Repositório RCAAP

Cicero and Clodius: a dispute over religious authority

The article aims to analyze a specific moment in Cicero’s political trajectory, when he returned to the city of Rome after his exile in 56 BCE, and had to deal with the political and religious rivalry of Clodius. As we shall see, in this case, the quarrels between the two romans were due to the prodiges reported by the College of Haruspices. In these debates, Cicero tried to prove that his religious authority made him the true interlocutor with the deities and that Clodius, in various ways, was a profane enemy who needed to be fought for the good of the Republic.

Ano

2019

Creators

Daetwyler, Jhan Lima

‘Ius postliminium’: the ‘Captivi’ of Plautus and of the Second

Plautus, in Captivi, stages the attempt of a pater familias for recovering his war captive sun. The comedy is interpreted in the light of the ius postliminium and Plautus’ text is correlated with the roman efforts to rescue Second Punic War captives.

Ano

2019

Creators

Silva, José Guilherme Rodrigues da

The Spartan Lysander’s ‘métis’ representation in the Battle of Aegospotami (405 BC)

No presente artigo, analisaremos a representação da mḗtis/astúcia de Lisandro no discurso de Xenofonte e os pressupostos que garantiram a vitória da Confederação do Peloponeso. Para tanto, utilizamos o método de Análise do Discurso proposto por Dominique Maingueneau, com o qual superamos a superficialidade do texto. A Guerra do Peloponeso (431-404 a.C.) foi um dos eventos mais marcantes discutidos pela literatura antiga, em virtude de seu impacto social. Após aproximadamente vinte e sete anos de guerra, as póleis envolvidas nesse conflito estavam exauridas de recursos. Nesse contexto, destacamos que, em 405 a.C., o esparciata Lisandro – valendo-se da riqueza persa – edificou uma estratégia singular de combate para vencer os atenienses na batalha de Egospótamo, sem realizar um combate marítimo direto. Desse modo, a mḗtis/astúcia de Lisandro foi representada no discurso literário da Antiguidade como o mecanismo fundamental para o término da Guerra do Peloponeso.

Ano

2019

Creators

Assumpção, Luis Filipe

Introduction

Apresentação do dossiê: "Direito e justiça na sociedade romana".

Ano

2019

Creators

Silva, Érica Cristhyane Morais da

Law in Roman Society: an interview with Paul J. Du Plessis

Entrevista com Paul J. Du Plessis.

Ano

2019

Creators

Plessis, Paul J. Du

From social death to social rebirth: law, slavery and freedom in Classical Rome

In this paper, the problems about slavery and liberty in Roman law are discussed. The problems in the recognition of a slave’s humanity while stablishing a juridical notion of thing – res. It was determined as time frames the importance of the topic about slavery in the Italian Peninsula until their decline. The research happened in various romans juridical fronts: the Institutes of Gaius, the Rules of Ulpiano and the Justiano’s Digest. Various historiographical bases were taken notice as academical references. The methodology consisted in the confrontation between juridical opinions registered in the chosen fonts and interpretations collected in bibliographical platforms.

Ano

2019

Creators

Campos, Adriana Pereira Lima Neto, Francisco Vieira

How to make a treat with Persians? An analysis of the peace negotiation process between Romans and Persians in 363 AD

O presente artigo explora as negociações de paz ocorridas entre os romanos e povos que travavam guerras contra os primeiros durante a segunda metade do século IV d.C. Objetiva-se com isso analisar os mecanismos de negociação, selamento e manutenção de tratados após conflitos envolvendo povos rivais. Para tal, os autores fazem uma análise comparativa das descrições realizadas por Amiano Marcelino, em sua obra Histórias, dos eventos de 363, 367 e 374. A partir desse trajeto, torna-se possível conhecer as características das relações diplomáticas que envolviam os romanos naquele contexto, assim como a singularidade dos persas para o funcionamento do Império Romano.

