Repositório RCAAP

Potenciais evocados auditivos de estado estável em crianças com perdas auditivas cocleares

TEMA: os potenciais evocados auditivos de estado estável (PEAEE) têm sido apontados como uma técnica promissora na avaliação audiológica infantil. OBJETIVO: investigar o nível de concordância entre os resultados do PEAEE e a audiometria de reforço visual (VRA) em um grupo de crianças, averiguando assim a aplicabilidade clínica desta técnica na avaliação audiológica infantil. MÉTODO: foram avaliadas 14 crianças com idade entre 4 e 36 meses (média 16 meses) com diagnóstico de perda auditiva coclear. Os PEAEE foram registrados nas frequências de 0,5; 1; 2 e 4kHz pela estimulação múltipla simultânea, e os resultados obtidos foram comparados com os resultados da VRA. RESULTADOS: os coeficientes de correlação intraclasse entre as respostas dos PEAEE e da VRA foram de 0,90; 0,93; 0,93 e 0,89 para as frequências de 0,5; 1; 2 e 4kHz, respectivamente, indicando forte concordância entre as técnicas. CONCLUSÃO: os PEAEE podem fornecer informações precisas para que se possa dar início à seleção e adaptação dos AASI em crianças nas quais ainda não é possível a realização da VRA.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Rodrigues,Gabriela Ribeiro Ivo Lewis,Dóris Ruthy

Desempenho sócio-cognitivo e adaptação sócio-comunicativa em diferentes grupos incluídos no espectro autístico

TEMA: as pesquisas quanto à inter-relação entre os aspectos de linguagem, cognição e socialização, vêm evoluindo desde a década de 70. Na perspectiva pragmática a linguagem é mediadora do desenvolvimento da socialização, permitindo ao indivíduo participar das relações sociais que expressam trocas comunicativas simétricas. OBJETIVO: verificar a efetividade da aplicação do protocolo de adaptação sócio-comunicativa em dois grupos de crianças e adolescentes com diagnósticos inseridos no espectro autístico, em atendimento fonoaudiológico especializado, em diferentes instituições, e verificar a relação entre os dados coletados no protocolo de adaptação sócio-comunicativa e o desempenho sócio-cognitivo. MÉTODO: participaram desta pesquisa 16 crianças e adolescentes na faixa etária de 8,0 a 16,0 anos, de ambos os gêneros, diagnosticados por médicos neurologistas e/ou psiquiatras como portadores de distúrbios incluídos no espectro autístico segundo os critérios específicos1-2. Todas as crianças estavam em atendimento fonoaudiológico semanal especializado por um período mínimo de seis meses. Foram aplicados os protocolos de analise dos Aspectos Sócio-Cognitivos³ e para a coleta de dados da Adaptação Sócio-comunicativa foram utilizados o protocolo e o questionário específico propostos por Sousa4. RESULTADOS: na análise dos resultados obtidos foi possível verificar que não houve diferenças estatisticamente significativas quanto ao desempenho sócio-cognitivo dos dois grupos, sendo a adaptação sócio-comunicativa dessas crianças extremamente variável. CONCLUSÃO: sendo assim, fica claro que, com o grupo de crianças do espectro autistico participantes deste estudo, é possível verificar que o desenvolvimento lingüístico, social e cognitivo não acontece de forma simétrica e linear.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Cardoso,Carla Sousa-Morato,Priscilla Faria Andrade,Suraia Fernandes,Fernanda Dreux Miranda

Treinamento auditivo em escolares com distúrbio de aprendizagem

TEMA: programa de treinamento auditivo em escolares com distúrbio de aprendizagem. OBJETIVOS: verificar a eficácia de um programa de treinamento auditivo em escolares com distúrbio de aprendizagem e comparar os achados dos procedimentos de avaliação utilizados nas pré e pós-testagem em escolares com distúrbio de aprendizagem e sem dificuldades de aprendizagem, submetidos e não submetidos ao programa de treinamento auditivo. MÉTODO: participaram deste estudo 40 escolares, sendo que esses foram divididos em: GI, subdividido em: GIe (10 escolares com distúrbio de aprendizagem submetidos ao programa de treinamento auditivo), GIc (10 escolares com distúrbio de aprendizagem não submetidos ao programa de treinamento auditivo) e GII, subdividido em: GIIe (10 escolares sem dificuldades de aprendizagem submetidos ao programa de treinamento auditivo) e GIIc (10 escolares sem dificuldades de aprendizagem não submetidos ao programa de treinamento auditivo). Foi realizado o programa de Treinamento Auditivo Audio Training®. RESULTADOS: os resultados mostraram que o GI apresentou desempenho inferior ao de GII em atividades relacionadas com as habilidades auditivas e de consciência fonológica. O GIe e o GIIe apresentaram melhor desempenho em habilidades auditivas e de consciência fonológica depois da aplicação do programa de treinamento auditivo, quando comparados os achados de pré e pós-testagem. CONCLUSÃO: o desempenho de escolares com distúrbio de aprendizagem nas tarefas auditivas e fonológicas apresenta-se inferior no que concerne ao de escolares sem distúrbio de aprendizagem. A utilização do programa de treinamento auditivo mostrou-se eficaz e possibilitou aos escolares o desenvolvimento dessas habilidades.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Pinheiro,Fábio Henrique Capellini,Simone Aparecida

