RCAAP Repository

Mecanismos e tratamento da hipertensão arterial refratária

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Year

2007

Creators

Pimenta,Eduardo Calhoun,David A. Oparil,Suzanne

Retirada percutânea de corpo estranho intracardíaco com técnica original

Relatamos o caso de um paciente com cateter vascular de longa permanência embolizado para o ventrículo direito. Este caso ganha peculiaridade por estarem as duas extremidades do cateter indisponíveis para serem laçadas, dificultando a sua captura pelas técnicas convencionais. Descrevemos um novo método para resgatar o corpo estranho através de sua porção central, utilizando apenas um cateter com dois sistemas independentes de "laço" e de "gancho".

Year

2007

Creators

Martins,Estêvão Carvalho de Campos Faria,Guilherme Brenande Alves

Uso de betabloqueador no pós-operatório de cirurgia de Norwood modificada por Sano com cianose persistente

A cianose persistente constitui complicação freqüente no pós-operatório da cirurgia de Norwood modificada por Sano. Sua ocorrência pode ser explicada pela obstrução dinâmica da anastomose proximal do conduto sintético, que liga o ventrículo direito ao tronco pulmonar, evidenciada à ecocardiografia. A fim de melhorar a saturação arterial de oxigênio, foi recentemente descrita a utilização de betabloqueador, no período pós-operatório. Neste relato, descrevemos a utilização de propranolol em dois casos de cirurgia de Norwood modificada por Sano, demonstrando diminuição do gradiente no tubo sintético, aumento dos níveis de saturação arterial de oxigênio, diminuição da freqüência cardíaca e aumento da pressão arterial, traduzido em melhora clínica. Concluímos que autilização de betabloqueador nesses casos mostrou-se benéfica.

Year

2007

Creators

Szwarc,Eli Rodrigues,Maria H. S. Pedra,Simone F. Jatene,Marcelo B. Romano,Edson R. Ferreiro,Carlos R.

IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose: Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia

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Year

2007

Creators

Sposito,Andrei C. Caramelli,Bruno Fonseca,Francisco A. H. Bertolami,Marcelo C. Afiune Neto,Abrahão Souza,Aguinaldo David Lottenberg,Ana Maria Pitta Chacra,Ana Paula Faludi,André A. Loures-Vale,Andréia A. Carvalho,Antônio Carlos Duncan,Bruce Gelonese,Bruno Polanczyk,Carisi Rodrigues Sobrinho,Carlos Roberto M. Scherr,Carlos Karla,Cynthia Armaganijan,Dikran Moriguchi,Emílio Saraiva,Francisco Pichetti,Geraldo Xavier,Hermes Toros Chaves,Hilton Borges,Jairo Lins Diament,Jayme Guimarães,Jorge Ilha Nicolau,José Carlos Santos,José Ernesto dos Lima,José Jayme Galvão de Vieira,José Luiz Novazzi,José Paulo Faria Neto,José Rocha Torres,Kerginaldo P. Pinto,Leonor de Almeida Bricarello,Liliana Bodanese,Luiz Carlos Introcaso,Luiz Malachias,Marcus Vinícius Bolívar Izar,Maria Cristina Magalhães,Maria Eliane C. Schmidt,Maria Inês Scartezini,Mariléia Nobre,Moacir Foppa,Murilo Forti,Neusa A. Berwanger,Otávio Gebara,Otávio C. E. Coelho,Otávio Rizzi Maranhão,Raul C. Santos Fº,Raul Dias dos Costa,Rosana Perim Barreto,Sandhi Kaiser,Sérgio Ihara,Silvia Carvalho,Tales de Martinez,Tania Leme Rocha Relvas,Waldir Gabriel Miranda Salgado,Wilson

Diretriz e recomendações para o uso da Ecocardiografia Contrastada: Fórum Latino-Americano de Ecocardiografia com Contraste