Ano

2019

Creators

Gonçalves, Ana Teresa Marques Tavares, Wendryll José Bento

As leis sobre o exílio no 'Código Teodosiano'

Exile has always been a form of punishment adopted by the ancient Romans. In the Republic and in the context of the Principate there are several cases of banning senators. In late antiquity, we have almost no news of cases of senatorial exile. The most evident, most explored and studied exiles in this context are the cases of episcopal banishment, especially during the rule of Constantius II (337-361). Nevertheless, senatorial exiles continued to occur even in the context of Late Antiquity although these have not been the subject of historian’s study. On Theodosian Code, we did not find accurate evidence on senatorial exiles except for 14, 10, 3, on military clothing used inappropriately, which specifically mentions the use of military clothing by senators which is prohibited by this statute. Nevertheless, even with sparse evidence, on the senatorial exile, we will dedicate ourselves in this paper to reflect on the exiles as presented in Theodosian Code in order to understand senatorial exiles as part of the banishment phenomenon in Late Antiquity.

Ano

2019

Creators

Silva, Érica Cristhyane Morais da

Morcego hematófago comum Desmodus rotundus no Vale do Paraíba, Estado de São Paulo: abrigos diurnos, agrupamentos, lesões corporais e sorologia antirrábica

Apesar dos morcegos hematófagos serem muito estudados, diversos aspectos de sua biologia e de seu papel na transmissão da raiva ainda não são conhecidos. O objetivo da presente tese foi estudar os abrigos diurnos, os agrupamentos e o comportamento agonístico do morcego hematófago comum, Desmodus rotundus, e sua relação com a raiva dos herbívoros no Vale do Paraíba. Foi possível também obter informações sobre as duas outras espécies de morcegos hematófagos, especialmente de Diphylla ecaudata. Entre 2011 e 2014, dados sobre abrigos diurnos, composição dos agrupamentos, lesões corporais, diagnóstico de raiva e sorologia antirrábica de D. rotundus foram obtidos nos municípios de Jacareí, Paraibuna, Pindamonhangaba, Salesópolis, Santa Branca e São Luiz do Paraitinga no Vale do Paraíba, Sudeste do estado de São Paulo, Sudeste do Brasil. Foram estudados 14 abrigos diurnos de D. rotundus, dos quais 12 eram construções abandonadas na área rural. Desmodus rotundus partilhou abrigos diurnos com apenas cinco espécies de filostomídeos: Diphylla ecaudata, Chrotopterus auritus, Carollia perspicillata, Glossophaga soricina e Anoura caudifer. O tempo de recolonização desses abrigos diurnos por D. rotundus foi em média 12,5 meses, com uma variação entre três e 25 meses. O tamanho dos agrupamentos variou de dois a 79 indivíduos, com uma média de 15,6 morcegos/grupo. Fêmeas foram encontradas em 15 agrupamentos, com uma média de 13 fêmeas e uma variação entre uma e 55 fêmeas/grupo. Por outro lado, machos estiveram mais presentes nos agrupamentos, ocorrendo em quase todos (N=21), com uma média de 7,1 machos/grupo e uma variação de um a 24 machos. Sete agrupamentos foram considerados de machos solteiros. Onze dos 22 agrupamentos eram constituídos de colônia e grupo de machos solteiros. O dimorfismo sexual no comprimento do antebraço de D. rotundus do Vale do Paraíba foi estatisticamente significativo e sugere que as fêmeas são maiores 13 do que os machos. Lesões corporais, atribuídas às mordeduras provocadas por outros morcegos, foram encontradas em 76,7 por cento dos indivíduos de D. rotundus, tanto em machos como em fêmeas. A região mais atingida foram as membranas alares, com 68 por cento , porém lesões nas orelhas, face e membros foram menos frequentes (23,1 por cento nas fêmeas e 26,9 por cento nos machos). Acredita-se que as lesões nessas regiões sejam mais importantes nos mecanismos de transmissão de raiva. Apesar de ter analisado 310 amostras de encéfalos de D. rotundus do Vale do Paraíba, o resultado foi negativo em todas as amostras. A sorologia mostrou que todos os morcegos apresentaram positividade em diferentes graus. Contudo, se considerarmos o ponto de corte 0,5 UI/ml, o número de indivíduos positivos caiu para 30,1 por cento (N=90), sendo 30,9 por cento nas fêmeas e 28,8 por cento em machos. Apesar de nenhum indivíduo de D. rotundus positivo para a raiva ter sido encontrado no Vale do Paraíba durante a presente tese, a sorologia positiva de, pelo menos, 30 por cento mostra que há vírus da raiva circulando em sua população. Essa alta circulação viral pode ter sido favorecida pelas interações agonísticas, que causam lesões em mais de 75 por cento dos morcegos, a formação compacta (em penca) dos agrupamentos, o grooming social, a reciprocidade e partilha alimentar

