Repositório RCAAP

Medidas de inteligibilidade nos distúrbios da fala: revisão crítica da literatura

TEMA: a redução da inteligibilidade da fala é considerada uma das principais manifestações encontrada em sujeitos com distúrbios da fala, sendo um importante objeto de investigação fonoaudiológica. Apesar de sua relevância, não existe consenso na literatura da área de como a inteligibilidade da fala deva ser avaliada. Além da questão da diversidade de métodos existentes, outro aspecto importante refere-se à influência que determinadas variáveis podem exercer sobre tais medidas e, conseqüentemente, sobre sua interpretação. OBJETIVO: investigar a existência de possíveis evidências acerca da concordância entre medidas de inteligibilidade obtidas por diferentes métodos de mensuração, empregados na avaliação de sujeitos com distúrbios da fala, e identificar os efeitos de variáveis relacionadas aos procedimentos de avaliação ou ao ouvinte sobre essas medidas. Para tal, foi realizada uma revisão crítica de artigos sobre o tema, indexados nas bases de dados Medline, Web of Science, Lilacs e Scielo, até outubro de 2007, através dos termos de busca speech intelligibility ou inteligibilidade da fala. CONCLUSÃO: não foram encontradas evidências, na literatura pesquisada, de concordância entre as medidas de inteligibilidade da fala obtidas por métodos distintos, o que limita a comparação entre resultados clínicos e de pesquisas sobre inteligibilidade em sujeitos com distúrbios da fala. Além disso, constatou-se que algumas variáveis podem interferir nessas medidas, como: a tarefa e o estímulo de fala, seu modo de apresentação, o tipo de resposta requerido e a experiência do ouvinte com o falante, as quais devem ser consideradas na interpretação dos resultados dos testes de inteligibilidade.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Barreto,Simone dos Santos Ortiz,Karin Zazo

Tradução e adaptação transcultural de instrumentos estrangeiros para o Português Brasileiro (PB)

TEMA: tradução e adaptação transcultural de instrumentos estrangeiros para o Português Brasileiro. OBJETIVO: no Brasil, a escassez de instrumentos formais e objetivos comercialmente disponíveis para avaliação e diagnóstico, na área da Fonoaudiologia é significativa e uma forma que alguns pesquisadores têm encontrado para amenizar esse problema é traduzir instrumentos já disponíveis em outras Línguas. Além disso, tal procedimento pode contribuir para a realização de estudos transculturais, que podem trazer maiores esclarecimentos acerca dos quadros de distúrbios da comunicação e de suas especificidades nas diferentes Línguas. O objetivo deste estudo é discutir os procedimentos que devem ser adotados nesse processo. CONCLUSÃO: no processo de tradução e adaptação de instrumentos estrangeiros é fundamental que sejam adotados procedimentos metodologicamente apropriados.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Giusti,Elisabete Befi-Lopes,Débora Maria

Qualidade de vida em indivíduos com gagueira desenvolvimental persistente

TEMA: qualidade de vida. OBJETIVO: conhecer a influência da habilidade de fala - quanto as reações afetivas, comportamentais e cognitivas - sobre a qualidade de vida de indivíduos fluentes e com gagueira persistente do desenvolvimento (GPD). MÉTODO: 40 indivíduos adultos divididos em dois grupos, pareados por gênero e idade. O grupo de pesquisa (GI) foi composto por 20 indivíduos com PDS, sem qualquer outro déficit associado. O grupo controle (GII) foi composto por 20 indivíduos fluentes. Todos os participantes responderam ao Protocolo de Auto-Avaliação - versão para adultos. O protocolo é composto por três sessões de temáticas, cada uma delas com cinco questões, sendo que cada pergunta pode ser respondida numa escala de 1 (discordo plenamente) a 7 (concordo plenamente). A primeira sessão corresponde aos componentes afetivos, a segunda aos componentes comportamentais e a terceira aos componentes cognitivos. Todos os participantes responderam a todas as 15 questões. RESULTADOS: os achados indicaram que existe diferença na percepção da fala e da fluência entre indivíduos fluentes e com PDS. No grupo de indivíduos com PDS os diferentes graus de gravidade da patologia não identificaram pontos de divergência, ao contrário, mesmo os indivíduos com PDS leve apresentaram o mesmo perfil afetivo, comportamental e cognitivo que os indivíduos com maior comprometimento da fluência da fala. CONCLUSÃO: pelos resultados do estudo foi observado que a experiência com a gagueira diferencia os indivíduos em termos das características observáveis de fala, das dificuldades funcionais de comunicação vivida pelo falante no seu dia a dia gerando impacto negativo na qualidade de vida do indivíduo.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Andrade,Claudia Regina Furquim de Sassi,Fernanda Chiarion Juste,Fabiola Staróbole Ercolin,Beatriz

