RCAAP Repository

Acesso trans-hepático para atriosseptostomia em neonato

Relatamos um caso de um neonato portador de transposição completa das grandes artérias que foi submetido a atrioseptostomia de Rashkind por acesso trans-hepático por interrupção congênita da veia cava inferior. Os aspectos técnicos do procedimento são discutidos.

Year

2007

Creators

Neves,Juliana Rodrigues Ferreiro,Carlos R. Fontes,Valmir F. Pedra,Carlos A. C.

Valvoplastia mitral percutânea em paciente gestante guiada apenas pelo ecocardiograma transesofágico

A estenose da válvula mitral é a lesão de válvula mais comum durante a gravidez. Apesar de um tratamento clínico eficaz e de uma anatomia valvular favorável, de acordo com o critério de Wilkins e Block [score de Wilkins-Block], a intervenção percutânea em pacientes sintomáticas mostra-se muito importante. Nessas pacientes, recomenda-se evitar ao máximo a exposição aos raios X para proteger o feto dos efeitos deletérios da radiação ionizante. Neste relato de caso, uma paciente de 24 anos, grávida, com grave estenose mitral (área valvular de 0,9 cm²), foi submetida com sucesso a um tratamento percutâneo com ETE-guiado, sem o uso de raios X.

Year

2007

Creators

Mangione,José A. Cristovão,Salvador André Bavaresco Maior,Gustavo Ithamar Souto Abensur,Henry

Aortoscopia no tratamento das dissecções agudas da aorta

No período de janeiro a dezembro de 1998 , foram operados 10 pacientes portadores de dissecção aguda da aorta (DA Ao) 4 do tipo A e 6 do tipo B. O sexo masculino predominou e a idade dos pacientes variou de 34 a 78 anos. Em todos foram realizadas aortoscopias usando hipotermia profunda com parada circulatória total. Usou-se um gastroscópio, obtendo visão do lume da Ao, sendo que todos os pacientes tinham menos que 15 dias da doença. No tipo A, havia re-entrada abaixo da subclávia esquerda em 2 pacientes e, nos outros 2, na bifurcação das ilíacas. No tipo B, havia re-entrada ao nível das renais em 2 pacientes e, ao nível da bifurcação da Ao e das ilíacas, em 4. Em 2 pacientes do tipo A, a aortoscopia orientou na colocação de uma "Tromba de Elefante" como complemento. Nos outros 2, orientou na inversão do sentido da linha arterial. No tipo B, orientou na perfeita colocação da "Tromba de Elefante" e, em 4 pacientes, utilizamos a aortoscopia como complemento diagnóstico. O tempo utilizado na aortoscopia não alterou a morbimortalidade. Podemos concluir que a aortoscopia é um método de diagnóstico rápido, com boa definição das alterações anatômicas da Ao, permitindo um tratamento efetivo. Nos casos agudos instáveis podemos dispensar alguns exames pré-operatórios para não retardarmos a operação. O diagnóstico da re-entrada nos seguimentos inferiores da Ao ajuda a evitar a dissecção retrógrada. Acreditamos que a aortoscopia poderá, no futuro, ser de grande ajuda no diagnóstico e tratamento das DA Ao, bem como de outras lesões da Ao.

Year

1999

Creators

SOUTO,Gladyston TINOCO,Luiz Antônio CAETANO,Celmi da Silva SOUZA,José Bruno PAULA,Ari Getúlio de TEIXEIRA,Marco Antônio CARVALHO,Márcio Roberto BOTELHO,Antônio Carlos REIS,Elisangela S. V. PAULA,João Batista de

Estudo comparativo da ultrafiltração convencional e associação de ultrafiltração convencional e modificada na correção de cardiopatias congênitas com alto risco cirúrgico