Transtornos de linguagem oral em crianças pré-escolares com epilepsia: screening fonoaudiológico

TEMA: transtornos de linguagem oral e epilepsia em pré-escolares. OBJETIVO: verificar a ocorrência de alterações de linguagem oral em pré-escolares com epilepsia atendidos no Setor de Neurologia Infantil de um hospital universitário. MÉTODO: estudo prospectivo realizado com 30 crianças com epilepsia, submetidas à avaliação fonoaudiológica de linguagem oral. Critérios de inclusão: diagnóstico inequívoco de epilepsia segundo a definição da ILAE (2005)12; idade de 3 aos 6 anos; padrão neurológico e desenvolvimento neuropsicomotor normais. Exclusão: diagnóstico de epilepsia duvidoso; padrão neurológico e desenvolvimento neuropsicomotor alterados; crianças com patologias pediátricas associadas. Variáveis analisadas: sexo, idade da primeira crise epiléptica, tipo de crise epiléptica e regime de tratamento. Determinou-se OR (razão de chances), adotando-se < 0,05. RESULTADOS: 18 (60%) crianças com epilepsia apresentaram alterações de linguagem oral e, 12 (40%), linguagem oral dentro dos padrões de normalidade. Em relação às alterações, 12 (67%) apresentaram transtorno de linguagem e 6 (33%) apresentaram desvio fonológico. Crianças do sexo masculino (OR = 2,03) e as com crise epiléptica do tipo parcial (OR = 2,41) mostraram maior chance de apresentar alterações de linguagem oral. CONCLUSÃO: o estudo mostrou em pré-escolares com epilepsia: predomínio de atraso no desenvolvimento da linguagem oral, e o sexo masculino e a crise epiléptica do tipo parcial como fatores de risco para essa faixa etária.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Melo,Patrícia Danielle Falcão Melo,Áurea Nogueira de Maia,Eulália Maria Chaves

Alongamento vocálico e apagamento em coda medial nos desvios fonológicos

TEMA: desvios fonológicos. OBJETIVO: verificar a ocorrência do alongamento vocálico, pela análise acústica, num grupo de 16 crianças (8 meninos e 8 meninas) com desvios fonológicos evolutivos (DFE), que não apresentam na fala as codas /R/ e /S/ mediais, além de levantar as porcentagens de ocorrência das estratégias de alongamento e apagamento nos dois tipos de coda. MÉTODO: gravação de 16 crianças mediante a apresentação de um álbum de figuras que representam 18 pares de palavras que contrastam as estruturas silábicas (C)VC e CV. Após a transcrição, os pares de palavras foram submetidos à análise acústica pelo PRAAT, versão 4.4.16, para medir a duração das vogais nos dois tipos silábicos. Posteriormente, realizou-se a análise estatística dos dados e o teste de significância (qui-quadrado) foi aplicado, considerando-se p < 0,05. RESULTADOS: embora nenhum alongamento tenha sido detectado perceptualmente, eles ocorreram em 93,75% da amostra. A aplicação do teste qui-quadrado revelou que tal ocorrência é altamente significativa. Para a coda /R/, registraram-se 95,52% de alongamentos e 4,48% de apagamentos, enquanto que para a coda /S/, registraram-se 12,5% de alongamentos e 87,5% de apagamentos. Não houve diferenças significativas entre os gêneros. CONCLUSÃO: detectou-se, pela análise acústica, tanto o alongamento vocálico quanto o apagamento; o alongamento vocálico foi mais frequente na coda /R/ do que na /S/, o apagamento foi mais frequente na coda /S/ do que na coda /R/; a criança que apresenta o alongamento pode revelar conhecimento da estrutura (C)VC e, portanto, estaria mais próxima da realização dos fonemas-alvo.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Maldonade,Irani Rodrigues Mota,Helena Bolli

