Repositório RCAAP
Evapotranspiração máxima da cultura de pimentão em estufa plástica em função da radiação solar, da temperatura, da umidade relativa e do déficit de saturação do ar
Um experimento foi conduzido para avaliar a relação da evapotranspiração máxima (ETm) da cultura de pimentão por unidade de índice de área foliar (ETmf) com a radiação solar global incidente (Rg e) e saldo de radiação (Rn e), externos à estufa, e com a temperatura (t am), umidade relativa (URm) e déficit de saturação (D) do ar no interior da estufa. A ETm foi determinada por lisimetria. Apenas a temperatura e a umidade relativa do ar foram registradas e as demais variáveis foram estimadas. O Rn e apresentou o maior efeito isolado, seguido pelo D e pela URm. A temperatura do ar às 15 horas e a temperatura máxima diária foram as variáveis pontuais de maior associação com a ETmf. A Rg e melhorou sua relação quando analisada em diferentes faixas de t am. Os resultados confirmaram o Rn e e o D como as variáveis meteorológicas de maior efeito preditivo da evapotranspiração das culturas em estufas plásticas no outono, porém com graus diferenciados de ajuste para o pimentão em relação às outras culturas.
2006
Dalmago,Genei Antonio Heldwein,Arno Bernardo Nied,Astor Henrique Grimm,Edenir Luis Pivetta,Carina Rejane
Acúmulo de macro e micronutrientes nas inflorescências e frutos da lichieira "Bengal"
Estudou-se o acúmulo de macro e micronutrientes durante o desenvolvimento da inflorescência e do fruto da lichieira "Bengal". Inflorescências e frutos foram colhidos quinzenal ou semanalmente, sendo os frutos separados das inflorescências a partir de 35 dias após a antese e em pericarpo, semente e arilo a partir de 77 dias após a antese. Os macro e micronutrientes foram avaliados em cada componente. O acúmulo dos macro e micronutrientes estudados na inflorescência e no fruto da lichieira "Bengal" seguiu, basicamente, os respectivos padrões de acúmulo de matéria seca nestes órgãos. N e K foram os nutrientes presentes em maior quantidade na inflorescência/haste floral. Aos 112 dias após a antese, época da colheita comercial dos frutos, o arilo foi o maior responsável pelo acúmulo de K (58,6%), P (56,3%), N (43%), S (36,7%) e Cu (43,5%). No pericarpo, observaram-se os maiores conteúdos de Ca (75,6%), Fe (71,1%), Mg (47,4%) e Mn (58,1%) e, na semente, verificou-se o maior percentual de Zn (34,3%). A ordem de exportação de nutrientes pelos frutos aos 112 dias após a antese foi a seguinte: K > N > Ca > Mg > P > S > Fe > Mn > Zn > Cu.
2006
Salomão,Luiz Carlos Chamhum Siqueira,Dalmo Lopes de Pereira,Marcio Eduardo Canto Pereira,Paulo Roberto Gomes
Identificação de marcas moleculares associadas à ausência de sementes em videira
A ausência de sementes tem sido uma característica bastante exigida pelos consumidores de uvas de mesa. O objetivo deste trabalho foi identificar marcas moleculares associadas à ausência de sementes, utilizando as técnicas RAPD e fAFLP. Foram utilizadas folhas jovens de 19 cultivares. Na análise RAPD 30, iniciadores possibilitaram amplificação de todas as amostras, produzindo 392 bandas polimórficas. Foi possível encontrar uma marca específica para a ausência de sementes, utilizando o iniciador UBC 443, que poderá futuramente ser utilizado para o desenvolvimento de marcadores SCAR, possibilitando a criação de um teste de identificação rápida e precoce de apirenia em videira. A análise fAFLP proporcionou a visualização de um dendrograma com grupos específicos de cultivares com sementes, sem sementes e porta enxertos.