A necessidade de correção cirúrgica de má-formações cardíacas complexas, que requerem tempos prolongados de circulação extracorpórea (CEC) aumentou a morbimortalidade devido a retenção hídrica e reação inflamatória sistêmica. O objetivo deste estudo é comparar a evolução pós-operatória imediata de pacientes submetidos a ultrafiltração convencional (UFC) durante a CEC e ultrafiltração modificada (UFM) após CEC. Quarenta e um pacientes submetidos a correção cirúrgica de cardiopatias congênitas foram divididos em 2 grupos: G1: 21 pacientes com idade de 15 dias a 36 meses (mediana: 11 meses) e peso de 3,6 a 13,5 kg (M: 7,27 ± 3,07), operados entre 1996 e 1997, foram submetidos a UFC. G2: 20 pacientes com idade de 9 dias a 36 meses (mediana: 5,5 meses) e peso entre 2,2 e 12 kg (M: 5,7 ± 2,5), operados entre 1997 e 1998, foram submetidos a UFC+UFM. Dentre as operações mais freqüentes temos: ventriculosseptoplastia, 15 (36,5%) casos; operação de Jatene, 10 (24,3% ) casos; correção de defeito septal A-V total, 7 (17,0%) casos etc. A análise estatística de idade, peso e complexidade cirúrgica mostrou semelhança entre os grupos. Houve 6 (28,5%) óbitos no G1 e 4 (20%) no G2, (p=0,71). O volume médio ultrafiltrado no G1 (UFC) foi 143,3 ml e no G2 (UFC+UFM) foi 227,0 ml, (p<0,001), mostrando diferença estatisticamente significante. Porém o tempo médio de ventilação mecânica (G1: 94.8h, G2: 95.6h, p= 0.97), tempo médio de uso de drogas inotrópicas (G1: 145.2h e G2: 137.6h, p=0.85); tempo médio de permanência em UTIP (G1: 169.6h e G2: 157.8h, p= 0.79) e tempo médio de permanência hospitalar (G1: 14,8 d. e G2 14,6 d., p= 0,95), não mostraram diferenças significantes entre os grupos. A técnica de UFC utilizada a mais de 8 anos no nosso Serviço mostrou resultados semelhantes quando comparada com a associação de UFC+UFM. A UFM mostrou-se eficaz na remoção de água corpórea após CEC, não havendo intercorrências com o método. Talvez um estudo randomizado, recrutando um número maior de pacientes permita detectar diferenças entre os dois métodos.

Year

1999

Creators

MALUF,Miguel Angel MANGIA,Cristina BERTUCCEZ,João SILVA,Célia CATANI,Roberto CARVALHO,Werther CARVALHO,Antônio BUFFOLO,Ênio

Avaliação do desempenho hemodinâmico do dispositivo de assistência ventricular InCor como substituto do coração esquerdo

FUNDAMENTO: A assistência circulatória mecânica é uma opção terapêutica em casos de choque cardiogênio refratário ao tratamento farmacológico, sendo freqüentemente utilizada como ponte para o transplante cardíaco. OBJETIVO: Avaliar o desempenho do Dispositivo de Assistência Ventricular (DAV) desenvolvido pela Bioengenharia do Instituto do Coração, quando implantado com substituto do coração esquerdo. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram estudados 10 bezerros da raça Girolando com peso médio de 73 kg. O implante DAV-InCor foi realizado com a cânula de drenagem posicionada no átrio esquerdo (AE) ou na ponta do ventrículo esquerdo (VE) e a cânula de reposição implantada na aorta torácica descendente. As pressões do coração direito e esquerdo, débito cardíaco e o fluxo do DAV foram determinados antes e após a indução farmacológica de insuficiência miocárdica, na vigência de diferentes níveis de vácuo do sistema de drenagem. RESULTADOS: Com a drenagem no AE, os valores do fluxo do DAV foram de 2,2 ± 0,5 l/min na condição sem vácuo, 3,7 ± 0,4 l/min com vácuo de 10 mmHg, de 4,3 ± 0,4 com vácuo de 20 mmHg e de 4,8 ± 0,6 com vácuo de 30 mmHg. Os valores da pressão de AE foram de 11,7 ± 6; 9,8 ± 5,3, 8,5 ± 4,4 e 5,6 ± 3,3 mmHg nas mesmas condições, respectivamente. Com a cânula ventricular, o fluxo DAV foi de 4,2 ± 0,6 na condição sem vácuo e de 4,4 ± 0,7 com vácuo de 10 mmHg, sendo observados valores de pressão de AE de 11,1 ± 2 e 10,3 ± 3,5 mmHg nas duas condições. Esses resultados foram observados em condições hemodinâmicas semelhantes, sendo o fluxo do DAV responsável por um porcentual maior do débito cardíaco total conforme o nível de vácuo. Esse porcentual foi de 86 ± 13% com a cânula atrial e vácuo de 30 mmHg e de 97 ± 3% com a drenagem ventricular e vácuo de 10 mmHg. CONCLUSÕES: O DAV-InCor mostrou-se eficiente como substituto do ventrículo esquerdo. O desempenho deste dispositivo foi melhor quanto maior o nível de vácuo no sistema de drenagem e com a utilização de cânula ventricular.

Year

1999

Creators

BENÍCIO,Anderson MOREIRA,Luiz Felipe P. HAYASHIDA,Sérgio CESTARI,Idagene A. LEIRNER,Adolfo A. STOLF,Noedir A. G. JATENE,Adib D.