Validade da prova calórica monotermal em comparação à estimulação bitermal

TEMA: a estimulação calórica monotermal tem sido considerada como alternativa à prova calórica bitermal para triagem das assimetrias vestibulares. OBJETIVO: avaliar a confiabilidade da estimulação monotermal em relação à bitermal para o diagnóstico das assimetrias labirínticas. MÉTODO: avaliaram-se 389 resultados de vectoelectronistagmografia realizados entre 1998 e 2007. A estimulação monotermal de 30ºC e 44ºC com pontos de corte de predomínio labiríntico (PL) em 20% e em 25% foi comparada à bitermal com ponto de corte em 25% (padrão ouro). Na análise, interessou encontrar qual foi à prova monotemal (30°C ou 44°C) e com qual ponto de corte (20% ou 25%) que apresentou os valores mais elevados de sensibilidade e especificidade quando comparada à prova bitermal. RESULTADOS: a sensibilidade e especificidade da prova monotermal foram respectivamente de: 84% e 80%, a 30°C com PL em 20%; 78% e 90%, a 30°C com PL em 25%; 81% e 78%, a 44°C com PL em 20%; 76% e 85%, a 44°C com PL em 25%. CONCLUSÃO: a prova monotermal com estimulo a 30°C apresentou valores mais elevados de sensibilidade e especificidade quando comparada a bitermal. Contudo, não se observou diferença significativa em relação aos valores observados com estímulo a 44°C. Em todas as análises, a prova monotermal apresentou a limitação da baixa sensibilidade, de modo que testes alterados pela bitermal podem passar como normais pela prova monoternal. Ao se decidir pela realização da prova monotermal como triagem, deve-se realizá-la em indivíduos com menor probabilidade de estar com doença vestibular, a partir da história clínica.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Cunha,Luciana Cristina Matos Felipe,Lilian Carvalho,Sarah Araújo Labanca,Ludimila Tavares,Maurício Campelo Gonçalves,Denise Utsch

Eletromiografia e diadococinesia: estudo com crianças fluentes e com gagueira

TEMA: eletromiografia e diadococinesia. OBJETIVO: analisar a velocidade dos movimentos orais de crianças com gagueira desenvolvimental persistente e crianças fluentes durante a repetição de segmentos articulatórios (diadococinesia - DDK). MÉTODO: participaram do estudo 50 crianças sem distinção de raça e sexo, matriculados na rede pública de ensino de pré-escola e ciclo básico, residentes no município de São Paulo e Grande São Paulo, cujas famílias concordaram, através de assinatura do termo de consentimento, na realização dos procedimentos propostos para realização da pesquisa. O grupo de pesquisa (GI) foi composto por 19 crianças com diagnóstico de gagueira. O grupo controle (GII) foi composto por 31 crianças fluentes. RESULTADOS: os resultados do estudo indicam que houve uma grande similaridade no desempenho das tarefas de DDK para ambos os grupos, com graus de desvio padrão elevados também para ambos os grupos. CONCLUSÃO: houve diferença estatisticamente significante para a capacidade de movimentação seqüencial, ou seja, no tratamento por ANOVA, o grupo de crianças fluentes apresenta maior habilidade para mover rapidamente a posição dos articuladores em segmentos seqüenciais(pa/ta/ka).

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Andrade,Claudia Regina Furquim de Queiróz,Danilo Pacheco de Sassi,Fernanda Chiarion

