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MULHERES NEGRAS NA CONTÍSTICA FEMININA AFRO-BRASILEIRA: CONCEIÇÃO EVARISTO E MIRIAM ALVES
O presente artigo pretendeu analisar a construção ficcional daidentidade de Ana Davenga e Alice, à luz da crítica feminista e da literatura afrobrasileira.Para isso, partiu-se da leitura dos contos e de referenciais teóricos quetematizam o feminino, Butler (2003) e Perrot (2012) os Estudos Culturais eidentidade, Hall (2014) e Glissant (2005) e a literatura afro-brasileira, Duarte (2011)e outros. O conto Ana Davenga é da escritora Conceição Evaristo e publicado nasérie Cadernos Negros. Já Miriam Alves, autora de Alice está morta, pertenceu aogrupo de escritoras da mesma série. Portanto, as representações femininasdemonstram que, embora cultivem marcas de pertencimento ao povo negro etenham a morte como desfecho de suas vidas, Ana Davenga é carregada deestereótipos que sensualizam a mulher negra, já Alice não reproduz os mesmosestereótipos no que tange à sexualidade.
2015
Oliveira, Rubenil da Silva de Souza, Elio Ferreira
A VIOLENCIA COMO PROCEDIMENTO NA LITERATURA INFANTOJUVENIL AFRO-BRASILEIRA
Jussara Santos, Madu Costa e Patrícia Santana, autores afro-brasileiras,utilizam-se de diversas cenas e configurações da violência como procedimentofundamental para a construção de seus textos destinados a crianças e jovens.Pretende-se apontar que as escritoras, para além da dimensão estética, utilizamestas cenas para denunciar, por meio do texto literário, a incidência recorrente deatos violentos, de diversas ordens, sobre crianças, jovens, mulheres e sujeitos nãobrancos.Para tanto este trabalho se sustenta na teorização sobre violênciarealizada por Guerra e Azevedo (1997); Maria Cecília Minayo e Edinilsa Ramos deSouza (2003); Maria da Conceição de Oliveira Costa et alli (2007); Dalcastagnè(2005); e Cruz (2009). Entenderemos a literatura afro-brasileira a partir dateorização de Duarte (2008).
2015
de Oliveira, Luiz Henrique Silva
A FICÇÃO DE PAULINA CHIZIANE: LINGUAGEM E GÊNERO
O presente trabalho tem por objetivo a análise da ficção de PaulinaChiziane, primeira moçambicana a produzir romances. Nele se aborda aproblemática de gênero em sua relação com a sociedade nos romances Balada doamor ao vento e NIKETCHE: uma história de poligamia. No que se refere a gênero,atrelado a crítica feminista seguem-se os pressupostos de Louro (2011), Branco(1989), Beauvoir (1980), Moreira Alves e Pitanguy (1998), e Butler (2003), autorasque agregam gênero à crítica feminista e às questões sociais. Salienta-se tambémser a crítica realizada por Chiziane à situação de dependência e de submissão, emque vive o ser feminino no contexto sociocultural moçambicano, atenuada pelapoeticidade da linguagem.
2015
Botelho, Amara Cristina de Barros e Silva dos Santos, Ilka Souza
OS DIÁRIOS DE MARIE BASHKIRTSEFF E DE FLORBELA ESPANCA
No universo da Escrita de Si a produção de diários tem se destacadoprincipalmente como uma atividade feminina. Nesse cenário, os Diários de MarieBashkirtseff (1887) e de Florbela Espanca (1930) encampam esta tradição deregistro da vida. Com base nisso, propomos, através de uma pesquisa bibliográfica,evidenciar as semelhanças que os dois diários compartilham para poder, assim,problematizar as diferenças – que são formais e temáticas, com a consciência deque se deve investigar os processos autobiográficos de constituição de perfiscalcados em uma realidade datada e apreensível, mas que se alar gam do ponto devista ficcional, resultando em personagens que se contrabalançam entre realidadee imaginação, consoante a função da Escrita de Si como mote para a tessitura deum “efeito autobiográfico” plasmado na forma diarística.
