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ANÁLISE GEOAMBIENTAL COMO SUBSÍDIO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL DO MUNICÍPIO DE HORIZONTE, ESTADO DO CEARÁ.

O município de Horizonte, localizado na Região Metropolitana de Fortaleza – RMF passou nos últimos 26 anos por intensas alterações na sua configuração espacial e nas suas condições ambientais. Dessa forma, objetiva-se nesta estudo avaliar o contexto geoambiental como subsídio ao ordenamento territorial do município de Horizonte, visando elaborar as diretrizes metodológicas e de um esboço de zoneamento geoambiental. O referencial teórico-metodológico apoiou-se na análise sistêmica, tendo o geossistema como viés delineador da pesquisa. A contextualização dos componentes geoambientais e a delimitação dos seus sistemas naturais permitiu a análise integrada das condições ambientais de Horizonte, subsidiando a confecção do mapeamento temático. A compartimentação geoambiental contribuiu para a delimitação das unidades de uso compatíveis com as condições geoecológicas locais, diante de suas potencialidades e limitações. Por fim, procedeu-se a formulação de diretrizes geoambientais para subsidiar o esboço do zoneamento territorial, visando à sustentabilidade do desenvolvimento do município de Horizonte no contexto atual. 

Year

2021

Creators

Silva Albuquerque, Emanuel Lindemberg Nascimento de Medeiros, Cleyber Nogueira de Souza, Marcos José

CONSIDERAÇÕES SOBRE A EDUCAÇÃO NÃO-FORMAL A PARTIR DAS AÇÕES MULTIESCALARES DE UM MOVIMENTO SOCIAL SEM-TETO

O presente trabalho tem como objetivo evidenciar os elementos que constituem a educação nãoformal, destacando a atuação de um movimento social sem-teto, denominado Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), na cidade de Recife. A estratégia organizativa do movimento, a permanência e a organização interna da ocupação e o diálogo Movimento/Estado, são temas que refletem a relação dialética entre educação e movimentos sociais, materializada nas conquistas sociais pelas famílias e na politização da questão urbana no Brasil. A construção metodológica se caracterizou na avaliação do conceito de movimentos sociais na Geografia e em outras ciências, na análise de literatura pertinente ao tema movimentos sem-teto e, por fim, no  companhamento gradual em campo das ações do MLB e seu caráter pedagógico.

Year

2021

Creators

Ferreira da Silva, Cleiton

O RELEVO COMO PONTO DE PARTIDA AO ESTUDO GEOSSISTÊMICO DA NATUREZA: O CASO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO MIGUEL, ALAGOAS

O relevo pode ser visto como o substrato no qual o homem mantém um contato mais íntimo com a Terra, pois com este, interage diretamente altera-o de modo contundente e por isto, merece atenção quando ao seu estudo, logo, pode ser considerado como o ponto de partida para a análise da natureza em uma bacia hidrográfica e, de modo particular, a bacia do rio São Miguel, no estado Alagoas. A ocupação da citada bacia foi acompanhada por alterações substanciais em suas morfoestruturas e desta forma, este artigo objetiva apresentar os efeitos que as mudanças ocorridas no uso e ocupação do solo promoveram na bacia hidrográfica, sob a perspectiva dos geossistemas. O método adotado foi a identificação das unidades morfoestruturais, a criação deSIG com cartas temáticas acerca do estado de degradação da bacia e a proposição de um zoneamento geográfico para área usando como parâmetro, as características de cada forma de relevo. Os resultados preliminares apontaram que todas as unidades morfoestruturais e suas respectivas subunidades locais encontram-se em estágios variados de degradação, e que seria preciso identificar formas de uso menos nocivas nas mesmas de modo a tornar mais racional, ao final, o uso esperado e o permitido na bacia.

