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ABORDAGEM TERRITORIAL DA SEGURANÇA ALIMENTAR: ARTICULAÇÃO DO CAMPO E DA CIDADE NO PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS (PAA): CONSIDERAÇÕES SOBRE O CASO COLOMBIANO (A territorial approach to food security: building connections between the city ...)
Na América Latina, tanto os estudos urbanos como os rurais têm oferecido variadas proposições e debates sobre as mudanças da relação campo-cidade, porém, ainda que se considerem algumas das perspectivas mais relevantes, a reflexão que se expõe neste texto parte de ressaltar certas permanências que a nosso juízo constituem elementos chave na analise do contexto contemporâneo desta relação: a dimensão agraria da ruralidade, a bimodalidade na produção agrária desde a colônia até hoje, e em especial, a questão alimentar. Com o centro de apreciação no papel da agricultura familiar na segurança alimentar no Brasil e na Colômbia é apresentada uma síntese do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), sua abrangência e limitações como articulador dos territórios urbanos e rurais e como possibilidade de vinculação dos setores populares do campo com os da cidade. Posteriormente, se assinala uma proposta de abordagem territorial da segurança alimentar, bem como das contribuições da geografia na compreensão do processo alimentar pelo qual impreterivelmente se ligam o campo e a cidade. No final são apontadas considerações sobre a implementação de estratégias de fomento à agricultura familiar na Colômbia baseadas na experiência do PAA.
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O PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS (PAA) NO PONTAL DO PARANAPANEMA (The Food Acquisition Program (FAP) in the Pontal do Paranapanema/SP)
Este artigo contém resultados da pesquisa desenvolvida em nosso trabalho de conclusão de curso intitulado "O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e a Disputa Territorial em Torno da Luta pela/na Terra no Pontal do Paranapanema1". Tivemos como objetivo apreender os desdobramentos do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) no Pontal do Paranapanema/SP, a subordinação dos camponeses, e as dificuldades enfrentadas para o atendimento do Programa, bem como a importância da produção de alimentos para a classe trabalhadora.
O PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS COMO UMA POLÍTICA PÚBLICA EMANCIPATÓRIA NO TERRITÓRIO CANTUQUIRIGUAÇU - PR (The Food Acquisition Program as an emancipatory public policy in the Cantuquiriguaçu territory - PR)
O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) foi criado no ano de 2003 pelo Governo Federal brasileiro tendo dois objetivos principais: 1 - a compra de produtos de origem camponesa pelo mercado institucional e; 2 - a doação de parte desses produtos para pessoas em condição de vulnerabilidade social. Nesse artigo, com base na experiência de implementação do PAA no Território Cantuquiriguaçu - PR, demontra-se que essa política pública tem tido um papel emancipatório para o campesinato, haja vista que tem contribuído para diminuir sua condição de subalternidade em relação ao agronegócio.
SOBERANIA ALIMENTAR E TERRITÓRIOS CAMPONESES: UMA ANÁLISE DO PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS (PAA) (Food sovereignty and peasants territories: an analysis of the Food Acquisition Program (FAP))
O presente artigo contribui para a reflexão e o debate do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) como política que estimula a soberania alimentar e fortalece a construção dos territórios camponeses. Procura-se discutir a soberania alimentar como um projeto dos movimentos sociais na busca pelo desenvolvimento dos territórios camponeses e que se amplia à toda sociedade. Foram pesquisadas 36 comunidades, cuja coleta de campo realizou um amplo levantamento de informações e dados, além de entrevistas, por amostra, em todas as macrorregiões brasileiras. No limiar das políticas compensatórias e emancipatórias, compreende-se que o PAA vem possibilitando maior autonomia à agricultura camponesa, elemento necessário para que as mudanças estruturais sejam realizadas em contraposição à lógica do agronegócio.
