Repositório RCAAP

Mudanças fonológicas na terapia de sujeitos com desvio fonológico utilizando ‘contraste’ e ‘reforço’ do traço [voz]

A presente pesquisa teve como objetivo analisar as mudanças fonológicas ocorridas nos sistemas de sujeitos com desvio fonológico submetidos à fonoterapia por meio do modelo de Oposições Máximas Modificado (BAGETTI; MOTA; KESKE-SOARES, 2005), utilizando ‘contraste’ e ‘reforço’ do traço [voz]. Participaram desta pesquisa quatro sujeitos, sendo 2 do sexo feminino e 2 do masculino, com idades entre 5:2 a 7:3 no início do estudo. Foram realizadas 25 sessões terapêuticas por meio do modelo de Oposições Máximas Modificado. Os sujeitos foram divididos em dois grupos, sendo um grupo tratado pelo ‘contraste’ e outro pelo ‘reforço’. A cada cinco sessões foram realizadas sondagens para a verificação da generalização. Como resultado observou-se que todos os sujeitos apresentaram mudanças em seus sistemas fonológicos. O grupo tratado pelo ‘contraste’ apresentou desempenho superior na generalização a itens não utilizados no tratamento e para outra posição na palavra. O grupo tratado pelo ‘reforço’ apresentou desempenho superior em relação ao número de segmentos adquiridos, generalização dentro de uma classe de sons e para outras classes de sons. Assim, conclui-se que ambos os grupos apresentaram mudanças fonológicas em seus sistemas, sendo que alguns tipos de generalizações foram maiores para o grupo tratado pelo ‘contraste’ e outras para o grupo tratado pelo ‘reforço’.

Ano

2022-12-06T14:20:14Z

Creators

Mota, Helena Bolli Silva, Ana Paula Silva da Mezzomo, Carolina Lisbôa

O papel do contexto fonológico no desenvolvimento da fala: implicações para a terapia dos desvios fonológicos evolutivos

Este estudo consta de uma investigação a respeito do domínio dos segmentos pós-vocálicos /N, l, S, r/ no português brasileiro e teve como objetivo estudar o contexto fonológico que mais favorece a aquisição da coda final e medial por crianças com aquisição fonológica normal. As variáveis apontadas como relevantes, nesse processo, pela análise estatística foram a tonicidade (sílaba tônica), a vogal precedente (vogais baixas e médias) e o número de sílabas (palavras com menor número de sílabas). Com a realização desse estudo traz-se uma contribuição significativa, mostrando os ambientes lingüísticos que promovem ou desfavorecem o surgimento dos fonemas ausentes na coda silábica em indivíduos com desenvolvimento fonológico normal. Além disso, acredita-se que os resultados apresentam implicações importantes para a terapia dos desvios fonológicos evolutivos na medida em que os ambientes favorecedores ao surgimento de sons ausentes no sistema desviante podem ser usados na terapia fonoaudiológica, na seleção de palavras-estímulo.

Ano

2022-12-06T14:20:14Z

Creators

Mezzomo, Carolina Lisbôa Baesso, Janaína Sofia Athayde, Marcia de Lima Dias, Roberta Freitas Giacchini, Vanessa

Aquisição não-linear durante o processo terapêutico

O objetivo deste trabalho foi verificar a aquisição não-linear de duas crianças com desvio fonológico durante o tratamento. Participaram da pesquisa dois sujeitos (S1 e S2), do sexo masculino, S1 com 5:1 de idade, apresentava desvio fonológico de grau severo, e o S2 com 4:11 de idade, desvio fonológico moderado-severo. Os sujeitos receberam tratamento pelo modelo ABAB-Retirada e Provas Múltiplas durante 36 sessões de terapia. Observou-se descontinuidade no processo de aquisição fonológica principalmente das líquidas. Conclui-se que a atenção do clínico deve estar voltada para a generalização dos fonemas trabalhados, mas também é importante o conhecimento de que o processo de aquisição fonológica é não-linear, sendo o processo de regressão comum durante o estabelecimento dos fonemas.

Ano

2022-12-06T14:20:14Z

Creators

Keske-Soares, Márcia Pagliarin, Karina Carlesso Ghisleni, Maria Rita Leal Lamprecht, Regina Ritter

A generalização em desvios fonológicos: o caminho pela recorrência de traços

O presente artigo discute a construção do sistema consonantal, em caso de desvio fonológico, a partir de processo de terapia. Defende serem a adição de novos segmentos e classes naturais, bem como a ocorrência de generalização, o resultado da ativação de novos traços distintivos, motivada por dois movimentos – de expansão e de solidificação –, sendo o primeiro responsável pelo alargamento do sistema de contrastes e o segundo, pelo alargamento do sistema com base em traços já recorrentes/estáveis na fonologia da criança. Em caso de terapia, o movimento de solidificação passa a integrar a idéia de compartilhamento de traços, visto que se entende que a expansão do sistema segue o caminho dos traços compartilhados pelo segmento-alvo e pelos segmentos emergentes na aquisição.

