Repositório RCAAP
Colite por citomegalovirus em paciente transplantada renal: relato de caso e revisão da literatura
A infecção do citomegalovírus ocorre geralmente em pacientes imunocomprometidos sejam pós-transplantados ou pelas doenças que comprometem o sistema imune (AIDS); apresentamos um caso de um paciente do sexo feminino de 49 anos de idade, que se encontrava em pós-operatório tardio de transplante renal (14 anos), fazendo uso de medicações imunossupressoras. Evolui com quadro de dor abdominal, perda do peso e diarréia não sanguinolenta na fase inicial, necessitando de hospitalização, durante a qual desenvolveu severos quadros de hematoquezia e hipotensão. Submetida a colonoscopia que revelou mucosa de aspecto friável, com úlceras do tipo aftóides, fibrina e formação de pseudopólipos; a biopsia revelou tratar-se de citomegalovírus. Evolui sem melhora com o uso do foscarnet r, necessitando de tratamento cirúrgico, indo a óbito após 5 dias.
2007
Hossne,Rogério Saad Prado,Renê Gamberini Bakonyi Neto,Alexandre
Câncer ano-reto-cólico - aspectos atuais: I - câncer anal
A inclusão do tema - câncer anal - nessa revisão, apesar de sua relativa raridade, responde, em parte, ao propósito de chamar atenção para o significativo aumento dessa lesão e sua estreita relação com doenças sexualmente transmissíveis, principalmente causadas pelo vírus do papiloma humano (HPV); seus aspectos nosológicos, sua epidemiologia, sua etiologia multifatorial, seus fatores de riscos, sua prevenção e, em parte, para revelar a definição atual do tratamento.
2007
Santos Jr.,Júlio César M.
Linfogranuloma venério: aumento na incidência sugere surto mundial da doença
O Linfogranuloma venéreo (LGV) é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pelos sorotipos L1, L2 ou L3 da bactéria intracelular Chlamydia trachomatis. Possui caráter endêmico em partes da África, Ásia, América do Sul e Caribe, e é rara em países industrializados. No entanto, vários casos foram diagnosticados em homossexuais masculinos, na Holanda, e desde 2004, essa doença vem sendo notificada por outros países da Europa, da América do Norte e Austrália. Esse aumento da incidência tem características de surto, e tem acometido homens brancos com menos de 35 anos que mantém relações sexuais com outros homens e apresentam infecções anorretais com diversos sintomas, que incluem dor retal, tenesmo e constipação. A maior parte dos pacientes (>70%) também está co-infectada pelo HIV. Depois das primeiras notificações, muitos países passaram a fazer buscas ativas em suas populações. Pela falta de um teste diagnóstico rápido e de uso difundido, os doentes com quadros sugestivos devem receber terapia antimicrobiana durante pelo menos três semanas. Há autores fazendo a mesma recomendação nas retites observadas durante a retoscopia, na presença de mais de 10 leucócitos por campo nas amostras colhidas com swab e nos doentes HIV-positivo.20 Acreditamos que o número de casos esteja também aumentando no Brasil e, por desconhecimento sobre a doença, a mesma não venha sendo diagnosticada. Sugerimos que a hipótese diagnóstica de LGV, seja afastada nos doentes que pratiquem sexo anal e apresentem úlceras na região ou quadros de retite.
2007
Hernani,Bruno de Lucia Nadal,Sidney Roberto
A videolaparoscopia no diagnóstico e tratamento da obstrução intestinal
A obstrução intestinal constitui complicação freqüente, de etiologia multifatorial, apresentação clínica variável e alta morbidade. Uma vez esgotados os recursos conservadores em casos específicos, a laparotomia exploradora é empregada para o diagnóstico final e tratamento em grande número de pacientes. Apesar do sucesso da via laparoscópica no manuseio de diversas afecções, a utilização desta via na abordagem inicial da obstrução do intestino delgado tem sido bastante limitada e alvo de numerosas críticas. Entretanto, o acúmulo de experiência com o método nos últimos anos, aliado ao avanço tecnológico e instrumental, têm permitido tratar número cada vez maior de pacientes obstruídos por meio do acesso laparoscópico. Assim, o surgimento de novos instrumentos como grampeadores laparoscópicos, pinças e trocáteres menos traumáticos ajudaram a tornar a videolaparoscopia factível e segura nestes pacientes. Neste artigo, os autores apresentam uma revisão sobre o papel da vídeo-cirurgia em casos selecionados de obstrução intestinal, ressaltando a contribuição dos métodos minimamente invasivos para o arsenal diagnóstico e terapêutico desta importante complicação.