Avaliação imediata da troponina I cardíaca em pacientes submetidos à revascularização do miocárdio

O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de determinar o comportamento evolutivo imediato e o valor prognóstico em termos de sobrevivência tardia, da dosagem sérica de troponina I em pacientes submetidos a operações cardíacas para revascularização miocárdica. Foram analisados 108 pacientes, não selecionados, sendo 85 (78,7%) do sexo masculino, submetidos à operação de revascularização do miocárdio com ou sem auxílio de circulação extracorpórea, no período de dezembro de 1996 a dezembro de 1997. O método empregado na dosagem da troponina I foi o da Quimioluminiscência, em equipamento Acess da Sanofi-Pasteur. Foram feitas dosagens no pré-operatório, logo na chegada na Unidade de Terapia Intensiva, no primeiro e no segundo dia de pós-operatório, adquirindo-se como normais valores abaixo de 0,1 nanogramas por mililitro (ng/ml). Foram estabelecidos níveis de corte para avaliação prognóstica. Os pacientes foram avaliados pós-operatoriamente, registrando-se a evolução em meses, com vistas à determinação das taxas de sobrevivência. A dosagem de troponina I em pacientes submetidos a operações de revascularização miocárdica mostrou comportamento evolutivo agudo característico, com importante elevação dos níveis séricos no primeiro dia de pós-operatório. Pacientes operados com auxílio de circulação extracorpórea (CEC) mostraram níveis significativamente mais elevados, mas não houve correlação com tempo de isquemia ou tempo de CEC, sugerindo que a elevação da troponina I seja decorrente de sofrimento miocárdico específico (obstrução coronária, oclusão de ponte, etc.) e não decorrente da CEC propriamente dita. Foi ainda possível determinar que os níveis de corte estabelecidos separam pacientes com mau prognóstico, uma vez que valores acima de 2,5 ng/ml no primeiro dia de pós-operatório levaram a taxas de mortalidade de 33% a 50% em tempo máximo de seis meses de seguimento. A troponina I eleva-se em pacientes submetidos a operações de revascularização miocárdica, traduzindo sofrimento celular mesmo nos casos sem emprego de circulação extracorpórea. Valores de troponina I em torno de 2,5 ng/ml no primeiro dia de pós-operatório devem alertar para a necessidade de medidas diagnósticas ou terapêuticas mais agressivas.

Year

1999

Creators

LEAL,João Carlos F. BRAILE,Domingo M. GODOY,Moacir F. PURINI NETO,José PAULA NETO,Alfredo de RAMIN,Serginando L. ZAIANTCHICK,Marcos

Uso de corticóide como inibidor da resposta inflamatória sistêmica induzida pela circulação extracorpórea

A circulação extracorpórea (CEC) propicia o desenvolvimento de uma Síndrome de Resposta Inflamatória Sistêmica, com liberação de citocinas responsáveis por várias manifestações clínicas. OBJETIVO: Observar a liberação das citocinas Fator de Necrose Tumoral Alfa (TNF<FONT FACE="Symbol">a</font>) e Interleucina 6 (IL-6) e verificar as alterações clínicas produzidas em pacientes submetidos à revascularização do miocárdio com CEC, utilizando ou não corticóide. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram estudados 30 pacientes, sendo 15 (Grupo I) com uso de corticóide (Metilprednisolona, 30 mg/kg) e 15 (Grupo II) sem uso de corticóide. Amostras sangüíneas seriadas foram colhidas, sendo analisadas a liberação de TNF<FONT FACE="Symbol">a</font> e IL-6, contagem de leucócitos, VHS e glicemia. Foram comparadas a pressão arterial, freqüência cardíaca, temperatura, sangramento pós-operatório, tempo de intubação orotraqueal e necessidade de drogas vasoativas. Na análise estatística foram considerados significativos valores de p <FONT FACE="Symbol">£</font> 0,05. RESULTADOS: No Grupo I o TNF<FONT FACE="Symbol">a</font> não foi detectado e a IL-6 foi detectada em 13 pacientes, com níveis variando de 8,6 a 101,8 pg/ml. No Grupo II o TNF<FONT FACE="Symbol">a</font> foi detectado em 13 pacientes, com níveis entre 5,4 e 231,0 pg/ml. A IL-6 neste grupo foi detectada nos 15 pacientes, sendo seus níveis mais elevados que aqueles encontrados no Grupo I, variando entre 5,5 e 2569,0 pg/ml. Os pacientes do Grupo I apresentaram pressão arterial média mais elevada (7,9 ± 0,5 vs 7,3 ± 0,4 mmHg), menor necessidade de drogas vasoativas (5 vs 11). Evoluíram com menos taquicardia (105,6 ± 5,9 vs 109,3 ± 7,2 bpm), temperatura menos elevada (36,5 ± 0,2 vs 37,3 ± 0,2 °C), menor sangramento pós-operatório (576,6 ± 119,5 vs 810,0 ± 176,2 ml), menor tempo de intubação orotraqueal (11,0 ± 2,0 vs 14,6 ± 2,9 h) e leucocitose menos acentuada. Os níveis de glicemia só foram significativos (Grupo I &gt; Grupo II) nas amostras colhidas no PO imediato e 1º PO. O VHS não apresentou diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos. CONCLUSÕES: A metilprednisolona inibiu significantemente a liberação de citocinas pró-inflamatórias principalmente o TNF<FONT FACE="Symbol">a</font>. Os efeitos sistêmicos adversos decorrentes da reação inflamatória pós-CEC foram atenuados com o uso do corticóide.

