de risco para o atraso no desenvolvimento. OBJETIVO: verificar o desempenho de crianças diagnosticadas com perda auditiva de grau leve - condutiva e sensorioneural, no Teste da Habilidade de Atenção Auditiva Sustentada (THAAS), visando constatar se este teste sofre influência da presença de uma perda auditiva. MÉTODO: estudo clínico do THAAS em 3 grupos: Grupo 1 (G1) grupo controle formado por crianças com audição normal, Grupo 2 (G2) crianças com deficiência auditiva sensorioneural bilateral de grau leve e Grupo 3 (G3) composto por crianças com perda auditiva condutiva bilateral de grau leve. Estudo prospectivo. Participantes: 90 crianças com idade entre 7 e 11 anos de idade, sendo 30 de cada grupo. Intervenções: Audiometria Tonal Limiar, Imitanciometria e THAAS. RESULTADOS: os grupos sensorioneural e condutivo apresentaram desempenho inferior ao grupo controle em todas as respostas do THAAS. CONCLUSÃO: o THAAS sofreu influência das perdas auditivas de grau leve, condutivas e sensorioneurais, sendo o pior comprometimento para perdas sensorioneurais.
2022-12-06T15:50:15Z
Mondelli,Maria Fernanda Capoani Garcia Carvalho,Fernanda Ribeiro Pinto de Feniman,Mariza Ribeiro Lauris,José Roberto Pereira
Desempenho comunicativo de crianças com síndrome de Down em duas situações diferentes
TEMA: análise dos aspectos pragmáticos da linguagem de crianças com síndrome de Down. OBJETIVO: verificar influência de variáveis ambientais e contextuais nos aspectos pragmáticos da linguagem de crianças com síndrome de Down, na interação com seu cuidador e com seu terapeuta e comparar o desempenho da criança nas duas situações. MÉTODO: participaram desse estudo 15 crianças com síndrome de Down, com idade entre 4 e 6:11 anos. Os dados foram obtidos por meio de anamnese, protocolo de avaliação pragmática da linguagem e questionário para determinar o nível econômico da família. Os dados obtidos nas duas situações foram comparados e realizou-se estudo estatístico. RESULTADOS: o nível econômico e o grau de escolaridade do cuidador foram os fatores que mais influenciaram os aspectos pragmáticos da criança nas duas situações. As crianças usaram sua comunicação de forma funcional e equilibrada em relação ao adulto e as funções comunicativas mais utilizadas por elas foram reconhecimento do outro, comentário e performativo. Foi observado que as crianças apresentaram desempenho comunicativo semelhante nas duas situações. CONCLUSÃO: o baixo nível econômico da família e o baixo grau de escolaridade do cuidador podem ser considerados como fatores de risco para o desenvolvimento dos aspectos pragmáticos da linguagem de crianças com SD e essas famílias devem ter atenção especial do fonoaudiólogo durante o processo terapêutico. Independente do interlocutor, essas crianças foram capazes de iniciar e manter a comunicação, utilizando os modos e funções comunicativas de forma semelhante.
2022-12-06T15:50:15Z
Porto-Cunha,Eliza Limongi,Suelly Cecilia Olivan
Teste GIN (Gaps-in-Noise) em ouvintes normais com e sem zumbido
TEMA: o teste Gaps-in-Noise (GIN) avalia a habilidade auditiva de resolução temporal. Estudos têm mostrado o teste GIN como um instrumento de fácil aplicação, com boa sensibilidade e especificidade. OBJETIVO: comparar os resultados do teste GIN em ouvintes normais com e sem zumbido e fazer a correlação entre os resultados deste, os limiares tonais e idade. MÉTODO: foram avaliados 44 adultos (limiares tonais 25 dBNA nas freqüências de 0,25 a 8 kHz), formando 2 grupos: Grupo Controle composto por 23 sujeitos, 8 homens e 15 mulheres, sem queixa de zumbido, idade entre 22 e 40 anos (média 29,7); Grupo Pesquisa formado por 18 indivíduos, 3 homens e 15 mulheres, com queixa de zumbido, idade entre 21 e 45 anos (média 31,3). Os sujeitos foram submetidos à audiometria tonal e vocal, imitanciometria e ao teste GIN. Para a análise estatística foi adotado nível de significância de 0.05. RESULTADOS: na audiometria tonal, a média global dos limiares tonais foi mais elevada para o Grupo Pesquisa, comparado ao Grupo Controle (p = 0,001). A comparação do desempenho no teste GIN mostrou que o Grupo Controle detectou intervalos de silêncio em média com intervalo de tempo menor que o Grupo Pesquisa (p < 0,001). Não houve correlação entre a idade dos sujeitos e o limiar do GIN. CONCLUSÃO: o teste GIN identificou prejuízo na habilidade auditiva de resolução temporal nos indivíduos com zumbido. Na faixa etária pesquisada (entre 21 e 45 anos) não houve correlação entre a idade e os resultados do teste GIN.
