Repositório RCAAP

Análise da lei de Verdoorn nas regiões e sectores portugueses

Com este trabalho pretende-se estimar a Lei de Verdoorn (com diversas especificações alternativas), para cada um dos sectores económicos das cinco regiões (NUTs II) de Portugal Continental, para o total da economia regional e para cada uma das referidas regiões, no período 1995 a 1999. Por outro lado, verificar de que forma novas variáveis adicionadas (fluxos de mercadorias, capital e concentração) influenciam os resultados obtidos. Tenciona-se, assim, analisar a existência de economias à escala crescentes que caracterizam os fenómenos de polarização com causas circulares e cumulativas e podem explicar os processos de divergência regional. Visa-se, ainda, analisar de que forma as novas variáveis consideradas influenciam as conclusões sobre a existência de economias à escala crescentes e indagar sobre a complementaridade entre os modelos da polarização, associados à teoria Keynesiana, e os modelos da aglomeração, associados à Nova Geografia Económica (daí terem-se considerado os fluxos de mercadorias e a variável concentração). Isto porque tanto os processos de polarização como os da aglomeração se baseiam em fenómenos circulares e cumulativos, embora a fundamentação teórica seja diferente, ou seja, macro-económica nos desenvolvimentos Keynesianos associados à Lei de Verdoorn e microeconómica na Nova Geografia Económica. Os dados utilizados foram obtidos nas Contas Regionais (2003) do Instituto Nacional de Estatística.

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2022-11-18T13:11:37Z

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Martinho, Vítor João Pereira

Combustível "hidrogénio"

A partir da primeira crise petrolífera, na década de 70, passou-se a considerar o hidrogénio como uma possível fonte de energia, através da conversão electroquímica, usando células de combustível, que até então tinham como grande aplicação prática a utilização em missões espaciais. O hidrogénio pode ser considerado como uma fonte de energia intermédia, sendo necessário produzi-lo, transportá-lo e armazená-lo antes de o usar. É ainda preciso encontrar soluções tecnologicamente eficientes, económicas e seguras para o seu manuseamento. O hidrogénio é um combustível leve, mas com baixa densidade de massa por m3. No entanto, sendo o combustível de utilização mais eficiente, na prática, a relação de volume entre o hidrogénio e os combustíveis convencionais não lhe é assim tão desfavorável.

Ano

2022-11-18T13:11:37Z

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Santos, Fernando Miguel Soares Mamede dos Santos, Fernando António Castilho Mamede dos

As actividades de expressão e educação físico-motora no desenvolvimento da personalidade

O contributo orientado no complexo processo de desenvolvimento da personalidade de crianças e jovens terá sido, desde sempre, uma das maiores preocupações da instituição Escola.  De entre as variadíssimas actividades desenvolvidas em contexto escolar destacamos as actividades corporais, em especial as que se apresentam sob a forma de jogo. Fundamentalmente, porque são alvo de forte adesão por parte das crianças devido à motivação que geralmente consigo transportam. E precisamente por serem aliciantes para os alunos, as actividades corporais devem ser, e são-no efectivamente, um veículo privilegiado neste processo de desenvolvimento da personalidade.

Ano

2022-11-18T13:11:37Z

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Esteves, João Luís Garcês

Direitos e valores fundamentais no início da vida humana

Com o aumento dos conhecimentos sobre a vida intra-uterina, ao permitir visualizar, avaliar e intervir durante esse tempo da vida humana, hoje é possível uma melhor protecção dos direitos humanos desde o seu início. Reconhecem-se hoje os direitos da criança desde o período germinal, período embrionário e fetal. Vivemos também um período de crescimento de toda uma cultura que valoriza a relação mãe/filho desde o início da gestação.  Aparentemente, os resultados do progresso dos conhecimentos e da tecnologia seriam para defender a vida humana de agressões lesivas da sua própria humanidade. Porém, na realidade, o conhecimento antecipado de que ele sofre de doenças graves ou que corre riscos de nascer prematuro permitirá algumas vezes a sua cura ou encaminhamento da mãe para centros diferenciados, mas noutros casos permitirá reconhecer a sua inviabilidade ou que possui uma deficiência definitiva e irremediável que poderá provocar sentimentos de ambivalência nos pais sendo angustiante a decisão de abortar ou não. Entendemos que os pais, por vezes, enfrentam dilemas éticos de difícil resolução e que no uso da sua autonomia e após ter sido fornecido o consentimento informado, é a eles que cabe a decisão dos caminhos a traçar.   Neste sentido, pretendemos sensibilizar os profissionais de saúde para o respeito da autonomia e dignidade dos pais, mas ao mesmo tempo motivar para a defesa e salvaguarda dos Direitos e valores subjacentes à vida humana seja do embrião, feto, recém-nascido – CRIANÇA.

