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Apresentação atípica de divertículo de Kommerell
Relata-se o caso de um paciente do sexo masculino, 65 anos, que, após queixas de desconforto retroesternal e radiografia de tórax com alargamento do mediastino, se submeteu a um estudo angiográfico por ressonância magnética que detectou um arco aórtico direito com artéria subclávia esquerda aberrante e divertículo de Kommerell. Realizamos uma revisão da literatura para basear nossa conduta clínica, já que o tratamento cirúrgico é complexo. O paciente apresentou melhora com o tratamento clínico e, atualmente, segue em acompanhamento ambulatorial, sendo proposto controle após 3 meses ou em caso de piora clínica.
2022-12-06T14:00:48Z
Barranhas,Adriana Dias Indiani,João Mauricio Canavezi Marchiori,Edson Santos,Alair Augusto S. M. D. dos Rochitte,Carlos Eduardo Nacif,Marcelo Souto
Fatores de risco que afetam as complicações da dissecação da veia safena na revascularização cirúrgica do miocárdio
OBJETIVO: O problema da cicatrização de feridas é comumente observado após procedimentos de revascularização do miocárdio. Nosso objetivo é determinar a prevalência e os indicadores de complicação na dissecação da veia safena após procedimentos de revascularização coronária. MÉTODOS: Após revisão e aprovação pelo comitê de ética da instituição, uma revisão retrospectiva de 4029 procedimentos de revascularização foi realizada com enxerto da veia safena durante um período de seis anos. Treze fatores de risco para aqueles que desenvolveram complicações extensas nas feridas da perna foram analisados e comparados com toda a coorte de pacientes submetidos a procedimentos de revascularização semelhantes durante o mesmo período. RESULTADOS: Complicações nas feridas do membro inferior ocorreram em 68 pacientes (1,7%), 43 deles precisaram de intervenção cirúrgica adicional. Foram realizados 17 desbridamentos de feridas, nove transplantes de pele, uma angioplastia, 11 fasciotomias, três procedimentos vasculares e duas transferências livre de tecidos. Das treze variáveis analisadas pela análise multivariada, sexo feminino, IMC, uso de enxerto de veia torácica interna, doença vascular periférica, o uso de balão intra-aórtico no pós-operatório e hiperlipidemia pré-existente foram identificados como indicadores independentes significativos de complicações extensas nas feridas a perna (p<0,05) CONCLUSÕES: As causas das complicações extensas nas feridas da perna após dissecação da veia safena para procedimentos de revascularização miocárdica são multifatoriais. Para minimizar essas complicações, recomendamos avaliações vasculares antes da dissecação da veia safena, atenção com a técnica cirúrgica apropriada e dissecação cuidadosa no local da incisão.
2022-12-06T14:00:48Z
Abbaszadeh,Monir Arabnia,MK Rabbani,A Mandegar,MH Vahedi,S
Avaliação microscópica e ultra-estrutural do endotélio de veia safena preparada pela técnica "no touch"
OBJETIVO: O enxerto de veia safena (VS) utilizado em revascularização miocárdica possui uma vida útil, sendo o estágio final a oclusão do vaso. Esforços em adquirir novas técnicas de coleta da VS podem possibilitar uma viabilidade maior do enxerto. MÉTODOS: Vinte pacientes foram randomizados e divididos em dois grupos com o objetivo de avaliação do endotélio vascular. A técnica "no touch" (NT) consiste em retirar o segmento de VS com o tecido perivascular. A técnica convencional consiste em retirar a VS, com remoção "in situ" do tecido perivascular e conseqüente vasoespasmo. Houve um padrão de retirada das VS com incisões longitudinais escalonadas. Características da VS foram consideradas. A avaliação do endotélio das VS foi realizada usando microscópio eletrônico (ME) pelo método de varredura e de transmissão. Cortes histológicos das VS foram corados em Hematoxilina-Eosina (HE). O colágeno subendotelial foi analisado pelos métodos de Picro-Sirius e Tricrômio de Masson. RESULTADOS: A ME evidenciou que o Grupo NT possui maiores áreas endoteliais não desnudadas, além de um menor número de células degradadas. A coloração em HE nos permitiu verificar a forma e a integridade das camadas das VS. Há um predomínio maior de fibras colágenas coradas no Grupo NT. CONCLUSÕES: A técnica NT permite uma melhor preservação endotelial da VS, sugerindo um enxerto mais viável em longo prazo.