Confiabilidade da eficiência mastigatória com beads e correlação com a atividade muscular

TEMA: a avaliação da eficiência mastigatória pela análise colorimétrica com beads, pode ser um método promissor, mas não há relatos sobre a sua confiabilidade. OBJETIVO: investigar a confiabiabilidade das beads para teste de eficiência mastigatória e a correlação com a atividade eletromiográfica dos músculos masseter e temporal anterior. MÉTODO: participaram dezenove sujeitos adultos jovens, nove do gênero masculino e dez do feminino com idades entre dezoito e vinte-oito anos, com dentição completa, sem histórico de desordem temporomandibular, trauma, cirurgia na região de cabeça e pescoço, tratamento ortodôntico ou fonoaudiológico. O teste de eficiência mastigatória foi realizado com beads nas condições: mastigação habitual, mastigação unilateral direita e esquerda, com duração de 20 segundos. Simultaneamente, foi realizada a eletromiografia. A atividade em máxima intercuspidação habitual dos dentes também foi registrada. A quantidade de fucsina liberada após a mastigação foi medida usando o espectrofotômetro Beckman DU-7 UV-Visible (Beckman Inc., Palo Alto, CA, USA). RESULTADOS: houve alta confiabilidade do teste de eficiência mastigatória (r = 0,86, p < 0,01) e correlação significante com a atividade eletromiográfica (r = 0,76, p < 0,01). Também houve correlações positivas quando as provas foram analisadas separadamente. CONCLUSÃO: o teste de eficiência mastigatória realizado com beads mostrou-se um método confiável e correlacionado positivamente à atividade eletromiográfica dos músculos temporal anterior e músculos masseter.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Felício,Cláudia Maria de Couto,Gisele Aparecida do Ferreira,Cláudia Lúcia Pimenta Mestriner Junior,Wilson

Deglutição em crianças com alterações neurológicas: avaliação clínica e videofluoroscópica

TEMA: deglutição em crianças com alterações neurológicas. OBJETIVO: relacionar os dados obtidos na avaliação clínica fonoaudiológica e avaliação videofluoroscópica da deglutição em crianças com alteração neurológica. MÉTODO: análise retrospectiva de 24 protocolos de avaliação fonoaudiológica e prontuários médicos de crianças de ambos os sexos, encaminhadas para avaliação clínica e videofluoroscópica da deglutição no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo, no período de janeiro de 2001 a junho de 2005. Na avaliação clínica foram analisados: a consistência da alimentação utilizada, aspectos funcionais do mecanismo de deglutição e os resultados da ausculta cervical. Na avaliação videofluoroscópica foram verificados os aspectos da dinâmica das fases oral e faríngea. RESULTADOS: ao realizar a avaliação clínica na fase oral, com a utilização das consistências líquida e pastosa, verificou-se maior ocorrência do inadequado controle do bolo alimentar (n = 15 e n = 14, respectivamente). Na fase faríngea, para ambas as consistências, observou-se que a ausculta cervical adequada antes da deglutição foi a observação mais freqüente (n = 16 e n = 13), seguida pela ausculta cervical inadequada durante a deglutição (n = 15 e n = 12). Na avaliação videofluoroscópica da fase oral, para ambas as consistências, a presença inadequada de propulsão do bolo foi o achado mais freqüente (n = 13 e n = 13), e na fase faríngea a ausência de aspiração laringotraqueal (n = 12 e n = 17). Houve correlação estatisticamente significativa entre a ausculta cervical e a excursão do hióideo e laringe, e de aspiração laringotraqueal, para as consistências líquida e pastosa. CONCLUSÃO: ambos os procedimentos são importantes e complementares no diagnóstico da disfagia.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Marrara,Jamille Lays Duca,Ana Paula Dantas,Roberto Oliveira Trawitzki,Luciana Vitaliano Voi Lima,Raquel Aparecida Cardozo de Pereira,José Carlos