2015
Vinha, Janaína Francisca de Souza Campos Schiavinatto, Monica
REVISITANDO LA AGROEOLOGÍA: ENTREVISTA A EDUARDO SEVILLA GUZMÁN (Facing la agroecology: intervew with Eduardo Sevilla Guzmán)
El alimento de las luchas campesinas y por la soberanía alimentaria son las incontables prácticas que recorren el mundo reclamando el derecho a producir, comer y vivir dignamente, de forma sostenible. Allí están grabadas y están siendo exploradas las bases para una democratización radical, comunitaria e inclusiva de cómo la humanidad puede satisfacer armoniosamente sus necesidades básicas. Pero también es justo destacar que dichos caminos emancipatorios se sostienen desde la reflexión, la sistematización, el acompañamiento y la memoria de personas como Eduardo Sevilla Guzmán. Eduardo nos sigue aportando claves para entender, críticamente, el sistema agroalimentario en su conjunto. Durante tres décadas, este catedrático, ahora jubilado de la Universidad de Córdoba (España) pero no de la agroecología, ha estado visibilizando saberes y manejos colectivos y locales que hacen posible una agroecología emergente. Y emergente tiene aquí un doble sentido. Por una parte, el que le otorga Boaventura de Sousa Santos: construir una sociología aplicada que permita visibilizar y potenciar aquellas iniciativas que pueden cambiar el mundo, que pueden devolvernos dignidad desde la diversidad. Y, por otra parte, aludimos también a la interpretación freireana de que “el mundo no es, el mundo está siendo”. Es decir, el mundo siempre está en “emergencia”, y nuestro posicionamiento en la vida cotidiana, en la esfera de producción o en el ámbito académico nos obliga a estar atentos y atentas a las innovaciones que surgen, así como a la renovación de dialécticas materiales, políticas y culturales que se dan en este mundo desigual. Eduardo Sevilla fundó a comienzos de la década de los 80 el Instituto de Sociología y Estudios Campesinos (ISEC). Con sede en la Universidad de Córdoba, tiene tres décadas de andadura aportando investigaciones empíricas en torno a la Agroecología y desarrollando una actividad de permanente encuentro a partir de sus programas de doctorado y de maestría. Su producción transdisciplinar está marcada por el hacer y el decir de los movimientos rurales y campesinos en América Latina y en Andalucía, fundamentalmente. Partiendo de una crítica del Desarrollo, el ISEC fue moviéndose desde la Sociología Rural hacia una arqueología más global de cómo el poder atraviesa los sistemas agroalimentarios (mundializados), y cómo hacemos los humanos para resistir y proponer otros sistemas más habitables. Siempre desde un énfasis en el protagonismo de las luchas agroecológicas y desde la investigación acción participativa.
2015
Hernandez, David Gallar Almeida, Rosemeire Aparecida de
A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE CAFEEIRA NO MUNICÍPIO DE MARÍLIA E AS NOVAS CONJUNTURAS SOCIOECONÔMICAS DA ATIVIDADE EM ÂMBITO REGIONAL/The importance of coffee activity at Marília city and new socioeconomic situations of this activity in regional level/La importancia de la actividad del café en el municipio de Marília y las nuevas coyunturas socioeconómicas de la actividad en ámbito regional
O presente artigo tem por finalidade abordar a histórica relação entre a atividade cafeeira e o estabelecimento/desenvolvimento do município de Marília, em especial no que se refere à dinamicidade econômica e socioespacial fomentada por esta atividade. Também se considerou as novas conjunturas socioeconômicas da cafeicultura na região de Marília e, em particular, o papel desempenhado pela COOPEMAR (Cooperativa dos cafeicultores da região de Marília) na cadeia produtiva do café, como centralizadora de infraestruturas de produção e comercialização. Neste contexto, procurou-se compreender os fatores que permitiram a manutenção da cafeicultura, considerando as principais estratégias desenvolvidas e/ou empregadas pelos produtores, com o intuito de superar as adversidades e permanecer na atividade.
2016
Baldassarini, Jéssica de Sousa Hespanhol, Rosângela Ap. de Medeiros
DA CAFEICULTURA AO AGRONEGÓCIO CANAVIEIRO: O PAPEL DO ESTADO NA CONSOLIDAÇÃO DO SETOR SUCROALCOOLEIRO NA REGIÃO DE RIBEIRÃO PRETO - SP./The state's role in the expansion the sugar and alcohol sector in the region of Ribeirão Preto - SP
A região de Ribeirão Preto-SP desde a segunda metade do século XX especializou-se na monocultura canavieira, transformando-se atualmente em um dos principais símbolos da prosperidade do agronegócio brasileiro. Com efeito, o objetivo deste artigo é analisar as transformações produtivas na agricultura na região de Ribeirão Preto – SP, a partir do argumento de que para o desenvolvimento agrícola da região foi imprescindível a aplicação de políticas estatais, e de que na atual fase da hegemonia neoliberal, apesar das mudanças no papel do Estado, estas continuam a ser fundamentais para garantir reprodução dos capitais investidos no setor, possibilitando inclusive nos últimos anos, uma intensificação da aplicação de capitais externos e o controle da produção por empresas transnacionais.