2022-12-06T14:00:48Z
Silva,Virgílio Figueiredo Ishigai,Márcia Marcelino de Souza Freymüller,Edna Branco,João Nelson Rodrigues Gaia,Diego Felipe Gabriel,Edmo Atique Romão,Renata Aparecida Leonel Buffolo,Enio
Modificação técnica para correção de coarctação aórtica com hipoplasia do arco aórtico
OBJETIVO: Estudar a viabilidade técnica e resultados imediatos da modificação técnica proposta por Caliani et al. para correção da coarctação aórtica com hipoplasia do arco aórtico. MÉTODOS: Entre janeiro de 2005 e julho de 2006, nove neonatos com coarctação aórtica e hipoplasia do arco aórtico foram submetidos a uma nova abordagem cirúrgica para correção do defeito. A definição de hipoplasia do arco aórtico seguiu os critérios de Moulaert, segundo os quais o arco aórtico é considerado hipoplásico quando seu diâmetro atinge 50% do diâmetro da aorta ascendente. Nesta série, foram selecionados apenas pacientes com hipoplasia proximal e distal do arco aórtico. Várias técnicas foram propostas anteriormente, mas gradientes residuais importantes foram observados, assim como há o inconveniente da ligadura definitiva da artéria subclávia esquerda. A modificação técnica consiste em: toracotomia póstero-lateral esquerda, ampla mobilização da aorta descendente, com ligadura dos dois primeiros ramos intercostais, transecção da artéria subclávia esquerda em sua base, ressecção ampla de toda zona hipoplásica e adjacências do ducto arterioso, anastomose término-terminal entre o arco aórtico e aorta descendente com fio de PDS 7-0 e reimplante da artéria subclávia sobre a artéria carótida esquerda com anastomose látero-terminal. RESULTADOS: Não houve óbito per-operatório ou tardio, o gradiente residual médio foi de 5 mmHg. Até o presente, não observamos nenhum caso de recoarctação ou de lesão neurológica medular. CONCLUSÃO: A despeito do reduzido número de casos e do seguimento curto, esta modificação técnica pode representar uma excelente opção para tratamento deste complexo grupo de pacientes.
2022-12-06T14:00:48Z
Caliani,José Alberto Simões,Luiz Carlos Barbosa,Odilon Nogueira
Aplicabilidade do escore de risco de Ambler para pacientes com substituição valvar por bioprótese de pericárdio bovino
OBJETIVO: O estudo objetiva verificar aplicabilidade do escore de Ambler para pacientes que receberam implante bioprótese de pericárdio bovino no Instituto de Cardiologia do RGS/FUC e quantificar os fatores de risco. MÉTODOS: Estudo retrospectivo com 703 pacientes submetidos ao implante de bioprótese de pericárdio bovino entre 1991 e 2005, no Instituto de Cardiologia do RS. Em 392 pacientes, ocorreu implante aórtico, em 250, mitral e, em 61, combinado. Desfecho primário foi mortalidade hospitalar. As características estimativas do risco foram: idade, sexo, IMC, classe funcional (NYHA), fração de ejeção ventricular esquerda (FE), lesão valvar, hipertensão arterial sistêmica, diabete melito, função renal, ritmo cardíaco, cirurgia cardíaca prévia, revascularização miocárdica e/ou plastia tricúspide concomitante, caráter cirúrgico. Utilizada regressão logística uni e multivariada para quantificar fatores de risco preponderantes, pelo odds ratio (OR). RESULTADOS: A mortalidade observada foi de 14,3%, superior à prevista de valor 3% para escore médio 6 de Ambler, (p<0,01). Pacientes falecidos mostraram escore médio 8,26, superior ao dos sobreviventes, de 5,68. Características de maior risco foram cirurgia emergencial (OR=10,87), diálise (OR=6,10) e idade > 80 anos (OR=6,10). A área sob curva ROC para nossa amostra foi calculada em 72,9% (aceitável > 70%). CONCLUSÃO: A mortalidade prevista no escore de Ambler não é reproduzida no resultado observado, mas a curva ROC evidenciou que o modelo é aplicável. Fatores de risco preponderantes foram individualizados.