2007
Seid,Victor Edmond Imperiale,Antônio Rocco Araújo,Sérgio Eduardo Campos,Fábio Guilherme C. M. de Sousa Jr,Afonso Henrique da Silva e Kiss,Desidério Roberto Cecconello,Ivan
Estudo retrospectivo do resultado anatomopatológico de 100 polipectomias colonoscópicas realizadas na FMB-UNESP
OBJETIVO: Analisar retrospectivamente o resultado do estudo anatomopatológico de polipectomias colonoscópicas realizadas no Setor de Endoscopia da Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP durante os anos de 2002 e 2003. Material e Métodos: Estudamos retrospectivamente, a partir de procedimentos colonoscópicos realizados em nosso serviço, as características dos pólipos retirados: tamanho, localização e distribuição, bem como o motivo da indicação do mesmo e o resultado do estudo anatomopatológico. RESULTADOS: Num total de 100 polipectomias colonoscópicas realizadas em 75 pacientes, observamos que 63% dos pólipos localizava-se em reto e sigmóide e 15,8% no cólon descendente; o estudo anátomopatologico evidenciou que a grande maioria tinha características adenomatosas (54%). A idade dos pacientes variou entre 6 e 92 anos, não havendo predominância quanto ao sexo; a principal indicação para a realização de colonoscopia foi sangramento. CONCLUSÃO: Constatamos o importante papel diagnóstico e terapêutico das colonoscopias no que diz respeito ao câncer colorretal; os achados demonstram que, em nossa casuística, a maioria os pólipos colônicos são adenomatosos, pequenos e de localização distal.
2007
Hossne,Rogério Saad Maranhão,Mara Fernandes Carvalho,Flávio Augusto de Mendes,Fabiana Guandalini
Avaliação imunoistoquímica da proteína ciclooxigenase-2 nas neoplasias colorretais e sua relação com fatores patológicos prognósticos
OBJETIVOS: Avaliar a prevalência da proteína ciclooxigenase-2 (COX-2) nas neoplasias colorretais e sua relação com os parâmetros patológicos prognósticos para o câncer colorretal. MÉTODO: 65 lesões neoplásicas colorretais foram avaliadas através de imunoistoquímica para a presença de COX-2, também foram analisados fatores patológicos prognósticos e estadiamento das lesões. RESULTADOS: A COX-2 expressou-se positivamente em 27% dos adenomas tubulares, 40% dos adenomas vilosos e 70% nos carcinomas. Diferença estatisticamente significante foi obtida na expressão da COX-2 entre adenomas e carcinomas, porém não houve significância nas demais variáveis estudadas. CONCLUSÃO: A expressão da COX-2 parece variar progressivamente com a progressão da lesão neoplásica, mas não influencia os parâmetros patológicos de mau prognóstico.
2007
Brambilla,E Moreira,Luis Fernando Serafini,Eduardo Pretto
Valor do gradiente de pressão retal e anal na evacuação em megacólon adquirido
O megacólon resulta de lesão extensa dos plexos mioentéricos, a qual se traduz por incoordenação motora do cólon com inércia funcional e acalasia do esfíncter anal. Disso resulta duplo distúrbio, em que à dificuldade motora agrega-se o obstáculo para evacuar. Para que haja eliminação fecal é necessário que a pressão retal ultrapasse a anal, havendo um gradiente reto-anal. O objetivo do trabalho foi avaliar este gradiente em 29 pacientes portadores de megacólon, em que as pressões retais e anais foram medidas ao evacuar, comparadas com pessoas normais. Os resultados mostraram que havia pressão retal em centímetros de água aumentada em homens (72,2 ± 29,1) e mulheres (64,5 ± 20,1), superando as respectivas pressões anais de evacuação (66,4 ± 23,2 e 62,1 ± 28,7). As pressões de evacuação, por sua vez, eram muito maiores que as do grupo controle. Isto permitiu concluir haver uma reação adaptativa com maior esforço muscular para evacuar, a fim de superar o obstáculo da acalasia.
