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INFLUÊNCIA DE BACILLUS SUBTILIS NA ECLOSÃO, ORIENTAÇÃO E INFECÇÃO DE HETERODERA GLYCINES EM SOJA
A utilização de microrganismos para fins de controle biológico de doenças em plantas tem sido muito estudada no mundo. No caso do nematóide de cisto da soja (Heterodera glycines), uma das principais doenças da soja, o controle biológico é de grande importância devido à ausência de controle químico eficiente. Para se estudar o efeito de Bacilllus subtilis sobre H. glycines, foram conduzidos alguns experimentos de casa de vegetação e laboratório. Nos trabalhos de laboratório, verificou-se, em câmara de eclosão, que a presença de B. subtilis reduz a eclosão de ovos de H. glycines estimulados com exsudatos de sementes de soja. Foi observado também que o tratamento de raiz de soja com a bactéria inibiu a migração de larvas juvenis de H. glycines para a planta em comparação à raiz não tratada com a bactéria. Nos ensaios de casa de vegetação, utilizando-se vasos com solo infestados com ovos de H. glycines, observou-se uma redução de fêmeas na raiz de soja quando o solo ou sementes foram tratadas previamente com formulação pó-molhável ou calda contendo B. subtilis, respectivamente. Com base nesses resultados e sabendo-se que H. glycines apresenta dependência de estímulo de exsudatos vegetais para eclosão e orientação das larvas, pode-se afirmar que B. subtilis interfere nesse estímulo prejudicando o desenvolvimento do ciclo do nematóide.
2002
Araújo,Fábio Fernando de Silva,João Flávio Veloso Araújo,Ademir Sérgio Ferreira de
PADRÕES ELETROFORÉTICOS DE CULTIVARES DE TRIGO INDICADAS PARA REGIÃO SUL DO BRASIL
No Brasil, a identificação de cultivares envolve, na sua grande maioria, caracteres morfológicos de sementes, plântulas ou plantas. Os métodos que utilizam eletroforese permitem identificar estas cultivares com redução no tempo e a custos menores. Os objetivos deste trabalho foram definir o padrão eletroforético de cultivares de trigo indicadas para cultivo nos Estados da Região Sul do Brasil, bem como verificar a variação intra-cultivar destes genótipos. Foram empregados quatro sistemas de eletroforese, dois utilizando proteína total (APAGE e SDS-PAGE ) e dois sistemas isoenzimáticos (esterase e peroxidase). O sistema APAGE permitiu identificar individualmente as cultivares BR 18, BR 35, CEP 24, CEP 27, EMBRAPA 15, EMBRAPA 40, IAPAR 17, IAPAR 29, OCEPAR 16, OCEPAR 21, RS 01e RS 08 e reunir as demais em três grupos: grupo 1: BR 38 e EMBRAPA 52; grupo 2: EMBRAPA 16, EMBRAPA 24 e EMBRAPA 49; grupo 3: BR 23, BR 32 e IAPAR 28. Com a utilização do SDS-PAGE e da isoenzima esterase, foi possível individualizar as cultivares dentro dos grupos. Variação intra-cultivar utilizando APAGE não foi detectada. A cultivar EMBRAPA 16 apresentou variação no sistema em SDS-PAGE. Através da isoenzima esterase, foi detectada variação dentro das cultivares BR 38 e EMBRAPA 15 e com a peroxidase nas cultivares BR 23, CEP 24, CEP 27, EMBRAPA 15, EMBRAPA 40 e IAPAR 17. Os resultados obtidos neste trabalho indicam que é possível caracterizar cultivares de trigo utilizando eletroforese, desde que os sistemas sejam empregados de modo combinado.
