Repositório RCAAP
Identidade racial a partir do censo escolar
Na classificação racial brasileira, o quesito cor/raça é tema de investigação que tem ganhado maior visibilidade pública nos últimos anos graças à mobilização dos movimentos sociais por ações afirmativas para a população negra, nos mais diversos segmentos sociais, especialmente na educação. Ações afirmativas são adotadas para minimizar as disparidades e desigualdades sociais entre os diferentes grupos étnico-raciais brasileiros. No censo escolar, quem declara a variável raça/cor do aluno/a é seu responsável legal. Partindo então, do pressuposto que a maioria dos pais e mães não compreende o real sentido da classificação racial, além de possuir uma grande dificuldade em aceitar as categorias censitárias, realizei consulta a um grupo de adolescentes da Rede Municipal de Belo Horizonte / MG, objetivando conhecer a variável raça/cor na auto declaração dos alunos (as) do 3º ciclo do ensino fundamental, considerados sujeitos sociais do direito a expressar sua opinião e identidade. Ao apresentar a conceituação de cor e raça como construção político-social, o trabalho intitulado Identidade Racial a partir do Censo Escolar problematiza e discuti sobre a classificação racial com vasto referencial teórico e apresenta os resultados da consulta aplicada ao público-alvo. Na análise dos resultados obtidos, observa-se que mesmo na falta de informações oriundas do censo, do próprio saber, da própria família e do silenciamento da Lei 10639/03 no espaço escolar, adolescentes de 12 a 15 anos compreendem a classificação racial e estão melhor preparados que seus responsáveis para responderem o censo escolar. Contudo aluno/as consultados demonstram carência de formação na construção da identidade racial.
2019-08-09T16:56:59Z
Ilza Marina Rehfeld Santos
Caracterizações celular e ultra-estrutural do concentrado de plaquetas em cães e gatos e avaliação do seu efeito na orteartrose em cães
Objetivou-se com este estudo: avaliar um método manual para obter concentrado autólogo de plaquetas (CAP) no cão e no gato para aplicação clínica, medir as concentrações do fator de crescimento beta transformador 1 (TGF-1) em cães e fator de crescimento derivado dasplaquetas tipo AB (PDGF-AB) em cães e gatos no plasma e nos concentrados autólogos de plaquetas (CAP) ativados com gluconato de cálcio ou cloreto de cálcio, medir as concentrações de TGF-1 em cães no plasma e nos CAP ativados com gluconato de cálcio ou batroxobina,medir as concentrações de TGF-1 e do fator de crescimento derivado das plaquetas tipo BB (PDGF-BB) em gatos no plasma e nos CAP ativados com gluconato de cálcio ou trombina bovina, avaliar por microscopia eletrônica de transmissão as características ultra-estruturais de coágulos sanguíneos de CAP ativados com gluconato de cálcio ou batroxobina, avaliar radiograficamente e em plataforma de força o efeito terapêutico do CAP no tratamento daosteoartrose (OA) adquirida no cão. Para a padronização do método do tubo para se obter CAP, utilizaram-se 12 cães e 12 gatos. Para avaliar a reprodutibilidade da metodologia e das características celulares dos CAP utilizaram-se 16 animais de cada espécie. Neste últimos animais o plasma derivado de centrifugação foi dividido em duas frações iguais, a fração A correspondeu aos primeiros 50% de plasma adjacente da interface sangue-plasma e a fração B correspondeu aos 50% do plasma restante no tubo. Nestes mesmos grupos foi feita a determinação dos fatores de crescimento. Na etapa de padronização o sangue foi colhido em frascos com EDTA para obtenção do plasma e o CAP foi obtido de sangue colhido num frasco com solução ACD-A. Foi medida a concentração de TGF-1 e PDGF-AB em cães e PDGF-AB no gato, no plasma e no sobrenadante de CAP ativado com gluconato ou cloreto de cálcio. Na etapa de reprodutibilidade o plasma e o CAP foram obtidos utilizando ACD-A. Foi medida a concentração de TGF-1 no plasma e no sobrenadante de CAP ativados com gluconato de cálcio ou batroxobina no cão, e a concentração de TGF-1 e PDGF-BB no plasma e no sobrenadante de CAP ativado com gluconato de cálcio ou trombina bovina no gato. Empregou-se um outro grupo de quatro cães e quatro gatos para avaliar as características ultra-estruturais de coágulossanguíneos obtidos de CAP ativado com gluconato de cálcio ou batroxobina. Foram feitas contagens celulares no sangue total e no CAP. Verificou-se em todas as amostras diferenças estatisticamente significativas (P<0,01) entre a quantidade de plaquetas, leucócitos,granulócitos, monócitos, mas não entre os valores de linfócitos, no sangue total e no CAP. A eficiência de concentração de plaquetas foi 22,20% a 46,34% nos cães e 24,75% a 35,39% nos gatos. A porcentagem de concentração de plaquetas nos CAP em relação ao sangue total foi 49,40% a 224,38% nos cães e 73,28% a 147,70% nos gatos. Em cães a concentração de TGF-1 foi estatisticamente (P<0,01) mais alta na fração A do CAP. No gato não se verificou diferençasignificativa (P>0,01) na concentração de TGF-1 e de PDGF-BB entre as frações A e B do CAP. Verificou-se nos cães