Repositório RCAAP

Atividade inflamatória em mucosa de reservatório ileal na polipose adenomatosa familiar e retocolite ulcerativa inespecífica: avaliação da expressão de TNF-alfa e IL-1beta, e da ativação NF- kapaB

A ileíte do reservatório pós retocolectomia total constitui uma das complicações mais comuns nos doentes com RCUI, apresentando pequena freqüência nos doentes com PAF. OBJETIVO: Avaliar a atividade inflamatória em mucosa de reservatórios ileais endoscopicamente normais, através da expressão de TNF-alfa, NF-kapaB e IL-1beta. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Selecionaram-se 20 doentes submetidos à retocolectomia total com reservatório ileal em "J" pelo Grupo de Coloproctologia da UNICAMP, sendo 10 doentes com RCUI e 10 com PAF. O grupo controle foi constituído por íleo terminal de intestino normal. Realizadas biópsias da mucosa do reservatório ileal e do íleo terminal normal, e congeladas em nitrogênio líquido. A expressão de TNF-alfa e IL-1beta foi analisada por extrato total e de NF-kB por meio de imunoprecipitado. A separação protéica foi feita por eletroforese em gel de poliacrilamida. RESULTADOS: Expressão de TNF-alfa e IL-1beta apresentaram níveis maiores nos doentes com RCUI, quando comparados àqueles com PAF (p<0.05). Por outro lado, a expressão de NF-kapaB foi maior nos doentes com RCUI, porém sem diferença estatística em relação aos de PAF. O grupo controle apresentou pequena expressão de TNF-alfa (p<0.01) e expressão de NF-kapaB (p>0.1) e IL-1beta (p > 0.05) sem diferença estatística em relação aos demais grupos. CONCLUSÃO: Os doentes com RCUI apresentaram maiores níveis de expressão das citocinas estudadas, mesmo sem evidência clínica e endoscópica de ileíte do reservatório, podendo justificar maior suscetibilidade dos doentes com RCUI a esta complicação.

Ano

2006

Creators

Leal,Raquel Franco Coy,Cláudio Saddy Rodrigues Velloso,Lício Augusto Ayrizono,Maria de Lourdes Setsuko Fagundes,João José Milanski,Marciane Coope,Andressa Góes,Juvenal Ricardo Navarro

Resultados do exame anátomo-patológico e "Polymerase Chain Reaction (PCR)" na forma clinica e subclinica da infecção anal pelo Papilomavirus Humano (HPV): estudo em quatro grupos de pacientes

O Papilomavírus Humano tem alta incidência na população. O objetivo deste trabalho é o estudo dos resultados encontrados no exame anatomo-patológico e no PCR das formas clínica e subclínica da infecção anal por HPV em quatro grupos de pacientes. MÉTODO: Foram estudados 10 pacientes com prurido anal idiopático, seis com infecção genital pelo HPV, tratada, seis com condiloma anal tratado e oito com condiloma anal. As verrugas foram biopsiadas nos oito pacientes com condiloma e feito exame de anuscopia de alta resolução com biópsia dirigida nos outros 22 pacientes. O material foi encaminhado para exame anátomo-patológico e depois, a partir do mesmo bloco de parafina, foi feito o exame de PCR. Resultados: O anátomo-patológico foi positivo para HPV em todos os pacientes, sendo que nos oito com condiloma confirmou-se a forma clínica e em 22 diagnosticou-se a subclínica com 13 casos de neoplasia intraepitelial associada. O PCR foi positivo em 91,9% dos 22 pacientes da forma subclínica ao anátomo-patológico e em 87,5% dos oito pacientes da forma clínica. O tipo predominante nos casos de HPV anal subclínico foi o 16 e o predominante nas verrugas foi o 11. CONCLUSÕES: O exame anátomo-patológico foi positivo para HPV em todos os pacientes, propiciando também o diagnóstico de 13 casos de neoplasia intraepitelial, sendo dois de carcinoma "in situ". O PCR foi positivo em 91,9% dos pacientes da forma subclínica ao anátomo-patológico e em 87,5% da forma clínica ao anátomo-patológico. O tipo predominante da forma subclinica foi o 16 e das verrugas foi o 11.