A FORMAÇÃO DO MOVIMENTO DOS PEQUENOS AGRICULTORES – MPA: POR SOBERANIA ALIMENTAR, CONTRA A MERCADORIZAÇÃO DO CAMPO NO BRASIL/The formation of the Movement of the Small Farmers - SFM: for food sovereignty, against commodification the field in Brazil
O movimento do capital, na extração de mais valia, por meio de sua reprodução ampliada, tem produzido exclusão social e miséria. O processo de financeirização da economia via agronegócio, no campo, controlado pelas corporações financeiras, representa a territorialização do capital subordinando o camponês à sua lógica. Entretanto, a resistência camponesa emerge como negação a essa aviltante condição. Nesta direção, o Movimento dos Pequenos Agricultores - MPA, desde a década de 1990, tem se espacializado no Brasil e construído estratégias de reprodução do camponês, principalmente propondo uma produção de alimentos saudáveis que seja de acesso à população, inserida no projeto de Soberania Alimentar. Na consecução desta assertiva, o MPA apresenta estruturas envolvem formação de construção da concepção camponesa entre os pequenos agricultores, sistema de agricultura que atendam o autoconsumo, com estrutura direcionada para a venda a baixos preços para todos os trabalhadores. Deste modo, o MPA busca construir novas formas de enfrentamento ao modelo do capital no campo que resulta em crise alimentar, segregação e expropriação.
AGROECOLOGIA E O PROCESSO DE ATIVAÇÃO DE TERRITORIALIDADES CAMPONESAS/Agroecology and the activation of peasant territorialities
Nas últimas décadas, têm se intensificado os debates sobre os horizontes de uma agricultura capaz de informar preceitos de sustentabilidade que extrapolem a dimensão meramente econômica. Nessa esteira, uma miríade de atores organizados reivindica-se protagonista. A cada incursão nesse circuito, os distintos atores elegem o que há de mais estratégico para prover de robustez seus projetos e intencionalidades: ora com forte traço mercadocêntrico, ora apelando para a dimensão/consciência ecológica e para as implicações éticas e referentes à saúde. Contraditoriamente, a “agricultura sustentável” pode apresentar-se como baluarte da luta anticapitalista, na medida em que fortalece a autonomia relativa dos agricultores na disputa territorial contra o agronegócio e permite a politização da ecologia pelo alimento. Pode, entretanto, reforçar o que há de mais avançado em termos de “desenvolvimento sustentável” do capital, explorando as potencialidades de sua fisionomia “verde”/“orgânica”, o que demonstra a excepcional capacidade resiliente do sistema produtor de mercadorias. Com base em resultados de pesquisa, o artigo explora aspectos dessa complexa realidade e traz à tona o debate sobre as potencialidades da agroecologia para com o processo de ativação de territorialidades camponesas.
CAPA
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FOLHA DE ROSTO
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PROFUNDIZACIÓN DEL CAPITALISMO AGRARIO EN EL URUGUAY: DINÁMICAS EN EL ESPACIO AGRARIO DURANTE EL COMIENZO DEL SIGLO XXI/Aprofundamento do capitalismo agrário no Uruguai: dinâmica no espaço agrário durante o início do século XXI
O agronegócio é um agente re-estruturador do espaço agrário, caracterizado pelo emprego do medio técnico-científico-informacional, o qual gera um aprofundamento das relações capitalistas de produção no campo. Neste contexto, durante este trabalho são analisadas as principais mudanças territoriais no espaço agrário do Uruguai durante o início do século XXI. Utilizam-se as fontes de dados os anuários estatísticos e os censos agropecuários (2000 e 2011) para identificar as principais mudanças. Dentre essas destacam-se as seguintes: modificações na concentração das unidades produtivas, uma diminuição histórica da população e dos trabalhadores rurais e o aumento da agriculturização da produção. Conclui-se que o Uruguai é um território (Estado-Nação) de grande atração para o investimento do capital transnacional.
A REPRODUÇÃO CONTRADITÓRIA DO CAMPESINATO FRENTE A TERRITORIALIDADE DO AGRONEGÓCIO: SUBORDINAÇÕES E RESISTÊNCIAS EM ASSENTAMENTOS RURAIS NO CENTRO-SUL DO PARANÁ/The contradictory reproduction of the peasantry in the central-southern Paraná front of agribu
O texto objetiva problematizar e debater a territorialidade do agronegócio no interior dos assentamentos rurais, a fim de compreender as conflitualidades, contradições e resistências geradas neste processo. O recorte analítico abrange quatro assentamentos rurais da mesorregião Centro-Sul do Paraná: Celso Furtado no município de Quedas do Iguaçu, Ireno Alves dos Santos, Marcos Freire e Dez de Maio no município de Rio Bonito do Iguaçu. Todos estes foram conquistados a partir da ocupação do latifúndio Giacomet-Marodin/Araupel. Assim, o estudo dialoga com as contradições e a relação dialética inserida na produção das condições necessárias à reprodução social dos camponeses, ou seja, aponta para os desafios inerentes ao processo de construção do território campesino, bem como, para as estratégias de superação desta condição.