diferença estatisticamente significativa (P<0,01) em relação à área de espaço intracelular e área de fibras de fibrina nos coágulos de CAP que foram ativados com gluconato de cálcio ou batroxobina. Em gatos os coágulos obtidos a partir de CAP ativado com batroxobina apresentaram diferença estatística (P<0,01), em termos de área das plaquetas, área de fibras de fibrina, relação eixo menor eixo maior, relação eixo maior eixo menor, nos coágulos que foram ativados com gluconato de cálcio ou batroxobina, os resultados demonstram maior grau de ativação das plaquetas ativadas com gluconato de cálcio. Para avaliar o efeito terapêutico do CAP, utilizou-se 10 cães de diferentes raças com ruptura de ligamento cruzado cranial (RLCCr) que foram submetidos a tratamento cirúrgico de substituição do ligamento por autoenxerto de fáscia lata guiado por videoartroscopia. Os cães foram divididos em dois grupos segundo o pós operatório: seis receberam três injeções intra-articulares de CAP (grupo I), iniciando imediatamente após a cirurgia e em intervalos de 15 dias, e o outro grupo constituído por quatro cães, receberam um agente modificador da osteoartrose (OA), via oral, diariamente, durante o tempo de estudo (grupo II). A avaliação radiográfica evidenciou, nos dois grupos de pacientes evolução discreta da OA. Verificou-se no grupo I melhor apoio na plataforma de força com evolução favorável e retorno do suporte no membro operado em todos os animais. Aos 90 dias o suporte no membro operado era igual ao do contralateral. No grupo II o apoio no membro operado evoluiu discretamente, ao longo dos 90 dias de avaliação, mantendo-se maior apoio no membro contralateral. Os resultados indicam que o método de centrifugação única permiteconcentrar plaquetas nestas duas espécies. O gluconato de cálcio é a substância indicada para ativação das plaquetas no cão e no gato, e a fração A do CAP no cão deve ser a empregada para fins terapêuticos, e no gato ambas frações podem ser usadas. Os resultados sugerem o possível potencial do concentrado autólogo de plaquetas (CAP) como alternativa biológica, versátil e econômica, como terapêutica no tratamento da OA.
2019-08-13T18:47:11Z
Raul Fernando Silva Molano
Influência das intervenções assistenciais sobre a continuidade do sono de pacientes em Centro de Terapia Intensiva
O sono é fundamental para o descanso, o bem-estar e para a preservação da homeostase e equilíbrio de diferentes sistemas orgânicos do indivíduo. Pacientes internados em Centro de Tratamento Intensivo podem apresentar alterações nos diferentes sistemas corporais, dentre as quais se destacam as relacionadas ao sono. A obtenção da melhor qualidade possível do sono é importante para a recuperação e promoção da saúde dos indivíduos. A privação do sono, as alterações no ciclo sono-vigília e os despertares frequentes são comuns em pacientes internados no Centro de Tratamento Intensivo e têm sido objeto de pesquisa na área da saúde. O objetivo desteestudo foi identificar as intervenções assistenciais prestadas pela equipe de saúde e sua influência sobre a continuidade do sono dos pacientes internados em Centro de Tratamento Intensivo. Trata-se de estudo descritivo, cuja amostra foi composta por 12 pacientes para os quais o diagnóstico de enfermagem "padrão do sono prejudicado" foi identificado. A coleta de dados foi realizada no período de junho a novembro de 2011, utilizando técnica de filmagem para visualização das intervenções assistenciais realizadas pela equipe de saúde em um período de 24 horas. As interrupções do sono foram mensuradas através dos despertares pelo equipamento actígrafo. Utilizou-seestatística descritiva para análise dos dados. Foram identificadas 529intervenções assistenciais, agrupadas em 28 diferentes tipos de intervenções, média de 44,1 intervenções/paciente/dia. As intervenções assistenciais mais frequentes foram: mensuração de sinais vitais (109-20,6%), avaliação dos pacientes (90-17,0%), administração de medicação (84-15,9%), administração de alimentação oral (72-13,6%) e mensuração de glicemia capilar (41-7,8%). A distribuição das intervenções assistenciais ao longo das 24 horas não seguiu padrão regular e apresentou picos de realização às 10 horas e às 22 horas.Foram realizadas 1,8 intervenções/hora em cada paciente. Em apenas cinco pacientes foram observados intervalos de 120 minutos ininterruptos sem realização de intervenção. Entre as 529 intervenções assistenciais realizadas, 21(4,0%) causaram alterações no sono dos pacientes, sendo as mais frequentes: administração de medicação (4-19,9%), administração de alimentação oral (3-14,3%), avaliação dos pacientes (2-9,4%), banho (2-9,4%), coleta de sangue (2-9,4%) e mensuração de sinais vitais (2-9,4%). Conclui-se que intervenções assistenciais realizadas pela equipe de saúde podem prejudicar o sono de pacientes internados no Centro de Tratamento Intensivo, o que aponta para a necessidade de padronizar os cuidados, diferenciando-os de acordo com o grau de gravidade de cada paciente com uma disposição para a diversificação de horários na sua implementação.