Ano

2006

Creators

Magi,João Carlos Rodrigues,Marcos Ricardo da Silva Guerra,Geanna Mara Lino e Silva de Resende Costa,Maria Cecília Costa,Anderson da Costa Lino Villa,Luisa Lina Formiga,Galdino José Sitonio

Colonoscopia com magnificação de imagem: análise da variação interobservadores para os padrões de criptas e comparação das imagens endoscópicas com os achados histopatológicos

A colonoscopia com magnificação de imagem (CMI) é considerada uma técnica que possibilita o diagnóstico diferencial entre lesões colorretais neoplásicas e não-neoplásicas. Este estudo avaliou a variação da concordância interobservadores para os padrões de criptas através de três endoscopistas experientes com a classificação de Kudo, e correlacionou esses aspectos morfológicos com os achados histopatológicos. Um total de 213 imagens de lesões magnificadas (polipóides e planas) forma coletadas de 161 pacientes consecutivos e apresentadas a três observadores independentes que expressaram opinião sobre o padrão de criptas predominante. Todas as lesões foram completamente excisadas e enviadas para estudo histopatológico. A estatística estimada de Kappa mostrou que o índice de concordância geral para padrões de criptas entre os três observadores foi bom (0,561). Com relação aos resultados histapatológicos, quando comparados aos padrões de criptas, observou-se: acuária de 84%; sensibilidade de 91,4%; especifidade de 67,2%; valor preditivo positivo de 86,6% valor preditivo negativo de 79,3% e índice de Kappa de 0,61. Embora a reprodutilidade interobservadores dos padrões de criptas seja boa, a CMI não deve substituir o estudo histopatológico, pois não diferencia com a necessária segurança lesões neoplásicas de lesões não-neoplásicas.

Ano

2006

Creators

Zanoni,Esdras Camargo Andrade Cutait,Raul Averbach,Marcelo Oliveira,Lix Alfredo Reis de Teixeira,Cláudio Rolim Corrêa,Paulo Alberto Falco Pires Paccos,José Luiz Rossini,Giulio F. Lopes,Luiz H. Câmara

Tratamento cirúrgico do câncer colorretal: resultados a longo prazo e análise da qualidade

A obtenção de resultados cada vez melhores no tratamento do câncer colorretal apresenta-se hoje como um desafio devido à sua crescente prevalência em todo o mundo. Diversos estudos têm demonstrado que a qualidade do tratamento cirúrgico instituído representa um dos principais fatores prognósticos, podendo ser esta avaliada através de aspectos como mortalidade operatória, preservação esfincteriana, recorrência local e sobrevida. O objetivo do presente trabalho é apresentar os resultados obtidos a longo prazo no tratamento cirúrgico do câncer colorretal pelo Grupo de Coloproctologia do Departamento de Cirurgia do Hospital Municipal São José, em Joinville, e confrontá-los com a literatura a respeito, visando obter uma avaliação crítica da qualidade do tratamento instituído. Foi realizada uma análise prospectiva de uma série consecutiva de 97 pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico do câncer colorretal, com perspectivas curativas e tempo de seguimento médio de 80,8 meses. Foi observada mortalidade operatória em seis pacientes (6,1%), recidiva local para câncer retal e colônico em seis (12,5%) e quatro (9,7%) pacientes, respectivamente, e a necessidade de realização de colostomia definitiva no câncer retal em 14 casos (27%). A sobrevida geral média foi de 48,9 meses. A sobrevida geral de cinco anos para o seguimento oncológico (n=63) foi de 52%, sendo 89% para pacientes estágio 1, 70% para pacientes estágio 2 e 20% para pacientes estágio 3. Concluímos que o tratamento instituído encontra-se dentro dos padrões aceitáveis do ponto de vista da literatura, demonstrando, no entanto, a necessidade de aprimoramento em alguns aspectos específicos.

Ano

2006

Creators

Pinho,Mauro de Souza Leite Ferreira,Luís Carlos Kleinubing Jr.,Harry

Câncer colorretal: características clínicas e anatomopatológicas em pacientes com idade inferior a 40 anos