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2022-11-18T13:11:37Z

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Silva, Ernestina Maria Veríssimo Batoca Silva, Daniel Marques da

Homem, a ciência e a bioética

O Homem actual continua com a (e pela) ciência, a gozar das inovações que quase diariamente ela lhe proporciona, a acreditar no seu potencial benéfico, a investir no seu fomento, a aceitá-la como indiscutível e dogmático factor do seu próprio desenvolvimento. Mas o uso de algumas descobertas científicas, vieram demonstrar que a ciência nem sempre se faz a favor, mas algumas vezes contra o Homem.  A ficção tornou-se realidade e ao Homem parece nada ser impossível. Os únicos limites apontados à ciência são os que ela própria encerra, decorrentes de conhecimentos ainda não plenamente desenvolvidos e capacidades ainda não totalmente dominadas. Mas estes limites intrínsecos à ciência afinal são sempre provisórios e ultrapassáveis.  É neste progresso desenfreado que urge dominar, orientar o seu desenvolvimento, o que exige o estabelecimento prioritário de limites nas área de investigação a empreender. O problema do aparente irreprimível progresso científicotecnológico vem a ser travado pela bioética, entendida então primariamente como um meio de imposição de limites à ciência, através da criação de orientações diversas de pensamento e de acção que determinam modos de pensar e agir, de interpretar e de intervir, às vezes bem distintos entre si, e de normas que regulamentam algumas intervenções.  O problema que se evidencia então como prioritário é o de defender a dignidade do Homem, de preservar a sua identidade face ao perigo eminente da sua artificialização. Exige-se assim uma reflexão sobre a especificidade do ser Homem que venha a possibilitar, com uma legitimidade acrescida fundada na identidade do Homem, o estabelecimento de parâmetros para a intervenção científico-tecnológica. Esta só se justificará na medida em que promova as condições de realização do Homem, que contribua para a perfectibilidade do seu modo de ser e de existir. 

Ano

2022-11-18T13:11:37Z

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Nogueira, João Rui Duarte Farias Loureiro, Rui Pedro Cardoso Silva, Ernestina Maria Veríssimo Batoca

A experiência de ser cuidada na sala de partos

Quando a consequência dominante é a mudança rápida, torna-se imperativo a clarificação do cuidar, actividade tão central e sensível a todo o ser humano, despertando no homem um saber que lhe permita dirigir o processo de mudança, para não ser destruído por ele (Mayeroff, 1971).“Hoje caminha-se para novo paradigma a que Boaventura Sousa Santos chama o paradigma emergente e acredita-se que todo o conhecimento científico é natural e social, é auto-conhecimento íntimo e compreensivo, total e local, que visa construir-se em senso comum” (Freitas, 1995:4).  Benner e Wrubel (1989) defendem que o cuidar é fundamental como factor de crescimento humano. Por um lado, para a pessoa que se sente frágil, os gestos de reconhecimento do seu valor humano, o respeito, a delicadeza, a ajuda, o interesse comunicam-lhe energia para continuar a viver e a ultrapassar os obstáculos da vida; por outro lado a pessoa que cuida tem acesso e interpreta os significados e preocupações do outro sem ter tido a sua experiência, sendo necessário que quem cuida se envolva e esteja em sintonia com quem é cuidado, assumindo, a comunicação, um papel importante na interacção. “Dar à luz” é sem dúvida uma nova etapa na vida de cada mulher. A situação implica um certo estado de dependência parcial, facto que associado a cada vivência, constitui um dos principais motivos que transforma a experiência do parto, de algumas mulheres, em experiências negativas e traumatizantes.