Qualidade de vida, dor e incapacidade funcional de idosos com lombalgia agudizada: análise dos dados do estudo BACE
A avaliação da qualidade de vida relacionada a saúde (QVRS) é essencial nos idosos com lombalgia agudizada. Os fenômenos como o envelhecimento populacional e a feminização da velhice despertaram dúvidas sobre a saúde do idoso diante da sua maior participação na população. Assim, as condições que eram anteriormente características na populações jovens tornaram-se prevalentes entre os idosos. A lombalgia agudizada pode ser descrita em termos da intensidade da dor, incapacidade, presença de sintomas de irradiação da dor para membros inferiores (MMII) e história de lombalgia anterior. O presente estudo buscou analisar os dados do estudo Back Complaitns in the Elderly (BACE) referentes às características clínicas da lombalgia aguda e de incapacidade funcional (Roland Morris Questionnaire - RDQ) no idoso comunitário e sua influência na percepção da QVRS utilizando um instrumento genérico. O estudo BACE trata-se um grande estudo multicêntrico e longitudinal com o objetivo de identificar as características e o curso clínico da dor aguda para a dor crônica de idosos com lombalgia residentes nos países Brasil, Australia e Holanda. O presente estudo recortou, em um desenho de estudo observacional transversal, uma amostra de 302 idosos provenientes do banco de dados do BACE Brasil. Foram selecionados os dados: sociodemográficos, QVRS (SF-36), sintomas depressivos (CES-D), RDQ e caracterização da lombalgia, através da intensidade da dor presente e com uma semana anterior, irradiação da dor para MMII, membro inferior de irradiação e história da dor anterior. A análise univariada com teste t de Student detectou diferenças estatisticamente significantes entre idosos com presença e ausência de irradiação nos domínios capacidade funcional, aspecto físico (AF), dor, aspectos sociais, estado geral (EG) e vitalidade. Dor anterior (lombalgia no passado) mostrou diferença estatística apenas nos domínios AF, dor e EG (p<0,05). As correlações de Pearson entre o desempenho funcional, intensidade da dor atual e pretérita e os oito domínios do SF-36 foram significantes (p<0,05). As variáveis com diferença estatisticamente significantes no teste t e aquelas variáveis com correlações também signicantes entraram nos modelos de regressão linear do tipo Stepwise para verificar o quanto essas variáveis explicavam os 8 domínios da QVRS. A incapacidade funcional causou grandes influências sobre a QVRS dos idosos com lombalgia agudizada. Com exceção do EG, o escore do RDQ influenciou entre 36% e 56% na variação dos escores nos demais domínios da QVRS. Os resultados do presente estudo demonstram a influência incapacidade funcional nos domínios da QVRS de idosos com lombalgia. Esses resultados indicam a importância da avaliação de parâmetros físicos, capacidade funcional e aspectos físicos, que podem ser modificados, com importantes repercussões sobre a qualidade de vida dos idosos com lombalgia agudizada com características semelhantes às da amostra. Nesse contexto, o uso de instrumentos genéricos e específicos poderia facilitar o processo de identificação das atividades diárias comprometidas no idosos com lombalgia e também auxiliar na medida da melhora clinica e dos resultados de intervenções.
2019-08-11T12:10:21Z
Carlos Vinícius de Barros
Avanços da medicina veterinária do coletivo na universidade federal de minas gerais
No summary/description provided
2021-07-19T20:36:41Z
Danielle Ferreira de Magalhães Soares
Avaliação comparativa do potencial de farelo de trigo comercial e pericarpo de pequi como substratos na produção de fibras com capacidade antioxidante
As mudanças na sociedade, com maior inserção da mulher no mercado de trabalho e com aumento da população economicamente ativa geraram reflexos nos hábitos alimentares. Com isso, observou-se o aumento de consumo de produtos industrializados e fast foods que apresentam em sua composição diversos compostos artificiais além de um alto teor de carboidratos simples, gorduras trans, colesterol e sódio que pode estar diretamente relacionado com o número crescente de pessoas com obesidade, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer. Diante disso, a adição de fibras e compostos antioxidantes em alimentos industrializados insurge como uma forma de melhorar a alimentação do consumidor, além de agregar valor a estes produtos. O Brasil como grande produtor de alimentos, gera grande quantidades de resíduos agrícolas que muitas vezes são ricas fontes de fibras alimentares e compostos bioativos. Avaliou-se neste estudo o potencial de farelo de trigo e pericarpo de pequi como substratos para a produção de fibras com capacidade antioxidante. Inicialmente desenvolveu-se metodologia para obtenção dos pós ricos em fibras alimentares (FA) a partir de cada substrato. Posteriormente, realizou-se a caracterização físico-química dos FA. O farelo de trigo apresentou teor de fibra alimentar de 48,16%, enquanto os grupos de pericarpo de pequi oscilaram entre 39,79 e 45,84%. A porcentagem de fibras solúveis foi maior nas amostras de pericarpo de pequi, o que permite uma maior aplicação em alimentos, uma vez que proporciona melhores propriedades de hidratação. Ambos os substratos apresentaram elevado conteúdo de compostos fenólicos sendo o conteúdo encontrado para as fibras de pericarpo de pequi cerca de 20 vezes superior ao encontrado para as fibras de farelo de trigo. A atividade antioxidante das fibras foi avaliada pelos métodos ABTS e DPPH. As fibras apresentaram elevada atividade antioxidante, sendo maior nas fibras de pericarpo de pequi. Pela análise de correlação de Pearson concluiu-se que tanto o teste de ABTS quanto o de DPPH foram eficientes para a análise de atividade antioxidante e que esta está relacionada ao elevado teor de compostos fenólicos.