2015
Leite, Jonas Jefferson de Souza
FLORBELA ESPANCA E O DIÁLOGO COM A TRADIÇÃO LÍRICA
Florbela Espanca, por meio de seus poemas, busca um intenso diálogocom a tradição lírica, especificamente com as cantigas de amigo e de amor e acabapor transgredir e inverter o ponto de vista feminino. A fundamentação teóricautilizada para nortear este estudo estará centrada em Ezra Pound , Paul Valéry eRoman Jakobson. O objetivo é demonstrar como a poeta por meio das cantigasportuguesas trovadorescas, dá uma nova configuração estética, redimensionando-as em arte poética e contribuindo para a emancipação da mulher portuguesa.
2015
Xavier, Iracema Goor
APRESENTAÇÃO: O UNIVERSO FEMININO LUSO-AFRO-BRASILEIRO
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2015
Duarte, Constância Gomes, Carlos Magno Pereira, Maria do Rosário Alves Barroca, Iara
MARCAS DE AFRICANIA NO PORTUGUÊS DO BRASIL: O LEGADO NEGROAFRICANO NAS AMÉRICAS
O termo africania designa o legado linguístico-cultural negroafricano nas Américas que se converteu em matrizes partícipes da construção de um novo sistema cultural e linguístico que, no Brasil, nos identifica como brasileiros. Esse legado estende-se a outras Nações Americanas e ao Caribe, e deve-se, sobretudo, ao falante banto de línguas angolanas pela sua prevalência no tempo, maior densidade populacional e larga distribuição humana naqueles territórios americanos sob domínio colonial e escravocrata. A consequência mais direta desse contato multicultural e linguístico foi a alteração da língua portuguesa na antiga colônia sulamericana, o que deu ao Português do Brasil um caráter próprio, diferenciado do Português de Portugal, e proporcionou a emergência das línguas crioulas na esfera afroeuropeia do Caribe e no dialeto Gullah dos Estados Unidos. Nesse processo, merece destaque a atuação da mulher negra na casa senhorial e a inserção dos aportes lexicais negroafricanos no português do Brasil que enriquecem o universo simbólico da língua portuguesa como um todo.
2016
Castro, Yeda Pessoa de
A CONCORDÂNCIA VERBAL NOS CONTINUA SOCIOLINGUÍSTICOS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO E DO LUANDENSE
Utilizando o arcabouço teórico-metodológico da Sociolinguística Variacionista, pesquisa-se a concordância verbal com a primeira pessoa do plural em duas variedades nacionais da língua portuguesa, a brasileira e a angolana. Investigam-se possíveis semelhanças ou dessemelhanças entre o português falado nessas duas ex-colônias portuguesas no que tange a esse fenômeno variável. Acolhendo a visão da bipolização de normas do português brasileiro, investiga-se também como se estrutura nessas duas variedades o continuum sociolinguístico. Os resultados da análise apontam para um uso preponderante da regra padrão de concordância no português popular luandense e, por outro lado, para um amplo quadro de variação na fala popular brasileira. Já os resultados com os dados da norma culta apontam para a concordância categórica nas duas variedades do português.
2016
Araújo, Silvana Silva de Farias
A DISCRETA PRESENÇA AFRICANA NA TOPONÍMIA DA BAHIA
expõe-se uma amostra dos dados coletados na pesquisa envolvendo os topônimos dos municípios do Estado da Bahia presentes nos volumes XX e XXI da Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2 de julho de 1958. Neste artigo, são analisados os fatores históricos, econômicos, políticos e sociais responsáveis pela reduzida presença africana na toponímia da Bahia, região que recebeu grande número de traficados durante a diáspora negra que perdurou da Idade Moderna ao final do século XIX. Entendendo que traços culturais da memória e da identidade de um povo podem ser revelados pelo termo toponímico, considera-se que estudar a Bahia através dos designativos de seus municípios significa promover uma viagem na história de sua terra e de sua gente e, assim, identificar os motivos da pouca representatividade toponímica desse importante contingente do mosaico étnico que se constitui o povo brasileiro e a cultura do Brasil.