Desempenho de crianças normais em testes temporais auditivos em campo livre

TEMA: processamento temporal auditivo. OBJETIVO: determinar o perfil de desempenho de crianças com audição normal nas tarefas de detecção e identificação da ordem e seqüência temporal em campo livre. MÉTODO: avaliou-se 43 crianças com idade entre 7 anos e 11 anos e 5 meses em dois testes comportamentais -Teste de Padrões de Freqüência (TPF) e Teste de Padrões de Duração (TPD) - versão infantil da Auditec. Os testes foram aplicados em campo livre a 60 dBNA. Foram solicitados dois tipos de respostas: não verbal (NV) sendo o murmúrio para o TPF e manual para o TPD, e verbal (V), nomeação pra TPF e TPD. Para ambos os testes (TPF e TPD) foram apresentadas 10 repetições dos 6 padrões seqüenciais, totalizando 60 estímulos para cada criança. RESULTADOS: o desempenho no TPF com resposta NV foi significativamente superior à resposta V para todos os sujeitos. Constatou-se melhora significativa do desempenho com a idade para o TPFV, TPDNV e TPDV. O desempenho no TPF foi superior ao TPD. Os resultados deste estudo demonstraram semelhante desempenho nas tarefas de detecção e identificação da ordem e seqüência temporal quando comparados com outros estudos realizados na população brasileira, nos quais estas tarefas foram aplicadas com fones supra-aurais. CONCLUSÃO: os valores obtidos para o TPF e TPD podem ser considerados como referência de normalidade para a versão infantil da Auditec em campo livre em crianças de 7 anos a 11 anos e 5 meses.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Frederigue-Lopes,Natália Barreto Bevilacqua,Maria Cecilia Sameshima,Koishi Costa,Orozimbo Alves

Fonoaudiólogos doutores no Brasil: perfil da formação no período de 1976 a 2008

TEMA: manter atualizado o levantamento de doutores fonoaudiólogos brasileiros permite recuperar a memória do que foi desenvolvido na área, além de explicitar um indicador importante do amadurecimento da Fonoaudiologia no país. OBJETIVO: analisar a formação dos doutores fonoaudiólogos brasileiros, no período correspondente a 1976 - 2008. MÉTODO: as teses defendidas por fonoaudiólogos brasileiros, no período compreendido entre 1976 (primeira defesa) até final de 2008, foram selecionadas, por meio de contato com as secretarias de programas de pós-graduação e consulta à Plataforma Lattes. Para cada achado foram registradas as variáveis: sexo do autor; ano de defesa; instituição de ensino e programa de pós-graduação em que a tese foi desenvolvida, além da temática escolhida. A análise estatística compreendeu descrição dos parâmetros, análise de regressão para evidenciar o crescimento referente ao ano de defesa, área e temática escolhida e teste de qui-quadrado para verificar associação. RESULTADOS: as 504 teses localizadas, 97,0% foram defendidas por mulheres; em maior número foram escolhidas as instituições estaduais (47,62%) e os programas inseridos na área de Ciências da Vida (57,54%); quanto à temática desenvolvida na tese, maior número correspondeu à Linguagem (34,52%) e Audição e equilíbrio (32,34%). A análise de regressão evidenciou o crescimento do número de teses segundo o ano, sendo que tal tendência foi também evidenciada na escolha do Programa e para as áreas de Linguagem e Motricidade e Funções Orofaciais (p < 0,001). O incremento se dá principalmente devido ao aumento das teses defendidas em instituições públicas, mais particularmente, as estaduais (p < 0,001). CONCLUSÃO: houve um crescimento significativo dos fonoaudiólogos doutores, fato que possibilita maior inserção do fonoaudiólogo em atividades de pesquisa e produção científica qualificada.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Ferreira,Léslie Piccolotto Russo,Iêda Chaves Pacheco Adami,Fernando

Memória de trabalho em crianças avaliada pela tarefa de Brown-Peterson

TEMA: a memória de trabalho é uma habilidade cognitiva que contribui para o adequado desenvolvimento da linguagem e aquisição das habilidades de leitura e escrita. Uma avaliação consistente de memória de trabalho em crianças pré-escolares e escolares faz-se importante para identificação precoce das possíveis dificuldades de aprendizagem. OBJETIVO: o presente estudo teve como objetivo avaliar o desenvolvimento da memória de trabalho ao longo das séries iniciais do ensino fundamental e verificar a adequação da Tarefa de Brown Peterson na avaliação desta função em crianças. MÉTODO: participaram do estudo 103 crianças, com a idade média de 9,75 anos, da primeira à sexta série do ensino fundamental. Entre os participantes, 63 eram do sexo masculino. As crianças foram avaliadas segundo a Tarefa de Brown Peterson, Dígitos Ordem Direta e Dígitos Ordem Inversa. O desempenho foi comparado em função das variáveis: sexo; idade e série escolar. RESULTADOS: o desempenho na Tarefa de Brown Peterson apresentou função crescente ao longo das séries e faixas etárias. O aumento no tempo de interferência produziu diminuição linear na pontuação em todas as séries. Correlações positivas foram encontradas entre o desempenho na Tarefa de Brown Peterson e Dígitos, sendo que Tarefa de Brown Peterson se mostrou mais sensível para diferenciar as séries. CONCLUSÃO: o estudo confirmou que a maturação da memória de trabalho continua ao longo do ensino fundamental, indicando maturação tardia das áreas cerebrais relacionadas. A Tarefa de Brown Peterson se mostrou um instrumento adequado para a avaliação de memória de trabalho em crianças.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Vaz,Ivanilde Aparecida Cordeiro,Priscila Maria Macedo,Elizeu Coutinho de Lukasova,Katerina