Ano

2015

Creators

João José de Freitas Ferrari

Morbidade hospitalar no Vale do Paraíba, 1975

Foi analisada a totalidade das saídas (105.116) de pacientes dos 31 hospitais de assistência hospitalar geral da 3a. Região Administrativa do Estado de São Paulo, no ano de 1975, segundo as variáveis: hospital, procedência, idade, sexo, condição de saída, fontes de financiamento e tempo de permanência, sempre relacionadas ao diagnóstico principal. As causas de internação mais freqUentes foram em primeiro lugar as relativas à gravidez, parto e puerpério (27,1 por cento ), seguidas pelas doenças do aparelho respiratório (11,4 por cento ), doenças do aparelho circulatório (8,9 por cento ) e doenças infecciosas e parasitárias (8,2 por cento ). A grande maioria dos atendimentos foi feita no próprio município de residência (83,8 por cento ); os porcentuais de residentes fora do município de atendimento mais significativos foram os referentes às neoplasias e doenças do sistema nervoso e órgãos dos sentidos. Não houve diferença no comportamento das internações quanto ao sexo, quando excluídas as doenças da gravidez, parto e puerpério, sendo que os maiores coeficientes de saídas foram dos grupos etários extremos: menores de 1 ano e maiores de 65 anos. Nos primeiros, o grupo de causas mais importante foi o das infecciosas e nos últimos, o das doenças circulatórias. O coeficiente de mortalidade hospitalar do Vale do Paraíba foi 2,8 por 100 saídas, variando bastante na dependência dos diagnósticos, das idades e fontes de financiamento. Estas se mostraram com distribuição diferenciada nas internações do Vale, mesmo quando analisadas\'por diagnósticos ou idade. O tempo médio de permanência se mostrou diferente nas internações pagas pelas várias fontes, assim como na dependência de cada hospital, de grupos etários (os extremos foram maiores), sexo e condição da saída. O fato de serem ou não os pacientes procedentes do próprio município de atendimento, não interferiu no resultado da duração média de permanência.

Ano

1982

Creators

Maria Lucia Lebrão

Aspectos epidemiológicos da encefalite por arbovirus na região do Vale do Ribeira, São Paulo, Brasil, no período de 1975 a 1978

Foi realizado um estudo epidemiológico da epidemia de encefalite por arbovírus na região do Vale do Ribeira, São Paulo, Brasil, durante o período de março de 1975 a julho de 1978. A epidemia, iniciada em 1975, atingiu o pico em 1976. A partir de 1978 a moléstia se manteve em níveis baixos sob presumível endemicidade. A letalidade nos anos epidêmicos de 1976 e 1977 variou em sentido inverso ao da morbidade, que apresentou picos nas épocas de maior temperatura e pluviosidade. Ao que parece, a epidemia teria se deslocado em onda em direção leste-oeste e leste-sudoeste tendo atingido a região litorânea vizinha. A cadeia montanhosa situada ao norte e noroeste teria atuado como barreira à propagação da moléstia. Considerou-se a hipótese que o agente etiológico, arbovírus Rocio, só recentemente deva ter começado a infectar a população humana, tendo sido veiculado ao homem a partir de reservatórios silvestres, aves e pequenos mamíferos, por culicídeos silvestres. Discutiram-se também prováveis formas de transmissão domiciliar da arbovirose ocorrida em número bem menor de casos. Verificou-se que os grupos populacionais que apresentaram as formas mais graves da doença foram os das idades extremas e os de piores condições de vida. Considerou-se que a perspectiva epidemiológica desta arbovirose é que ela persista na região, uma vez que existem condições ótimas para o desenvolvimento dO agente etiológico, de reservatórios e de vetores biológicos, além do contínuo afluxo de população suscetível, constituída por migrantes ou por turistas.

