Repositório RCAAP
Skeletonized internal thoracic artery is associated with lower rates of mediastinitis in elderly undergoing coronary artery bypass grafting surgery
BACKGROUND AND OBJECTIVES: Mediastinitis is a serious complication of median sternotomy and is associated to significant morbidity and mortality. The aim of this study is to identify which option of harvesting internal thoracic artery (ITA), pedicled or skeletonized, is associated with lower rates of mediastinitis after coronary artery bypass grafting surgery (CABG) in elderly, in the Division of Cardiovascular Surgery of PROCAPE. METHODS: Retrospective study of 160 elderly who underwent consecutive CABG between May 2007 and June 2011. Eleven preoperative variables, four intraoperative variables and eight postoperative variables possibly involved in the development of postoperative mediastinitis were evaluated between two groups: CABG with skeletonized ITA (n=80) and pedicled ITA (n=80). Univariate and multivariate logistic regression analyses were applied. RESULTS: The incidence of mediastinitis was 6.8% (n=11), with a lethality rate of 54.5% (n=6). The skeletonized ITA group were more exposed than pedicled ITA group to obesity (n=12 vs. n=4; 15% vs. 5%; P=0.035) and multiple transfusions (n=25 vs. n=11; 31.2% vs. 13.7%; P=0.008). The pedicled ITA group presented a greater risk of mediastinitis after CABG than skeletonized ITA group (n=10 vs. n=1; 12.5% vs. 1.2%; Unadjusted OR 11.3; 95% CI 1.4 - 241.5; P=0.008). In multivariate analysis, this difference maintained statistically significant (Adjusted OR 5.2; 95% CI 1.5-495.8; P=0.012), being considered an independent association. CONCLUSIONS: We suggest that elderly should be considered for strategies to minimize risk of infection. In elderly that undergo unilateral ITA, the problem seems to be related to how ITA is harvested. Elderly should always be considered for use of skeletonized ITA.
2011
Sá,Michel Pompeu Barros de Oliveira Santos,Cecília Andrade Figueiredo,Omar Jacobina Lima,Renato Oliveira Albuquerque Ferraz,Paulo Ernando Soares,Alexandre Magno Macário Nunes Bezerra,Pablo César Lustosa Barros Martins,Wendell Nunes Lima,Ricardo de Carvalho
Risk factors for sternal wound infections and application of the STS score in coronary artery bypass graft surgery
BACKGROUND: Sternal wound infection (SWI) after coronary artery bypass graft (CABG) surgery is a major complication. Identifying patients at risk of SWI is essential for the application of preventive measures. OBJECTIVE: To identify the pre- and intra-operative risk factors, apply the STS risk score and determine the correlation between the risk score and microorganisms isolated from surgical wounds in a Brazilian hospital. METHODS: This is a retrospective analysis of a database of all CABG surgeries performed in a single institution from 2006 to 2008. Chi-square analysis was used for categorical variables and Student's t-test was used for quantitative variables. Multivariate logistic regression model was used to identify independent risk factors for SWI. P <0.05 was considered significant. RESULTS: The infection rate was 7.2% (143/1975). The multiple regression analysis found the following risk factors: female gender (OR 2.06; 95%CI 1.40-3.03; P<0.001), BMI>40 kg/m² (OR 6.27, 95%CI 2.53-15.48; P<0.001), diabetes (OR 2.33; 95%CI 1.56-3.49; P<0.001), number of affected coronary arteries (OR 7.78; 95%CI 1.04-57.79; P<0.001) and use of bilateral internal thoracic artery (OR 3.85; 95%CI 2.10-7.07; P<0.001). Infected patients had a mean score of 9, whereas non-infected patients had a mean score of 7 (P<0.001). There was no correlation between microorganisms, scores and risk factors. CONCLUSION: Female gender, diabetes, BMI>40 kg/m², number of affected coronary arteries and use of bilateral internal thoracic artery were associated with a higher risk of infection. The STS risk score can be successfully used and there was no correlation between microorganisms, the score and risk factors at our institution.