Ano

2022-12-06T14:20:14Z

Creators

Matzenauer, Carmen Lúcia Barreto

O uso da estratégia de alongamento compensatório em crianças com desenvolvimento fonológico normal e desviante

Esta pesquisa teve como objetivo investigar, com auxílio da análise acústica, a presença de alongamento compensatório em casos de simplificação do onset complexo (OC) na fala de crianças com desenvolvimento fonológico normal (GDFN) e desviante (GDFE). Para tanto, analisou-se a fala de 28 crianças, monolíngües, falantes do português brasileiro, de ambos os sexos, com idades entre 1:0 e 8:0 anos. A análise temporal dos segmentos foi realizada com o auxílio do software de áudio-processamento, o PRAAT, versão 4.4.16 (BOERSMA e WEENINK, 2006). Os resultados mostraram maior ocorrência de alongamento compensatório a partir da análise acústica, em comparação com a análise perceptual. Verificou-se, nos OCs formados por fricativa, o emprego da estratégia principalmente pelo GDFE. Nos OCs com “plosiva+líquida” o GDFN e o GDFE utilizaram o alongamento compensatório de forma semelhante. Não se constatou diferenças quanto ao gênero. A análise acústica mostrou ser capaz de validar o conhecimento fonológico em relação à presença do OC, quando este ainda não é preenchido com os segmentos-alvo, apontando para a necessidade do uso da espectrografia para a realização de descrições fonológicas mais confiáveis.

Ano

2022-12-06T14:20:14Z

Creators

Mezzomo, Carolina Lisbôa Mota, Helena Bolli Dias, Roberta Freitas Giacchini, Vanessa

Caracterização da preferência sistemática por um som em casos de desvio fonológico

O objetivo deste trabalho foi analisar o sistema fonológico de cinco crianças com preferência sistemática por um som de acordo com os estudos de Weiner (1981) e Yavas e Hernandorena (1989, 1991). A amostra está composta por cinco sujeitos (quatro meninos e uma menina), com idade de 6:4 (S1), 4:11 (S2), 4:4 (S3), 5:5 (S4) e 5:1 (S5). Os dados de fala foram analisados através da avaliação fonológica. Para análise da fala utilizaram-se análises contrastiva e de traços. Os resultados obtidos na análise dos dados de fala dos cinco sujeitos são descritos e comparados aos padrões identificados pelos autores acima citados quanto à preferência sistemática por um som. O S1 apresenta preferência por /s/ e /z/, afetando a classe das fricativas; S2, por /f/ e /v/, substituindo fricativas e plosivas; S3, por /t/ e /d/, afetando as fricativas; S4, por /k/ e /g/ afetando plosivas e fricativas; S5, pela glotal /ʔ/, substituindo fricativas e plosivas. Conclui-se que os resultados confirmam que o nível do desvio é variável, com o sistema fonológico ininteligível devido à perda de contraste. Porém, é necessário estudar um número maior de sujeitos e saber o tipo de desordem para atentar para o diagnóstico e a terapia. Além disso, é importante que os terapeutas da fala, ao detectarem e tratarem o desvio fonológico, conheçam as características dos sistemas com preferência sistemática por um som.

Ano

2022-12-06T14:20:14Z

Creators

Keske-Soares, Márcia Ceron, Marizete Ilha Brancalioni, Ana Rita Lamprecht, Regina Ritter

A severidade do desvio fonológico com base em traços

Este artigo apresenta uma proposta de classificação do grau de severidade do desvio fonológico, com base em traços, levando em consideração a natureza fonológica do sistema desviante. A proposição é feita após a referência a algumas abordagens de categorização de desvios já existentes na literatura. Ao final, são descritos os dados de cinco sujeitos portadores de desvios fonológicos e é analisado o grau de severidade desses desvios com base na proposta apresentada no artigo.