O câncer colorretal (CCR) é a quarta neoplasia maligna mais incidente no Brasil. Seu diagnóstico em pacientes jovens é geralmente subestimado pelos médicos por ser frequentemente considerada como condição clínica de pacientes idosos. O presente trabalho tem como objetivo avaliar variáveis clínico-patológicas em pacientes com menos de 40 anos, no que diz respeito a idade, sexo e raça do paciente, história familiar, tabagismo, sinais e sintomas, tempo entre início dos sintomas e o diagnóstico, e localização da lesão primária, através de estudo retrospectivo de 11 casos de CCR atendidos no Hospital Universitário - HUUFMA no período de 1995 a 2005. Os pacientes incluídos representaram 11 (3,27%) dos casos, sendo mais freqüente o sexo feminino (54,5%). A idade média ao diagnóstico foi de 30,5 anos. Os sinais e sintomas mais prevalentes foram dor abdominal, alteração do hábito intestinal, perda ponderal, dor retal e hematoquezia. O tempo médio entre o início da sintomatologia e o aparecimento dos sintomas foi de 9,09 meses. A maioria das lesões encontrava-se no retossigmóide e reto (81,8%). Cerca de 80% dos pacientes apresentaram carcinoma estágios C e D da classificação de Dukes Astler-Coller. Pacientes jovens portadores de CCR apresentam, geralmente, sintomatologia rica, com doença avançada ao diagnóstico, portanto, com menor possibilidade de cura e prognóstico mais reservado.

Ano

2006

Creators

Carneiro Neto,Joaquim David Barreto,João Batista Pinheiro Freitas,Natália Sousa Queiroz,Marcelo Araújo

O papel do óxido nítrico na pressão anal esfincteriana de ratos submetidos à colite experimental

O óxido nítrico (NO) é um radical livre sintetizado endogenamente por várias células do nosso organismo. Apresenta um amplo espectro de ações fisiológicas, sendo as mais importantes o seu mecanismo de ação parácrino no relaxamento da musculatura lisa, sua atividade neurotransmissora em vários sistemas e seu envolvimento no processo inflamatório. O NO é sintetizado em diferentes tecidos através da conversão da L-arginina em L-citrulina pela ação da enzima óxido nítrico sintase (NOS). OBJETIVOS: Este estudo tem por objetivo demonstrar o envolvimento do óxido nítrico no processo intestinal inflamatório de ratos Wistar submetidos à colite experimental com ácido acético. MATERIAL E MÉTODOS: Foram utilizados 20 ratos machos Wistar, com peso entre 250 e 350 gramas divididos em dois grupos de 10 animais. Os animais do grupo em estudo foram submetidos à administração intracolônica, por enema, de uma solução de ácido acético diluído a 7% e com volume de 3 ml. O grupo controle recebeu apenas enema de solução salina. Foram avaliados os índices histológicos, a expressão da enzima óxido nítrico sintase (iNOS) e a pressão anal esfincteriana. RESULTADOS: Os índices histológicos apresentaram uma significativa elevação no grupo colite quando comparados ao grupo controle, tanto na avaliação macroscópica quanto na microscópica. A expressão da enzima iNOS também foi significativamente maior no grupo colite quando comparada ao grupo controle. A pressão anal esfincteriana foi significativamente mais baixa no grupo colite na comparação ao grupo controle. CONCLUSÃO: Os animais submetidos à colite experimental apresentam um aumento da expressão da enzima óxido nítrico sintase induzível (i-NOS). Este aumento, associado ao conseqüente aumento do nível de óxido nítrico, ocasiona uma diminuição dos níveis de pressão anal esfincteriana.

Ano

2006

Creators

Fillmann,Henrique Sarubbi Kretzmann Filho,Nélson Llesuy,Suzana Fillmann,Lúcio Sarubbi Marroni,Norma Possa

Câncer em doença de Crohn: relato de caso

Apesar de se reconhecer que existe um maior risco de câncer em portadores de doença de Crohn (DC), até o presente momento foram descritos menos de 150 casos na literatura mundial. Os principais fatores de risco são a instalação precoce, a longa evolução da doença, a ocorrência de doença fistulosa crônica e a presença de alça exclusa comprometida. Relato de caso. Paciente MCAN, de 53 anos de idade, do sexo feminino, de cor branca, havia sido submetida à ileocolectomia direita aos 17 anos, por obstrução intestinal, decorrente de DC em íleo distal. Há um ano, devido a novo quadro obstrutivo, foi submetida a laparotomia exploradora quando se encontrou massa na região da anastomose ileocólica, caracterizada como adenocarcinoma mucossecretor. Discussão: Na maioria dos casos relatados, o câncer instala-se muitos anos após o início dos sintomas, ocorrendo em cerca de 80% dos pacientes após 20 anos do diagnóstico de DC. O tumor é habitualmente de crescimento insidioso e leva à obstrução intestinal. Apenas 10% dos pacientes sobrevivem dois anos livres da doença. O presente caso mostra características identificadas na maioria dos pacientes com DC que desenvolvem neoplasia de intestino delgado: tumor se desenvolvendo muitos anos após a instalação da enfermidade e com comportamento agressivo.