2006
Silva,Ana Veruska Cruz da Martins,Antonio Baldo Geraldo
Nutrição e produção da laranjeira "Folha Murcha" em porta-enxertos e plantas de cobertura permanente na entrelinha
O estado nutricional e a produção de citros não são conhecidos para as diferentes combinações copa/porta-enxertos e plantas de coberturas permanente na entrelinha. O estudo foi instalado em um experimento de laranjeira "Folha Murcha" [Citrus sinensis (L.) Osb.] com oito anos de idade, conduzido entre 1997 a 2002, no município de Paranavaí, região Noroeste do Paraná. O solo corresponde a um Argissolo Vermelho distrófico típico textura areia/franco arenoso. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, sendo os tratamentos constituídos por sete porta-enxertos: limoeiro "Cravo", limoeiro "Rugoso da África", limoeiro "Volcameriano", tangerineira "Cleópatra", tangerineira "Sunki", citrangeiro "C-13" e Trifoliata, com três plantas em cada parcela experimental. As repetições foram constituídas por três blocos com a cobertura Paspalum notatum e por um bloco com Arachis pintoi. Foram avaliados os teores dos nutrientes foliares e a produção de frutos da laranjeira "Folha Murcha". O manejo das entrelinhas com a leguminosa elevou os teores de N à faixa excessiva nas folhas do porta-enxerto limoeiro "Cravo", e reduziu a produção de frutos da laranjeira "Folha Murcha" em relação à gramínea. Nas entrelinhas com gramínea, a produção de frutos da laranjeira "Folha Murcha" foi dependente das safras agrícolas e dos teores foliares de Ca, Mg e Zn. A absorção máxima de Ca pelas folhas de laranjeira "Folha Murcha" precede a de Mg e Zn. Nestas condições, os porta-enxertos tangerineira "Cleópatra" e limoeiro "Rugoso da África" apresentaram maior produção de frutos de laranjeira "Folha Murcha".
2006
Fidalski,Jonez Stenzel,Neusa Maria Colauto
Plantas de cobertura de solo em pomar de pessegueiro (Prunus persica L. Batsch) conduzido no sistema de produção integrada
O presente trabalho foi realizado no Pomar Didático do Centro Agropecuário da Palma do Departamento de Fitotecnia da Faculdade de Agronomia "Eliseu Maciel" da UFPEL, com o objetivo de verificar os efeitos de espécies vegetais e algumas consorciações, em cobertura de solo, sobre a cultura do pessegueiro no Sul do Brasil, em pomares conduzidos no sistema de Produção Integrada de Pêssego (PIP). Foi utilizado pomar de pessegueiro da cultivar Maciel implantado no ano de 1999, em espaçamento de 5,0 x 1,5m, com dois sistemas de condução, Líder Central (LC) e Ypsilon (Y). Os tratamentos constaram de cinco espécies de plantas para cobertura vegetal de inverno, quatro consorciações entre estas espécies, mais a testemunha (vegetação espontânea). Foram analisadas as variáveis incremento no diâmetro do tronco das plantas, incremento no volume de copa, índice de fertilidade, produção por planta, matéria fresca e matéria seca das coberturas vegetais. Os maiores benefícios em termos de produtividade foram obtidos pela associação das coberturas vegetais, com a maior média alcançada com a associação de aveia preta + ervilha forrageira. As coberturas vegetais não tiveram efeito sobre o diâmetro do tronco das plantas de pessegueiro, porém interferiram principalmente no volume da copa, na produtividade e no índice de fertilidade.
2006
Rufato,Leo De Rossi,Andrea Picolotto,Luciano Fachinello,José Carlos
Oxidação do enxofre elementar em solos tropicais
O uso de fertilizantes que contêm baixos teores de enxofre (S), em solos com baixos teores de matéria orgânica, pode resultar em limitação desse nutriente para as culturas. O uso do S-elementar como fertilizante, isoladamente ou associado a fórmulas comerciais, pode reduzir os custos de adubação em solos deficientes de S. Os objetivos deste estudo foram: a) verificar se, em dois solos tropicais, ocorre oxidação de S-elementar; b) avaliar se o período de incubação de seis dias sugerido por Janzen & Bettany (1987a) é adequado para estimar a oxidação do S-elementar e c) medir o efeito da oxidação do S-elementar sobre o pH do solo. Para isso, foi realizado um experimento com amostras de um ARGISSOLO VERMELHO AMARELO eutrófico abruptíco e de um LATOSSOLO VERMELHO DISTRÓFICO típico. As amostras dos dois solos foram incubadas com seis doses de enxofre (0, 1,5, 3,0, 6,0 9,0 e 12g de So kg-1 de solo) por períodos entre 0 e 70 dias. A incubação foi feita em estufa, a uma temperatura de 27o + 1o C. Ambos os solos tiveram capacidade para oxidar o S-elementar para S-sulfato, forma disponível à planta. No argissolo, o teor de S-sulfato resultante da oxidação do S-elementar foi 563mg dm-3 de solo, enquanto que, no latossolo, foi de 207mg dm-3 de solo, indicando capacidade diferenciada de ambos para oxidar o S-elementar. Em ambos os solos houve diminuição do pH, sendo mais acentuada para o argissolo. O período de incubação para avaliação da oxidação do S-elementar de seis dias sugerido por Janzen & Bettany (1987a) parece ser insuficiente.