Ano

1979

Creators

Lygia Busch Iversson

Observações ecológicas sobre psychodopygus intermedius no Vale do Ribeira, estado de Sao Paulo, Brasil

As observações ecológicas sobre Psychodopygus intermedius desenvolvidas no Vale do Ribeira. Estado de São Paulo revelaram que este flebotomíneo teve dominância absoluta com nítida preferência por ecótopos artificiais. Nesse particular, o galinheiro experimental situado à margemoda mata apresentou sempre maior densidade, além de servir como abrigo a ambos os sexos. Por outro lado, a população mostrou ter comportamento eurítopo com densidades variáveis nos três ecótopos cuja pluviometria pareceu ter papel importante. Finalmente, se Ps. intermedius tem a capacidade de frequentar as habitações humanas e seus anexos, é lícito admitir sua tendência à domiciliação. Consequentemente, assume a condição de vetor principal da leishmaniose tegumentar no ambiente modificado neste Estado, onde se ressalta a existência de matas residuais encerrando focos ativos da doença.

Ano

1979

Creators

Almerio de Castro Gomes

Implicações epidemiológicas do tempo de sintomatologia na busca passiva de casos de tuberculose pulmonar

Este trabalho apresenta o resultado do estudo das causas que interferem na busca passiva de casos de tuberculose pulmonar na população. Entrevistaram-se 350 indivíduos, bacilíferos e não bacilíferos, que procuraram o Centro de Saúde de Pinheiros-SP, durante o ano de 1985. Foram estudadas as informações obtidas referentes ao tempo decorrido desde a percepção de alguma sintomatologia pela população de estudo até a sua chegada ao Centro de Saúde. Os resultados obtidos permitem supor que boa parte da responsabilidade pela demora no atendimento correto da população pode ser atribuída aos profissionais das instâncias anteriores à procura do Centro de Saúde. Outros fatores relacionados à àrea do comportamento humano e a aspectos sócio-econômicos foram identificados como causa provável de demora para a procura de assistência adequada à saúde. Concluiu-se que a população não conhece ou conhece pouco as características da função assistencial do centro de saúde, com exceção da gratuidade dos serviços oferecidos. Este conjunto de fatores resultou num tempo de sintomatologia que variou de menos de 3 semanas até mais de 24 meses, com maior concentração de casos no espaço de tempo compreendido entre 3 semanas ate 12 meses, significando maior risco de disseminação da infecção na comunidade.

Ano

1987

Creators

Alice Moreira Derntl

A classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde (CIF) em fisioterapia: uma revisão bibliográfica

Introdução: Verifica a utilização da CIF em Fisioterapia. Objetivo. Realizar uma revisão dos trabalhos publicados sobre as formas de uso da CIF em Fisioterapia. Método. Revisão sistemática de artigos publicados em revistas indexadas que tratam sobre o panorama atual da utilização da CIF na prática da Fisioterapia. Entre os artigos selecionados, a CIF é objeto de estudo e sua aplicabilidade em Fisioterapia é testada pelos pesquisadores. Resultados. 155 artigos foram levantados nas bases de dados pesquisadas. Destes, 13,5% preenchiam os critérios de inclusão. Dentre os excluídos, 80,6% eram artigos informativos sobre a CIF, 14,9% eram sobre aplicação em outras áreas e em 4,5%, a CIF não era objeto de estudo. 18 artigos foram selecionados, 1 estudo de corte seccional, 4 estudos de caso, 5 revisões bibliográficas e 8 consensos para criação de regras de relacionamento entre as medidas funcionais existentes e a CIF. Conclusões. A análise dos artigos permitiu mostrar a tendência de uso parcial da classificação. Apesar da dificuldade que os profissionais encontram em utilizá-la, a CIF é vista como uma saída para a resolução de um problema em Fisioterapia: a unificação da linguagem. A CIF, como classificação ou como modelo, tende a servir de base para a estruturação dos serviços de Fisioterapia tanto como guia para a prática do processo de reabilitação como para formação de um sistema de informação.