Ano

2006

Creators

Valério,Fernando Cutait,Raul Sipahi,Aytan Damião,Aderson Leite,Kátia

Intussuscepção intermitente de lipoma de cólon transverso

O lipoma colorretal é incomum. A maior parte das lesões são únicas, localizadas na submucosa, assintomáticas, sendo descoberta em autópsias ou em laparatomia por outras condições. Porém, em alguns casos são sintomáticos, e podem causar sangramento, obstrução intestinal, cólicas intestinais, prolapso e intussuscepção. Apresentamos um caso de lipoma submucoso de cólon transverso, cuja apresentação foi de intussuscepção intermitente. O lipoma foi ressecado através de uma colectomia segmentar e o paciente teve alta em bom estado geral.

Ano

2006

Creators

Reis,Luciano Dias de Oliveira Mendes,Luiz Henrique Bastos Cardoso Filho,Celso Augusto Milani Reis,Adriano Dias de Oliveira Arruda,Júlio de Assis Moreira

Síndrome de Chilaiditi associada a volvo de cólon sigmóide: relato de caso

INTRODUÇÃO: Este estudo tem como objetivo relatar um caso de Síndrome de Chilaiditi associada a volvo de cólon sigmóide. RELATO DE CASO: Paciente masculino, branco, 51 anos, admitido no Pronto-Socorro de Pelotas queixando parada da eliminação de gases e fezes, dor abdominal difusa com distensão e inapetência, aceitando somente líquido. Tem diagnóstico de retardo mental e constipação intestinal crônica. Foi realizado Rx de abdome agudo, sendo evidenciada distensão difusa de cólon, e sinais sugestivos de volvo de sigmóide com imagem de cólon transverso entre o fígado e o diafragma. O paciente foi submetido a laparotomia exploradora, sendo constatado volvo de sigmóide, megacólon difuso e interposição do cólon transverso entre o fígado e o diafragma. Procedeu-se a colectomia subtotal, com colostomia terminal em cólon ascendente e fechamento do reto remanescente, recebendo alta no 9º dia. DISCUSSÃO: A interposição do cólon entre o fígado e a cúpula diafragmática (síndrome de Chilaiditi), associada a volvo de cólon sigmóide, constitui causa rara de abdome agudo obstrutivo, embora o volvo de sigmóide seja uma das principais causas de obstrução intestinal mecânica no Brasil. Geralmente o tratamento é clínico, porém se associado a complicações o tratamento é cirúrgico.

Ano

2006

Creators

Almeida,Marcelo Wilson Rocha Hellwig,Bruno Haack,Ricardo Lanzetta Silva,André Rodrigues da

Tumor de células granulares no canal anal: relato de caso e revisão de literatura

Os autores relatam o caso de uma paciente de 28 anos em que foram diagnosticados múltiplos tumores de células granulares em canal anal, não relacionados com a queixa inicial. O tumor de células granulares é incomum, se apresentando geralmente como um tumor benigno que pode se localizar em qualquer segmento corpóreo. A apresentação no trato gastrointestinal é rara. Na literatura mundial são relatados apenas dois casos em canal anal. São discutidos os aspectos clínicos e diagnósticos do tumor de células granulares no trato gastrointestinal, principalmente no reto e ânus, assim como a terapêutica recomendada. É apresentada também uma revisão com base na literatura mundial, enfatizando a ocorrência do Tumor de Células Granulares em canal anal.

Ano

2006

Creators

Santoni,Bianca Andreucci Lima Moreira Pinto,Fabio Eduardo Souza Machado,Leonardo Ferraz,Edna Delabio Del Cueto,Gisela Gutierrez Quintas,Cristine Maria Salles,Ronaldo Coelho