Eficácia do programa de remediação auditivo-visual computadorizado em escolares com dislexia

TEMA: programa de remediação auditivo-visual computadorizado em escolares com dislexia do desenvolvimento. OBJETIVOS: verificar a eficácia de um programa de remediação auditivo-visual computadorizado em escolares com dislexia do desenvolvimento. Dentre os objetivos específicos, o estudo teve como finalidade comparar o desempenho cognitivo-lingüístico de escolares com dislexia do desenvolvimento com escolares bons leitores; comparar os achados dos procedimentos de avaliação de pré e pós testagem em escolares com dislexia submetidos e não submetidos ao programa; e, por fim, comparar os achados do programa de remediação em escolares com dislexia e escolares bons leitores submetidos ao programa de remediação. MÉTODO: participaram deste estudo 20 escolares, sendo o grupo I (GI) subdivido em: GIe, composto de cinco escolares com dislexia do desenvolvimento submetidos ao programa, e GIc, composto de cinco escolares com dislexia do desenvolvimento não submetidos ao programa. O grupo II (GII) foi subdividido em GIIe, composto de cinco escolares bons leitores submetidos à remediação, e GIIc, composto de cinco escolares bons leitores não submetidos à remediação. Foi realizado o programa de remediação auditivo-visual computadorizado Play-on. RESULTADOS: os resultados deste estudo revelaram que o GI apresentou desempenho inferior em habilidade de processamento auditivo e de consciência fonológica em comparação com o GII em situação de pré-testagem. Entretanto, o GIe apresentou desempenho semelhante ao GII em situação de pós-testagem, evidenciando a eficácia da remediação auditivo-visual em escolares com dislexia do desenvolvimento. CONCLUSÃO: o estudo evidenciou a eficácia do programa de remediação auditivo-visual em escolares com dislexia do desenvolvimento.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Germano,Giseli Donadon Capellini,Simone Aparecida

Modo comunicativo utilizado por crianças com síndrome de Down

TEMA: a comunicação das crianças com síndrome de Down (SD) é muitas vezes prejudicada devido a dificuldades nos aspectos fonológico, sintático e semântico da linguagem. Para compensar essas dificuldades, muitas crianças utilizam os gestos por um tempo mais prolongado do que as crianças com desenvolvimento típico (DT). OBJETIVO: verificar o desempenho de crianças com SD no que diz respeito ao modo comunicativo (verbal, vocal e gestual) utilizado na interação espontânea com um adulto em situação de brincadeira. MÉTODO: 28 crianças com SD foram estudadas em duas situações distintas: brincadeira com o terapeuta e brincadeira com o cuidador. Foram consideradas as teorias pragmáticas para análise dos resultados. Para determinar a significância estatística foram usados os testes Kuskal-Wallis, Mann-Whitney e Wilcoxon e determinado o nível de significância em 5%. RESULTADO: houve maior utilização do meio comunicativo verbal na interação com o cuidador e do meio gestual na interação com o terapeuta. CONCLUSÃO: considerando que o meio comunicativo mais utilizado socialmente é o verbal, podemos considerar que a comunicação, nesse ponto de vista, foi mais efetiva na situação de brincadeira com o cuidador. No entanto, embora tenham sido produzidos menos atos comunicativos verbais na interação com o terapeuta, a criança utilizou o gesto para se comunicar, ou seja, a falta ou pouca comunicação verbal não impediu que a criança se comunicasse com seu interlocutor.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Porto-Cunha,Eliza Limongi,Suelly Cecilia Olivan