2022-12-06T14:00:48Z
Bacco,Gustavo de de Bacco,Mateus W. Sant'anna,João Ricardo Michelin Santos,Marisa F Sant'anna,Roberto T. Prates,Paulo Roberto Kalil,Renato A.K. Nesralla,Ivo A
Benefícios da ventilação não-invasiva após extubação no pós-operatório de cirurgia cardíaca
OBJETIVO: Demonstrar os benefícios da utilização da ventilação não-invasiva (VNI) no processo de interrupção da ventilação mecânica, no pós-operatório de cirurgia cardíaca. MÉTODOS: Estudo prospectivo, randomizado e controlado, com 100 pacientes submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio ou cirurgia valvar. Os pacientes foram admitidos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sob ventilação mecânica e randomizados posteriormente em grupo estudo (n= 50) que utilizou VNI com dois níveis pressóricos após a extubação por 30 minutos, e grupo controle (n= 50) que fez uso apenas de cateter nasal de O2. Foram analisadas as variáveis antropométricas, os tempos correspondentes à anestesia, cirurgia e circulação extracorpórea, bem como o tempo necessário para a supressão da ventilação mecânica invasiva. As variáveis gasométricas e hemodinâmicas também foram avaliadas antes e após a extubação. RESULTADOS: Os grupos controle e estudo evoluíram de forma semelhante e não apresentaram diferença estatisticamente significante na análise das variáveis, exceto para a PaO2. A utilização da VNI por 30 minutos após a extubação promoveu melhora na PaO2 quando comparados os grupos, com p= 0,0009, mas não apresentou diferença estatisticamente significante na PaCO2 (p=0,557). CONCLUSÃO: O uso da VNI por 30 minutos após extubação produziu melhora na oxigenação do pacientes em pósoperatório imediato de cirurgia cardíaca.
2022-12-06T14:00:48Z
Lopes,Célia Regina Brandão,Carlos Manuel de Almeida Nozawa,Emília Auler Jr,José Otávio Costa
Dupla artéria torácica esqueletizada versus convencional na revascularização do miocárdio sem CEC em diabéticos
OBJETIVO: Avaliar a influência da técnica utilizada na dissecção das artérias torácicas na evolução de pacientes diabéticos submetidos a revascularização sem CEC. MÉTODOS: Setenta pacientes diabéticos submetidos a revascularização sem CEC com duas artérias torácicas foram avaliados. No grupo A, as artérias torácicas foram dissecadas de modo convencional, enquanto no grupo B foram esqueletizadas. RESULTADOS: A idade média do grupo A foi de 52,14±7,35 anos contra 55,71±8,1 anos no grupo B (p=0,057). No grupo A, seis (17,1%) pacientes eram diabéticos insulinodependentes contra nove (25,7%) no grupo B (p=0,561). O EUROSCORE foi de 3,97±2,49 para o grupo A contra 4,14±3,06 no grupo B (p=0,879). O número médio de anastomoses distais no grupo A foi de 3±0,77 contra 3,03±0,89 para o grupo B (p=0,981). Três (8,57%) dos pacientes do grupo A apresentaram mediastinite contra nenhum do grupo B (p=0,239). A diabetes insulino-dependente foi o único fator estatisticamente significativo (p=0,008) para mediastinite. Neste grupo, a utilização de artéria torácica interna esqueletizada diminuiu significativamente a incidência de mediastinite (p=0,044). CONCLUSÃO: A incidência de mediastinite foi menor no grupo onde ambas as artérias torácicas foram dissecadas de forma esqueletizada, apesar de, devido ao baixo número de casos, não apresentar diferença estatística. Nos portadores de diabetes insulino-dependente, 50% dos pacientes do grupo em que a artéria torácica foi obtida de forma convencional apresentaram mediastinite, sendo que a utilização de artéria torácica esqueletizada diminuiu significativamente a incidência de mediastinite.