2016
Prudente, Clese Mary Abbade, Celina Márcia
OS DATIVOS EM LUANDA (ANGOLA) E EM PIRANGA (MINAS GERAIS)
Este texto explora o fenômeno da variação no uso de preposições em dativos, encontrado na fala de comunidades de algumas regiões brasileiras. Faz-se uma observação da referida variação em uma comunidade africana, Luanda, e estabelece-se uma comparação com uma comunidade de Minas Gerais, Piranga, buscando entender se o fenômeno variável em foco tem relação com a história de confronto do português com as línguas africanas. Os resultados indicam que em Piranga o dativo se expressa com preposição zero muito mais que em Luanda; e em Luanda o dativo se expressa mais com clíticos e com preposições, e muito menos com o apagamento da preposição. A observação feita nesses dados de Luanda parece enfraquecer a hipótese de que o fenômeno é resultante do contato entre o português e as línguas africanas que aqui chegaram.
2016
Lopes, Norma da Silva Souza, Constância Maria Borges de Alvarenga, Viviane S.
ANALISANDO A PREPOSIÇÃO EM E A VARIANTE NI NA FALA POPULAR DOS CONQUISTENSES
Nesta pesquisa, investigamos, à luz do (sócio)funcionalismo, em uma amostra composta por doze entrevistas, extraídas do Corpus do Português Popular de Vitória da Conquista (Corpus PPVC): (i) qual é a forma, a preposição em ou a variante ni, mais utilizada na fala popular do informante conquistense; (ii) se os falantes de Vitória da Conquista utilizam a preposição em e a variante ni, referindo-se a ESPAÇO> TEMPO> TEXTO/PROCESSO; iii) em qual faixa etária e sexo estes itens são mais frequentes. Pelas análises, constatamos que: (i) em relação à variante ni, a preposição em foi a forma mais utilizada pelos falantes do português popular de Vitória da Conquista, na amostra analisada; (ii) os falantes também utilizam a variante ni utilizam, referindo-se a ESPAÇO> TEMPO> TEXTO/PROCESSO; (iii) as faixas I e II favoreceram o uso da variante ni ao contrário da faixa III, na qual houve um maior favorecimento do uso da preposição em.
2016
Araújo, Evangeline Ferraz Cabral de Silva, Jorge Augusto Alves da
MINHA MÃE MORA NI FEIRA:O USO DA PREPOSIÇÃO NI NO BRASIL E SUA RELAÇÃO COM AS LÍNGUAS AFRICANAS
A substituição da preposição em por ni é recorrente fala e na escrita, desempenhando principalmente o papel de locativo, conforme abordou Souza (2012; 2015). A partir de comparações feitas entre variedades do português do Brasil e da África, conjectura-se que essa troca talvez tenha a ver com influências das línguas africanas, especificamente a língua iorubá, que também possui o ni como preposição locativa (ALMEIDA; BARAÚNA, 2001). A fim de mensurar e descrever o uso do ni no português brasileiro rural em relação à preposição canônica em, são analisadas falas da comunidade de Matinha, distrito de Feira de Santana-BA, que possui em sua história social marcas de um antigo quilombo. Esta pesquisa tem por base a metodologia laboviana, que utiliza programas estatísticos através dos quais as variáveis (in)dependentes selecionadas são cruzadas. Os resultados apontam que a preposição em, a mais utilizada na fala, é uma regra semi-categórica. Na rodada de dados do programa GoldVarb, considerando a aplicação da variante ni, dois grupos de fatores foram selecionados: Traço semântico do SN e Nível de escolaridade. O peso relativo de .62 do fator lugar demonstra que a preposição ni é mais usada em contextos locativos. O grupo de fatores Nível de escolaridade apontou que o uso o ni é favorecido na fala de pessoas analfabetas, com .62 de peso relativo.