Treinamento auditivo: avaliação do benefício em idosos usuários de próteses auditivas

TEMA: a deficiência auditiva acarreta dificuldades na comunicação, as quais podem ser minimizadas por meio da adaptação de próteses auditivas e do treinamento auditivo. OBJETIVO: o objetivo geral deste estudo foi verificar a efetividade do treinamento auditivo em idosos novos usuários de próteses auditivas, quanto ao benefício no processo de adaptação. MÉTODO: foram selecionados 42 indivíduos, portadores de deficiência auditiva neurossensorial de grau leve a moderado, com idades entre 60 e 90 anos, novos usuários de próteses auditivas bilaterais, distribuídos em dois grupos: Grupo Experimental (GE) e Grupo Sham (GS). O GE foi submetido a um programa de treinamento auditivo em cabina acústica durante seis sessões. Ambos os grupos foram avaliados com os testes de Fala com Ruído, Escuta com Dígitos, e questionário de auto-avaliação Abbreviated Profile of Hearing Aid Benefit (APHAB), em três momentos: sem próteses (primeira avaliação), quatro semanas (segunda avaliação), e oito semanas (terceira avaliação), após a adaptação das próteses. RESULTADOS: houve diferença estatisticamente significante para os dois testes aplicados, e para o questionário Aphab (quanto ao benefício) na segunda e na terceira avaliações, nas subescalas: Facilidade de Comunicação, Reverberação e Ruído Ambiental. CONCLUSÃO: o programa de treinamento auditivo em cabina acústica foi efetivo com relação ao benefício durante o processo de adaptação das próteses auditivas.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Megale,Renata Luciane Iório,Maria Cecília Martinelli Schochat,Eliane

Manifestações eletrofisiológicas em adultos com HIV/AIDS submetidos e não-submetidos à terapia anti-retroviral

TEMA: os potenciais evocados auditivos (PEA) avaliam a atividade neuroelétrica na via auditiva, desde o nervo auditivo até o córtex cerebral, em resposta a um estímulo ou evento acústico. Estudos demonstram anormalidades eletrofisiológicas em indivíduos com HIV/AIDS. OBJETIVO: caracterizar as manifestações eletrofisiológicas da audição em adultos com HIV/AIDS, comparando os resultados obtidos no grupo exposto a tratamento anti-retroviral com os obtidos no grupo não exposto a tratamento. MÉTODO: realizada avaliação eletrofisiológica da audição (PEATE, PEAML e P300) em 56 indivíduos portadores do HIV/AIDS, sendo 24 do Grupo I (não expostos ao tratamento anti-retroviral) e 32 do Grupo II (expostos ao tratamento). RESULTADOS: foram encontradas alterações em todos os PEA nos indivíduos com HIV/AIDS, principalmente no PEATE; sendo que neste, o grupo exposto ao tratamento antiretroviral apresentou mais alterações. CONCLUSÃO: indivíduos com HIV/AIDS podem apresentar alterações no sistema nervoso auditivo periférico e central, sendo que o grupo exposto a tratamento anti-retroviral apresenta mais alterações na via auditiva em tronco encefálico.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Matas,Carla Gentile Silva,Sara Manami Marcon,Bruna de Almeida Gonçalves,Isabela Crivellaro

Representação semântica e nomeação em crianças com distúrbio específico de linguagem