2002
Cardoso,Elbio Treicha Nedel,Jorge Luiz
HERDABILIDADES E CORRELAÇÕES DA PRODUÇÃO DO FEIJÃO E DOS SEUS COMPONENTES PRIMÁRIOS, NAS ÉPOCAS DE CULTIVO DA PRIMAVERA-VERÃO E DO VERÃO-OUTONO
Este trabalho teve como objetivo estimar parâmetros genéticos em populações F2 do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.), cultivadas em duas épocas tradicionais no Estado de Minas Gerais. Foi realizado o cruzamento entre os cultivares 'Ouro 1919' e 'Milionário 1732', e as populações genitoras, F1 e F2 foram cultivadas na primavera-verão e no verão-outono. Nas duas épocas, as estimativas de herdabilidades foram baixas para todos os caracteres e o número de vagens por planta apresentou as maiores correlações fenotípicas e de ambiente com a produção de grãos.
2002
Coelho,Antônio Daniel Fernandes Cardoso,Antônio Américo Cruz,Cosme Damião Araújo,Geraldo Antônio de Andrade Furtado,Marcos Ribeiro Amaral,Cláudio Lúcio Fernandes
ANÁLISE DE TRILHA DO RENDIMENTO DO FEIJOEIRO E SEUS COMPONENTES PRIMÁRIOS EM MONOCULTIVO E EM CONSÓRCIO COM A CULTURA DO MILHO
Realizou-se análise de trilha do rendimento de grãos (variável básica) vs. seus componentes primários (variáveis explicativas), em monocultivo e em consórcio com a cultura do milho. De modo geral, os resultados foram semelhantes nos dois sistemas de cultivo. Das três variáveis explicativas envolvidas no estudo, o número de vagens por parcela foi a única que apresentou boa combinação de coeficiente de trilha e correlação, ambos altos, tanto no monocultivo como no consórcio. Concluiu-se que o caráter número de vagens por parcela tem influência marcante na produção de grãos, podendo ser de grande valor nos progressos genéticos deste caráter, via seleção indireta.
2002
Furtado,Marcos Ribeiro Cruz,Cosme Damião Cardoso,Antônio Américo Coelho,Antônio Daniel Fernandes Peternelli,Luiz Alexandre
FENOLOGIA COMPARATIVA DE DOIS CLONES ENXERTADOS DE CAJUEIRO ANÃO EM CONDIÇÕES DE IRRIGAÇÃO
O objetivo do trabalho foi comparar a fenologia de plantas enxertadas dos clones CP 076 e 1001 de cajueiro anão precoce, sob condições de irrigação localizada. O trabalho foi conduzido em uma área experimental da Universidade Federal do Ceará, em Caucaia, Ceará, durante o período de abril de 1985 a março de 1991. As observações foram realizadas em 10 plantas de cada clone contidas em um jardim clonal em um espaçamento de 6 m x 6 m. Foi avaliada a evolução dos crescimentos quantitativo e qualitativo, da floração e frutificação, da queda foliar e de plantas em produção. As médias mensais de temperatura, umidade relativa do ar, velocidade do vento, e os totais mensais de insolação, de radiação solar e de precipitação pluvial foram determinados durante todo o experimento. Constatou-se que as fenofases altura, envergadura, queda de folhas e crescimento vegetativo qualitativo ocorreram continuamente, para ambos os clones, durante todo o experimento, mais como uma conseqüência da irrigação a que as plantas foram submetidas. Para as fenofases floração e frutificação, ocorreu uma resposta diferenciada. O clone CP 1001 apresentou uma periodicidade muito mais definida que o clone CP 076. A distribuição das chuvas é o fator meteorológico que parece mais influenciar neste comportamento.
2002
Almeida,Francisco Aécio Guedes Martins Junior,Waldemir Almeida,Francisco Célio Guedes
CONSUMO DE ENERGIA E EFICIÊNCIA DAS ESTAÇÕES DE BOMBEAMENTO DE LAVOURAS DE ARROZ IRRIGADO
Este trabalho teve como objetivo avaliar o consumo de energia e a eficiência das estações de bombeamento de lavouras de arroz irrigado, na localidade de Arroio Grande, município de Santa Maria, RS. Das 95 estações de bombeamento visitadas, 21 foram avaliadas quanto ao rendimento e consumo de energia. Os resultados evidenciaram que 67% das bombas operavam com rendimentos abaixo de 75%. Houve uma grande amplitude na relação CV ha-1 entre as fontes de potência, variando de 0,93CV ha-1 (conjuntos motobombas elétricos) a 6,30CV ha-1 (acionados por tratores a diesel). Constatou-se que as potências nominais instaladas estavam de 200% a 4250% acima das necessárias e que há desperdício de energia na irrigação de lavouras de arroz. Verificou-se, também que, adequando-se as estações de bombeamento, é possível economizar 29% da energia elétrica com a redução das perdas de carga e 41%, com a redução das perdas de carga e a substituição das atuais motobombas por outras com rendimentos mínimos de 75%.