2006
Horowitz,Nelson Meurer,Egon José
Otimização amostral de atributos de latossolos considerando aspectos solo-relevo
O custo de amostragem do solo para caracterizar a variabilidade espacial de atributos químicos e físicos é um problema em agricultura de precisão. O objetivo deste trabalho foi utilizar a forma da paisagem como critério auxiliar na otimização do esquema amostral, a fim de estimar os atributos químicos e físicos de latossolos em áreas sob cultivo de cana-de-açúcar. O solo foi amostrado na profundidade de 0,0-0,2m nos pontos de cruzamento de uma malha, com intervalos regulares de 10m, perfazendo um total de 100 pontos. Todos os atributos químicos e físicos tiveram mais de 84 % dos pontos plotados na pedoforma côncava e convexa em relação aos da pedoforma linear. A aplicação do programa Sanos 0.1 na malha amostral permitiu verificar que, na pedoforma côncava e convexa, há maior variabilidade espacial para os atributos químicos e físicos do solo, em comparação à pedoforma linear.
2006
Souza,Zigomar Menezes de Marques Júnior,José Pereira,Gener Tadeu Montanari,Rafael
Agregação de um planossolo sistematizado há um ano e sob cultivo de arroz irrigado
A sistematização do solo altera a variação horizontal e a vertical das propriedades do solo. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência das propriedades físicas e químicas do solo sobre o seu grau de agregação e verificar a semelhança de características relacionadas à agregação de horizontes do solo original e sistematizado (áreas de corte e aterro). Para a quantificação das propriedades intrínsecas e do grau de agregação, amostras com estrutura alterada e preservada foram coletadas em dois perfis com características originais e em dois perfis localizados em áreas sistematizadas de um Planossolo hidromórfico eutrófico típico, perfazendo um total de seis perfis analisados. Verificou-se que a agregação do solo sistematizado (áreas de corte e aterro) foi, em geral, similar à dos horizontes E e B do perfil original do solo. A argila, os óxidos de ferro, alumínio e manganês, além do magnésio e do alumínio trocáveis, foram os principais componentes que se correlacionaram com a agregação do solo. Pela análise de regressão múltipla, verificou-se que houve relação positiva da agregação do solo com a argila e com os óxidos de ferro e de alumínio cristalinos e de baixa cristalinidade.
2006
Reichert,José Miguel Lima,Cláudia Liane Rodrigues de Dalmolin,Ricardo Simão Diniz Reinert,Dalvan José Gonçalves,Celso Nunes,Marcelo
Otimização da micropropagação de Pfaffia tuberosa (Spreng.) Hicken
Este trabalho objetivou otimizar o protocolo de micropropagação de Pfaffia tuberosa, uma espécie medicinal encontrada em várias regiões do Brasil. O tratamento da planta matriz com benomyl (0,1%) e o uso sucessivo de soluções com detergente comercial (duas gotas/100mL de água, durante dois minutos), etanol (70%, por 10 segundos), hipoclorito de sódio (1%) + detergente comercial (duas gotas/100mL de água, por 10 minutos) e HgCl2 (0,1%, por 5 minutos) na etapa de desinfestação dos explantes foram eficazes para a limpeza e regeneração de plantas. As plantas devem ser subcultivadas para um novo meio MS a cada 30 dias de cultivo. Explantes provenientes de segmentos nodais apresentaram uma maior taxa de multiplicação quando comparados com os apicais. Não foi observado declínio na taxa de propagação no decorrer de cinco subcultivos in vitro. As mudas apresentaram um índice elevado de sobrevivência durante a fase de aclimatização.