TEMA: crianças com distúrbio específico de linguagem (DEL) apresentam déficits lexicais como os primeiros sinais observáveis nesta desordem, caracterizado por dificuldades de acesso lexical em provas de nomeação e discurso. Estudos comparando a nomeação de figuras com desenhos parecem ideais para esclarecer os déficits lexicais. OBJETIVO: comparar o desempenho de crianças em desenvolvimento normal de linguagem (DNL) com crianças com DEL nas tarefas de nomeação, desenho e definição, visando explorar a qualidade da representação semântica no léxico. MÉTODO: participaram deste estudo dois grupos: grupo controle (GC), sem alterações de linguagem, composto por 40 sujeitos, e grupo pesquisa (GP), 20 sujeitos, com diagnóstico de DEL, compreendido na faixa etária de cinco a sete anos de idade. Foram realizadas tarefas de nomeação, desenho de figuras e definição em que foram utilizadas 20 figuras. Na nomeação, os tipos de erros foram analisados e classificados em: erros semânticos, fonológicos, indeterminados e outros. A análise dos desenhos e das definições foi baseada somente no correto, nos erros semânticos e nos erros indeterminados. RESULTADOS: as crianças do GP apresentaram maior número de erros do tipo semânticos na nomeação das figuras. Além disso, as definições do GP se mostraram mais rudimentares e incompletas mesmo quando a criança foi capaz de nomear corretamente as figuras. Os desenhos de objetos nomeados corretamente foram superiores aos desenhos de objetos nomeados incorretamente. CONCLUSÕES: foi possível diferenciar as crianças, dentro do quadro de DEL, que apresentam maiores déficits lexicais, além de possibilitar a exploração da razão das falhas em provas de nomeação.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Befi-Lopes,Debora Maria Silva,Cintia Preto Ferreira da Bento,Ana Carolina Paiva

Medida angular para aferição do tônus muscular na paralisia facial

TEMA: na paralisia facial periférica, a diminuição dos movimentos faciais e as sequelas estéticas resultantes podem ter repercussões emocionais importantes consequentes ao déficit funcional, na dependência da intensidade do quadro clinico. A reabilitação orofacial visa otimizar os movimentos residuais, na paralisia incompleta, e as suas adequações e/ou adaptação às funções orofaciais e da expressividade facial. Entretanto, quantificar o resultado terapêutico é um desafio. Em geral, as graduações utilizadas são generalistas esubjetivas. OBJETIVO: propor o Ângulo da Comissura Labial e avaliar sua confiabilidade como recurso objetivo na avaliação da modificação do tônus da musculatura facial na evolução da paralisia facial. MÉTODO: foram estudados 20 pacientes com paralisia facial periférica - grau IV. O estudo se fez sob imagens da documentação fotográfica de pacientes com paralisia facial, tomadas a partir de quinze dias de instalação e ao final de um ano de acompanhamento clínico. Mediu-se o ângulo por meio de traçados determinados por pontos faciais antropométricos pré-estabelecidos, como a linha entre a glabella e gnation e o cruzamento com os pontos chelion direito e esquerdo, determinando um ângulo medidomanualmente com um transferidor na fotografia. RESULTADOS: a média do Ângulo da Comissura Labial foi de 101,70 nas tomadas iniciais, diminuindo para 93,80 (desvio padrão = 4,3) após um ano de evolução. O teste estatístico revelou diferença estatisticamente significante (P < 0,001). CONCLUSÃO: os resultados obtidos sugerem que o Ângulo da Comissura Labial permite a avaliação objetiva da modificação do tônus da musculatura facial.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Tessitore,Adriana Magna,Luis Alberto Paschoal,Jorge Rizzato

Inteligibilidade: efeitos da análise de transcrição e do estímulo de fala

TEMA: apesar de seu amplo emprego com fins clínicos e de pesquisa, as medidas de inteligibilidade da fala por transcrição são criticadas por fornecer apenas informações sobre o grau de severidade dos quadros, bem como por ter sensibilidade restrita, dependendo do grau de alteração do paciente. OBJETIVO: investigar a influência da análise de transcrição e do tipo de estímulo sobre as medidas de inteligibilidade de sujeitos sem distúrbios da comunicação. MÉTODO: um estudo experimental sem intervenção foi realizado. Dois grupos de sujeitos sem distúrbios da comunicação participaram desta pesquisa. O grupo de falantes foi composto por 30 adultos. Amostras de fala foram gravadas em áudio a partir da repetição de três listas de estímulos (frases, palavras e pseudopalavras) igualmente distribuídas de acordo com os parâmetros: frequência dos fonemas, estruturas silábicas e extensão das palavras. O grupo ouvinte foi formado por 60 adultos jovens que transcreveram ortograficamente as amostras. Duas medidas de inteligibilidade foram obtidas para cada lista de estímulos: percentagem de respostas corretas por unidade silábica e por item (cada frase, palavra ou pseudopalavra). RESULTADOS: os escores de inteligibilidade por unidade silábica foram estatisticamente superiores aos escores de inteligibilidade por item. Diferenças também foram observadas entre os escores de inteligibilidade por sílabas para frases, palavras e pseudopalavras. CONCLUSÃO: tanto a análise de transcrição quanto o tipo de estímulo influenciaram os escores da população estudada, especialmente quando as pseudopalavras foram utilizadas como material de fala. A manipulação destas variáveis pode seu útil ao aprimoramento dos testes de inteligibilidade da fala.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Barreto,Simone dos Santos Ortiz,Karin Zazo