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Year

2007

Creators

Ronderos,Ricardo E Morcerf,Fernando Boskis,Mario Corneli,Diomedes Cuenca,Gina Gutiérrez Fajardo,Pedro Soazo,Manuel Pinto Pizzano,Nelson Revilla,Héctor Tsutsui,Jeane Mike Mathias Junior,Wilson

Controle do tempo de protrombina em sangue capilar e venoso em pacientes com anticoagulação oral: correlação e concordância

FUNDAMENTO: O uso de anticoagulantes orais (ACO) é comum na prática cardiológica, tendo como principais indicações a fibrilação atrial e próteses valvares. Os pacientes em uso de ACO necessitam de controle freqüente do tempo de protrombina (TP). Novos sistemas portáteis de monitorização, para medida do tempo de protrombina, sem necessidade da coleta de sangue por venopunção, facilitam a rotina desses pacientes. OBJETIVO: Comparar as medidas do TP realizadas pelo sistema Coaguchek S®, em sangue capilar, com o método padrão em sangue venoso. MÉTODOS: Cento e vinte e sete pacientes em acompanhamento no ambulatório de anticoagulação do Instituto de Cardiologia foram submetidos ao método convencional e coleta de sangue capilar da polpa digital para medida com o sistema Coaguchek S®. RESULTADOS: A idade foi de 58±14 anos, 90% eram brancos. As indicações de ACO foram fibrilação atrial 49,6% e próteses valvares 37,0%. O coeficiente de correlação r s foi 0,90 (p<0,0001; IC:95% 0,87-0,93) entre o sistema em estudo e o controle. A medida de concordância entre pacientes com INR <2, entre 2 e 3,5 e > 3,5 foi de Kappa 73,5%. O sistema Coaguchek S® superestimou o INR em 0,15±0,85 unidades. Valores acima de 3,5 unidades de INR mostram discrepância importante entre as duas técnicas. CONCLUSÕES: O sistema Coaguchek S® mostrou boa correlação e bom grau de concordância quando comparado com o controle, com resultados menores que 4. Porém, valores de INR acima de 3,5 ainda necessitam de confirmação com o método padrão.

Year

2007

Creators

Leiria,Tiago Luiz Luz Pellanda,Lúcia Campos Magalhães,Eros Lima,Gustavo Glotz de

Cardiopatia congênita no recém-nascido: da solicitação do pediatra à avaliação do cardiologista

OBJETIVO: Analisar a importância dos sintomas, como motivo de interconsulta com o cardiologista pediátrico, no diagnóstico de cardiopatias congênitas (CC) em recém-nascidos (RN). MÉTODOS: Estudo prospectivo de RN vivos encaminhados para avaliação cardiológica, com realização de eletrocardiografia, radiografia de tórax e ecocardiografia. Solicitação de interconsulta mediante preenchimento de ficha de múltipla escolha, constando os sintomas e sinais sugestivos de CC. Persistência do canal arterial (PCA) sem repercussão clínica e/ou hemodinâmica não foi considerada cardiopatia. RESULTADOS: Entre 1999 e 2002, foram estudados 358 dentre 3.716 RN, demonstrando 49 casos de CC e 128 de PCA. A prevalência de CC foi de 13,2:1.000 RN. O principal motivo para interconsulta com o cardiologista foi sopro em 256 (72%) dos RN, dentre os quais 39 (15%) eram portadores de CC e 91% dos 128 casos, de PCA. Em 14 (4%) dos RN, o motivo de interconsulta foi cianose, dentre os quais 8 (57%) eram portadores de CC. Insuficiência cardíaca foi o motivo de interconsulta em 37 (10%) dos RN, dentre os quais 17 (46%) eram portadores de CC. Arritmia, malformações congênitas associadas ou cromossomopatias foram os motivos de interconsulta em 14% dos casos. CONCLUSÃO: O principal motivo da interconsulta foi ausculta de sopro. Apesar de cianose e insuficiência cardíaca serem pouco freqüentes como motivo de interconsulta, sua presença indicou alta probabilidade de diagnóstico de cardiopatia. A triagem pediátrica tem papel importante para o diagnóstico.