Estudo comparativo entre os separadores magnéticos jones e o vertical pulsante de alto gradiente
O objetivo deste trabalho foi comparar os separadores magnéticos Jones e SLon, bem como explicar os princípios da separação magnética de minérios e apresentar o princípio de funcionamento dos separadores. Os separadores magnéticos utilizam das propriedades magnéticas pressentes nos minerais para classificá-los de acordo com sua susceptibilidade magnética em ferromagnéticos, paramagnéticos e diamagnéticos. A aplicação dos separadores na recuperação minerais magnéticos contidos em lamas e sua utilização em plantas de tratamento de minérios de ferro é abordada através de casos extraídos da bibliografia. Na comparação entre os separadores magnéticos tem seu foco nos sistemas de matrizes pois verificou-se com base nos trabalhos estudados que os separadores SLon e Jones tem-se como principal diferença o sistema de matrizes, onde destacam-se os problemas de entupimento dos separadores Jones e o sistema de matrizes vinculado a pulsação do SLon.
Análise comparativa de coortes prospectivas pública e privada em terapia periodontal de manutenção: análise de variáveis de risco biológicas, sociais e comportamentais na progressão da periodontite e perda dentária
Objetivo: avaliar e comparar a condição periodontal, a progressão da periodontite, a perda dentária e a influência de variáveis preditoras de risco em dois programas de manuteção periodontal por um período de 12 meses. Materiais e métodos: 288 indivíduos cooperadores completos, diagnosticados com periodontite crônica moderada a avançada e que terminaram a terapia periodontal ativa foram avaliados emum ambiente acadêmico (grupo TMPA, n= 138) na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais, e em uma clínica privada (grupo TMPP, n= 150), ambos localizados na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Foi realizado o exame periodontal completo no início e nas rechamadas trimestrais avaliando: índice de placa (IPL), sangramento à sondagem (SS), nível de inserção clínica (NIC), supuração e envolvimento de furca. Dados sobre ascaracterísticas sociais, demográficas e biológicas dos indivíduos e adesão ao programa também foram coletados. O efeito das variáveis de interesse e de confundimento foram testados por análise de regressão logística uni e multivariada.Resultados: na caracterização da amostra, observou-se no estudo uma predominância de indivíduos do gênero feminino (65,2%), na faixa etária de 31 e 50 anos (65,2%), não fumantes (55,7%) e com companheiro (60,1%). Diferenças significativas entre os grupos TMPP e TMPAforam observadas somente quanto à presença do diabetes (p=0,023). Durante a avaliação periodontal realizada no baseline, os grupos apresentaram resultados semelhantes para PS, NIC, SU, SS e IPL. Já nas reavaliações subsequentes, dos mesmos parâmetros periodontais, foi observada uma melhora no grupo TMPP superior ao grupo TMPA, desde o momento TMP1 a TMP4. O grupo TMPP apresentou ainda, taxas mais baixas de progressão da periodontite e perda dentária, quando comparado ao grupo TMPA com diferenças significativas entre os grupos (p<0,012). Após análise de regressão logística multivariada, para a progressão da periodontite, as variáveis de risco, sangramento à sondagem em mais de 30% dos sítios (p=0,047), tabagismo(p=0,0036) e diabetes (p=0,028) para o grupo TMPP e tabagismo (p=0,047) para o grupo TMPA. Já para a perda dentária, o tabagismo (0,021), diabetes (0,0042) e PS 4-6mm em até 10% dossítios (0,028), no grupo TMPP e PS 4-6mm em até 10% dos sítios, no grupo TMPA, mostraram uma influência negativa na condição periodontal. Conclusão: a terapia periodontal de manutenção minimizou, em ambos os grupos, o efeito negativo das variáveis de risco na progressão da periodontite e na perda dentária.