2011
Farsky,Pedro Silvio Graner,Humberto Duccini,Pedro Zandonadi,Eliana da Cassia Amato,Vivian Lerner Anger,Jaime Sanches,Antonio Flavio de Almeida Abboud,Cely Saad
"Non Working Beating Heart": novo método de proteção miocárdica no transplante cardíaco
INTRODUÇÃO E OBJETIVO: Trata-se do implante em posição ortotópica bicaval bipulmonar do coração doado batendo em normotermia. Este estudo busca diminuir o tempo isquêmico e criar condições de ir se adaptando ao organismo hospedeiro. MÉTODOS: Já em CEC, a primeira anastomose a ser feita é a da aorta, reperfundindo as artérias coronárias e recuperando os batimentos. As restantes são realizadas com o coração batendo em ritmo sinusal, sendo a da artéria pulmonar a última. Esta metodologia foi aplicada em 10 pacientes receptores, sendo oito do sexo masculino, com idades entre 16 e 69 (média de 32,7 anos), PSAo 90-100 (média de 96 mmHg), PSAP 25-65 (média de 46,1 mmHg), RVP 0,9-5,0 (média de 3,17 Wood), GTP 4-13 (média de 7,9 mmHg). Entre os 10 doadores, sete eram do sexo masculino, com idade entre 15 e 48 (média 27,7 anos), peso entre 65 e 114 kg (média de 83,1 kg). As causas do coma encefálico foram: TCE (cinco), AVCH (quarto) e tumor cerebral (um). RESULTADOS: O tempo isquêmico variou de 58 a 90 minutos (média 67,6 minutos), sendo que oito doadores estavam em hospitais da região metropolitana de São Paulo e dois em cidades distantes. Todos os enxertos, após completadas as anastomoses, retomaram o fluxo e o débito, mantendo bons parâmetros, com baixa dosagem de inotrópico e mantiveram estas condições no pós-operatório imediato. Não ocorreram óbitos e todos os pacientes obtiveram alta hospitalar. A evolução tardia variou de 20 dias a 10 meses, tendo ocorrido um óbito ao 4º mês pós-transplante, por sepse. CONCLUSÕES: Esta metodologia, além de reduzir o tempo isquêmico, permite ao órgão doado recuperar e manter seus batimentos sem pré nem pós-carga durante o implante, o que enseja proporcionar recuperação fisiológica, ultraestrutural, imunológica, inflamatória e mecânica do enxerto, com resultados consistentes precoces e tardios.
2011
Dinkhuysen,Jarbas Jakson Contreras,Carlos Cipullo,Reginaldo Finger,Marco Aurélio Rossi,João Manrique,Ricardo Magalhães,Hélio M. Chaccur,Paulo
Terapia gênica para cardiopatia isquêmica: revisão de ensaios clínicos
Cardiopatia isquêmica grave com angina refratária a formas convencionais de tratamento apresenta-se em uma crescente incidência. Para tratar angina refratária, terapias alternativas na tentativa de redução da isquemia miocárdica e alívio de sintomas têm sido estudadas. Neste contexto, a terapia gênica representa uma opção, pela possibilidade de induzir angiogênese, estabelecer circulação colateral e reperfundir miocárdio isquêmico. Diversos ensaios clínicos têm sido conduzidos e, com exceção de casos isolados e específicos de efeitos adversos, há indicação de segurança, viabilidade e potencial eficácia da terapia. O benefício clínico não está bem definido. Neste artigo, revisamos os ensaios clínicos que utilizaram terapia gênica para tratamento de pacientes cardiopatas isquêmicos. A abordagem inclui: (1) isquemia miocárdica e angiogênese, sobre os aspectos fisiopatológicos envolvidos; (2) fatores de crescimento, tratando sobre aspectos específicos e justificando a utilização em pacientes cardiopatas isquêmicos sem opções pela terapêutica convencional; (3) ensaios clínicos controlados, onde é apresentado um resumo dos principais estudos envolvendo terapia gênica para tratamento da cardiopatia isquêmica grave; (4) nossa experiência, especialmente sobre resultados preliminares do primeiro ensaio clínico de terapia gênica do Brasil e (5) perspectivas.