Year

2007

Creators

Rivera,Ivan Romero Silva,Maria Alayde Mendonça da Fernandes,José Maria Gonçalves Thomaz,Ana Claire Pimenteira Soriano,Cláudio Fernando Rodrigues Souza,Maria Goretti Barbosa de

Revascularização total do miocárdio sem circulação extracorpórea em pacientes com disfunção ventricular esquerda

OBJETIVO: Avaliar a operação para revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea (CEC) em pacientes com importante disfunção ventricular esquerda. MÉTODOS: Foram submetidos a operação para revascularização do miocárdio sem CEC, 405 pacientes com fração de ejeção (FE) abaixo de 35%. A operação foi realizada com auxílio de estabilizador por sucção e ponto de LIMA. As anastomoses distais foram feitas primeiro. RESULTADOS: Foram avaliados 405 pacientes com idade média de 63,4±9,78 anos, sendo 279 do sexo masculino (68,8%). Quanto a fatores de risco, 347 eram hipertensos, 194 tabagistas, 202 dislipidêmicos e 134 diabéticos. Encontravam-se em classe funcional III e IV 260 pacientes. Eram renais crônicos 20 pacientes, em programa de diálise. Foram operados em caráter de emergência 51 pacientes, e 33 já apresentavam operação prévia. A FE média foi de 27,2±3,54%. O EUROSCORE médio foi de 8,46±4,41. O número médio de anastomoses foi 3,03±1,54 por paciente. Necessitaram de balão intraórtico após a indução anestésica 49 pacientes (12%), e 73 (18%) necessitaram de suporte inotrópico no período transoperatório. Quanto a complicações, 2 (0,49%) apresentaram insuficiência renal, 2 apresentaram mediastinite (0,49%), 7 (1,7%) necessitaram de reoperação por sangramento, 5 (1,2%) apresentaram infarto agudo do miocárdio e 70 (17,3%) apresentaram fibrilação atrial. Houve 18 óbitos (4,4%). CONCLUSÃO: Com base nesses dados, concluímos que a operação para revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea em pacientes com disfunção ventricular esquerda é segura e eficaz, sendo uma alternativa para pacientes de alto risco. Os resultados obtidos foram superiores ao previsto pelo EUROSCORE.

Year

2007

Creators

Milani,Rodrigo Paulo,Brofman Moutinho,José Augusto Laura,Barboza Maximiliano,Guimarães Alexandre,Barbosa Lidia,Zitynski Dalton,Précoma Alexandre,Varela Ravanelli,Marcel Rogers Maia,Francisco

Fibrilação atrial no pós-operatório de cirurgia de revascularização do miocárdio: características do perfil clínico associadas a óbitos hospitalares

OBJETIVO: Identificar fatores associados à maior chance de óbitos hospitalares em pacientes submetidos a revascularização cirúrgica do miocárdio (RM), que tenham apresentado fibrilação atrial (FA) no pós-operatório. MÉTODOS: No período de 2000 a 2003, foi analisada uma série consecutiva de 397 pacientes submetidos a RM que desenvolveram FA no pós-operatório. Esses pacientes foram divididos em dois grupos (G), sendo o G1 formado pelos pacientes que sobreviveram (n=369) e o G2, por aqueles que faleceram na fase hospitalar (n=28). Foram realizados os testes t de Student e do qui-quadrado, sendo p significativo quando < 0,05. RESULTADOS: A análise comparativa entre o G1 e o G2 demonstrou não haver diferença entre os grupos quanto a idade (67,3 ± 8,4 anos vs 69,3 ± 9,6 anos; p = 0,4), sexo masculino (75,9% vs 64,3%; p = 0,1), hipertensão arterial sistêmica (75,3% vs 85,7%; p = 0,2) e insuficiência cardíaca congestiva (17% vs 17%; p = 1). O G2 apresentou maiores taxas de infarto agudo do miocárdio prévio (14,6% vs 28,6%; p = 0,05), fração de ejeção do ventrículo esquerdo < 40% (12,2% vs 32,1%; p = 0,003), acidente vascular encefálico prévio (0,8% vs 17,9%; p = 0,03), intervenção coronariana percutânea prévia (19,5% vs 39,3%; p = 0,01), e revascularização cirúrgica do miocárdio prévia (19,3% vs 35,7%; p = 0,03). CONCLUSÃO: Antecedentes de infarto agudo do miocárdio, RM, intervenção coronariana percutânea, acidente vascular encefálico e déficit ventricular grave foram mais freqüentes no grupo que faleceu na fase hospitalar, sugerindo possível associação entre esses fatores e maior chance de óbito no pós-operatório de RM.