Ano

2008

Creators

Eduardo Santana de Araujo

Efetividade da vacina conjugada contra o meningococo C em menores de dois anos

Objetivo: Estimar o impacto da vacina conjugada contra o meningococo C (VCMC), na incidência e mortalidade, nas coortes de nascidos com e sem indicação de vacinação, no município de São Paulo (MSP); e estimar a efetividade direta da VCMC segundo esquema do Programa Nacional de Imunização. Métodos: O impacto foi avaliado por estudo descritivo, abrangendo casos de doença meningocócica (DM) notificados ao MSP, de 1998 a 2012. A definição de caso é a adotada pelo Ministério da Saúde. Descreveu-se o comportamento da DM no MSP para todo período e analisou-se a tendência da incidência e mortalidade da DM global e por faixa etária de 2008 a 2012, utilizando o modelo de Poisson. O impacto da VCMC foi analisado por meio das razões de taxas de incidência e mortalidade nos períodos anterior e posterior a introdução da VCMC. Estimou-se a fração prevenida na população (FPP) para mensurar o impacto, comparando-se taxas de incidência e mortalidade globais da DM, por faixa etária e sorogrupo C, de 2012 com as de 2009. Para estimativa da efetividade da VCMC utilizou-se estudo de caso-controle de base populacional, com quatro controles para cada caso, pareado pela área de residência dos casos. Casos e controles foram selecionados entre nascidos a partir de janeiro/2009. Casos eram aqueles com DM pelo sorogrupo C confirmado por cultura e/ou reação em cadeia de polimerase em tempo real, de 2011 a 2013, internados em hospitais do MSP, notificados à vigilância do município. Controles foram selecionados entre crianças residentes na vizinhança dos casos, sem história de DM. A efetividade da vacina foi estimada pela fórmula (1-odds ratio para vacinação). As odds ratios (OR) não ajustadas e ajustadas e respectivos intervalos de confiança (IC95 por cento ) foram estimados por regressão 11 logística condicional múltipla. A associação entre ser vacinado com VCMC e a variável dependente, DM pelo sorogrupo C, foi mensurada pela estimativa da OR após ajuste para potenciais confundidores. Resultados: O impacto da VCMC na incidência da DM por todos os sorogrupos, mensurado pela FPP foi de 62,7 por cento , 69,6 por cento e 61,4 por cento para, respectivamente menores um, um e dois anos; na DM pelo sorogrupo C de 81,6 por cento e 67,9 por cento para menores de dois anos e de dois a três anos. Houve impacto na taxa de mortalidade global da DM medido pela FPP de 86,2 por cento e 77,8 por cento respectivamente para menores de dois anos e de dois a três anos e na mortalidade da DM pelo sorogrupo C a FPP foi de 84,2 por cento para menores de quatro anos. A efetividade da VCMC foi de 97,7 por cento (IC95 por cento :99,6 por cento -89,6 por cento ) ajustada para idade, número de pessoas no quarto da criança e renda familiar. Conclusões: A estratégia brasileira com a VCMC resultou em elevado impacto nas coortes de nascidos com indicação de vacinação, mais acentuado nas taxas de mortalidade, sugerindo que a vacina confere não só proteção para a doença, mas também para formas mais graves. A VCMC foi altamente efetiva na faixa etária alvo.

Ano

2014

Creators

Mônica Tilli Reis Pessôa Conde

Estudo epidemiológico da brucelose canina

O presente trabalho foi realizado visando o estudo da prevalência da infecção por Brucella canis em cães, através da pesquisa de anticorpos específicos, em dois grupos distintos de animais (de canil e errantes). Para tanto, foram utilizadas as provas ·de soroaglutinação rápida (SAR) e soroaglutinação lenta (SAL). Nos animais soropositivos procurou-se, através de hemocultura, isolar o agente etiológico. Com o intuito de estudar a imunoresposta humoral e o período de bacteremia determinados por esse agente infeccioso, oito cães foram inoculados, por via oral, com uma amostra autóctone de Brucella canis (ES 11/78). Finalmente, para avaliar o risco da infecção humana por Brucella canis, examinaram-se trezentos e trinta soros humanos através da prova de SAL. A prevalência da infecção nos animais de canil, segundo a prova de SAR, foi de 9,1%, enquanto que se obteve 2,4% reagentes pela prova de SAL. Em relação aos animais errantes, observou-se 7,5% de reagentes pela prova de SAR e 7,0% pela prova de SAL. De seis animais reagentes examinados foram isoladas três amostras de Brucella canis: a amostra ES 11/78, de um animal de canil, e as amostras 215/79 e Pr/79, de cães errantes.·As referidas amostras foram identificadas através das características morfológicas, tintoriais e bioquímicas e, sorologicamente, utilizando antígenos produzidos com as mesmas. Os animais inoculados experimentalmente, apresentaram aglutininas. anti Brucella canis detectáveis, pela primeira vez, entre o 159 e 359 dias após a inoculação, segundo a prova de SAL, enquanto que a hemocultura foi positiva, pela primeira vez, 21 a 49 dias após a exposição dos cães ao agente infectante. A prevalência da infecção humana por Brucella canis foi de 1,21%.