2011
Eibel,Bruna Rodrigues,Clarissa G. Giusti,Imarilde I. Nesralla,Ivo A. Prates,Paulo R. L. Sant'Anna,Roberto T. Nardi,Nance B. Kalil,Renato A. K.
Fisioterapia respiratória e sua aplicabilidade no período pré-operatório de cirurgia cardíaca
Procedimentos cirúrgicos torácicos podem alterar a mecânica respiratória, repercutindo na função pulmonar. A presença de profissionais fisioterapeutas é fundamental no preparo e na reabilitação dos indivíduos que são submetidos à cirurgia cardíaca, visto que dispõem de um grande arsenal de técnicas. O objetivo foi verificar a efetividade de exercícios respiratórios, com e sem a utilização de dispositivos, e o treinamento muscular respiratório pré-cirurgia cardíaca na redução das complicações pulmonares pós-operatórias. Mesmo existindo controvérsias a respeito de qual técnica utilizar, estudos demonstram a eficácia da fisioterapia respiratória pré-cirúrgica na prevenção e na redução de complicações pulmonares pós-operatórias.
2011
Miranda,Regina Coeli Vasques de Padulla,Susimary Aparecida Trevizan Bortolatto,Carolina Rodrigues
Heart valve papillary fibroelastoma associated with cardioembolic cerebral events
Papillary fibroelastomas of the heart valves are benign, slow-growing, rare tumors of the heart. This tumor represents a potential cause of systemic embolism, stroke, myocardial infarction and sudden death. Early diagnosis is very important, as surgical excision of these tumors can prevent cerebrovascular and cardiovascular complications. Diagnosis is usually made by transesophageal echocardiogram. We describe two cases of patients with papillary fibroelastomas causing cardioembolic cerebral events, which underwent successful surgical treatment. The authors present a brief review of the literature.
2011
Albuquerque,Luciano Cabral Trindade,Vanessa Devens
Terapia de ressincronização cardíaca
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2011
Sternieri,Maria C. Valéria Braga Braile Ferreira,Victor Rodrigues Ribeiro
An overview of basic research articles recently published by Clinics
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2011
Rocha e Silva,Mauricio
GuaragnaSCORE prediz satisfatoriamente os desfechos em cirurgia cardíaca valvar em hospital brasileiro
OBJETIVO: O objetivo deste estudo é avaliar a aplicabilidade do GuaragnaSCORE na predição de mortalidade perioperatória em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca valvar na Divisão de Cirurgia Cardiovascular do Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco - PROCAPE, Recife, PE, Brasil. MÉTODOS: Estudo retrospectivo envolvendo 491 pacientes consecutivos operados entre Maio/2007 e Dezembro/2010. Os registros continham todas as informações utilizadas para calcular a pontuação. O desfecho de interesse foi óbito. A associação de fatores do escore com óbito (análise univariada e análise de regressão logística multivariada), associação de classes de risco do escore com óbito e acurácia do modelo através da área sob a curva ROC (receiver operating characteristic) foram calculados. RESULTADOS: A incidência de óbito foi de 15,1%. As nove variáveis do escore foram preditoras de morte em análise univariada e multivariada. Observamos que, quanto maior a classe de risco do paciente (baixa, média, alta, muito alta, extremamente alta), maior é a incidência de óbito (0%; 7,2%; 25,5%; 38,5%; 52,4%), demonstrando que o modelo parece ser um bom preditor de risco de óbito, em uma associação estatisticamente significativa (P<0,001). O escore apresentou boa acurácia, levando em consideração que a área sob a curva ROC foi de 78,1%. CONCLUSÕES: O escore brasileiro demonstrou-se um índice simples e objetivo, revelando-se um preditor satisfatório de óbito no período perioperatório em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca valvar em nossa instituição.