Year

2021

Creators

Oliveira de Souza, Júlio César de Barros Corrêa, Antonio Carlos

O PADRÃO LOCACIONAL DE EMPRESAS INDUSTRIAIS NA REGIÃO OESTE PAULISTA

Nos últimos anos, no Brasil, no contexto da reestruturação produtiva, as empresas passaram a buscar por novas estratégias de produção e reprodução do capital, que, por sua vez, afetaram a organização do espaço da indústria e a localização das unidades produtivas. O capital procura cada vez mais por áreas mais atrativas e vantajosas, bem como sem “deseconomias de aglomeração”. Nesse contexto, ocorreram mudanças consideráveis no padrão de locacional das empresas, com novas estratégias de decisão locacional. Atualmente, a dispersão e as novas decisões locacionais são favorecidas pelo desenvolvimento das telecomunicações e dos transportes, contribuindo para a “fluidez no território”. Os novos determinantes de localização não são uniformes e diferem segundo os ramos industriais e lugares. As cidades médias têm sido atrativas para os novos investimentos industriais. Este artigo tem como objetivo analisar o padrão de localização das empresas industriais das cidades médias da Região Oeste Paulista (Araçatuba, Birigui, Presidente Prudente, Marília e São José do Rio Preto).

Year

2021

Creators

Serafim Gomes, Maria Terezinha

AGRONEGÓCIO DA FRUTICULTURA E DA SOJA: A TERRITORIALIZAÇÃO DE EMPRESAS AGRÍCOLAS NOS CERRADOS E VALES ÚMIDOS DO NORDESTE BRASILEIRO

No Brasil, o processo de reestruturação produtiva da agricultura iniciou-se nos anos 1960, na Região Concentrada (SANTOS e SILVEIRA, 2003). Nas décadas seguintes, com a desconcentração espacial das empresas agrícolas e a especialização produtiva no campo, de forma funcional e estratégica, o capital migrou para outras áreas do país, atingindo o que Santos (1988) denominou de lugares de reserva, tais como, certas áreas da região Nordeste. Nos anos1990, a produção modernizada de grãos chegou aos cerrados nordestinos, pioneiramente, no oeste baiano, induzindo transformações no âmbito político, econômico e social de toda a região polarizada pela cidade de Barreiras (Bahia). Aproximadamente, no mesmo período, a produção intensiva de frutas tropicais (especialmente, banana, melão e manga) voltou-se para exportação, sob o comando de grandes empresas agrícolas nacionais e multinacionais que ocuparam a área compreendida pelos municípios produtores de frutas do Ceará e Rio Grande do Norte, polarizada pela cidade de Mossoró. Neste artigo pretendemos conhecer as dinâmicas socioespaciais inerentes as regiões do agronegócio da fruticultura e da soja, dando ênfase à atuação deempresas agrícolas, bem como o agravamento das desigualdades socioespaciais associadas a essas dinâmicas.

Year

2021

Creators

Jerônimo Chaves, Maria Lucenir dos Santos, Camila Dutra

CONVERGÊNCIAS E CONTROVÉRSIAS CONCEITUAIS SOBRE DEGRADAÇÃO AMBIENTAL/DESERTIFICAÇÃO

A partir de novas demandas criadas pelo mundo moderno surgem diversos problemas, aos quais se busca combater. Apesar de ser uma questão que acompanha os seres humanos desde a antiguidade, a preocupação com o ambiente ampliou-se em um contexto de intensificação da apropriação material. Tanto a apropriação quanto os efeitos dela requerem idéias claras para sua compreensão, o que produz outra preocupação: o conceito. Com o presente texto tenta-se responder a: o que é degradação ambiental? A bibliografia consultada permite compreender o conceito a partir da idéia de dano e busca aproximar-se de motivações que conduziram a tal preocupação. A compreensão geral gira em torno da perda da capacidade ou dificuldades de funcionamento dos ciclos dinâmicos, responsáveis pela renovação dos meios de manutenção da vida. Foram utilizados diferentes textos científicos e documentos oficiais da política ambiental brasileira para o entendimento atual do tema.