2007
Fang,Chia Bin Klug,Wilmar Artur Aguida,Helly Angela Caram Ortiz,Jorge Alberto Capelhuchnik,Peretz
Exame histopatológico em espécimes de doença hemorroidária operada: revisão de 2.134 casos
Em 34.000 pacientes coloproctológicos atendidos em 38 anos, foi feito o diagnóstico de DH como doença principal em 9.289 pacientes (27,3%), dos quais 2.417 (26,0%) foram submetidos à hemorroidectomia, tendo sido feito exame histopatológico em peças cirúrgicas de 2.134 pacientes (88,3%). O objetivo deste trabalho é analisar os resultados dos exames histopatológicos dos 2.134 espécimes examinados e confronta-los com a literatura correlata. O EHP corroborou 100% dos diagnósticos de DH nos 2.134 espécimes examinados. O exame proctológico constatou doenças anais concomitantes (DAC) à DH em 1.122 pacientes dos 9.289 pacientes portadores de DH (12,1%); dos 2.417 pacientes operados de DH, a cirurgia foi em conjunto com as DAC em 729 pacientes (30,2%); e o EHP confirmou as DAC em 530 dos 729 espécimes examinados (72,8%). Os diagnósticos de DAC operadas que atingiram os mais elevados índices de confirmação pelo EHP foram: 100,0% dos 89 casos de fístula anal, 100,0% dos 22 casos de condilomas anais acuminados, 79,0% (211) dos 267 casos de hipertrofia de papilas anais, 68,5% (217) dos 317 casos de fissura anal e 66,7% (2 casos) dos 3 casos de tumor anal. O EHP detectou, nos 2.134 espécimes, 37 casos de outras doenças não diagnosticadas antes da cirurgia (1,7%), que foram, por ordem de freqüência: esquistossomose (18 casos), amebíase (5 casos), doença de Crohn anal (4 casos), melanoma anal (2 casos), CCE (2 casos), doença de Bowen (2 casos), tuberculose anal (2 casos), câncer cloacogênico (1 caso) e linfoma (1 caso). Os autores concluem que é extremamente importante a realização do EHP em todos os espécimes cirúrgicos de hemorroidectomia, tanto para corroborar o diagnóstico de DH, quanto para corroborar diagnósticos pré-operatórios de doenças anais concomitantes à DH, e mesmo doenças anais concomitantes não detectáveis pelo exame proctológico.
2007
Cruz,Geraldo Magela Gomes da Santana,Jorge Luiz Santana,Sandra Kely Alves de Almeida Constantino,José Roberto Monteiro Chamone,Bruno Cunha Ferreira,Renata Magali Ribeiro Silluzio Neves,Peterson Martins Faria,Marina Neves Zerbini de
Uso da peritoneostomia na sepse abdominal
Dentre as modalidades terapêuticas da sepse abdominal, a peritoneostomia tem papel decisivo permitindo explorações e lavagens da cavidade de forma facilitada. Observamos pacientes com diagnóstico clínico de sepse abdominal internados no Serviço de Coloproctologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe, e que foram submetidos a peritoneostomia de janeiro de 2004 a janeiro de 2006. Foram avaliados quanto ao diagnóstico primário e secundário, tipo de peritonite secundária, antibioticoterapia, esquema de lavagens, tempo de peritoneostomia, complicações e desfecho. Estudamos 12 pacientes, com idade de 15 a 57, média de 39,3 anos. Diagnóstico primário: abdome agudo inflamatório em 6(50%), abdome agudo obstrutivo em 2(16,7%), abdome agudo perfurativo em 2(16,7%), fístula enterocutânea em 1(8,3%) e abscesso intra-cavitário em 1(8,3%). Diagnóstico secundário: perfuração de cólon em 4(33,3%), abscessos intra-cavitários em 3(25%), deiscências de anastomoses em 3(25%), 1(8,3%) com tumor perfurado de sigmóide e 1(8,3%) com necrose de cólon abaixado. Peritonite fecal em 10(83,3%) e purulenta em 2(16,7%). A antibioticoterapia teve duração média de 19 dias. Lavagens de demanda em 6(50%), programadas em 4(33,3%) e regime misto em 2(16,7%). O tempo médio de peritoneostomia foi de 10,9 dias (1-36). Como complicações: evisceração em 2(16,7%) e fistulização em 1(8,3%). Quatro pacientes evoluíram com óbito.