2012
Sá,Michel Pompeu Barros de Oliveira Sá,Marcus Villander Barros de Oliveira Albuquerque,Ana Carla Lopes de Silva,Belisa Barreto Gomes da Siqueira,José Williams Muniz de Brito,Phabllo Rodrigo Santos de Vasconcelos,Frederico Pires Lima,Ricardo de Carvalho
Resultados clínicos e metabólicos da abreviação do jejum com carboidratos na revascularização cirúrgica do miocárdio
INTRODUÇÃO: Existe pouca informação sobre abreviação do jejum pré-operatório com oferta de líquidos ricos em carboidratos (CHO) nas operações cardiovasculares. OBJETIVOS: Avaliar variáveis clínicas, segurança do método e efeitos no metabolismo de pacientes submetidos à abreviação do jejum na cirurgia de revascularização do miocárdio (CRVM). MÉTODOS: Quarenta pacientes submetidos à CRVM foram randomizados para receberem 400 ml (6 horas antes) e 200 mL (2 horas antes) de maltodextrina a 12,5% (Grupo I, n=20) ou apenas água (Grupo II, n=20) antes da indução anestésica. Foram avaliadas diversas variáveis clínicas no perioperatório e também a resistência insulínica (RI) pelo índice de Homa-IR e pela necessidade de insulina exógena; além da função excretora da célula beta pancreática pelo Homa-Beta e controle glicêmico por exames de glicemia capilar. RESULTADOS: Não ocorreram óbitos, broncoaspiração, mediastinite, infarto agudo do miocárdio ou acidente vascular encefálico perioperatórios. Fibrilação atrial ocorreu em dois pacientes de cada grupo e complicações infecciosas não diferiram entre os grupos (P=0,611). Pacientes do Grupo I apresentaram dois dias a menos de internação hospitalar (P=0,025) e um dia a menos na UTI (P<0,001). O tempo de uso de dobutamina foi menor no Grupo I (P=0,034). Houve pior controle glicêmico nas primeiras 6 horas de pós-operatório no Grupo II (P=0,012). RI foi constatada e não diferiu entre os grupos (P>0,05). Declínio da produção endógena de insulina ocorreu em ambos os grupos (P<0,001). CONCLUSÃO: Abreviação do jejum pré-operatório com oferta de CHO na CRVM foi segura, melhorou o controle glicêmico na UTI, diminuiu tempo de uso de dobutamina, e de internação hospitalar e na UTI. Contudo, não influenciou a RI e morbimortalidade de fase hospitalar.
2012
Feguri,Gibran Roder Lima,Paulo Ruiz Lúcio Lopes,Andréa Mazoni Roledo,Andréa Marchese,Miriam Trevisan,Mônica Ahmad,Haitham Freitas,Bruno Baranhuk de Aguilar-Nascimento,José Eduardo de
Perioperative intravenous corticosteroids reduce incidence of atrial fibrillation following cardiac surgery: a randomized study
OBJECTIVE: Corticosteroids decrease side effects after noncardiac elective surgery. A randomized, double blinded, placebo-controlled study was plan to test the hypothesis that standard doses of dexamethasone (6X2) would decrease the incidence of atrial fibrillation (AF) following cardiac surgery. METHODS: A total of 185 patients undergoing coronary revascularization surgery were enrolled in this clinical study. The anesthetic management was standardized in all patients. Dexamethasone (6 mg/ml) or saline (1 ml) was administered after the induction of anesthesia and a second dose of the same study drug was given on the morning after surgery. The incidence of AF was determined by analyzing the first 72 hours of continuously recorded electrocardiogram records after cardiac surgery, to determine the incidence and severity of postoperative side effects. RESULTS: The incidence of 48 hours postoperative AF was significantly lower in the Dexamethasone group (21/ 92[37.5%]) than in the placebo group (35/92 [62.5%], adjusted hazard ratio, 2.07; 95% confidence interval, 1.09-3.95 (P<0.05). Compared with placebo, patients receiving dexamethasone did not have higher rates of superficial or deep wound infections, or other major complications. CONCLUSIONS: Prophylactic short-term dexamethasone administration in patients undergoing coronary artery bypasses grafting significantly reduced postoperative atrial fibrillation.