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2022-11-18T13:11:37Z

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Coutinho, Emília Carvalho

A visão da mulher na antropologia: mitos da criação e crenças em relação à gravidez

Muitos são os mitos que fazem parte das nossas vidas, da nossa forma de estar,  e pensar e de agir, e, nos influenciam de forma mais ou menos marcada, dependendo do modo como são assumidos e interiorizados na cultura de onde provêm os nossos valores e referencias, pois eles fazem parte integrante desse padrão cultural.  Para Mircea Eliade “ o mito conta uma história sagrada; relata um acontecimento que teve lugar num tempo primordial, o tempo fabuloso dos começos. (…), conta como graças aos feitos dos seres sobrenaturais, uma realidade veio à existência (…). O mito é então um elemento essencial da civilização humana; longe de ser apenas uma vã fabulação, é pelo contrário uma realidade viva, à qual não cessamos de recorrer, não uma teoria abstracta ou um desenrolar de imagens, mas uma verdadeira codificação da religião primitiva e da sabedoria prática.  Também a criação do homem, emerge de histórias mitológicas diversas relatadas e mantidas ao longo dos séculos em escritos longos, que ainda hoje prevalecem e sobressaem. Pretendemos ao longo deste trabalho fazer algumas abordagens dos mitos da criação do homem, relacionando-os com a ideologia ainda actual, que a mulher é um ser submisso ou inferior ao homem, e relacionar o facto com o/os mitos que sustentam esta forma de olhar a mulher. Os mitos e crenças relacionadas com a gravidez são também alvo de uma abordagem breve neste trabalho.

Ano

2022-11-18T13:11:37Z

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Monteiro, Aldora Ribeiro, António Pedro Costa, Emília Tavares, Idalina Cruz, Isabel

Cuidar em parceria: subsídio para a vinculação pais/bebé pré-termo

Casey em 1988 criou o seu modelo de parceria nos cuidados, para utilização no âmbito da prestação de cuidados pediátricos.  Defende que "para preservar o crescimento e desenvolvimento da criança, os cuidados a esta devem ser em forma de protecção, estímulo e amor" assim sendo ninguém melhor que os pais para os prestar.  Na presença de um bebé pré-termo, torna-se obrigatório permitir que se desenvolvam mecanismos capazes de estabelecerem a interacção mãe/filho precocemente, dado o risco que as situações de crise habitualmente acarretam.  A análise do modelo de Casey leva-nos a acreditar que, ao ser aplicado numa unidade de cuidados neonatais, ele irá dar o seu contributo para que a vinculação mãe/filho seja estabelecida e/ou mantida, permitindo de forma flexível, manter ou desenvolver a força dos papéis e laços familiares, promovendo a normalidade da sua unidade. Este modelo permite um crescimento físico, emocional e social da família. Nele os pais não são visitantes nem técnicos, são parceiros no cuidar. 

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2022-11-18T13:11:37Z

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Ferreira, Manuela Maria da Conceição Costa, Maria da Graça Ferreira Aparício da

Baixo peso ao nascimento e hipertensão arterial na infância: estudo epidemiológico de base comunitária

Introdução: Alguns estudos associam o peso ao nascimento com a ocorrência de doenças na vida adulta, designadamente a hipertensão arterial. Contudo, o mecanismo patológico subjacente ao aparecimento dessa doença não se encontra totalmente esclarecido. O objectivo deste estudo visa quantificar a associação entre o peso ao nascimento e a tensão arterial sistólica na infância. Participantes e métodos: Avaliámos uma amostra aleatória 1788 crianças com idades compreendidas entre os seis e os nove anos de idade, matriculados em 14 escolas do primeiro ciclo do ensino básico da cidade do Porto. Um questionário auto-aplicado foi enviado aos pais ou encarregados de educação,  que o devolveram à escola juntamente com o boletim de saúde infantil. O peso ao nascimento e o tempo de gestação, foram avaliados através da consulta desse boletim. Na escola, a tensão arterial sistólica foi avaliada três vezes consecutivas com recurso a um aparelho digital (Omnromâ), com a criança na posição de sentado, e posteriormente calculada a respectiva média. Considerámos o percentil 90 como ponto de corte para classificar hipertensão. O estatuto sócio-económico foi avaliado a partir da profissão paterna, agrupada em classes de acordo com o Guia Nacional de Profissões. Resultados: Após ajuste por regressão logística não condicional, os valores mais altos de tensão arterial sistólica (superior ou igual ao percentil 90) associaram-se significativamente com o sexo masculino OR=1,4 (IC95% 1,1-1,8), a idade (sete anos OR=1,3 IC95% 1,0-1,8; oito anos OR=1,9 IC95% 1,4-2,5 e nove anos OR=3,6 IC95% 2,8-4,8), o peso ao nascimento menor que 2500g OR=1,7 (IC95% 1,0-3,2) e o consumo de tabaco pela mãe durante a gravidez OR=1,4 (IC95% 1,0-2,0). Conclusões: Este estudo mostra que as crianças nascidas com baixo peso, apresentam valores mais altos de tensão arterial sistólica. Assume consistência a hipótese proposta por Barker que associa o baixo peso ao nascimento com a ocorrência de hipertensão arterial na vida adulta.