2006
Flores,Rejane Maldaner,Joseila Nicoloso,Fernando Teixeira
Alterações morfofisiológicas em folhas de cafeeiro (Coffea arabica L.) consorciado com seringueira (Hevea brasiliensis Muell. Arg.)
O cultivo da seringueira em monocultivo ou consorciada com cafeeiro surge como alternativa promissora e uma opção para os cafeeicultores frente às constantes oscilações da produção e do mercado. Porém, a produtividade de ambas as culturas é fortemente afetada pelas variações climáticas e pelo sistema de cultivo adotado. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da variação dos fatores do clima e dos sistemas de cultivo sobre as trocas gasosas, eficiência fotoquímica do fotossistema II (FV/FM) e anatomia foliar do cafeeiro. Foram estudados quatro sistemas de cultivo: café em monocultivo (C), três fileiras de cafeeiros a cada fileira dupla de seringueira (SSCCCSS), uma fileira de cafeeiros a cada fileira de seringueira (SCS) e três plantas de café a cada planta de seringueira na mesma fileira (SCSCS). As plantas dos sistemas (SSCCCSS), (SCS) e (SCSCS) apresentaram os menores valores de taxas fotossintéticas (A), condutância estomática (gs), transpiração (E) e maiores valores para a razão Fv/Fm. As plantas de café em (C) apresentaram médias superiores de espessura dos parênquimas paliçádico e lacunoso, do limbo foliar, além de maior índice estomático em relação aos demais sistemas de cultivo, apresentando, dessa forma, plasticidade anatômica para a espécie, quando comparada às plantas de sol e sombreadas pela seringueira.
2006
Nascimento,Erivaldo Alves do Oliveira,Luiz Edson Mota de Castro,Evaristo Mauro de Delú Filho,Nelson Mesquita,Alessandro Carlos Vieira,Carlos Vinicio
O sevofluorano em cadelas gestantes
Com este experimento, objetivou-se avaliar como a anestesia geral inalatória, com o sevofluorano, interfere nos parâmetros fisiológicos de cadelas gestantes. Nove cadelas sem raça definida, adultas, com idade média de três anos, foram submetidas ao mesmo procedimento anestésico em dois períodos distintos, sendo o primeiro na condição não gestante e o segundo aos 45 dias de gestação. Todas receberam acepromazina (0,05mg kg-1) pela via intravenosa como medicação pré-anestésica, propofol (5mg kg-1) pela mesma via e sevofluorano diluído em oxigênio. As variáveis estudadas foram freqüência cardíaca e respiratória, pressão arterial sistólica, média e diastólica, temperatura retal, pressão parcial de CO2 ao final da expiração, saturação de oxigênio nas hemoglobinas, pH sangüíneo, pressão parcial arterial de oxigênio, pressão parcial arterial de CO2, bicarbonato e excesso de base. Os parâmetros foram avaliados antes da medicação pré-anestésica (M0) e 15 minutos após (M1), 15 minutos após a estabilização da anestesia inalatória (M2) e, depois, a cada 15 minutos durante 60 minutos (M3, M4, M5 e M6), com exceção das variáveis hemogasométricas que foram avaliadas em M0, M2 e M6. A análise estatística foi realizada com Análise de Variância e teste de Tukey, sendo considerado o nível de significância de 5%. A freqüência cardíaca elevou-se na paciente gestante no momento basal e 15 minutos após a medicação pré-anestésica, sendo observado ainda diminuição da pressão arterial e da temperatura retal nas gestantes. Os resultados obtidos permitiram concluir que o protocolo anestésico não alterou as variáveis mensuradas neste experimento, podendo ser utilizado com segurança para as cadelas, se houver a necessidade de intervenção cirúrgica e/ou anestésica aos 45 dias de sua gestação.
