Repositório RCAAP
Manuseio da dissecção aórtica envolvendo artéria coronária direita
É conhecido o fato de que a dissecção aórtica pode envolver as artérias coronárias, Entretanto, somente alguns artigos fazem referência ao tratamento cirúrgico dessa afecção. Apresentamos o seguimento de 11 pacientes acometidos por dissecção da aorta ascendente envolvendo a artéria coronária direita e que se submeteram à operação em nossa Instituição - Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Em 2 pacientes o óstio coronariano esquerdo também foi afetado. Em 7 pacientes a dissecção foi aguda e, em 4, crônica. A aorta ascendente foi substituída por enxerto tubular de Dacron em todos os pacientes; ponte de veia safena para a coronária direita ou enxerto de gore-tex para o óstio coronariano ou artéria coronária direita foi realizado em 9 pacientes e reimplante de ambas as coronárias dissecadas em 2. Houve 3 (27,3%) mortes no pós-operatório recente, devido a síndrome de baixo débito e infarto do miocárdio. Dois pacientes acometidos por síndrome de Marfan faleceram no 14º mês de pós-operatório por doença hepática, e outro devido a rotura da aorta descendente no 39º mês. Os 6 pacientes restantes foram acompanhados por um período que variou de 78 a 96 meses (média de 83 meses). Tal experiência sugere que, apesar de significar alto risco, o envolvimento do óstio coronariano direito na dissecção de aorta é um acontecimento que pode ser manejado com sucesso através de alguns procedimentos cirúrgicos, quando realizados antes do surgimento de complicações irreversíveis.
2022-12-06T14:00:36Z
PÊGO-FERNANDES,Paulo M. STOLF,Noedir A. G. HERVOSO,Cristina M. SILVA,João M. ARTEAGA,Edmundo JATENE,Adib D.
Pré-condicionamento precoce da medula espinal isquêmica: pesquisa em coelhos
Investigou-se a possibilidade de desencadear o fenômeno do pré-condicionamento, imediatamente antes da esquemia de 30 minutos, como meio adicional de proteção medular nos casos de pinçamento aórtico prolongado. Oitenta e sete coelhos da raça Nova Zelândia, distribuídos em 6 grupos, foram estudados. A isquemia medular resultou do pinçamento (P) da aorta abdominal, imediatamente após a origem da artéria renal esquerda. Estimulou-se o pré-condicionamento por curtos e repetidos períodos de isquemia, assinalados no texto por grifo, seguidos por variáveis tempos de reperfusão. Grupo I - Controle: 20 animais tiveram a aorta pinçada por 30 min. Dois (10%) recuperaram integralmente a motricidade e a sensibilidade das patas posteriores e cauda; 18 (90%) tornaram-se paraplégicos. Grupo II - Operação simulada: 10 (100%) animais operados como os do grupo anterior, exceto pelo não pinçamento da aorta, recuperaram plenamente as funções sensitivo-motoras. Grupo III - Pré-condicionamento: 10 animais - (P) 1 min ®15 min ®(P) 30 min® reperfusão final. Todos (100%) tornaram-se paraplégicos. Grupo IV - Pré-condicionamento: 6 animais - (P) 1 min ®5 min ®(P) 2 min ®5 min ®(P) 2 min ®5 min (P) 30 min ®reperfusão final. Cinco (83,33%) coelhos ficaram paraplégicos e 1 (16,66%) ficou monoplégico. Grupo V - Clorpromazina: 20 animais receberam clorpromazina por via endovenosa, na dose de 2 mg/kg peso, 10 min antes do pinçamento aórtico. Onze (55%) tiveram recuperação sensitivo-motora integral e 9(45%), ficaram paraplégicos. Grupo VI - Clorpromazina + pré-condicionamento: 21 animais receberam a clorpromazina como os do grupo anterior, sendo pré-condicionados da forma (P) 1 min ® 5 min ®(P) 1 min ® 5 min ®(P) 30 min ® reperfusão final. Nove 42,8%) tiveram recuperação sensitivo-motora integral e 2 (9,52%), recuperação parcial. Os demais (47,68%) ficaram paraplégicos. A análise estatística demonstrou não haver diferença significativa entre os resultados dos grupos III e IV, e quando ambos foram comparados com o grupo I. Não foi significativa a diferença entre os grupos V e VI, mas foi significativa quando ambos foram comparados com o grupo I (p<0,05). Estudo histológico - Outros 12 animais foram usados exclusivamente para o estudo histológico sob microscopia óptica: 6 do grupo controle e 6 com pré-condicionamento do tipo (P) 1 min ® 5 min ®(P) 1 min ® 5 min ® (P) 30 min ® reperfusão de 5 h. Os resultados, avaliados pelo percentual de neurônios isquêmicos, evidenciaram importante dispersão dos valores, sem diferença significativa entre os grupos, considerando-se a mediana desses números (p < 0,05).