Eficácia do programa de remediação fonológica e leitura no distúrbio de aprendizagem

TEMA: Programa de Remediação Fonológica e Leitura no distúrbio de aprendizagem. OBJETIVO: verificar a eficácia terapêutica do Programa de Remediação Fonológica e Leitura em escolares com distúrbio de aprendizagem. MÉTODO: participaram deste estudo 40 escolares, sendo que estes foram divididos em: GI, subdivididos em GIE (10 escolares sem dificuldade de aprendizagem submetidos ao Programa de Remediação Fonológica e leitura), GIC (10 escolares sem dificuldade de aprendizagem não submetidos ao Programa de Remediação Fonológica e Leitura) e GII, subdividido em GIIE (10 escolares com distúrbio de aprendizagem submetidos ao Programa de Remediação Fonológica e Leitura), GIIC (10 escolares com distúrbio de aprendizagem não submetidos ao Programa de Remediação Fonológica e Leitura). Como procedimento foi aplicado o Teste de Desempenho Cognitivo-Linguístico, em situação de pré e pós-testagem antes da realização do Programa de Remediação Fonológica e Leitura. RESULTADOS: os resultados evidenciaram diferença estatisticamente significante entre os GIE e GIC e GIIE e GIIC indicando que os escolares submetidos ao programa obtiveram melhor desempenho em situação de pós-testagem se comparado a pré-testagem. CONCLUSÃO: a realização deste estudo evidenciou que o Programa de Remediação Fonológica e Leitura foi eficaz, pois proporcionou melhora na percepção, produção e manipulação dos sons e sílabas, interferindo diretamente na habilidade de leitura e compreensão dos escolares com distúrbio de aprendizagem.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Silva,Cláudia da Capellini,Simone Aparecida

Capacitação de agentes comunitários de saúde em saúde auditiva: efetividade da videoconferência

TEMA: capacitação de agentes comunitários de saúde na área de saúde auditiva por meio de videoconferência. OBJETIVO: avaliar a efetividade da capacitação dos agentes comunitários de saúde, por meio da videoconferência, na área de saúde auditiva infantil. MÉTODOS: participaram da pesquisa 50 profissionais divididos aleatoriamente em dois grupos de acordo com a metodologia de ensino: 31 agentes comunitários de saúde participaram da capacitação de forma presencial e 19 por meio de videoconferência. A atividade ocorreu em um encontro de oito horas, por meio de aulas expositivas sobre o conteúdo ministrado e a utilização do material adaptado Primary ear and hearing care training resource - basic, intermediate and advanced levels, de forma simultânea para ambos os grupos. A capacitação foi organizada e avaliada de acordo com a proposta de estudo anterior. RESULTADOS: ambos os grupos apresentaram diferença estatisticamente significante quando considerado o desempenho apresentado no instante pré e póscapacitação, de forma mais expressiva para o grupo que participou da capacitação de forma presencial, tanto na análise do escore total como quando considerado os temas abordados separadamente. CONCLUSÃO: a videoconferência como ferramenta de ensino foi efetiva para a capacitação dos agentes comunitários de saúde na área de saúde auditiva, porém deve ser utilizada de forma complementar à capacitação realizada de forma presencial.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Melo,Tatiana Mendes de Alvarenga,Kátia de Freitas Blasca,Wanderléia Quinhoneiro Taga,Marcel Frederico de Lima

Vocabulário expressivo de crianças com desenvolvimento fonológico normal e desviante