Ano

1979

Creators

Maria Helena Matiko Akao Larsson

Aspectos epidemiológicos dos acidentes de motocicleta no município de São Paulo

Estudo descritivo, feito por meio de dados oficiais, dos acidentes de motocicleta com vítimas (3 390) ocorridos no Município de São Paulo, em 1982, e que tiveram como conseqüência 4 480 vítimas, das quais, 166 faleceram dentro do período de até 180 dias após o evento. Esses acidentes foram mais frequentes e mais graves do que aqueles relativos aos demais veículos a motor. Suas vítimas se caracterizaram como predominantemente do sexo masculino, das faixas etárias de 15 a 24 anos e de 25 a 34 anos e cerca de dois terços da população estudada foi de motociclistas. Em relação ao momento do acidente, constatou-se um pico nos fins de semana e uma distribuição mais ou menos uniforme em relação aos meses e períodos do dia. O coeficiente de mortalidade foi de aproximadamente 2/100 000 habitantes e a relação coeficiente masculino/feminino foi de 6:1. Na natureza das lesões verificou-se que os diagnósticos mais freqUentes foram as fraturas de crânio, os traumatismos internos de tórax e de abdome e as fraturas dos membros inferiores. A maioria dos óbitos ocorreu no hospital (57,23 por cento ) e aqueles no momento do acidente e nas primeiras vinte e quatro horas perfizeram 62,35 por cento do total. A morte ocorreu mais precocemente entre os motociclistas e passageiros do que entre os pedestres. Espera-se que este estudo possa contribuir para o conhecimento epidemiológico dos acidentes de moto e servir corno subsídio para os programas de prevençao desses acidentes, na área da saúde.

Ano

1984

Creators

Maria Sumie Koizumi

Epidemiologia das leishmanioses no sul do Estado de Minas Gerais, Brasil: aspectos referentes à transmissäo vetorial (Diptera, Psychodidae, Phlebotominae)

O conhecimento da fauna flebotomínica é um importância fundamental para a compreensão da epidemiologia das Leishmanioses, pois, entre os fatores determinantes dessas zoonoses, encontra-se a interação deste grupo com os seus agentes etiológicos, com o ambiente e com os reservatórios silvestres e domésticos. Com o objetivo de se identificar a fauna destes dípteros hematófagos no sul do Estado de Minas Gerais, selecionou-se quatro municípios (Caldas, Conceição da Aparecida, Jacutinga e Machado) com incidência conhecida e posicionados em diferentes pontos em relação à Serra da Mantiqueira. Nestes foram realizadas as pesquisas entomológicas, que objetivaram, dentre outros, determinar a presença das espécies, frente aos casos humanos das enfermidades, com exceção do município de Caldas, onde não foi notificado nenhum caso de Leishmaniose, até a presente data. Outros objetivos foram relacionados ao estudo da ecologia das populações flebotomínicas amestradas e tentativa de relacionar aspectos comportamentais da mesma com os fatores climáticos e áreas de ocorrência da leishmaniose tegumentar. A pesquisa foi realizada em 18 meses, com capturas mensais nos quatro municípios, em ambiente domiciliar e extradomiciliar com armadilhas automáticas luminosas tipo CDC e a armadilha de Shannon. Como resultado foi capturado um total de 1.949 flebotomíneos, distribuídos em vinte espécies sendo elas: Nyssomyia whitmani; Nyssomyia intermedia; Nyssomyia neivai; Pintomyia monticola; Pintomyia fischeri; Pintomyia bianchigalatiae; Pintomyia misionensis; Psathyromyia brasiliensis; Psathyromyia aragaoi; Migonemyia migonei; Evandromyia lenti; Evandromyia sallesi; Evandromyia termitophila; Psychodopygus lloydi; Psychodopygus davisi; Lutzomyia longipalpis; Brumptomyia brumpti; Brumptomyia cardosoi; Brumptomyia nitzulescui; e Brumptomyia sp. Além das pesquisas entomológicas foi realizada uma análise do Coeficiente de Incidência Acumulada de 128 municípios pertencentes aos Regionais de Saúde, componentes da região Sul do Estado de Minas Gerais. Dentre as espécies capturadas destaca-se a presença, pela primeira vez na região, da Lutzomyia longipalpis. Outro fato é o encontro em simpatria, das espécies Ny. intermedia e Ny. neivai. Os resultados das capturas em Caldas foram negativos, corroborando com a inexistência de casos de leishmanioses neste município. Possivelmente, a ausência de flebotomíneos em Caldas esteja relacionada ao solo vulcânico da área onde se insere o município, levando a interferências no desenvolvimento das formas imaturas. Por fim, este estudo possibilitou a caracterização da distribuição das espécies e de vários outros aspectos ecológicos da fauna na região, bem como de seus possíveis papéis como vetores no sul de Minas, frente aos Coeficientes de Incidência obtidos.