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2022-11-18T13:11:37Z

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Pereira, Carlos Manuel de Figueiredo

A família com filhos com necessidades educativas especiais

A família tem sido conotada com uma multiplicidade de imagens que torna a definição do conceito imprecisa no tempo e no espaço. A par da família-abrigo, lugar de intimidade, afectividade, autenticidade, privacidade e solidariedade, surgem imagens da família como espaço de opressão, egoísmo, obrigação e violência. Esta multiplicidade de conotações é o resultado da combinação e dos equilíbrios de diferentes factores: sócio-ideológicos, como o tipo de casamento, o divórcio, a residência, a herança, a autoridade, a transmissão de saber; económicos, como a divisão do trabalho, dos meios de produção, o tipo de património; políticos, como o poder, as hierarquias, as facções; biológicos, como a saúde e a fertilidade; ambientais, como os recursos e as calamidades (Slepoj, 2000). A família, espaço educativo por excelência, é vulgarmente considerada o núcleo central de individualização e socialização, no qual se vive uma circularidade permanente de emoções e afectos positivos e negativos entre todos os seus elementos. Lugar em que várias pessoas (com relação de parentesco, afinidade, afectividade, coabitação ou unicidade de orçamento) se encontram e convivem. A família é também um lugar de grande afecto, genuinidade, confidencialidade e solidariedade, portanto, um espaço privilegiado de construção social da realidade em que, através das interacções entre os seus membros, os factos do quotidiano individual recebem o seu significado e os "ligam" pelo sentimento de pertença àquela e não a outra família. 

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2022-11-18T13:11:37Z

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Costa, Maria Isabel Bica de Carvalho

Ensino clínico na formação em enfermagem

No currículo dos cursos superiores de enfermagem existem estágios – ensinos clínicos – que se realizam em instituições de saúde ou na comunidade, em diferentes contextos da actividade profissional do enfermeiro. Este ensino clínico, vulgarmente designado por estágio, é, na perspectiva de Martin (1991:162), “um tempo de trabalho, de observação, de aprendizagem e de avaliação, em que se promove o encontro entre o professor e o aluno num contexto de trabalho”. Para Vasconcelos (1992:28) “os estágios destinam-se a complementar a formação teórico-prática, nas condições concretas do posto de trabalho de uma organização que se compromete a facultar a informação em condições para isso necessárias”.  Revestem-se de grande importância os ensinos clínicos de enfermagem e as Escolas Superiores de Enfermagem, com as instituições prestadoras de cuidados de saúde, têm grande responsabilidade em facilitar aos estudantes o desenvolvimento de capacidades para a prática de enfermagem, pois o ensino clínico “permite a consciencialização gradual dos diferentes papéis que o enfermeiro é chamado a desenvolver e das competências requeridas para o seu desempenho” (Matos, 1997:9).  É integrados na equipa de enfermagem que os alunos estabelecem relações mais equitativas e próximas entre os enfermeiros do exercício, aprendendo com eles a “enfermagem prática” e a facilitar a inserção futura no mundo do trabalho através das regras de funcionamento da organização. A par desta dimensão de socialização há outras competências adquiridas em contexto de trabalho: o trabalho em equipa, a organização individual do trabalho, as relações interpessoais, a partilha de responsabilidades, aprender a aprender com as novas situações, a comunicação e a decisão individual ou em grupo perante situações novas. Só com plena interacção entre o indivíduo, a formação e o contexto de trabalho os processos formativos desenvolvem capacidades de resolução de problemas e de pensamento criativo.

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2022-11-18T13:11:37Z

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Silva, Daniel Marques da Silva, Ernestina Maria Veríssimo Batoca

Vivências … reflexão em ensino clínico

CUIDAR ... esta arte que precede todas as outras, sem a qual não seria possível existir, está na origem de todos os conhecimentos e na matriz de todas as culturas; inserida na textura da vida quotidiana, esta arte permanece ainda tão irreconhecível que a variedade dos seus efeitos se mantém insuspeita.  Como falar dos cuidados? Mais difícil ainda; como ensinar os cuidados a quem quer ser um profissional da prática dos cuidados? Uma vez que existirá sempre esta distância imensa entre a ressonância e a razão que eles suscitam …