2022-12-06T14:00:36Z
SADER,Albert Amin CHIMELLI,Leila Maria Cardão SADER,Soraya Lopes BARBIERI NETO,José COUTINHO NETO,Joaquim ROSELINO,José Eduardo de Salles MAZZETTO,Sebastião Assis
Emprego do anel de Gregori na posição invertida para o tratamento da insuficiência tricúspide: experiência inicial
Objetivo: Analisar a técnica cirúrgica e os resultados com o uso do anel de Gregori em posição invertida na correção da insuficiência tricúspide. Casuística e Métodos: No período de julho de 1991 a novembro de 1997, foram operados 11 pacientes com média de idades de 36,4 anos. A avaliação do paciente foi pelos sintomas (GF) e estudo ecocardiográfico. A operação foi realizada com auxílio da CEC e o anel de Gregori foi implantado na posição tricúspide de maneira que a parte retificada da elipse do anel coincidisse com a cúspide anterior, região de maior dilatação. Oito (72,7%) pacientes apresentavam GF III ou IV no pré-operatório e em 6 (54,5%) pacientes o ritmo era de FA. A média do diâmetro do ventrículo direito (VD) era de 34 mm (valor normal até 26 mm). Resultados: Não houve mortalidade hospitalar e nem tardia. Os procedimentos associados foram: troca valvar mitral em 5 pacientes, fechamento de CIA em 2 pacientes, troca valvar aórtica com plástica valvar mitral em 1, plástica valvar mitral em 1; correção de endomiocardiofibrose (EMF) bilateral em 1 e revascularização do miocárdio em 1 paciente. Acompanhamento PO foi possível em 10 (91%); 9 (91%) estão em GF I ou II. A paciente em GF III apresentava insuficiência mitral após correção da EMF. Três pacientes estão em FA e 7 em RS e nenhum caso de bloqueio A-V total. Nenhum paciente foi reoperado. A média da dimensão do VD no PO é de 24,6 mm (p < 0,001). Conclusões: 1) a técnica empregada é simples e reprodutível; 2) houve importante melhora clínica; 3) a redução da cavidade ventricular direita foi estatisticamente significativa; 4) tendo em vista os bons resultados obtidos, este procedimento pode ser realizado rotineiramente.
2022-12-06T14:00:36Z
CARVALHO,Roberto Gomes de MULINARI,Leonardo Andrade GIUBLIN,Paulo R. MULASKI,José Carlos SILVA Jr.,Arleto Zacarias LOPES,Luiz Roberto ANDRADE,Maurício SCHIMIDLIN,Carlos BROMMESLSTRÖET,Marcélia DANTAS,Marcelo WOSTOVICH,Vinícius STHALKE,Paulo WOLKER,Rinaldo Loures,Danton R. da Rocha
Cardioplegia retrógrada atrial com técnica aperfeiçoada
É apresentado aperfeiçoamento em técnica de cardioplegia retrógrada atrial, consistindo na passagem de fita cardíaca pelo seio transverso do pericárdio. As extremidades da fita passando pelo interior do tubo de látex formam torniquete que permite a oclusão do tronco pulmonar sem necessidade de sua dissecção na contigüidade com a aorta ascendente. Estando as veias cavas ocluídas sobre as cânulas de circulação extracorpórea, perfunde-se continuamente cardioplegia sangüínea (25 mEq/l de K) hipotérmica (4 - 8°C) por cateter introduzido no átrio direito; os óstios coronarianos são diretamente perfundidos com intervalos de 20/30 min. Foram operados 5 pacientes submetidos a procedimentos na aorta ascendente (operação tipo Bental - De Bonno, 1 caso; substituição de valva aórtica, 3 casos; substituição de valva aórtica associada a correção de aneurismas de artéria coronária direita e aorta ascendente, 1 caso), com tempo de pinçamento aórtico variável entre 80 e 180 min (média de 107,8 min). Todos os pacientes saíram de circulação extracorpórea com autonomia hemodinâmica. O pós-operatório imediato e hospitalar foi normal. Todos os pacientes receberam alta em boas condições clínicas.