2019-08-11T00:36:08Z
Camila de Carvalho Santuchi
Resposta inflamatória à abordagem laparoscópica da peritonite induzida em ratos: comparação do pneumoperotônio realizado com CO² ou gás hélio
Introdução: a peritonite é a inflamação de peritônio secundaria de um grupo heterogêneo de afecções muito comuns na prática cirúrgica cuja gravidade varia desde infecções leves até quadros catastróficos. A abordagem laparoscópica dessa afecção tem sido empregado com sucesso. Dados da literatura sugerem que o tipo de gás utilizado na realização do pneumoperitônio pode afetar a resposta inflamatória local e sistêmica. Objetivo: verificar o grau de inflamação local e o comportamento da resposta imunológica sistêmica em ratos submetidos à ligadura e punção do ceco (LPC) com laparoscopia utilizando-se gás Hélio ou CO2. Método: ratos Wistar, machos, foram aleatoriamente distribuídos em quatro grupos. No grupo PC (n=8), fez-se indução da peritonite e realizou-se método laparoscópico utilizandose CO2. No grupo CC (n=8), procedeu-se à cirurgia simulada e ao método laparoscópico, utilizando-se CO2. No grupo PH (n=8), induziu-se peritonite e realizou-se a abordagem laparoscópica, utilizando-se Hélio. No grupo CH (n=8), fezse cirurgia simulada e realizou-se a abordagem laparoscópica utilizando-se Hélio. Em todos os animais foi feito o tratamento da cavidade com lavagem com solução salina e foi usado antibiótico sistêmico. Após 24 horas foi acessada a cavidade abdominal para análise macro e microscópica, coletado sangue para leucometria e dosagem de cortisol, interleucina IL-1, IL-6 e fator de necrose tumoral alfa (TNF) e os animais foram mortos por sobredose. Os dados foram comparados entre os grupos pelo teste do qui-quadrado e T de student, consideradas diferenças p<0,05. Resultados: à macroscopia não se observou abscesso residual. Aderências estavam presentes em todos os grupos sem diferença significativa. Também não houve, à microscopia, diferença entre os grupos quanto a edema de células mesoteliais, exsudato fibrinoso, angiogênese, microabscessos e relação macrófagofibroblasto (M/F). A concentração sérica de cortisol e TNF não foi diferente entre os grupos (p=0,17 e 0,18, respectivamente). A concentração de IL-1 foi maior nos grupos com peritonite nos quais se empregou CO2 (CC) ou Hélio (PH) em relação aos grupos sem peritonite (p<0,001), mas sem diferença entre eles (p=1,0). Resultado semelhante foi encontrado na concentração sérica de IL-6. Conclusão: a inflamação local e a resposta imunológica sistêmica em ratos submetidos à LPC e abordados por via laparoscópica com insuflação com CO2 ou Hélio não mostrou diferença.
2019-08-12T09:19:12Z
Paulo Roberto Rodrigues Bicalho
Mobilização de saberes na formação em docência do ensino superior
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira 9394/96 prevê a formação de professores para atuação na docência da educação superior em programas de pós-graduação. Todavia, tem-se discutido sobre a complexidade desta formação, que envolve um repertório de saberes (como conteúdo, currículo, teoria da educação, conhecimentos didático-pedagógicos e intrínsecos à experiência). Parece insuficiente a constituição desses saberes somente nos programas de pós-graduação. É nesse contexto que buscamos investigar: como constituir processos formativos do professor da educação superior tendo em vista a complexidade dos saberes docentes? Nessa direção, este artigo tem como objetivo analisar a proposta metodológica dos Percursos Formativos em docência do ensino superior, ofertados pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na mobilização do repertório de saberes do professor da educação superior. Para isso, utilizam-se como referencial teórico os conceitos de saber em Gauthier (2013); docência do ensino superior em Morosini (2003); Veiga (2010) e Cunha (2010). Os procedimentos metodológicos consistiram em analisar os relatórios de oito ofertas dos Percursos Formativos, bem como acessar os seus respectivos ambientes virtuais de aprendizagem. Assim, argumentamos que os Percursos Formativos parecem mobilizar um repertório de conhecimentos da atuação na docência do ensino superior, inclusive potencializando os saberes didático-pedagógicos que, historicamente, foram desprestigiados nesse nível de educação. Conclui-se que os Percursos possuem uma metodologia de formação com potencial inovador, marcado pela ruptura epistemológica, personalização e hibridez de tempos e espaços no processo de desenvolvimento profissional do professor da educação superior.