Year

1999

Creators

BRASIL,Luiz Antonio GOMES,Walter José SALOMÃO,Reinaldo FONSECA,José Honório Palma BRANCO,João Nelson Rodrigues BUFFOLO,Enio

Evolução tardia de pacientes com prótese aórtica pequena (19 e 21 mm)

OBJETIVO: Avaliar pacientes submetidos a troca valvar aórtica por próteses pequenas (19 e 21 mm) no seguimento pré e pós-operatório, para verificar a sua viabilidade. CASUÍSTICA E MÉTODOS: No período de janeiro de 1989 a novembro de 1997, 1497 pacientes foram submetidos a troca valvar aórtica, em nosso Serviço. Cem apresentaram anel aórtico pequeno, sendo utilizada prótese pequena. Houve, neste grupo, um predomínio do sexo feminino com 74% dos casos, com superfície corpórea média de 1,57 m2. Empregou-se prótese biológica em 33% dos casos. Estes pacientes foram acompanhados com eco Doppler e avaliação clínica no pós-operatório. RESULTADOS: Este grupo de doentes apresentou melhora na classe funcional, sendo que 86,3% deles estão na classe I e o restante na classe II. O gradiente VE-Ao teve uma diminuição significativa, com média de 30,9 mmHg no pós-operatório. Foi necessário procedimento associado em 64% dos casos, tendo, como mais comum, a troca da valva mitral. A sobrevida deste grupo, em 101 meses de acompanhamento, é de 83%. CONCLUSÃO: Em função da melhoria clínica acentuada dos pacientes, com a maioria estando assintomática e com gradiente trans-protético aceitável, acreditamos que as próteses pequenas possam ser utilizadas com segurança, levando em consideração a relação entre o número da prótese e a superfície corpórea do paciente.

Year

1999

Creators

ARNONI,Renato Tambellini ARNONI,Antoninho Sanfins MENEGHELO,Zilda Machado BARROSO,Cecília Maria Quaglio ALMEIDA,Antônio Flávio Sanches de ABDULMASSIH NETO,Camilo DINKHUYSEN,Jarbas J. ISSA,Mário CHACCUR,Paulo PAULISTA,Paulo P.

Tratamento cirúrgico dos aneurismas e dissecções do arco aórtico

No período de jan/1990 a mar/1999, foram realizados 354 operações para tratamento de lesões da aorta torácica em nosso Serviço. Destas, 47 foram relacionadas a procedimentos no arco aórtico; 31 (66,0%) pacientes eram do sexo masculino e a idade variou de 26 a 74 anos (m = 54,9 ± 10,9). A dissecção aórtica foi responsável pela indicação cirúrgica em 33 (70,2%) pacientes e os aneurismas fusiformes ou saculares em 14 (29,8%). A operação foi indicada em caráter de urgência em 10 (21,3%) pacientes, havendo 4 casos com sinais de rotura; 11 (23,4%) pacientes já haviam sido submetidos a operação cardíaca prévia. O acesso cirúrgico foi a esternotomia mediana (42 casos) ou a toracotomia esquerda ou bilateral (5 casos). Hipotermia profunda com parada circulatória (PC) foi empregada em 97,8% dos casos com o tempo PC variando de 15 a 60 minutos (m = 30,6 ± 12,6). A técnica do tipo hemiarco anterior foi empregada em 19 (40,4%) pacientes, o hemiarco posterior em 5 (10,6%), a substituição total em 18 (38,3%), plastia em 4 (8,5%) e derivação extra-anatômica em 1 (2,1%). Foram realizados os seguintes procedimentos concomitantes: substituição da aorta ascendente por conduto valvulado (15), revascularização miocárdica (9), tromba de elefante (5) e troca valvar aórtica (3). A mortalidade hospitalar foi de 12,3% (6 pacientes) sendo a complicação não fatal mais freqüente a insuficiência respiratória (7 casos). A análise dos fatores determinantes de mortalidade hospitalar demonstraram tendência estatística para idade acima de 60 anos (p = 0,17) e para portadores de dissecção aguda (p = 0,07). Dos 41 pacientes que receberam alta, 39 foram seguidos por um período de 1 mês a 9 anos. Houve 3 óbitos, sendo 1 por AVC e 2 em reoperações, necessárias em 5 pacientes. A sobrevida de 9 anos é de 80,85%.

Year

1999

Creators

GONTIJO FILHO,Bayard FANTINI,Fernando Antônio COLLUCI,Flávio VRANDECIC,Mario O.