2002
Marcolin,Elio Robaina,Adroaldo Dias
MISTURAS VITAMÍNICAS NA REGENERAÇÃO DO MARACUJAZEIRO AMARELO (Passiflora edulis f. flavicarpa Deg.)
Cotilédones obtidos a partir de sementes germinadas in vitro foram usados como explantes com o objetivo de avaliar o efeito de dois complexos vitamínicos e de duas concentrações de 6-benzilaminopurina (BAP) na organogênese direta do maracujá amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa Deg.). Empregou-se o meio Murashige & Skoog (1962) suplementado com as vitaminas MS ou B5 (vitaminas de GAMBORG et al., 1968) e 1 ou 2 mg.<img SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n2/a09img01.gif"> -1 de BAP. Foram testados quatro tratamentos, sendo cada um constituído de 60 explantes. O experimento foi inteiramente casualizado, com dez repetições. Os dados, analisados pelo teste de Tukey, demonstraram que os meios de cultura suplementados com o complexo vitamínico B5 induziram gemas em mais de 70% dos explantes, obtendo-se até 8 brotos por explante, com um enraizamento superior a 90%. A análise de ploidia das plantas regeneradas indicou um número aparentemente normal de cromossomos típicos dessa espécie (2n=18)
2002
Ribas,Alessandra Ferreira Denis,Francine Quoirin,Marguerite Ayub,Ricardo Antonio
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL, DESENVOLVIMENTO RURAL E PRÁTICAS AGRÍCOLAS
A questão ambiental é, sem dúvida, o "fato do momento" na civilização humana contemporânea e, provavelmente, o de maior potencial de questionamento e transformação na trajetória do processo civilizatório. Se, por um lado, ela introduz a possibilidade de redirecionar os rumos do desenvolvimento em benefício das gerações futuras, por outro, os mecanismos concebidos para se alcançar tal objetivo podem trazer sérios problemas à sobrevivência das gerações atuais de agricultores familiares. No caso brasileiro, os instrumentos de gestão ambiental pública são, na essência e de fato, compostos por instrumentos de comando e controle, ou seja, por regras e padrões a serem seguidos, atribuindo penalidades aos que não as cumprirem. Este fato, paradoxalmente, tem reflexos danosos para o desenvolvimento global da sociedade, em particular ao meio rural, uma vez que agrava ainda mais a já precária situação de sobrevivência de grande parcela dos agricultores familiares do país, por onerar o processo produtivo agrícola e por não propiciar os elementos básicos que permitam ao público envolvido o cumprimento das obrigações. O presente trabalho é uma análise dos instrumentos públicos de gestão ambiental brasileira à luz de estudos empíricos, dois deles ocorridos na região central do Rio Grande do Sul, e outro na mata atlântica, no litoral norte do Paraná. A análise dessa problemática é feita a partir dos seguintes eixos: os reflexos da aplicação de uma legislação rígida, que atinge linearmente todo o rural; a desconsideração dos efeitos da coibição de determinadas práticas para a reprodução econômica e social dos agricultores; e as incongruências teóricas e práticas da legislação ambiental.