TEMA: vocabulário expressivo de crianças com desenvolvimento fonológico normal e desviante. OBJETIVO: verificar se as alterações das crianças com desvio fonológico ocorrem apenas no nível fonologico ou se há algum impacto na aquisição lexical e comparar o desempenho em vocabulário das crianças desta amostra com os valores de Referência de Normalidade do teste utilizado. MÉTODO: a amostra foi composta por 36 crianças de ambos os sexos, sendo 14 com desvio fonológico (Grupo Estudo) e 22 com desenvolvimento normal de linguagem (Grupo Controle). Foi aplicado o teste ABFW - Vocabulário (Befi-Lopes, 2000) para avaliar o vocabulário expressivo destas crianças e, após, foi comparado o desempenho dos dois grupos. RESULTADOS: o desempenho em vocabulário expressivo das crianças com desvio fonológico é semelhante ao das crianças com desenvolvimento fonológico normal. Grande parte das crianças desta amostra atingiu os valores de referência propostos pelo teste na maioria dos campos conceituais, e o que mais se mostrou complexo para as crianças dos dois grupos foi o Locais. CONCLUSÃO: a alteração das crianças com desvio fonológico é realmente apenas a nível fonológico, sem impacto no aspecto lexical da linguagem.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Athayde,Marcia de Lima Mota,Helena Bolli Mezzomo,Carolina Lisbôa

A fala nas diferentes modalidades de reabilitação oral protética em idosos

TEMA: a produção da fala nas modalidades de reabilitação oral protética. OBJETIVO: verificar se o tipo de reabilitação oral interfere na produção da fala. MÉTODO: 36 idosos (média = 68 anos), divididos em 3 grupos, foram avaliados: 13 com dentes naturais (A), 13 com prótese total mucosossuportada superior e inferior (B) e 10 com prótese total mucosossuportada superior e implantossuportada inferior (C). A estabilidade das próteses foi avaliada por um dentista e amostras de fala foram analisadas por 5 fonoaudiólogos. Para determinar a freqüência de alteração dos sons da fala utilizou-se o cálculo da Porcentagem de Consoantes Corretas (PCC). RESULTADOS: observou-se poucos casos com alteração de fala, com maior freqüência no grupo C (23,08%), sendo a articulação travada presente em todos os grupos, a redução dos movimentos labiais em dois grupos (A e B) e a articulação exagerada e a falta de controle salivar em um dos grupos (C e B). Quanto à PCC, menor valor foi observado para os fones linguodentais nos grupos B e C (maior ocorrência de alteração), seguido dos fones alveolares, predominando casos sem alteração no grupo A, contrariamente aos demais grupos, sendo a projeção lingual e o ceceio as alterações mais encontradas. Não houve diferença entre os grupos e a maioria do grupo B estava com a prótese inferior insatisfatória, não havendo associação entre alteração de fala e prótese insatisfatória. CONCLUSÃO: apesar da amostra pequena, indivíduos reabilitados com prótese total apresentam alteração nos fones linguodentais e alveolares e o tipo de prótese, bem como a estabilidade desta parece não interferir na produção da fala.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Rodrigues,Lidiane Cristina Barraviera Pegoraro,Luiz Fernando Brasolotto,Alcione Ghedini Berretin-Felix,Giédre Genaro,Katia Flores

Marcação de tempo por surdos sinalizadores brasileiros

TEMA: marcação de tempo realizada por surdos sinalizadores na Língua Brasileira de Sinais e na Língua Portuguesa Escrita. OBJETIVOS: analisar a flexão verbal de tempo na Língua Portuguesa Escrita, averiguar se existe relação entre o desempenho no uso da flexão verbal de tempo e grau de escolaridade e verificar os marcadores de tempo utilizados na produção de frases na Língua Brasileira de Sinais e na Língua Portuguesa Escrita. MÉTODOS: participaram do estudo 18 surdos sinalizadores, com idade entre 15 e 23 anos e escolaridade de 3ª a 6ª série do Ensino Fundamental. Os indivíduos foram avaliados quanto ao conhecimento em Língua Brasileira de Sinais de nove verbos de ação, e em seguida foram orientados a elaborar três frases na Língua Portuguesa Escrita e na Língua Brasileira de Sinais com cada verbo, sendo uma no tempo passado, uma no presente e uma no futuro. Os dados foram avaliados qualitativa e quantitativamente. RESULTADOS: nas frases escritas houve o predomínio do verbo na forma nominal do infinitivo. Os sujeitos utilizaram adequadamente os marcadores de tempo na maioria das frases expressas na Língua Brasileira de Sinais. Quatro sujeitos fizeram uso de marcadores utilizados na língua de sinais para indicar o tempo nas frases escritas. Houve relação estatisticamente significante entre o uso da flexão verbal do tempo presente com o aumento da escolaridade. CONCLUSÃO: os surdos do estudo utilizam adequadamente marcadores de tempo na maioria das frases expressas na Língua Brasileira de Sinais, mas apresentam dificuldade na Língua Portuguesa Escrita.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Crato,Aline Nascimento Cárnio,Maria Silvia