2022-12-06T14:00:36Z
GOMES,Otoni Moreira GOMES,Eros Silva
Inversão total da circulação do pulmão esquerdo: análise morfo-funcional
Desenvolvemos um modelo experimental de inversão total da circulação do pulmão esquerdo. Com este modelo, buscamos demonstrar a possibilidade da inversão total do fluxo sangüíneo pulmonar, mantendo normais as suas características funcionais e histológicas. Foram operados 8 cães onde a circulação do pulmão esquerdo foi totalmente invertida. O sangue do tronco pulmonar foi direcionado para as veias pulmonares e o retorno sangüíneo da artéria pulmonar para o átrio esquerdo. Os cães foram reoperados após 15 dias, para nova análise. Para monitorização do fluxo através do sistema invertido foi realizado no 9º PO um ecocardiograma com Dopplerfluxometria a cores. Para a análise funcional do pulmão utilizamos amostras gasométricas do sangue do pulmão esquerdo e da aorta. Para a análise morfológica comparamos o padrão histológico pré com o pós inversão. Foram comparados os resultados gasométricos das amostras da aorta e da artéria pulmonar na primeira operação e na reoperação. Todos os resultados gasométricos puderam ser comparáveis, mostrando não haver diferença entre a oxigenação do sangue do pulmão esquerdo e da aorta. A análise ecocardiográfica foi um método eficaz na avaliação do fluxo pelo enxerto. A histologia pôde mostrar que o pulmão com a circulação invertida não apresenta alterações de sua estrutura histológica. Com a inversão total da circulação do pulmão esquerdo, a função de troca gasosa e a estrutura morfológica permaneceram inalteradas.
2022-12-06T14:00:36Z
MULINARI,Leonardo Andrade TYSZKA,André Luiz CARVALHO,Roberto Gomes de LOURES,Danton R. da Rocha MOREIRA,Luiz Felipe P. STOLF,Noedir A. G.
Extração de eletrodo de marcapasso endocárdico permanente pela aplicação de radiofreqüência
Introdução: Uma nova opção terapêutica para a remoção de cabos-eletrodo endocárdicos permanentes desativados é apresentada, utilizando a radiofreqüência para facilitar a liberação do eletrodo a partir do endocárdio, permitindo a extração transvenosa do sistema. Os resultados obtidos nos 4 primeiros pacientes tratados são apresentados. Casuística: Quatro pacientes portadores de processos infecciosos em eletrodos transvenosos abandonados foram submetidos a procedimento para remoção do cateter. Todos os pacientes eram portadores de eletrodos de fixação passiva por aletas implantados no ventrículo direito de 8,5 a 18,8 anos (M = 12,9 ± 5,6) antes. Em todos os casos a técnica da tração contínua havia sido utilizada exaustivamente, não se conseguindo a remoção. Métodos: Utilizou-se gerador de radiofreqüência Radionics RFG3D com anodo de 85 cm2 justaposto ao dorso do paciente e usou-se como catodo o próprio eletrodo a ser removido. Concomitante à tração contínua do cabo-eletrodo a aplicação de radiofreqüência era iniciada. Para cada paciente foram realizadas até três aplicações de 50 W com um tempo máximo de aplicação de 60 segundos em cada aplicação. O tempo e a potência foram determinados empiricamente pela equipe médica, considerando-se insucesso a não liberação do eletrodo a partir do miocárdio após a aplicação do montante de energia acima descrito. Resultados: O cabo-eletrodo foi removido completamente em 2 pacientes. Em 1, a radiofreqüência dissolveu a solda do condutor à ponta do eletrodo, que ficou presa ao miocárdio e no último paciente não houve liberação do cabo após o uso da máxima energia preestabelecida. Não houve complicações ou óbitos. Conclusões: A radiofreqüência pode ser usada como opção terapêutica para a liberação transvenosa de eletrodos abandonados. Maior experiência deve ser obtida para determinar a energia que deve ser utilizada para maximizar os resultados.
2022-12-06T14:00:36Z
COSTA,Roberto PICIONE,João L. SOSA,Eduardo A. SCANAVACCA,Maurício I. COSTA,Sergio S. C. Martinelli Filho,Martino Stolf,Noedir A. G. JATENE,Adib D.
Tratamento cirúrgico de mixoma do coração duplamente recidivado, em paciente testemunha de Jeová: relato de caso
A recidiva de mixoma cardíaco após sua remoção cirúrgica é incomum. Isso se deve à excisão de sua base de implantação nas paredes do coração. Caso essa ressecção não seja ampla, existe a possibilidade da recidiva do tumor. Os autores descrevem o caso de paciente do sexo masculino, 26 anos de idade, com antecedentes de recidiva de mixoma de átrio esquerdo em duas ocasiões e ressecção com sucesso. O paciente foi admitido em nosso Serviço devido à presença de tumor em átrio esquerdo. O exame ecocardiográfico revelou massa pediculada, localizada no septo interatrial. Por tratar-se de testemunha de Jeová, não recebeu sangue ou hemoderivados durante todo o tratamento cirúrgico. Na operação observou-se massa gelatinosa fixada no septo interatrial. Foi realizada ampla ressecção do tumor e de sua inserção no septo. O exame histopatológico constatou tratar-se de mixoma cardíaco.
2022-12-06T14:00:36Z
FABER,Cristiano Nicoletti DALLAN,Luís Alberto OLIVEIRA,Sérgio Almeida de LISBOA,Luiz Augusto F. TANIGUCHI,Fábio PLATANIA,Fernando JATENE,Adib D.