Year

2021

Creators

de Sousa Almeida, Iaponan Cardins Nogueira de Souza, Marcos José

“TERRITÓRIO NA GEOGRAFIA DE MILTON SANTOS”

Um ano é um fragmento do tempo marcado com eventos impactantes. Um livro original que vem a lume é um desses eventos. Antonio Carlos Robert Moraes nos oferece mais um de seus estudos, agora reverenciando o pensamento de um dos mais ilustres geógrafos da atualidade. Recebi-o com dupla alegria: como presente e como convite a manter a viagem pela vasta produção do destacado geógrafo brasileiro, de quem fui orientando e, com muita honra, amigo. Repito o que registra o autor: “é, antes de tudo, uma homenagem ao Professor Milton Santos” (p. 9). Se vivo estivesse, muito lhe agradaria, como intelectual e homem de idéia. Pelo título, o autor revela sua intenção, mas explicita-a na Introdução da obra: “ território (...), selecionado para conduzir nossa análise” (p. 14). Diríamos que Moraes, com seu fôlego de fino intelectual extrapola sua “empreitada”, ampliando o limite a que se propôs: logo na Introdução, nos oferece uma periodização da produção de Milton Santos, desde o meado do século passado, quando reafirma a “convivência de posturas metodológicas díspares é uma constante em sua produção, defendida explicitamente pelo autor” (p. 12); adiante, Moraes oferece comentários de temas e conceitos das obras em análise, como marginalidade (p.48), os dois circuitos (p. 50), formação social (p. 47 e 73), região (p. 85), rede (p. 96), entre outros.

CONDICIONANTES SOCIOECONÔMICOS E NATURAIS PARA A PRODUÇÃO DE SAL MARINHO NO BRASIL: AS PARTICULARIDADES DA PRINCIPAL REGIÃO PRODUTORA

A história do consumo do sal pelo homem é tão antiga quanto a história do próprio homem. No Brasil, sua origem principal é o mar. Há evidências de consumo de sal marinho nas terras brasileiras, desde antes da colonização, assim como há registros de sua utilização por parte dos colonizadores desde o primeiro século de história do Brasil. A produção de sal marinho no Brasil tem nas últimas duas décadas se concentrado com percentagens superiores a 90% nas salinas do Litoral Setentrional Potiguar e esse dado despertou a curiosidade que motivou a questão de partida e a formulação das hipóteses para a construção desta pesquisa e da presente tese. Através do método de tentativas e eliminação de erros (hipotético-dedutivo) traçamos ao longo desta pesquisa várias hipóteses que foram sendo postas à prova e sendo reformuladas até chegar à tese de que o Rio Grande do Norte tem condicionantes naturais e socioeconômicos que lhe conferem maior produtividade em relação às demais áreas produtoras de sal marinho no Brasil. Identificamos que o sal marinho já foi produzido em todo o litoral brasileiro desde o Pará até o Rio de Janeiro, no entanto as principais regiões produtoras sempre foram a Costa Semiárida do Nordeste e a área de entorno da Lagoa de Araruama no Rio de Janeiro. O maior potencial do ponto de vista climático está na Costa Semiárida do Nordeste, este fato motivou o emprego de vultosos investimentos nesta área, especialmente no Litoral Setentrional Potiguar, este último além de ter potencial do ponto de vista climático, tem maior potencial produtivo do ponto de vistas dos demais condicionantes naturais, especialmente devido à morfologia extremamente plana de suas planícies flúvio-marinhas e da maior impermeabilidade de seus solos. Os investimentos feitos na área de maior potencial produtivo natural fizeram com que ela passasse a ter também a maior potencial em relação aos condicionantes socioeconômico,  ssociados os condicionantes naturais e socioeconômicos fazem com que o Litoral Setentrional Potiguar produza mais de 90% do sal marinho do Brasil, já que as demais economias salineiras declinaram nas últimas décadas por não poderem competir com a produtividade das empresas potiguares.