2022-02-25T14:44:21Z
Francys Silva Araujo Juliane Correa Rafaela Esteves Godinho Leal
Development of an intelligent parking duplicator mechanical device
CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Festival Folclórico de Parintins: percepções dos fatores de sucesso de um evento turístico cultural na aplicação do Modelo de Bordas e da Teoria de Script
CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
2020-02-11T19:33:06Z
Edna Aniceto de Magalhães Cardoso
Biomimética aplicada ao projeto e à análise de juntas coladas nanomodificadas por nanotubo de carbono
CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
Efeitos adversos quando da realização do teste de tolerância oral à glicose em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica
O teste oral de tolerância à glicose (TOTG) é um dos métodos utilizados para o diagnóstico do diabetes tipo 2 e diabetes gestacional, sendo o método de escolha pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O TOTG é frequentemente requisitado após cirurgia bariátrica, tanto para reavaliação da condição de diabetes em pacientes que apresentavam glicemia alterada antes da cirurgia, como para triagem do diabetes gestacional, além de ser usado para investigação de outras condições menos frequentes no pós-operatório, como a hipoglicemia. O TOTG é normalmente bem tolerado, não havendo contraindicações formais à sua realização. Efeitos colaterais mais comuns são náuseas e vômitos. Vários estudos descrevem a ocorrência de sintomas indesejáveis após a ingestão de alimentos ricos em carboidratos em pacientes submetidos à derivação gástrica em Y de Roux. Na maioria dos casos, estes sintomas se relacionam com a síndrome de dumping, caracterizada por sintomas vasomotores, sudorese, fraqueza e rubor, ou a episódios de hipoglicemia. Entretanto, há poucas descrições em relação a manifestações indesejáveis durante o TOTG, que oferece um significativo teor de carboidrato, neste grupo de pacientes. Em todo o mundo, a obesidade tem aumentado de forma epidêmica. A elevada prevalência de formas graves de obesidade - obesidade mórbida - tem causado aumento paralelo do tratamento cirúrgico desta condição: cirurgia bariátrica. A cirurgia bariátrica é indicada para pacientes com IMC 40 kg/m² ou com IMC 35 kg/m² associado à comorbidades de alto risco, tais como problemas cardiopulmonares e diabetes mellitus tipo 2 não controlado. A obesidade mórbida acomete 3% da população brasileira, sendo significativo o número de pessoas candidatas ao tratamento cirúrgico da obesidade. No Brasil, entre 2003 e 2010, o número de cirurgias bariátricas passou de 16.000 procedimentos para 60.000. A avaliação do estado glicêmico, seja em pacientes que eram diabéticos antes da cirurgia bariátrica ou que engravidaram no pós-operatório, constitui motivo frequente de solicitação do TOTG aos laboratórios de patologia clínica. O presente estudo avaliou os efeitos colaterais em 128 pacientes que já haviam realizado cirurgia bariátrica e que realizaram o TOTG. Cento e dezessete (91,4%) eram do sexo feminino, 38 (29,7%) eram gestantes, idade média de 39 ± 11,8 anos, com mediana de IMC de 30,4 kg/m2. O tempo mediano pós- cirurgia bariátrica foi de 53 meses. Os principais sintomas observados durante a realização do TOTG foram: náuseas (38,3%), tonteira (30,5%), fraqueza (25,8%) e diarreia (23,4%). Os principais sinais adversos detectados foram: taquicardia (14,1%), tremores (13,4%) e sudorese (12,5%). A hipoglicemia sintomática ocorreu em 14,8% dos pacientes, sendo que um paciente apresentou glicemia igual a 24 mg/dL durante o teste. A presença de sinais adversos foi associada à hipoglicemia (OR=8,14, IC95% 2,63-25,12). A hipertensão arterial acarretou maior risco para incidência de sinais adversos (OR=3,64, IC95% 1,17-11,34), após ajuste por sexo, idade, tempo de pós-operatório e hipoglicemia. A glicose em jejum abaixo de 75 mg/dl ao início do teste foi um fator preditor para hipoglicemia durante o TOTG (OR= 9,5, IC 95% 2,57-35,11), após ajuste por sexo, idade, tempo de pós-operatório e hipertensão arterial. Concluiu-se que pacientes submetidos à cirurgia bariátrica e que realizam o TOTG apresentam alta incidência de efeitos colaterais. Tais efeitos não são vistos em pacientes não operados, e alguns deles são potencialmente graves, como a hipoglicemia sintomática. Além 9 disso, as manifestações observadas geram insegurança e constrangimento aos pacientes durante o teste, o que justifica acompanhamento médico e estrutura física adequada para a execução do mesmo. Tendo em vista os riscos potenciais do TOTG, sugere-se a necessidade de revisão, pelos médicos assistentes, dos motivos para solicitação do teste numa população com características específicas, como os pacientes pós - cirurgia bariátrica.