Desafios técnicos e complicações da dupla substituição valvar na presença de anéis aórtico e mitral pequenos
Mulher de 57 anos portadora de cardiopatia reumática com comprometimento das valvas aórtica e mitral foi submetida a uma substituição mitro-aórtica. A presença de anéis aórtico e mitral pequenos contribuiu para uma série de complicações intra-operatórias, como oclusão do óstio coronariano esquerdo e dissociação atrioventricular do tipo III. O sulco foi reparado com generoso enxerto autólogo pericárdico fresco de camada dupla sobreposto por uma prótese mecânica de duplo folheto. No pós-operatório, a paciente desenvolveu insuficiência respiratória prolongada, pneumonia, disfunção miocárdica temporária e insuficiência renal aguda. No final, ela recebeu alta sem problemas residuais.
2022-12-06T14:00:36Z
Atik,Fernando A. Pettersson,Gosta B. Gillinov,A. Marc Lytle,Bruce W.
Vasoespasmo coronariano induzido pela ecocardiografia sob estresse pela dobutamina-atropina
Relatamos caso de mulher de 45 anos de idade, com antecedentes de hipertensão arterial sistêmica e tabagismo, submetida a ecocardiografia sob estresse pela dobutamina-atropina para investigação de doença arterial coronariana. No pico do estresse, a paciente apresentou dor precordial súbita e de forte intensidade. O eletrocardiograma de doze derivações revelou elevação do segmento ST nas derivações DII, DIII, aVF, V5 e V6 e depressão do segmento ST nas derivações DI, aVL, V2 e V3. Pela monitoração das imagens ecocardiográficas foi observado aparecimento de discinesia do septo inferior e acinesia da parede inferior do ventrículo esquerdo. O exame foi interrompido imediatamente, a paciente foi medicada e evoluiu com melhora da dor precordial e das alterações de motilidade segmentar. A angiografia coronariana revelou lesões coronarianas irregulares com menos de 50% de obstrução do diâmetro luminal. Trata-se de um caso de vasoespasmo coronariano induzido por estimulação alfa-adrenérgica durante a ecocardiografia sob estresse pela dobutamina-atropina.
2022-12-06T14:00:36Z
Bogaz,Fábio A. Saroute,Ally N. R. Tsutsui,Jeane Mike Kowatsch,Ingrid O. Neto,Francisco M. Nicolau,José C. Ramires,José A. F. Mathias Junior,Wilson
I Diretriz de Ressonância e Tomografia Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia Sumário Executivo
No summary/description provided
2022-12-06T14:00:36Z
Cattani,César Augusto Mastrofrancisco Jasinowodolinsk,Dany Lucchesi,Fabiano Rocha,Fábio Berezowsky Pedroti,Fátima Cristina Szarf,Gilberto Monte,Guilherme Urpia Kuroki,Iugiro Roberto Andrade,Joalbo Parga Filho,José Rodrigues Correia,Luis Cláudio Ávila,Luiz Francisco Hadlich,Marcelo Zapparoli,Marcelo Barbosa,Marcia Mugnaini,Márcia Lima Siqueira,Maria Helena Albernaz Uellendhal,Marly Maria Rosário Neto,Miguel Abraão Schwarzman,Paulo R. Santos Filho,Raul Dias dos Loureiro,Ricardo Kalil Filho,Roberto Vieira,Robson de Macedo
Efeitos da associação da estimulação atrial dinâmica em duplo sítio atrial com atenolol na prevenção da fibrilação atrial recorrente
OBJETIVO: Avaliar os efeitos da estimulação atrial otimizada (EAO) (estimulação duplo-sítio atrial, freqüência acima da intrínseca e algoritmo funcional específico) e uso de atenolol, na prevenção da fibrilação atrial (FA) recorrente. Desfecho primário: quantificar a taxa de episódios de FA. Desfechos secundários: qualidade de vida, avaliação de sintomas específicos cardiovasculares, taxa de internações hospitalares, taxa de cardioversões elétricas e farmacológicas e eventos cardíacos adversos. MÉTODOS: Vinte e sete pacientes com FA paroxística recorrente e doença do nó sinusal foram submetidos ao implante de marcapasso duplo-sítio atrial e ventricular e iniciaram com atenolol 100 mg/dia, a seguir foram randomizados em dois grupos, grupo I (3 meses iniciais com EAO e algoritmo especifico ligado e mais 3 com o mesmo desligado) e grupo II (seqüência inversa do grupo I). O modo de estimulação foi DDDR e após 3 meses, foram submetidos à avaliação clínica e eletrônica do sistema de estimulação - mudança automática de modo (AMS), Holter de 24 horas, ecocardiograma e questionário SF-36. Em seguida, foram cruzados e após 6 meses, nova avaliação. RESULTADOS: Pacientes com EAO, quando comparados ao grupo com algoritmo desligado, apresentaram menores taxas de: FA/semana (p<0,001), ativações do AMS (p<0,01), hospitalizações (p<0,001), cardioversões (p<0,001), além de melhores índices dos componentes físico e mental da qualidade de vida. CONCLUSÃO: A terapêutica híbrida, EAO associada ao uso de atenolol, reduziu a taxa de recorrência de FA e proporcionou melhora clínico funcional de pacientes com bradiarritmias sintomáticas.