Year

2021

Creators

Mendonça Diniz, Marco Túlio

O PROGRAMA DE ARRENDAMENTO RESIDENCIAL - PAR: OS AGENTES E SUA MATERIALIZAÇÃO NO ESPAÇO METROPOLITANO DE FORTALEZA

A Região Metropolitana de Fortaleza, como uma grande metrópole brasileira, não foge a regra dos processos de segregação sócio-espacial em seus movimentos de expansão da metrópole. A problemática urbana da habitação, na metrópole cearense é caracterizada pela marcante expansão de favelas, loteamentos clandestinos na periferia, marginalizando grande parte da população do mercado imobiliário formal devido ao seu baixo poder aquisitivo e ao preço da moradia, objeto de especulação. Para atender a essas transformações, durante as décadas de 1970 e 1980, expandiram-se os conjuntos habitacionais da COHAB-CE nas franjas da cidade e nos municípios vizinhos, criando novas frentes de expansão urbana, que trazem consigo novos espaços de especulação e de segregação, tornando-se parte característica da paisagem urbana. No entanto, será nesse contexto, precisamente no governo de FHC que será lançado o Programa de Arrendamento Residencial - PAR em 1999, sendo em tese uma “política habitacional destinada à população de baixa renda (até oito salários mínimos) para arrendamento residencial de unidades habitacionais, com opção de compra no final do prazo de 180 meses (15 anos)” No que concerne ao momento histórico, o PAR assume importância singular, porque está situado num nexo histórico entre dois "marcos" das políticas habitacionais brasileiras, que é o fim do BNH e a criação do Ministério das Cidades. O primeiro marco foi caracterizado pela fase do "hiato" das políticashabitacionais, da municipalização, da ascensão do autofinanciamento, do aprofundamento do déficit habitacional, da multiplicidade de programas habitacionais desconexos, mas que também do acirrado debate, sobre novas soluções para a questão habitacional no Brasil. Como segundo marco, tivemos a criação do Ministério das Cidades, em 2003, período do primeiro governo Lula, verificando-se profundas mudanças nos rumos das políticas habitacionais, passam por um processo de centralização, mas também de uma maior aproximação do mercado imobiliário com o Estado. Essa transição refletiu no PAR, cabendo-nos realizar uma periodização, ao longo de sua existência, em três tempos: início, concretização e extinção. Nesse sentido, o presente trabalho objetiva entender a lógica da materialização do PAR no espaço metropolitano de Fortaleza, a partir da relação entre seus agentes nas múltiplas escalas. A metodologia desta pesquisa constituiu-se de revisão de literatura através de levantamento bibliográfico e documental. Pesquisa embibliotecas, levantamento de dados e informações junto às instituições responsáveis pela execução do programa como a Caixa Econômica Federal - CEF, dentre outros agentes envolvidos no programa. As considerações finais apontaram para um programa, que embora de diretrizes nacionais a sua realização tomou peculiaridades locais de acordo com a relação dos agentes envolvidos na sua produção. Como o estreitamento da relação construtoras CEF e da ausência do poder público local no caso do Ceará. Sua atuação é marcada por altos e baixos devido o momento histórico de transição que ele está inserido. A sua produção na RMF é marcada por uma pulverização dos seus condomínios fechados na periferia pobre do espaço metropolitano, levando para essas áreas a nova classe trabalhadora, como também um novo processo de valorização do solo urbano.