Reversão da fibrilação atrial crônica pela técnica do labirinto com aplicação de radiofreqüência e ultra-som transoperatórios

A técnica do labirinto, idealizada por Cox (Maze procedure), tem sido utilizada, prioritariamente, para reversão ao ritmo sinusal, em pacientes com fibrilação atrial crônica (FAC) e doenças cardíacas de indicação cirúrgica. As incisões atriais, para formação do labirinto, são realizadas por dissecção, seguida de sutura, o que eleva o tempo cirúrgico, aumentando a probabilidade de complicações pós-operatórias. Em vista disso, idealizamos a realização destas linhas pela aplicação transcirúrgica de radiofreqüência (RF) ou ultra-som, na parede atrial, o que proporciona uma redução acentuada do tempo cirúrgico. Foram operados, nos anos de 1998 e 1999, 5 pacientes, sendo 3 do sexo feminino, com média de idades de 45,8 anos, portadores de lesão orovalvar mitral e FAC. Durante o ato cirúrgico, os pacientes foram monitorizados com ECG das derivações periféricas. Após a instalação da circulação extracorpórea convencional, sem cardioplegia, foi aberto o átrio direito e aplicado RF, realizando as linhas, de acordo com a técnica do labirinto modificada (Maze procedure). Ao término da aplicação da RF, no átrio direito, observou-se a regularização do R-R da FAC e o aumento das ondas "F", dando a impressão de flutter atípico. Em seguida ao pinçamento da aorta e abertura do átrio esquerdo, procedeu-se ao isolamento da aurícula esquerda e à realização das linhas do átrio esquerdo.Com a liberação da aorta, o coração voltou a contrair-se, espontaneamente, com retorno ao ritmo sinusal, observando-se a contração dos átrios. Após as trocas valvares e redução do átrio esquerdo, o ECG continuava a registrar o ritmo sinusal. Nos 2 últimos pacientes foi utilizado o ultra-som, que nos pareceu, além de facilitar a realização das linhas, produzir lesões mais profundas. Todos evoluíram bem no pós-operatório imediato e tardio, mantendo-se em ritmo sinusal. Com a finalidade de remodelação atrial, usou-se Verapamil na dose de 120 mg/dia. Concluindo, a técnica permitiu, nesses casos, a realização do procedimento do labirinto sem grandes agressões, em curto espaço de tempo e sem complicações no pós-operatório imediato.

Year

1999

Creators

BRICK,Alexandre Visconti SEIXAS,Tamer PERES,Ayrton VIEIRA Jr.,José Joaquim MATTOS,Jefferson V. de MESQUITA,Alexandra BARRETO FILHO,José Roberto

Operação de Senning com a utilização de tecidos do próprio paciente

O grande atrativo da Operação de Senning como descrita originalmente é a utilização das paredes do próprio átrio do paciente para a realização dos túneis venosos. A atrioseptostomia por balão, utilizada atualmente na grande maioria dos casos de transposição das grandes artérias (TGA), cria grandes comunicações interatriais. Com isso, é necessário a utilização de enxertos biológicos ou sintéticos (Dacron, Teflon e pericárdio bovino) na septação do átrio esquerdo. Doze crianças consecutivas, com idades de 5 meses a 4 anos (média = 20 meses), foram submetidas à Operação de Senning com a utilização de tecidos do próprio paciente. O diagnóstico era de TGA em 9, TGA com comunicação interventricular (CIV) em 1, TGA com estenose pulmonar valvar discreta em 1, TGA com justaposição das aurículas em 1 caso e todas as crianças foram submetidas à atrioseptostomia com balão no período neonatal. Em 5 casos foi utilizada a aurícula esquerda aberta e invertida para a septação interatrial, 1 com inversão e, em 5, inversão com abertura da aurícula esquerda e uso do próprio pericárdio in situ para a realização do túnel das veias pulmonares, devido às reduzidas dimensões do átrio direito (1 caso de justaposição das aurículas). O tempo de internação variou de 10 a 24 dias (média 15 dias), sendo que o período de pós-operatório variou de 7 a 22 dias (média 12 dias). Não houve óbitos no período de internação hospitalar. O seguimento no pós-operatório foi de 8 a 34 meses (média 23 meses) e todos os pacientes apresentaram boa evolução clínica. O ecocardiograma realizado no período de internação e no seguimento pós-operatório não evidenciou sinais de obstrução ao fluxo nos túneis intracardíacos. O uso de tecidos do próprio paciente in situ, com potencial possibilidade de crescimento, resgata a vantagem principal da técnica originalmente descrita por Senning.

Year

1999

Creators

CANÊO,Luiz Fernando LOURENÇO FILHO,Domingos D. ROCHA E SILVA,Roberto FRANCHI,Sonia M. AFIUNE,Jorge Y. AFIUNE,Cristina M. Camargo MOCELIN,Amilcar O. BARBERO-MARCIAL,Miguel JATENE,Fabio B.