2002
Neumann,Pedro Selvino Loch,Carlos
DIVERGÊNCIA GENÉTICA ENTRE GENÓTIPOS DE FEIJOEIRO A PARTIR DE TÉCNICAS MULTIVARIADAS
Foram avaliadas as técnicas multivariadas para se estimar a divergência genética entre genótipos de feijoeiro, visando a obtenção de populações com ampla variabilidade genética. Utilizaram-se as seguintes técnicas de análise multivariada: distância Euclidiana média, a partir dos dados padronizados (d e); distância Euclidiana média, obtida com os escores das três primeiras variáveis canônicas (d vc); distância Euclidiana média, a partir dos escores dos três primeiros componentes principais (d cp); distância Euclidiana média usando as três primeiras cargas fatoriais (d ft), e distância generalizada de Mahalanobis (D²). Foram utilizados doze genótipos de feijoeiro (Aporé, H-4-7, PF-9029975, CI-128, Carioca MG, CI-21, Carioca 300V, Ouro Negro, A-285-Rudá, ESAL 693, Pérola e IAC Carioca Aruã) avaliados em quatro épocas (inverno/97, águas/97/98, seca/98 e inverno/98) por meio de dez características agromorfológicas. O delineamento utilizado foi blocos completos casualizados com três repetições. As técnicas multivariadas foram concordantes para identificar os genótipos geneticamente mais divergentes. Os genótipos, ESAL 693 e Ouro Negro diferiram entre si e entre os demais. O PF-9029975 e Carioca MG foram similares e diferiram das demais de acordo com as distâncias Euclidianas médias. Salienta-se também a divergência da cultivar Aporé em relação à Pérola, embora esta cultivar seja uma linhagem selecionada dentro da Aporé. Assim, todos esses genótipos geneticamente mais divergentes são promissoros para serem cruzados e fornecerem populações com maior segregação em vários caracteres agronômicos, especialmente o ESAL 693 com os demais que possuem grãos tipo carioca. Foi também constatada razoável concordância na identificação dos caracteres que menos contribuíram para a diversidade genética.
2002
Machado,Cristina de Fátima Nunes,Glauber Henrique de Sousa Ferreira,Daniel Furtado Santos,João Bosco dos
NON-RADIOMETRIC IMMUNOASSAYS [FLUOROIMMUNOASSAY (FIA) AND FLUOROMETRIC ENZYME IMMUNOASSAY (FEIA)] WITH RADIOIMMUNOASSAY (RIA) FOR EVALUATION OF ADRENAL FUNCTION IN NORMAL AND HYPERCORTISOLEMIC DOGS
Non-radiometric immunoassays offer many advantages over radiometric assays, such as higher stability of kit compounds and absence of potential hazardous effects for users and environment. The comparison of cortisol measurements by fluoroimmunoassay (FIA) and fluorometric enzyme immunoassay (FEIA) with radioimmunoassay (RIA) in adrenal function evaluation of normal (n=50) and hypercortisolemic dogs (n=12) was proposed. Serum concentrations of cortisol were measured in basal conditions and 8 hours after dexamethasone (DEX) suppression (0.01mg/kg/IV). All our reference values were based on the 5th and 95th percentile. The values for basal cortisol of healthy dogs were 0.20 to 2.35mug/d<img SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n2/a12img01.gif"> for FIA, 0.30 to 5.39mug/d<img SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n2/a12img01.gif"> for FEIA, and 0.65 to 4.64mug/d<img SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n2/a12img01.gif"> for RIA. After DEX suppression the values were <0.87mug/d<img SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n2/a12img01.gif">, <0.30mug/d<img SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n2/a12img01.gif"> and < 0.80mug/d<img SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n2/a12img01.gif"> for FIA, FEIA and RIA, respectively. In hypercortisolemic dogs, the values of cortisol (mean ± SD) in basal and post-DEX conditions were 2.71 + 0.41mug/d<img SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n2/a12img01.gif"> and 1.73 + 1.15mug/d<img SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n2/a12img01.gif"> for FIA, 7.05 + 2.85mug/d<img SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n2/a12img01.gif"> and 4.93 + 2.26mug/d<img SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n2/a12img01.gif"> for FEIA, and 4.80 + 1.43mug/d<img SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n2/a12img01.gif"> and 3.52 + 1.08mug/d<img SRC="http:/img/fbpe/cr/v32n2/a12img01.gif"> for RIA. Statistically significant differences (p<0.05) between the normal and the hypercortisolemic groups (Kruskal-Wallis test) were observed in the three methods, and between basal and post-DEX values (Wilcoxon test) using RIA and FEIA methods but not with FIA. Cortisol determinations by FEIA and RIA methods at DEX suppression test showed 100% of sensitivity and specificity for the diagnosis of hyperadrenocorticism in dogs. The results demonstrate that serum cortisol concentrations measurements by FEIA is a suitable alternative to the traditional RIA method for adrenal function evaluation in dogs.