2007
Torres Neto,Juvenal da Rocha Barreto,Adonai Pinheiro Prudente,Ana Carolina Lisboa Santos,Allisson Mário dos Santiago,Rodrigo Rocha
Aspectos relevantes da anestesia na videocirurgia colorretal
Os procedimentos cirúrgicos incluindo a videolaparoscopia são realizados atualmente de forma cada vez mais freqüente, existindo fortes evidências de que sejam acompanhados de uma menor resposta dolorosa, inflamatória, endócrina e metabólica ao trauma operatório quando comparada à cirurgia convencional. Entretanto, algumas de suas características próprias obrigam à uma visão dos aspectos relacionados não apenas à prática cirúrgica, mas também aos procedimentos anestésicos envolvidos, os quais poderão, se inadequados, inviabilizar ou comprometer seriamente a realização da cirurgia pela via laparoscópica.Dentre essas características próprias, destacamos em especial a necessidade do uso prolongado do pneumoperitônio e as freqüentes alterações no posicionamento do paciente. O objetivo do presente trabalho é realizar uma breve revisão dos aspectos fisiológicos presentes, relacionados a cirurgia videolaparoscópica, assim como realizar uma discussão sobre sua influência nos procedimentos anestésicos a serem adotados nestes casos, visando reduzir eventuais efeitos inadequados para o paciente ou para a qualidade do ato operatório.
2007
Pedroso,Adriane Maria Gori Marubayashi,Lauro Gori,Regina Pedroso,Miguel Ângelo Lupinacci,Renato Arione
Avaliação da incidência e de fatores de risco para a colite isquêmica após reparo de aneurisma de aorta abdominal
Este estudo teve como objetivo principal determinar a incidência da colite isquêmica após o reparo de aneurisma de aorta abdominal, bem como identificar fatores de risco para o desenvolvimento da mesma. Foram estudados 11 pacientes submetidos a reparo cirúrgico eletivo de aneurisma de aorta abdominal no Serviço de Cirurgia Cardiovascular do HSL-PUCRS. A incidência de colite isquêmica foi determinada através de retossigmoidoscopia flexível, com biópsia, realizada em todos os pacientes no 7º pós-operatório. A incidência da doença foi comparada com variáveis clínicas como: sexo; idade; presença de comorbidades associadas; choque trans-operatório; fluxo na artéria mesentérica inferior (AMI); complicações pós-operatórias; e o desfecho final. Em nossa amostra, a incidência da colite isquêmica após o reparo de aneurisma de aorta abdominal foi 36%, sendo destes 25% da forma gangrenosa. A ocorrência de isquemia do cólon foi mais freqüente em associação com o diagnóstico de doença pulmonar obstrutiva crônica, e em pacientes que apresentavam fluxo na artéria mesentérica inferior no pré-operatório (p<0,05). Em conclusão, neste grupo de pacientes, a incidência de colite isquêmica foi superior à descrita na literatura. A presença de DPOC e pulso na AMI no pré-operatório foram preditivos de ocorrência de colite isquêmica, após o reparo de aneurisma de aorta abdominal.
2007
Pandolfo,Gilmara Fillmann,Lúcio Sarubbi Fillmann,Henrique Sarubbi Fillmann,Erico Ernesto Pretzel Petracco,João Batista Goldani,Marco Antônio
Esfincterotomia lateral interna associada à hemorroidectomia no tratamento da doença hemorroidária: vantagem ou desvantagem?