2022-12-06T14:00:48Z
Milani,Rodrigo Brofman,Paulo Roberto Guimarães,Maximiliano Barboza,Laura Tchaick,Rodrigo Mezzalira Meister Filho,Hugo Baggio,Thales Maia,Francisco
Avaliação de oxigenador de membrana infantil em ovinos
OBJETIVO: Analisar a segurança e a eficácia de um novo oxigenador de membrana denominado OXM -1500. MÉTODOS: No período de maio de 2005 a setembro de 2006, foram estudados seis ovinos da raça Santa Inês, sendo cinco machos e uma fêmea, com peso corpóreo médio de 14,1 (±5) kg, superfície corpórea de 0,6 (±0,2) m² e idade média de 3,8 (±1,5) meses. Todos foram submetidos a circulação extracorpórea (CEC) com avaliação nos tempos 10, 30, 60, 120, 180 e 240 minutos, obtendo-se os valores de taxa de transferência de oxigênio (TTO2) e de taxa de transferência de gás carbônico (TTCO2), hemoglobina sérica (HBS) e livre (HBL), plaquetometria, leucometria e taxa de transferência de calor. RESULTADOS: Houve adequadas TTO2 e TTCO2. A lesão da maioria dos elementos figurados do sangue foi insignificante, sem alterações dos níveis de HBS, HBL, plaquetas e o número de leucócitos diminuíram com o tempo. A troca de calor foi efetiva (p < 0,05). CONCLUSÃO: O oxigenador de membrana infantil OXM1500, testado em ovinos, mostrou-se com capacidade adequada de oxigenação, remoção de gás carbônico e pequena alteração da hemoglobina e plaquetas, com diminuição do número de leucócitos de forma esperada. O trocador de calor acoplado ao oxigenador foi eficaz nas variações de temperatura.
2022-12-06T14:00:48Z
Finoti,Renata Geron Braile,Domingo Marcolino Croti,Ulisses Alexandre Oliveira,Marcos Aurélio Barboza de Godoy,Moacir Fernandes de Leal,João Carlos Ferreira Policarpo,Sebastião Rodrigues Lopes,Marden Leonardi
Tratamento cirúrgico da fibrilação atrial crônica com eletrocautério convencional em cirurgia valvar mitral
OBJETIVO: Avaliar os resultados do tratamento cirúrgico da fibrilação atrial por ablação da parede posterior atrial esquerda utilizando o eletrocautério, em cirurgia valvar mitral. MÉTODOS: De maio de 2004 a dezembro de 2006, 23 pacientes foram submetidos a correção cirúrgica de valvopatia mitral e ao tratamento da fibrilação atrial utilizando o eletrocautério convencional para a realização de linhas de ablação no endocárdio atrial esquerdo. A idade média dos pacientes era de 59 anos, sendo 60,8% do sexo feminino. A média do diâmetro atrial esquerdo era de 50,3 ± 5,09 mm e a fração de ejeção do ventrículo esquerdo de 53,6 ± 11,03%. RESULTADOS: O tempo médio de circulação extracorpórea foi de 52,5 ± 13,3 min; pinçamento aórtico, 35,6 ± 12,9 min; ablação do endocárdio atrial, 3,05 ± 0,16 min. Todos os pacientes estavam livres de fibrilação atrial após o procedimento; na alta hospitalar, 69,5%; no 6º mês, 91,3%; no 12º mês, 76,4%; no 18º e 24º meses, 68,4%. No 12º mês, a média do diâmetro atrial esquerdo era de 42,1 ± 3,5 mm; a fração de ejeção do ventrículo esquerdo era de 59,2 ± 3,48%; e a contração atrial esquerda estava presente em 68,8% de todos os pacientes. CONCLUSÃO: O tratamento cirúrgico da fibrilação atrial com eletrocautério, em cirurgia valvar mitral, foi capaz de determinar a reversão dessa arritmia a um número significativo de pacientes durante um seguimento clínico de curto e médio prazo, sem mortalidade e com baixa morbidade.