2002
Jericó,Márcia Marques Mendonça,Berenice Bilharino de Otsuka,Mary Maganin Jr,Aristides Larsson,Carlos Eduardo
SEXO, PESO E CONFORMAÇÃO ANATÔMICA DO OLHO SOBRE CÁLCULODE PODER DIÓPTRICO DE LENTES INTRA-OCULARES NO CÃO
A catarata, especialmente na espécie canina, é uma doença oftálmica importante. Seu tratamento é eminentemente cirúrgico, mas a perda do cristalino resulta em alta hipermetropia, e a visão fica comprometida. A correção pode ser feita com a utilização de lente intra-ocular (LIO). Este estudo teve por objetivo colher dados que pudessem fornecer subsídios métricos para a produção de LIOs a serem aplicadas em cães facectomizados, visando a restauração de visão adequada nos animais acometidos por catarata. Foram selecionados 120 cães de ambos os sexos, sadios ao exame clínico e sem evidência de doença ocular ao exame oftálmico de rotina. Foram realizados estudos ceratométrico e biométrico, pela ultra-sonografia modo-A. Uma fórmula específica foi utilizada para a determinação do poder dióptrico de uma LIO utilizada para substituir o cristalino extraído. O poder dióptrico da LIO foi correlacionado com o peso e o sexo dos animais, e entre os olhos direito e esquerdo. Baseado nestas correlações, concluiu-se que o poder dióptrico adequado para uma LIO a ser implantada em um cão facectomizado é influenciado principalmente pelo peso do animal, apesar de apresentar discretas diferenças quando comparado entre os olhos direito e esquerdo e entre machos e fêmeas.
2002
Sampaio,Gabriela Rodrigues Ranzani,José Joaquim Titton Schellini,Silvana Artioli
DEAMBULAÇÃO APÓS O USO DE APARELHOS DE FIXAÇÃO EXTERNA OU PINOS INTRAMEDULARES NA TÍBIA DE CÃES SADIOS
Avalia-se, clínica e comparativamente, o aparelho de fixação externa e pinos intramedulares, quanto ao tempo de recuperação das funções normais e deambulação de cães sadios. Foram utilizados 16 cães sadios separados em dois grupos experimentais de oito animais. No primeiro grupo, os cães foram submetidos à aplicação de um aparelho de fixação externa e, no segundo grupo, submetidos à inserção de dois pinos intramedulares na tíbia esquerda. Os aparelhos de fixação externa foram retirados após 30 dias de avaliação clínica. Observou-se que os cães com fixadores externos tiveram retorno funcional em média de 17,3 dias, enquanto os submetidos à inserção intramedular tiveram retorno aos 4,2 dias. Com esses resultados, conclui-se que o uso de pinos intramedulares tem menor interferência na deambulação em relação ao aparelho de fixação externa.
2002
Santos Junior,Murilo Nogueira dos Schossler,João Eduardo
SUBSTITUIÇÃO DO LIGAMENTO DA CABEÇA DO FÊMUR COM AUTO-ENXERTO DE FÁSCIA LATA NA LUXAÇÃO COXOFEMORAL EM CÃES
Uma técnica cirúrgica para o tratamento da luxação coxofemoral que substituiu o ligamento da cabeça do fêmur por fáscia lata associada ao enxerto ósseo foi realizada em 20 cães. Estes foram separados em cinco grupos e submetidos à eutanásia para realização dos exames macro e microscópicos aos 15, 30, 60, 90 e 120 dias do pós-operatório. Na macroscopia, não foi observada luxação da articulação. Em 65% dos animais, o enxerto de fáscia lata estava presente. Microscopicamente, a fáscia lata utilizada como substituto do ligamento da cabeça do fêmur não desenvolveu reações inflamatórias, permanecendo preservada e integrada ao tecido ósseo. O uso da fáscia lata como substituto do ligamento da cabeça do fêmur mostrou-se viável, podendo ser utilizada para reforçar a estabilidade articular.