2012
Abbaszadeh,Monir Khan,Zahid Hussain Mehrani,Fariborze Jahanmehr,Hammid
Cirurgia cardíaca videoassistida: 6 anos de experiência
INTRODUÇÃO: A cirurgia cardíaca minimamente invasiva e videoassistida (CCVA) tem aumentado em popularidade nos últimos 15 anos. As pequenas incisões têm sido associadas a um bom efeito estético e menor trauma cirúrgico, consequentemente, menor dor e rápida recuperação pós-operatória. OBJETIVOS: Apresentar nossa casuística com CCVA, após 6 anos de uso do método. MÉTODOS: Cento e trinta e seis pacientes foram submetidos à CCVA, após consentimento escrito, entre setembro de 2005 e outubro de 2011, sendo 50% do sexo masculino, com idade de 47,8 ± 15,4 anos, divididos em dois grupos: com circulação extracorpórea (CEC) (GcCEC=105 pacientes): valvopatia mitral (47/105), valvopatia aórtica (39/105) e cardiopatia congênita (19/105) e sem CEC (GsCEC=31 pacientes): ressincronização cardíaca (18/31), tumor cardíaco (4/31) e revascularização miocárdica minimamente invasiva (6/31). No GcCEC, foi realizada minitoracotomia direita (3 a 5 cm) e acesso femoral para canulação periférica. RESULTADOS: No GcCEC, a média de dias em UTI (DUTI) e de internação hospitalar (DH) foi, respectivamente, 2,4 ± 4,5 dias e 5,0 ± 6,8 dias. Doze pacientes apresentaram complicações no pós-operatório e cinco (4,8%) foram a óbito. Noventa e três (88,6%) pacientes evoluíram sem intercorrências, foram extubados no centro cirúrgico, permanecendo 1,8 ± 0,9 DUTI e 3,6 ± 1,3 DH. No GsCEC, foram 1,3 ± 0,7 DUTI e 2,9 ± 1,4 DH, sem intercorrências ou óbitos. CONCLUSÃO: Os resultados encontrados nesta casuística são comparáveis aos da literatura mundial e confirmam o método como opção à técnica convencional.
2012
Fortunato Júnior,Jeronimo Antonio Pereira,Marcelo Luiz Martins,André Luiz M. Pereira,Daniele de Souza C. Paz,Maria Evangelista Paludo,Luciana Branco Filho,Alcides Milosewich,Branka
Análise dos resultados imediatos da cirurgia de revascularização do miocárdio com e sem circulação extracorpórea
OBJETIVO: Comparar os resultados imediatos da cirurgia de revascularização do miocárdio com e sem circulação extracorpórea (CEC). MÉTODOS: De janeiro de 2007 a janeiro de 2009, 177 pacientes foram submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM), sendo 92, sem CEC e 85 com CEC. Foram avaliados distribuição demográfica, fatores de risco pré-operatórios, classe funcional e avaliação de risco pelo EuroSCORE. A evolução no pós-operatório foi comparada entre os grupos. RESULTADOS: A média de enxertos por paciente foi de 2,48 ± 0,43, no grupo sem CEC, e 2,90 ± 0,59, no com CEC. No grupo sem CEC, 97,8% dos pacientes receberam um enxerto de artéria torácica interna, enquanto que no grupo com CEC a porcentagem foi de 94,1% (P = 0,03). A taxa de revascularização completa foi similar em ambos os grupos. No grupo sem CEC, a artéria circunflexa foi revascularizada em 48,9% dos casos e, em 68,2%, no grupo com CEC (P = 0,01). A mortalidade hospitalar foi de 4,3% e 4,7%, respectivamente, no grupo sem CEC e com CEC (P = 0,92). Os pacientes operados sem CEC apresentaram menor índice de complicações em relação ao infarto perioperatório (P= 0,02) e ao uso de balão intra-aórtico (P= 0,01). CONCLUSÃO: A cirurgia coronariana sem CEC é um procedimento seguro, com mortalidade hospitalar similar a dos pacientes operados com CEC, com menores taxas de complicações e de incidência de infarto perioperatório, bem como menor necessidade de balão intra-aórtico.