2022-12-06T14:00:48Z
Gomes Júnior,Jandir Ferreira Pontes,José Carlos Dorsa Vieira Gomes,Otoni Moreira Duarte,João Jackson Gardenal,Neimar Dias,Amaury Mont'Serrat Ávila Souza Benfatti,Ricardo Adala Silva,Guilherme Viotto Rodrigues da
Substituição valvar mitral com papilopexia cruzada e constrição anular em pacientes com insuficiência cardíaca
OBJETIVO: Analisar os resultados em curto e médio prazo de pacientes portadores de insuficiência cardíaca e insuficiência mitral moderada/grave submetidos a substituição valvar mitral com a técnica da papilopexia cruzada e constrição anular. MÉTODOS: Treze pacientes em classe funcional III ou IV (NYHA), idade média de 54,1 anos, etiologia idiopática, foram submetidos a substituição valvar mitral com constrição do anel e papilopexia cruzada. Foram analisados os parâmetros ecocardiográficos, classe funcional e curva atuarial de sobrevivência. RESULTADOS: Não houve mortes no período trans e pósoperatório imediato. A média dos diâmetros diastólicos e sistólicos ventricular esquerdo reduziu de 71 ± 8,6 mm para 65,3 ± 8,6 mm (p=0,049) e de 59,1 ± 8,5 mm para 50,4 ± 11,1 mm (p=0,002), respectivamente. Os diâmetros atriais variaram de 49,4 ± 6,4 mm para 44 ± 5,9 mm (p=0,017); o percentual de encurtamento sistólico do ventrículo esquerdo foi de 17 ± 4% para 24 ± 8,3% (p=0,014), a fração de ejeção variou de 34 ± 9% para 45 ± 14% (p=0,008), todos estatisticamente significativos. Onze (84,6%) pacientes se encontram em classe funcional I e II. A sobrevivência foi de 100%, 82,6%, 71,6%, respectivamente para 1, 6 e 12 meses após a cirurgia de seguimento, mantendo-se 71,6% em período superior a 36 meses. CONCLUSÃO: Os resultados obtidos, em pacientes com insuficiência cardíaca e insuficiência mitral moderada/grave submetidos a substituição valvar mitral com papilopexia cruzada e constrição anular, apresentaram evidências de remodelamento cardíaco favorável e significativa recuperação funcional ventricular esquerda.
2022-12-06T14:00:48Z
Benfatti,Ricardo Adala Pontes,José Carlos Dorsa Vieira Gomes,Otoni Moreira Dias,Amaury Edgardo Mont'Serrat Ávila Souza Gomes Júnior,Jandir Ferreira Gardenal,Neimar Duarte,João Jackson
Avaliação dos valores séricos de troponina I cardíaca em crianças menores de 1 ano de idade
OBJETIVO: Verificar os valores séricos para troponina I cardíaca em crianças abaixo de um ano de idade, sem disfunção cardíaca clínica. MÉTODOS: Os níveis séricos de troponina I cardíaca foram determinados em 99 crianças com idade abaixo de um ano, incluindo-se recém-nascidos a termo, sem doenças relacionadas a comprometimento da função cardíaca identificável clinicamente, por meio do kit específico Opus T Troponin I (cTn) (Dade Behring Inc. - Newalk, DE 19714, USA). RESULTADOS: A dosagem sérica de troponina I cardíaca apresentou, em todos os pacientes, valor menor que 0,1 ng/ml. CONCLUSÃO: Verificamos que o valor da dosagem sérica de troponina I cardíaca é menor do que 0,1 ng/ml para pacientes pediátricos, sem disfunção cardíaca, desde recém-nascidos a termo até um ano de idade, quando realizada por meio do kit Opus T Troponin I (cTn) test modules.