2002
Brandão,Cláudia Valéria Seullner Iamaguti,Paulo Figueiredo,Laura Maria Alvarez de
PNEUMOPERITÔNIO COM DIÓXIDO DE CARBONO ASSOCIADO A TRÊS POSIÇÕES PARA LAPAROSCOPIA EM CÃES
Doze cães foram submetidos ao pneumoperitônio com dióxido de carbono, em pressão constante de 15mmHg, e posicionados em Trendelenburg, Trendelenburg reverso e decúbito horizontal. As variáveis de saturação de oxigênio na hemoglobina, freqüência cardíaca, freqüência respiratória, pressão arterial média, sistólica e diastólica, o pH, a pressão parcial de CO2 e a pressão parcial de O2 foram mensurados. Somente a freqüência cardíaca, a freqüência respiratória, o pH e a pressão parcial de CO2 apresentaram diferença estatisticamente significativa em relação ao tempo.
2002
Leme,Marshal Costa Natalini,Cláudio Corrêa Beck,Carlos Afonso de Castro Brun,Maurício Veloso Contesini,Emerson Antônio Lima,Simone Dias de Alves Stedile,Rafael
IDENTIFICAÇÃO DOS GENES QUE CODIFICAM PARA A ENTEROTOXINA TERMOLÁBIL LT-II EM AMOSTRAS DE ESCHERICHIA COLI ISOLADAS DE BEZERROS COM DIARRÉIA NA REGIÃO DE JABOTICABAL, SP, BRASIL
Examinando 52 espécimes fecais de bezerros com diarréia de fazendas da região de Jaboticabal, SP, Brasil, uma das amostras de Escherichia coli isoladas, quando analisada pela Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), demonstrou a presença dos genes que codificam para a enterotoxina termolábil do tipo LT-II. Este é o primeiro relato de amostra de E. coli enterotoxigênica, isolada de bezerros com diarréia no Brasil, contendo os genes para codificação da enterotoxina LT-II. Encontram-se apenas citações de isolamento no Brasil de amostras de E. coli LT-II+ de alimentos de origem animal.
2002
Ugrinovich,Leila Aidar De Ávila,Fernando Antonio Oliveira,Maria Natália Castro,Antonio Fernando Pestana de
MENINGOENCEFALITE NECROSANTE EM BOVINOS CAUSADA POR HERPESVÍRUS BOVINO NO ESTADO DE MATO GROSSO, BRASIL
Achados epidemiológicos, clínicos, patológicos e microbiológicos de 13 casos de meningoencefalite necrosante pelo Herpesvírus Bovino (BHV), afetando 12 rebanhos bovinos ocorridos no período de março de 1999 a agosto de 2000 em 11 municípios do Estado de Mato Grosso são descritos. Onze surtos ocorreram em sistemas de criação extensiva, afetando com maior freqüência animais da raça nelore, e idade média de 24 meses com uma variação de dois a 72 meses. Os principais sinais clínicos descritos foram as alterações neurológicas, sendo relatados salivação profusa, descarga nasal e ocular serosa, depressão profunda, incoordenação, andar a esmo ou em círculo, cegueira, diminuição do tonus lingual, decúbito lateral com movimentos de pedalagem, opistótono e morte. Ausência de alterações foi o relato mais comum durante a necropsia. Em alguns casos, observou-se congestão encefálica difusa, hemorragias submeningeanas multifocais, achatamento de circunvoluções cerebrais e áreas focais de malacias. Os principais achados microscópicos foram meningoencefalite com corpúsculos de inclusão eosinofílicos, intranucleares em astrócitos. As áreas de malacia afetavam principalmente o córtex cerebral. Foi realizado isolamento e caracterização viral em três de um total de sete amostras encaminhadas Em um dos casos, dos que houve isolamento viral, o diagnóstico histopatológico foi de polioencefalomalacia não se observando meningoencefalite e corpúsculos de inclusão.