2022-12-06T15:50:15Z
Sanches,Seisse Gabriela Gandolfi Samelli,Alessandra Giannella Nishiyama,Anne Kellie Sanchez,Tanit Ganz Carvallo,Renata Mota Mamede
Vocabulário expressivo e processamento auditivo em crianças com aquisição de fala desviante
TEMA: vocabulário expressivo e processamento auditivo em crianças com desvio fonológico. OBJETIVOS: comparar o desempenho de crianças com desvio fonológico em teste de vocabulário com as normas apresentadas pelo mesmo e verificar a possível relação entre seus desempenhos nos testes de vocabulário e o déficit do processamento auditivo. MÉTODOS: participaram da pesquisa 12 crianças com diagnóstico de desvio fonológico, com idades entre 5:0 anos e 7:0 anos e de ambos os sexos. Foi feita avaliação do vocabulário através do uso do ABFW, e avaliação simplificada do processamento auditivo (triagem), Dicótico de Dissílabos Alternados - Staggered Spondaic Word (SSW), Teste de Padrão de Frequência - Pitch Pattern Sequence (PPS) e o Teste de Fusão Binaural (FB). RESULTADOS: quanto ao vocabulário, todas as crianças obtiveram resultados sem diferenças estatisticamente significantes. Quanto ao processamento auditivo, todas as crianças tiveram resultados aquém do esperado, com exceção da triagem com média de 8,25. Nos outros testes as médias de acerto foram, no SSW de 6,50, no PPS de 10,74 e no FB de 7,10. Ao relacionar as duas avaliações, considerando-se p > 0,05, os resultados mostraram que, apesar da normalidade, quanto menor o valor obtido no processamento, menor o número de acertos apresentados no teste de vocabulário, mostrando certa tendência, principalmente nos campos "meios de transporte e profissões". Das classes, o PS (processos de substituição), foi o que obteve maior aumento significativo, sendo em todos os campos semânticos. CONCLUSÃO: há uma correlação entre processamento auditivo e o léxico, onde o vocabulário pode ser influenciado em crianças com aquisição de fala desviante.
2022-12-06T15:50:15Z
Quintas,Victor Gandra Mezzomo,Carolina Lisbôa Keske-Soares,Márcia Dias,Roberta Freitas
Manifestações audiológicas em crianças e adultos com AIDS
TEMA: a literatura relata a ocorrência de alteração auditiva em pacientes com HIV/AIDS, podendo esta ser decorrente de comprometimentos na orelha externa, média e/ou interna. OBJETIVOS: caracterizar e comparar os resultados da avaliação audiológica e do Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico de crianças e adultos com AIDS. MÉTODOS: foram submetidos à avaliação audiológica e eletrofisiológica (Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico) 51 crianças e 22 adultos com AIDS (grupos pesquisa I e II respectivamente) e 50 crianças e 25 adultos saudáveis (grupos controle I e II respectivamente), com idade entre três e 10 anos (crianças) e entre 18 e 50 anos (adultos). RESULTADOS: nas crianças com AIDS foram mais frequentes as alterações de orelha média e nos adultos as de orelha interna, bem como maior ocorrência de resultados alterados no potencial evocado auditivo de tronco encefálico nos adultos quando comparados às crianças. CONCLUSÃO: crianças e adultos com AIDS apresentam alterações na avaliação audiológica e no potencial evocado auditivo de tronco encefálico, sugestivas de comprometimento das vias auditiva periférica e central. Os resultados enfatizam a eficácia da utilização dos testes eletrofisiológicos da audição para melhor definição do grau de lesão encefálica em pacientes com AIDS, permitindo ainda a monitorização da velocidade de evolução da doença.