Year

2007

Creators

Oliveira,Dinaldo Cavalcanti de Ferro,Carlos Romério Oliveira,João Bosco de Prates,Guilherme Jose Torres,Audrey Egito,Enilton Sergio Tabosa do Arraes,Magali Santos Souza,Luis Carlos Bento de Jatene,Adib Domingos Piegas,Leopoldo Soares

Prevenção de fibrilação atrial com amiodarona em moderada dosagem no pós-operatório de cirurgia cardíaca é segura e eficaz em pacientes de alto risco para desenvolver essa arritmia

OBJETIVO: Avaliar se a profilaxia com amiodarona em moderada dosagem, no pós-operatório de cirurgia cardíaca (revascularização miocárdica e/ou cirurgia valvar), reduz a incidência de fibrilação atrial em pacientes de alto risco para desenvolver essa arritmia. MÉTODOS: Estudo clínico, randomizado e prospectivo, realizado em 68 pacientes submetidos a cirurgia cardíaca eletiva. A média de idade foi de 64 anos e 59% dos participantes eram do sexo masculino. Os pacientes com três ou mais fatores de risco para fibrilação atrial, de acordo com a literatura, foram randomizados em dois grupos, para receber ou não profilaxia com amiodarona no primeiro dia de pós-operatório. A dose administrada foi de 600 mg/dia a 900 mg/dia, por via intravenosa, no primeiro dia de pós-operatório, seguida de 400 mg/dia por via oral até a alta hospitalar ou até completar sete dias. Os demais pacientes, com dois ou menos fatores de risco, foram seguidos até a alta hospitalar. Todos os pacientes foram observados por monitorização cardíaca e/ou eletrocardiografia. RESULTADOS: No grupo que recebeu amiodarona, 7% dos pacientes apresentaram fibrilação atrial, enquanto no grupo controle 70% desenvolveram a arritmia. Nos indivíduos não-randomizados (com dois ou menos fatores de risco), apenas 24% apresentaram fibrilação atrial. CONCLUSÃO: O uso profilático de amiodarona foi eficaz na prevenção de fibrilação atrial nos pacientes com três ou mais fatores de risco para essa arritmia. Esse tratamento pode ser benéfico na redução da permanência na Unidade de Terapia Intensiva e, conseqüentemente, nas complicações advindas do maior tempo de internação hospitalar.

Year

2007

Creators

Alves,Renato Jorge Geovanini,Glaucylara Reis Brito,Gisele de Miguel,Gabriel A. S. Glauser,Valéria A. Nakiri,Kenji

Prevalência de hipertensão do avental branco na atenção primária de saúde

OBJETIVO: Avaliar a prevalência de hipertensão do avental branco no município de Dumont, Estado de São Paulo, caracterizando os participantes da pesquisa em relação a fatores demográficos e a alterações tanto fisiológicas como metabólicas. MÉTODOS: Foram selecionados 109 usuários da Unidade de Saúde municipal, divididos em três grupos (normotensão, hipertensão essencial e hipertensão do avental branco), após medidas de pressão arterial com aparelho oscilométrico e exame de monitorização ambulatorial da pressão arterial. Foram realizadas entrevista, mensuração de dados e coleta de exames laboratoriais para comparação das variáveis encontradas entre os grupos. Para o tratamento estatístico, foram utilizados os testes ANOVA e Tukey. Os resultados foram expressos como médias ± erros padrão das médias. As diferenças foram consideradas estatisticamente significativas para p < 0,05. RESULTADOS: A prevalência de hipertensão do avental branco foi de 34,1%, com predominância do sexo feminino, média de idade de 45,3 anos e aumento de índice de massa corporal, relação cintura-quadril, glicemia e creatinina plasmáticas, na comparação com hipertensos e/ou normotensos. Não foi encontrada relação entre hipertensão do avental branco e variáveis demográficas. CONCLUSÃO: As diferenças encontradas entre os grupos e a presença de variações clínicas e bioquímicas possibilitam inferir que a hipertensão do avental branco é uma condição que deve ser analisada de maneira distinta em relação a indivíduos normotensos e hipertensos.