2022-12-06T14:00:36Z
Menezes Júnior,Antonio da Silva Martinelli Filho,Martino Menezes,Carlos Cléber dos Santos Costa,Roberto Ramires,José Antônio Franchini
Acompanhamento clínico de pacientes portadores de cardioversor-desfibrilador implantável
OBJETIVO: Relatar o perfil de terapias apropriadas (TA) e inapropriadas (TI) do cardioversores-desfibriladores implantáveis (CDI) em portadores de cardiopatia isquêmica e não-isquêmica e as complicações precoces e tardias do procedimento. MÉTODOS: Foram analisados 155 pacientes (119 homens e 36 mulheres), idade média de 47 (21-88) anos, submetidos ao implante de CDI. Foram divididos em grupos I - pacientes pós-infarto agudo do miocárdio (IAM) (n = 80), grupo II - cardiopatia não-isquêmica e fração de ejeção de ventrículo esquerdo (FEVE) < 40% (n = 45): chagásicos (n = 18), portadores de cardiopatia dilatada idiopática (n = 12), hipertensiva (n = 8), hipertrófica (n = 4) e valvar (n = 3); grupo III - displasia arritmogênica do ventrículo direito (n = 13) e grupo IV- canalopatias: síndrome de Brugada (n = 8) e arritmias ventriculares primárias (n = 9). Os pacientes eram submetidos a estudo eletrofisiológico (EEF) antes do implante. RESULTADOS: No seguimento médio de 26 meses foi observado um alto índice (46%) de TA (terapias antitaquicardia e/ou choques) do CDI nos 4 grupos, sem diferença estatística. Os 4 grupos não diferiram na mortalidade total (8,4%) ou arrítmica (1,3%). Não houve correlação entre as TA do CDI e a apresentação clínica dos pacientes ou arritmia ventricular indutível, com 4% de complicações precoces e tardias do procedimento. CONCLUSÃO: A alta incidência de TA do CDI e a baixa incidência de morte súbita sugerem que o CDI é uma estratégia terapêutica valiosa no manejo de pacientes isquêmicos e não isquêmicos selecionados previamente com EEF.
2022-12-06T14:00:36Z
Fonseca,Silvia Martelo Souza da Belo,Luiz Gustavo Carvalho,Hécio Araújo,Nilson Munhoz,Cláudio Siqueira,Leonardo Maciel,Washington Andréa,Eduardo Atié,Jacob
Características cardíacas e metabólicas de corredores de longa distância do ambulatório de cardiologia do esporte e exercício, de um hospital terciário
OBJETIVO: Caracterizar parâmetros cardíacos, eletrocardiográficos e funcionais, e respostas cardiopulmonares ao exercício em corredores de longa distância brasileiros, acompanhados no Ambulatório de Cardiologia do Esporte e Exercício de um hospital terciário. MÉTODOS: De uma população inicial de 443 atletas, de ambos os sexos, de diferentes modalidades esportivas, foram avaliados 162 (37%) corredores de longa distância, do sexo masculino, com idade variando entre quatorze e 67 anos. Registros eletrocardiográficos (doze derivações) e ecocardiográficos (modos mono e bidimensional) foram realizados em repouso. Respostas cardiopulmonares foram avaliadas durante teste em esteira rolante, com protocolo em rampa. RESULTADOS: Alterações metabólicas e doenças cardiovasculares foram diagnosticadas em 17% e 9% dos corredores, respectivamente. Bradicardia sinusal e hipertrofia ventricular esquerda foram verificadas em 62% e 33% dos corredores, respectivamente. Alterações estruturais, como cavidade ventricular > 55mm, espessura relativa de parede > 0,44 e índice de massa ventricular > 134g/m2 foram encontradas em 15%, 11% e 7% dos corredores, respectivamente. Fração de ejeção < 55% foi observada em 4% dos corredores. O consumo de oxigênio pico (VO2pico) diminuiu a partir de 41 anos, embora o limiar anaeróbio relativo ao VO2pico tenha se mantido inalterado com a idade. CONCLUSÃO: Bradicardia de repouso e hipertrofia ventricular esquerda são as adaptações cardiovasculares mais freqüentes em corredores de longa distância brasileiros acompanhados no Ambulatório de Cardiologia do Esporte e Exercício. Apesar da diminuição do VO2pico a partir de 41 anos, há manutenção do consumo de oxigênio relativo no limiar anaeróbio nesses corredores.