Potencial evocado miogênico vestibular (Vemp): avaliação das respostas em indivíduos normais

TEMA: o Potencial Evocado Miogênico Vestibular (Vemp) é formado por respostas miogênicas ativadas por estimulação sonora de alta intensidade. Essas respostas são registradas por eletromiografia de superfície sobre a musculatura cervical na presença de contração muscular, ativando a mácula, o nervo vestibular inferior e as vias vestíbulo-espinhais descendentes. OBJETIVO: descrever as respostas evocadas do Vemp em uma população normal. MÉTODO: selecionaram-se 30 sujeitos adultos, sendo 13 homens e 17 mulheres, sem queixas otoneurológicas. Utilizou-se 200 estímulos tone burst com freqüência de 1Hz e intensidade de 118dB Na, filtro passa-banda de 10Hz a 1500Hz. Os traçados obtidos foram analisados em relação ao primeiro potencial bifásico composto por P13 e N23. RESULTADOS: não houve diferença estatisticamente significativa entre o lado da estimulação em relação a latência e amplitude, porém foi encontrada diferença estatisticamente significativa em relação à amplitude do potencial entre os sexos. CONCLUSÃO: Vemp demonstrou ser uma ferramenta confiável na avaliação da função vestibular.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Felipe,Lilian Santos,Marco Aurélio Rocha Gonçalves,Denise Utsch

Habilidades auditivas e desenvolvimento de linguagem em crianças

TEMA: relação entre anemia e desenvolvimento. OBJETIVO: comparar o desenvolvimento auditivo e de linguagem de crianças anêmicas e não anêmicas entre três e seis anos de idade de uma creche pública de Belo Horizonte. MÉTODO: estudo transversal do tipo caso e controle unicego. Foi realizada punção digital em todas crianças para detecção da anemia (hemoglobina = 11,3g/dL). O grupo caso foi constituído de 19 crianças anêmicas e o controle, de 38 crianças saudáveis, selecionadas por amostragem aleatória pareada. A audição das crianças foi avaliada com emissões otoacústicas, imitanciometria e avaliação simplificada do processamento auditivo. O desenvolvimento de linguagem de cada participante foi observado, utilizando o roteiro de observação de comportamentos de crianças de zero a seis anos. Foram criados índices de desempenho para qualificar as respostas de linguagem das crianças. RESULTADOS: os grupos não diferiram quanto à idade, gênero, aleitamento materno e escolaridade materna. As seguintes variáveis apresentaram diferenças estatisticamente significantes: valores de hemoglobina (10,6g/dL, 12,6g/dL); presença do reflexo acústico (63%, 92%); índices de desempenho de recepção (72,8 - 90,1), emissão (50,6 - 80,6) e aspectos cognitivos da linguagem (47,8 - 76,0) nas crianças anêmicas e não anêmicas, respectivamente. As habilidades auditivas de ordenação temporal para sons verbais e não verbais e localização sonora mostraram-se inadequadas em grande parte das crianças, especialmente, as anêmicas. CONCLUSÕES: as crianças anêmicas diferiram estatisticamente das crianças não anêmicas no que diz respeito às alterações do reflexo acústico e dos índices de desempenho de linguagem, e apresentaram maior prevalência de alterações na avaliação auditiva periférica.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Santos,Juliana Nunes Lemos,Stela Maris Aguiar Rates,Silmar Paulo Moreira Lamounier,Joel Alves