2016
Souza, Emerson Santos de de Oliveira, Josane Moreira de Almeida, Norma Lúcia Fernandes
RELATIVAS LOCATIVAS COM “ONDE QUE”, EM TEXTOS DA INTERNET
Orações relativas no Português Brasileiro apresentam diferenças estruturais entre estratégias padrão e não-padrão. Neste artigo, discutem-se evidências de mudança linguística na estratégia de relativização, distintas daquelas normalmente encontradas na literatura referente a este assunto. Analisam-se orações relativas (coletadas em textos disponíveis na Internet) nas quais a relativização envolve um sintagma que funciona como adjunto de lugar ou como complemento de verbos locativos. Sentenças como (1) “Em uma vistoria pela rua onde que aconteceu o acidente” e (2) “minha alimentação depende da casa onde que eu for almoçar” são introduzidas por dois elementos — “onde” e “que” — e sugerem que um único item lexical parece não conseguir expressar os traços [+relativo] e [+locativo]. Esses dados parecem reforçar a ideia de que: (a) fenômenos de variação linguística podem fazer parte de um continuum, no qual, de um lado, fala e escrita são estáveis e, do outro, a mudança ocorre tanto na fala quanto na escrita; (b) na internet, textos escritos não estão necessariamente sujeitos à pressão normatizante que outros textos escritos sofrem e, destarte, tais textos permitem o registro de estruturas que não seguem o padrão normativo.
2016
Júnior, Sinval Araújo de Medeiros Temponi, Cristiane Namiuti
VARIAÇÃO SEMÂNTICO-LEXICAL NO PORTUGUÊS BRASILEIRO: FENÔMENOS ATMOSFÉRICOS NOS DADOS DO ATLAS LINGUÍSTICO DO BRASIL – BAHIA E PARANÁ
Esta pesquisa tem por objetivo fornecer um melhor entendimento sobre o Português Brasileiro, limitado às cidades que fazem parte do Atlas Linguístico do Brasil (ALiB) na Bahia e no Paraná. O corpus usado neste estudo é um extrato dos dados do ALiB, relativo aos estados da Bahia e do Paraná e consiste das questões 7, 8, 9 e 10 do Questionário Semântico-Lexical (QSL), que se referem à área semântica fenômenos atmosféricos. Utilizamos o método geolinguístico para a análise espacial dos dados e baseamos nosso estudo em princípios teóricos da Dialetologia e Lexicologia. Examinamos a presença ou ausência de Africanismos, Indigenismos e palavras estrangeiras em ambos os estados. Damos ênfase ao aspecto diatópico. Substantivos, incluindo sintagmas nominais, representam a maioria dos itens lexicais encontrados. Este estudo comparativo em ambos os estados: (i) mostra coincidências em ambas as áreas; (ii) apresenta diferenças.
2016
Oliveira, Genivaldo da Conceição
AS DESIGNAÇÕES PARA “PROSTITUTA” EM TERRAS DO SEM FIM, OBRA DE JORGE AMADO
As obras literárias são verdadeiros repositórios de informações não só de cunho literário mas de variações linguísticas, culturais, sociais e históricas. Neste sentido, trazem em seu bojo não apenas a visão de mundo de seus autores, mas recortes bem detalhados do modus vivendi de um determinado grupo sócio-histórico-cultural. Deste modo, o léxico representa o acervo no qual se depositam todas as manifestações linguísticas, literárias e culturais de uma dada sociedade. Neste sentido, desde que o homem passou a nomear os seres, animados ou inanimados, que os rodeia, o fez a partir dos fluxos sociais, culturais e históricos. No entanto, esse acervo e o modo de ver o mundo variam de língua para língua, de sociedade para sociedade, pois cada grupo tem sua maneira própria de conceber e de se expressar, sendo isso refletido na forma como categoriza as entidades componentes de sua realidade linguística e cultural. Seguindo nessa direção, Jorge Amado, escritor baiano que viveu no período compreendido entre os anos de 1912 a 2001, imprime em seus textos lexias representativas não só do falar baiano, mas da língua portuguesa, mais especificamente da variedade brasileira, as quais contam com teores semânticos bem peculiares. Enveredando pelo estudo do léxico da obra referida, foram encontradas variações lexicais para o termo “prostituta”, constando lexias como “puta”, “mulher dama”, “rameira”, “rapariga”, “mulher da vida”, “mulher fácil”, “mulher de má vida”, “amásia”, as quais revelam algumas das concepções inferidas na sociedade acerca da mulher que usa a sexualidade como instrumento de trabalho para obter o próprio sustento. Destarte, pretende-se com este trabalho apresentar o estudo dessas variações lexicais à luz da Lexicologia, a qual trata da estruturação e organização do léxico de uma dada língua, fazendo os devidos imbricamentos entre língua, literatura, cultura e sociedade.