2022-12-06T14:00:48Z
Souto,Antonio Carlos Arruda Carvalho,Werther Brunow de
Fisioterapia pré-operatória na prevenção das complicações pulmonares em cirurgia cardíaca pediátrica
OBJETIVO: Avaliar a incidência e o risco de complicações pulmonares em crianças submetidas a intervenção fisioterapêutica pré e pós-operatória nas cirurgias cardíacas, bem como comparar com aquelas submetidas apenas a intervenção fisioterapêutica pós-operatória. MÉTODOS: Ensaio clínico aleatório, que incluiu 135 pacientes de zero a 6 anos com cardiopatias congênitas, submetidos à cirurgia cardíaca. Os pacientes foram aleatorizados para grupo intervenção (G1), que realizou fisioterapia pré e pós-operatória, ou para grupo controle (G2), somente fisioterapia pós-operatória. Para comparar as variáveis entre os grupos foi utilizado o teste de Mann-Whitney e o Qui quadrado. Foi calculado o risco absoluto e sua magnitude por meio do número necessário para tratar. A significância estatística foi estipulada em 5% (P<0,05). RESULTADOS: No G1, 17 (25%) pacientes tiveram complicação pulmonar e, no G2, foram 29 (43,3%) (p=0,025). A complicação mais freqüente foi pneumonia e, dos 17 pacientes do G1 que complicaram, sete (10,3%) desenvolveram pneumonia, seis (8,8%) atelectasia e quatro (5,9%) associação das duas. No G2, 13 (19,4%) pacientes tiveram pneumonia, oito (11,9%), atelectasia, e oito (11,9%), pneumonia associada à atelectasia. A redução do risco absoluto para o desfecho primário foi de 18,3% e o número necessário para tratar foi calculado em 5,5. CONCLUSÃO: A fisioterapia respiratória pré-operatória reduziu significativamente o risco de desenvolvimento de complicações pulmonares no pós-operatório de cirurgia cardíaca pediátrica.
2022-12-06T14:00:48Z
Felcar,Josiane Marques Guitti,José Carlos dos Santos Marson,Antônio César Cardoso,Jefferson Rosa
Análise ultra-estrutural do miocárdio usando solução cardioplégica cristalóide com e sem procaína em pacientes submetidos à troca valvar aórtica
OBJETIVO: Avaliar as alterações ultra-estruturais de dois tipos de cardioplegia (com e sem procaína) em corações de pacientes submetidos a troca valvar aórtica eletiva. MÉTODOS: Foram estudados 18 pacientes submetidos a circulação extracorpórea para troca valvular aórtica eletiva, no Hospital de Clínicas de Porto Alegre num período de 10 meses. Cada paciente foi distribuído aleatoriamente em dois grupos: grupo A - oito pacientes que receberam solução cardioplégica sem procaína; grupo B - Dez pacientes que receberam solução cardioplégica com procaína. Em ambos os grupos, o saco pericárdico foi irrigado com solução salina hipotérmica. As biópsias miocárdicas foram realizadas em três momentos: I - antes da parada isquêmica, II- no final do período isquêmico e III-15 minutos após a reperfusão. RESULTADOS: A avaliação ultra-estrutural comparando os grupos nos três momentos não demonstrou diferenças significativas, sendo a média dos escores no grupo A, nos momentos I, II, e III, de 0,1 ± 0,2; 0,4 ± 0,3 e 0,4 ± 0,4. No grupo B, a médio dos escores foi 0,2 ± 0,2; 0,4 ± 0,3 e 0,7 ± 0,2, respectivamente), nos momentos I, II, e III. A curva de CK-MB foi similar entre os dois grupos. O retorno espontâneo do ritmo cardíaco, pós-despinçamento, ocorreu em 70% dos pacientes no grupo B e, em 12,5% no grupo A (p=0,024). CONCLUSÃO: As duas soluções testadas protegeram o miocárdio de forma eficaz e não foi possível demonstrar, em nível ultra-estrutural, a superioridade da solução contendo procaína. Constatou-se que o retorno ao ritmo espontâneo do coração após o despinçamento aórtico foi significativamente maior no grupo que utilizou procaína adicionada à solução.