2012
Cantero,Marcos Antonio Almeida,Rui M. S. Galhardo,Roberto
A idade influencia os desfechos em pacientes com idade igual ou superior a 70 anos submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica isolada
OBJETIVO: Analisar os resultados da cirurgia de revascularização miocárdica (CRVM) isolada com circulação extracorpórea em pacientes com idade > 70 anos em comparação àqueles com < 70 anos. MÉTODOS: Pacientes submetidos consecutivamente à CRVM isolada. Os pacientes foram agrupados em G1 (idade e" 70 anos) e G2 (idade < 70 anos). Os desfechos analisados foram letalidade hospitalar, infarto agudo miocárdio (IAM), acidente vascular encefálico (AVE), reoperação para revisão de hemostasia (RRH), necessidade de balão intra-aórtico (BIA), complicações respiratórias, insuficiência renal aguda (IRA), mediastinite, sepse, fibrilação atrial (FA) e bloqueio atrioventricular total (BAVT). RESULTADOS: Foram estudados 1033 pacientes, 257 (24,8%) do G1 e 776 (75,2%) do G2. A letalidade hospitalar foi significantemente maior no G1 quando comparado ao G2 (8,9% vs. 3,6%, P=0,001), enquanto a incidência de IAM foi semelhante (5,8% vs. 5,5%; P=0,87). Maior número de pacientes do G1 necessitou de RRH (12,1% vs. 6,1%; P=0,003). Da mesma forma, no G1 houve maior incidência de complicações respiratórias (21,4% vs. 9,1%; P<0,001), mediastinite (5,1% vs. 1,9%; P=0,013), AVE (3,9% vs. 1,3%; P=0,016), IRA (7,8% vs. 1,3%, P<0,001), sepse (3,9% vs. 1,9%; P=0,003), fibrilação atrial (15,6% vs. 9,8%; P=0,016) e BAVT (3,5% vs. 1,2%; P=0,023) do que o G2. Não houve diferença significante na necessidade de BIA. Na análise regressão logística multivariada "forward stepwise", a idade >70 anos foi fator preditivo independente para maior letalidade operatória (P=0,004) e para RRH (P=0,002), sepse (P=0,002), complicações respiratórias (P<0,001), mediastinite (P=0,016), AVE (P=0,029), IRA (P<0,001), FA (P=0,021) e BAVT (P=0,031) no pós-operatório. CONCLUSÃO: Este estudo sugere que pacientes com idade > 70 anos estão sob maior risco de morte e outras complicações no pós-operatório de CRVM em comparação aos pacientes mais jovens.
2012
Rocha,Antônio Sérgio Cordeiro da Pittella,Felipe José Monassa Lorenzo,Andrea Rocha de Barzan,Valmir Colafranceschi,Alexandre Siciliano Brito,José Oscar Reis Mattos,Marco Antonio de Silva,Paulo Roberto Dutra da
Características clínico-demográficas de pacientes submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio e sua relação com a mortalidade
OBJETIVO: Descrever as características clínicodemográficas e testar sua relação com a mortalidade hospitalar em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM). MÉTODOS: Estudo retrospectivo conduzido a partir dos prontuários de 655 pacientes submetidos à CRM, no período de maio de 2002 a abril de 2010. RESULTADOS: A mortalidade hospitalar foi de 12,1%. A mortalidade foi significativamente (P<0,05) maior em indivíduos do sexo feminino (17,3%), com idade igual ou superior a 70 anos (22,8%), em cirurgias de emergência (36,4%), nos casos de reinternação na unidade de terapia intensiva (UTI) (33,3%), quando a permanência foi inferior a três dias na UTI (16,3%), submetidos a maior tempo de circulação extracorpórea (CEC) e com maior número de comorbidades (15,4%). As variáveis preditoras de óbito identificadas pela análise de regressão logística foram: sexo feminino (OR=2,04); idade >70 anos (OR=2,69); cirurgias em caráter de emergência (OR=15,43) e de urgência (OR=3,81); realização de CEC (OR=2,19) e reinternação na UTI (OR=4,33). CONCLUSÃO: Sexo, idade, tipo de cirurgia, reinternação na UTI, permanência na UTI, comorbidades e tempo de CEC influenciaram no desfecho óbito do paciente submetido à CRM. Dessa forma, tais aspectos devem ser considerados para diminuir o óbito hospitalar em pacientes submetidos a esse tipo de cirurgia.