Mapeamento da safena interna com ecocolor Doppler no pré-operatório de cirurgia de revascularização miocárdica

INTRODUÇÃO: O advento do ecocolor Doppler vascular tornou possível informar o estado anatômico e funcional da safena interna ao cirurgião cardiovascular, no pré-operatório da cirurgia de revascularização miocárdica, sem riscos para o paciente ou para o conduto venoso. O objetivo do estudo foi, juntamente com o cirurgião, avaliar a utilidade do mapeamento da safena interna no pré-operatório. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram estudados, entre março de 1995 e maio de 1998, 208 extremidades inferiores de 104 pacientes selecionados para cirurgia de revascularização miocárdica. O critério utilizado para a seleção da safena foi a safena patente e o diâmetro maior ou igual a 3,0 mm, utilizando os aparelhos de ultra-sonografia ATL - HDI 3000 e Acuson-Sequóia 512. RESULTADOS: Dentre as 208 extremidades estudadas, 186 (89,4%) das safenas preenchiam os critérios e a análise do cirurgião estava de acordo com a descrição do ecocolor Doppler. Dezessete (8,2%) não preenchiam os critérios e, em 5 (2,4%) ,o exame foi compatível com safenectomia radical. Das 17 safenas consideradas não apropriadas, 2 foram exploradas cirurgicamente, sendo a análise do cirurgião concordante com o ultra-som. CONCLUSÃO: Os autores concluem que o ecocolor Doppler, sendo um método diagnóstico não invasivo, pode ser útil no mapeamento da safena interna no pré-operatório de revascularização miocárdica devido à sua capacidade de identificar e selecionar com segurança o vaso a ser utilizado como conduto vascular, o que permite ao cirurgião cardíaco o planejamento cirúrgico.

Year

1999

Creators

BARROS,Fanilda Souto PONTES,Sandra Maria LIMA,Melchior Luiz HENRIQUE,José Silva ROLDI,Márcio Luiz REIS,Fábio CARONE Jr.,José MOISÉS,Schariff

Reatividade vascular da artéria mamária interna: estudos farmacológicos comparativos entre artérias caninas direita e esquerda

Para estudos comparativos da reatividade vascular entre artéria mamária interna (AMI) canina direita e esquerda, realizaram-se experimentos "in vitro" utilizando-se banhos orgânicos ("organ chambers") e ensaios biológicos: 1) os produtos plaquetários ADP e 5-HT induziram, respectivamente, vasodilatação dependente e independente do endotélio; 2) os autacóides, bradicinina e histamina, também induziram vasodilatação, respectivamente, dependente e independente do endotélio; 3) o A23187, vasodilatador independente de receptor, induziu relaxamentos dependentes do endotélio; 4) dopamina, dobutamina, papaverina e a poli-L-arginina induziram vasodilatações independentes do endotélio; 5) a NOR induziu intensa vasoconstrição comparável à causada pelo KCI e pela endotelina; 6) em 83% de 24 ensaios, a liberação basal de NO foi maior na AMI esquerda, em comparação com a AMI direita; 7) ensaios biológicos de AMIs demonstraram a importância da PGI2 nas condições de hipóxia, uma vez que a indometacina aboliu vasodilatação adicional em resposta à hipóxia em condições de vasodilatação induzida pela liberação basal de NO; 8) não ocorreram diferenças significantes de resposta, comparando-se estudos realizados em AMIs direita e esquerda.

Year

1999

Creators

EVORA,Paulo Roberto B. PEARSON,Paul J. OELTJEN,Marilyn DISCIGIL,Berent SCHAFF,Hartzell V.

Distribuição comparativa dos glicosaminoglicanos em artérias e veias de diferentes mamíferos

Foi realizada análise comparativa sobre a distribuição dos glicosaminoglicanos de artérias e veias em ratos, cachorros e humanos. Os nossos resultados demonstraram que dermatam sulfato foi o principal glicosaminoglicano encontrado tanto para as artérias quanto para as veias estudadas. Entretanto, a proporção de dermatam sulfato foi maior nas veias do que nas artérias nas três espécies analisadas. Este aumento pode estar associado às diferenças estruturais e funcionais encontradas na parede destes dois tipos de vasos sangüíneos (nas veias a pressão sangüínea é significativamente mais baixa). Além disso, a quantidade total dos glicosaminoglicanos foi maior nas artérias do que nas veias, sendo as maiores concentrações encontradas nas aortas independentemente da espécie animal estudada. Estes achados abrem perspectiva para o melhor conhecimento das alterações das macromoléculas que possam estar relacionadas ao processo degenerativo vascular, especialmente nas transformações estruturais que as veias safenas sofrem, quando empregadas como enxertos na revascularização do miocárdio.

Year

1999

Creators

MARQUEZINI,Mônica V. DALLAN,Luís Alberto O. TOLEDO,Olga M. S.

Estudo evolutivo da anatomia das artérias coronárias em espécies de vertebrados com técnica de moldagem em acetato de vinil (vinilite)

No presente trabalho foram produzidos 30 moldes anatômicos de corações de vertebrados, visando contribuir para o estudo das artérias coronárias direita e esquerda de diferentes espécies: peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Os corações foram injetados com acetato de vinil, submetidos a corrosão e semicorrosão pelo ácido clorídrico, a fim de evidenciar o padrão anatômico apresentado pelas artérias coronárias no tocante à evolução das espécies e adaptações morfológicas (estrutura e arquitetura). Com base na morfologia das peças estudadas foram obtidas as seguintes conclusões: a técnica utilizando acetato de vinil, associada à corrosão, mostrou-se eficaz na produção de modelos de coração de diferentes espécies, apresentando detalhamento capaz de permitir visibilização dos ramos colaterais, quando existentes; o número de estruturas e a complexidade vascular cardíaca aumenta na medida em que os seres evoluem na escala zoológica. No réptil iguana iguana foi encontrado ventrículo duplo com tríplice via de saída, como único padrão evolutivo da anatomia dos ventrículos e grandes vasos da base ainda não descrito como cardiopatia congênita em humanos.