Ano

2022-12-06T14:20:14Z

Creators

Lazzarotto-Volcão, Cristiane Matzenauer, Carmen Lúcia Barreto

O acesso ao léxico em crianças com desenvolvimento fonológico normal e desviante

O objetivo desta pesquisa foi analisar o desempenho de crianças com desenvolvimento fonológico normal e desviante em tarefa de Nomeação Rápida, comparar esta habilidade entre os grupos, e correlacionar os achados com o sexo das crianças. Foi avaliada a nomeação rápida de 14 crianças (12 do sexo feminino e 2 do masculino) com desenvolvimento fonológico normal (Grupo Controle) e 14 crianças (8 do sexo feminino e 6 do masculino) com diagnóstico de desvio fonológico (Grupo Estudo), todas com 5 anos de idade. Utilizou-se a prova adaptada ao português, Subteste Objetos, que faz parte do Comprehensive Test of Phonological Processing. O número médio de erros do Grupo Estudo foi superior à média de erros do Grupo Controle na parte A da prova e inferior na parte B desta, sendo que no total o Grupo Controle apresentou média de erros superior ao Grupo Estudo. Porém, o Grupo Estudo gastou em média mais tempo para a realização desta prova do que o Grupo Controle. Observou-se que quanto mais erros as crianças apresentam na prova, mais tempo elas gastam na sua realização. Além disso, encontrou-se que as crianças do sexo feminino apresentaram em média mais erros e demandaram mais tempo para a realização da parte A da prova. Estes achados confirmaram em parte as expectativas das autoras, visto que era esperado que as crianças do Grupo Estudo apresentassem desempenho inferior ao das crianças do Grupo Controle, pois há indícios de que as habilidades do processamento fonológico encontram-se defasadas no primeiro grupo.

Ano

2022-12-06T14:20:14Z

Creators

Mota, Helena Bolli Athayde, Marcia de Lima Mezzomo, Carolina Lisbôa

Representação fonológica em uma abordagem conexionista: formalização dos contrastes encobertos

A teoria fonológica tem sido de fundamental importância para o desenvolvimento da terapia fonoaudiológica. Contribuições trazidas pela Fonologia Natural, pelos modelos de traços distintivos e pelas abordagens métricas indicam caminhos na elaboração de instrumentos mais eficazes à terapia de fala. Todas as abordagens referidas apresentam, no entanto, como sustentação, o paradigma cognitivo simbólico. Considerando os avanços na neurociência nas últimas décadas, um outro paradigma cognitivo tem ocupado espaço central nas pesquisas: o paradigma conexionista. A mudança de enfoque trazida já se reflete em novas abordagens teóricas, como a Fonologia Acústico-Articulatória, a Fonologia de Uso e a Teoria da Otimidade Conexionista (COT). O presente trabalho, tendo por base os dados de uma criança que apresenta queixas fonoaudiológicas em relação à líquida não-lateral /r/, busca apontar as contribuições que a Teoria da Otimidade Conexionista pode trazer para descrição, análise e tratamento dos desvios fonológicos. Sob o enfoque da COT, as características atribuídas à fala com desvios podem ser visualizadas pelo próprio funcionamento do sistema gramatical, expresso no Otimizador, em algoritmos de aquisição gradual e em hierarquias de restrições que compõem a gramática.

Ano

2022-12-06T14:20:14Z

Creators

Ferreira-Gonçalves, Giovana

Léxico & gramática: uma relação de causa e efeito?

Neste artigo, assumimos um enfoque emergentista a fim de traçar o caminho percorrido pela criança durante a conquista progressiva da linguagem articulada. Inscrevendo as primeiras vocalizações, o balbucio e a produção das primeiras palavras dentro de um continuum, ressaltamos que nenhum período do desenvolvimento da linguagem emerge ex nihilo. Nesta perspectiva, repensamos a emergência da gramática fonológica.

Ano

2022-12-06T14:20:14Z

Creators

Brum-de-Paula, Mirian Rose Ferreira-Gonçalves, Giovana

Consciência fonológica e compreensão do princípio alfabético: subsídios para o ensino da

O presente artigo trata da importância da consciência fonológica e da explicitação do princípio alfabético no ensino da língua escrita. Participaram dessa pesquisa dez turmas de 1ª série da rede pública de Guaíba-RS, das quais cinco foram alfabetizadas por uma abordagem que incluía atividades de consciência fonológica e explicitação do princípio alfabético (grupo experimental) e outras cinco sem essa abordagem (grupo controle). As professoras do grupo experimental receberam treinamento no ano anterior à pesquisa. Foram selecionados cinco alunos de cada turma, tanto do grupo experimental, como do controle, totalizando 50 alunos. Foi colhida amostra de escrita dos alunos nos meses de março, julho e novembro para verificar a hipótese de escrita em que se encontravam. Os resultados obtidos mostraram que os sujeitos do Grupo Experimental obtiveram resultados superiores aos do Grupo Controle, revelando que no mês de julho a maioria do GE já estava na hipótese alfabética, enquanto que isso só ocorreu em novembro para o GC. Com esses resultados, conclui-se que atividades de consciência fonológica e explicitação do princípio alfabético durante a alfabetização facilitam o ensino e a aprendizagem da língua escrita.