2016
Queiroz, Rita de Cássia Ribeiro de
O PRONOME VOCÊ E SUA VARIANTE CÊ: UM ESTUDO (SOCIO)FUNCIONAL
No presente artigo, descrevemos o estudo de base sociofuncionalista, desenvolvido a partir de uma amostra composta por dois corpora orais da comunidade de Vitória da Conquista – BA, visando comprovar a variação das formas linguísticas você e cê no referido vernáculo. Para realização desta pesquisa, consideramos oito variáveis independentes, três sociais e cinco linguísticas. Localizamos 405 (quatrocentos e cinco) ocorrências das duas variantes em estudo, sendo 58% delas de você e 42% de cê. Após o tratamento dos dados, o programa GoldVarb selecionou quatro variáveis como mais significativas estatisticamente, a saber: idade, sexo, escolaridade e paralelismo pronominal. Comprovamos a coocorrência das duas formas em foco, confirmando a hipótese geral desse trabalho. Esses resultados obtidos nos levam a considerar que as formas se encontram em variação estável. Além disso, a despeito da forma você ser favorecida pelas mulheres, o que a caracterizaria como de prestígio, não julgamos a forma sincopada cê como estigmatizada, já que os informantes mais escolarizados, por seu turno, favoreceram o seu uso em nossa amostra.
2016
Rocha, Warley José Campos Santos, Lorenna OIiveira dos Sousa, Valéria Viana
VARIAÇÃO NÓS E A GENTE NA FALA CULTA DA CIDADE DE MACEIÓ/AL
Analisamos a variação nós e a gente na posição de sujeito na fala culta da cidade de Maceió. Para tanto, seguimos os pressupostos teórico-metodológicos da Teoria da Variação e Mudança (LABOV, 2008 [1972]) e utilizamos o programa GOLDVARB X para a análise estatística dos dados. De acordo com os resultados obtidos, verificamos que a gente é variante preferida, sendo essa variação condicionada pelas variáveis paralelismo formal, preenchimento do sujeito e faixa etária, com o pronome a gente sendo mais frequente nos seguintes contextos: a gente antecedido por a gente, expressão plena do sujeito e falantes mais jovens, caracterizando-se como um processo de mudança linguística.
2016
Vitório, Elyne Giselle de Santana Lima Aguiar
TOPICALIZAÇÃO DO SUJEITO EM PERSPECTIVA VARIACIONISTA
Neste artigo, analisamos, com base em postulados da Sociolinguística Variacionista, usos de topicalização ou não do sujeito. A investigação valeu-se do banco de dados NURC-RJ e considerou a atuação dos fatores extensão do sujeito, animacidade, definitude, estatuto informacional e tipo de inquérito, mediante análise estatística no programa GOLDVARB. Os resultados referentes a 853 dados mostraram somente 6,7% de construções de tópico-sujeito, condicionadas, estatisticamente, apenas pelos fatores sujeito extenso (peso relativo 0,735) e mais animado (peso relativo 0,712).
2016
Coan, Márluce Cavalcante, Sávio André de Souza Peixoto, Karla Maria Marques Silva, Meire Celedônio da Albuquerque, Micheline Guelry Silva
INVESTIGANDO A SELEÇÃO ESTATÍSTICA DE VARIÁVEIS SOCIAIS: UMA ANÁLISE DO USO VARIÁVEL DO PRESENTE DO MODO SUBJUNTIVO EM AMOSTRAS DE FALA DE FLORIANÓPOLIS/SC E LAGES/SC
Com o objetivo de investigar a correlação entre as variáveis sociais escolaridade e sexo e o uso variável do presente do modo subjuntivo em amostras de fala de Florianópolis/SC e de Lages/SC, estendemos a discussão para a interpretação de cruzamentos dessas duas variáveis associadas à variável linguística projeção temporal. A metodologia aplicada à investigação dos dados permitiu ressignificar a importância das variáveis sociais em análise.
2016
Pimpão, Tatiana Schwochow