Year

1999

Creators

RODRIGUES,Tânia Maria de Andrade PALMEIRA,José Arnaldo O. MENDONÇA,José Teles de GOMES,Otoni Moreira

Pseudo-aneurisma em tubo valvulado de pericárdio bovino corrugado após reconstrução da aorta ascendente: relato de caso

Os autores descrevem o caso de paciente que, 9 anos após a correção cirúrgica de um aneurisma de aorta ascendente com tubo valvulado de pericárdio bovino corrugado, evoluiu com a formação de um pseudo-aneurisma de aorta localizado, posteriormente, sobre a linha de sutura do tubo de pericárdio bovino. Foi realizada substituição do tubo de pericárdio bovino por tubo de Dacron valvulado (com prótese mecânica) e reimplante dos óstios coronários utilizando-se a técnica de hemi-Cabrol. O tempo de seguimento pós-operatório do paciente é de 12 meses, permanecendo assintomático.

Year

1999

Creators

STOLF,Noedir A. G. BRANDÃO,Carlos M. A. FABER,Cristiano N. PÊGO- FERNANDES,Paulo M. COSTA,Roberto JATENE,Adib D.

Correção cirúrgica do aneurisma roto do seio de Valsalva: relato de dois casos

O objetivo deste estudo é relatar a técnica cirúrgica empregada na correção de aneurisma do seio de Valsalva roto para dentro do ventrículo direito, em 2 pacientes adultos, tendo um deles, concomitantemente, leve coarctação da aorta. No primeiro caso, mulher de 22 anos com dispnéia progressiva, cuja avaliação ecocardiográfica revelou rotura do aneurisma do seio de Valsalva para dentro do ventrículo direito e coarctação da aorta leve, com gradiente de 25 mmHg. O cateterismo cardíaco confirmou o diagnóstico. No segundo caso, homem de 35 anos, com piora de dispnéia há 2 meses. Ecocardiograma e cateterismo cardíaco confirmaram o diagnóstico de aneurisma roto do seio de Valsalva para o ventrículo direito. Ambos foram operados através de esternotomia mediana; circulação extracorpórea convencional e cardioplegia sangüínea fria. No primeiro caso a valva aórtica era bivalvulada, com o aneurisma do seio de Valsalva anterior, relacionado à coronária direita, roto para dentro do VD, medindo 6 mm de diâmetro, foi fechado com sutura direta com fio 5-0. No segundo caso a valva aórtica era trivalvulada e o aneurisma do seio de Valsalva direito que rompeu, também, dentro do VD, media 12 mm de diâmetro e o fechamento foi feito com retalho de pericárdio bovino, suturado com pontos separados de polipropileno 5-0. Ambos os pacientes tiveram evolução pós-operatória sem intercorrências. Alta hospitalar ao final de uma semana. No controle ambulatorial, 120 e 60 dias após, respectivamente, estavam assintomáticos.

Year

1999

Creators

BONATELLI FILHO,Lourival RAMPINELLI,Amandio COLLAÇO,Jauro

Defeito do anel fibroso mitral posterior com aneurisma de átrio esquerdo e insuficiência mitral: tratamento cirúrgico com sucesso

Aneurismas em átrio esquerdo são pouco comuns, podendo ocorrer na aurícula ou na parede do átrio esquerdo. Freqüentemente, são assintomáticos, podendo ocorrer arritmias, fenômenos tromboembólicos ou insuficiência cardíaca como complicação da sua evolução. Apresentamos paciente de 39 anos, do sexo feminino, com defeito do anel posterior da valva mitral levando a grande dilatação aneurismática da parede posterior do átrio esquerdo com insuficiência mitral. O diagnóstico foi feito pela radiografia de tórax (abaulamento de silhueta cardíaca esquerda) e ecocardiograma (grande aneurisma do átrio esquerdo posteriormente à parede posterior do ventrículo esquerdo com insuficiência mitral). O estudo hemodinâmico sugeriu pseudo-aneurisma de ventrículo esquerdo. Submetida a tratamento cirúrgico com auxílio da circulação extracorpórea, realizou-se anuloplastia mitral e exclusão do aneurisma com reconstrução do assoalho do átrio esquerdo com retalho de pericárdio bovino. A paciente apresentou boa evolução pós-operatória, recebendo alta hospitalar no oitavo dia em boas condições clínicas.