Year

2021

Creators

de Assis, Carlos Josué

EDITORIAL

Editorial

Year

2021

Creators

Silveira Mendes, Lúcia Maria

REFLORESTAMENTO COMO INDICADOR AMBIENTAL: A SUSTENTABILIDADE NO RIACHO SÃO GONÇALO INSERIDO NA BACIA DO ALTO JAGUARIBE

O reflorestamento como indicador ambiental a sustentabilidade no riacho São Gonçalo inserido na bacia do alto Jaguaribe, teve como principal objetivo avaliar o estado de conservação e realizar o levantamento atual das espécies após reflorestamento, comparando com os registros de espécies nativas da flora. Destaca-se que a vegetação antes se apresentava fortemente degradada e, em parte destituída de suas condições originais, tanto sob o ponto de vista fisionômico como florístico, que foram comparados, agora se encontra em níveis de recuperação expressivos para área dos sertões dos Inhamuns. Para esse levantamento partiu-se do pressuposto básico que a vegetação representa a resposta última que deriva do complexo das relações mútuas entre os componentes do potencial ecológico. Constituindo a melhor expressão sintética dos dados abióticos do ambiente a vegetação tem influências múltiplas sobre a dinâmica do ambiente. Ela interfere na ação dos processos morfoclimáticos, influi sobre a pluviosidade e sobre a temperatura do solo e do ar. Além disso, influencia na umidade e no trabalho que é exercido pelos agentes modeladores da superfície. Em suma, interfere no acionamento dos processos morfogenéticos e dos processos pedogenéticos. Sob o ponto de vista metodológico, adotou-se a concepção sistêmica, onde foram iniciadas a observação in loco, as condições fitoecológicas originais da área foram verificadas, sendo catalogadas e fotografadas espécies da caatinga do semiárido do alto Jaguaribe. Realizou-se ainda coleta de amostras de solo, que foram enviadas ao Laboratório de Solos e Água da Universidade Federal do Ceará, para as análises físico-químicas e granulométricas de acordo com os métodos de análises de solo do Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de Solos. Os resultados dessas análises tiveram seus valores comparados aos limites determinados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária–EMBRAPA, evidenciando que o reflorestamento é um forte indicador ambiental para a sustentabilidade, considerando os níveis de recuperação estabelecidos em todos os componentes ambientais sendo o solo, responsável pelo aumento das terras agrícolas, quando este é adequadamente conduzido.

Year

2021

Creators

Feitosa Melo, Cristiane e Castro Brito da Cruz, Maria Lucia

OS LUGARES SAGRADOS NA PERSPECTIVA DA GEOGRAFIA DA RELIGIÃO

A compreensão a respeito dos lugares sagrados se insere numa ampla discussão dentro da geografia da religião. A relação entre o sagrado e os lugares se insere numa ordem pela qual a experiência religiosa engendra formas espaciais, reunindo um sistema de símbolos capaz de tornar os lugares em algo humanamente significativo. Essa experiência religiosa, ao produzir na paisagem formas e funções religiosas, pode ser entendida através da explicação de Berque (1998) que propõe dois modos de compreensão da paisagem: como marca da experiência religiosa produzida no lugar e também como matriz dessa experiência, surgindo nesse momento esquemas de percepção, de concepção e de ação, conferindo, portanto, uma identidade impressa na paisagem.  A criação dos lugares sagrados também está associada à ação simbólica que o homem desenvolve através de processos que indicam a organização de um espaço socializado e que representa a própria história, estabelecendo um elo entre o mundo e as relações simbólicas. Entendemos aqui como um ordenamento de signos organizado estruturalmente, através do qual um sistema social é transmitido, reproduzido e explorado. Assim, o tema do lugar, entendido na perspectiva simbólica do sagrado, aparece como um conceito cuja polissemia está ligada à própria existência do homem, quer seja individualmente ou em sua dimensão coletiva.