2006
Matsubara,Lídia Mitsuko Oliva,Valéria Nobre Leal de Souza Gabas,Daniela Tozadore Bevilacqua,Lilian Perri,Sílvia Helena Venturolli
Estimulação ultra-sônica pulsada e contínua no processo cicatricial de ratos submetidos à celiotomia
Para avaliar a cicatrização de feridas cirúrgicas da parede abdominal de ratos submetidos à celiotomia, utilizou-se a terapia com ultra-som (US) nos modos contínuo e pulsado. Foram utilizadas 45 ratas, separadas em três grupos experimentais com 15 animais por grupo. A cicatrização da parede abdominal foi avaliada por esteriometria, sendo consideradas a proporção volumétrica dos constituintes tissulares e celulares de amostras de tecidos obtidos da parede abdominal às zero, 48, 96 e 144 horas após a celiotomia. Vinte e quatro horas após a intervenção cirúrgica, iniciou-se a aplicação de ultra-som (US) sobre a ferida. Os resultados obtidos com a aplicação de US no modo pulsado às 48 horas mostraram maior proporção volumétrica de células polimorfonucleares (PMN) e fibroblastos quando comparados com o grupo controle e com o grupo que recebeu aplicação de US no modo contínuo (P<FONT FACE=Symbol>£</FONT>0,05). Esses resultados mostram que a aplicação de US no modo pulsado auxilia na cicatrização de feridas cirúrgicas produzidas após celiotomia.
2006
Olsson,Débora Cristina Martins,Vera Maria Villamil Martins,Edison Mazzanti,Alexandre
Associação de métodos fisioterapêuticos para o tratamento da doença metacarpiana dorsal em eqüinos
A periostite do terceiro metacarpiano acomete 70 a 80% dos cavalos de corrida em seu primeiro ano de treinamento, levando-os à claudicação e interrupção temporária do trabalho. O objetivo deste artigo consistiu em avaliar um tratamento não farmacológico e não invasivo que diminuísse o período de recuperação e de reparação tecidual. Foram tratados 13 eqüinos Puro Sangue Inglês de corrida (24 membros torácicos), com idade entre 2 e 3 anos, acometidos por periostite do terceiro metacarpiano, e avaliados por 30 dias consecutivos. A fisioterapia incluiu crioterapia, fototerapia, eletroterapia e fonoterapia. O exame físico evidenciou rápida redução do grau de dor, do calor local e do grau de claudicação. Após sete dias de tratamento, 71% dos animais não mais apresentavam sinais de claudicação. Os exames radiográfico e ultra-sonográfico permitiram analisar a reparação tecidual. Os resultados mostraram os efeitos analgésico e antiinflamatório dos recursos utilizados, permitindo a manutenção do exercício e o retorno rápido ao treinamento, além do reparo tecidual. O protocolo fisioterapêutico proposto favorece sua aplicação em medicina eqüina.
2006
Caldeira,Simone Isler Ferraz Bravo Prado-Filho,José Roberto Cintra do Baccarin,Raquel Yvonne Arantes
Teste de tuberculinização em caprinos (Capra hircus) experimentalmente sensibilizados
Foram estabelecidos critérios de interpretação do teste de tuberculinização aplicado ao diagnóstico da tuberculose em grupos de caprinos experimentalmente sensibilizados. Dos 30 animais utilizados, dez foram sensibilizados com Mycobacterium avium - amostra D4 (grupo A) e dez com Mycobacterium bovis - amostra AN5 (grupo B). Dez caprinos não foram sensibilizados e constituíram o grupo controle (grupo C). No teste cervical simples, realizado com tuberculina bovina (M. bovis) e lido às 72 horas pós-tuberculinização (p.t.), as reações positivas foram aquelas em que houve aumento da espessura da dobra de pele igual ou superior a 3,9mm; reações inconclusivas, quando situadas entre 1,8 e 3,8mm, e negativas quando iguais ou menores que 1,7mm. A análise dos resultados do teste cervical comparativo, realizado com o M. avium e M. bovis e lido às 72 horas p.t., indicou reação positiva quando o aumento da espessura da dobra da pele induzida pela tuberculina bovina superou a reação à aviária em pelo menos 2,5mm; reação inconclusiva quando a diferença entre a reação à tuberculina bovina e à tuberculina aviária ficou situada entre 1,9 e 2,4mm; e negativa quando a reação bovina ultrapassou a aviária em até 1,8mm. Às 96 horas após a injeção da tuberculina, foi efetuada a avaliação histológica do local das reações tuberculínicas colhendo-se amostras de pele de cinco caprinos dos grupos A e B e de quatro animais do grupo controle; os resultados confirmaram a presença, nos grupos sensibilizados, de infiltrado inflamatório, constituído, preferencialmente, por células mononucleares.