Investigação de efeitos imediatos de dois exercícios de trato vocal semi-ocluído

TEMA: efeitos imediatos de dois exercícios de trato vocal semi-ocluído. OBJETIVO: verificar e comparar os efeitos imediatos dos exercícios finger kazoo (FK) e fonação com canudo (FC). MÉTODO: vinte e três mulheres sem queixa vocal e idades entre vinte e três e quarenta anos executaram os exercícios duas vezes, em ordem pré-estabelecida (FK - FC - FC - FK), e realizaram uma auto-avaliação vocal após cada um deles. Amostras da vogal sustentada [e] e da fala (contagem um-dez) foram coletadas pré e pós-exercícios, para a avaliação perceptivo-auditiva, realizada por duas fonoaudiólogas treinadas, e para a análise acústica. RESULTADOS: na auto-avaliação os efeitos positivos (FK 122 - 77,7% e FC 118 - 74,7%) foram mais relatados que os negativos, sendo os principais: voz mais clara (FK 33 - 21% e FC 29 - 18,4%), forte (FK 24 - 15,3% e FC 26 - 16,5%) e fala mais fácil (FK 29 - 18,5% e FC 30 - 19%). Na avaliação perceptivo-auditiva, um maior número de emissões foram consideradas melhores pós-fonação com canudo, tanto na vogal (22 - 47,8% pós e 19 - 41,3% pré-exercício), quanto na fala (24 - 52,2% pós e 15 - 32,6% pré), enquanto um maior número de emissões foram consideradas melhores pré-finger kazoo, tanto na vogal (18 - 39,1% pré e 17 - 37% pós), quanto na fala (21 - 45,6% pré e 17 - 37% pós). Na avaliação acústica, foi observada redução da freqüência fundamental após ambos os exercícios (FK 6,47Hz, e FC 5,52Hz). CONCLUSÃO: os exercícios finger kazoo e fonação com canudo produziram relatos positivos e semelhantes na auto-avaliação vocal e resultados semelhantes na análise acústica, enquanto a avaliação perceptivo-auditiva indicou efeitos positivos apenas na fonação com canudo.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Sampaio,Marília Oliveira,Giselle Behlau,Mara

Fonoaudiologia e autismo: resultado de três diferentes modelos de terapia de linguagem

TEMA: as dificuldades de comunicação e linguagem são elementos essenciais dos distúrbios do espectro autista, fazendo parte da tríade de sintomas utilizada para o diagnóstico. OBJETIVO: verificar a existência de diferenças observáveis a partir das características do perfil funcional da comunicação e do desempenho sócio-cognitivo de crianças e adolescentes do espectro autístico, atendidos em três diferentes situações terapêuticas, tanto no que diz respeito a um período experimental pré-determinado de intervenção, quanto na manutenção dos resultados obtidos após um igual período de tempo de atendimento fonoaudiológico regular. MÉTODO: os sujeitos foram crianças e adolescentes com diagnósticos psiquiátricos incluídos no espectro autístico em início de processos de terapia fonoaudiológica. Os participantes foram divididos em três grupos de acordo com o desenho terapêutico oferecido por um período de seis meses. RESULTADOS: não indicaram diferenças estatisticamente significativas, embora observáveis. O grupo com mais indicadores de progresso durante o período específico de intervenção diferenciada, foi o grupo A, em que os sujeitos eram atendidos em duplas. O resultado não previsto foi que não só em nenhum dos grupos foi observada diminuição dos índices obtidos, após um período de seis meses, como em algumas situações o número de sujeitos com progresso aumentou após esse período. CONCLUSÃO: os resultados do presente estudo reiteram a adequação de procedimentos de determinação do perfil individual de habilidades e inabilidades de cada sujeito como fundamentação para definições a respeito do modelo de intervenção adotado.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Fernandes,Fernanda Dreux Cardoso,Carla Sassi,Fernanda Chiarion Amato,Cibelle La Higuera Sousa-Morato,Priscilla Faria

Habilidade de atenção compartilhada em sujeitos com transtornos do espectro autístico