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2022-11-18T13:11:37Z

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Rocha, Amarílis Pereira

Formar melhor para um melhor cuidar

A formação surge como uma ajuda ao desenvolvimento humano, adoptando uma posição abrangente que inclui o aluno e o próprio professor (Kohlberg e Mayer, 1972), em que o resultado obtido é menos importante do que a disponibilidade gerada durante o percurso, para que o aluno possa continuar a evoluir ao longo da vida. Esta perspectiva desenvolvimentalista, antecipava já, a tendência actual que defende que a educação deve constituir para cada indivíduo uma forma de promover o máximo desenvolvimento das suas potencialidades, através de experiências de aprendizagem de complexidade crescente. A formação não é apenas uma instância de mediação das relações formador/formando ou equipa de formadores/grupo de formandos, mas uma instância de auto-mediação do formando com o seu mundo subjectivo, mediador do grupo de formação com as suas subjectividades, mediador do grupo com um projecto de acção através do qual ele se exterioriza (Correia, 1997: 25). A qualidade do desenvolvimento e das aprendizagens do ser humano e de toda a acção pedagógica e educativa passa de uma maneira determinante pela qualidade das relações pessoais e interpessoais estabelecidas no processo de ensino/aprendizagem (Tavares, 1996). O mesmo autor (p: 83) refere que o “educador antes de mais tem de ser uma pessoa que se dirige a outra pessoa e a ajuda a dar à luz - mais e melhor que a parteira – a sua própria identidade pessoal, como ser inteligente e livre, autor e actor do seu próprio destino de uma maneira autónoma e responsável”.  

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2022-11-18T13:11:37Z

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Ferreira, Manuela Maria da Conceição

Cooperação/intercâmbio de experiências educativas

O termo e conceito cooperação tem vindo a ocupar cada vez mais e com maior ênfase os espaços noticiosos e de debate, sustentando a rede de projectos que se sucedem um pouco por todo o planeta, com fim à construção de uma “casa comum” onde, como nas grandes famílias, as aprendizagens matriciais passam pelo “aprender a viver juntos”, “aprender a aprender juntos” e “aprender a crescer juntos”, princípios de globalização planetária.

Ano

2022-11-18T13:11:37Z

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Ferreira, Carlos Manuel Santos

Ser aluno: porque e para que se aprende?

Numerosos são os estudos, desenvolvidos especificamente no âmbito da educação, que tentam demonstrar os diferentes aspectos implicados na aquisição de saberes; acção essa a que se dá o nome de aprendizagem. O acto de aprender deve ser entendido como uma acção dinâmica. Quando um sujeito aprende, adquire e produz conhecimento mais ou menos inovador. Se partimos do sentido etimológico, a palavra educativo significa “conduzir a partir de”(Atwater & Riley (1993:662); verificamos assim a interacção com o contexto do meio envolvente. Aprender é uma construção que envolve toda a actividade do ser humano: biológica, psicológica, social e cultural, nos seus múltiplos aspectos.

Ano

2022-11-18T13:11:37Z

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Albuquerque, Carlos Manuel de Sousa Costa, José António Pereira da Almeida, Vera Lúcia Fernandes

A doença mental e a cura: um olhar antropológico

A saúde, a doença e os processos de cura são construções sociais, resultantes de um processo complexo que integra factores biológicos, socio-económicos, culturais, psicossociais e religiosos, que permeiam o contexto da história de vida das pessoas e exercem marcada influência nas suas atitudes face à doença e aos processos de cura.  Apesar da Antropologia médica ser uma área bastante incipiente em Portugal, os conhecimentos actuais neste domínio sugerem que, apesar dos reconhecidos progressos da medicina oficial, a atribuição conferida pelos utentes aos seus “males” continua embebida em velhos sistemas de crenças populares. Nas páginas que se seguem, faz-se referência a alguns aspectos socioantropológicos que valorizaram a contribuição das ciências sociais e humanas para a compreensão da saúde, da doença, dos processos de procura de saúde, das terapêuticas e dos terapeutas.