2022-12-06T14:00:36Z
Azevedo,Luciene Ferreira Brum,Patrícia Chakur Rosemblatt,Dudley Perlingeiro,Patrícia de Sá Barretto,Antônio Carlos Pereira Negrão,Carlos Eduardo Matos,Luciana Diniz Nagem Janot de
Pacientes com angina instável tratados por meio de intervenções coronarianas percutâneas no novo milênio: o que os caracteriza?
OBJETIVO: Identificar os perfis clínico/angiográfico e relacionados ao procedimento de pacientes com angina instável atendidos em um hospital terciário e tratados por meio de intervenções coronarianas percutâneas. MÉTODOS: Estudo de uma casuística consecutiva de 1.413 pacientes, selecionados a partir de um banco de dados informatizado e revascularizados percutaneamente no triênio 2002-2004. Não houve critérios de inclusão/exclusão. RESULTADOS: Hipertensão arterial sistêmica (74%) e hipercolesterolemia (65%) foram os fatores de risco clássicos para doença coronariana mais observados. Antecedentes de infarto do miocárdio e cirurgia de revascularização miocárdica foram respectivamente observados em 28% e 24% dos casos. Os subgrupos mais comumente tratados foram o IIB (48%) e IIIB (28%). O clopidogrel foi prescrito a 51% dos pacientes, enquanto os inibidores IIb IIIa foram utilizados em 7%. Doença coronariana multiarterial na cinecoronariografia diagnóstica ocorreu em 42% dos casos. Lesões-alvo tipo B2 ou C foram tratadas em 64%, das quais 94% situavam-se em vasos naturais. Lesões reestenóticas foram dilatadas em 5% dos pacientes. Todas as intervenções foram realizadas utilizando os stents coronarianos, a maioria dos quais (67%) do tipo convencional. CONCLUSÕES: 1) os subgrupos IIB e IIIB foram os mais comumente tratados (76%); 2) o clopidogrel foi o antitrombótico mais prescrito (51%); 3) a coronariopatia multiarterial foi observada em 42% dos casos, com predomínio de lesões-alvo complexas e situadas em vasos naturais; 4) a técnica de dilatação predominante foi o implante dos stents coronarianos.
2022-12-06T14:00:36Z
Peixoto,Daniele da Silva Tanajura,Luiz Fernando Leite Sousa,Amanda G. M. R. Centemero,Marinella Patrizia Chaves,Áurea Jacob Maia,Júlio de Paiva Fonseca,Alberto Gomes Taques Mattos,Luiz Alberto Piva e Feres,Fausto Sousa,José Eduardo M. R.
Comparação entre os resultados do índice de normalização internacional medidos em dispositivo portátil (Hemochron Jr.) e por metodologia convencional
OBJETIVO: Comparar os resultados do Índice de Normalização Internacional (INR) obtidos pelo teste rápido com os do método convencional nos pacientes em terapia de anticoagulação oral com varfarina sódica. MÉTODOS: Para 383 pacientes tratados com varfarina (idade média: 56,5 anos; 207 mulheres), o INR foi determinado em sangue capilar pelo equipamento Hemochron Jr. e comparado com os resultados de amostras de plasma venoso analisadas pelo teste convencional realizado em equipamento Coag-A-Mate. Foram avaliados os resultados do desempenho global das amostras e dos seguintes subgrupos: INR < 2,0, entre 2,0 a 3,5 e > 3,5. RESULTADOS: A comparação entre os valores de INR dos dois métodos resultou em um coeficiente de correlação (r) de 0,86. Entretanto, a análise das diferenças médias entre os resultados dos dois testes, considerando os três subgrupos, apresentou diferenças estatisticamente significativas (p < 0,001): 0,14 ± 0,21 (INR < 2,0); 0,54 ± 0,31 (2,0 < INR < 3,5) e 1,64 ± 1,10 (INR> 3,5). O cálculo do teste t-pareado de Student resultou em um p < 0,001 para os três subgrupos analisados. CONCLUSÃO: A adoção do teste rápido para monitoramento da anticoagulação oral apresenta restrições. Esse método subestimou a intensidade da anticoagulação nos três subgrupos estudados.