TEMA: atenção compartilhada em sujeitos do espectro autístico. OBJETIVO: avaliar a habilidade de atenção compartilhada em sujeitos com transtornos do espectro autístico em diferentes contextos e com diferentes interlocutores. MÉTODO: foram avaliados vinte sujeitos com idades entre quatro e doze anos, com autismo infantil ou síndrome de asperger (DSM-IV-TR, 2002) sem outros transtornos, diagnosticados por equipe multidisciplinar, que estavam em terapia fonoaudiológica há pelo menos seis meses. Para avaliação dos comportamentos de atenção compartilhada foram utilizados os materiais e procedimentos da Avaliação da Maturidade Simbólica, além de uma adaptação feita para esta pesquisa que incluiu as situações Semi-Dirigidas com interlocutores familiares. Para as situações estudadas (brincadeira livre; semi-dirigidas com terapeuta e cuidador; imitação), foram observados os comportamentos de atenção compartilhada alternar, apontar, mostrar (por iniciativa ou resposta da criança) e olhar para a ação do adulto (sempre por resposta da criança). Este último incluiu a diferenciação do meio utilizado pelo adulto para chamar a atenção da criança (fala; gestos; ou, ambos). RESULTADOS: as diferentes situações modificaram a forma como estes sujeitos compartilharam a atenção. A intervenção de um adulto aumentou a ocorrência dos comportamentos de atenção compartilhada principalmente em Resposta. Não foram observadas diferenças na intervenção dos diferentes interlocutores (fonoaudiólogo e mãe) nas situações semi-dirigidas, provavelmente porque ambos sincronizaram seus comportamentos com as crianças. CONCLUSÃO: a avaliação da atenção compartilhada em contexto de brincadeira foi eficaz e a intervenção do adulto refletiu no aumento destes comportamentos nas situações semi-dirigidas e de imitação.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Menezes,Camila Gioconda de Lima e Perissinoto,Jacy

Hipersensibilidade auditiva no transtorno do espectro autístico

TEMA: a hipersensibilidade auditiva no transtorno do espectro autístico é citada na literatura desde os primeiros relatos, contudo ainda é pouco explorada, principalmente em relação às causas, diagnóstico e conseqüências da mesma. OBJETIVO: abordar as anormalidades sensório-perceptuais no transtorno do espectro autístico, enfatizando a hipersensibilidade auditiva, e discutir as repercussões no âmbito fonoaudiológico, baseando-se em artigos indexados nas bases de dados Scielo, Lilacs, Web of Science e Medline até setembro de 2007. CONCLUSÃO: as anormalidades sensório-perceptuais acometem em torno de 90% dos autistas, entretanto não há uma única teoria que as expliquem. Do mesmo modo, não se conhece a causa da hipersensibilidade auditiva que é a mais comum delas, com uma prevalência que varia de 15% até 100%. Raros são os estudos sobre a avaliação comportamental, eletroacústica e eletrofisiológica da audição dos autistas que abordam a hipersensibilidade auditiva. Considera-se relevante o diagnóstico precoce dessa alteração, pois assim poder-se-á identificar os marcadores sensoriais atípicos, em especial no âmbito auditivo, e compreender melhor as relações do mesmo com o desenvolvimento da comunicação dos autistas.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Gomes,Erissandra Pedroso,Fleming Salvador Wagner,Mário Bernardes

Apresentando um instrumento de avaliação da comunicação à Fonoaudiologia Brasileira: Bateria MAC

TEMA: um instrumento de avaliação de déficits comunicativos após lesão de hemisfério direito: Bateria Montreal de Avaliação da Comunicação, versão brasileira adaptada do instrumento original canadense Protocole Montréal d'Évaluation de la Communication. Ferramentas de avaliação dos déficits discursivos, pragmáticos, léxico-semânticos e prosódicos são necessárias para o diagnóstico dos distúrbios da comunicação presentes em aproximadamente 50% dos indivíduos lesados de hemisfério direito. O quadro comunicativo após acometimento desse lado do cérebro vem sendo estudado sistematicamente há apenas duas décadas. OBJETIVO: apresentar a Bateria Montreal de Avaliação da Comunicação aos fonoaudiólogos brasileiros. CONCLUSÃO: o instrumento apresentado mostra-se uma ferramenta clínica útil no exame das habilidades lingüísticas e comunicativas relacionadas a quatro processamentos: discursivo, pragmático-inferencial, léxico-semântico e prosódico. Está normatizado, validado e sua fidedignidade foi confirmada. Embora tenha sido construído e adaptado para o exame dos distúrbios comunicativos em pacientes lesados de hemisfério direito, também pode auxiliar na investigação de seqüelas na comunicação em quadros de traumatismo crânio-encefálico, demência, lesões frontais bilaterais, lesões de hemisfério esquerdo, psicopatologias como a esquizofrenia, entre outros.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Fonseca,Rochele Paz Parente,Maria Alice de Mattos Pimenta Côté,Hélène Ska,Bernadette Joanette,Yves