Indicações da punção liquórica nos portadores de sífilis

O crescimento recente da incidência da sífilis, principalmente nos últimos 15 anos com a emergência da AIDS, parece conduzir ao aumento dos casos atípicos observados na prática médica diária. A freqüência da co-infecção HIV/sífilis entre homossexuais masculinos em grandes centros urbanos varia entre 20 e 70%; nesses casos, com úlceras persistentes e rápida progressão para os estádios mais tardios. Dentre as complicações mais graves da doença não tratada ou mal conduzida encontra-se a neurolues, que pode produzir manifestações neurológicas e psiquiátricas variadas, por vezes incapacitantes. O diagnóstico pode ser feito pela punção liquórica, pela qual se avaliam a celularidade, as proteínas e se realizam testes treponêmicos e não-treponêmicos. O exame do LCR deveria ser realizado em todos os doentes com sorologia positiva para sífilis, ou doença neuropsiquiátrica, ou oftálmica, ou terciária, ou naqueles em que a terapia falhou e nos doentes infectados pelo HIV com sífilis latente ou de duração ignorada. Entretanto, a neurolues é improvável quando o VDRL sérico estiver negativo. Nesses casos, a punção do liquor não é recomendada. Há razoável certeza quando houver síndrome neuropsiquiátrica associada com VDRL liquórico positivo.

Ano

2006

Creators

Nadal,Luis Roberto Manzione Nadal,Sidney Roberto

Variabilidade interobservador no diagnóstico histológico dos pólipos colorretais

O manejo clínico dos pacientes com pólipos colorretais é principalmente baseado na histologia das lesões removidas. Em conseqüência, o diagnóstico histológico tem um papel muito importante na decisão terapêutica e a uniformidade de interpretação dos diferentes laudos de patologia é essencial. Apesar destas relevantes implicações, poucos estudos existem avaliando a variabilidade interobservador na elucidação dessa doença e a concordância não é considerada satisfatória. OBJETIVO: avaliar a variabilidade interobservador no diagnóstico histológico dos pólipos colorretais. METODOLOGIA: foram avaliados 230 pólipos colorretais no Serviço de Patologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Quatro patologistas examinaram todas as lâminas de forma independente e "cega", ou seja, sem conhecimento do diagnóstico elaborado pelo seu colega. As lesões colorretais foram classificadas em relação ao diagnóstico: pólipo e carcinoma invasivo e quanto ao tipo de pólipo: adenomatoso versus hiperplásico. Nos adenomas foram avaliados o tipo histológico (tubular, túbulo-viloso e viloso) e o grau de displasia (baixo e alto grau). RESULTADOS: o Kappa médio, em relação ao tipo de lesão, foi de 0,794, considerado moderado. Quanto ao tipo de pólipo, o Kappa médio foi 0,852, ou seja, uma ótima concordância. Em relação aos adenomas, no que se refere ao tipo histológico, obteve-se um Kappa médio, fraco de 0,291, e na avaliação do grau de displasia o Kappa médio foi regular com valor de 0,420. CONCLUSÃO: o índice de concordância, entre os quatro observadores foi considerado de moderado a ótimo no tipo de lesão e de pólipo, porém a variabilidade foi grande na avaliação dos adenomas, tanto no que concerne ao tipo histológico quanto ao grau de displasia com um Kappa de fraco a regular.

Ano

2007

Creators

Cerato,Marlise Mello Cerato,Nilo Luiz Meurer,Luise Edelweissa,Maria Isabel Pütten,Antônio Carlos Golbspan,Liane

Perfil do paciente ostomizado e complicações relacionadas ao estoma

OBJETIVO: elaborar o perfil dos pacientes ostomizados e as complicações relacionadas ao estoma. MATERIAL E MÉTODO: estudo retrospectivo em que foram analisados prontuários dos pacientes cadastrados no Programa de Ostomizados do Centro de Especialidades Médicas da Prefeitura Municipal de Campo Grande-MS. RESULTADOS: foram avaliados 178 prontuários (56.7% homens e 43.3% mulheres). A média de idade entre os pacientes foi de 46.8 anos para o sexo masculino e de 54.6 anos para os do sexo feminino. Dentre as ostomias, foram encontradas 152 colostomias (85.4%), 21 ileostomias (11.8%) e 5 urostomias (2.8%). O principal motivo para confecção dos estomas foi a neoplasia maligna (46.6%), seguido do trauma abdominal (7.3%), e do desvio de trânsito intestinal devido a úlceras de pressão (6.7%). Adaptação inadequada da placa ao estoma foi encontrada em 90 pacientes (50.6%). Complicações do estoma foram encontradas em 103 pacientes (57.9%), dentre elas, dermatite peri-estomal (28.7%), estoma plano (18.6%), hérnia para-colostômica (10.7%) e retração do estoma (10.1%). CONCLUSÕES: No grupo estudado, o principal motivo para a confecção de ostomia foi a neoplasia de retossigmóide e canal anal. A complicação mais comum foi a dermatite peri-estomal.