RACIONAL: A importância de realizar-se esfincterotomia concomitantemente com hemorroidectomia, para melhor controle de dor pós-operatória, ainda é motivo de grande discussão acadêmica. OBJETIVOS: Estudar as implicações clínicas da esfincterotomia lateral interna associada à hemorroidectomia, no tratamento cirúrgico da doença hemorroidária. Pacientes e MÉTODOS: Foram avaliados 20 pacientes portadores de doença hemorroidária, submetidos à "hemorroidectomia aberta" pela técnica de Miligan-Morgan, distribuídos em dois grupos: Grupo 1: Hemorroidectomia sem esfincterotomia (sem ELI) e Grupo 2: Hemorroidectomia com esfincterotomia (com ELI). Analisou-se a dor e a continência anal pós-operatória utilizando-se parâmetros clínicos e manométricos. A dor, complicações pós-operatórias e a presença de sintomas de incontinência anal foram avaliadas no pós-operatório. Todos os pacientes foram submetidos à eletromanometria anorretal, tanto no pré como no pós-operatório, e os dados coletados foram comparados entre os dois grupos de estudo. RESULTADOS: Não houve diferença, entre os dois grupos, na incidência de complicações pós-operatórias. O uso de narcóticos foi maior no Grupo I nas 1as 24 horas. Entretanto, a dor foi maior no Grupo II no 3º e 7º dia de pós-operatório. O tempo de cicatrização da ferida operatória foi semelhante nos dois grupos. A incidência de sintomas de incontinência anal foi significativamente maior para o grupo tratado com esfincterotomia. CONCLUSÃO: A esfincterotomia lateral interna associada à hemorroidectomia para o tratamento de doença hemorroidária avançada não reduziu a dor pós-operatória, além de ter aumentado o risco de incontinência anal.
2007
Moreira Junior,Hélio Moreira,José Paulo Teixeira Moreira,Hélio Iguma,Cinthia Satomi Almeida,Arminda Caetano Magalhães,Cristiano Nunes de
Pesquisa de sangue oculto nas fezes e correlação com alterações nas colonoscopias
INTRODUÇÃO: Diante do número significativo de casos de câncer colo-retal métodos de rastreamento tornam-se necessários. A pesquisa de sangue oculto (PSO) e tida como apropriada para grandes populações consideradas de baixo risco.. OBJETIVO: Determinar a incidência de lesões neoplásicas ou pré-neoplásicas em pacientes com PSO positivos ou negativos, e correlacionar com os achados da colonoscopia. MÉTODOS: 67 pacientes foram submetidos à colonoscopia e PSO. As indicações para os exames foram: dor abdominal, alteração do hábito intestinal, e história familiar de câncer colo-retal. RESULTADOS: 37 pacientes tinham PSO negativa e 30 PSO positiva. Vinte e duas colonoscopias foram normais. As colonoscopias revelaram : pólipos, retocolite ulcerativa, doença diverticular e um tumor. A sensibilidade foi de 46,7%, especificidade de 59,1%, valor preditivo positivo de 70% e negativo de 35,1%. Considerando apenas as lesões malignas ou com potencial , a sensibilidade foi de 76,5%, a especificidade de 66%, o valor preditivo positivo de 43,3% e o negativo de 89,2%. CONCLUSÕES: Há necessidade de rastreamento a partir dos 40 anos. A pesquisa de sangue oculto nas fezes, pelo seu baixo custo e caráter não invasivo, apesar da baixa sensibilidade e especificidade, é um bom método para rastreamento de populações consideradas de baixo risco.
2007
Altenburg,Francisco Luis Biondo-Simões,Maria de Lourdes Pessole Santiago,Aline
Polipose múltipla familiar: análise de 44 casos tratados no Hospital das Clínicas da FMRP-USP
Os autores apresentam análise retrospectiva de 44 pacientes com Polipose Múltipla Familiar tratados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto,Universidade de São Paulo, entre janeiro de 1991 a julho de 2005. Foram estudados aspectos epidemiológicos (idade, sexo), genéticos, principais sintomas, antecedentes pessoais e aspectos envolvendo tratamento cirúrgico e complicações pós-operatórias, comparando os achados com os da literatura correlata. Dos pacientes, 31 são do sexo masculino e 13 do feminino com idade média de 32 anos (14 - 60 anos). Os sintomas prevalentes foram: sangramento intestinal (62,5 %), alteração do hábito intestinal (60%), e com menor freqüência dor abdominal (45 %) e emagrecimento (30%). Relataram casos de polipose familiar 67,5% dos pacientes e 62,5% referiram parentes com antecedente de neoplasias (intestinal e extra-intestinal). Cerca de 32,5% dos pacientes já apresentavam neoplasia de cólon na época do diagnóstico da polipose,com idade média de 39 anos. O tratamento cirúrgico foi realizado em 95,4% dos pacientes: 35,7% foram submetidos à proctocolectomia total(9 casos com bolsa ileal em J e 6 casos com ileostomia definitiva) e 59,2% a colectomia total com ileorretoanastomose. Atualmente 57% dos pacientes avaliados ainda estão em seguimento com reavaliações periódicas, 7% faleceram e 27% abandonaram o tratamento.