2019-08-09T19:39:26Z
Heliana Fernanda de Albuquerque Andrade
O “Efeito Batom” no laboratório: o impacto do priming de recessão econômica no viés atencional feminino para produtos de beleza
CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
A atribuição de estados mentais em atividades de tradução: um estudo conduzido por meio de rastreamento ocular e ressonância magnética funcional
CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Faces da privatização: a transição do modelo de gestão dos serviços de água e esgotos em Cachoeiro de itapemirim - ES
A pesquisa analisa o processo de privatização e transição do modelo de gestão dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário em Cachoeiro de Itapemirim - ES, bem como a percepção de diversos atores sobre as mudanças ocorridas no setor de saneamento a partir de 1998 naquele município. Para tal, parte de uma discussão sobre o saneamento através de uma perspectiva ampliada, como um direito do povo e dever do Estado, refletindo sobre o debate entre aqueles que defendem a organização dos serviços em torno de estratégias de mercado e aqueles que defendem o seu caráter essencial para a vida. Avança ainda numa breve retrospectiva sobre a atuação histórica da iniciativa privada neste setor, no Brasil, apresentando o panorama do País no final do século XIX, quando da atuação das companhias estrangeiras responsáveis pelas primeiras intervenções coletivas nos centros urbanos, bem como os contextos socioeconômico e político das décadas de 1980 e 1990, que levaram à privatização de alguns dos sistemas municipais. A experiência recente vivenciada por Cachoeiro é reconstituída a partir de dados coletados em documentos oficiais e de informações levantadas em campo, por meio de entrevistas semi-estruturadas com governantes, técnicos e gestores, além de grupos focais com lideranças comunitárias locais. Tem-se, então, uma discussão sobre a concepção de saneamento predominante entre os atores consultados; o processo que resultou na concessão dos serviços; os reflexos da política municipal de saneamento em vigor; os canais e fóruns de informação, participação popular e controle social identificados; o papel desempenhado pela Agência Reguladora; a situação da intersetorialidade com outras áreas afins; a caracterização da qualidade dos serviços prestados e a percepção da população; a satisfação dos usuários com a gestão privada; a mudança recente dos controladores da Concessionária; e os desafios para o saneamento do Município no futuro. No final, o trabalho conclui que o caso estudado não difere das demais ocorrências de privatização no Brasil e no mundo, embora a realidade local tenha suas particularidades. O governo municipal não foi capaz de fornecer serviços de qualidade à população, mas os avanços conquistados após a sua concessão ficaram aquém das expectativas, sobretudo em virtude do aumento dos custos para os usuários.
2019-08-11T10:01:15Z
Thiago Guedes de Oliveira
Competências dos profissionais de saúde nas praticas educativas em diabetes tipo 2 na atenção primária em sáude
Este estudo teve como objetivo compreender as competências dos profissionais de saúde nas práticas educativas em diabetes tipo 2 na Atenção Primária, de modo a contribuir para melhorar o controle metabólico da doença. Trata-se de um estudo de caso qualitativo, realizado com profissionais de saúde que atuam na Estratégia Saúde da Família (ESF) e no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), inseridos em quatro Centros de Saúde do município de Belo Horizonte (MG), no ano de 2010. Um total de dez profissionais de saúde participou das entrevistas semiestruturadas e do grupo focal, a fim de conhecer e discutir o cotidiano das práticas educativas em diabetes tipo 2 e as competências de cada profissional envolvido no processo de ensino aprendizagem, além dos fatores que agem como facilitadores ou barreiras para educação do autocontrole em diabetes. Os resultados foram tratados e analisados pelo método de análise de conteúdo, e organizados a partir da identificação das seguintes categorias empíricas: 1) Importância das Práticas Educativas; 2) Trabalho em Equipe; 3) Conhecimentos; 4) Habilidades; e 5) Atitudes. Esse estudo mostra a importância de se reorientar as competências dos profissionais de saúde nas práticas educativas em diabetes, por meio da capacitação, educação permanente e do fortalecimento do trabalho em equipe, de forma a estabelecer estratégias de promoção, prevenção e controle da doença.