Year

2021

Creators

Lemos Costa, Otávio José

A PRODUÇÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS E A CIDADE: O CASO DO LAGO IGAPÓ EM LONDRINA/PR

O trabalho apresenta algumas ideias e elementos para refletir acerca da produção do espaço da cidade. Nosso interesse maior em conhecer e estudar aspectos relevantes sobre a cidade se deriva do fato de ser um lugar onde está à maior parcela da população, também sendo evidenciado os maiores números de investimentos de capital e mais, este, é o principal espaço onde ocorre os conflitos sociais.  A priori devemos trabalhar com a reflexão sobre a natureza do espaço. Sendo este espaço um sistema de objetos cada vez mais artificiais, povoado por sistemas de ações igualmente imbuídos de artificialidade, e cada vez mais tendentes a fins estranhos ao lugar e a seus habitantes. As discussões aqui apresentadas relacionam com a produção dos espaços da cidade, aquela da produção e reprodução das relações sociais num determinado tempo e espaço e seus principais agentes produtores. Observando também a cidade como um produto/mercadoria para compreender como se processa as inúmeras formas de valorização do solo urbano. E como exemplo da produção do espaço urbano trazemos o Lago Igapó em Londrina-PR que se apresenta como uma área de lazer e que os espaços em seu entorno encontram-se valorizados devido as diversas formas de produção, ocupação e apropriação do espaço do Lago Igapó e suas adjacências. Como ocorre a ocupação das áreas e quais os principais processos de valorização encontrados pelas novas formas de morar na produção de loteamentos, condomínios sejam eles horizontais ou verticais nesta área da cidade de Londrina-PR.

Year

2021

Creators

De Bortolo, Carlos Alexandre

CONFLITOS SOCIOESPACIAIS NO USO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS DE PORTO ALEGRE: O CASO DO LARGO GLÊNIO PERES

Atualmente a cidade de Porto Alegre testemunha uma seqüência de manifestações, com destaque para as passeatas pela redução da tarifa de ônibus. Esse contexto é efeito de um conjunto de medidas restritivas aplicadas nos espaços públicos de uso e apropriação coletiva. Medidas que atende direta e indiretamente as exigências dos megaeventos, como Copa do Mundo (2014).  O controle e a vigilância foram intensificados nesses espaços e será tratado a partir de um estudo de caso da cidade de Porto Alegre: o Largo Glênio Peres. O artigo está baseado na ação prática e cotidiana do estudo de caso, porém essas experiências estão se multiplicando por todas as outras cidades-sedes do evento.  Assim, o objetivo é analisar os conflitos socioespaciais no uso dos espaços públicos gerados pela relação de poder que se encontra em transformação. Assim como suas implicações para a convivência de diferentes sociabilidades e nos rumos do espaço público contemporâneo. O método de análise é o dialético e privilegia uma análise que contemple as diferentes formas de sociabilidade.

Year

2021

Creators

da Silva, Rosiéle Melgarejo

A FALSA GENEROSIDADE PARA A GESTÃO DAS TENSÕES ESPACIAIS – A RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL (RSE) E A CIDADANIA NEOLIBERAL

A falsa generosidade é um conceito elaborado por Paulo Freire para tratar da relação solidária do opressor para com o oprimido no objetivo de reproduzir a relação de opressão. O argumento deste trabalho é, pois, o de que a responsabilidade social empresarial é uma forma contemporânea de falsa generosidade, estreitamente associada à gestão das tensões espaciais, visto as barreiras espaciais à acumulação do capital contemporânea que demandam o que David Harvey apresenta como ajuste espacial. O ambiente neoliberal que nutre essa prática tem por mecanismo o controle da produção/reprodução da vida como forma de maximizar a eficiência disciplinar sobre os oprimidos, ampliando a margem de produção da mais-valia. Para tanto, constitui-se a fetichização da liberdade e da igualdade, assim como do próprio espaço do homem, construindo-se aquilo que Karel Kosik chama de “mundo da pseudoconcreticidade”, o que, por fim, impossibilita uma política democrática das tensões espaciais.