2007
Silva,Andreza Regina de B. M. da Parra,Rogério Serafim Rolo,Jaicer Gonçalves Bueno Filho,Roberto Féres,Omar Rocha,José Joaquim Ribeiro da
Melanoma anorretal: relato de 2 casos e revisão da literatura
Os tumores malignos do canal anal e do anus são muito raros, não ultrapassam 2% de todos os tumores do colo, reto e anus; segundo os principais levantamentos os melanomas não ultrapassam a incidência de 0,1 a 1,2% dos tumores malignos. Os autores descrevem 2 casos de melanoma, discutindo os principais dados da literatura, enfocando os aspectos diagnósticos, tratamento, evolução e prognostico. Os indicies de cura s são baixos e com elevados índices de mortalidade a curto prazo.
2007
Hossne,Rogério Saad Prado,Renê Gamberini Bakonyi Neto,Alexandre Denardi Junior,Euclides Ferrari,André
Tumores de cólon - primeiro achado do adenocarcinoma de pâncreas: relato de caso
OBJETIVO: Relatar um caso raro de adenocarcinoma de pâncreas que se apresentou como tumores colorretais sincrônicos. Paciente masculino, 76 anos, apresentava dor abdominal difusa de forte intensidade, diarréia e vômitos há sete dias. Tratava de gastrite há dois anos e nos últimos quatro meses apresentava hiporexia e perda de peso. Estava emagrecido, desidratado e desnutrido, com distensão abdominal importante, ruídos hidroaéreos ausentes e dor difusa à palpação abdominal. Exames evidenciaram hiperglicemia, distensão importante do intestino delgado ao raio x, ultra-som de abdome com colecistolitíase e endoscopia digestiva alta com pangastrite, bulboduodenite e papila normal. Tomografia abdominal confirmou colecistolitíase. A colonoscopia mostrou três lesões, em reto médio, cólon transverso e na válvula íleocecal. As biópsias revelaram apenas reação inflamatória. Persistiram os sintomas e decidiu-se submetê-lo a colecistectomia onde foram vistas lesões planas em diafragma cujas biópsias evidenciaram adenocarcinoma. No quinto dia de pós-operatório o paciente apresentava quadro obstrutivo e foi submetido à nova laparotomia com colectomia direita, ileostomia terminal dupla e biópsia pancreática. Esta mostrou adenocarcinoma e o estudo imunoistoquímico positivo para tumor primário do pâncreas. O paciente evoluiu para óbito um mês após. CONCLUSÃO: o exame de imagem normal não descarta a hipótese diagnóstica e quando a origem do tumor primário não está definida é essencial o exame imunoistoquímico para firmar o diagnóstico.
2007
Moraes,Sandra Pedroso de Claro Júnior,Francisco Oliveira Filho,Joaquim José de Sevá-Pereira,Gustavo Nascimento,Ricardo Bolzam do Castro,Amilcar de
Cisto dermóide simulando neoplasia retro-retal
Cisto dermóide é uma formação tumoral constituída por um enclausuramento epidérmico contendo folículos pilosos, glândulas sebáceas e localizadas geralmente no pescoço.