2006
Silva,Paulo Eduardo Gomes da Pinheiro,Sônia Regina Leal,Marta Lizandra do Rego Bertagnon,Heloísa Godoi Motta,Pedro Moacyr Pinto Coelho Sinhorini,Idércio Luiz Vasconcellos,Silvio Arruda Benesi,Fernando José
Dinâmica sazonal de carrapatos (Acari: Ixodidae) na mata ciliar de uma área endêmica para febre maculosa na região de Campinas, São Paulo, Brasil
A febre maculosa é mundialmente reconhecida como um problema reemergente de saúde pública. Na região de Campinas-SP, observam-se uma ampliação da área de transmissão do agente da doença e a ocorrência de um maior número de casos confirmados nos últimos anos. Nesta região, a maioria dos casos desta doença está quase sempre relacionada com o aumento populacional de capivaras, que são um dos principais hospedeiros primários do estádio adulto do carrapato Amblyomma cajennense. O principal objetivo deste estudo foi determinar o comportamento populacional de larvas, ninfas e adultos de Amblyomma spp no habitat de mata ciliar de uma área endêmica. De novembro de 2000 a outubro de 2002, carrapatos de vida livre foram coletados com armadilhas de CO2. Picos populacionais de larvas do gênero Amblyomma se estenderam por praticamente todos os meses do ano. Ninfas do gênero Amblyomma ocorreram o ano todo na mata ciliar, sendo mais abundantes de julho a dezembro. Adultos de A. cajennense foram mais abundantes na estação de primavera e verão. Adultos de A. dubitatum (=Amblyomma cooperi) apresentaram um padrão sazonal diferenciado, com os maiores picos populacionais ocorrendo de agosto a fevereiro.
2006
Souza,Savina Silvana Aparecida Lacerra de Souza,Celso Eduardo de Rodrigues Neto,Elias José Prado,Angelo Pires do
Possibilidade da transmissão congênita de Toxoplasma gondii em ovinos através de seguimento sorológico no município de Rosário do Sul, RS, Brasil
No presente trabalho, descrevem-se os resultados da detecção de anticorpos anti-T. gondii (IgG e IgM) em amostras seqüenciais de soro de cordeiros recém-nascidos e de suas mães, sem aparentes sinais clínicos da infecção. Os anticorpos IgG foram quantificados pelos testes de imunofluorescência indireta (IFI) e hemaglutinação indireta (HAI). Os anticorpos IgM foram detectados pelo método de hemaglutinação indireta 2-mercaptoetanol (HAI/ 2-ME), utilizando "kits" comerciais. Foram considerados reagentes títulos maiores ou iguais a 16, na hemaglutinação, e 20 na imunofluorescência. Coletou-se soro de 247 ovelhas e cordeiros e, após três meses, somente dos cordeiros (n=120). Do total de animais, 175 eram de uma propriedade e 72, de outra propriedade, ambas localizadas na zona rural do município de Rosário do Sul, RS, Brasil. Em 22 cordeiros (18,3%), do total analisado, que apresentaram títulos na primeira coleta, houve decréscimo ou negativação da resposta imunológica indicando transferência passiva de anticorpos. Apenas quatro animais (3,3%), cujas mães indicavam infecção recente, apresentaram títulos crescentes de IgG da primeira para a segunda coleta, sugerindo a possibilidade de transmissão congênita de T. gondii.