Ano

2007

Creators

Santos,Carlos Henrique Marques dos Bezerra,Marcelo Matos Bezerra,Fernando Márcio Matos Paraguassú,Bianca Rahal

Câncer de cólon: como diagnosticá-lo? Trabalho prospectivo

OBJETIVO: Analisar o perfil clínico de portadores de câncer colorretal (CCR). MÉTODOS: Estudo prospectivo com 390 pacientes submetidos a colonoscopia. 152 assintomáticos Grupo A (G-A) e 238 sintomáticos com CCR Grupo B (G-B). Analisamos história familiar (HF), sintomas, Índice de massa Corpórea (IMC), localização do tumor e histopatologia. P<0,05 foi considerado significativo. RESULTADOS: Média de idade, 62+/-9 G-A e 61+/-13 G-B, P>0,05. HF positiva em 79 (31%) com CCR, contra 34 (32%) sem câncer, P>0,05. IMC no G-A foi 25+/-4 contra 27+/-4 no G-B P>0,05. No G-A 9 (5,9%) tiveram CCR. Câncer superficial em 1 (11%) no G-A contra 21 (8,8%) no G-B, P>0,05. Câncer em cólon esquerdo em 6 (66%) no G-A contra 168 (69%) no G-B, P>0,05. Alteração do hábito intestinal com sangue, cólon esquerdo 56 (60%) contra 13 (31%) no direito P<0,01. Emagrecimento com anemia mais freqüentes em tumor de cólon direito quando comparado com esquerdo, 30 (44%) versus 31 (17%) e 36 (46%) versus 15 (8%) p<0,01. Sintomas há mais de 6 meses em 157 (63%) Adenocarcinoma moderadamente diferenciado em 166 (67%), bem diferenciado em 63 (25%) e pouco diferenciado em 18 (7%). CONCLUSÕES: O perfil de risco para CCR precisa ser aprimorado.

Ano

2007

Creators

Silva,Edson Jurado da Freire,Daniel Souza,Yeda de Almeida,Eleodoro

Indicações e achados das colonoscopias nos doentes HIV-positivo: comparação com soronegativos

Embora as indicações da colonoscopia sejam semelhantes em doentes HIV-positivo, quando comparados aos soronegativos, os achados e as suas incidências parecem diferir, sendo alguns deles mais específicos para o grupo dos imunodeprimidos. OBJETIVO: Avaliar as indicações e os achados das colonoscopias comparando os doentes soropositivos com os soronegativos para o HIV. Realizamos 1909 exames entre 1997 e 2005, sendo 1341 HIV-negativo (771 mulheres e 570 homens com média etária de 51,2 anos) e 568 HIV-positivo (137 mulheres e 431 homens com 34,4 anos, em média). A análise estatística dos dados estudados revelou haver mais exames em homens no grupo HIV-positivo e em mulheres entre os soronegativos. O grupo mais jovem foi o dos soropositivos. Houve mais indicações devidas a enterorragia (22,1%) e dor abdominal (12,7%) nos pacientes soronegativos, e diarréia crônica (45,9%) entre os soropositivos. As colites e os tumores foram os achados mais comuns em pacientes HIV-positivo e a moléstia diverticular e os pólipos, os mais freqüentes entre os soronegativos. O tumor predominante nos soronegativos foi o adenocarcinoma, enquanto que entre os soropositivos foi o sarcoma de Kaposi. CONCLUSÃO: A comparação entre os grupos demonstrou haver diferenças com relação ao sexo, idade e algumas indicações. Os achados foram semelhantes, embora com freqüências distintas.

Ano

2007

Creators

Manzione,Carmen Ruth Nadal,Sidney Roberto Manzione,Thiago da Silveira Fernanda Ribeiro,Ito