2022-12-06T14:00:36Z
De Piano,Luciana Pereira Almeida Strunz,Célia Maria Cássaro Mansur,Antonio de Pádua Rached,Roberto Abi
Dieta vegetariana e níveis de colesterol e triglicérides
OBJETIVO: Comparar os valores de triglicérides (TG), colesterol total (CT), lipoproteína de baixa densidade (LDL) e lipoproteína de alta densidade (HDL) entre indivíduos vegetarianos e onívoros. MÉTODOS: Foram coletadas amostras sangüíneas de 76 indivíduos, de ambos os sexos, que foram separados em quatro grupos de dieta: onívoro, ovolacto, lacto e vegetariano restrito (ou "vegan"). Foram dosados: CT, LDL, HDL e TG. RESULTADOS: Para as taxas de CT, LDL e TG, observa-se diferença significante entre as amostras, sendo o maior valor nos onívoros, havendo decréscimo nos vegetarianos, de acordo com o grau de restrição de produtos de origem animal, sendo a menor taxa observada nos "vegans". A média e o desvio padrão do CT foram de 208,09 ± 49,09 mg/dl no grupo de onívoros, e 141,06 ± 30,56 mg/dl no de vegan (p < 0,001). Os valores de LDL foram, para onívoros e "vegans", respectivamente, 123,43 ± 42,67 mg/dl e 69,28 ± 29,53 mg/dl (p < 0,001). Para o TG, esses valores foram 155,68 ± 119,84 mg/dl e 81,67 ± 81,90 mg/dl (p < 0,01). Com relação à taxa de HDL, não houve diferença entre as amostras, mas a proporção HDL/CT foi significantemente maior nos "vegans" (p = 0,01). CONCLUSÃO: A dieta vegetariana associou-se a menores valores de TG, CT e LDL em comparação com a dieta onívora.
2022-12-06T14:00:36Z
De Biase,Simone Grigoletto Fernandes,Sabrina Francine Carrocha Gianini,Reinaldo José Duarte,João Luiz Garcia
Prevalência e fatores de risco na associação entre doença arterial coronariana e aneurisma de aorta
OBJETIVO: Avaliar a prevalência da doença arterial coronariana (DAC) em portadores de aneurisma de aorta (AA), bem como as diferenças relacionadas às diferentes topografias. Descrever os principais fatores de risco para DAC relacionados a esta associação e suas eventuais diferenças de acordo com as diferentes topografias. MÉTODOS: Estudo prospectivo, aberto, não randomizado que avaliou 95 pacientes (62 homens, 33 mulheres, idade 63 ± 11,8 anos) com AA. Todos os pacientes, assintomáticos para DAC, possuíam tomografia computadorizada de aorta e angiografia coronariana. De acordo com a topografia do AA, eles foram divididos em três grupos: 1) pacientes com AA torácica (AAT); 2) com AA toracoabdominal (ATA) e 3) com AA abdominal (AAA). Foi criado um banco de dados com as informações clínicas e de exames complementares. A análise estatística realizada com o teste t de Student ou análise de variância (ANOVA) para as variáveis contínuas e qui-quadrado para as categóricas, sendo considerado p significante quando < 0,05. RESULTADOS: A prevalência de DAC foi de 63,1%, e o AAA apresentou maior prevalência quando comparado ao AAT e ATA (76% vs. 70% vs. 30%, p = 0,001). A análise comparativa dos fatores de risco para DAC de acordo com a topografia do AA revelou que os pacientes com AAA eram mais tabagistas (74,5% vs. 42,3% vs. 60%, p = 0,01) e dislipêmicos (54,2% vs 19,9% vs 60%, p = 0,007). Quanto à gravidade das lesões coronarianas na população de pacientes com AA, 12 (20%) possuíam pelo menos uma lesão coronariana > 70% e 19 (31,6%) > 50%. Quinze pacientes (25%) eram uniarteriais, 11 (18%) biarteriais e 34 (57%) triarteriais. CONCLUSÃO: Em portadores de AA a prevalência de DAC assintomática é elevada, principalmente naqueles com AAA. Os resultados deste estudo sugerem a necessidade de uma estratificação diagnóstica para DAC nos portadores de AA, principalmente nos com AAA.