2022-12-06T15:50:15Z
Matas,Carla Gentile Santos Filha,Valdete Alves Valentins dos Juan,Kleber Ramos de Pinto,Fernanda Rodrigues Gonçalves,Isabela Crivellaro
Percepção da fala em deficientes auditivos pré-linguais usuários de implante coclear
TEMA: o implante coclear é um dispositivo eletrônico bastante promissor quanto aos benefícios, já que proporciona para a criança surda a apropriação da linguagem oral incidental. OBJETIVOS: avaliar o desempenho de audição do grupo das 60 primeiras crianças com deficiência auditiva neurossensorial pré-lingual implantadas no Centro de Pesquisas Audiológicas do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (CPA-HRAC/USP), após 16 anos de funcionamento do programa de implante coclear. MÉTODOS: foram avaliadas 57 crianças com idades entre 9 e 18 anos, utilizando os seguintes testes de percepção de fala: listas de reconhecimento de vocábulos monossílabos e dissílabos; listas de reconhecimento de sílabas sem sentido - Consonant Confusion Study - Confuse Program (apresentado no software do Sistema de Implante Coclear Nucleus, na sua unidade de programação - versão 6.90); listas de reconhecimento de sentenças e lista de palavras como procedimento de avaliação de percepção dos sons da fala para crianças deficientes auditivas. RESULTADOS: todas as crianças obtiveram resultados satisfatório com o implante coclear. Nos testes para o índice de reconhecimento de fonemas como para o reconhecimento de palavras, os resultados foram estatisticamente significante para o tipo de implante coclear Med-El em comparação com os demais tipos de implante. CONCLUSÃO: o estudo revela que o implante coclear trouxe benefícios reais para o grupo de crianças estudado, uma vez que possibilitou o desenvolvimento máximo das habilidades auditivas.
2022-12-06T15:50:15Z
Angelo,Thais Corina Said de Bevilacqua,Maria Cecília Moret,Adriane Lima Mortari
Estudo do efeito de supressão no potencial evocado auditivo de tronco encefálico
TEMA: o efeito de supressão com ruído branco contralateral verificado sobre o potencial evocado auditivo de tronco encefálico pode ter influência do sistema auditivo eferente. OBJETIVOS: avaliar o efeito de supressão com ruído branco contralateral no potencial evocado auditivo de tronco encefálico em indivíduos com limiares auditivos dentro da normalidade. MÉTODOS: participaram desta pesquisa 25 indivíduos, de 18 a 30 anos de idade, de ambos os sexos, que foram submetidos à anamnese, inspeção do meato acústico externo, audiometria tonal liminar, logoaudiometria e medidas de imitância acústica, com o objetivo de selecionar os indivíduos com acuidade auditiva normal. Em seguida os indivíduos selecionados realizaram o potencial evocado auditivo de tronco encefálico sem e com ruído branco contralateral. RESULTADOS: na comparação entre as condições sem e com ruído branco contralateral verificou-se diferença estatisticamente significante para a amplitude da onda I e para as latências absolutas das ondas III e V, porém não foi observada diferença estatisticamente significante com relação às latências interpicos. CONCLUSÕES: o presente estudo verificou aumento nas latências e diminuição nas amplitudes das ondas I, III e V na presença de ruído contralateral, quando comparadas as condições com e sem ruído. Estes resultados sugerem uma possível influência do sistema nervoso auditivo eferente na modulação das respostas do potencial evocado auditivo de tronco encefálico quando se utiliza ruído branco contralateral.
2022-12-06T15:50:15Z
Matas,Carla Gentile Silva,Fernanda Nivoloni O Leite,Renata Aparecida Samelli,Alessandra Giannella
Consciência fonológica e habilidades de escrita em crianças com síndrome de Down
TEMA: síndrome de Down, consciência fonológica, escrita e memória de trabalho. OBJETIVOS: avaliar a consciência fonológica de crianças brasileiras com síndrome de Down. Analisar a relação existente entre as hipóteses de escrita dos participantes e os escores de consciência fonológica. Comparar o desempenho de crianças com síndrome de Down aos resultados esperados para crianças com desenvolvimento típico de acordo com a Conciência Fonológica. Instrumento de Avaliação Sequencial (CONFIAS), utilizando as hipóteses de escrita como critério de emparelhamento. Verificar a correlação entre medidas de consciência fonológica e memória de trabalho fonológica. MÉTODOS: onze crianças com idades cronológicas entre 7 e 14 anos (média: 9a10m) constituíram a amostra. A consciência fonológica foi avaliada utilizando-se o CONFIAS. A memória de trabalho fonológica foi avaliada através de um instrumento elaborado pela pesquisadora. RESULTADOS: os sujeitos avaliados apresentaram níveis mensuráveis de consciência fonológica por meio da aplicação do CONFIAS. Os escores de consciência fonológica e as hipóteses de escrita apresentaram associação positiva significativa. O desempenho das crianças com síndrome de Down foi significativamente inferior ao de crianças com desenvolvimento típico e mesma hipótese de escrita. As medidas de consciência fonológica e de memória de trabalho fonológica apresentaram correlações positivas significativas. CONCLUSÃO: a consciência fonológica de crianças brasileiras com síndrome de Down pode ser avaliada utilizando-se o CONFIAS. A consciência silábica aprimora-se com a alfabetização, já a consciência fonêmica parece surgir como resultado do aprendizado da língua escrita. A memória de trabalho fonológica influencia o desempenho de crianças com a síndrome em tarefas de consciência fonológica.
2022-12-06T15:50:15Z
Lavra-Pinto,Bárbara de Lamprecht,Regina Ritter