2012
Oliveira,Eduardo Lafaiette de Westphal,Glauco Adrieno Mastroeni,Marco Fabio
Oxidative stress and inflammatory response increase during coronary artery bypass grafting with extracorporeal circulation
INTRODUCTION: Thiobarbituric acid-reactive substance is a marker of oxidative stress and has cytotoxic and genotoxic actions. C- reactive protein is used to evaluate the acute phase of inflammatory response. OBJECTIVES: To assess the thiobarbituric acid-reactive substance and C-reactive protein levels during extracorporeal circulation in patients submitted to cardiopulmonary bypass. METHODS: Twenty-five consecutive surgical patients (16 men and nine women; mean age 61.2 ± 9.7 years) with severe coronary artery disease diagnosed by angiography scheduled for myocardial revascularization surgery with extracorporeal circulation were selected. Blood samples were collected immediately before initializing extracorporeal circulation, T0; in 10 minutes, T10; and in 30 minutes, T30. RESULTS: The thiobarbituric acid-reactive substance levels increased after extracorporeal circulation (P=0.001), with average values in T0=1.5 ± 0.07; in T10=5.54 ± 0.35; and in T30=3.36 ± 0.29 mmoles/mg of serum protein. The C-reactive protein levels in T0 were negative in all samples; in T10 average was 0.96 ± 0.7 mg/dl; and in T30 average was 0.99 ± 0.76 mg/dl. There were no significant differences between the dosages in T10 and T30 (P=0.83). CONCLUSIONS: C-reactive protein and thiobarbituric acid-reactive substance plasma levels progressively increased during extracorporeal circulation, with maximum values of thiobarbituric acid-reactive substance at 10 min and of Creactive protein at 30 min. It suggests that there are an inflammatory response and oxidative stress during extracorporeal circulation.
2012
Melek,Flora Eli Baroncini,Liz Andréa Villela Repka,João Carlos Domingus Nascimento,Celso Soares Précoma,Dalton Bertolim
Cirurgia de revascularização miocárdica na fase aguda do infarto: análise dos fatores preditores de mortalidade intra-hospitalar
OBJETIVO: A cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) na fase aguda do infarto do miocárdio (IAM) está associada a aumento do risco operatório. O objetivo do estudo foi determinar fatores preditores de mortalidade intra-hospitalar nos pacientes submetidos a CRM no IAM. MÉTODOS: Durante três anos, todos os pacientes submetidos a CRM no IAM foram analisados retrospectivamente, utilizando o banco de dados institucional. Sessenta variáveis por paciente foram avaliadas: 49 variáveis pré-operatórias provenientes dos escores 2000 Bernstein-Parsonnet e EuroSCORE; 4 variáveis pré-operatórias não consideradas por esses escores (tempo entre o IAM e a CRM, valor máximo de CKMB, valor máximo de troponina e supradesnivelamento do segmento ST) e 7 variáveis intraoperatórias [uso de circulação extracorpórea (CEC), tempo de CEC, tipo de cardioplegia, endarterectomia, número de enxertos, uso da artéria torácica interna e revascularização completa]. Análise univariada e multivariada para o desfecho mortalidade intra-hospitalar foram realizadas. RESULTADOS: O tempo médio entre o IAM e a CRM foi de 3,8 ± 3 dias. A mortalidade global foi 19%. Na análise multivariada: idade > 65 anos [OR 16,5 (IC 1,8-152), P=0,013]~ CEC >108 minutos [OR 40 (IC 2,7-578), P=0,007], creatinina > 2 mg/dl [OR 35,5 (IC 1,7-740), P=0,021] e pressão pulmonar sistólica > 60 mmHg [OR 31(IC 1,6-591), P=0,022] foram preditores de mortalidade intra-hospitalar. CONCLUSÃO: Variáveis pré-operatórias clássicas como idade > 65 anos, creatinina > 2 mg/dl e pressão pulmonar sistólica > 60 mmHg foram preditoras de mortalidade intra-hospitalar nos pacientes operados de revascularização miocárdica na fase aguda do infarto.