Editorial

No summary/description provided

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Andrade,Claudia Regina Furquim de

Relação entre voz e percepção de fala em crianças com implante coclear

TEMA: o uso do implante coclear resulta na otimização da percepção de fala, e conseqüentemente no desenvolvimento da linguagem, fala e voz de seus usuários, sendo que tem se mostrado uma das tecnologias mais efetivas e promissoras para remediar a perda auditiva. Entretanto, pouco tem sido estudado sobre a relação das habilidades auditivas com a voz de crianças implantadas. OBJETIVO: relacionar as habilidades de percepção de fala com características vocais de crianças usuárias de implante coclear. MÉTODO: foram realizadas análises perceptivo-auditiva e acústica da vogal sustentada /a/ e da contagem de números. Essa análise foi comparada a um teste de percepção de fala padronizado que avalia o reconhecimento de palavras, seus fonemas e consoantes. RESULTADOS: observou-se que quanto maior o reconhecimento de consoantes, maior a freqüência máxima, desvio padrão da freqüência fundamental e média de intensidade durante a fala encadeada, assim como a média da freqüência fundamental na análise da emissão da vogal /a/. Além disso, quanto maior o reconhecimento de consoantes menor o desvio geral da qualidade vocal e da ressonância. CONCLUSÃO: dentre as crianças com implante coclear, as que possuem melhor habilidade de percepção de sons da fala apresentam menores desvios perceptivo-auditivos na qualidade vocal.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Coelho,Ana Cristina de Castro Bevilacqua,Maria Cecília Oliveira,Gisele Behlau,Mara

Correlações entre leitura, consciência fonológica e processamento temporal auditivo

TEMA: influência do processamento auditivo no aprendizado da leitura. OBJETIVO: analisar a correlação entre leitura, consciência fonológica e processamento temporal auditivo em crianças brasileiras com dislexia. MÉTODO: foram avaliadas sessenta crianças de nove a doze anos, sendo trinta e três pertencentes ao grupo com dislexia e trinta e três ao grupo controle. Os testes aplicados envolveram habilidades de leitura, consciência fonológica e processamento auditivo temporal. RESULTADOS: ambos os grupos apresentaram diferenças estatisticamente significantes entre os desempenhos nos testes de leitura, consciência fonológica e processamento auditivo temporal, sendo que o grupo de crianças com dislexia apresentou desempenho estatisticamente pior em todos os testes aplicados. Foi encontrada correlação apenas entre os desempenhos nos testes de leitura e consciência fonológica. CONCLUSÃO: Apesar de o grupo de crianças com dislexia ter apresentado pobre desempenho nos testes de processamento auditivo temporal, não é possível afirmar que este esteja relacionado ao pobre desempenho em tarefas envolvendo leitura ou consciência fonológica.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Murphy,Cristina Ferraz Borges Schochat,Eliane

Velocidade de fala em crianças com e sem transtorno fonológico

TEMA: velocidade de fala no transtorno fonológico (TF). OBJETIVO: comparar o desempenho de crianças, com e sem transtorno fonológico, em diferentes tarefas de velocidade de fala. MÉTODO: participaram do estudo vinte crianças com diagnóstico de transtorno fonológico (GTF) e vinte crianças com desenvolvimento típico de fala (GC), com idade entre quatro anos a dez anos e onze meses, de ambos os sexos. As medidas de velocidade de fala (tempo total de duração, sílabas/segundo e fonemas/segundo) foram analisadas em duas provas de imitação, sendo uma padrão e outra baseada em frases retiradas do próprio discurso da criança, cada qual composta de uma sentença curta e outra longa. RESULTADOS: o GC apresentou um desempenho significantemente melhor que o GTF em todas as medidas da prova de imitação padrão e também no tempo total de duração da sentença longa na prova de imitação de frases próprias, de forma que o tamanho e a tipologia das sentenças influenciaram o desempenho de ambos os grupos. CONCLUSÃO: verifica-se menores valores de velocidade de fala nas crianças com TF participantes deste estudo, em função de possíveis déficits lingüísticos ou motores, embora haja indícios de controle da velocidade de produção da fala em função do tamanho da frase. Todas as medidas mostraram tal diferença, especialmente na prova de imitação padrão.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Wertzner,Haydée Fiszbein Silva,Leila Mendes