2022-12-06T14:00:36Z
Ferro,Carlos Romério Costa Oliveira,Dinaldo Cavalcanti de Guerra,Fábio de Freitas Guimarães Lucena,Alexandre Jorge de Nunes,Fabiana Piech Ortiz,Sergio Tranchesi Egito,Enilton Sergio Tabosa Sousa,Luis Carlos Bento de Jatene,Adib Domingos Piegas,Leopoldo Soares
Exeqüibilidade, segurança e acurácia do ecocardiograma sob estresse com dobutamina/ atropina para detecção de doença arterial coronariana em candidatos a transplante renal
OBJETIVO: Avaliar a exeqüibilidade, a segurança e a acurácia diagnóstica do ecocardiograma sob estresse (EEDA) com dobutamina/atropina em candidatos a transplante renal. MÉTODOS: Pacientes candidatos a transplante renal com e sem nefropatia diabética realizaram EEDA e cineangiocoronariografia. Consideraram-se dois pontos de corte para doença arterial coronariana (DAC): > 50% e > 70% de obstrução de uma artéria epicárdica. RESULTADOS: Cento e quarenta e oito pacientes realizaram o EEDA e a angiografia coronariana. A média de idade foi de 52±9 anos, 69% eram do sexo masculino, 27% tinham nefropatia diabética, e 73%, HVE; 63% estavam assintomáticos, 36% e 22% apresentaram obstruções coronarianas > 50% e > 70%, respectivamente. A exeqüibilidade foi de 91% e houve 2,7% de complicações maiores. Obtiveram-se as seguintes médias de sensibilidade, especificidade e acurácia, considerando obstrução coronariana > 50%: 53% (IC:45-61), 87% (IC:81-93), e 75% (IC:63-83), respectivamente. Para obstrução >70%, 71% (IC:64-92), 85% (IC:79-91) e 81% (IC:75-87). A sensibilidade para diagnosticar doença uniarterial foi 41% (IC:19-63) e doença multiarterial, 78% (IC:64-92). CONCLUSÃO: O EEDA foi exeqüível e seguro; entretanto, foi ineficiente para rastreamento de DAC, considerando obstruções > 50%, mas pode ser útil para detecção de DAC em pacientes com obstruções > 70% e doença multiarterial.
2022-12-06T14:00:36Z
Ferreira,Pedro Antonio Muniz Lima,Valter Correia de Campos Filho,Orlando Gil,Manuel Adan Cordovil,Adriana Machado,Cristiano Vieira Pestana,José Osmar Medina Carvalho,Antonio Carlos de Camargo
Avaliação ecocardiográfica em obesos graves assintomáticos
OBJETIVO: Estudar a função sistólica e diastólica por meio da ecocardiografia Doppler em pacientes assintomáticos com obesidade grave. MÉTODOS: Foram avaliados, por meio de ecocardiograma transtorácico, 30 pacientes candidatos a cirurgia bariátrica, com IMC médio de 49,2±8,8 kg/m², sem história de cardiopatia prévia. RESULTADOS: Observou-se aumento de câmaras esquerdas em 42,9% da amostra, disfunção diastólica em 54,6%, hipertrofia ventricular esquerda em 82,1%, com padrão geométrico do tipo hipertrofia excêntrica em metade dos casos. A indexação da massa ventricular esquerda com a altura diagnosticou significativamente mais hipertrofia do que a indexação com a superfície corpórea (p = 0,0053), sendo esse índice mais apropriado para determinação de hipertrofia ventricular em obesos. Correlações entre hipertrofia ventricular esquerda com tempo de obesidade e níveis pressóricos foram positivas, bem como correlações entre o índice de massa corpórea e indicadores de disfunção diastólica. CONCLUSÃO: Este estudo mostrou que o ecocardiograma, realizado em portadores de obesidade grave assintomáticos, revelou alterações cardíacas estruturais comuns na miocardiopatia da obesidade, que podem associar-se ao desenvolvimento de insuficiência cardíaca, arritmias e morte súbita, possibilitando a identificação de pacientes sob maior risco cardiovascular.
2022-12-06T14:00:36Z
Rocha,Isaura Elaine Gonçalves Moreira Victor,Edgar Guimarães Braga,Maria Cynthia Silva,Odwaldo Barbosa e Becker,Mônica de Moraes Chaves
Prevalência de hipertensão arterial em adultos e fatores associados: um estudo de base populacional urbana em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil
OBJETIVO: Determinar a prevalência de hipertensão arterial sistêmica e os fatores associados a sua ocorrência. MÉTODOS: Realizou-se um estudo transversal, de base populacional, na população de 20 a 69 anos residente na zona urbana de Pelotas-RS. A variável dependente hipertensão arterial sistêmica foi definida como pressão arterial >160 x 95 mmHg (média de duas medidas) ou o uso atual de medicação anti-hipertensiva. RESULTADOS: Entre as 1.968 pessoas incluídas no estudo, foi encontrada uma prevalência de 23,6% (IC95% 21,6 a 25,3) de hipertensão arterial. Os fatores de confusão foram controlados através da regressão de Poisson. Foram mantidas no modelo final com significância estatística as variáveis: renda familiar, idade, cor da pele, sexo, história familiar de hipertensão, consumo adicional de sal e índice de massa corporal. CONCLUSÃO: Observou-se um aumento da prevalência de hipertensão em comparação com estudo semelhante realizado em 1992. O maior aumento percentual de prevalência ocorreu nos grupos mais jovens.
2022-12-06T14:00:36Z
Costa,Juvenal Soares Dias da Barcellos,Franklin Correa Sclowitz,Marcelo Leal Sclowitz,Iândora Krolow Timm Castanheira,Marcelo Olinto,Maria Teresa Anselmo Menezes,Ana Maria Baptista Gigante,Denise Petrucci Macedo,Silvia Fuchs,Sandra Costa