2022-12-06T14:00:48Z
Dussin,Luiz Henrique Moura,Leandro de Gib,Marcelo Curcio Saadi,Eduardo Keller Barbosa,Gilberto Venossi Wender,Orlando Carlos Belmonte
Leitura crítica dos dados estatísticos em trabalhos científicos
OBJETIVOS: A Estatística é ferramenta valorizada no testemunho da validade das conclusões dos trabalhos científicos. O objetivo dessa revisão foi apresentar alguns conceitos relacionados com os cálculos estatísticos que são fundamentais para a leitura e o pensamento críticos diante da literatura médica. CONTEÚDO: Em geral, os autores apresentam os resultados de seus estudos na forma de gráficos, quadros e tabelas com dados quantitativos, acompanhados de estatísticas descritivas (médias, desvios-padrão, medianas) e quase sempre mencionando os testes estatísticos realizados. Após revisão, em inúmeros desses estudos, será difícil encontrar valor atribuível ao teste estatístico. Assim, fica ao leitor a tarefa de avaliar a adequação das informações e buscar as evidências contrárias aos possíveis erros que poderiam ameaçar a validade das conclusões. CONCLUSÕES: Muitas vezes, pelo exame do desenho do estudo, observa-se o excessivo peso dado aos cálculos estatísticos como fatores definitivos, provas irrefutáveis, de conclusões discutíveis, quando não equivocadas.
2022-12-06T14:00:48Z
Conceição,Mário José da
Cuidados pré e pós-operatórios em cirurgia cardiotorácica: uma abordagem fisioterapêutica
Sabe-se que a anestesia e determinadas cirurgias predispõem a alterações na mecânica respiratória, volumes pulmonares e trocas gasosas. A cirurgia cardíaca, considerada de grande porte, pode desencadear alterações respiratórias no pós-operatório, sendo estas relacionadas a causas diversas, como funções pulmonar e cardíaca no pré-operatório, utilização de circulação extracorpórea (CEC) e grau de sedação. Nestes procedimentos torácicos extensos, a disfunção respiratória pode ser importante, persistindo no período pós-operatório. A Fisioterapia faz parte do atendimento multidisciplinar oferecido aos pacientes em Unidade de Terapia Intensiva, sendo sua atuação extensa, presente em várias etapas do tratamento intensivo, principalmente na recuperação pós-cirúrgica, com o objetivo de evitar complicações respiratórias e motoras. Sendo assim, realizou-se uma revisão bibliográfica com o objetivo de reunir informações atuais e relevantes sobre recursos disponíveis para a monitorização respiratória, bem como a sua importância para avaliação e atuação diante de alterações na função pulmonar, uma vez que tal complicação é causa freqüente de óbito em pacientes operados.
2022-12-06T14:00:48Z
Arcêncio,Lívia Souza,Marilize Diniz de Bortolin,Bárbara Schiavon Fernandes,Adriana Cristina Martinez Rodrigues,Alfredo José Evora,Paulo Roberto Barbosa
Reoperação de valva mitral totalmente endoscópica: relato de caso
As mínimas incisões na cirurgia cardíaca receberam um grande impulso após a inclusão da videotoracoscopia. Cirurgia cardíaca minimamente invasiva videoassistida é considerada hoje, por muitos centros no mundo, abordagem de escolha para tratamento das doenças na valva mitral e aórtica. Nosso objetivo é relatar um caso de reoperação, em uma paciente com reestenose mitral pós-plastia 12 anos antes. Através de um procedimento minimamente invasivo e totalmente endoscópico foi possível realizar com sucesso uma comissurotomia mitral, somente com apoio da videoscopia, sem incisões maiores do que as necessárias para introdução dos trocateres para instrumentação.