Year

2007

Creators

Alves,Leila Maria Marchi Nogueira,Maria Suely Godoy,Simone de Hayashida,Miyeko Cárnio,Evelin Capellari

Avaliação da força muscular respiratória e da função pulmonar em pacientes com insuficiência cardíaca

FUNDAMENTO: O termo insuficiência cardíaca (IC) refere-se à falha do coração em bombear sangue para suprir as necessidades do organismo. A função pulmonar e os músculos respiratórios podem estar afetados e os sintomas típicos apresentados pelos pacientes são desconforto aos mínimos esforços. OBJETIVO: Verificar a função pulmonar e a força dos músculos respiratórios em pacientes com IC em classes funcionais II e III, segundo a New York Heart Association (NYHA). MÉTODOS: O estudo foi descritivo e observacional, sendo incluídos 12 indivíduos com IC em classes II e III que estavam em acompanhamento ambulatorial. A função pulmonar (volume expiratório forçado no primeiro segundo - VEF1 - e capacidade vital forçada - CVF) foi avaliada por meio da microespirometria e a força muscular respiratória (pressão expiratória máxima - PEmáx - e pressão inspiratória máxima - PImáx), por meio de manovacuometria (marca Globalmed®). RESULTADOS: Houve diferença entre as classes II e III em relação à função pulmonar (VEF1: II = 91,17 ± 19,87 e III = 68,17 ± 21,78; CVF: II = 68,17 ± 21,78 e III = 73,67 ± 22,94) e à força muscular respiratória (PImáx: II = 71,67 ± 40,70 e III = 53,33 ± 29,27; PEmáx: II = 98,83 ± 34,56 e III = 58,33 ± 15,06). A classe II apresentou valores maiores que a III, em todos os parâmetros avaliados, com diferença estatisticamente significativa na PEmáx. CONCLUSÃO: A função pulmonar e a força muscular respiratória estão prejudicadas na IC, onde os indivíduos da classe III apresentam valores menores que a II, principalmente na PEmáx.

Year

2007

Creators

Forgiarini Junior,Luiz Alberto Rubleski,Angélica Douglas,Garcia Tieppo,Juliana Vercelino,Rafael Dal Bosco,Adriane Monteiro,Mariane Borba Dias,Alexandre Simões

Associação da síndrome metabólica e seus componentes na insuficiência cardíaca encaminhada da atenção primária

FUNDAMENTO: A síndrome metabólica (SM) caracteriza-se por um conjunto de fatores de risco que, quando presentes, se associam a elevadas taxas de eventos cardiovasculares, como também a risco de insuficiência cardíaca (IC). Em nosso meio, não está estabelecida a associação da SM nos pacientes portadores de IC crônica estável. OBJETIVO: Determinar, em pacientes encaminhados da Atenção Primária, a prevalência de SM, segundo o sexo e o tipo de IC. MÉTODOS: De janeiro de 2005 a agosto de 2006, 144 pacientes foram incluídos em um estudo transversal. A ecocardiografia, por meio de critérios modificados no estudo EPICA, foi utilizada para definir o tipo de IC, como também sua presença ou ausência. A análise estatística foi processada pelo software SAS® System, versão 6.04, sendo adotado o nível de significância de 5%. RESULTADOS: SM foi observada em 111 pacientes (77%), dos quais 73 (66%) eram do sexo feminino (razão de chance [RC] de 0,195; intervalo de confiança = 0,08-0,46; p < 0,0001). IC foi identificada em 102 pacientes (71%), com o sexo feminino apresentando grande correlação com a presença de SM: 51 pacientes (65%) (RC de 0,116; intervalo de confiança = 0,36-0,37; p < 0,0001). Entre os portadores de IC, 61 pacientes (42%) apresentavam IC com função sistólica preservada e 41 (29%), IC com disfunção sistólica (p = ns). IC com função sistólica preservada foi associada à presença de SM em 53 (87%) dos 61 pacientes (p = 0,022). CONCLUSÃO: A SM está fortemente associada à presença de IC com função sistólica preservada e ao sexo feminino em nossa comunidade.