Year

1999

Creators

BUENO,Ronaldo Machado CERDEIRA Jr.,Mário ABENSUR,Henry SILVA Jr.,Amílton CALIL,Osmar Araújo ÁVILA NETO,Vicente MELO,Ricardo F.A.

Cirurgia cardíaca no idoso

Com o aumento da expectativa de vida da população brasileira cresce o número de pessoas com idade superior a 70 anos que necessitam de operação cardíaca. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram avaliados, retrospectivamente, 75 pacientes com idade 3 a 70 anos submetidos a operação cardíaca no HC-UFPR, entre 1995 e 1999, com objetivo de analisarmos os resultados imediatos e tardios. A idade variou de 70 a 88 anos, sendo 34 (46,7%) do sexo feminino e 41 (53,3%) do masculino. Os principais sintomas foram angina (81,3%), dispnéia (42,6%) e síncope (16%). Os pacientes encontravam-se em classe I (57,3%), classe II (17,3%), classe III (18,6%) e classe IV (6,6%) da NYHA, 61,3% eram hipertensos, 48% tabagistas, 28% diabéticos e 9,3% haviam sido submetidos a operação cardíaca prévia. Foram realizadas 50 (66,6%) revascularizações do miocárdio, 9 (12%) trocas de valva aórtica, 5 (6,6%) operações de aorta, 4 (5,2%) trocas valvares + revascularização miocárdica e outros procedimentos (7%). As principais complicações pós-operatórias foram cardiovasculares: arritmias ventriculares (22,6%), arritmias supraventriculares (21,3%), baixo débito cardíaco (16%); infecciosas (16%) e pulmonares (9,3%). O tempo médio de permanência na UTI foi de 5 dias. RESULTADOS: A mortalidade hospitalar foi de 13,3% e houve 5 óbitos tardios. Dos sobreviventes, 78,4% compareceram para seguimento ambulatorial. O tempo médio de seguimento foi de 20,7 meses e a sobrevida foi de 92%; um dos óbitos tardios foi de origem cardiovascular. CONCLUSÃO: Apesar de serem pacientes de maior complexidade clínica pela maior incidência de doenças crônicas e acometimento de outros órgãos, os avanços na cirurgia cardíaca e terapia intensiva tornaram possível a intervenção com baixa morbi-mortalidade.

Year

2000

Creators

LOURES,Danton R. da Rocha CARVALHO,Roberto Gomes de MULINARI,Leonardo SILVA Jr.,Arleto Zacarias SCHMIDLIN,Carlos Augusto BROMMELSTRÖET,Maricélia VOITOWICZ,Vinícius Nicolau DANTAS,Marcelo Haddad CHOMA,Ricardo José SHIBATA,Sérgio FELICIO,Marcello Laneza BONATTO,Dênis ANTUNES FILHO,Nilo

Revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea: experiência e resultados iniciais

FUNDAMENTOS: A operação de revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea (CEC) vem sendo utilizada como uma alternativa para o tratamento da insuficiência coronariana. OBJETIVO: Apresentar nossa experiência com este procedimento, descrevendo a técnica empregada e os resultados iniciais. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram avaliados 23 pacientes submetidos à revascularização do miocárdio sem CEC. Foram selecionados para este estudo pacientes que apresentavam lesões nas artérias coronárias da região ântero-diafragmática do coração. A principal indicação cirúrgica foi insuficiência coronária crônica (78,3%). O sexo masculino predominou em 65% dos casos. A idade variou de 44 a 80 anos (média: 59,6 anos). A abordagem cirúrgica em todos os pacientes foi através de esternotomia mediana. Os enxertos utilizados foram: as artérias torácicas internas, veia safena e artéria radial. RESULTADOS: O tempo médio de operação foi de 3h15 min. Não houve intercorrências intra-operatórias. O número de enxertos por paciente variou de 1 a 3, num total de 36 enxertos realizados, com média de 1,56 enxerto/paciente. A artéria torácica interna esquerda foi o enxerto mais utilizado (41,7%). As artérias coronárias revascularizadas mais freqüentemente foram o ramo interventricular anterior (52,8%) e a coronária direita (30,5%). A mortalidade hospitalar e a incidência de infarto pós-operatório foram de 4,3%. Não ocorreram complicações neurológicas, pulmonares, renais, hemorrágicas ou infecciosas. O tempo médio de internação hospitalar foi de 7 dias. CONCLUSÃO: A revascularização do miocárdio sem CEC é uma técnica eficaz e segura que pode ser realizada em casos selecionados, com baixa morbidade e mortalidade, com redução de custos e do tempo de internação hospitalar.

Year

2000

Creators

BRASIL,Luiz Antônio MARIANO,João Batista SANTOS,Fernando Martins dos SILVEIRA,André Luiz MELO,Nilo de OLIVEIRA,Nivaldo Gomes de ANDRADE,Rômulo Sales BOTELHO,Delzirene Pinheiro CALZADA,Antônio