2006
Silva,Karin Lucianne Monti de Vasconcellos La Rue,Mário Luiz de
Ganho de peso vivo e fermentação ruminal em novilhos mantidos em pastagem cultivada de clima temperado e recebendo diferentes suplementos
Foram conduzidos dois experimentos para avaliar o ganho de peso vivo (Experimento 1) e parâmetros da fermentação ruminal (Experimento 2) em quarenta novilhos cruzados Charolês e Nelore, mantidos em pastagem cultivada de inverno, por quatro horas diárias e não suplementados, ou por somente duas horas, mas suplementados (1% do peso vivo) com silagem de planta inteira, silagem de grão úmido ou com grão seco de sorgo. Os animais alimentados somente com pastagem obtiveram os maiores ganhos de peso vivo (P<0,05) e os suplementados com silagem de planta inteira, os menores. Os suplementados com grãos, tanto secos como na forma de silagem, obtiveram ganhos de peso intermediários. As concentrações de aminoácidos e peptídeos não foram influenciadas (P>0,05) pela suplementação, as de amônia e açúcares foram maiores nos animais mantidos somente com pastagem e nos suplementados com silagem de grão úmido, e menores nos animais suplementados com silagem de planta inteira ou com grão seco de sorgo (P<0,05). Os valores de pH ruminal foram menores nos animais suplementados com silagem de grão úmido de sorgo (P<0,05). Os suplementos utilizados não melhoraram o desempenho dos animais mantidos em pastagem cultivada de clima temperado, mas a fermentação ruminal variou ao longo do dia e com o tipo de suplemento utilizado. No entanto, os resultados indicam também que, além do tipo, a adequação de horários de pastejo e de suplementação poderia representar um fator condicionante à eficiência do uso do suplemento pelos animais.
2006
Silveira,Magali Floriano da Kozloski,Gilberto Vilmar Brondani,Ivan Luiz Alves Filho,Dari Celestino Restle,João Leite,Daniel Terra Metz,Patrícia Alessandra Meneguzzi Silveira,Sales Ramiro Lopes da
Dinâmica do peso e da condição corporal e eficiência reprodutiva de ovelhas da raça Santa Inês e mestiças Santa Inês-Suffolk submetidas a dois sistemas de alimentação em intervalos entre partos de 8 meses
O trabalho teve como objetivo comparar a eficiência produtiva e reprodutiva de ovelhas em dois sistemas de alimentação. Noventa e oito matrizes da raça Santa Inês e trinta e nove mestiças Suffolk (3/4 Suffolk + 1/4 Santa Inês) foram divididas em dois tratamentos: tratamento 1 (T1) - mantidas em pastagem, com suplementação de silagem de capim elefante na seca invernal, e tratamento 2 (T2) -mantidas em pastagem, com suplementação de silagem de capim elefante na seca invernal e de concentrado três semanas antes e durante a estação de monta, três semanas antes do parto e durante a lactação. Verificou-se diferença (P<0,05) entre peso inicial (PI) (52,5kg e 54,33kg), e peso final (PF) (53,38kg e 55,76kg) para T1 e T2, respectivamente. Houve efeito de genótipo (P<0,05), sendo PI 51,46 kg para a raça Santa Inês (SI) e 55,38kg para as mestiças Santa Inês-Suffolk (SF). Para PF, observou-se 52,36kg para a Santa Inês e 56,78kg na mestiça Santa Inês-Suffolk. O peso pré-parto (PPP) diferiu (P<0,05) apenas entre as estações, tendo sido de 65,23kg na estação reprodutiva I (2 a 4/2002), 58,15kg na estação reprodutiva II (10 a 12/2002) e 59,73kg na estação reprodutiva III (6 a 8/2003). No peso pós-parto (PPART), também ocorreram diferenças (P<0,05) entre a raça Santa Inês (53,59kg) e a mestiça Santa Inês-Suffolk (57,05kg); no peso aos 30 dias de lactação (P30d) a Santa Inês registrou 52,94kg e a mestiça Santa Inês-Suffolk 55,45kg. O peso aos 70 dias (P70d) de lactação foi para a Santa Inês de 50,83kg e de 53,22 kg para a mestiça Santa Inês-Suffolk; e o peso aos 100dias (P100d) de lactação foi de 51,55kg e de 53,61kg para a Santa