Ano

2022-12-06T14:20:14Z

Creators

Rigatti-Scherer, Ana Paula

A estimulação de habilidades auditivo-verbais de crianças pré-silábicas: contribuições para o desenvolvimento da consciência fonológica

O objetivo geral do presente estudo foi verificar a adequação do programa de estimulação das habilidades auditivo-verbais proposto para alunos da primeira série do Ensino Fundamental com hipótese de escrita pré-silábica, e o efeito dessa estimulação na consciência fonológica. A amostra foi constituída por 22 crianças, de ambos os sexos, com idades entre 6:1 e 6:9, alunos de uma escola da rede municipal de Porto Alegre. Dois grupos foram formados: grupo controle (GC) e grupo experimental (GE). Participaram do estudo apenas crianças autorizadas pelos responsáveis a participar da pesquisa, falantes nativas do português brasileiro, com hipótese de escrita pré-silábica, sem alterações de linguagem, audição ou no desenvolvimento cognitivo que pudessem influenciar o desempenho na avaliação da consciência fonológica e o aproveitamento da estimulação auditiva proposta. Os alunos selecionados foram avaliados através do instrumento CONFIAS – Consciência fonológica: instrumento de avaliação seqüencial (MOOJEN et al., 2003). A estimulação das habilidades auditivo-verbais, aplicada somente no GE, foi realizada em 15 sessões com duração de 15 a 30 minutos. As habilidades auditivas estimuladas foram: detecção, discriminação, reconhecimento, seqüencialização e fechamento. O programa de estimulação foi considerado adequado. Entretanto, foram destacados alguns aspectos que poderiam ser modificados em algumas das sessões: tempo de duração e número de tarefas por sessão, tipo de atividade – individual ou em grupo –, material utilizado (impresso e em áudio) e demanda cognitiva da tarefa. Embora não tenham sido constatadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos de uma avaliação para outra em nenhuma das tarefas de consciência fonológica, é possível que a estimulação das habilidades auditivo-verbais tenha influenciado o crescimento dos participantes do GE no nível fonêmico, pois foi verificada correlação positiva entre a assiduidade no programa de estimulação e a taxa de crescimento no nível fonêmico.

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2022-12-06T14:20:14Z

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Toffoli, Melissa Bernardes Lamprecht, Regina Ritter

Proposta de instrumento de avaliação da consciência fonológica, parâmetro configuração de mão, para crianças surdas utentes da Língua de Sinais Brasileira

Este artigo apresenta a elaboração, a aplicação e a análise de uma proposta de instrumento de avaliação da consciência fonológica, parâmetro configuração de mão, para crianças surdas utentes da Língua de Sinais Brasileira (LSB). O instrumento foi elaborado considerando as boas condições para a formação dos sinais, a fonologia da LSB e o processo de aquisição da fonologia por crianças surdas utentes da LSB (FERREIRA-BRITO, 1995; KARNOPP, 1994, 1999; QUADROS; KARNOPP, 2004). Os informantes foram cinco professores surdos e quinze crianças surdas utentes da LSB, com faixa etária entre 6:01 e 11:1, com início da aquisição da linguagem entre 0:0 e 4:1, sem alterações no desenvolvimento. A proposta de instrumento foi analisada quanto à aplicabilidade e eficiência. Os resultados demonstraram que o instrumento proposto foi efetivo para a avaliação da consciência fonológica do parâmetro configuração de mão. Além disso, considerando os dados dos informantes, constatou-se que o aumento do período de exposição lingüística influenciou favoravelmente no nível de consciência fonológica das crianças.

Ano

2022-12-06T14:20:14Z

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Cruz, Carina Rebello Lamprecht, Regina Ritter

Interculturalismo e cidadania: o espaço lusófono

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2022-12-06T14:20:14Z

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Ritzel Remédios, Maria Luiza

O homem suspenso e a falácia neoliberal

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2022-12-06T14:20:14Z

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Mitidieri, André Luis

A ressurgência dos sentidos

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2022-12-06T14:20:14Z

Creators

Villa-Maior, Dionysio

O romance histórico revisitado em Equador, de Miguel Souza Tavares

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Ano

2022-12-06T14:20:14Z

Creators

Rodrigues, Inara de Oliveira