Year

2007

Creators

Coelho,Flávio Augusto Colucci Moutinho,Marco Aurélio Espósito Miranda,Verônica Alcooforado de Tavares,Leandro Reis Rachid,Maurício Rosa,Maria Luiza Garcia Mesquita,Evandro Tinoco

Comparação da evolução a longo prazo da valvoplastia mitral percutânea por balão com a técnica de inoue versus a do balão único: análise dos fatores de risco para óbito e eventos maiores

OBJETIVO: Analisar a evolução a longo prazo de pacientes submetidos a valvoplastia mitral percutânea por balão com a técnica do balão de Inoue versus a técnica do balão único Balt, identificando os fatores que predisseram óbito e eventos maiores (óbito, nova valvoplastia mitral por balão ou cirurgia valvar mitral). MÉTODOS: O período de seguimento, nos grupos do balão único e do balão de Inoue, foi de 54 ± 31 (1 a 126) meses e de 34 ± 26 (2 a 105) meses, respectivamente (p < 0,0001). O balão único Balt foi usado em 254 (84,1%) pacientes e o balão de Inoue, em 48 (15,9%). RESULTADOS: Foram encontrados os seguintes dados, respectivamente, no grupo do balão de Inoue e do balão único: idade, 36,9 ± 10,4 (19 a 63) anos e 38,0 ± 12,6 (13 a 83) anos (p = 0,5769); escore ecocardiográfico, 7,5 ± 1,3 pontos e 7,2 ± 1,5 pontos (p = 0,1307); sexo feminino, 72,9% e 87,4% (p = 0,0097); fibrilação atrial, 10,4% e 16,1% (p = 0,4275); mortalidade no seguimento, 2,1% e 4,3% (0,6984); e eventos maiores, 8,3% e 17,7% (p = 0,1642). Não houve, na análise univariada e nas curvas de Kaplan-Meier, diferença entre as técnicas de Inoue e do balão único Balt para sobrevida e sobrevida livre de eventos maiores. Na análise multivariada, idade > 50 anos e escore ecocardiográfico > 8 predisseram, independentemente, óbito, e escore ecocardiográfico > 8 e área valvar mitral pós-procedimento < 1,50 cm² predisseram eventos maiores. CONCLUSÃO: Não houve diferença na evolução a longo prazo dos pacientes submetidos a técnica de Inoue versus a do balão único. Predisseram óbito e/ou eventos maiores: idade > 50 anos, escore ecocardiográfico > 8 e área valvar mitral pós-procedimento < 1,50 cm².

Year

2007

Creators

Borges,Ivana Picone Peixoto,Edison Carvalho Sandoval Peixoto,Rodrigo Trajano Sandoval Oliveira,Paulo Sergio de Salles Netto,Mario Peixoto,Ricardo Trajano Sandoval Labrunie,Marta Labrunie,Pierre Villela,Ronaldo de Amorim Siqueira-Filho,Aristarco Gonçalves

Pseudo-aneurisma do ventrículo esquerdo

A ruptura da parede livre do ventrículo esquerdo é uma dramática, porém nem sempre fatal complicação do infarto agudo do miocárdio. No entanto, se o diagnóstico correto for retardado, o tratamento cirúrgico pode ser comprometido. Os autores relatam um caso de volumoso pseudo-aneurisma de parede inferior de ventrículo esquerdo diagnosticado ao estudo angiográfico.