2022-12-06T14:00:48Z
Fortunato Júnior,Jeronimo Antonio Branco Filho,Alcides D. Branco,Anibal Martins,André Luiz M. Pereira,Marcelo
Complicações da aorta pós-cirurgia bariátrica
A obesidade e as comorbidades desencadeadas ou agravadas pela mesma têm se tornado um problema de saúde pública. Diversas terapêuticas buscaram métodos capazes de reduzir de modo efetivo a massa dos indivíduos obesos e, conseqüentemente, atenuar as complicações a ela relacionadas. Dentre essas abordagens, nos últimos anos, os procedimentos bariátricos têm crescido de forma significativa, sendo capazes de promover reduções de massa expressivas e duradouras. Diversas complicações precoces e tardias são descritas e relacionadas aos procedimentos bariátricos restritivos e malabsortivos. Neste relato, descrevemos dois casos de complicações cardiovasculares (dissecção e aneurisma) no pósoperatório tardio de procedimentos bariátricos.
2022-12-06T14:00:48Z
Gaia,Diego Felipe Palma,José Honório Branco,João Nelson Rodrigues Buffolo,Enio
Papilopexia cruzada com enxerto na substituição da valva mitral: relato de caso
O objetivo deste artigo é mostrar a técnica da papilopexia cruzada com o uso de enxerto de pericárdio bovino na substituição mitral por fibrose e calcificação intensa valvar e subvalvar. Esta técnica permite a preservação funcional do aparelho subvalvar mitral e foi aplicada pela primeira vez, na literatura alcançada, em paciente portador de estenose mitral reumática calcificada, submetido a troca valvar mitral. O paciente evoluiu sem complicações, com alta hospitalar em seis dias. Controles ecocardiográficos mostraram função ventricular esquerda preservada sem interferência na dinâmica da prótese mitral.
2022-12-06T14:00:48Z
Lima,Melchior Luiz Reis,Fábio José dos Teixeira,Fabrício Otávio Gaburro Gomes,Otoni Moreira
Tamponamento cardíaco em dois recém-nascidos causado por cateter umbilical
Tamponamento cardíaco secundário ao uso de cateter venoso central é uma complicação rara, porém potencialmente tratável, quando identificada a tempo. Nós relatamos dois casos de tamponamento cardíaco, diagnosticados por ecocardiograma transtorácico, seguido de pericardiocentese de urgência e drenagem pericárdica cirúrgica como complicação de cateterização venosa umbilical. Em um caso, a ponta do cateter estava adequadamente localizada e, no outro caso, não. Em ambos os casos, solução hiperosmolar estava sendo infundida. Apesar de situação incomum, esta deve ser sempre considerada em neonato, evoluindo com choque cardiogênico sem causa aparente.
2022-12-06T14:00:48Z
Monteiro,Andrey José Canale,Leonardo Secchin Barbosa,Rodrigo Méier,Milton
Correção endovascular de aneurisma de aorta abdominal em paciente com rim em ferradura: relato de caso
O rim em ferradura é uma anomalia congênita rara que pode causar várias dificuldades técnicas durante a correção convencional de aneurisma de aorta abdominal. Relatamos o caso de uma paciente de 68 anos com rim em ferradura, aneurisma de aorta abdominal sintomático e disfunção renal leve. A paciente foi submetida a correção endovascular, sendo utilizada uma endoprótese bifurcada. O pós-operatório foi livre de complicações. O diagnóstico e a técnica endovascular são discutidos, assim como a literatura revisada.
2022-12-06T14:00:48Z
Saadi,Eduardo Keller Dussin,Luiz Henrique Moura,Leandro de Zago,Alcides José