2002
Colodel,Edson Moleta Nakazato,Luciano Weiblen,Rudi Mello,Rosane Marine Silva,Roberto Renato Pinheiro da Souza,Marcos de Almeida Oliveira Filho,José Aguiar de Caron,Luizinho
SILAGENS DE GIRASSOL (Helianthus annus L.), MILHO (Zea mays L.) E SORGO (Sorghum bicolor (L.) Moench) PARA OVELHAS EM CONFINAMENTO
Este trabalho teve como objetivo avaliar o desempenho de ovelhas recebendo silagens de milho, sorgo e girassol. Metade da matéria seca da dieta foi fornecida pelas silagens e a outra metade por uma mistura de 25% de farelo de soja e 75% de milho grão. Foram utilizadas 47 ovelhas confinadas por um período de 70 dias. As ovelhas que receberam silagem de girassol ganharam mais (P<0,01) peso diariamente (0,263kg) do que as que receberam silagens de milho (0,175kg) ou sorgo (0,171kg). Os consumos de alimento, tanto como percentagem do peso vivo, quanto por unidade de tamanho metabólico, diferiram entre os tratamentos (P<0,01), sendo maiores pelos animais tratados com silagem de milho, intermediário com silagem de girassol e menores com aqueles com silagem de sorgo. As conversões alimentares foram de 7,96; 7,26 e 6,14 (P>0,05), respectivamente, para ovelhas recebendo silagens de milho, sorgo e girassol. As ovelhas alimentadas com silagem de girassol apresentaram maior percentagem de carcaça quente (53,14%) do que aquelas com silagem de sorgo (48,13%) ou com silagem de milho (46,36%). Portanto, a silagem de girassol é superior às silagens de milho e sorgo na terminação de ovinos confinados.
2002
Ribeiro,Edson Luis de Azambuja Rocha,Marco Antonio da Mizubuti,Ivone Yurika Silva,Leandro das Dores Ferreira da
PRODUÇÃO ANIMAL EM VÁRZEA SISTEMATIZADA CULTIVADA COM FORRAGEIRAS DE ESTAÇÃO FRIA SUBMETIDAS A DIFERENTES NÍVEIS DE ADUBAÇÃO
A utilização das áreas de várzea na Depressão Central do Rio Grande do Sul limita-se basicamente ao cultivo do arroz irrigado, permanecendo em pousio durante o inverno devido à deficiência de drenagem natural. A melhoria do sistema de drenagem pode ser obtida através do nivelamento da área, da correção do microrelevo, associado ao estabelecimento de drenos superficiais. Assim, foi desenvolvido um trabalho com o objetivo de avaliar a produção animal em área de terras baixas sistematizada, cultivada com espécies forrageiras de inverno, as quais foram submetidas a diferentes níveis de adubação. O experimento foi conduzido na área experimental do Departamento de Fitotecnia da UFSM, em solo classificado como PLANOSSOLO HIDROMÓRFICO Eutrófico arênico, unidade de mapeamento Vacacaí. A área foi sistematizada em desnível de aproximadamente 0,06%, e as espécies forrageiras foram: azevém (Lolium multiflorum), trevo branco (Trifolium repens) e cornichão (Lotus corniculatus), cultivadas em consorciação. Adotaram-se como tratamentos três níveis de adubação: 50%, 100% e 150% da recomendação oficial, sendo utilizada calagem para corrigir o pH para 5,5. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com duas repetições, totalizando seis parcelas de 0,5ha cada uma. Utilizaram-se terneiros de 8 a 10 meses de idade, em pastejo contínuo, com carga inicial média de 480kg ha-1 de peso vivo. As variáveis avaliadas foram: ganho médio diário de peso por animal, carga animal, ganho de peso vivo ha-1, digestibilidade in vitro, proteína bruta, composição botânica e taxa média de acúmulo de matéria seca das forrageiras. O resíduo de matéria seca (MS) ha-1 da pastagem manteve-se ao redor de 1000kg, e a taxa média de acúmulo de MS ha-1dia-1 das forrageiras foi de 19,9kg. O ganho médio diário foi de 1016g animal-1 dia-1, com carga média de 738,6kg ha-1 peso vivo e ganho de peso de 469,7 kg ha-1. O número de dias de pastejo foi de 98, 121 e 128 para os tratamentos 50, 100 e 150% da recomendação oficial, respectivamente. Os níveis de adubação NPK, mantendo constante a adubação nitrogenada, não afetaram o ganho médio dos animais, a carga animal e o ganho de peso vivo por hectare.