Inês e para a mestiça Santa Inês-Suffolk, respectivamente. A condição corporal inicial (CCI) foi maior (P<0,05) para o T2 2,47 do que para o T1 2,16. Na condição corporal final (CCF), 2,19 e 2,6, respectivamente para T1 e T2, mas os tratamentos não diferiram na condição corporal pré-parto (CCPP). A CCI 2,4 para a mestiça Santa Inês-Suffolk foi (P<0,05) em relação a Santa Inês 2,22. A CCF da mestiça Santa Inês-Suffolk de 2,49 também foi maior (P<0,05) que da Santa Inês que obteve 2,3, mas não diferiram na CCPP. Em relação as três estações reprodutivas, apenas na estação I a CCI 2,55, CCF 2,8 e a CCPP 3,03 foram maiores (P<0,05). Já as estações reprodutivas II= 2,47 e III= 2,1 diferiram somente na CCPP que foi menor na estação III. Na estação I e T1 ambos os genótipos obtiveram 72,5% de fertilidade e o T2 apresentou para as mestiças Santa Inês-Suffolk 77% e para a Santa Inês 88%. Na estação II o T1 obteve para as mestiças Santa Inês-Suffolk 42% e para as Santa Inês 38% e o T2 resultou em 56 e 50% para as mestiças Santa Inês-Suffolk e Santa Inês respectivamente. Na estação III a fertilidade do T1 foi para as mestiças 60% e para as Santa Inês 54% e o T2 87% e 76% para as mestiças e Santa Inês respectivamente. Encontrou-se diferença na prolificidade, entre os tratamentos, sendo na estação I a prolificidade foi de 1,20 e 1,55, na estação II foi 0,90 e 1,03 e na estação III obteve-se 1,11 e 1,14, respectivamente para o T1 e T2. Concluiu-se que a suplementação melhorou o desempenho reprodutivo das ovelhas.
2006
Boucinhas,Claudia da Costa Siqueira,Edson Ramos de Maestá,Sirlei Aparecida
Avaliação da mistura de cultivares de aveia preta (Avena strigosa Schreb) com azevém (Lolium multiflorum Lam.) sob pastejo
O experimento foi conduzido com objetivo de avaliar a produção de novilhas de corte em duas cultivares de aveia preta (Avena strigosa Schreb): "Comum" e "IAPAR 61" em mistura com azevém (Lolium multiflorum Lam.). Foram avaliadas a massa de forragem (MF), oferta de forragem (OF), taxa de acúmulo diário de matéria seca (TA), carga animal (CA), ganho médio diário (GMD), ganho de peso vivo por hectare (GPA), proteína bruta (PB) e digestibilidade in vitro da matéria orgânica (DIVMO). As cultivares avaliadas não diferiram (P>0,05) para TA, CA, GMD, GPA e PB. A DIVMO de IAPAR 61 manteve valores mais elevados durante um período mais prolongado da estação de crescimento da pastagem. A cultivar de aveia preta IAPAR 61 pode ser indicada para utilização sob pastejo no Estado do Rio Grande do Sul.
2006
Macari,Stefani Rocha,Marta Gomes da Restle,João Pilau,Alcides Freitas,Fabiana Kellermann de Neves,Fabio Pereira
Alterações bromatológicas nas silagens de milho submetidas a crescentes tempos de exposição ao ar após "desensilagem"
O experimento foi conduzido em delineamento completamente casualizado, com o objetivo de avaliar os efeitos da exposição de uma silagem ao ar por zero, 12, 24 e 36 horas após a "desensilagem". A ensilagem de um cultivo de milho "safrinha" foi realizada no dia 18/05/2004 em mini-silos com capacidade de 30 litros, com quatro repetições por tratamento, quando os grãos de milho se encontravam no estádio ½ leitoso ½ farináceo. Os diferentes tempos de exposição ao ar após a "desensilagem" afetaram significativamente (P<0,05) o teor de fibra em detergente neutro, corrigido para cinzas e proteínas, e o teor de lignina em ácido sulfúrico. Não houve efeito nos carboidratos não estruturais e nas frações nitrogenadas. Conclui-se que um período de 12 horas de aerobiose, após a "desensilagem", afeta o valor nutritivo das silagens de milho.
2006
Velho,João Pedro Mühlbach,Paulo Roberto Frenzel Genro,Teresa Cristina Moraes Sanchez,Luis Maria Bonnecarrère Nörnberg,José Laerte Orqis,Mariane Garcia Falkenberg,Jaline Rodrigues