Year

2021

Creators

Machado, Thiago Adriano

A GEOGRAFIA CEARENSE E A FORMAÇÃO DOS PRIMEIROS LICENCIADOS: RELATO SOBRE A FACULDADE CATÓLICA DO CEARÁ (1947-1957)

O relato sobre a Faculdade Católica de Filosofia do Ceará, criada em parceria com a Ordem dos Irmãos Maristas, em 1947, expressa especificidades sobre a criação da Geografia acadêmica cearense e a formação de licenciados em História e Geografia, cujo objetivo foi suprir a demanda por professores no ensino médio. Em busca de compreender essa história, foram utilizados documentos diversos, além de pesquisa bibliográfica e em dissertações sobre o tema. Caracterizar, historicamente, a existência do primeiro curso de formação de professores em Geografia, resultou no desvelamento dos caminhos percorridos na formação dessa ciência em âmbito local, que para além do ambiente acadêmico, já era produzida pelos intelectuais do Instituto do Ceará desde 1887.

Year

2021

Creators

Gonzaga Mendes, Eluziane

CORRELAÇÕES ESPACIAIS ENTRE DE HOMICÍDIOS E CONCENTRAÇÃO DE AGLOMERADOS SUBNORMAIS EM FORTALEZA, CE, BRASIL

A pesquisa teve por objetivo encontrar correlações espaciais entre a ocorrência de homicídios e a presença de aglomerados subnormais na cidade de Fortaleza, estado do Ceará, Brasil. A hipótese é que as áreas com maior número de habitações subnormais e favelas apresentam maiores índices de homicídios. Entretanto, não se trabalhou com a hipótese de que haveria relação de causa e efeito entre homicídio e privação social, embora seja uma hipótese aceita (BATELLA; DINIZ; TEIXEIRA, 2008). Com o método utiliza o estimador da função dedensidade de Kernel (LUCAMBIO, 2008), que foi possível estabelecer correlações entre dados georreferenciados sobre homicídios em Fortaleza no período de janeiro a agosto de 2010 e a presença de habitações subnormais. Os resultados indicaram uma forte correlação espacial entre as variáveis analisadas. Entenda-se, entretanto, que as correlações positivas não devem ser confundidas com causa.

Year

2021

Creators

de Medeiros, Cleyber Nascimento de Almeida Pinheiro, Francisco Sérgio Marques e Souza, Guilherme Rodriguez de Carvalho Pinheiro, Daniel

ECONOMIA URBANA E ESPAÇOS METROPOLITANOS: MARACANAÚ NO CONTEXTO DA METROPOLIZAÇÃO DE FORTALEZA - CE

Este trabalho analisa as novas dinâmicas da economia urbana em espaços metropolitanos, tendo como recorte as mudanças que ocorrem no município de Maracanaú, localizado no limite sudoeste da cidade de Fortaleza (CE). Integrado à Região Metropolitana de Fortaleza no mesmo período da instalação do I Distrito Industrial do Ceará, na década de 1970, o que resultou na criação de vários conjuntos habitacionais populares, Maracanaú consolidou-se como um polo industrial do estado, ao mesmo tempo em que se fortaleceu como uma “cidade dormitório”, atendendo as demandas por trabalho barato. Nos últimos dez anos, entretanto, novas dinâmicas passam a coexistir com aquelas anteriormente materializadas, em especial o papel que a economia urbana do comércio e dos serviços desempenha na organização do espaço. Tais fenômenos expressam processos de reestruturação urbana e metropolitana, implicando em novos movimentos e numa reconfiguração das formas urbanas tradicionais. Ao procurar entender a natureza desses fenômenos, objetivamos demonstrar algumas das transformações que atingem a realidade das estruturas urbanas e metropolitanas no Ceará. 