2012
Mejía,Omar Asdrúbal Vilca Lisboa,Luiz A Ferreira Tiveron,Marcos Gradim Santiago,José Augusto Duncan Tineli,Rafael Angelo Dallan,Luis Alberto Oliveira Jatene,Fabio Biscegli Stolf,Noedir Antonio Groppo
Estimulação elétrica nervosa transcutânea no pós-operatório de cirurgia torácica: revisão sistemática e metanálise de estudos randomizados
OBJETIVO: Avaliar os efeitos da estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) sobre a dor e a função pulmonar no pós-operatório de cirurgias torácicas por meio de uma revisão sistemática e metanálise de estudos randomizados. MÉTODOS: A busca incluiu as bases MEDLINE, PEDro, Cochrane CENTRAL, EMBASE e LILACS, além de busca manual, do início até agosto de 2011. Foram incluídos estudos randomizados comparando TENS associada ou não a analgesia farmacológica vs. TENS placebo associada ou não a analgesia farmacológica ou vs. analgesia farmacológica controlada, que avaliaram dor (por meio de escala analógica visual - EAV) e/ou função pulmonar representada pela capacidade vital forçada (CVF) em pacientes no pós-operatório de cirurgia torácica (pulmonar ou cardíaca com abordagem por toracotomia ou esternotomia). RESULTADOS: Dos 2.489 artigos identificados, 11 estudos foram incluídos. Na abordagem por toracotomia, a TENS associada à analgesia farmacológica reduziu a dor comparada com TENS placebo associada à analgesia farmacológica (EAV -1,29; IC95%: -1,94 a - 0,65). Na abordagem por esternotomia, a TENS associada à analgesia farmacológica também reduziu a dor comparada a TENS placebo associada à analgesia farmacológica (EAV -1,33; IC95%: -1,89 a -0,77) e comparada à analgesia farmacológica controlada (EAV-1,23; IC95%: -1,79 a -0,67). Não foi observada melhora significativa na CVF (0,12 L; IC95%: -0,27 a 0,51). CONCLUSÃO: A TENS associada à analgesia farmacológica promoveu maior alívio da dor comparada a TENS placebo em pacientes em pós-operatório de cirurgia torácica, tanto na abordagem por toracotomia quanto por esternotomia. Na esternotomia, também se mostrou mais efetiva que a analgesia farmacológica controlada no alívio da dor, porém sem efeito significativo na função pulmonar.
2012
Sbruzzi,Graciele Silveira,Scheila Azeredo Silva,Diego Vidaletti Coronel,Christian Correa Plentz,Rodrigo Della Méa
Controle da pressão arterial em pacientes sob tratamento anti-hipertensivo no Brasil: Controlar Brasil
FUNDAMENTO: O controle da pressão arterial (PA) é fundamental na hipertensão arterial (HA). OBJETIVO: Conhecer o porcentual de pacientes exigindo metas específicas de controle da PA, atendidos em consultórios no Brasil. MÉTODOS: Cada pesquisador, em número de 291, deveria avaliar, por medida convencional da PA, em cinco dias consecutivos, os dois primeiros pacientes atendidos. Determinou-se o número de hipertensos tratados por, pelo menos, quatro semanas, e com controle da pressão arterial, de acordo com as metas desejadas para o grupo de risco a que pertenciam. RESULTADOS: Foram avaliados 2.810 pacientes, em 291 centros. Os indivíduos obedeceram à seguinte distribuição, por grupo: A (HA estágios 1 e 2, risco adicional baixo e médio) = 1.054 (37,51%); B (HA e PA limítrofe, risco adicional alto) = 689 (24,52%); C (HA e PA limítrofe risco adicional muito alto, incluindo diabéticos) = 758 (26,98%) e D (HA com nefropatia e proteinúria > 1 g/l) = 309 (11%). As médias de PA na população foram: 138,9 ± 17,1 e 83,1 ± 10,7 mmHg. Fatores relacionados ao menor controle da PA: idade, circunferência abdominal, diabete, tabagismo e doença coronariana. Os porcentuais de controle da PA em cada um dos grupos foram, respectivamente: 61,7; 42,5; 41,8 e 32,4. CONCLUSÃO: O baixo controle da PA segundo as metas predefinidas, como explicitado nos resultados, reforça a necessidade de medidas que promovam melhores taxas de controle.
2010
Nobre,Fernando Ribeiro,Artur Beltrame Mion Jr,Décio