Year

2007

Creators

Jacob,José Luiz Balthazar Buzelli,Graziele Machado,Nilton Carlos Spinola Garzon,Pedro G. A. Garzon,Sérgio A. C.

Plastia cirúrgica de óstio coronariano esquerdo com estenose não aterosclerótica

Discute-se o caso clínico de um paciente homem, 38 anos, com insuficiência cardíaca classe IV (NYHA) e angina de repouso em razão de insuficiência aórtica severa, oclusão de óstio da artéria coronária direita e lesão subtotal do óstio da artéria coronária esquerda, em razão de aortite de origem luética. O tratamento constituiu-se de prótese aórtica mecânica e plastia do óstio coronariano esquerdo com "telhado" de veia safena. A evolução clínica pós-operatória foi excelente, tendo o paciente retornado à vida ativa e sem sintomas.

Year

2000

Creators

ARGENTA,Fábio WINCKLER,George MOMOLLI,Marcelo Kuhn FALLEIRO,Roque FRAGOMENI,Luís Sérgio

Comunicação direta entre artéria pulmonar direita e átrio esquerdo: relato de dois casos

A comunicação direta entre a artéria pulmonar direita e o átrio esquerdo é uma condição rara, tendo sido relatados menos de 40 casos em toda a literatura. Apresentação clínica é variável, podendo o paciente mostrar-se com quadro de cianose, dispnéia ou insuficiência cardíaca. No entanto, o diagnóstico pode ser facilmente feito com métodos de imagem. O tratamento cirúrgico oferece a cura completa com baixa morbi-mortalidade. Sem o mesmo, sérias complicações podem advir como embolia ou abscesso cerebral. Os autores apresentam dois casos de comunicação direta entre artéria pulmonar direita e átrio esquerdo. São discutidas as teorias embriogênicas e as variantes anatômicas desta anomalia congênita.

Year

2000

Creators

SCHIMIN,Luiz Carlos FRANCESCHINI,Itacir Arlindo COSTA,Jean Newton Lima LUCENA,Vinícius Sousa de

Revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea: resultados da experiência de 18 anos de sua utilização

Introdução: A revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea (CEC) é hoje alternativa de revascularização em expansão não estando ainda bem definidos os limites de sua aplicabilidade. Os autores revêem sua casuística global e discutem as indicações ideais do procedimento baseados nos resultados obtidos. Casuística e Métodos: São analisados 2.495 pacientes operados sem CEC de outubro de 1981 a setembro de 1999 de um total de 10.656 pacientes revascularizados no período (23,4%). As idades variaram de 32 a 90 anos, mediana 59, e o sexo masculino predominou (67%). Insuficiência coronária crônica foi responsável por 70,8% das indicações operatórias e a maioria dos pacientes recebeu 2 pontes (51,5%). Resultados: A mortalidade (30 dias) global foi de 1,9% (48/2495) e a morbidade referente a eventos maiores foi significativamente menor em um subgrupo deste material que foi prospectivamente. Apenas 45% dos operados necessitaram de transfusão sangüínea contrastando com 90,5% dos operados com a técnica convencional. A aplicabilidade da técnica que no global foi de 23% nos últimos três anos foi de 36,8%, 35, l% e 42,2%. Conclusão: A revascularização do miocárdio sem CEC é alternativa segura de tratamento da insuficiência coronária observando-se um aumento progressivo de sua aplicação nos últimos anos. Permite o tratamento de um subgrupo de pacientes com baixa mortalidade hospitalar e menor incidência de complicações pós-operatórias, devendo seu uso ser expandido nos próximos anos com a introdução dos estabilizadores, manobras especiais e a revascularização funcional.

Year

2001

Creators

AGUIAR,Luciano F. ANDRADE,José Carlos S. BRANCO,João Nelson PALMA,José Honório TELES,Carlos A. GEROLA,Luis Roberto BUFFOLO,Ênio