Ano

2022-11-18T13:11:37Z

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Matos, Amadeu Matos

Alcoolismo juvenil

Actualmente, o abuso do álcool tem alcançado proporções massivas, tanto em países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento, e está associado a uma série de consequências adversas, das quais o alcoolismo é apenas uma pequena parte, ainda que seja a de maior relevância do ponto de vista clínico. O problema do alcoolismo transformou-se sem dúvida, num dos fenómenos sociais mais generalizados das últimas décadas. Não há dúvida que “sans alcool, pas d’alcoolismo” (LEGRDIN cit in MELLO et al, 1988, p. 16), sendo portanto o tóxico “etanol” o agente da doença alcoólica.  Todavia não podemos ignorar que existem factores individuais relacionados com o meio, que condicionam o consumo excessivo de álcool, levando ou não, à dependência, ao fim de algum tempo. Surge assim uma tríade Agente/Indivíduo/Meio que está na origem de todo este fenómeno de alcoolismo. CORREIA (2002) afirma que as bebidas destiladas ganham cada vez mais adeptos na camada jovem. Para compreender e reflectir acerca desta problemática, encontramo-nos motivados a partilhar algumas preocupações e tentar ser agentes de mudanças de comportamentos dos nossos jovens.

Ano

2022-11-18T13:11:37Z

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Cabral, Lídia do Rosário

Acção da personalidade na saúde: contributos para a qualidade de vida

A incidência das doenças coronárias1 tem aumentado progressivamente nas últimas décadas, nomeadamente nos países ocidentais, bem como as suas nefastas consequências em termos de morbilidade e mortalidade. Este aumento deve-se em grande parte ao facto dos indivíduos aderirem ao que se descreve como uma vida melhor. As pessoas tornam-se obesas e sedentárias, o avanço tecnico-científico submete-as ao stress e à urgência continuada. Em consonância com este facto, Mota Cardoso (1998) refere que talvez “não seja por acaso que, no início deste século de cidade global e de triunfo das luzes, as doenças cardiovasculares sejam a maior causa de mortalidade dos que tiveram acesso aos seus benefícios”.  Assim sendo, as lesões coronárias representam o maior problema de Saúde Pública dos países industrializados. Por outro lado, estas revestem-se de uma importância particular pela perda que representa em anos de vida activa para o indivíduo, família, colectividade e economia. Neste artigo teceremos algumas considerações sobre a influência que a personalidade pode ter no aparecimento das doenças cardiovasculares. Assim, começaremos pela definição de personalidade, sua importância e o papel que a personalidade desempenha no comportamento do indivíduo, tendo em conta a interacção dos diferentes factores. Concluiremos esta análise, destacando alguns estudos efectuados nesta área.

Ano

2022-11-18T13:11:37Z

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Martins, Maria da Conceição Almeida

Acção da personalidade na saúde: contributos para a qualidade de vida

Eysenk (1950) desenvolveu um modelo estrutural da personalidade, com base em procedimentos estatísticos e no conceito de traço, segundo o qual a pessoa pode ser classificada de acordo com as duas dimensões seguintes: a dimensão neuroticismo/estabilidade e a dimensão extroversão/introversão. Estas dimensões são vulgarmente referidas pelas suas primeiras designações: neuroticismo e extroversão, respectivamente. O autor definiu também os termos “Tipo” e “traço” como: ”Tipo é um grupo de traços correlacionados e Traço é um grupo de actos correlacionados do comportamento ou tendência para a acção”. A partir destes aspectos, Eysenk definiu personalidade como “ a organização mais ou menos estável e persistente do carácter, temperamento, intelecto e físico do indivíduo, que permite o seu ajustamento único ao ambiente que o rodeia” (Eysenk, 1970).

Ano

2022-11-18T13:11:37Z

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Martins, Maria da Conceição Almeida

Escolas superiores de enfermagem: que contributos face ao desafio do envelhecimento?

Numa breve leitura dos documentos que integram a moldura legislativa das instituições do ensino superior, podemos constatar que as escolas superiores são conceptualizadas como “centros de formação cultural e técnica de nível superior às quais cabe ministrar a preparação para o exercício de actividades profissionais altamente qualificadas e promover o desenvolvimento das regiões em que se inserem” (Art.º 2º da Lei 54/90 de 5 de Setembro) Esta função é especificamente reforçada pelo D. Lei n.º 480/88, de 23 de Dezembro, quando nas várias competências atribuídas às escolas de enfermagem enfatiza o desenvolver a investigação científica e técnica do seu âmbito, bem como a obrigatoriedade de colaborar no desenvolvimento sanitário das regiões onde estão inseridas.” A própria Lei de Bases do sistema educativo, que também se aplica ao ensino de Enfermagem, destaca nos diferentes objectivos a necessidade de “formar diplomados para a participação no desenvolvimento da sociedade portuguesa e na sua formação contínua e estimular o conhecimento dos problemas do mundo de hoje em particular os nacionais e regionais, prestar serviços à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade.”

Ano

2022-11-18T13:11:37Z

Creators

Martins, Rosa Maria Lopes