2002
Marchezan,Enio Vizzotto,Vandro Rogério Rocha,Marta Gomes da Moojen,Eduardo Londero Silva,José Henrique Souza da
CARACTERÍSTICAS DE UM LATOSSOLO VERMELHO SOB PASTAGEM NATURAL SUJEITA À AÇÃO PROLONGADA DO FOGO E DE PRÁTICAS ALTERNATIVAS DE MANEJO
Foram coletadas, em 1998, amostras de solo nas camadas de 0-2,5; 2,5-5,0; 5-10 e 10-30cm, em pastagem natural manejada sob queima sistemática e com distintas alternativas de manejo em relação às queimadas (sem queima, com ou sem roçada, e melhorado com calagem, adubação e introdução de espécies, há 7 e 24 anos), na região dos Campos de Cima da Serra, RS. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado com três repetições. O melhoramento da pastagem natural elevou os teores de Ca, Mg e P no solo, a saturação de bases e o pH e reduziu a acidez potencial. A queima da pastagem natural, em relação às demais áreas sem queima e sem melhoramento, promoveu aumento na acidez potencial e redução nos teores de magnésio na camada mais superficial do solo. A prática de roçada, por um lado aumenta o teor de Mg e a saturação de bases; e por outro, reduz a acidez potencial na superfície do solo, em relação ao solo de pastagem queimada ou só pastejada e sem roçada. Sistemas sem queima apresentam maior quantidade de água e cobertura do solo.
2002
Heringer,Ingrid Jacques,Aino Victor Ávila Bissani,Carlos Alberto Tedesco,Marino
COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA DE UMA PASTAGEM NATURAL SUBMETIDA A QUEIMA E MANEJOS ALTERNATIVOS
Foram estudadas, durante um ano, alternativas de manejo da pastagem natural em relação às queimadas. Os tratamentos constaram de: queima bienal durante mais de 100 anos; sem queima há 32 anos, com e sem roçada; e melhorado com correção e adubação do solo, e introdução de espécies há 7 e 24 anos. A pastagem acumulada, dentro de gaiolas de exclusão ao pastejo, foi coletada e separada manualmente em grupos de espécies. A composição florística foi estimada pelo método BOTANAL, através da freqüência e cobertura das espécies presentes ao longo de transectas. O delineamento experimental foi o completamente casualizado, com três repetições. O melhoramento da pastagem favoreceu boas espécies forrageiras do grupo das gramíneas nativas estivais, ciperáceas e leguminosas. A queima promoveu o desenvolvimento de Piptochaetium montevidense em detrimento das gramíneas estivais, leguminosas e material morto. Paspalum notatum, P. paniculatum e Desmodium incanum se sobressaíram nas áreas melhoradas e roçadas. Na área queimada, houve melhor desenvolvimento de espécies dos gêneros Andropogon e Schizachyrium e também de espécies oportunistas. As alternativas de manejo sem queima, com pastejo rotativo e diferimento promovem o desenvolvimento de uma riqueza florística maior e de espécies com melhor valor forrageiro.
2002
Heringer,Ingrid Jacques,Aino Victor Ávila