Year

2021

Creators

Brito Gomes, Rafael Pereira Júnior, Edilson Alves

A PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO COMO PLATAFORMA DE VALORIZAÇÃO FICTÍCIA

A urbanização como negócio de incorporadoras internacionalizadas impõe ao espaço o caráter de local, no qual ocorre a metamorfose do capital produtivo em financeiro, contudo tal transformação não acontece sem a regulamentação por parte do Estado, o maior exemplo é o SFI. Assim, o movimento de capitalização utiliza a indústria da construção civil, setor de baixa composição orgânica, para se reproduzir. Com a abertura dos mercados em 1990, o Brasil se tornou uma importante plataforma de valorização fictícia e o imobiliário passou a ser investimento seguro de capitais internacionais. A principal consequência foi a expansão dos maiores grupos de incorporação pelo território brasileiro o que gerou uma centralização capitalista.

Year

2021

Creators

Rodrigues Lopes, Francisco Clébio

MEIO AMBIENTE LITORÂNEO E URBANIZAÇÃO: O AMBIENTE PRODUZIDO NA COSTA LESTE DA CIDADE DE FORTALEZA – CEARÁ

Pressupostos norteadores são: o dinamismo próprio e a estruturação do natural como duas características básicas dos meios naturais, que em suainterdependência confluem para a organização da natureza como um produto da história geoecológica da Terra; - o homem passa a se distinguir dos outros animais quando inicia produzir seus meios de subsistência, portanto, produzindo indiretamente sua própria vida material na relação coevolutiva homem-natureza. Hipótese formulada: toda interação social com um meio ambiente determinado, mesmo que dentro dos umbrais de resiliência dos ecossistemas que o compõem, provoca, em maior ou menor aprofundamento, modificações na dinâmica e estruturação desses sistemas naturais. Sob este prisma, a interação coevolutiva da sociedade/natureza per si já faz de um meio ambiente, um ambiente, isto é, não mais somente um produto da história geoecológica da Terra, mas também, um produto social e historicamente determinado, um ambiente humano. Consequentemente, se um meio ambiente determinado passa a ter suas características definidas a partir da interação das dimensões social e natural, em coevolução, os estudos científicos desse meio ambiente passam a ser desenvolvidos levando em conta essa sua nova condição, isto é, sua concretude. Assim, compreender como e por quais mecanismos, nas últimas quatro décadas, ocorreram as interações entre a dinâmica natural, os processos e as práticas socioespaciais comandadas pelos processos de modernização da cidade de Fortaleza no seu setor costeiro leste, tomado aqui sob a denominação de “Praia do Futuro” é o objetivo geral desta tese. O recorte espaço-tempo é justificado em função da ocupação da Praia do Futuro ocorrer predominantemente sob a ótica de processos e práticas sociais comandados pela lógica modernizante mais recente da cidade de Fortaleza. Sendo este meio ambiente litorâneo diferenciado, em sua dinâmica e organização natural, de outras praias da cidade, ganha importância como locus de usos e ocupações comandados também por interesses conflitantes e diversificados, portanto, passíveis de revelar concretamente a lógica da produção ambiental. Em uma metodologia de corte histórico, a fundamentação teórico-prática articula a discussão entre o refinamento de conceitos; a reflexão sobre as categorias de análise geográfica – paisagem e território – para os estudos ambientais; a definição de uma periodização sócio-histórica como estruturante dos estudos ambientais e a classificação de sistemas ambientais. Resultados alcançados: proposta de diferenciação conceitual entre meio ambiente e ambiente; aplicação dos conceitos de paisagem e território usados no estudo geográfico do ambiente; periodização estruturante para a pesquisa da problemática ambiental; definição de critérios classificatórios de sistemas ambientais, a classificação de sistemas ambientais que compõem a Costa Leste de Fortaleza. Concluímos que: os estudos ambientais devem ser estruturados por uma periodização que leve em conta processos de modernização dos territórios; há a necessidade de aprofundar a discussão sobre a categoria de análise “território” como fundamental ao entendimento do ambiente; os anos 1970 são um marco para os recortes temporais dos estudos do ambiente; devemos dar continuidade aos estudos da Praia do Futuro e refinar-ampliar a aplicação da  metodologia elaborada.

Year

2021

Creators

Magalhães Grangeiro, Claudia Maria