Ano

2003

Creators

Carlos Frederico Loiola

Estudo da infecção da leptospirose humana em coabitantes de casos ocorridos no Vale do Rio Aricanduva, município de São Paulo, 1983

Realizamos uma investigação epidemiológica em uma zona que fora inundada pela rio Aricanduva e seus afluentes, a leste do município de São Paulo, em 61 coabitantes de casos confirmados laboratorialmente de leptospirose humana ocorridos em 1983, residentes nessa área, com o objetivo de conhecer o nível de infecção por leptospiras nesse grupo de pessoas. Para pesquisa de anticorpos anti-leptospiras realizamos o teste de soroaglutinação microscópica nas 61 amostras de soro colhidas, tendo sido considerado soro reagente aquele que apresentou um título mínimo igual ou superior a 1:100. Para diferenciarmos se a infecção encontrada era recente ou passada, além de outros dados epidemiológicos investigamos a presença de anticorpos da classe IgM nesses soros por meio da prova de hemaglutinação passiva, considerando significante o título igual ou maior que 1:128. Os resultados nos mostraram que 18 pessoas, ou seja 29,6 por cento dos coabitantes eram de prendas domésticas, enquanto que 18,2 por cento eram menores e 6,6 por cento eram aposentados; 6,6 por cento eram operários não qualificados, ficando outras ocupações com 3,3 por cento ou 1,6 por cento . Em relação ao meio ambiente, as unidades residenciais investigadas eram diferentes daquelas descritas na literatura no tocante a casos de leptospirose humana. Estas apresentavam codições de urbanismo, ou seja, eram servidas por transporte coletivo nas proximidades em 95,8 por cento , tinham iluminação pública em 79,2 por cento , apresentavam ruas pavimentadas em 75 por cento , além de serem servidas por rede de esgoto em 70,8 por cento e por rede pública de abastecimento de água em 100. por cento . Quanto ao tipo de construção, 100 por cento era de alvenaria. Em relação a fatores que poderiam favorecer a infecção humana por leptospiras verificamos que quase 90 por cento das unidades residenciais estudadas tinham terrenos baldios a menos de 100 m de distincia, 58,4 por cento apresentavam ratos ou nas próprias dependências ou nas suas proximidades e 79,1 por cento das casas estavam localizadas até 200 m de correntes fluviais. Dos 61 coabitantes estudados, 42 (67,8 por cento ) tiveram um ou mais contato com enchentes, a maioria das quais ocorreram nos meses de janeiro e fevereiro de 1983, época aproximada em que 127 (63,5 por cento ) dos 200 doentes desse ano também o fizeram. Quanto ao nível de infecção, encontramos 6(9,8 por cento ) amostras de soro, reagentes para os sorotipos panama (2), copenhageni (1), javanica (2) e patoc (1). Todos esses dados sugeriram influência do binômio enchente-população murina sobre esse nível de infecção. As 61 amostras de soro examinadas foram negativas para pesquisa de IgM fazendo-nos considerar os soros reagentes como relativos a uma infecção passada, presumivelmente relacionados à época de infecção do caso.

Ano

1986

Creators

Doralice de Souza