Fatores de risco para as complicações após apendicectomias em adultos

OBJETIVO: Definir os fatores de risco para as complicações após as apendicectomias em adultos. INTRODUÇÃO: os fatores de risco que levam as complicações após as apendicectomias são ainda pouco conhecidos. Sua definição pré-operatória é importante na diminuição da morbi-mortalidade pós-operatória. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de 500 pacientes submetidos à apendicectomia no Hospital Regional da Asa Norte entre os anos de 2003 e 2004. Estes foram avaliados quanto à idade, sexo, duração dos sintomas até a procura por assistência médica, presença de febre, características da dor abdominal, hemograma, tempo de admissão até a operação, co-morbidades, incisões utilizadas nas operações, achados operatórios, utilização de drenos, complicações pós-operatórias e dias de internação hospitalar. Foram utilizadas análises de regressões logísticas para predizer e quantificar os fatores de risco para as complicações após as operações. RESULTADOS: As chances de complicações foram maiores no gênero feminino (OR=1,97, 95%, IC-1,19-3,13), na apendicite perfurada (OR=4,67, 95%, IC-2,43-8,94), na apendicite sem perfuração (OR=3,32, 95%, IC-1,72-6,38), naqueles pacientes submetidos à drenagem abdominal (OR=17,54, 95%,IC-4,83-63,77) ou com ASA II (OR=1,53, 95%, IC 2,52-15,89). As infecções do sítio cirúrgico e os abscessos intra-abdominais foram os principais fatores de morbidade. A mortalidade foi nula. CONCLUSÕES: A análise de regressão logística multivariável demonstrou que o gênero, a necrose apendicular, a drenagem da cavidade abdominal e a classificação de ASA contribuíram para o aumento das complicações pós-operatórias dos pacientes submetidos às apendicectomias.

Ano

2007

Creators

Silva,Silvana Marques e Almeida,Soraia Barroso de Lima,Olímpia Alves Teixeira Guimarães,Gabriel Magalhães Nunes Silva,Ana Carolina Costa da Soares,Aloísio Fernando

Avaliação da analgesia pós-operatória em pacientes submetidos à cirurgia orificial com anestesia local associada ou não à morfina

Ainda não esta comprovada a eficácia dos derivados morfínicos ao nível de receptores opióides periféricos. Estudos procuram demonstrar o poder da droga em interferir na intensidade da dor quando infiltrada em nervos periféricos. Avaliamos, então, a infiltração local de morfina associada à anestesia local em cirurgias orificiais proctológicas. Nesse estudo foram analisados 61 pacientes, independentemente do gênero, sendo divididos aleatoriamente em dois grupos: a um grupo foi associada morfina ao anestésico local enquanto ao outro houve a administração do anestésico local sem a droga morfínica. Os pacientes de ambos os grupos foram submetidos à sedação e analgesia pós-operatória padronizadas. Foram avaliados: a intensidade da dor, a analgesia pós-operatória e a morbidade. A intensidade da dor, no momento de seu surgimento, foi semelhante nos dois grupos; o tempo de analgesia pós-operatória foi maior no grupo em que a morfina foi administrada, entretanto, não se mostrou estatisticamente significativo; as complicações pós-operatórias foram irrelevantes nos dois grupos. Dessa forma, a infiltração local de morfina na região anorretal tem benefícios em relação à analgesia pós-operatória que não mostraram significância estatística e não aumenta a incidência dos efeitos colaterais tão temidos relacionados às drogas morfínicas como retenção urinária e prurido.

Ano

2007

Creators

Torres Neto,Juvenal da Rocha Menezes,Daniel Carvalho de Prudente,Ana Carolina Lisboa Almeida,Joara Costa Menezes,Jorge Gontran Torres de

Complicações pós-operatórias cirúrgicas da hemorroidectomia: revisão de 76 casos de complicações

Dos 34.000 pacientes coloproctológicos foi feito o diagnóstico de doença hemorroidiana, como doença coloproctológica principal em 9.289 pacientes (27,3%), dos quais 2.417 (26,0%) foram submetidos à hemorroidectomia. A finalidade deste trabalho é analisar estes 76 casos de complicações à luz da idade e sexo dos pacientes e das técnicas cirúrgicas que a elas deram origens, bem como a abordagem de cada tipo de complicação, comparando os resultados com outros similares da literatura. A grande maioria dos pacientes (2.014 casos, 83,3%) foi submetida à técnica aberta, seguindo-se a técnica fechada (232 casos, 9,6%) e a mista (171 casos, 7,1%), resultando 76 complicações (3,1%), principalmente estenose anal cirúrgica (44 casos, 1,8%), hemorragia grave (21 casos, 0,9%), seguindo-se agravamento da incontinência fecal e sepse anal grave (5 casos de cada, 0,2%) e complicações clínicas graves (0,1%), sem óbitos. A análise dos dados da série de pacientes permitiu as seguintes conclusões. A estenose anal foi mais comum na quarta década (18 casos, 2,6%), com hipertonia esfincteriana (70,0%, 21 casos), de forma anular (70,4%, 31 casos), entre 11 e 30 dias de pós-operatório (61,5%, 27 casos), 31,8% (14 casos) sendo abordada por anotomia simples e excisão de área de fibrose e anoplastia com retalho cutâneo em "V" (7 casos, 15,9%). A hemorragia grave foi mais comum na terceira década (6 casos, 1,2%), todos os pacientes foram submetidos à ligadura e transfixação de pedículo. Dos 5 casos de agravamento da incontinência fecal somente 2 pacientes (40,0%) foram submetidos à esfincteroplastia "em jaquetão"; todos os 3 casos de sepse anal grave foram submetidos à drenagem e desbridamentos; e todas as 3 complicações clínicas graves foram abordadas clinicamente.