Níveis de proteína e aminoácidos em dietas para frangos de corte fêmeas abatidos em diferentes idades
Foram utilizados 390 frangos de corte fêmeas com 21 dias de idade para avaliar o efeito de cinco manipulações proteicas na ração (19P – 19% de proteína; 21P – 21% de proteína; 19E – 19% de proteína; 21E – 21% de proteína; 19E+Aa - 19% de proteína) e duas idades de abate (38 e 46 dias). Obteve-se dados de metabolizabilidade dos nutrientes, desempenho, rendimento de carcaça e cortes, miopatias, perfil bioquímico sérico e custos de produção. O delineamento foi inteiramente ao acaso (DIC) com cinco tratamentos (rações) e seis repetições para metabolizabilidade dos nutrientes; DIC em esquema fatorial (5 rações x 2 idades) para desempenho, rendimento de carcaça e cortes, miopatias e custos de produção; e DIC em parcelas subdivididas para perfil bioquímico sérico. Pior metabolizabilidade da matéria seca foi encontrada no tratamento 21E (p≤0,05). O tratamento 19E+Aa melhorou a utilização da proteína e reduziu a excreção de nitrogênio (p≤0,05). Os tratamentos 19E, 21E e 19E+Aa melhoraram a metabolizabilidade do extrato etéreo (p≤0,05). Menor valor de energia metabolizável foi observado no tratamento 21P (p≤0,05). Não houve interação entre ração e idade para nenhuma das variáveis (p>0,05). O tratamento 19P aumentou o consumo de ração (p≤0,05), além disso, maiores consumos de ração e ganho de peso foram observados aos 44 dias do que com 37 dias (p≤0,05). O tratamento 19P piorou a conversão alimentar e o índice de eficiência produtiva (p≤0,05). Os tratamentos 19P e 21P apresentaram melhores custos de produção (p≤0,05). Não houve efeito das dietas sobre o rendimento de carcaça, de peito, de coxas + sobrecoxas (p>0,05). Entretanto, o rendimento de carcaça e de peito foi maior para as aves abatidas aos 46 dias do que com 38 dias (p≤0,05). Não houve efeito das dietas nem das idades sobre o escore de estria branca (p>0,05) nem sobre o aparecimento de peito amadeirado (p>0,05). Não houve efeito das dietas obre o perfil bioquímico e enzimas (p>0,05). Aos 37 dias os níveis de LDL – colesterol (p≤0,05) e proteínas totais (p≤0,05) foram maiores do que aos 25 dias. Já aos 37 dias, os níveis de lipase sérica (p≤0,05) foram menores do que aos 25 dias. Conclui-se que a manipulação proteica do tratamento 21P pode ser mais interessante zootécnica e economicamente para frangos de corte fêmeas tanto dos 21 aos 37 dias, quanto dos 21 aos 44 dias. O abate das aves com 46 dias de idade proporcionou aumento do rendimento de carcaça e de peito sem alterar a incidência de lesões miopáticas macroscópicas quando comparado ao abate aos 38 dias. Além disso as rações e as idades não causaram alterações importantes no perfil bioquímico e enzimas de frangos de corte fêmeas.
Prevalência e tratamento da tontura: investigação do impacto de condições de saúde e hábitos de vida na redução dos sintomas em pacientes submetidos a um programa reabilitação vestibular na Atenção Primária à Saúde
INTRODUÇÃO: A tontura é um sintoma prevalente em todo o mundo, contudo o estado de Minas Gerais (MG) - Brasil não possui informações sobre prevalência. A reabilitação vestibular é uma ótima opção de tratamento para a tontura, contudo é pouco realizada no escopo da Atenção Primária à Saúde (APS) e se faz necessário entender como condições de saúde e hábitos de vida dos indivíduos interferem nesse tratamento. OBJETIVOS: Investigar a prevalência da tontura no estado de MG segundo a Pesquisa por Amostra de Domicílios (PAD-MG), avaliar a efetividade de um Programa de Reabilitação Vestibular (PRV) na APS e verificar o impacto de algumas condições de saúde e hábitos de vida na redução do impacto da tontura em pacientes submetidos a PRV na APS. MÉTODOS: Pesquisa realizada em duas etapas. 1) Estudo de caráter observacional transversal com análise dos indivíduos com relato de sintoma de tontura no último mês. Determinou-se associação estatística independente entre as variáveis selecionadas e a tontura por intermédio de análise multivariada. 2) Estudo do tipo quase experimental, com amostra de conveniência de 54 usuários submetidos a um PRV na APS, no qual se investigou o impacto de condições de saúde e hábitos de vida na diferença nos dados do Dizziness Handicap Inventory Brasileiro e Escala Visual Analógica pré e pós participação no PRV. RESULTADOS: A prevalência de tontura em MG foi de 6,7% dos sintomáticos, com prevalência estatística em adultos ou idosos e no sexo feminino, além de associação estatisticamente significante com algumas características socioeconômicas, demográficas e condições de saúde. No estudo com um PRV na APS, a maioria dos participantes era do sexo feminino e idosos, submetidos em média a 2,3 sessões e 77,8% dos pacientes foram submetidos exclusivamente à utilização de manobras de reposicionamento otolítico. Ao relacionar as condições de saúde e hábitos de vida pós PRV, foi possível observar relação entre as condições alteração de coluna e disfunção de tireóide com o impacto na qualidade de vida pós a intervenção, além do hábito de vida uso de álcool apresentar relação com a autopercepção da diminuição da intensidade dos sintomas de tontura após o tratamento. CONCLUSÃO: A tontura se mostrou prevalente na população de MG no de acordo com a PAD-MG de 2011. O PRV na APS se mostrou efetivo com redução dos sintomas da tontura em todos os pacientes tratados. Pacientes com alteração de coluna alcançaram uma melhora mais significativa com o PRV. O mesmo se observa para pacientes sem alterações na tireóide. As demais condições de saúde de perda auditiva, zumbido, alteração de pressão arterial, alteração metabólica, enxaqueca e diabetes e os hábitos de vida uso de álcool e uso de cigarros não impactaram na qualidade de vida com o tratamento, já que todos apresentaram melhora. O PRV na APS deve ser uma opção terapêutica a ser considerada, já que a mesma tem o potencial de ser resolutiva, ágil, realizada na área de abrangência dos usuários e com tecnologia leve, o que vai ao encontro das necessidades do SUS e da realidade da atenção primária.