2007
Carvalho,Erlon de Ávila Pontinha,Tatiane de Fátima Baco Saraiva Oliveira,Jackeline Ribeiro Braga,Eustáquio de Carvalho Baldim,José Ademar
Carcinoma basocelular perianal: relato de caso e revisão da literatura
O Carcinoma basocelular (CBC) é a mais freqüente das neoplasias epiteliais, localizando-se preferencialmente em áreas expostas ao sol. A ocorrência deste tumor na região perianal é extremamente rara. Neste artigo, relatamos um caso de CBC perianal. Apresentamos também uma revisão da literatura médica sobre o tema, salientando as características clínicas e histopatológicas, bem como o tratamento preconizado para esse tipo de tumor.
2007
Damin,Daniel C. Burttet,Renata M. Rosito,Mario A. Tarta,Cláudio Contu,Paulo C. Santos,Frederico S. Kliemann,Lúcia Prolla,João Carlos
Manifestações extra-intestinais em doença de Crohn e retocolite ulcerativa: prevalência e correlação com o diagnóstico, extensão, atividade, tempo de evolução da doença
INTRODUÇÃO: Existe uma grande prevalência de manifestações extra-intestinais(MEI) em portadores de doença de Crohn(DC) e de retocolite ulcerativa(RCU), variando de 24 a 65%. OBJETIVO: Determinar a prevalência de MEI em RCU e DC, correlacionando com diagnóstico do tipo de doença inflamatória intestinal, extensão, tempo de evolução e atividade da doença. MÉTODOS: Mil pacientes foram avaliados no Hospital das Clínicas da FMUSP no período de 1984 a 2004. Foram estudadas manifestações articulares, dermatológicas, oftalmológicas, urológicas, hepáticas, pulmonares e vasculares. RESULTADOS: Foram estudados 468 pacientes com DC(46,8%) e 532 com RCU(53,2%). Encontrados 627 pacientes (59,2% com RCU e 66,7% com DC) com pelo menos uma forma de MEI. A média de tempo de doença dos pacientes com MEI foi de 10 anos. As MEI foram mais freqüentes após o início dos sintomas intestinais. CONCLUSÕES: Tanto na RCU quanto na DC,quanto maior a extensão da doença no cólon, maior a incidência de MEI. As manifestações urológicas foram mais freqüentes na DC. As manifestações articulares e dermatológicas foram mais prevalentes no sexo feminino nos dois grupos. Manifestações hepáticas foram mais prevalentes na DC. As manifestações articulares, dermatológicas e vasculares tiveram correlação com a atividade da doença intestinal em ambos os grupos.
2007
Mota,Erodilho Sande Kiss,Desidério Roberto Teixeira,Magaly Gêmio Almeida,Maristela Gomes de Sanfront,Fernanda de Azevedo Habr-Gama,Angelita Cecconello,Ivan
Efeito da nifedipina gel 0,2% nas pressões de canal anal e na dor pós-operatória: estudo após hemorroidectomia pela técnica aberta
INTRODUÇÃO: As hemorróidas são muito freqüentes e após o seu tratamento cirúrgico tem se observado que a dor causa muito sofrimento. Várias alternativas tem sido estudadas para melhorar a dor pós-operatória dentre elas a esfincterotomia cirúrgica que pode em alguns casos causar algum grau de incontinência fecal. Por esse motivo vários estudos tem utilizado a esfincterotomia química com nifedipina, diltiazen, trinitrato de glicerina e toxina botulínica. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar o efeito da nifedipina tópica nas diminuições das pressões do canal anal e consequente influência na melhora da dor pós-operatória. MATERIAL E MÉTODO: Utilização da nifedipina tópica gel 0,2% (Grupo 1) e lidocaina 2% (Grupo 2) no pós operatório de hemorroidectomia aferindo as pressões no pré, primeiro, quarto e sétimo dias de pós operatório, associado de medida de dor todos os dias do pós-operatório através de tabela analógica. RESULTADOS: Os autores não encontraram diferenças em relação às pressões de canal anal mas em relação à dor referida estas foram em menor intensidade no grupo que recebeu a nifedipina. CONCLUSÕES: a nifedipina gel foi eficiente na analgesia pós-operatória, no entanto não alterou as pressões do canal anal.
2007
Cesar,Maria Auxiliadora Prolungatti Klug,Wilmar Artur Bassi,Deomir Germano Paula,Pedro Roberto de Cesar,Rosana Prolungatti Ortiz,Jorge Alberto Speranzini,Manilio Basilio