Ano

2007

Creators

Cruz,Geraldo Magela Gomes da Santana,Sandra Kely Alves de Almeida Santana,Jorge Luiz Ferreira,Renata Magali Ribeiro Silluzio Neves,Peterson Martins Faria,Marina Neves Zerbini de

Reprodutibilidade de laudos de uma mesma manometria segundo diferentes examinadores

INTRODUÇÃO: A manometria anal é um método para estudo do esfíncter anal, incluindo os músculos esfíncter anal interno e externo responsáveis pelas pressões de repouso e contração. MÉTODO: estudo retrospectivo através da análise de exames de manometria anal de 10 pacientes com diagnóstico de constipação atendidos no ambulatório de Fisiologia Anal do Serviço de Coloproctologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo no período de janeiro de 2004 a julho de 2004. Todos os exames foram analisados por 3 diferentes examinadores sendo um preceptor em fisiologia anal, um médico em aprendizado recente e um médico residente em treinamento e cada um fornece um laudo para cada exame. RESULTADO: os examinadores são diferentes estatisticamente na avaliação da pressão de contração e de evacuação. Em algumas situações o examinador 1 é diferente dos outros examinadores e em uma situação o examinador 3 é diferente dos demais. Não houve diferença em relação aos laudos de presença de anismus, comprimento do canal anal, falha esfincteriana e laudo final do exame. CONCLUSÃO: diferenças estatísticas foram observadas entre os examinadores, porém, estas diferenças não modificaram o laudo final do exame. Seu resultado final não é influenciado pela reprodução do mesmo por diferentes profissionais.

Ano

2007

Creators

Cesar,Maria Auxiliadora Prolungatti Klug,Wilmar Artur Capelhuchnick,Peretz Ortiz,Jorge Alberto Mantovani,Anandréa Piva Antunes,Carlos André de Barros Souza,Ruy Charles Cardoso de Vasconcelos,Cyntia Daniela Resende de

Efeito da drenagem abdominal na cicatrização de anastomoses colônicas: estudo experimental em ratos

A deiscência de anastomose é uma complicação importante nas cirurgias do aparelho digestivo. Vários fatores podem prejudicar o processo de cicatrização, entre eles, a presença de drenos na cavidade. O objetivo deste estudo foi avaliar a interferência da drenagem abdominal na cicatrização de anastomoses colônicas, em ratos. Quarenta ratos que foram distribuídos em 4 grupos, sendo submetidos à ressecção de segmento do colón, com anastomose local. Um grupo foi controle e nos demais foram colocados drenos de Látex, PVC e Silicone, respectivamente. O sacrifício ocorreu após 1 semana, quando foram avaliados os aspectos da cavidade abdominal (peritonite, aderências, deiscências e abscessos), a histologia e bioquímica (hidroxiprolina). No total, foram analisados, individualmente, 18 critérios: 4 macroscópicos, 13 microscópicos e 1 bioquímico. O grupo látex apresentou uma discrepância negativa em relação aos outros grupos. O grupo Controle (sem dreno) apresentou cicatrização positiva em relação aos outros grupos. Com base nos resultados, concluímos que a utilização de drenos (independente do material) seria um fator negativo para a cicatrização da anastomose. Entre os drenos, os de Látex interferiram negativamente na cicatrização quando comparado com os drenos de outros materiais.

Ano

2007

Creators

Ortiz,Douglas Falleiros Lauand,Felipe Campos,Antonio Dorival Rocha,José Joaquim Ribeiro da Feres,Omar