Medidas antropométricas orofaciais de crianças paulistanas e norte-americanas: estudo comparativo

TEMA: medidas antropométricas orofaciais de crianças paulistanas e norte-americanas. OBJETIVO: descrever medidas antropométricas orofaciais em crianças paulistanas e comparar as médias dessas medidas com os padrões de normalidade publicados para a população norte-americana. MÉTODO: participaram 254 crianças, leucodermas, em dentição mista, com idades entre 7 e 11 anos e 11 meses, sem histórico de distúrbios ou tratamento fonoaudiológicos. As medidas antropométricas orofaciais coletadas foram a altura do lábio superior, a altura do lábio inferior, o comprimento do filtro e a altura do terço inferior da face. O instrumento utilizado foi um paquímetro eletrônico digital Starrett Series 727. RESULTADOS: os dados obtidos nesta amostra para a altura do lábio superior, altura do lábio inferior e altura do terço inferior da face encontram-se abaixo das médias descritas para as crianças norte-americanas. Os resultados desta amostra, referentes ao comprimento do filtro, coincidem com as médias descritas para as crianças norte-americanas. CONCLUSÃO: os resultados das medidas da presente amostra referentes a altura do lábio superior, altura do lábio inferior e altura do terço inferior da face foram menores do que aqueles publicados para as crianças norte-americanas. Os dados de normalidade da população norte-americana não são válidos para as crianças da nossa população, exceto para o comprimento do filtro.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Cattoni,Débora Martins Fernandes,Fernanda Dreux Miranda

Protocolo de cooperação fonoaudiológica para avaliação nasofibrolaringoscópica da mobilidade laríngea em doenças da tireóide (PAN)

TEMA: protocolo de avaliação da voz. OBJETIVO: proposição de um protocolo de cooperação fonoaudiológica para avaliação nasofibrolaringoscópica da mobilidade laríngea em doenças da tireóide (PAN), visando a composição de um instrumento objetivo, preciso e consensual para avaliação. MÉTODOS: a primeira versão do protocolo foi elaborada a partir de fundamentação bibliográfica; o PAN foi julgado em duas instâncias pelo método de triangulação por seis juízes em três etapas; foi constituída uma versão piloto do protocolo e aplicada em 11 pacientes; houve novo julgamento de médicos e fonoaudiólogos; a partir da concordância dos juízes, após a aplicação do piloto, foi construída a versão final do PAN. RESULTADOS: o PAN final foi composto por duas partes. A primeira parte considerada o procedimento padrão composta por 4 itens imprescindíveis e que devem necessariamente ser avaliados são: inspiração normal; inspiração forçada; vogal /é/ isolada e sustentada e vogal /i/ aguda isolada e sustentada. A segunda parte considerada de complementação fonoaudiológica é composta pelos itens que são entendidos pelos fonoaudiólogos como fatores informativos ou preditivos para a eficácia da terapia. Esses itens são: vogal /é/ sustentada e fraca; vogal /é/ sustentada e aguda; vogal /é/ sustentada e grave; vogal /é/ curta com ataque vocal brusco. CONCLUSÕES: o PAN, em sua versão final, contribui para a sistematização dos procedimentos de avaliação fundamentados em evidências e concordâncias profissionais. O PAN resulta na descrição de itens a serem solicitados durante a avaliação médica e fonoaudiológica no exame de nasofibrolaringoscopia da alteração da mobilidade laríngea em doenças da tireóide.

Ano

2022-12-06T15:50:15Z

Creators

Ciocchi,Priscila Esteves Andrade,Claudia Regina Furquim de